fundamentos históricos e filosóficos do fenômeno religioso

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HOMEM, RELIGIÃO E O TRANSCENDENTE Fundamentos históricos e filosóficos do pensamento religioso

Professor Richard Alecsander Reichert

O FENÔMENO

RELIGIOSO

UMA INTRODUÇÃO AO

PENSAMENTO RELIGIOSO

Religião é um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além

de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a

espiritualidade e seus próprios valores morais.

O que é religião?

RELIGIÃO deriva do termo latino "Re-Ligare", que

significa "religação" com o divino.

Essa definição engloba necessariamente qualquer

forma de aspecto místico e religioso, abrangendo

seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou

formas de pensamento que tenham como característica

fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, de além

do mundo físico.

Religião é também um conjunto de princípios, crenças e

práticas de doutrinas religiosas, baseadas em livros sagrados,

que unem seus seguidores numa mesma comunidade moral, chamada

Igreja.

Religião é uma fé, uma devoção a tudo que é considerado sagrado. É um culto que

aproxima o homem das entidades a quem são atribuídas

poderes sobrenaturais. É uma crença em que as pessoas buscam a

satisfação nas práticas religiosas ou na fé, para superar o

sofrimento e alcançar a felicidade.

A religião não é apenas um fenômeno individual, mas também um fenômeno

social. Exemplos de doutrinas que exigem não só uma fé individual, mas também

adesão a um certo grupo social, são as doutrinas da Igreja Católica, do judaísmo, dos

amish.

Outras definições mais amplas de

religião dispensam a ideia de

divindades e focalizam os papéis

de desenvolvimento

de valores morais,

códigos de conduta

e senso cooperativo em uma

comunidade.

A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo de fé ou

sistema de crença, mas a religião difere da crença

privada na medida em que tem um aspecto público. A

maioria das religiões tem comportamentos organizados, incluindo hierarquias clericais, uma definição do que constitui a adesão ou filiação, congregações de leigos, reuniões regulares ou serviços para fins de veneração ou adoração de uma divindade ou para a oração, lugares (naturais ou arquitetônicos) e/ou escrituras sagradas para seus praticantes. A prática de uma religião pode também incluir sermões, comemoração das atividades de um deus ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, serviços funerários, serviços matrimoniais, meditação, música, arte, dança, ou outros aspectos religiosos da cultura humana.

Por que o homem

criou as Religiões?

Desde os primórdios, os homens acreditavam que os fenômenos naturais, como

por exemplo, as trevas, o calor, o frio, a vida e a morte, eram controlados por

deuses e espíritos.

No intuito de criar explicações para a existência dos elementos

e dos seres da natureza, bem como para conhecer o sentido dos fenômenos

naturais (a tempestade, o vento, o dia e a noite, as estações, etc.), os povos e tribos da

antiguidade conceberam diversas divindades que, no mais das vezes, passaram a ter

sentimentos e emoções idênticas às dos humanos. Daí derivaram os rituais, cerimônias e

sacrifícios, que tinham como objetivo agradecer as bênçãos enviadas por essas divindades

ou aplacar sua ira, que castigava a humanidade com alguma calamidade.

Segundo suas crenças, esses espíritos eram capazes de habitar as rochas, as árvores ou os

rios, sendo que cada um deles possuía uma função diferente do outro. Os crédulos

acreditavam receber sua benevolência por meio de oferendas, como: canções, danças,

sacrifícios e magia.

Ao analisarmos a história das civilizações antigas, como as do Egito, China, Grécia e

Roma, percebemos que estas eram politeístas, ou seja, possuíam vários deuses, que, em

sua grande maioria, eram temidos por seus adoradores, que sempre se esforçavam para

não os ofender ou irritar.

Sacerdotes, especialmente treinados para interpretar a vontade divina, ensinavam ao povo

como viver conforme a vontade dos deuses e também como homenageá-los. Esta atividade

permitia que os sacerdotes obtivessem um grande poder.

Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a

dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do

universo. As religiões tendem a derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou

um estilo de vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a natureza humana.

Dentro do que se define como religião podem-se encontrar muitas crenças e filosofias

diferentes. As diversas religiões do mundo são de fato muito diferentes entre si. Porém

ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre todas elas. É

fato que toda religião possui um sistema de crenças

no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades, deuses e demônios.

As religiões costumam também possuir relatos sobre a origem do

Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a

morte. A maior parte crê na vida após a morte.

A religião nasceu a partir do fenômeno morte afirma Frei Vicente Bohne,

da coordenação dos PCNs. A angústia existencial que necessita de uma

resposta, ao longo da história da humanidade conseguiu elaborar, basicamente

quatro respostas: a Ressurreição, a Reencarnação, o Ancestral, o Nada.

Senão pela morte, o homem

jamais teria filosofado. E

devido à ela, o homem criou

a filosofia e suas religiões,

Segundo Sócrates.

E para Schopenhauer, a morte é a musa da filosofia.

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