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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Uso de Atividades Experimentais como Estratégia de Ensino de Ciências
Autor Roseli de Souza Pereira Vizzotto
Escola de Atuação Colégio Estadual Alberto Santos Dumont
Município da escola Cafelândia
Núcleo Regional de
Educação
Cascavel
Orientadora Dra. Margarete Nakatani
Instituição de Ensino
Superior
Unioeste
Disciplina/Área Ciências
Produção Didático-pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Arte
Público Alvo Alunos da 8ª série
Localização Colégio Estadual Alberto Santos Dumont
Rua Plínio Costa, 240
Cafelândia - CEP 85415000
Apresentação Para melhorar a qualidade do processo
ensino/aprendizagem e motivar o aluno a ser
agente participativo na escola, foram elaboradas
metodologias diversificadas para as aulas práticas
de Ciências. Muitas aulas desta disciplina são
trabalhadas de forma teórica e expositiva com
pouca participação dos alunos, onde assumem o
papel de receptores de informações e são levados a
memorizar definições que nem sempre fazem
sentido para eles e apresentam dificuldades de
compreensão dos conteúdos trabalhados.
Inicialmente, o professor fará um diagnóstico para
verificar o conhecimento prévio dos alunos e
instigar a curiosidade sobre o conteúdo de óptica,
que envolve a luz e as cores. Na próxima etapa,
realizará atividades com textos e vídeos para
complementar a fundamentação teórica. Na
sequência, serão desenvolvidas atividades práticas
e experimentais no laboratório de Ciências tais
como a “construção da câmara escura”; “a
decomposição da luz branca no prisma” e “pintando
com pigmentos e com luzes”. Ao organizar aulas
práticas e experimentais é necessário articulá-las
ao conteúdo de maneira contextualizada,
provocando situações de instigação e reflexão. Esta
metodologia objetiva despertar a imaginação dos
alunos e os incentivar a resolver os problemas
propostos. Para finalizar o trabalho o professor
solicitará atividades diferenciadas para cada etapa
dos experimentos realizados.
Palavras-chave Composição, decomposição, luz, cor.
1
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho refere-se à Produção Didática Pedagógica, elaborada de
acordo com o projeto de intervenção pedagógica a ser desenvolvido com os alunos
de 8ª série do Colégio Estadual Alberto Santos Dumont, e tem como título: Uso de
Atividades Experimentais como Estratégia de Ensino de Ciências.
Muitos autores reconhecem a importância das atividades práticas e
experimentais no processo de ensino aprendizagem de Ciências, porém o uso desta
metodologia deve estar articulado à teoria, para que o aluno possa apropriar-se do
conhecimento científico.
Ao se organizar aulas práticas e experimentais é necessário articulá-las ao
conteúdo de maneira contextualizada, provocando situações de investigação e
reflexão. É preciso que essas práticas instiguem a imaginação dos alunos e os
incentivem a resolver os problemas propostos. Neste aspecto, é importante
investigar o conhecimento prévio do aluno que poderá contribuir na formação do
problema proposto pelo professor, para que as questões propostas possam interagir
com o que o aluno já sabe, na tentativa de produzir uma aprendizagem significativa.
Contextualizando as aulas com atividades práticas e experimentais, o aluno
deixa de assumir o papel de receptor passivo de conceitos e assume o papel de
agente ativo, passando a ser sujeito de sua aprendizagem.
As atividades propostas nesta unidade didática envolvem o conteúdo de
óptica: luz e cores e tem como objetivo central elaborar metodologias diversificadas
e motivadoras a serem aplicadas nas aulas de Ciências, para facilitar o processo
ensino/ aprendizagem.
Para alcançar o objetivo proposto, inicialmente, serão realizados
questionamentos prévios para instigar a curiosidade dos alunos e sondar o
conhecimento prévio sobre o assunto a ser trabalhado. No decorrer dos trabalhos os
alunos terão espaço para observar, questionar, refletir, bem como expor suas
opiniões de forma oral e/ ou escrita sobre as atividades realizadas.
Este trabalho será desenvolvido em três etapas distintas: I - A propagação
retilínea da luz; II - A decomposição da luz branca e III - Pintando com pigmento e
com luz.
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I - A PROPAGAÇÃO RETILÍNEA DA LUZ
A parte inicial da unidade didática será desenvolvida na sala de aula e no
laboratório de Ciências, envolvendo aproximadamente cinco aulas.
No primeiro momento, os alunos, em dupla, deverão responder um
questionário (Anexo1) para sondagem do conhecimento prévio que possuem sobre
o conteúdo. Na sequência irão ler dois textos: “Um breve histórico da luz” (Anexo 2)
e “Como enxergamos as imagens”. (Anexo 3). O professor organizará uma
conversação para finalizar a fundamentação teórica e solicitará o material
necessário para a aula prática.
Para os alunos entenderem a importância da luz no processo da visão
humana e como ocorre o Princípio da Propagação Retilínea dela, será exibido no
laboratório de Ciências o vídeo: Aprenda a fazer uma câmara escura. (http://www.
youtube.com/watch?v=fVi8NhD8BAE) Após exibição, em dupla os alunos
construirão a câmara escura, conforme orientações do vídeo e da professora (Anexo
4). Durante a aula prática a professora fará questionamentos e reflexões sempre
relacionando teoria e prática. Em seguida, serão orientados a fazerem observações
com a câmara pelo pátio do Colégio e posteriormente, elaborar comentários sobre a
inversão da imagem.
Para concluir as atividades, os alunos receberão um questionário similar ao
inicial (Anexo 1) e responderão neste momento as mesmas questões. Esse material
servirá de subsídio avaliativo, para o professor verificar se os alunos assimilaram o
conteúdo e foram capazes de elaborar novos conceitos científicos no decorrer da
realização das atividades.
II - A DECOMPOSIÇÃO DA LUZ BRANCA
A segunda parte da unidade didática será desenvolvida na sala de aula e no
laboratório de Ciências envolvendo aproximadamente três aulas.
No primeiro momento a professora fará uma sondagem oral ( Anexo 5) com
os alunos, partindo de questões que serão registradas no quadro. A partir das
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informações coletadas, a professora terá noção do conhecimento prévio que os
alunos possuem sobre o assunto.
Na próxima etapa será exibido na TV pendrive o vídeo: De onde vem o arco-
íris? (http://www. youtube.com/watch?v=vZDm61sZV0U). Logo após, farão a leitura
dos textos: “A Decomposição da Luz Branca no Prisma” (Anexo 6) e “Desvendando
as Cores do Arco-íris” (Anexo 7).
Ao terminar a parte teórica, os alunos participarão da parte prática no
laboratório de Ciências, onde serão realizadas quatro atividades práticas sobre a
decomposição da luz branca. Durante os experimentos a professora mediará o
processo no sentido de promover a interação, enriquecendo e aprofundando o
trabalho para que não permaneça apenas no senso comum. Procurará motivar os
alunos para a observação, participação, questionamento e a manifestação de suas
opiniões.
Para finalizar esta etapa, os alunos deverão elaborar um relatório individual,
registrando seu conhecimento com base nas seguintes questões:
• Você já possuía algum conhecimento sobre a decomposição da luz? Faça
uma análise do que foi produzido neste trabalho e como foi seu desempenho.
• O que mais lhe chamou atenção nos textos e vídeo apresentados?
• Você considera importante realizar atividades práticas nas aulas de Ciências?
Por quê?
O relatório será utilizado pelo professor como um critério de avaliação.
III – PINTANDO COM PIGMENTO E COM LUZ
A terceira etapa da unidade didática será realizada na sala de aula e no
laboratório de Ciências, envolvendo aproximadamente três aulas.
Inicialmente a professora fará uma sondagem do conhecimento dos alunos
através de uma tabela que será entregue a eles, (Anexo 10).
Na sequência os alunos irão ler o texto: “As Cores na Natureza”. (Anexo 11)
No laboratório de Ciências participarão das aulas práticas: Pintando com
pigmentos, (Anexo 12) e pintando com luzes, (Anexo 13).
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Para concluir as atividades com pigmentos, o professor solicitará que os
alunos em equipe de quatro componentes, elaborem um cartaz sintetizando o
conteúdo estudado e apresentem para a turma.
A avaliação deverá ser realizada em todos os momentos das atividades
propostas, para que as dúvidas que possam ocorrer sejam imediatamente
esclarecidas. Para registro numérico será atribuído uma nota em cada etapa distinta
do trabalho, de acordo com os critérios estabelecidos no Projeto Político Pedagógico
do Colégio.
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ANEXO 1
QUESTIONÁRIO:
1. A água é composta por hidrogênio e oxigênio. A atmosfera é formada por gases.
Do que é formada a luz?
2
. Vocês conhecem ou já ouviram falar sobre cientistas que realizaram estudos e
pesquisas sobre a luz?
3. Vocês conhecem uma câmara escura? Quais são suas funções?
4. Enxergamos a luz com os olhos. Cite o nome de cinco estruturas que formam o
olho humano.
5. Por que a imagem aparece invertida na retina do nosso olho e na câmara escura?
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ANEXO 2
UM BREVE HISTÓRICO DA LUZ
Alguma vez você já imaginou como seria o mundo sem luz? Ele seria sem
calor, sem cores, sem formas. Buscaremos entender neste trabalho como funciona o
olho humano, uma máquina fotográfica e a câmara escura.
Hoje, para a Ciência, a luz tem duas faces: uma ondulatória - a teoria da
onda expressa pelo termo onda de luz e outra particular - a teoria da partícula
expressa, em parte pela palavra fóton.
Por volta de 1665, o físico inglês Isaac Newton interessou-se pela luz e
realizou alguns experimentos. Ele dirigiu um feixe de luz do Sol, passando por uma
fenda, para dentro de uma sala escura, até atingir um prisma, observou que a luz foi
desviada, ao entrar e sair do vidro. O raio de luz ao sair do prisma era mais largo e
se decompôs num espectro de cores, formando o arco-íris. Newton comprovou
assim que a luz branca compõe-se de várias cores, que vão do infravermelho até o
ultravioleta. Ele também afirmou que a luz resultava do movimento de minúsculas
partículas que viajavam a uma velocidade enorme, e eram emitidas em ritmo
contínuo pelas fontes luminosas. Se ela fosse feita de partículas, isso explicaria
porque a luz se propaga em linha reta.
Os cientistas Robert Hooke e Christiaan Huygens contestaram as ideias de
Newton, defendendo a ideia de que a luz era formada de ondas, sendo assim a luz é
apenas uma transferência de energia.
Em 1801, o físico inglês Thomas Young mostrou experimentalmente que a luz
apresenta certos comportamentos característicos das ondas, decidindo na época a
disputa em favor de Huygens.
Com essa teoria é possível explicar porque a luz branca se decompõe num
espectro de cores quando passa pela refração de um prisma. Huygens já dizia que
cada cor tinha um comprimento de onda, pois quando a luz é desviada, no momento
da refração, dependeria do comprimento da onda dessa luz, porque quanto menor
for o comprimento de onda, maior será o desvio.
Os cientistas se depararam com um impasse: A teoria ondulatória de
Huygens explicava o espectro, mas não explicava porque a luz se propaga em linha
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reta, projeta sombras bem delineadas e passa em torno dos objetos que estão em
seu caminho. E no vácuo como a luz poderia se propagar se não há nada para
ocorrer a ondulação? Por outro lado, a teoria corpuscular de Newton explicava a
propagação da luz em linha reta e as sombras delineadas, mas não o espectro que
forma as cores do arco-íris.
A teoria de Newton, sustentada pela experimentação, foi aceita por outros
estudiosos. Somente duzentos anos depois foi adotada a noção de que a luz seria
uma onda por parecer mais adequada aos modelos de explicação do
comportamento da natureza.
Max Planck, físico Alemão, foi o primeiro cientista a sugerir que a luz não era
só uma onda ou partícula, mas sim uma combinação das duas propriedades.
Einstein retomou o conceito corpuscular da luz, num trabalho que ficou
célebre. Trabalho este publicado em 1905 que defendia a teoria corpuscular para
explicar o efeito fotoelétrico. Assim, mesmo que seja difícil de entender, lidamos
todos os dias, com partículas elementares que são os FÓTONS. Sempre que você
estiver em contato com a luz, qualquer luz (do Sol, das lâmpadas elétricas, etc) você
estará em contato com essas partículas que compõem a luz. Essas partículas, os
fótons, estão em todo o universo, em todas as suas regiões, com a mesma
abundância e são muito numerosos. Na realidade, quando falamos dos fótons
estamos falando não de um ou dois, mas de bilhões e bilhões. Finalmente o conceito
de fóton explicava como a luz pode propagar-se pelo vácuo. A partir de então, todas
as experiências confirmam a teoria de Einsten. Hoje, a luz é interpretada como um
pacote de energia que nas interações com a matéria apresenta dois aspectos: em
certas interações se comporta como partícula, em outras se comporta como onda.
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ANEXO 3
COMO ENXERGAMOS AS IMAGENS
Devemos ter como ponto de partida o fato de que só enxergamos na
presença da luz, ou seja, só vemos as coisas quando elas são iluminadas.
Durante muito tempo acreditou-se que o processo da visão ocorria porque
dos olhos das pessoas partiam “raios visuais” que, ao atingir os objetos, garantiam a
percepção da sua cor e forma. Assim, surgiram outras dúvidas: Por que não vemos
no escuro? Como esses “raios visuais” seriam gerados?
Depois de muitos anos de estudo e pesquisas, descobriu-se que nossos olhos
são receptores de luz. A luz vinda de um determinado objeto é que traz a informação
que nos garante o processo da visão. Os corpos que não possuem luz própria são
vistos porque a luz de uma fonte qualquer é refletida por eles e chega até nossos
olhos, trazendo informações acerca de sua forma e cor.
O olho humano funciona basicamente como a câmara escura. A câmara
escura será construída nas atividades práticas para observar como a luz caminha
em linha reta. Porém o olho é mais sofisticado, ele é um globo de mais ou menos 2,5
cm de diâmetro completamente escuro por dentro. O disco maior que observamos
nas pessoas, que pode ser castanho, verde, azul etc, chama-se íris, e o disco
menor é a pupila.
A pupila varia de diâmetro ao longo do dia: ela fica bem menor no claro que
no escuro. Isso acontece porque a íris é um músculo que reage à presença de luz,
abrindo mais ou menos a pupila. Assim, a pupila nada mais é do que um orifício por
onde a luz penetra nos olhos, como se fosse a janela dos olhos.
No fundo do globo ocular, existe uma espécie de “tela” chamada retina. Ela é
formada por células que transformam o sinal luminoso que ali chega em sinais
elétricos. Algumas células da retina formam o nervo óptico, um fio que conduz os
sinais elétricos até nosso cérebro.
Para termos uma visão nítida é necessário que a imagem se forme
exatamente sobre a retina. Assim os raios de luz que são emitidos ou refletidos
pelos objetos devem ser focalizados nela. Como isso ocorre? Já vimos que objetos
transparentes com diferentes índices de refração desviam os raios de luz. Se eles
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tiverem uma forma apropriada, podem focalizar a luz em uma pequena região.
Chamamos esses objetos de lentes. Um exemplo de lente é a lupa, que pode
concentrar a luz que vem do sol em uma pequena região.
Assim, para focalizar os raios em nosso olho, sobre a íris e sobre a pupila há
uma lente muito fina chamada córnea. A córnea não é a única lente do nosso olho.
Quando a luz passa pela pupila, entra em uma espécie de “câmara” cheia de um
fluido chamado humor aquoso. Fechando esta câmara há uma lente flexível
chamada cristalino, que se encontra presa aos músculos ciliares e que é
responsável por focalizar a imagem do objeto sobre a retina.
Para que um objeto possa ser focalizado perfeitamente, a menor distância
que ele pode ficar do olho de um adulto é de cerca de 20 cm. Se a distância for
inferior, a visão se processa sem muita nitidez.
Percebemos que a imagem forma-se sobre a retina, membrana formada por
células conectadas ao nervo óptico que levam as informações ao cérebro. Nosso
cérebro processa a leitura dessas informações reposicionando a imagem que se
formou invertida na retina, permitindo, assim que vejamos os objetos da forma como
estão à nossa frente.
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ANEXO 4
EXPERIÊNCIA: A CÂMARA ESCURA
MATERIAL
• Uma lata de leite em pó vazia;
• Meia folha de papel-cartão preto;
• Um pedaço de papel vegetal (15 cm x 15 cm);
• Um martelo;
• Cola;
• Fita crepe;
• Um prego pequeno.
PROCEDIMENTO
Forre o interior da lata com um pedaço de papel-cartão preto. Com o
prego e o martelo faça um furo pequeno, bem no centro do fundo da lata (se o
furo ficou grande, cole um pedaço de fita isolante em cima e faça um novo furo
com um alfinete). Passe cola no outro lado da lata e fixe o papel vegetal, de
forma que ele fique bem liso.
Por fim, enrole o restante de papel-cartão em volta da lata, como que
prolongando sua altura, deixando a tampa de papel vegetal numa região
escurecida. Fixe a tira nesta posição com fita crepe.
Sua câmara escura está pronta. Aponte o orifício na direção do objeto a
ser observado e verifique se há alguma imagem sobre o papel vegetal. Aproxime
o rosto do tubo de papel-cartão, pois assim a luz ambiente atrapalhará menos
sua observação.
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ANEXO 5
QUESTIONÁRIO ORAL:
1. O que significa decompor a luz branca?
2. As cores do arco-íris são formadas por diferentes características. Uma dessas é a
velocidade de propagação da luz. Qual é a velocidade da luz no vácuo?
3. Quais são as sete cores que formam o arco-íris?
4. O que é um prisma?
5. O que são ondas eletromagnéticas? O forno microondas aquece devido às ondas
eletromagnéticas. Cite o nome de cinco objetos que funcionam com ondas
eletromagnéticas.
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ANEXO 6
A DECOMPOSIÇÃO DA LUZ BRANCA NO PRISMA
A luz que chega do Sol é chamada de luz branca. Essa luz, na verdade, é
composta por diversas luzes de cores diferentes. Cada uma delas tem
características próprias que as diferenciam uma das outras. Sabe-se que as luzes
de diversas cores nada mais são que ondas eletromagnéticas (uma combinação de
um campo elétrico e um campo magnético, que se propagam numa mesma direção).
Essas ondas se propagam com diferentes freqüências. É possível entender o porquê
da separação dessas cores que compõem a luz branca ao passar por um prisma. O
prisma óptico é um objeto composto de uma substância transparente de índice de
refração maior que o do ar.
A luz branca ao entrar no prisma e interagir com as partículas dele sofre
dispersão, ou seja, é decomposta nas diferentes cores, a luz violeta, por ter uma
frequência maior, será mais desviada por essas partículas. Por outro lado, a
vermelha, que tem menor frequência, será menos desviada. Tem-se então, numa
ordem crescente de freqüência, as diversas cores que ao serem dispersas pelo
prisma formam as cores do arco-íris.
Outro fator que interfere na decomposição da luz é o fato dos componentes
da luz branca propagar-se no prisma com velocidades diferentes.
O fenômeno de dispersão da luz branca ocorre em qualquer meio material
transparente que não seja o vácuo. Por que se usa um prisma para conseguir essa
dispersão? Porque a geometria do prisma é fundamental para esse efeito. A luz é
decomposta ao incidir na primeira parede do prisma e entrar nele, ou seja, seus
componentes separam-se seletivamente, aproximando-se da reta normal à
superfície do prisma, no ponto de refração: a luz se aproxima da reta normal ao
passar para o meio de maior índice de refração, como no caso do vidro que compõe
o prisma. Ao atingir a outra superfície do prisma e ao emergir mais uma vez, a luz
passa de um meio para outro, sofrendo assim outra refração. Desta vez de um meio
mais refringente para outro menos refringente; logo, o desvio será no sentido de se
afastar da reta normal.
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ANEXO 7
TEXTO: DESVENDANDO AS CORES DE UM ARCO-ÍRIS
Você certamente já viu a formação das cores de um arco-íris no jato de água
de uma mangueira, mas reparou que só vemos as cores quando o jato de água
assume determinada posição? Deve-se deixar o Sol nas costas e projetar o jato de
água para frente. O arco-íris pode ser observado na mesma posição quando se olha
para ele e se dá as costas para o Sol.
Sabe-se que só é possível ver um arco-íris no céu, antes ou depois de uma
chuva, ou seja, ele só se forma quando existem gotículas de água em suspensão na
atmosfera. Pode-se concluir que as gotas de água se comportam como um prisma,
isto é, provocam dispersão da luz branca. Outro fator que se deve considerar
também é que o Sol não esteja muito longe do horizonte, por isso não se vê o arco-
íris entre as onze horas da manhã e às três horas da tarde.
O raio de luz vindo do Sol incide na gota de água, sofre uma refração e,
depois de atravessar, é refletido. Quanto mais se propaga dentro da gota, mais as
diversas cores da luz branca do Sol se dispersam; o resultado disso é um leque de
cores emergindo da gota.
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ANEXO 8
EXPERIÊNCIAS COM O PRISMA
MATERIAL
• Prisma;
• Cartolina branca
• Lanterna
• Um pedaço de espelho (5cm x 5cm)
• Um copo de vidro transparente.
PROCEDIMENTO - 1ª experiência
Segure o prisma na mão; aproveite os raios de Sol que entram por uma janela
ou facho de uma lanterna; coloque-o no caminho da luz; gire lentamente o prisma
tentando projetar umas listras coloridas que dele emergem numa cartolina branca.
PROCEDIMENTO - 2ª experiência
Pegue o copo transparente e coloque no fundo do copo o pedaço de espelho,
acrescente nele a metade de água. Procure um local que haja uma lâmpada acesa,
posicionando o copo de modo que a luz da lâmpada seja refletida do espelho. O
copo deve estar levemente inclinado e deve variar a inclinação de modo que, ao ser
refletida, a luz seja projetada numa parede a sua frente onde a luz direta não
chegue. Observe que na parede ou na cartolina branca aparecerão as mesmas
cores do arco-íris. A água no copo e o espelho fizeram com que a luz mudasse de
meio duas vezes antes de atingir a parede. Esse caminho, seguido pela luz, foi o
responsável pelo aparecimento das cores.
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ANEXO 9
EXPERIÊNCIA COM O CD E COM A MANGUEIRA DE ÁGUA
No pátio do Colégio, os alunos em grupo de seis pessoas irão observar a
dispersão da luz solar ao atingir a superfície de um CD e a formação das cores do
arco-íris no jato de água de uma mangueira. Verificarão que é possível visualizar as
cores quando o jato de água assume determinada posição. Para isso deve-se deixar
o Sol em suas costas e projetar o jato de água para frente.
Observarão que o ângulo entre o raio incidente na gota e o raio que emerge
da gota tem cerca de 42º. O Sol, as gotas e o observador precisam estar dispostos
de tal forma que o raio de luz que chega ao observador se propague em uma
direção que faz um ângulo de 42º com a direção do Sol.
16
ANEXO 10
TABELA PARA SONDAGEM:
Escola:
Professor (a):
Alunos:
Preencha a tabela, escrevendo o nome das cores secundárias e como obtemos a
cor preta e branca.
COMPOSIÇÕES COM PIGMENTOS (TINTAS)
Amarelo + azul = Amarelo + vermelho = Azul + vermelho = Quais tintas devem ser misturadas para formar a cor preta?
COMPOSIÇÕES COM LUZES
Vermelho + verde =Verde + azul =Vermelho + azul =Quais as cores-luz devem ser usadas para formar a cor branca?
..............................................................................................................................
..............................................................................................................................ANEXO 11
17
AS CORES NA NATUREZA
As cores fazem parte da nossa vida. Quando criança, costumamos comparar
nossa cor preferida com a de nossos colegas. Ao comprar uma roupa, pintar a nossa
casa, olhar para o céu, expressamos nossas preferências nesse assunto. Porém,
como se determina a coloração? Para entendermos essa questão devemos
aprofundar nossa discussão sobre as cores e diferenciar as duas principais formas
com que as acessamos no dia-a-dia: os pigmentos (tintas) e a coloração da luz.
Já tivemos a oportunidade de misturar tintas: amarelo com azul resulta em
verde; amarelo com vermelho, em alaranjada. A partir das diversas combinações
foram definidas as cores primárias, isto é, aquelas que possibilitam obter todas as
outras cores.
Um pintor nos diria que essas cores são a azul, a amarela e a vermelha.
Um cientista, porém, afirmaria que são a azul, a verde e a vermelha.
Quem tem razão? Se levarmos em consideração no que se basearam tanto o
pintor como o cientista, estão certos. O pintor pensou nos três pigmentos que podem
fornecer todas as outras cores. Já o cientista fez sua reflexão sobre os feixes de luz
colorida que permitem a obtenção das cores. Ao misturar o pigmento azul e o
amarelo, obtemos o verde. Porém o verde não pode ser obtido a partir da mistura de
feixes de luminosos de outras cores. Afirmamos então que a luz verde é uma cor
primária.
Devemos aceitar a ideia de que o conceito de cores primárias não é único.
Depende do referencial usado: por pigmento ou por luminosidade.
Observe na tabela como obter determinada cor pela mistura de pigmentos ou
de feixes de luz.
COMPOSIÇÃO
COR PIGMENTO LUZ
Verde Amarelo + Azul Cor primária
Amarela Cor primária Verde + Vermelho
Branca Ausência de pigmento Mistura de todas as cores
Preta Mistura de todos os pigmentos de
coloração
Ausência de luz
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Púrpura Vermelho + Preto Violeta + Vermelho
É interessante dizer que os tubos de imagem do televisor utilizam luzes azul,
verde e vermelha. Variando apenas a intensidade de cada uma delas, e
superpondo-as, produzem todas as cores dos programas que assistimos.
Observe que a combinação das cores primárias resulta no branco para a luz e
no preto para os pigmentos. Essa é outra forma de definir as cores primárias: são as
três que, misturadas em proporções iguais, resultam em branco ou preto.
ANEXO 12
EXPERIÊNCIA:
1ª etapa – Pintando com Pigmento (tinta)
MATERIAL
• Uma caixa pequena de tinta guache (seis cores)
• Pincéis pequenos
• Ficha de atividade
PROCEDIMENTO
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No laboratório de Ciências, o professor leva os alunos e os organiza em
equipe de quatro componentes. Entrega a ficha de atividades e solicita que eles
realizem as tarefas, usando o material conforme orientações do professor.
FICHA DE ATIVIDADES
Escola:
Professor (a)
Alunos:
AS CORES
1. Pinte os retângulos com as cores primárias indicadas, em seguida misture as
duas cores no outro retângulo para obter a cor secundária.
+ =
Vermelho amarelo .........................
+ =
Amarelo azul ............................
+ =
Azul vermelho ...........................
2. Cite o nome das cores que foram usadas para colorir o disco de Newton. E o
que acontece com o mesmo após girá-lo?
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3. Faça uma mistura usando as cores: azul, amarelo e vermelho ( todas na
mesma proporção). Que cor formou? ____________________________
4. O cartucho de uma impressora colorida só tem três cores de tinta ( amarelo,
vermelho e azul) , porém quando ela esta em funcionamento imprime todas
as cores. Qual a sua explicação para este fato?
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ANEXO 13
EXPERIÊNCIA:
2ª etapa – Pintando com luzes
MATERIAL
• 3 fontes de luz de cores diferentes;
• Três filtros para luzes (lâminas de gelatina: azul, verde e vermelho);
• Uma cartolina ou um anteparo branco.
PROCEDIMENTO
Fixe na parede a cartolina branca. Explique para os alunos que as três fontes
luminosas estão com as lâminas de gelatina (azul, verde e vermelha) acopladas na
frente. No ambiente escuro, ligue a lanterna e projete, separadamente no anteparo,
a luz de cor azul, verde e vermelha.
Na sequência o professor realiza com as lanternas a superposição das cores:
Sobrepõe a luz vermelha com a verde. Questiona o resultado. Sobrepõe a luz azul e
verde e interage com os alunos, qual o resultado. Sobrepõe a luz azul com a
vermelha e questiona que cor formou. No final o professor faz a superposição
usando as cores azul, verde e vermelha para os alunos observarem a formação da
cor branca.
Para finalizar o professor comenta a importância do conhecimento da
pigmentação com luzes, visto que ela é usada nas apresentações artísticas, nas
televisões, em vários aparelhos eletrônicos e nos shows.
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INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, S. J. D. Luz e Visão Humana: Da Cultura Local à Cultura Científica, 2008, disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2364-6.pdf?PHPSESSID=2010012708223041. Atesto em 28/07/2011.
CRUZ, D. Óptica. São Paulo: Àtica 2003 FIGUEREDO, A.; PIETROCOLA, M. Luz e cores. São Paulo: FTD, 2000.
FRANCISCO JÚNIOR, W. E.; FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R. Experimentação Problematizadora: Fundamentos Teóricos e Práticos para a aplicação em sala de aula de Ciências. Ciências Nova na Escola, n.30, Nov/2008.
GASPAR, A. Experiências de Ciências para o Ensino Fundamental. 1ª Ed. São Paulo: Ática,2005.
GREF – Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. Física 2: Física Térmica/ Óptica. Editora da Universidade de São Paulo: São Paulo, 2005
HAIDA, K. S.; KAVANAGH, E.; MIOTTO,Z. J. M. Práticas de Laboratório: Uma Estratégia de Ensino. Cascavel: ASSOESTE, 1998.
SANTANA, O.; FONSECA, A.; MOZENA, E. Ciências Naturais, 8ª série - 1ª Ed. – São Paulo: Saraiva, 2006.
Vídeo, Mvsaraiva, 2009. Aprenda a fazer uma câmara escura com Beakman. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=fVi8NhD8BAE. Atesto em 28/07/2011.
Vídeo, Ateenytinyyfootprint, 2009. Kika – De onde vem o arco-íris? Disponível em:http://www. youtube.com/watch?v=vZDm61sZV0U. Atesto em 28/07/2011.
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