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Governo do Estado do MaranhãoFlávio Dino
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais – SEMA
Presidente do CONSEMA Rafael Carvalho Ribeiro
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais – SEMA
Vice Presidente CONSEMADeoclides dos Santos Costa Dias
Secretária Executiva do CONSEMAAna Cristina Cardoso dos Santos Fontoura
Secretariado Executivo do CONSEMAAntonia da Silva e Silva
Lennise Maria Passos Portela Livia Costa do Vale Correa
Vaniérika Cazé Silva de Andrade
Construção Coletiva
NSEMACONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE
COMISSÃO ORGANIZADORA DO SEMINARIO ANUAL DE FORTALECIMENTO DOS CONSELHOS
DE MEIO AMBIENTE DO MARANHÃO
Assembleia Legislativa do Maranhão - ALEMALuzenice Macedo Martins
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão – FAEMAEmerson de Macedo Galvão
Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão – CAEMAWagner de Jesus Dias Gonzaga
Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão – OAB/MAMaurício Gomes Lacerda
Lira e Lemos Advogados AssociadosLuane Lemos Felício Agostinho
Associação Solidariedade Libertadora Área de CodóEdna Maria Alves Rodrigues Souza
Instituto Nacional dos Colonos - INCOLONOSFrancisco dos Santos Sousa
NSEMACONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE
Construção Coletiva
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais – SEMA
Titular: Rafael Carvalho RibeiroSuplente: Deoclides dos Santos Costa Dias
Secretaria de Estado da Saúde – SESTitular: Wendell dos Santos Monteiro
Suplente: Afonso Henrique de Jesus Lopes
Secretaria de Estado da Segurança Pública – SSPTitular: TEn. CEL. QOPM Sergio Eduardo
Nogueira de AraújoSuplente: Dpc Ana Raquel Ribeiro Brandão
Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca - SAGRIMA
Titular: Jose Sérgio Delmirio Vale Suplente: Jose de Ribamar Rodrigues Pereira
Secretaria de Estado da Infraestrutura – SINFRATitular: Jailson Rego Ribeiro
Suplente: Karla Carolina Ferreira Cunha
Secretaria de Estado da Educação – SEDUCTitular: Socorro Fortes
Suplente: Carla Susana Lucena Boures
Assembleia Legislativa do Maranhão – ALEMATitular: Luzenice Macedo MartinsSuplente: Paulo Ryldon Claudino
de Oliveira Costa
Procuradoria Geral do Estado do Maranhão - PGETitular: Flavia Patrícia Soares Rodrigues
Suplente: Francisco Edilton Lima de Oliveira
COMPOSIÇÃO DO PLENÁRIO DO CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE DO MARANHÃO - TRIÊNIO 2018-2021
PODER PÚBLICO
Procuradoria Geral de Justiça - PGJTitular: Claudio Rêbelo Correia de Alencar
Suplente: Luís Fernando Cabral Barreto Junior
Polícia Militar do Maranhão – PMMA – BPATitular: Cel. QOPM. Juarez Medeiros Sobrinho
Suplente: 1º TEN. QOPM Daniel Holanda dos Santos
Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão - CBMMATitular: Cel. QOCBM Márcio Robert
Feitosa de AraújoSuplente: Cap. QOCBM. Wescley Penha Santos
Companhia de Saneamento Ambiental do
Maranhão – CAEMATitular: Wagner de Jesus Dias GonzagaSuplente: Ruan Carlos Almeida da Silva
Federação dos Municípios do Maranhão - FAMEMTitular: Alexsandro Costa FerreiraSuplente: Rita de Cássia Neiva Cunha
Universidade Federal do Maranhão – UFMATitular: Walter Luís Muedas Yauri
Suplente: Antônio Carlos Leal Castro
Universidade Estadual do Maranhão – UEMATitular: Karina Suzana Feitosa Pinheiro
Suplente: Claudio José da Silva de Sousa
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA
Titular: Luciano Santos PinheiroSuplente: Ana Rosa Marques
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Construção Coletiva
Construção Coletiva
Titular: Sindicato da Indústria de Ferro Gusa do Estado do Maranhão – SIFEMA
Marcos Martins SouzaSuplente: Viena Siderúrgica S/A
Manoel Francisco Ramalho Tavares
Titular: Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão – FAEMAEmerson de Macedo Galvão
Suplente: Quercegen Agronegócios I LTDACarlos Ramos Amorim Júnior
Titular: Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do
Maranhão – SINDIREPALeonor Gomes de Carvalho
Suplente: Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Maranhão – SINDUSCON
Henrique José Rodrigues Neto
Titular: Rioporteiras Agrícola LTDAJuliana Arouche Costa
Suplente: Agro Pecuária e Industrial Serra Grande LTDA - AGRO SERRA
Milton Santos Campelo da Silva
COMPOSIÇÃO DO PLENÁRIO DO CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE DO MARANHÃO - TRIÊNIO 2018-2021
EMPRESARIADO DA SOCIEDADE CIVIL
titular: Lira e Lemos Advogados AssociadosLuane Lemos Felício Agostinho
Suplente: Preserv Ambiental LTDA- EPPPollyanna Silva Camara Araujo
Titular: Mineração Aurizona S.A.Camila Malcher Pereira Ferreira
Suplente: Nordeste Contabilidade S/S – LTDA – MEMaria do Socorro Silva Martins Bueno
Titular: Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado do Ma – APROSOJA
José Carlos Oliveira de PaulaSuplente: Sindicato dos Produtores Rurais de
Balsas – SINDIBALSASMarcelo José Bueno
Titular: Sindicato das Indústrias de Arroz do Estado do Maranhão
Luís Eduardo Rodrigues ReisSuplente: Empresa Maranhense de Administração Portuária – EMAP
Flávia Alexsandra Noleto de Miranda Carvalho
NSEMACONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE
Titular: Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão – OAB/MA
Maurício Gomes LacerdaSuplente: Instituto Ecos de GaiaEdrien Allen Salgado Soares
Titular: Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB
Isabella Pearce de Carvalho MonteiroSuplente: Instituto Nacional
dos Colonos – INCOLONOSFrancisco dos Santos Sousa
Titular: Grupo de Tambor de Crioula Unidos de São Benedito do Taim
José Reinaldo Moraes RamosSuplente: Associação de Pescadores e
Agricultores Canto dos LençóisIrene Aguiar Santos
Titular: Fórum Nacional da Sociedade Civil na Gestão de Bacias Hidrográficas – FONASC – CBH -
João Climaco Soares de Mendonça FilhoSuplente: Instituto Educacional e Social Shalom
Gleyce Oyama Gomes Lima
COMPOSIÇÃO DO PLENÁRIO DO CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE DO MARANHÃO - TRIÊNIO 2018-2021
ENTIDADES NÃO GOVERNAMENTAIS AMBIENTALISTAS
Titular: Associação Vencer Juntos em Economia Solidária – AVESOL
Luís Ribeiro silva NetoSuplente: Instituto Nossa Senhora Aparecida
Maria Aparecida de Jesus Medeiros
Titular: Associação Comunitária de Educação em Saúde e Agricultura – ACESA
Raimundo Alves Da SilvaSuplente: Instituto Maranhense
Educandário BetesdaOdely Silva de Sousa
Titular: Associação da Comunidade dos Remanescentes do Quilombo Riachuelo
e AdjacênciasRosinalva Dias Almeida
Suplente: Associação dos Engenheiros Agrônomos do Maranhão – AEAMA
Antônio de Pádua Angelim
Titular: Associação Solidariedade Libertadora Área de Codó
Edna Maria Alves Rodrigues SouzaSuplente: Grupo de Trabalho Novas Fronteiras
para Cooperação do Estado do MaranhãoEdival dos Santos Oliveira
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Sumário
PREFÁCIO 9APRESENTAção 10ENQUADRAMENTO LEGAL 12CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 14 Características Objetivos Competências PARA QUE SERVE QUEM PARTICIPA 16Composição Numérica 17porque CRIAR 18COMO CRIAR 21REFERENCIAS 26
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Construção Coletiva
LISTA DE SIGLAS
CONAMA- Conselho Nacional de Meio Ambiente
CONSEMA – Conselho Estadual de Meio Ambiente
SEMA - Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais
SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente
UC – Unidade de Conservação
cf - CONSTITUIÇÃO FEDERAL
pnma - POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE
pEMA - POLÍTICA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE
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Construção Coletiva
NSEMACONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE
PREFÁCIO
Uma gestão ambiental local bem sucedida só é realmente possível com participação comunitária e à internalização desta prática na administração pública, através da estrutura colegiada e deliberativa dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente onde a comunidade irá participar efetivamente na preservação, conservação, no uso sustentável e melhoria da qualidade de vida no município. O Conselho Municipal de Meio Ambiente destina-se a colocar em torno da mesma mesa os órgãos públicos, os setores empresariais e políticos e as organizações da sociedade civil, no debate e na busca de soluções para o uso dos recursos naturais e para a recuperação dos danos ambientais. Tratando-se de um colegiado que exercita democracia, a educação ambiental para a cidadania e o convívio entre setores da sociedade com interesses diferentes. A partir da efetivação do Conselho Municipal do Meio Ambiente, uma série de instrumentos e medidas serão implantadas pela população e instituições governamentais locais que conjuntamente opinarão sobre as diretrizes da política ambiental, abrindo um espaço no planejamento do desenvolvimento do município para a dimensão da autosustentabilidade.
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APRESENTAÇÃO
Este manual pretende auxiliar os municípios maranhenses na implementação dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente, como instância de participação popular na gestão ambiental das cidades. O Conselho Estadual de Meio Ambiente do Maranhão – Consema pretende contribuir para que os municípios possam, com segurança e responsabilidade, protagonizar a construção do seu futuro, através do desenvolvimento socioeconômico que valorize os diversos potenciais locais e que garanta uma efetiva justiça socioambiental. Desta modo, orientações para a implementação dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente estão elencadas nesta obra. Vale ressaltar que este manual é produto do Seminário Anual de Fortalecimento dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente, evento protagonizado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente do Maranhão - Consema, implementado periódicamente, cujo objetivo é qualificar os Conselhos Municipais de Meio Ambiente Maranhenses para sua atuação como órgãos dos Sistemas de Meio Ambiente, que tem entre suas atribuições estabelecer diretrizes e normas para a política ambiental, visando assegurar o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.
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seminário anual de fortalecimento do conselhos municipais de meio ambiente do maranhão/ 2019
pinheiro - maranhão
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ENQUADRAMENTO LEGALCONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 - CF
O artigo 225 da Constituição Federal, caput, dispõe:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - PNMA – LEI Nº 6.938/81
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;
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POLÍTICA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - PEMA – LEI Nº 5.405/92
Art. 10 - Fica criado o Sistema Estadual de Meio Ambiente (SISEMA) para a administração da qualidade ambiental, proteção, controle, desenvolvimento e uso adequado dos recursos naturais do Estado e concretização da política estadual do melo ambiente.
Art. 11 - O Sistema Estadual do Meio Ambiente (SISEMA) será coordenado por órgão da administração direta para assuntos do meio ambiente em nível de Secretaria de Estado e integrado:I - pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA), órgão normativo e recursal;
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POLÍTICA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - PEMA – LEI Nº 5.405/92
Art. 12. Compete, ainda, ao Estado:I - em comum com a União e os Municípios: f) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suasformas;g) preservar as florestas, a fauna, a flora e incentivar o reflorestamento;
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CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
O Conselho Municipal de Meio Ambiente é uma unidade colegiada de assessoramento do Poder Público Municipal em questões concernentes ao equilíbrio ambiental e à melhoria da qualidade de vida local.
Características: • Consultivo: é a ação de ser consultado toda vez que alguma atividade venha a alterar o ambiente local e, de prestar assessoria ao Poder Público sempre que necessário. • Deliberativo: é uma das funções mais importantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente, porque significa decidir por todos os temas e problemas apresentados. • Recursal: significa que o Conselho Municipal de Meio Ambiente é o último recurso administrativo do infrator para apresentar sua defesa.
• Conscientizar e sensibilizar os administradores e demais lideranças dos municípios da importância do planejamento, da preservação, do controle, da gestão, do monitoramento e avaliação dos assuntos relacionados ao meio ambiente local; • Habilitar e garantir a participação do município na execução da Política Ambiental; • Propiciar a integração das ações de conservação e uso sustentável do meio ambiente nos três níveis de governo: federal, estadual e municipal; • Assessorar o Chefe do Poder Executivo Local na gestão de
meios técnicos e administrativos adequados à fiscalização de atividades de impacto local e o respectivo licenciamento ambiental; • Estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle, recuperação e a manutenção da qualidade ambiental do município, respeitando-se a legislação federal e estadual pertinentes; • Influenciar diretamente o dinâmico procedimento de revisão e atualização da legislação ambiental do município;• O mais importante: ser instrumento de gestão ambiental local.
Objetivos:
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Construção Coletiva
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Competências:• Estabelecer as diretrizes básicas da Política Municipal de Meio Ambiente visando a sustentabilidade; • Instituir normas de prevenção, controle e monitoramento do meio ambiente; • Propor planos, projetos, programas e ações de expansão e desenvolvimento da cidade que visem a proteção, conservação e o uso sustentável ambiental.• Participar da gestão de uma UC • Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.• Participar das discussões junto ao Comitê de Bacia Hidrográfica para definição do enquadramento dos cursos d´água em sua região hidrográfica.
Para Que Serve:• Propor a política ambiental no município e fiscalizar o seu cumprimento• Analisar e, se for o caso, conceder licenças ambientais para atividades potencialmente poluidoras em âmbito municipal.• Promover educação ambiental• Propor a criação de normas legais, bem como a adequação e regulamentação de leis, padrões e normas Municipais, Estaduais e Federais.• Opinar sobre aspectos ambientais de políticas Estaduais ou Federais que tenham impactos sobre o Município.• Receber a apurar denúncias feitas pela população sobre degradação ambiental, sugerindo à Prefeitura as providências cabíveis.
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Quem Participa:
Para que o Conselho Municipal de Meio Ambiente cumpra com suas atribuições de maneira satisfatória, precisa de que ele seja representativo. Portanto, sugere-se que tenha uma composição paritária, ou seja, que considere, em igualdade numérica, representantes do poder público e da sociedade civil organizada. Essa composição pode ser bipartite – poder público (municipal) e outros segmentos (empresarial, sindical, academia, entidades ambientalistas etc.) - ou tripartite – (1) poder público, (2) setor produtivo (empresarial e sindical) e (3) entidades sociais e ambientalistas.
Cada Conselho deve espelhar em sua composição as forças atuantes no local. Por isso, é necessário conhecer antes quais são essas forças. De forma genérica, podem fazer parte do Conselho Municipal de Meio Ambiente representantes de: Secretarias municipais de saúde, educação, meio ambiente, obras, planejamento e outras cujas ações interfiram no meio ambiente, Câmara de Vereadores, Sindicatos, Entidades ambientalistas, Grupos de produtores, Instituições de defesa do consumidor, Associações de bairros, Grupos de mulheres, de jovens e de pessoas da terceira idade, Entidades de classe (arquitetos, engenheiros, advogados, professores etc.) Entidades representativas do empresariado, Instituições de pesquisa e de extensão, Movimentos sociais e de minorias que sejam importantes para o município.
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Composição Numérica:
A composição e quantidade de membros desse Conselho variam de acordo ao número de habitantes de cada Município.
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Porque Criar:
O município que ainda não constituiu o seu Conselho Municipal de Meio Ambiente deve envolver a comunidade e debater os seus termos de criação. É importante que tenha espaço para conversar sobre o porquê da existência do Conselho e o papel que este exercerá na gestão ambiental municipal. Esse momento é importante também para identificar os atores interessados em integrar o órgão colegiado. O município, como ente federado, tem autonomia para definir a composição do Conselho através de representantes legítimos de todos os segmentos da sociedade local, interessados na qualidade ambiental e no desenvolvimento ecologicamente sustentável. Além de todo esse contexto sobre a importância de um Conselho Municipal, existe também a Resolução nº 043/2019 do Conselho Estadual de Meio Ambiente, que trata do rol de atividades passivas de licenciamento, e também da desnecessidade da atuação suplementar do Estado nas ações administrativas de autorização de licenciamento ambiental de competência municipal. O licenciamento ambiental de competência municipal só é possível com a formação do seu Sistema Municipal de Meio Ambiente, que dispõe sua estrutura no artigo 4º da referida Resolução:
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Art. 4º – Considera-se devidamente estruturado o Sistema Municipal de Meio Ambiente que apresente, cumulativamente:I.Órgão Ambiental Municipal dotado de infraestrutura física,equipamentos e material de apoio, próprio ou disponibilizado, desde que não vinculado a Secretarias Municipais de caráter executivo de obras públicas;II.Servidores vinculados ao Órgão Ambiental Municipal(comissionados ou efetivos) devidamente habilitados junto ao respectivo Conselho profissional, com atribuições específicas na área de meio ambiente e em número mínimo de acordo com os artigos 12 ou 13 desta Resolução.III.Conselho Municipal de Meio Ambiente como instânciaconsultiva, deliberativa e recursal, de composição paritária, devidamente criada, instalada e em funcionamento regular;IV.Fundo Municipal de Meio Ambiente devidamente criado,regulamentado, instalado e em funcionamento;V.Legislação ambiental municipal regulamentadora das atividades administrativas e procedimentos de Licenciamento Ambiental e fiscalização dos empreendimentos e atividades de impacto ambiental local.VI.Lei de Uso e Ocupação do Solo para todos os municípiosou Plano Diretor implantado ou revisado de acordo com o estabelecido na Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001;
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Em vista disso, para exercer essa competência licenciadora, é imprescindível a formação de um Conselho Municipal de Meio Ambiente, sendo, na ausência dessa estrutura, tal competência suplementada pelo Estado, até a sua criação:
Art. 5º - Inexistindo o Sistema Municipal de Meio Ambienteorganizado, conforme os critérios do artigo anterior cabe ao Estado desempenhar supletivamente as ações administrativas de Licenciamento e de Autorização Ambiental municipal até a sua criação.
Por fim, além da presunção do caráter deliberativo destes Conselhos, a quem caberá dispor sobre padrões de qualidade ambiental de âmbito local, julgamento de autos de infração em instância administrativa e revisão de licenciamentos ambientais, a obrigatoriedade do Conselho Municipal de Meio Ambiente visa garantir o cumprimento de princípios constitucionais, à exemplo, os da participação popular, transparência e simetria
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Como criar:Redação e aprovação da lei
O Conselho deve ser instituído por meio de lei elaborada e aprovada pela Câmara de Vereadores do município. O texto da lei conterá os objetivos, as competências, as atribuições e a composição do Conselho.
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Construção Coletiva
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O processo de eleição dos Conselho Municipal de Meio Ambiente obedecerá aos seguintes procedimentos, a serem adotados pelo órgão executor municipal:
1 - Instituir Comissão Eleitoral, mediante portaria, com a finalidade de coordenar e executar o processo eleitoral de escolha dos Membros do respectivo Conselho, a qual compete:
2- Instituir Comissão Recursal, mediante portaria, com a finalidade de apreciar e decidir recursos contra atos da Comissão Eleitoral.
A Comissão eleitoral e a Comissão recursal, quando da criação do Conselho, devem ser integradas por servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.Em processos de reeleição as mencionadas comissões devem ter, além de servidores, conselheiros integrantes do Conselho.
Número e distribuição de vagas paritárias, sempre que possível, entre os segmentos do Poder Público e Sociedade Civil.
Critérios para inscrição, habilitação e recurso.
Meios de divulgação pública dos resultados oficiais de habilitação e inabilitação.
Regulamento da Assembleia deliberativa.
Meios de divulgação dos resultados da eleição.
O período de mandato de membros e conselheiros, que será de dois anos, renovável por igual período, não remunerado e considerado atividade de relevante interesse público.
1.6 - Elaborar o Edital que deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:
1.1 - Controlar e fiscalizar o processo eleitoral;
1.2 - Auxiliar na mobilização para divulgação do processo eleitoral, em múltiplas mídias;
1.3 - Receber, analisar e publicar as habilitações e inabilitações para concorrência, bem como o resultado final do processo eleitoral;
1.4 - Promover reuniões para esclarecimento, debates ou outras atividades que visem à apreciação da documentação disponibilizada com o fito de habilitação;
1.5 - Coordenar os trabalhos de Mesa na data prevista para realização da Assembleia Deliberativa.
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Mobilização:
Elaboração e aprovação do Regimento Interno
Nomeação de Conselheiros:
A comunidade deve estar envolvida e debater os termos de criação da lei que institui o Conselho Municipal de Meio Ambiente. É importante que tenha espaço para conversar sobre o porquê da existência do Conselho e o papel que este exercerá no município. Esse momento é importante também para identificar pessoas e grupos interessados em integrar o órgão.
Depois de empossados, os conselheiros discutem e aprovam o Regimento Interno. Trata-se de um instrumento obrigatório que, de acordo com a lei, vai normatizar o funcionamento, a estrutura do órgão (de acordo com a previsão legal), os procedimentos internos, quórum de votação, direitos e deveres dos conselheiros, procedimentos do processo eleitoral e outros aspectos desta natureza. A sua publicidade deve se dar por Resolução do próprio Conselho com ampla publicidade.
Cabe ao Poder Executivo municipal nomear e dar posse aos integrantes do Conselho e a seus respectivos suplentes
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Vale a Pena Saber
• A Prefeitura deve fornecer todas as condições para o funcionamento do Conselho Municipal de Meio Ambiente. Por isso, convém que antes da sua criação seja instalado o órgão ambiental municipal. Este órgão deverá ter capacidade técnica suficiente para dar apoio, inclusive administrativo, ao funcionamento do Conselho. Cabe ainda ao Executivo municipal colocar em prática as decisões do Conselho para que este se torne um efetivo instrumento de promoção de qualidade ambiental no município.
• O Conselho não tem a função de criar leis. Isso compete ao Legislativo Municipal, ou seja, à Câmara dos Vereadores. Mas podem sugerir a criação de leis, bem como a adequação e regulamentação das já existentes, por meio de resoluções, desde que signifique estabelecer limites mais rigorosos para qualidade ambiental ou facilitar à ação do Órgão Executivo.
• O Conselho não tem poder de Polícia. Pode indicar ao Órgão Ambiental e Fiscalização de atividades poluidoras, mas não exerce diretamente ações de Fiscalização.
• Os conselheiros municipais de Meio Ambiente são pessoas que agem de forma voluntária em benefício da melhoria da qualidade de vida e, portanto, não recebem pagamento pelos serviços prestados.
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REFERÊNCIAS http://www2.mma.gov.br/port/conama/Conselhos/Conselhos.cfm acessado em 27 de nov. 2019 à 15:45
BRASIL.. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Legislação Ambiental. Disponível em:. Acesso em: 22 nov. de 2019.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Instituto Banco Mundial. Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais. Seminários Temáticos do Sisnama: Participação e Controle Social na Gestão Ambiental Municipal. Disponível em vídeo conferência: . Acesso em: 23/11/2019.
MARANHÃO. Lei nº 5.405 de 08 de abril de 1992 Institui o Código de Proteção de Meio Ambiente e dispõe sobre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e o uso adequado dos recursos naturais do Estado do Maranhão. São Luís-MA, DOE, 24 DE ABRIL DE 1992.
MARANHÃO. Lei nº 9.413, DE 13 de Julho de 2011 Regulamenta o art. 241 da Constituição do Estado do Maranhão, o Capítulo III, Seção VII da Lei Estadual nº 5.405, de 08 de abril de 1992, o Capítulo II, Seção VIII do Decreto Estadual nº 13.494, de 12 de novembro de 1993, e institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza do Maranhão e dá outras providências.
MARANHÃO. Decreto Estadual 37.318 de 14 de abril de 2011que Institui o Código de Proteção Ambiental do Estado do Maranhão. Diário Oficial do Estado, São Luís, 15 abril de 2011.
MARANHÃO. Decreto Nº 33.764, de 22 de janeiro de 2018 que designa os membros do Conselho Estadual do Maranhão. Diário Oficial do Estado, São Luís, 22 de janeiro de 2018.
MARANHÃO. Decreto Estadual nº 9.413 de 13 de julho de 2011, que institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza do Maranhão. Diário Oficial do Estado do Maranhão, São Luís, julho de 2011.
Lei nº 9.279 de 20 de outubro 2010 que institui a Política Estadual de Educação Ambiental e o Sistema estadual de Educação Ambiental. Diário Oficial do Estado do Maranhão, São Luís, 15 de abril de 2011
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