impressionismo em fotografia

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Universidade do Vale do ItajaíUnidade de Itajaí

Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e LazerCurso Superior de Tecnologia em Fotografia

História e Patrimônio Cultural - ItamarAcadêmicos: Jalil, Ednilson, Leonardo Henrique e Luiz Roberto

Impressionismo

CONCEITO

O Impressionismo foi um movimento artístico ocorrido no final do século XIX na pintura francesa. O movimento nasce logo após a fotografia ser popularizada pela

industrialização e tornar as reproduções mais fidedignas a realidade. Nasce baseado nas placas fotossensíveis expostas por um longo período de tempo, deixando os objetos em

movimento borrados, daí o porquê de as pinceladas rápidas e soltas. O nome do movimento deriva de “Impressão“, sinônimo de “achar”, já que não se tinha certeza do

que estava se tratando na obra.As obras não mais estão interessadas em temáticas nobres ou no retrato fiel da

realidade, mas em ver o quadro como obra em si mesma. A luz e o movimento utilizando pinceladas soltas, estas são as características básicas de uma obra Impressionista.

CLAUDE MONET

Oscar-Claude Monet foi um grande pintor francês que dedicou a maior parte de sua vida ao movimento impressionista e praticamente o firmou como movimento artístico

propriamente dito. Nasceu em Paris, 1840, morreu em 1926.Suas obras são notáveis, estudadas até hoje por grandes Academias. Principais obras: Impressão, nascer do sol (1873), Banhistas na Grenouillière (1869), Femmes au jardin

(1866), San Giorgio Maggiore at Dusk (1908), The Magpie (1869), Water Lily Pond (1900), Beach in Pourville (1882), Woman with a Parasol (1875), Le Bassin aux Nymphéas (1919).

O grupo achou o movimento Impressionista o mais adequado por conta de ele ter nascido justamente pela imitação de uma deficiência técnica na fotografia da época, a longa exposição,

e por Monet apresentar em muitas de suas obras cenas típicas de cidades litorâneas.

TÉCNICA E EXECUÇÃO

O grupo se utilizou de técnicas utilizadas no século XIX, em que fotógrafos, como Nadar e Julia Margaret Cameron, tentavam reproduzir fotografias que se assemelhavam com a

pintura. Denominou-se esse período da fotografia de Pictorialismo.Nesse período a fotografia buscava reconhecimento e pensava-se que, se a fotografia

fosse próxima da pintura visualmente, seria aceita em grandes salões de arte.As técnicas fotográficas utilizadas na época consistiam em gerar distorções, vinhetas, aberrações, desfoques e grãos de maneira a fazer com que a fotografia ficasse com a

textura da tela em que eram pintadas obras.

Óptica

O grupo, para a execução do projeto, utilizou lentes antigas, produzidas entre 1970-80, em que se têm características (hoje aceitas como defeitos) típicos da época, como

distorções (pela disposição não precisa dos elementos ópticos), vinhetas (bordas mais escuras) e aberrações cromáticas (deficiência obtida quando os elementos, pela alta

refração, dividem o espectro da luz, causando cores diversas nas bordas das imagens).A lente escolhida foi produzida no Japão, uma Yashinon de distância focal 50mm e

abertura máxima de f/1.4 (bastante clara o que ajuda na composição).Esta lente utiliza um revestimento com a substância chamada “Dióxido de Tório”

(radioativo), que ajudava a diminuir as deficiências das lentes da época, não interessante para o projeto e, portanto, o grupo obteve conhecimento de mais uma

técnica utilizada pelos foto-pictorialistas do séc. XIX, o ”lens whacking”. A técnica consiste em modificar a posição da lente na frete do filme/sensor, gerando uma falsa

distorção. Utiliza-se este mesmo efeito para fotografias em “Tilt-shift”, a única diferença é que não têm precisão já que a maneira que o grupo fez é na mão. O foco

foi deixado no infinito para que fosse feito o foco com mais facilidade, aproximando ou afastando a lente do sensor/filme.

Lente Japonesa, produzida no início dos anos 80. Na foto é possível observar o revestimento de dióxido de tório (amarelo), hoje não mais utilizado.

Adaptador de alumínio que torna possível a utilização da lente nas câmeras digitaisM42 > EOS

Óleo

Utilizou-se, ainda, a técnica chamada de “flour” que consistia em passar, com um pincel, líquidos viscosos, comumente óleos, para gerar um pseudo-desfoque, como

em pinturas.O grupo utilizou óleo comum de cozinha (soja), passando–o com um pincel num filtro

(enroscado na frente da lente), somente nas bordas, deixando o centro com maior nitidez e desfocando as laterais.

Tecido

Outra técnica utilizada era por pedaços de tecidos na frente da lente, para produzir a textura de um quadro. Além disso, o tecido tende a gerar um

desfoque geral, baixar o contraste e nitidez da imagem, típico de pinturas.

Técnica final

Além de todos esses “truques”, não poderíamos deixar de utilizar a característica que fez com que o impressionismo nascesse: a longa exposição, que gera borrados, neste caso

propositais.O grupo utilizou velocidades altas de obturador, como 1/15 e 1/30, o bastante para borrar

uma imagem.Também, utilizamos, na pós-produção, grãos intensos, também utilizados no séc. XIX

tentando se assemelhar a pintura.A pós-produção se constituiu basicamente em aumentar o alcance dinâmico, e gerar mais

distorções.

Nota: o grupo não tentou reproduzir uma obra específica impressionista (ou de Monet). As fotografias foram reproduzidas com temas, cores e processos para se assemelhar aos temas de Monet e outros impressionistas, mas não para a reprodução de uma pintura

específica.

FOTOGRAFIASFINALIZADAS

Composição: Leonardo e Jalil | Técnica: Luiz Roberto | Suporte: Ednilson

Composição: Leonardo e Jalil | Técnica: Luiz Roberto | Suporte: Ednilson

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ÚLTIMA ANÁLISE TÉCNICA

Nota-se, na figura ao lado, que a folhas

ficaram borradas, por conta da longa

exposição

Distorção proposital e grãos

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