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Iniqüidades e Desafios da Justiça Tributária Brasileira - IPEA

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Justiça Tributária:

IPEA

Iniqüidades e Iniqüidades e DesafiosDesafios

Brasília, maio de 2008

Desigualdades no Brasil

Concentração da Riqueza

68,762,9

73,4 75,467,0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

fins do século XVIII fins do século XX fins do séulo XX

Rio de Janeiro Salvador São Paulo Brasil

Brasil: Participação dos 10% mais ricos na riqueza total nacional e nas cidades e em períodos selecionados (em %)Fonte: Campos et alii, Os Ricos no Brasil. Cortez: São Paulo, 2004, pág.28.

Brasil - evolução da participação do rendimento do trabalho na renda nacional em anos selecionados (em %)

39,1

45,0

50,052,0

56,6

30

40

50

60

1959/60 1969/70 1979/80 1989/90 2005

Fonte: IBGE - Contas Nacionais (elaboração própria)

Brasil: evolução do índice da desigualdade pessoal da renda em anos selecionados (Gini)

0,56

0,56

0,50

0,64

0,59

0,61

0,580,59

0,63

0,58

0,60

0,45

0,55

0,65

1960

1970

1976

1977

1978

1979

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1992

1993

1995

1996

1997

1998

1999

2001

2002

2003

2004

2005

2006

Fonte: IBGE – Censo demográfico e PNAD’s

Características do Sistema Tributário Brasileiro

Carga Tributária – Países Selecionados

Fonte: Secretaria da Receita Federal

1965 2003

EUA 24,7 25,6França 34,5 43,4Alemanha 31,6 35,5Itália 25,5 43,1Espanha 14,7 34,9Reino Unido 30,4 35,6Média OCDE 26,4 37,8

Fonte: OECD, 2005.

Evolução da Carga Tributária - SRF

27,26%

26,74%26,92%

27,76%

29,02%

30,39%

31,31%

31,86%

31,46%

32,22%

33,38%

34,23%

25,00%

26,00%

27,00%

28,00%

29,00%

30,00%

31,00%

32,00%

33,00%

34,00%

35,00%

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

% P

IB

Fonte: Secretaria da Receita Federal

18,33%17,86% 18,22%

19,05%

20,27%21,03%

21,60%22,08%

21,51%22,24%

23,25%23,75%

7,62% 7,57% 7,34% 7,26% 7,37%7,99% 8,30% 8,40% 8,40% 8,60% 8,74% 9,02%

1,31% 1,31% 1,36% 1,45% 1,41% 1,36% 1,41% 1,38% 1,55% 1,39% 1,39% 1,46%0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

%P

IB

União Estados Municípios

Evolução da Carga Tributária – por esfera de governo

Fonte: Secretaria da Receita Federal

Distribuição dos Tributos entre RegiõesBrasil 2005

Fontes: STN e SRF

Norte3%

Nordeste9%

Sudeste65%

Sul13%

Cento-oeste10%

Evolução da Relação Tributos/PIB por RegiãoBrasil: 1995 – 2005

Fontes: STN e SRF

29,5

20,4

14,1

16,115,1

17,0

22,3

15,8

18,2

10

15

20

25

30

35

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Ano

%SE

CO

S

NE

N

Evolução da Relação Tributos Federais/PIB por Região

Brasil: 1995 – 2005

Fontes: STN e SRF

0

5

10

15

20

25

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Ano

%

SE

CO

S

NE

N

6,455,78

7,18

6,97

8,79

11,11

19,89

10,83

20,46

13,53

Evolução da Relação Tributos Estaduais/PIB por Região - Brasil: 1995 – 2005

Fontes: STN e SRF

7,998,168,31

8,81

7,68

8,79

7,32

7,29

6,04

6,75

5

6

7

8

9

10

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005Ano

%

SE

CO

S

NE

N

Evolução da Relação Tributos Municipais/PIB por Região - Brasil: 1995 – 2005

Fontes: STN e SRF

0,83

1,08

1,65

1,17

0,720,67

0,85

1,49

0,97

0,61

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005Ano

%

SE

CO

S

NE

N

Relação Tributos/PIB por UFBrasil: 2005

Fontes: STN e SRF

12,313,8

22,9

10,6

48,4

25,2

16,3

13,0

20,418,6

15,2

20,3

14,3

20,3

35,9

16,614,6

11,1

21,8

18,3

14,5

30,1

11,8

17,617,8

13,213,0

0

10

20

30

40

50

60

AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO

UNIDADES DA FEDERAÇÃO

%

Maiores e Menores Crescimento da Relação Carga/PIB por Esfera de Arrecadação entre

1995 e 2005

PI 0,48 AC 5,57 DF 23,34 DF 25,09GO 0,46 RO 4,37 RJ 10,94 RJ 11,10PB 0,46 MS 4,37 SP 6,81 SP 7,62RS 0,43 RN 4,08 AM 2,70 PR 5,76RN 0,39 AP 3,36 RS 2,68 MS 5,04MG 0,01 SP 0,49 RN -1,83 AL 0,79ES -0,01 RJ 0,33 AL -1,96 AM -0,43PR -0,06 MT 0,15 PI -2,13 MT -0,75MT -0,07 BA -0,13 SE -2,31 SE -1,39RJ -0,17 AM -3,39 ES -6,18 ES -4,82

Média 0,19 Média 1,94 Média 1,34 Média 3,46

Desvio Padrão 0,19 Desvio Padrão 1,76 Desvio Padrão 5,39 Desvio Padrão 5,25Coeficiente de

Variação0,99

Coeficiente de Variação

0,91Coeficiente de

Variação4,04

Coeficiente de Variação

1,52

VARIAÇÃO DA CARGAMUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL TOTAL

Fontes: STN e SRF

Evolução da Carga Tributária Bruta Evolução da Carga Tributária Bruta

Agregada (I) – Metodologia IBGEAgregada (I) – Metodologia IBGE

Evolução da Carga Tributária Bruta (II): Evolução da Carga Tributária Bruta (II): Impostos sobre produtos (ou “indiretos”) Impostos sobre produtos (ou “indiretos”)

Evolução da Carga Tributária Bruta (III):Evolução da Carga Tributária Bruta (III): Impostos sobre a Renda, a Propriedade e o Impostos sobre a Renda, a Propriedade e o CapitalCapital

Evolução da Carga Tributária Bruta (IV): Evolução da Carga Tributária Bruta (IV): “Contribuições Previdenciárias” “Contribuições Previdenciárias” (inclui FGTS, PIS-PASEP e Servidores)(inclui FGTS, PIS-PASEP e Servidores)

Evolução da Carga Tributária Evolução da Carga Tributária BrutaBrutaO crescimento da carga no período 1998-2002 foi de

5% do PIB, dos quais 1.3% foram impostos indiretos, 0.7% foram contribuições previdenciárias e 3.2% do PIB foram impostos sobre a renda, a propriedade e o patrimônio.

O crescimento da carga no período 2003-2007 foi de 3.3% do PIB, dos quais 0.6% foram impostos indiretos, 1% foram contribuições previdenciárias , e 1.4% foram impostos sobre a renda, a propriedade e o patrimônio.

O crescimento da carga no período 1995-2007 foi de 8.5% do PIB, dos quais 1.6% foram impostos indiretos, 1.8% foram contribuições previdenciárias e 5% foram impostos sobre a renda, a propriedade e o patrimônio.

Evolução da Carga Tributária Bruta: Evolução da Carga Tributária Bruta: composiçãocomposição

O peso dos impostos sobre a renda, a propriedade e o capital, (teoricamente os tributos mais progressivos dentre os componentes da carga tributária) subiu consideravelmente no período em questão, em detrimento dos impostos indiretos (teoricamente os mais regressivos).

Como evoluiu a arrecadação do IR?Como evoluiu a arrecadação do IR?

IR incidente sobre o trabalho = IRPF+ IRRF s/trabalho (sobe de 1.8% para 2.1% do PIB)

IR incidente sobre o capital = IRPJ + IRRF s/capital+remessas ao exterior+outros (sobe de 2% para 4% do PIB).

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

1996 1998 2000 2002 2004 2006

IR incidentesobre o capital

IR incidente sobre o trabalho

Gráfico 7: Decomposição da Arrecadação do IR (como % do PIB e c/ ajuste sazonal)

Fonte: Banco Central e contas nacionais trimestrais

E não nos esqueçamos que as E não nos esqueçamos que as empresas estatais também pagam empresas estatais também pagam impostos..impostos..

Carga Tributária – por setor institucional

Fonte: Secretaria da Receita Federal

Carga Tributária Bruta e Carga Tributária Bruta e Líquida menos JurosLíquida menos Juros

Fonte: IBGE e Coordenação de Finanças Públicas -IPEA

30,431,9 32,4 31,9 32,8 33,8

10,711,9 11,3

9,0

12,0 12,1

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005

CTB CTL-Juros

Transferências a Pessoas, Subsídios a Empresas e Juros a Credores do Estado

Fonte: IBGE e Coordenação de Finanças Públicas -IPEA

6,3 6,37,0

8,3

6,7 7,3

13,4 13,7 14,1 14,6 14,1 14,5

19,7 20,021,1

22,9

20,921,8

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005

% d

o PI

B

Juros Transferências e Subsídios Transferências, Subsídios mais Juros

Brasil - evolução da carga tributária na renda familiar segundo faixas de renda e variação entre 1995/06 e 2003/03 (em %)

28,221,0 17,4 15,1 14,9 14,8

48,9

35,931,8 30,5 28,5 28,7 26,3

17,9

46,9

93,991,2101,9

82,9

71,973,4

0

20

40

60

80

100

120

até 2 sm 2 a 5 sm 5 a 10 sm 10 a 15 sm 15 a 20 sm 20 a 30 sm mais de 30 sm

CT 1996 CT 2003 Variação 1996 - 2003

Fonte: IBGE – POF, 1995/96 e 2002/03 (elaboração própria)

Brasil: Carga Tributária (%) por Décimos de Renda, 2002-2003, a partir da POF

32,8

10,7

14,616,416,4

17,618,319,4

20,724,2

29,1

3,7 2,8 4,1 4,5 4,95,7 6,9

7,78,8

12,0

27,024,8 23,9 23,2 23,3 23,3 24,1 23,4 22,7

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

Tributação Indireta 29,1 24,2 20,7 19,4 18,3 17,6 16,4 16,4 14,6 10,7

Tributação Direta 3,7 2,8 4,1 4,5 4,9 5,7 6,9 7,7 8,8 12,0

Tributação Total 32,8 27,0 24,8 23,9 23,2 23,3 23,3 24,1 23,4 22,7

1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o 10o

Fonte: POF, IBGE. Elaboração: DISOC/IPEA a partir de GAIGER, 2008.

Brasil: Carga Tributária Indireta por Décimos de Renda, 2002-2003, a partir da POF - principais tributos

1,8

5,7

7,98,88,9

9,610,010,711,3

13,4

16,0

4,73,7

3,33,0 2,8 2,7 2,5 2,6 2,2

2,8

4,04,54,54,95,25,45,8

6,7

7,9

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0%

ICMS 16,0 13,4 11,3 10,7 10,0 9,6 8,9 8,8 7,9 5,7

IPI 4,7 3,7 3,3 3,0 2,8 2,7 2,5 2,6 2,2 1,8

PIS-COFINS 7,9 6,7 5,8 5,4 5,2 4,9 4,5 4,5 4,0 2,8

1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o 10o

Fonte: POF, IBGE. Elaboração: DISOC/IPEA a partir de GAIGER, 2008.

Brasil: Carga Tributária Direta, por Décimos de Renda, 2002-2003, a partir da POF - principais tributos

1,8

1,0

1,4

1,9

2,32,6

2,7

3,33,3

3,7

3,1

3,79

0,80

0,200,070,040,00 0,01 0,01 0,02 0,03

0,6

1,1 1,01,1

1,4 1,41,8

1,51,4

0,50,3 0,2 0,3 0,3

0,50,5

0,7

0,7 0,6

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

%

CONTRIB TRABALHISTAS 1,0 1,4 1,9 2,3 2,6 2,7 3,3 3,3 3,7 3,1

IR 0,00 0,01 0,01 0,02 0,03 0,04 0,07 0,20 0,80 3,79

IPTU 1,8 0,6 1,1 1,0 1,1 1,4 1,4 1,8 1,5 1,4

IPVA 0,5 0,3 0,2 0,3 0,3 0,5 0,5 0,7 0,7 0,6

1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o 10o

Fonte: POF, IBGE. Elaboração: DISOC/IPEA a partir de GAIGER, 2008.

Impacto dos Principais Tributos na Distribuição de Renda

Benefícios ou Tributos Impactos

Benefícios e Transferências Monetárias + Previdência RGPS + + + Previdência RPPS - - - Seguro-Desemprego + Bolsas +

Tributos Diretos (Renda e Patrimônio) O Contribuições Previdenciárias O Imposto de Renda PF + + IPTU - IPVA O Outros Diretos +

Tributos Indiretos (Consumo) - - - ICMS - - - IPI - PIS-Cofins - -

Fonte: GAIGER (2008), tab. 42.

Fortalecer a Carga Tributária Direta

País Faixas Mínima MáximaAlemanha 3 22,9 53,0Argentina 7 9,0 35,0Austrália 4 7,0 47,0Áustria 5 2,0 50,0Azerbaijão 6 12,0 35,0Barbados 2 25,0 40,0Bélgica 7 5,0 55,0Bolívia 5 15,0 30,0Brasil 2 15,0 27,5Bulgária 4 16,0 38,0Canadá 4 5,0 29,0Chile 6 5,0 45,0China 9 15,0 45,0Espanha 6 15,0 39,6Estados Unidos 5 15,0 39,6França 12 5,0 57,0Grécia 5 5,0 42,5Holanda 4 6,2 60,0Israel 5 10,0 50,0Itália 5 18,0 45,0Japão 4 10,0 37,0Nova Zelândia 3 19,5 39,0Peru 2 15,0 20,0Portugal 6 12,0 40,0Reino Unido 3 20,0 40,0Suíça 3 31,0 57,0

Média Aritmética 5 12,9 42,2

Fonte: Price Waterhouse & Coopers - Tax Individual, 2002

Elaboração: Assessoria Econômica do Unafisco Sindical

IRPF de países selecionados Alíquotas (%)

Fortalecer a Carga Tributária Direta

Alíquotas de IRPF no Brasil

Período de vigência

Quantidade de classes

de renda (faixas)Alíquotas

1979 a 1982 12 0% a 55%

1983 a 1985 13 0% a 60%

1986 a 1987 11 0% a 50%

1988 9 0% a 45%

1989 a 1991 2 10% e 25%

1992 2 15% e 25%

1995 3 15% a 35%

1996 a 1997 2 15% e 25%

1998 a 2007 2 15% e 27,5%

Fonte: Regulamentos do Imposto de Renda

Possível redução na desigualdade de renda com a

simulação tributária

0,559

0,568

0,5800,587

0,5930,592

0,6000,599

0,566

0,600 0,598

0,537

0,50

0,51

0,52

0,53

0,54

0,55

0,56

0,57

0,58

0,59

0,60

0,61

1994 1998 2002 2006 2010

Ano

Coeficie

nte

de G

ini

Redução da pobreza com a extinção da Cofins

0

50

100

150

200

250

0 10 20 30 40

Centésimo

Re

nd

a

Com Confins

Sem Confins

Pobreza extrema

Pobreza

12,8% de pobres extremos com a Cofins; 10,3% sem a Cofins. Uma redução de 2,5 pontos.

32,5% de pobres com a Cofins; 29,0% sem a Cofins. Uma redução de 3,5 pontos.

Possível compensação na arrecadação com a redução na COFINS:

1. IR passa de duas faixas de alíquotas para 12 faixa pagantes, com 5% no início (R$1.257,00 a R$2000,00), 27,5% na faixa intermediária (R$6,5 mil a R$8 mil) e 60% na última faixa (acima de R$50 mil);

2. Imposto de 1% sobre grandes fortunas.

Justiça Tributária:

IPEA

Iniqüidades e Iniqüidades e DesafiosDesafios

Brasília, maio de 2008

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