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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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AVULSOS DA 104ª SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 08.11.2011
ÍNDICE
PROPOSIÇÃO PAG.
01) PL 266/11 DEP. LUZIA TOLEDO..............................................................03
02) PL 272/11 DEP. GILSINHO LOPES...........................................................07
03) PL 274/11 DEP. LUCIA DORNELLAS......................................................13
04) PL 280/11 DEP. GILSINHO LOPES...........................................................16
05) PL 249/11 DEP. DA VITÓRIA......................................................................21
06) PL 253/11 DEP. SÉRGIO BORGES..............................................................22
07) PL 282/11 DEP. JOSÉ CARLOS ELIAS.......................................................22
08) PEC 33/11 DEP. JOSÉ CARLOS ELIAS.....................................................23
09) PEC 34/11 DEP. JOSÉ CARLOS ELIAS.......................................................23
10) PL 321/11 DEP. LUCIA DORNELLAS........................................................24
11) PL 329/11 DEP. GILSINHO LOPES.............................................................25
DO ITEM (12) AO ITEM (19), PROJETOS DE DECRETOS LEGISLATIVOS
DE ENTREGA DE TÍTULOS DE CIDADÃO ESPÍRITO-SANTENSE DE
DIVERSOS DEPUTADOS E DEPUTADAS..............................................26 À 31
20) PR 35/11 DEP. MARCELO SANTOS...........................................................31
DO ITEM (21) AO ITEM (23), PROJETOS DE DECRETOS LEGISLATIVOS
DE ENTREGA DE TÍTULOS DE CIDADÃO ESPÍRITO-SANTENSE DE
DIVERSOS DEPUTADOS E DEPUTADAS..............................................32 À 33
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24) PEC 31/11 DEP. THEODORICO FERRAÇO...............................................33
25) PL 327/11 DEP. GLAUBER COELHO.........................................................35
26) PL 332/11 DEP. LUZIA TOLEDO................................................................36
27) PL 333/11 DEP. LUZIA TOLEDO................................................................38
DO ITEM (28) AO ITEM (32), PROJETOS DE DECRETOS LEGISLATIVOS
DE ENTREGA DE TÍTULOS DE CIDADÃO ESPÍRITO-SANTENSE DE
DIVERSOS DEPUTADOS E DEPUTADAS..............................................39 À 41
33) PR 37/11 DEP. GENIVALDO LIEVORE......................................................42
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PROJETO DE LEI 266/2011
Declara a criação artística dos tapetes de Corpus Christi como patrimônio imaterial do Estado do Espírito Santo.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º - Declara os tapetes de Corpus Christi como patrimônio imaterial do Estado do Espírito Santo.
Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação
.
Palácio Domingos Martins, 15 de agosto de 2011.
Luzia Toledo
Deputada Estadual- PMDB
JUSTIFICATIVA
Segundo a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, aprovada pela Unesco em 17 de outubro de 2003,
"entende-se por ‘patrimônio cultural imaterial’ as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com
os instrumentos, objetos, artefatos e lugares que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os
indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural”. A partir de então, o registro e a declaração de bens
imateriais (os bens imateriais não são “tombados”, apenas os materiais) tornou-se prática constante de vanguarda e política
pública cultural contemporânea. No Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN tramitam alguns
procedimentos administrativos para o registro de bens imateriais. Dentre eles estão o Toque dos Sinos de São João Del Rei/
MG e o Festival Folclórico de Parintins dos Bumbás Garantido e Caprichoso/AM. Tais referências culturais são muito
ilustrativas do que se deve entender por bem cultural de natureza imaterial. Lembremos que os agressores do patrimônio
cultural tombado, registrado ou declarado, estão sujeitos às sanções da Le+i 9605 de 1998, especialmente a partir de seu artigo
62.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
........................................................................................................
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
Cabe ao Poder Executivo proceder o registro dos bens imateriais e ao Poder Legislativo declarar tais bens. Corpus Christi é
uma festa ao Corpo de Cristo. É uma data adotada na Igreja Católica, para comemorar a presença real de Jesus Cristo no
sacramento da Eucaristia, pela mudança da substância do pão e do vinho de seu corpo e de seu sangue (O Catolicismo declara
que a hóstia, torna-se literalmente em Carne e Sangue do Senhor Jesus). Por ser ainda recente, esta política pública cultural tem
sofrido reformas. Hoje, por exemplo, a tendência é a declaração de práticas culturais como patrimônios imateriais, ao invés de
instituições. A Festa de Corpus Christi em Castelo, município da região sul do Espírito Santo, é uma das mais tradicionais
manifestações de artesãos do Estado. O ponto alto do encontro que sempre acontece no feriado que batiza o evento é a reunião
dos tapetes fabricados ao longo de todo o ano pelos artistas da cidade e das regiões vizinhas. No nosso Estado a comemoração
de Corpus Christi é comemorado em vários municípios como: Aracruz, Cachoeiro, Cariacica, Castelo, Colatina, Conceição do
Castelo, Ibiraçu, Nova Venécia, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, São Mateus, Vila Velha e Vitória, Viana e outros
totalizando 52 municípios. Os tapetes - confeccionados poucos dias antes da abertura oficial do evento - são colocados um ao
lado do outro e ocupam toda a extensão da principal rua de Castelo. Os artistas locais costumam usar a ocasião para protestar
contra problemas sociais e corrupção através dos desenhos retratados nos tapetes. É esta, sem dúvida, a continuação de um
histórico desta política cultural na qual pesa o valor dado às práticas comuns de grupos sociais, que transcendem religião e
tempo, de forma alguma endeusando a cultura, mas colocando-a como esfera mais ampla das relações humanas. Reconhecer
um patrimônio imaterial é fazer política pública cultural com seriedade e trabalho. Proteger e declarar que uma prática
ultrapassou as barreiras da fé, da denominação religiosa e da história é incluí-la na própria identidade de um povo.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 395/2011
Parecer do Relator: Projeto de Lei de n.º 266/2011
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Autora: Deputada Estadual Luzia Toledo
Assunto: “Declarar a criação artística dos tapetes de Corpus Christi como patrimônio Imaterial do Estado do Espírito Santo”.
RELATÓRIO
Trata-se de Projeto de Lei n° 266/2011, de autoria da Deputada Luzia Toledo, que tem como finalidade de “Declarar
a criação artística dos tapetes de Corpus Christi como patrimônio Imaterial do Estado do Espírito Santo”.
O Projeto passou pela Mesa Diretora sem restrições, em 16/08/11. Foi Publicado no Diário do Poder Legislativo do
dia 31 de agosto de 2011. A justificativa faz uma exposição dando conta da necessidade da matéria objeto de análise a ser
submetida na Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para análise da constitucionalidade.
Designado Relator para a matéria ora em exame, passo a apresentá-lo sustentando o que segue.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR - FUNDAMENTAÇÃO
DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA LEGALIDADE E DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E
MATERIAL
Trata-se de Projeto de Lei de nº 266/2011, de autoria da Deputada Luzia Toledo que “Declara a criação artística dos
tapetes de Corpus Christi como patrimônio imaterial do Estado do Espírito Santo”.
Existem considerações a fazer sobre o Projeto de Lei em comento, para dizer da dificuldade de sustentar a sua
constitucionalidade. Veja o que prescreve a legislação federal:
DECRETO Nº 3.551
DE 04 DE AGOSTO DE 2000
INSTITUI O REGISTRO DE BENS CULTURAIS DE NATUREZA IMATERIAL QUE
CONSTITUEM PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO, CRIA O PROGRAMA NACIONAL
DO PATRIMÔNIO IMATERIAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o Artigo 84, inciso IV, e tendo em vista o
disposto no Artigo 14 da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998,
Decreta:
Artigo 1º - Fica instituído o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio
cultural brasileiro.
§ 1º - Esse registro se fará em um dos seguintes livros:
I - Livro de Registro dos Saberes, onde serão inscritos conhecimentos e modos de fazer enraizados no
cotidiano das comunidades;
II - Livro de Registro das Celebrações, onde serão inscritos rituais e festas que marcam a vivência coletiva
do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social;
III - Livro de Registro das Formas de Expressão, onde serão inscritas manifestações literárias, musicais,
plásticas, cênicas e lúdicas;
IV - Livro de Registro dos Lugares, onde serão inscritos mercados, feiras, santuários, praças e demais
espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais coletivas.
§ 2º - A inscrição num dos livros de registro terá sempre como referência a continuidade histórica do bem e
sua relevância nacional para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira.
§ 3º - Outros livros de registro poderão ser abertos para a inscrição de bens culturais de natureza imaterial
que constituam patrimônio cultural brasileiro e não se enquadrem nos livros definidos no parágrafo
primeiro deste artigo.
Artigo 2º - São partes legítimas para provocar a instauração do processo de registro:
I - o Ministro de Estado da Cultura;
II - instituições vinculadas ao Ministério da Cultura;
III - Secretarias de Estado, de Município e do Distrito Federal;
IV - sociedades ou associações civis.
Artigo 3º - As propostas para registro, acompanhadas de sua documentação técnica, serão dirigidas ao
Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, que as submeterá ao
Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.
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§ 1º - A instrução dos processos de registro será supervisionada pelo IPHAN.
§ 2º - A instrução constará de descrição pormenorizada do bem a ser registrado, acompanhada da
documentação correspondente, e deverá mencionar todos os elementos que lhe sejam culturalmente
relevantes.
§ 3º - A instrução dos processos poderá ser feita por outros órgãos do Ministério da Cultura, pelas unidades
do IPHAN ou por entidade, pública ou privada, que detenha conhecimentos específicos sobre a matéria, nos
termos do regulamento a ser expedido pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.
§ 4º - Ultimada a instrução, o IPHAN emitirá parecer acerca da proposta de registro e enviará o processo ao
Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, para deliberação.
§ 5º - O parecer de que trata o parágrafo anterior será publicado no Diário Oficial da União, para eventuais
manifestações sobre o registro, que deverão ser apresentadas ao Conselho Consultivo do Patrimônio
Cultural no prazo de até trinta dias, contados da data de publicação do parecer.
Artigo 4º - O processo de registro, já instruído com as eventuais manifestações apresentadas, será levado à
decisão do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.
Artigo 5º - Em caso de decisão favorável do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, o bem será
inscrito no livro correspondente e receberá o título de "Patrimônio Cultural do Brasil". Parágrafo único -
Caberá ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural determinar a abertura, quando for o caso, de novo
Livro de Registro, em atendimento ao disposto nos termos do § 3º do Artigo 1º deste Decreto.
Artigo 6º - Ao Ministério da Cultura cabe assegurar ao bem registrado:
I - documentação por todos os meios técnicos admitidos, cabendo ao IPHAN manter banco de dados com o
material produzido durante a instrução do processo.
II - ampla divulgação e promoção.
Artigo 7º - O IPHAN fará a reavaliação dos bens culturais registrados, pelo menos a cada dez anos, e a
encaminhará ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural para decidir sobre a revalidação do título de
"Patrimônio Cultural do Brasil". Parágrafo único. Negada a revalidação, será mantido apenas o registro,
como referência cultural de seu tempo.
Artigo 8º - Fica instituído, no âmbito do Ministério da Cultura, o "Programa Nacional do Patrimônio
Imaterial", visando à implementação de política específica de inventário, referenciamento e valorização
desse patrimônio.
Parágrafo único. O Ministério da Cultura estabelecerá, no prazo de noventa dias, as bases para o
desenvolvimento do Programa de que trata este artigo.
Artigo 9º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 4 de agosto de 2000;
179º da Independência e 112º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Francisco Weffort
Não podemos deixar de ressaltar que a política de preservação do Patrimônio Imaterial brasileiro é recente, foi
instituída pelo Decreto Federal 3.551 de 2000. Acima exposto, subsidiando o art. 216 da Constituição. Qualquer bem pode vir
a integrar o patrimônio cultural brasileiro, desde que seja portador de referência à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos termos do "caput" do artigo 216.
A ação institucional é pensada na forma de identificação, registro e salvaguarda do bem cultural. Para o escopo
metodológico se requer a delimitação do contexto de pesquisa, sua orientação territorial e temática; assim como a
contextualização socioeconômica, geográfica e histórica.
Considera-se que a realização do inventário só será possível com a anuência, participação e mobilização das
comunidades interessadas e a constituição de equipes adequadas de pesquisa.
As fases do Inventário são constituídas de levantamento preliminar, identificação e documentação do bem
cultural, da seguinte maneira:
a) sistematização de informações disponíveis em material bibliográfico e audiovisual sobre o universo a
inventariar;
b) aprofundamento do conhecimento sobre o bem cultural, por intermédio de pesquisa de campo e
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c) sistematização, em diferentes suportes e mídias, do conhecimento produzido nas etapas do
levantamento preliminar e da identificação.
Para realização do inventário proposto, se faz necessário a definição do projeto, a constituição da equipe de
pesquisa e as fontes de financiamento de tal empreendimento intelectual.
A equipe de pesquisadores deverá ter caráter multidisciplinar, composta por profissionais das áreas de Ciências
Sociais, História, Arqueologia, Letras, Museologia, Arquitetura e Geografia, sob a coordenação de um profissional de Ciências
Sociais, antropólogo ou historiador.
A título de exemplo em caso semelhante:
A reunião da Câmara do Patrimônio Imaterial que recusou o registro da Ayahuasca como patrimônio
cultural do Brasil alegava, entre outras coisas, que “comidas, bebidas, assim como crenças, filosofias e
teologias, não constituem em si bens culturais passíveis de Registro, mas sim, referências para a produção e
reprodução de processos, representações e práticas culturais”.
Algo semelhante aconteceu com o prosaico bolinho de feijão da gastronomia baiana — acarajé — que
ninguém dúvida que é parte constitutiva da cultura brasileira. Entretanto, o que foi oficialmente
patrimonializado intitula-se Ofício de Baiana de Acarajé e não o delicioso quitute em si. Algo semelhante
também está sendo pensado para a patrimonialização da capoeira.
Da análise do Projeto de Lei em exame, à luz dos dispositivos da Constituição Federal e do Código de
Decreto Federal de nº 3.551/2000, que antes será necessário uma análise por um dos órgãos do Governo
Estadual, para verificar se os “Tapetes de Corpus Christi”, preenchem os requisitos mínimos para ser
declarado patrimônio imaterial do Estado do Espírito Santo, a exemplo do artigo 3º do referido Decreto
Federal, verbis:
“Artigo 3º - As propostas para registro, acompanhadas de sua documentação técnica, serão dirigidas ao
Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, que as submeterá ao
Conselho Consultivo do Patrimônio Cultura.
Não afrontando os que pensam diferentes, entendo que se faz necessário a análise de um órgão técnico
estadual, para sobre ele, apresentar o projeto de lei estadual no sentido de declarar patrimônio imaterial do
Estado do Espírito Santo.
Por todo exposto, pelas razões acima, inclusive, com auxlio da justificativa do projeto, concluímos que o Projeto de
Lei nº 266/2011, de autoria da Deputada Luzia Toledo não atende aos pressupostos de constitucionalidade, juridicidade e
legalidade, por falta de um acervo sobre os “Tapetes de Corpus acervo sobre os “Tapetes de Corpus Christi, do município de
Castelo e outros Municípios que tradicionalmente confeccionam seus tapetes religiosos nas datas dos festejos adotados pela
Igreja Católica.”, do município de Castelo e Outros Municípios que tradicionalmente confeccionam seus tapetes religiosos nas
datas dos festejos adotados pela Igreja Católica.
Sendo assim, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 395/2011
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
inconstitucionalidade e ilegalidade do Projeto de Lei de n.º 266/2011, de autoria da Deputada Luzia Toledo.
Plenário "Rui Barbosa", 11 de outubro de 2011.
ELCIO ALVARES
Presidente
THEODORICO FERRAÇO
Relator
GILDEVAN FERNANDES
RODNEY MIRANDA
DARY PAGUNG
MARCELO SANTOS
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PROJETO DE LEI Nº 272/2011
“Altera a legislação do IPVA- Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores para assegurar melhores condições aos
estudantes.”
A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo D E C R E T A:
Art. 1º. O Capítulo III da lei 6.999, de 27 de dezembro de 2001, passa a se denominar Capítulo IV.
Art. 2º. Fica introduzido o Capítulo III na lei 6.999, de 27 de dezembro de 2001, que passa a vigorar com os seguintes artigos:
“CAPÍTULO III
DO INCENTIVO À EDUCAÇÃO
Art. 29-A. Os cidadãos que se valham de veículos automotores de passeio, para ter acesso à educação poderão receber os
incentivos previstos nesta lei.
Art. 29-B. Os incentivos poderão ser concedidos nas modalidades de:
I- Parcelamento diferenciado;
II- Redução da base de cálculo com finalidade de compensar as dificuldades de acesso ao local de estudo;
Art. 29- C. O parcelamento diferenciado consiste em prorrogação das quantidades de parcelas iguais e sucessivas mediante as
quais será pago o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores de passeio, em condições diferenciadas às previstas no
art. 16 desta lei.
Parágrafo único: O Regulamento proporcionará que o imposto possa ser parcelado em até, no máximo, 10 (dez) parcelas,
àqueles que preencherem as condições desta lei.
Art. 29-D. A redução de alíquota consiste em um incentivo que não será superior ao percentual de que trata o § 9º do art. 11
desta Lei, conforme for definido em regulamento, e aplicável exclusivamente a carros de passeio denominados “carros
populares”.
§ 1º: O Regulamento poderá escalonar a redução de alíquota conforme o valor do carro de passeio “popular”, podendo ser
deferida a redução a partir do segundo emplacamento, respeitada a redução máxima de 50% (cinqüenta) por cento.
§ 2º: O percentual da redução levará, sempre que possível, em consideração as despesas que o proprietário do veículo tiver com
o pedágio para comparecer à instituição de ensino, em comparação com o valor do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos
Automotores.
§ 3º: O Regulamento definirá quais são os veículos automotores de passeio que serão considerados “carros populares”, para
efeito desta lei.
Art. 29- E. Para fazer jus aos incentivos previstos nesta lei, os proprietários de veículos automotores deverão preencher as
seguintes condições, sem prejuízo de outras que forem estabelecidas pelo Regulamento:
I- Assinatura de declaração, sob pena de responsabilidade cível, criminal e administrativa de que para se deslocar entre
o local da residência ou do trabalho até a instituição de ensino precisa conduzir o veículo através de praça de pedágio em
rodovia estadual.
II- Comprovação, mediante documentação hábil, da matrícula perante a instituição de ensino, da freqüência escolar, do
local de residência e de localização do trabalho e da instituição de ensino.
Art. 29- F. Os contribuintes interessados farão requerimento, comprovando o preenchimento dos requisitos desta Lei e os do
Regulamento e optando pelas modalidades de incentivo.
§ 1º: O Regulamento fixará os períodos em que o requerimento será recebido, tanto para fins de proporcionar a comprovação
por parte dos estudantes contribuintes, quanto para que seja possível à autoridade apreciar em tempo hábil o requerimento.
§ 2º: Deferido algum dos incentivos de que trata esta lei, ele será aplicado exclusivamente no ano fiscal posterior, cabendo ao
interessado, a cada ano, renovar o requerimento.
§ 3º: Somente se admitirá a concessão dos dois incentivos de forma concomitante aos proprietários de veículos de passeios
“populares”, tendo em vista que os demais somente poderão fazer jus ao parcelamento diferenciado.
Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos para o ano fiscal posterior à sua publicação.
Sala das Sessões, 16 de agosto de 2011.
DEPUTADO GILSINHO LOPES
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JUSTIFICATIVA
1. DA INICIATIVA PARLAMENTAR DE LEIS TRIBUTÁRIAS:
Decidiu o Supremo Tribunal Federal que é iniciativa parlamentar dispor sobre matéria tributária:
RECURSO EXTRAORDINARIO 634.999 (743) ORIGEM : ADI - 994092243858 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ESTADUAL PROCED. : SAO PAULO RELATORA : MIN. CARMEN LUCIA RECTE.(S) : MUNICIPIO DE
CATANDUVA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE CATANDUVA RECDO.(A/S) :
PRESIDENTE DA CAMARA MUNICIPAL DE CATANDUVA ADV.(A/S) : MARCIO TARCISIO THOMAZINI
DECISAO RECURSO EXTRAORDINARIO. 1) AUSENCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SUMULAS N. 282 E 356
DO SUPREMO TRIBUNAL. 2) LEI DE INICIATIVA PARLAMENTAR QUE DISPONHA SOBRE MATERIA
TRIBUTARIA: INEXISTENCIA DE VICIO FORMAL E DE CONTRARIEDADE AO PRINCIPIO DA SEPARACAO
DE PODERES. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com
base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:
"1. E ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo Prefeito do Município de Catanduva, com pedido de concessão de
liminar, visando a suspensão da eficácia da Lei Complementar Municipal n° 490, de 01 de setembro de 2009, oriunda de
proposta da Câmara Municipal, promulgada pelo seu Presidente Sustenta o autor, em síntese, que a lei impugnada, ao alterar o
art. 265, da Lei Complementar Municipal n° 98, de 23 de dezembro de 1998, para dispor sobre os efeitos de reclamação em
face de lançamento tributário, violaria os arts. 5º ["são Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário"], 25 ["nenhum projeto de lei que implique a criação ou o aumento de despesa publica será sancionado
sem que dele conste a indicação dos recursos disponíveis, próprios para atender aos novos encargos"] e 144 ["os Municípios,
com autonomia política, legislativa, administrativa e financeira se auto-organizarão por Lei Orgânica, atendidos os princípios
estabelecidos na Constituição Federal e nesta Constituição"], da Constituição do Estado, bem como o art. 67, VI, da Lei
Orgânica do Município de Catanduva. (...) Embora, de ordinário, não haja óbice a iniciativa parlamentar de leis tributarias de
caráter geral (art. 24, §§ 1º e 2º, da CE), este Colendo Órgão Especial tem reconhecido sua inconstitucionalidade quando são de
natureza benéfica já que incontornável o impacto dos benefícios fiscais assim concedidos no orçamento municipal violando de
modo reflexo os arts 165 da CF e 174 da CE estabelecendo expressamente a iniciativa privativa do Poder Executivo para a
legislação sobre o orçamento anual cujos projetos hão de se fazer acompanhar de demonstrativo dos efeitos decorrentes de
isenções anistias remissões subsídios e benefícios de natureza financeira tributaria e creditícia (art. 165, § 6º, da CF e art. 174, §
6º, da CE). (...) Entretanto, o diploma legal aqui impugnado, de iniciativa parlamentar, ao alterar a redação do art. 265, da Lei
Complementar n° 98, de 23 de dezembro de 1998, do Município de Catanduva, dele fez constar que "a reclamação não cessa
encargos de acréscimos como multa, juros e correção monetária, salvo se for julgado procedente o pedido do sujeito passivo ou
recebida em seu efeito suspensivo durante o período que permanecer sob a analise do Poder Executivo até sua decisão de
primeira instancia (fls 15) Nota-se, com efeito, que, embora concernente a matéria tributária, especificamente sobre o
procedimento do lançamento, a alteração legislativa impugnada não poderia causar impacto de redução no orçamento
municipal. Apenas regulou os efeitos de reclamação porventura manejada pelos contribuintes ou responsáveis tributários
contra o respectivo lançamento que permaneceu inalterado dentre as atividades próprias da administração (...) Ora, o
dispositivo legal impugnado, repita-se, nada mais fez que regular os consectários da impontualidade no âmbito do
procedimento administrativo eventualmente instaurado, sem interferência nas atividades do fisco, de modo que não ocorrem o
alegado vício de iniciativa, a violação à separação dos Poderes ou a ingerência indevida nos assuntos administrativos (fls 55 59
grifos nossos) 2. O Recorrente afirma que o art. 265 da Lei Complementar n° 98 do Município de Catanduvas/SP contrariaria o
principio da separação de Poderes, pois "cabe ao Chefe do Executivo estabelecer a ampliação do prazo para impugnação do
lançamento tributário uma vez que a administração da cidade e feita por esse, não por vereadores" (fl. 68). Alega, ainda, que
aquela Lei municipal teria vício de iniciativa, o que contrariaria o art. 67, inc. VI, da Lei Orgânica do Município de
Catanduvas/SP [compete privativamente ao Prefeito VI dispor sobre a organização e funcionamento da Administração
Municipal na forma da lei] o art 144 da Constituição do Estado de São Paulo ["os Municípios, com autonomia política,
legislativa, administrativa e financeira se auto-organizarão por Lei Orgânica, atendidos os princípios estabelecidos na
Constituição Federal e nesta Constituição"] e o art. 29 da Constituição da República. Analisados os elementos havidos nos
autos, DECIDO. 3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 4. O art. 29 da Constituição não foi objeto de debate e decisão
previstos no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido,
no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Sumulas 282 e 356 do Supremo Tribunal
Federal. Nesse sentido: "EMBARGOS DE DECLARACAO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSAO EM
AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSENCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDENCIA DAS
SUMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO. A matéria constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no
Tribunal a quo Tampouco foram opostos embargos de declaração o que não viabiliza o extraordinário por ausência do
necessário prequestionamento (AI 631 961 ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009). 5. Ademais, pela
jurisprudência do Supremo Tribunal, leis de iniciativa parlamentar que disponham sobre matéria tributaria não
contrariam o principio da separação dos Poderes nem tem vicio formal Nesse sentido "Ação direta de
inconstitucionalidade. Medida liminar. Lei 6.486, de 14 de dezembro de 2000, do Estado do Espírito Santo. - Rejeição
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das preliminares de falta de interesse de agir e de vedação da concessão de liminar com base na decisão tomada na ação
declaratória de constitucionalidade nº 4. - No mérito, não tem relevância jurídica capaz de conduzir a suspensão da
eficácia da Lei impugnada o fundamento da presente arguição relativo a pretendida invasão, pela Assembléia
Legislativa Estadual, da iniciativa privativa do Chefe do Executivo prevista no artigo 61, § 1º, II, "b", da Constituição
Federal, porquanto esta Corte (assim na ADIMEC 2.304, onde se citam como precedentes as ADIN`s - decisões
liminares ou de mérito - 84, 352, 372, 724 e 2.072) tem salientado a inexistência, no processo legislativo, em geral, de
reserva de iniciativa em favor do Executivo em matéria tributaria, sendo que o disposto no art. 61, § 1º, II, "b", da
Constituição Federal diz respeito exclusivamente aos Territórios Federais. Em consequência, o mesmo ocorre com a
alegação, que resulta dessa pretendida iniciativa privativa de que por isso seria também ofendido o principio da
independência e harmonia dos Poderes (artigo 2º da Carta Magna Federal) Pedido de liminar indeferido (ADI 2 392
MC Rel Min Moreira Alves Tribunal Pleno, DJ 1º.8.2003 - grifos nossos). "ACAO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 8.366, DE 7 DE JULHO DE 2006, DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO. LEI
QUE INSTITUI INCENTIVO FISCAL PARA AS EMPRESAS QUE CONTRATAREM APENADOS E EGRESSOS.
MATERIA DE INDOLE TRIBUTARIA E NAO ORCAMENTARIA. A CONCESSAO UNILATERAL DE
BENEFICIOS FISCAIS, SEM A PREVIA CELEBRACAO DE CONVENIO INTERGOVERNAMENTAL, AFRONTA
AO DISPOSTO NO ARTIGO 155, § 2º, XII, G, DA CONSTITUICAO DO BRASIL. 1. A lei instituidora de incentivo
fiscal para as empresas que contratarem apenados e egressos no Estado do Espírito Santo não consubstancia matéria
orçamentária. Assim, não subsiste a alegação, do requerente de que a iniciativa seria reservada ao Chefe do Poder
Executivo (ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, Dje 14.9.2007 - grifos nossos). "ACAO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 553/2000, DO ESTADO DO AMAPA. DESCONTO NO PAGAMENTO
ANTECIPADO DO IPVA E PARCELAMENTO DO VALOR DEVIDO. BENEFICIOS TRIBUTARIOS. LEI DE
INICIATIVA PARLAMENTAR. AUSENCIA DE VICIO FORMAL. 1. Não ofende o art. 61, § 1º, II, b da Constituição
Federal lei oriunda de projeto elaborado na Assembléia Legislativa estadual que trate sobre matéria tributaria, uma vez
que a aplicação deste dispositivo esta circunscrita as iniciativas privativas do Chefe do Poder Executivo Federal na
órbita exclusiva dos territórios federais Precedentes ADI nº 2 724 rel Min Gilmar Mendes DJ 02 04 04 ADI nº 2 304 rel
Min Sepulveda Pertence DJ 15.12.2000 e ADI nº 2.599-MC, rel. Min. Moreira Alves, DJ 13.12.02 2. A reserva de
iniciativa prevista no art 165 II da Carta Magna por referir se a normas concernentes as diretrizes orcamentárias não
se aplica a normas que tratam de direito tributário como são aquelas que concedem beneficios fiscais Precedentes ADI
nº 724 MC rel Min Celso de Mello DJ 27 04 01 e ADI nº 2 659 rel Min Nelson Jobim DJ de 06 02 04 3 Acao direta de
inconstitucionalidade cujo pedido se julga improcedente" (ADI 2.464, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, Dje
25.5.2007 - grifos nossos). "CONSTITUCIONAL. LEI DE ORIGEM PARLAMENTAR QUE FIXA MULTA AOS
ESTABELECIMENTOS QUE NAO INSTALAREM OU NAO UTILIZAREM EQUIPAMENTO EMISSOR DE
CUPOM FISCAL. PREVISAO DE REDUCAO E ISENCAO DAS MULTAS EM SITUACOES PREDEFINIDAS.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA NAO LEGISLOU SOBRE ORCAMENTO, MAS SOBRE MATERIA TRIBUTARIA
CUJA ALEGACAO DE VICIO DE INICIATIVA ENCONTRA-SE SUPERADA. MATERIA DE INICIATIVA
COMUM OU CONCORRENTE. ACAO JULGADA IMPROCEDENTE" (ADI 2.659, Rel. Min. Nelson Jobim,
Tribunal Pleno, DJ 6.2.2004 - grifos nossos). Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o julgado recorrido. 6. Pelo
exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Codigo de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) Publique-se. Brasilia, 10 de marco de 2011. Ministra CARMEN
LUCIA Relatora
2. DA NECESSIDADE DE CONCEDER MELHORES CONDIÇÕES AOS ESTUDANTES
É uma realidade que, tendo em vista as restrições do transporte coletivo público, muitos estudantes necessitam de veículos para
poderem ao mesmo tempo trabalhar e estudar, ou mesmo para se deslocarem de suas residências para a instituição de ensino.
Acontece que muitos dos estudantes são obrigados a ultrapassarem as Praças de Pedágio das Rodovias estaduais, em especial, a
Praça de Pedágio da Terceira Ponte e de Guarapari.
Isso acontece constantemente quando um estudante trabalha em Vitória e estuda em Vila Velha, ou vice versa. E o pedágio
acaba encarecendo muito e dificultando as condições dos estudantes.
Como não é possível modificar as regras do pedágio, pois as mesmas foram definidas quando da firmatura do contrato de
concessão, a única alternativa viável é possibilitar incentivos no IPVA.
Este Projeto de lei possibilita a concessão de incentivos, e permite grande flexibilidade ao Governo, pois o Regulamento poderá
fixar exigências e condições.
No entanto, é precioso ressaltar que somente poderá fazer jus ao incentivo quem comprovar cabalmente preencher aos
requisitos legais.
3. DOS INCENTIVOS PROPOSTOS
Para compreensão dos incentivos propostos, comparemos a situação atual com a proposta neste Projeto de Lei de incentivo ao
estudo.
I- Situação atual: parcelamento do IPVA: em apenas 2 parcelas.
Situação proposta: parcelamento do IPVA: em até 10 parcelas.
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
10
II- Situação atual: alíquota de 2% para os carros de passeio, admitindo-se a redução da base de cálculo em 50% somente para o
primeiro emplacamento.
Situação proposta: possibilidade de redução da base de cálculo em até 50% do segundo emplacamento em diante, mas somente
para os carros “populares”, assim definidos pelo Decreto Regulamentador.
III- Possibilidade de cumulação dos dois incentivos apenas aos veículos “populares” e validade do incentivo deverá ser
renovada anualmente, sempre mediante requerimento à SEFA e com prova de preencher os requisitos legais e regulamentares.
4. CONCLAMAÇÃO AOS PARES
Nobres Colegas Deputados, a aprovação desta Lei trará justiça fiscal aos estudantes, sobretudo os de nível médio e superior,
principalmente aqueles que possuem o veículo como um instrumento de trabalho, para que possam pagar por sua educação e
conciliar os horários de estudo. Ou seja, aqueles que precisam trabalhar para sustentar seus estudos. Também queremos ajudar
aqueles que, somente pelo fato de estudarem em outra cidade, são obrigados a pagar pedágio, o que se torna um enorme custo
adicional à educação. O pedágio exerce grande influência restritiva e negativa àqueles que precisam se deslocar pela Rodovia
do Sol, de modo que, aprovada esta norma, daremos melhores condições aos estudantes capixabas.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 398/2011
RELATÓRIO
O Projeto de Lei n.º 272/2011, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, objetiva dispor sobre a alteração da
legislação do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA (Lei nº 6.999/2001), para assegurar benefícios aos
estudantes, e, para tanto, apresenta outras providências correlatas. O referido Projeto foi protocolizado no dia 16 de agosto de
2011.
Por sua vez, a Proposição Legislativa foi lida na Sessão Ordinária do dia 17 de agosto de 2011 e publicada no Diário
do Poder Legislativo - DPL datado do dia 31 de agosto de 2011, às fls. 4.410 a 4.414. Após, a Proposição recebeu
encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, conforme dispõe o dispositivo do
art. 41, I, da Resolução n.º 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembléia Legislativa).
Este é o Relatório.
PARECER DO RELATOR
Conforme acima grifado, Projeto de Lei n.º 272/2011, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, visa instituir
benefício fiscal na Lei n.º 6.999, de 27 de dezembro de 2001, que passa a vigorar com o “CAPÍTULO III”, denominado de:
“DO INCENTIVO À EDUCAÇÃO”.
Em tal pretenso Capítulo III, o Projeto apresenta o objeto normativo de garantir aos cidadãos, que se valham de
veículos automotores de passeio para ter acesso à educação, o benefício de receber incentivos, conforme modalidades que
especifica. Para fins de adequação, a normatização ainda prevê outras providências, como, por exemplo:
i) Os incentivos poderão ser concedidos nas modalidades de: (i) parcelamento diferenciado e (ii)redução da
base de cálculo com finalidade de compensar as dificuldades de acesso ao local de estudo;
ii) O parcelamento diferenciado consiste em prorrogação das quantidades de parcelas iguais e sucessivas
mediante as quais será pago o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores de passeio, em
condições diferenciadas às previstas no art. 16 da Lei n.º 6.999/2001;
iii) o imposto poderá ser parcelado em até, no máximo, 10 (dez) parcelas, àqueles que preencherem as
condições desta pretensa lei;
iv) A redução de alíquota consiste em um incentivo que não será superior ao percentual de que já trata o art.
11 da Lei n.º 6.999/2001, conforme for definido em regulamento, e aplicável exclusivamente a carros de
passeio denominados “carros populares;
v) Poderá ser escalonada a redução de alíquota, conforme o valor do carro de passeio “popular”, podendo
ser deferida a redução a partir do segundo emplacamento, respeitada a redução máxima de 50% (cinqüenta)
por cento;
vi) O percentual da redução levará, sempre que possível, em consideração as despesas que o proprietário do
veículo tiver com o pedágio para comparecer à instituição de ensino, em comparação com o valor do
Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores;
vii) O Regulamento definirá quais são os veículos automotores de passeio que serão considerados “carros
populares”, para efeito desta pretensa lei;
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
11
viii) Para fazer jus aos incentivos, os proprietários de veículos automotores deverão preencher as seguintes
condições, sem prejuízo de outras que forem estabelecidas pelo Regulamento: (a) assinatura de declaração,
sob pena de responsabilidade cível, criminal e administrativa de que para se deslocar entre o local da
residência ou do trabalho até a instituição de ensino precisa conduzir o veículo através de praça de pedágio
em rodovia estadual e (b) comprovação, mediante documentação hábil, da matrícula perante a instituição de
ensino, da freqüência escolar, do local de residência e de localização do trabalho e da instituição de ensino;
ix) Os contribuintes interessados farão requerimento, comprovando o preenchimento dos requisitos
exigidos e optando pelas modalidades de incentivo;
x) Será fixado, por regulamento, os períodos em que o requerimento será recebido, tanto para fins de
proporcionar a comprovação por parte dos estudantes contribuintes, quanto para que seja possível à
autoridade apreciar em tempo hábil o requerimento;
xi) Havendo deferimento de algum dos incentivos, ele será aplicado exclusivamente no ano fiscal posterior,
cabendo ao interessado, a cada ano, renovar o requerimento;
xii) Somente se admitirá a concessão dos dois incentivos de forma concomitante aos proprietários de
veículos de passeios “populares”, tendo em vista que os demais somente poderão fazer jus ao parcelamento
diferenciado;
xiii) Prevê que a pretensa lei entrará em vigor na data de sua publicação, porém com produção de efeitos
para o ano fiscal posterior à sua publicação.
Notadamente, seu escopo é de grande relevância para o interesse público, daí o elevado grau de importância,
principalmente como um bom objetivo para proporcionar melhores meios financeiros, em especial, aos estudantes que
possuírem carros populares. Nessa linha informa a Justificativa do Projeto:
É uma realidade que, tendo em vista as restrições do transporte coletivo público, muitos estudantes
necessitam de veículos para poderem ao mesmo tempo trabalhar e estudar, ou mesmo para se deslocarem de
suas residências para a instituição de ensino.
Acontece que muitos dos estudantes são obrigados a ultrapassarem as Praças de Pedágio das Rodovias
estaduais, em especial, a Praça de Pedágio da Terceira Ponte e de Guarapari.
Diante do mérito, o Projeto apresenta-se apto e adequado aos anseios do interesse social, haja vista que o seu objeto
normativo visa atender e otimizar o acesso a educação. Com esta convergência, o Projeto de Lei ora em apreço possui patente
meritória.
Sob o âmbito jurídico a Justificativa do Autor é rica em demonstrar as manifestações do Excelso Supremo Tribunal
Federal de que não há vício de inconstitucionalidade formal do Projeto, por invasão de iniciativa legislativa privativa do
Governador do Estado, em face da matéria tratada ser de ordem: tributária e de incentivo fiscal. Com esse mister, a
Justificativa colecionou vários julgados que, dentre eles, destacamos: a ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, Dje
14.9.2007; e a ADI 2.464, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, Dje 25.5.2007. Quanto a esse ponto da análise, resta
confirmar a não existência de vício de inconstitucionalidade formal.
Entretanto, o objeto normativo do Projeto de Lei n.º 272/2011 produz infringência direta aos comandos endereçados
nos incisos III e VI, do parágrafo único, do artigo 63, da Constituição Estadual. Tal infringência se verifica pela própria
circunstância definida no texto da Proposição Normativa, pois, por ser de autoria de parlamentar, não poderia prever nova
atribuição para Secretaria de Estado, bem como, não poderia definir procedimentos de organização administrativa e de pessoal
da administração do Poder Executivo Estadual.
Em suma, por ser de autoria de Parlamentar Estadual, o Projeto acaba por regulamentar sobre a organização
administrativa e de pessoal do Poder Executivo Estadual e sobre a definição de novas incumbências para órgão público do
Poder Executivo Estadual (in casu a Secretaria Estadual da Fazenda) e, além disso, impõe também ao Poder Executivo a
necessidade de reorganização administrativa e de pessoal daquela Secretaria – como, por exemplo, (1) a necessidade de novos
procedimentos administrativos internos da referida Secretaria para adequar o sistema a nova forma de parcelamento do IPVA
especificado; (2) nova organização estrutural e de pessoal para a realização de novos protocolos de controle dos documentos
das despesas com pedágios, controle de declarações, controle de documentação de matrículas dos alunos motoristas que serão
beneficiados, controle de cada processo de benefício criado em razão do requerimento do pretenso benefício, controle dos
lançamentos confirme cada benefício concedido; e (3) incumbência para a Procuradoria Geral do Estado que terá que adotar
medidas civis, criminais e administrativas em desfavor daqueles que fraudarem os procedimentos para a concessão do
benefício.
Nesse contexto, o Projeto viola diretamente a esfera de Iniciativa Legislativa Privativa do Chefe do Poder Executivo.
Vejamos o que define a Constituição Estadual, in verbis:
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
12
Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao
Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos
estabelecidos nesta Constituição.
Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre:
(...)
III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo;
IV - ................................
V - ..................................
VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo.
Uníssono a este topoi jurídico, o próprio Supremo Tribunal Federal já se manifestou em casos idênticos e se
posicionou no sentido de preservar incontest os Princípios da Reserva de Administração do Poder Executivo e da
Separação dos Poderes (ADI-MC 776/RS – Órgão Julgador: Tribunal Pleno – Relator: Ministro Celso de Mello –
Julgamento: 23/10/1992. DJ 15-12-2006 PP-00080; ADI-MC 2364 – Órgão Julgador: Tribunal Pleno – Relator: Ministro
Celso de Mello – Julgamento: 23/10/1992. DJ 15-12-2006 PP-00080.
Não obstante, julgando a constitucionalidade de uma Lei do Estado do Espírito Santo, o Excelso Pretório ratificou o
seu posicionamento, inclusive para concluir que nem na hipótese de sanção haveria convalidação do vício de
inconstitucionalidade resultante da usurpação do poder de iniciativa do chefe do Poder Executivo (ADI 2867/ES – Órgão
Julgador: Tribunal Pleno – Relator: Ministro Celso de Mello – Julgamento: 03/12/2003. DJ 09-02-2007 PP-00016).
Se não bastasse, outro gravame ainda decorre do Projeto de Lei ora em análise. Agora, a irregularidade é de natureza
legal e com origem na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar Federal n.º 101/2000). Vejamos o que determina
expressamente o dispositivo endereçado no artigo 14 da LRF:
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia
de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que
deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo
menos uma das seguintes condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei
orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo
próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do
aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou
criação de tributo ou contribuição.
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em
caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer
da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas
referidas no mencionado inciso.
A problemática da renúncia de receita proveniente de impostos reside na necessidade dos Autos, de todo e qualquer
Projeto de Lei com este objeto normativo, de ser instruído com o Parecer de Estimativa do Impacto Orçamentário-Financeiro
no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes.
Além disso, tem que atender ao disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias. E, ainda, demonstrar que a renúncia foi
considerada na estimativa de receita da Lei Orçamentária, na forma do art. 12 da LRF, e de que não irá afetará as metas de
resultados fiscais previstas na LDO; ou ser os autos instruídos com as medidas de compensação financeira, por meio do
aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
contribuição.
Nada disso encontra-se nos autos do Projeto de Lei n.º 272/2011, outrossim, não resta margem ou possibilidade para
arguir a sua legalidade frente a ordem do art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar Federal n.º 101/2000).
Em outros termos, o dito Projeto é ilegal, por desatender o referido comando endereçado no art. 14 da LRF.
Sendo desta forma, perante a análise jurídica, verificam-se do diagnóstico decorrente que, incontestavelmente, a
pretensa normatividade da Proposição Legislativa traz vários pontos de antinomia com os preceitos constitucionais, tanto da
Constituição Federal (por Simetria em razão do Princípio da Federação), quanto da Constituição Estadual, desta maneira, restou
a mesma ser gravada como formalmente inconstitucional e ilegal.
Em conclusão, o Projeto de Lei n.º 272/2011, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, é formalmente
inconstitucional e ilegal. Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
13
PARECER N.º 398/2011
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
inconstitucionalidade e ilegalidade do Projeto de Lei n.º 272/2011, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes.
Plenário "Rui Barbosa", 11 de outubro de 2011.
ELCIO ALVARES
Presidente
RODNEY MIRANDA
Relator
THEODORICO FERRAÇO
GILDEVAN FERNANDES
DARY PAGUNG
MARCELO SANTOS
PROJETO DE LEI Nº. 274/2011
Torna obrigatório o envio cópia do contrato de adesão aos consumidores, por carta registrada na modalidade de AR (aviso de
recebimento).
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º - Ficam as operadoras de serviços de telefonia móvel, fixa e de transmissão de dados via banda larga, assim como as de
TV por assinatura, obrigadas a enviar aos clientes, no prazo de 15 (quinze) dias corridos, cópia dos contratos de adesão e do
termo de aditamento, em caso de alterações no contrato, por carta registrada na modalidade de AR (aviso de recebimento).
Art. 2° - Aplicar-se-á as disposições contidas nesta lei, aos contratos de adesão formalizados pela internet ou pelo serviço de
telemarketing.
Art. 3º - A inobservância das disposições contidas na presente lei importará, no que couber, a aplicação das penalidades
contidas no artigo 56 da Lei Federal nº. 8078, de 11 de setembro de 1990.
Art. 4º - Aos órgãos de defesa do consumidor do Poder Executivo e do Poder Legislativo, dentro de suas competências legais,
cabe a adoção das medidas necessárias para fiel cumprimento das disposições contidas na presente lei.
Art. 5º - Essa lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Domingos Martins, 15 de agosto de 2011.
Lúcia Dornellas
Deputada Estadual-PT
JUSTIFICATIVA
Várias empresas que prestam serviços de telefonia fixa, móvel, de internet banda larga e TV por assinatura, deixam de enviar
aos clientes cópia do contrato de adesão dos serviços pactuados. A ausência do contrato, que descreve os direitos e obrigações
das partes, tem se tornado um grande obstáculo no momento em que os consumidores cobram das empresas a execução dos
serviços na forma em que foi oferecido, haja vista que a maioria dos serviços são contratados pela central de telemarketing ou
pela internet. O mesmo se aplica quando da alteração ou da migração do plano contratado. Isto porque as empresas também não
encaminham aos consumidores o respectivo Termo de aditamento, contendo as mudanças que foram realizadas. Por outro lado,
quando o consumidor demanda contra a empresa prestadora do serviço no Poder Judiciário, a falta do instrumento legal
(contrato) inviabiliza sobremaneira a solução da lide, uma vez que não tem como comprovar a falha na prestação do serviço. A
ausência de transparência e do instrumento formal, no caso o contrato, acabam por facilitar o artifício da fraude e da má fé no
momento da execução do serviço prestado daquele que foi oferecido. Assim sendo, o presente Projeto de Lei tem como
objetivo obrigar as empresas a disponibilizar o instrumento jurídico necessário na defesa dos direitos dos consumidores.
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
14
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 393/2011
Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 274/2011
Autora: Deputada Estadual Lúcia Dornellas
Assunto: Torna obrigatório o envio de cópia do contrato de adesão aos consumidores, por carta registrada na modalidade AR –
aviso de recebimento.
I - RELATÓRIO
1. Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa
da Exma. Deputada Estadual LÚCIA DORNELLAS.
2. A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 1431 do
Regimento Interno – Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009, publicada no DPL e no DOE de 16 de julho de 2009, proferiu
o despacho de fls. 2 no qual admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie, não existir manifesta
inconstitucionalidade, por ofensa ao art. 63, parágrafo único, III e VI da CE.
3. A proposição que foi protocolizada no dia 17/08/2011, tendo sido publicada conforme determina a norma regimental.
4. Além do articulado legal da proposição e sua justificativa, o processo não está instruído com outros documentos.
5. Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o Parecer.
II – FUNDAMENTAÇÃO
EXAME DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA PROPOSIÇÃO
6. Consoante o clássico ensinamento de Lúcio Bittencourt, "a inconstitucionalidade é um estado – estado de conflito entre
uma lei e a Constituição" 2.
7. Ocorre que, em nosso ordenamento constitucional vige um complexo sistema de controle da constitucionalidade das leis e
atos administrativos. No plano jurídico o sistema de controle de constitucionalidade adotado admite a existência do controle
preventivo que se realiza no curso do processo legislativo e, o controle repressivo cuja incidência se dá quando a lei se encontra
vigendo.
8. A Constituição Federal de 1988 outorgou o exercício do controle prévio da constitucionalidade ao Poder Legislativo e ao
Poder Executivo3 (quando da emissão de juízo de valor quanto à sanção ou veto do autógrafo de lei aprovado pelo parlamento).
9. Na hipótese em apreço, trata-se do controle preventivo de constitucionalidade no âmbito do processo legislativo, porém
exercido pelo Poder Legislativo. Sua característica fundamental consiste no fato de atuar no momento da elaboração da lei,
com a finalidade de evitar que sua edição seja quanto à forma, seja quanto ao conteúdo ofenda a supremacia da Lei Maior.
10. Outra singularidade no sistema de controle preventivo da constitucionalidade no âmbito do poder legislativo diz respeito
aos agentes legitimados para exercer o controle da constitucionalidade. Assim, quanto a sujeito controlador, a primeira atuação
incumbe aos Procuradores de Estado do Poder Legislativo, cuja atuação oferece o necessário subsídio técnico que irá pautar a
atuação futura da Comissão de Constituição e Justiça.
11. Em suma, em sede do controle preventivo de constitucionalidade, que se desenvolve na fase de elaboração da lei a defesa
da supremacia da Constituição tem início pela atuação da Procuradoria Jurídica e, em seguida, é exercido pelos próprios
agentes participantes do processo legislativo em relação aos projetos de lei e demais proposições de teor normativo.
12. A doutrina e jurisprudência distinguem duas espécies de inconstitucionalidade,conforme leciona o eminente
constitucionalista José Afonso da Silva:
“ (a) formalmente, quando tais normas são formadas por autoridades incompetentes ou em desacordo com
formalidades ou procedimentos estabelecidos pela constituição;
(b) materialmente, quando o conteúdo de tais leis ou atos contraria preceito ou princípio da constituição." 4
13. O exame do controle formal de constitucionalidade deve preferir ao de exame de mérito. A razão dessa prevalência, para
fins da analise decorre da sedimentada jurisprudência do Pretório Excelso, segundo a qual, a existência de vício formal de
inconstitucionalidade fulmina integralmente o ato ou lei.
14. Em decorrência, sendo constatada a existência de vício formal de inconstitucionalidade, torna-se despiciendo qualquer
exame quanto à constitucionalidade material, posto que ante a constatação do aludido vício formal e insanável a lei estará,
irremediavelmente, condenada a ser expungida do mundo jurídico.5
15. Ancorado neste entendimento, passo ao exame da constitucionalidade formal da proposição.
16. Como é cediço, para exame da constitucionalidade do projeto de lei impende que se identifique o cerne da questão jurídica
de que trata a proposição. Para tanto, deve-se examinar a substância das matérias que o projeto pretende legislar.
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
15
17. Na hipótese sob exame, dissecando o teor do projeto, desde a sua ementa o resultado autoriza concluir que a matéria versa
sobre direito do consumidor. A proposição tem como destinatários as operadoras de telefonia móvel e TV por assinatura, estes,
são, como se sabe, concessões realizadas pelo governo central. Os contratos são do tipo adesão, sujeito a cláusulas uniformes
regulamentadas e fiscalizadas pelas agências nacionais.
18. Note-se que ao contrário do que possa parecer o manejo de competência concorrente, em tema que verse sobre direito do
consumidor é extremamente complexa. No caso, não vislumbro que a presente proposição contenha regra de comprovada
alcance para o interesse regional, de modo a justificar a edição de lei específica. Além disso, as normas legais em vigor já
asseguram ao consumidor o direito a copia integral do contrato firmado.
19. Por tais razões jurídicas, sou levado a dissentir da interpretação segundo a qual a matéria objeto do presente PL é de
competência da ALES. Bem ao contrário, entendo que o teor da proposição contempla normas de caráter nacional, razão pela
qual falece competência legislativa a ALES.
20. Diante da exegese realizada, no plano da constitucionalidade formal, vislumbro a existência de vício que macula a
proposição em face da incompetência para exercício da competência legislativa exercida pela Assembleia Legislativa em tema
atinente a matéria inserida no projeto.
21. Em suma, a substância do tema veiculado na presente proposição está, a meu sentir, destituída de respaldo constitucional,
configurando autêntica usurpação da iniciativa privativa da União.
22. Isto posto, sob esta ótica da constitucionalidade entendo que a continuidade da tramitação representa risco de afronta a
supremacia formal da Lei Maior.
EXAME DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DA PROPOSIÇÃO
23. Quanto ao aspecto material tenho por prejudicado, consoante reiterada jurisprudência do STF, em face da aludida
inconstitucionalidade formal apontada.
III - CONCLUSÃO
Em face das razões expendidas, entendo que a proposição, nos termos em que se acha redigida é inconstitucional,
pois padece do vício de usurpação de competência legislativa da União.
Por tais motivos, sugiro aos ilustres pares a adoção do seguinte parecer:
PARECER N.º 393/2011
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO opina pela
Inconstitucionalidade da Proposição Legislativa de n.º 274 de autoria da Deputada Estadual Lúcia Dornellas.
Plenário Rui Barbosa, 11 de outubro de 2011.
ELCIO ALVARES
Presidente
GILDEVAN FERNANDES
Relator
THEODORICO FERRAÇO
RODNEY MIRANDA
DARY PAGUNG
___________________________________________ 1 Diz o Art. 143: Art. 143. Não se admitirão proposições:
I - sobre assunto alheio à competência da Assembleia Legislativa;
II - em que se delegue a outro Poder atribuições do Legislativo;
III - antirregimentais;
IV - que, aludindo à lei, decreto, regulamento, decisões judiciais ou qualquer outro dispositivo legal, não se façam acompanhar
de sua transcrição, exceto os textos constitucionais e leis codificadas;
V - quando redigidas de modo a que não se saiba à simples leitura qual a providência objetivada;
VI - que, fazendo menção a contratos, concessões, documentos públicos, escrituras, não tenham sido estes juntados ou
transcritos;
VII - que contenham expressões ofensivas;
VIII - manifestamente inconstitucionais;
IX - que, em se tratando de substitutivo, emenda ou subemenda, não guardem direta relação com a proposição. 2 Carlos Alberto Lúcio BITTENCOURT, O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis, p. 132.
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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3 Hilda de Souza , em sua obra sobre o processo legislativo afirma:“A Constituição Brasileira optou por atribuir o controle de
constitucionalidade, ao longo do processo legislativo, aos Poderes políticos. Ao Parlamento, pelo exame prévio das
proposições nas Comissões Técnicas (controle interno) e ao Poder Executivo (controle externo), pelo veto” 4 Curso de Direito Constitucional Positivo. 5 De fato, a inobservância dos esquemas rituais rigidamente impostos pela Carta Magna da República gera a invalidade formal
dos atos legislativos editados pelo Poder Legislativo e permite que sobre essa eminente atividade jurídica do Parlamento possa
instaurar-se o controle jurisdicional "A infração ao preceito constitucional sobre a feitura da lei tem o efeito de
descaracterizá-la como regra jurídica.O Poder Judiciário pode verificar se o ato legislativo atendeu ao processo previsto na
Constituição." (RDA 126/117)
PROJETO DE LEI Nº 280/2011
“Isenta do pagamento de taxa de 2ª via de documentos furtados ou roubados.”
A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo DECRETA:
Art. 1º. O Estado do Espírito Santo não cobrará taxa de 2ª via para expedição de documentos furtados ou roubados, cuja
expedição seja de competência de seus órgãos.
Art. 2º. A isenção ocorrerá mediante apresentação do termo de ocorrência policial.
Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 18 de agosto de 2011.
Gilsinho Lopes
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
DA CONCEITUAÇÃO DE TAXA COMO TRIBUTO, SEGUNDO O CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL:
Dispõe o Código Tributário Nacional:
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Portanto, não resta dúvida que as taxas são tributos.
DA INICIATIVA PARLAMENTAR PARA DISPOR SOBRE TAXAS. PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL EM LEGISLAÇÃO DE INICIATIVA PARLAMENTAR DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO
ESPÍRITO SANTO:
Ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 2672-1, ES, o Excelso Supremo Tribunal Federal decidiu que não há vício de
iniciativa que o parlamentar proponha ação isentando taxas.
INICIATIVA PARLAMENTAR DE LEIS TRIBUTÁRIAS:
Decidiu o Supremo Tribunal Federal que é iniciativa parlamentar dispor sobre matéria tributária. Como vimos acima, taxa é
matéria tributária. Alguns dos muitos precedentes:
RECURSO EXTRAORDINARIO 634.999 (743) ORIGEM : ADI - 994092243858 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ESTADUAL PROCED. : SAO PAULO RELATORA : MIN. CARMEN LUCIA RECTE.(S) : MUNICIPIO DE
CATANDUVA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE CATANDUVA RECDO.(A/S) :
PRESIDENTE DA CAMARA MUNICIPAL DE CATANDUVA ADV.(A/S) : MARCIO TARCISIO THOMAZINI
DECISAO RECURSO EXTRAORDINARIO. 1) AUSENCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SUMULAS N. 282 E 356
DO SUPREMO TRIBUNAL. 2) LEI DE INICIATIVA PARLAMENTAR QUE DISPONHA SOBRE MATERIA
TRIBUTARIA: INEXISTENCIA DE VICIO FORMAL E DE CONTRARIEDADE AO PRINCIPIO DA SEPARACAO
DE PODERES. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com
base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:
"1. E ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo Prefeito do Município de Catanduva, com pedido de concessão de
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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liminar, visando a suspensão da eficácia da Lei Complementar Municipal n° 490, de 01 de setembro de 2009, oriunda de
proposta da Câmara Municipal, promulgada pelo seu Presidente Sustenta o autor, em síntese, que a lei impugnada, ao alterar o
art. 265, da Lei Complementar Municipal n° 98, de 23 de dezembro de 1998, para dispor sobre os efeitos de reclamação em
face de lançamento tributário, violaria os arts. 5º ["são Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário"], 25 ["nenhum projeto de lei que implique a criação ou o aumento de despesa publica será sancionado
sem que dele conste a indicação dos recursos disponíveis, próprios para atender aos novos encargos"] e 144 ["os Municípios,
com autonomia política, legislativa, administrativa e financeira se auto-organizarão por Lei Orgânica, atendidos os princípios
estabelecidos na Constituição Federal e nesta Constituição"], da Constituição do Estado, bem como o art. 67, VI, da Lei
Orgânica do Município de Catanduva. (...) Embora, de ordinário, não haja óbice a iniciativa parlamentar de leis tributarias de
caráter geral (art. 24, §§ 1º e 2º, da CE), este Colendo Órgão Especial tem reconhecido sua inconstitucionalidade quando são de
natureza benéfica já que incontornável o impacto dos benefícios fiscais assim concedidos no orçamento municipal violando de
modo reflexo os arts 165 da CF e 174 da CE estabelecendo expressamente a iniciativa privativa do Poder Executivo para a
legislação sobre o orçamento anual cujos projetos hão de se fazer acompanhar de demonstrativo dos efeitos decorrentes de
isenções anistias remissões subsídios e benefícios de natureza financeira tributaria e creditícia (art. 165, § 6º, da CF e art. 174, §
6º, da CE). (...) Entretanto, o diploma legal aqui impugnado, de iniciativa parlamentar, ao alterar a redação do art. 265, da Lei
Complementar n° 98, de 23 de dezembro de 1998, do Município de Catanduva, dele fez constar que "a reclamação não cessa
encargos de acréscimos como multa, juros e correção monetária, salvo se for julgado procedente o pedido do sujeito passivo ou
recebida em seu efeito suspensivo durante o período que permanecer sob a analise do Poder Executivo até sua decisão de
primeira instancia (fls 15) Nota-se, com efeito, que, embora concernente a matéria tributária, especificamente sobre o
procedimento do lançamento, a alteração legislativa impugnada não poderia causar impacto de redução no orçamento
municipal. Apenas regulou os efeitos de reclamação porventura manejada pelos contribuintes ou responsáveis tributários contra
o respectivo lançamento que permaneceu inalterado dentre as atividades próprias da administração (...) Ora, o dispositivo legal
impugnado, repita-se, nada mais fez que regular os consectários da impontualidade no âmbito do procedimento administrativo
eventualmente instaurado, sem interferência nas atividades do fisco, de modo que não ocorrem o alegado vício de iniciativa, a
violação à separação dos Poderes ou a ingerência indevida nos assuntos administrativos (fls 55 59 grifos nossos) 2. O
Recorrente afirma que o art. 265 da Lei Complementar n° 98 do Município de Catanduvas/SP contrariaria o principio da
separação de Poderes, pois "cabe ao Chefe do Executivo estabelecer a ampliação do prazo para impugnação do lançamento
tributário uma vez que a administração da cidade e feita por esse, não por vereadores" (fl. 68). Alega, ainda, que aquela Lei
municipal teria vício de iniciativa, o que contrariaria o art. 67, inc. VI, da Lei Orgânica do Município de Catanduvas/SP
[compete privativamente ao Prefeito VI dispor sobre a organização e funcionamento da Administração Municipal na forma da
lei] o art 144 da Constituição do Estado de São Paulo ["os Municípios, com autonomia política, legislativa, administrativa e
financeira se auto-organizarão por Lei Orgânica, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e nesta
Constituição"] e o art. 29 da Constituição da República. Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO. 3. Razão
jurídica não assiste ao Recorrente. 4. O art. 29 da Constituição não foi objeto de debate e decisão previstos no Tribunal de
origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual
próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Sumulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
"EMBARGOS DE DECLARACAO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSAO EM AGRAVO REGIMENTAL.
PROCESSUAL CIVIL. AUSENCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDENCIA DAS SUMULAS 282 E 356 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A matéria
constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo Tampouco foram
opostos embargos de declaração o que não viabiliza o extraordinário por ausência do necessário prequestionamento (AI 631
961 ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009). 5. Ademais, pela jurisprudência do Supremo Tribunal, leis de
iniciativa parlamentar que disponham sobre matéria tributaria não contrariam o principio da separação dos Poderes
nem tem vicio formal Nesse sentido "Ação direta de inconstitucionalidade. Medida liminar. Lei 6.486, de 14 de
dezembro de 2000, do Estado do Espírito Santo. - Rejeição das preliminares de falta de interesse de agir e de vedação da
concessão de liminar com base na decisão tomada na ação declaratória de constitucionalidade nº 4. - No mérito, não tem
relevância jurídica capaz de conduzir a suspensão da eficácia da Lei impugnada o fundamento da presente arguição
relativo a pretendida invasão, pela Assembléia Legislativa Estadual, da iniciativa privativa do Chefe do Executivo
prevista no artigo 61, § 1º, II, "b", da Constituição Federal, porquanto esta Corte (assim na ADIMEC 2.304, onde se
citam como precedentes as ADIN`s - decisões liminares ou de mérito - 84, 352, 372, 724 e 2.072) tem salientado a
inexistência, no processo legislativo, em geral, de reserva de iniciativa em favor do Executivo em matéria tributaria,
sendo que o disposto no art. 61, § 1º, II, "b", da Constituição Federal diz respeito exclusivamente aos Territórios
Federais. Em consequência, o mesmo ocorre com a alegação, que resulta dessa pretendida iniciativa privativa de que
por isso seria também ofendido o principio da independência e harmonia dos Poderes (artigo 2º da Carta Magna
Federal) Pedido de liminar indeferido (ADI 2 392 MC Rel Min Moreira Alves Tribunal Pleno, DJ 1º.8.2003 - grifos
nossos). "ACAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 8.366, DE 7 DE JULHO DE 2006, DO ESTADO
DO ESPIRITO SANTO. LEI QUE INSTITUI INCENTIVO FISCAL PARA AS EMPRESAS QUE CONTRATAREM
APENADOS E EGRESSOS. MATERIA DE INDOLE TRIBUTARIA E NAO ORCAMENTARIA. A CONCESSAO
UNILATERAL DE BENEFICIOS FISCAIS, SEM A PREVIA CELEBRACAO DE CONVENIO
INTERGOVERNAMENTAL, AFRONTA AO DISPOSTO NO ARTIGO 155, § 2º, XII, G, DA CONSTITUICAO DO
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
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BRASIL. 1. A lei instituidora de incentivo fiscal para as empresas que contratarem apenados e egressos no Estado do
Espírito Santo não consubstancia matéria orçamentária. Assim, não subsiste a alegação, do requerente de que a
iniciativa seria reservada ao Chefe do Poder Executivo (ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, Dje 14.9.2007
- grifos nossos). "ACAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 553/2000, DO ESTADO DO AMAPA.
DESCONTO NO PAGAMENTO ANTECIPADO DO IPVA E PARCELAMENTO DO VALOR DEVIDO.
BENEFICIOS TRIBUTARIOS. LEI DE INICIATIVA PARLAMENTAR. AUSENCIA DE VICIO FORMAL. 1. Não
ofende o art. 61, § 1º, II, b da Constituição Federal lei oriunda de projeto elaborado na Assembléia Legislativa estadual
que trate sobre matéria tributaria, uma vez que a aplicação deste dispositivo esta circunscrita as iniciativas privativas
do Chefe do Poder Executivo Federal na órbita exclusiva dos territórios federais Precedentes ADI nº 2 724 rel Min
Gilmar Mendes DJ 02 04 04 ADI nº 2 304 rel Min Sepulveda Pertence DJ 15.12.2000 e ADI nº 2.599-MC, rel. Min.
Moreira Alves, DJ 13.12.02 2. A reserva de iniciativa prevista no art 165 II da Carta Magna por referir se a normas
concernentes as diretrizes orcamentárias não se aplica a normas que tratam de direito tributário como são aquelas que
concedem beneficios fiscais Precedentes ADI nº 724 MC rel Min Celso de Mello DJ 27 04 01 e ADI nº 2 659 rel Min
Nelson Jobim DJ de 06 02 04 3 Acao direta de inconstitucionalidade cujo pedido se julga improcedente" (ADI 2.464,
Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, Dje 25.5.2007 - grifos nossos). "CONSTITUCIONAL. LEI DE ORIGEM
PARLAMENTAR QUE FIXA MULTA AOS ESTABELECIMENTOS QUE NAO INSTALAREM OU NAO
UTILIZAREM EQUIPAMENTO EMISSOR DE CUPOM FISCAL. PREVISAO DE REDUCAO E ISENCAO DAS
MULTAS EM SITUACOES PREDEFINIDAS. ASSEMBLEIA LEGISLATIVA NAO LEGISLOU SOBRE
ORCAMENTO, MAS SOBRE MATERIA TRIBUTARIA CUJA ALEGACAO DE VICIO DE INICIATIVA
ENCONTRA-SE SUPERADA. MATERIA DE INICIATIVA COMUM OU CONCORRENTE. ACAO JULGADA
IMPROCEDENTE" (ADI 2.659, Rel. Min. Nelson Jobim, Tribunal Pleno, DJ 6.2.2004 - grifos nossos). Dessa orientação
jurisprudencial não divergiu o julgado recorrido. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557,
caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) Publique-se.
Brasília, 10 de marco de 2011. Ministra CARMEN LUCIA Relatora
DA NECESSIDADE DE ASSEGURAR AO HOMEM HONESTO E TRABALHADOR PROTEÇÃO EM VIRTUDE
DOS PROBLEMAS DECORRENTES DA SEGURANÇA PÚBLICA.
Nobres Deputados! Não resta a menor dúvida de que um cidadão pobre e trabalhador, quando tem seus documentos
furtados ou roubados, terá enormes problemas para tirar uma Segunda Via. Aliás, mesmo para um cidadão abastado já é
extremamente desagradável perder seu tempo com a necessária burocracia, embora necessária, para tirar documentos. Em
primeiro lugar, o trabalhador terá dificuldade para se ausentar do trabalho para tirar segunda via, terá de faltar dia de trabalho e
perder o salário, e somente o deslocamento, a confecção de fotografias, já gera despesas. Justamente em momento de grande
dificuldade, pois geralmente o furto ou roubo de documentos ocorre juntamente com a apropriação de bens da vítima que
geralmente está traumatizada e descontente com a segurança pública. Em segundo lugar, se o trabalhador estiver
desempregado, sem os documentos não conseguirá novo emprego. E isso é situação extremamente injusta, que agravada a
condição social.
DA NECESSIDADE DA RETIRADA DA SEGUNDA VIA EM PROL DA PRÓPRIA SEGURANÇA PÚBLICA
IMPEDIR O USO, POR PARTE DOS DELINQUENTES, DOS DOCUMENTOS APROPRIADOS.
Também é relevante, e deve ser incentivado, que a vítima, furtada ou roubada, providencie imediatamente a segunda
via. Pois é sabido que os delinqüentes geralmente se valem dos documentos apropriados das vítimas para cometer crimes.
Logo, quando se possibilita a retirada da segunda-via, o Estado passa a ter um mecanismo de controle que permite invalidar a
primeira. E, com isso, combater a criminalidade. Pois poderá fazer banco de dados dos documentos furtados ou roubados. De
modo que conclamamos aos pares para que aprovem com urgência esta lei, para o bem da sociedade, e defesa da segurança
pública e do trabalhador honesto e pessoas humildes.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 399/2011
Parecer do Relator: Projeto de Lei de n.º 280/2011
Autor: Deputado Estadual Gilsinho Lopes
Ementa: “Isenta do pagamento de taxa de 2ª via de documentos furtados ou roubados”.
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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RELATÓRIO
O Projeto de Lei n.° 280/2011, de autoria do Deputado Gilsinho Lopes, dispõe sobre a isenção do pagamento de taxa
de 2ª via de documentos furtados ou roubados, cuja expedição seja de competência dos órgãos do Estado do Espírito Santo,
mediante apresentação do termo de ocorrência policial. O Projeto foi protocolizado no dia 22 de agosto de 2011, lido no
Expediente da 74ª Sessão Ordinária, realizada no dia 23 de agosto de 2011, tendo o Presidente deste Poder, recebido e
distribuído a matéria para as Comissões Permanentes, sendo publicado no Diário do Poder Legislativo do dia 02 de setembro
de 2011. Após cumprir o que dispõe o artigo 120 do Regimento Interno desta Casa, aos autos foi apensado Parecer Técnico da
Procuradoria, às folhas 18 usque 24, e encaminhado a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, para
exame e parecer quanto à constitucionalidade e legalidade do Projeto, na forma do artigo 41, inciso I do Regimento Interno
(Resolução n.º 2.700/09).
Este é o relatório sucinto.
PARECER
Conforme relatado, o presente Projeto de Lei tem por objeto isentar do pagamento de taxa a expedição de 2ª via de
documentos furtados ou roubados, mediante apresentação do termo de ocorrência policial, desde que esse documento tenha
sido expedido por órgão do Estado do Espírito Santo. Para análise de mérito da matéria, há que se avaliar sua
constitucionalidade sob o aspecto da iniciativa e da natureza de seu objeto. No nosso ordenamento constitucional vige um
complexo sistema de controle da constitucionalidade das leis e dos atos administrativos. No plano jurídico o sistema de
controle de constitucionalidade adotado admite a existência do controle preventivo que se realiza no curso do processo
legislativo e, o controle repressivo cuja incidência se dá quando a lei se encontra vigendo. A Constituição Federal de 1988
outorgou o exercício do controle prévio da constitucionalidade ao Poder Legislativo e ao Poder Executivo (quando da emissão
de juízo de valor quanto à sanção ou veto do autógrafo de lei aprovado pelo parlamento). Na hipótese em apreço, trata-se do
controle preventivo de constitucionalidade no âmbito do processo legislativo, porém exercido pelo Poder Legislativo. Assim,
cumpre-nos evidenciar que é de competência da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, a análise
quanto ao aspecto da constitucionalidade, diante da Constituição e de outras normas infraconstitucionais. Pela descrição do
Projeto a matéria é de competência estadual, prevista no artigo 25, § 1º da Constituição Federal e artigo 63, § único da
Constituição Estadual, in verbis:
Constituição Federal
“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”.
(...)
Constituição Estadual
“Art. 63. A iniciativa das Leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao
Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos
estabelecidos nessa Constituição”.
Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre:
I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e
fundacional do Poder Executivo ou aumento de sua remuneração;
II - fixação ou modificação do efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar;
III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo;
IV - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade
e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade;
V - organização do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado e da Defensoria Pública;
VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo.
Não paira dúvida que a proposição em epígrafe não fere a regra constitucional da competência legislativa privativa do
Chefe do Poder Executivo, enquadrando, assim, na competência concorrente, superando, dessa forma, a constitucionalidade da
origem ou iniciativa do agente legiferante. Em virtude da natureza da matéria, que é tributária, fizemos uma breve pesquisa
sobre o entendimento do judiciário, acerca do tema e trazemos à cola a seguinte ementa de julgado do Supremo Tribunal
Federal:
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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“EMENTA: ADI - LEI N.º 7.999/85, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, COM A REDAÇÃO
QUE LHE DEU A LEI N.º 9.535/92 - BENEFÍCIO TRIBUTÁRIO - MATÉRIA DE INICIATIVA
COMUM OU CONCORRENTE - REPERCUSSÃO NO ORÇAMENTO ESTADUAL - ALEGADA
USURPAÇÃO DA CLÁUSULA DE INICIATIVA RESERVADA AO CHEFE DO PODER EXECUTIVO
- AUSÊNCIA DE PLAUSIBILIDADE JURÍDICA - MEDIDA CAUTELAR INDEFERIDA.
- A Constituição de 1988 admite a iniciativa parlamentar na instauração do processo legislativo em tema de
direito tributário.
- A iniciativa reservada, por constituir matéria de direito estrito, não se presume e nem comporta
interpretação ampliativa, na medida em que - por implicar limitação ao poder de instauração do processo
legislativo - deve necessariamente derivar de norma constitucional explícita e inequívoca.
- O ato de legislar sobre direito tributário, ainda que para conceder benefícios jurídicos de ordem fiscal, não
se equipara - especialmente para os fins de instauração do respectivo processo legislativo - ao ato de legislar
sobre o orçamento do Estado.” (ADI 724 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno,
julgado em 07/05/1992, DJ 27-04-2001 PP-00056 EMENT VOL-02028-01 PP-00065).
Transposta a fase da competência de iniciativa do Projeto de Lei, passemos ao mérito da constitucionalidade da
matéria, ou seja, sua conformidade com o ordenamento jurídico, constitucional e infraconstitucional. A natureza tributária da
matéria, de pronto, remete a uma análise sistemática de mérito ao princípio constitucional da responsabilidade fiscal e do
equilíbrio orçamentário, presente no Título VI, Capítulo II, que trata das Finanças Públicas da Constituição Federal, insculpido
no § 6º de seu artigo165, que assim dispõe:
“Art. 165. (...)
(...)
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia. (GRIFO NOSSO)
(...)”
O princípio da responsabilidade fiscal está materializado no texto da Lei Complementar N.º 101, de 04 de maio de
2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF), editada em cumprimento ao comando do artigo 163 da Constituição Federal.
Tratando do equilíbrio orçamentário, o artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece:
“Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra
renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes
orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei
orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo
próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do
aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou
criação de tributo ou contribuição.
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em
caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer
da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas
referidas no mencionado inciso.”
A análise sistêmica da legalidade do Projeto de Lei em epígrafe nos revela um confronto com dispositivos
constitucionais e infraconstitucionais, que normatizam a concessão de benefício tributário, que é seu objeto. Então, a
problemática de se legislar sobre matéria tributária, não reside apenas em observar a competência da iniciativa, é preciso ir
além, é necessário que o autor atenda aos requisitos contidos no arcabouço jurídico, que confira a necessária legalidade e
eficácia à norma resultante da proposta legislativa. Nesse contexto, não obstante a legitimidade do autor e reconhecer interesse
social na proposição, não podemos concordar com sua materialidade, sem abrir mão de nos posicionarmos da mesma forma em
uma possível proposição equivalente do Chefe do Poder Executivo, pois, no nosso entendimento, nem mesmo este poderá
conceder qualquer benefício, fiscal, tributário ou creditício, que não esteja devidamente justificado e enquadrado nos exatos
termos dos princípios e normas acima invocados. Assim, entendemos que todo e qualquer Projeto de Lei, que como objeto
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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normativo a matéria de que trata a presente proposição, deve ser instruído com o Parecer de Estimativa do Impacto
Orçamentário-Financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes. Além disso, tem que atender ao
disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias. E, ainda, demonstrar que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da
Lei Orçamentária, na forma do artigo 12 da LRF, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas na LDO. Nesse
diapasão, a matéria em exame torna-se inconstitucional, por propor isenção de tributo, o que caracteriza renuncia de receita,
sem demonstrar o impacto sobre as finanças públicas e sem propor a devida medida compensatória, que restabeleça o equilíbrio
orçamentário do Estado. Desta forma, somos de entendimento que, o Projeto de Lei n.° 280/2011, de autoria do Deputado
Gilsinho Lopes, pelas razões aduzidas, é inconstitucional por ferir preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal.
CONCLUSÃO
Em face das razões expendidas, somos por reconhecer que o Projeto de Lei n.° 280/2011, não pode e nem deve
prosseguir sua tramitação, por não contemplar dispositivos infraconstitucionais que preserva o princípio constitucional do
equilíbrio fiscal e orçamentário, o que nos leva sugerir aos Ilustres Pares desta Comissão, a adoção do seguinte Parecer:
PARECER N.º 399/2011
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 280/2011, de autoria do Deputado Gilsinho Lopes.
Plenário "Rui Barbosa", 11 de outubro de 2011.
ELCIO ALVARES
Presidente
CLAUDIO VEREZA
Relator
THEODORICO FERRAÇO
MARCELO SANTOS
DARY PAGUNG
PROJETO DE LEI Nº 249/2011
Declara de Utilidade Pública a Fundação IADE - no município de Colatina.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º Fica declarada de Utilidade Pública a Fundação IADE - no município de Colatina
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 22 de Junho de 2011.
DA VITÓRIA
DEPUTADO ESTADUAL - PDT
JUSTIFICATIVA
A FUNDAÇÃO IADE é uma entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, tem por objetivo contribuir para a
promoção do desenvolvimento científico, tecnológico, artístico, desportivo, cultural e educacional, da preservação ambiental e
do desenvolvimento sustentável para o aprimoramento, inclusão e bem estar do cidadão, comunidade e sociedade, que visa à
regularização da mesma junto aos órgãos Estaduais. A referida fundação surgiu da necessidade da intervenção direta ou
indiretamente, na Inclusão Social de adolescentes, jovens e pessoas da terceira idade junto à sociedade, proporcionando-os
medidas socioeducativas, garantindo os direitos previstos em lei e contribuindo para o retorno de adolescentes, autores de atos
infrancional, e pessoas da terceira idade para um convívio social como protagonista de sua história, levando-os a
ressocialização no meio em que vivem. O reconhecimento dessa Fundação como de Utilidade Pública possibilitará a ampliação
de sua atuação na comunidade, por isso pedimos o apoio dos pares desta Casa de Leis na aprovação deste Projeto de Lei.
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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PROJETO DE LEI Nº 253/11
Declara de utilidade pública a LIRA SANTA CECÍLIA DE GUAÇUÍ-ES
A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo Decreta:
Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Lira Santa Cecília de Guaçuí-ES.
Art 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 01 de agosto de 2011.
SÉRGIO BORGES
Deputado Estadual- PMDB / Vice-Líder do Governo
JUSTIFICATIVA
A Lira Santa Cecília do município de Guaçuí/ES é uma sociedade civil, de direito privado, de caráter beneficente, educativo e
de promoção social, sem fins lucrativos e de duração indeterminada, com atividades de formação de músicos. Conforme a
documentação apresentada, os membros de sua diretoria são pessoas reconhecidamente idôneas e não recebem nenhum tipo de
remuneração pelo exercício de suas funções. A Associação tem por finalidade manter uma escola de música para ensino aos
seus associados, filhos menores destes e órfãos de reconhecida pobreza e ainda mantê-la em condições para abrilhantar as
festividades para as quais for autorizada. A Lira Santa Cecília é uma banda de música que foi criada em Guaçuí em 1960 com o
objetivo de formar músicos para se apresentarem nos eventos e festividades da cidade. Nesses anos de existência, a Lira de
Santa Cecília já formou vários músicos, que depois passaram a reger e a comandar outros corais e bandas locais, contribuindo
para a riqueza musical do município. Atualmente a Lira é formada por 25 músicos e 35 alunos formandos. A concessão do
título declaratório de utilidade pública é de extrema importância para a Banda, pois somente com essa documentação poderá
firmar parcerias com órgãos estaduais, viabilizando seu trabalho com maior facilidade, principalmente para a aquisição de
novos instrumentos, reformas dos que estão danificados, além de uniformes e demais necessidades. Pelo exposto, contamos
com o apoio de nossos pares à aprovação deste projeto.
PROJETO DE LEI Nº 282 /2011
Declara de utilidade pública a União de Amigos e Moradores do Bairro João Goulart, do Município de Vila Velha – ES.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º. Fica declarada de utilidade pública a União de Amigos e Moradores do Bairro João Goulart – UCAMB João Goulart,
do Município de Vila Velha, neste Estado.
Art. 2º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 18 de agosto de 2011.
JOSÉ CARLOS ELIAS
Deputado Estadual - PTB
JUSTIFICATIVA
Esta proposição pretende declarar de utilidade pública a União Comunitária de Amigos e Moradores do Bairro João Goulart –
UCAMB, localizada no Município de Vila Velha-ES. A União de Amigos e Moradores do Bairro João Goulart é uma
associação sem fins lucrativos, que congrega os residentes na localidade com o fim de buscar melhorias para o bairro, bem
como pretende conquistar direitos que beneficiarão a coletividade. A UCAMB João Goulart procura promover a coordenação e
articulação dos recursos sociais e individuais que visem o bem estar da comunidade, estando em primeiro lugar os idosos e as
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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crianças. Esta entidade por ser independente, apartidária e sem vínculos com quaisquer movimentos religiosos, raciais ou
políticos, objetiva ainda defender os direitos conquistados, assim como ampliar o conceito de cidadania. Em virtude da referida
instituição preencher os requisitos para ser declarada de utilidade pública, conto com o apoio dos ilustres Pares para aprovação
do presente.
PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 033/2011
Acrescenta parágrafo único ao artigo 11 da Constituição do Estado, relativo à proteção dos direitos do consumidor.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º O artigo 11 da Constituição Estadual fica acrescido de parágrafo único com a seguinte redação:
“Art. 11 (...)
(...)
Parágrafo único. O Poder Público ao executar e planejar a política de consumo deverá estimular o consumo sustentável.” (NR)
Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 03 de outubro de 2011.
JOSÉ CARLOS ELIAS
Deputado Estadual - PTB
JUSTIFICATIVA
A presente proposta de emenda constitucional pretende por meio de ações promovidas pelo Poder Público estimular o consumo
sustentável. O desenvolvimento sustentável determina novos padrões para o consumo, sendo essencial ampliar na sociedade
modelos de consumo sustentáveis. Consumo sustentável é aquele que prioriza produtos duráveis, recicláveis, reciclados,
biodegradáveis, que não contenham substâncias nocivas à qualidade da vida, produtos que tenham certificação de qualidade
ambiental do processo produtivo, que sejam produzidos com controle de gasto energético, que não sejam feitos por mão-de-
obra escrava ou trabalho infantil, que não esgotam os recursos naturais. Incentivar o consumo sustentável é colocar em prática
o direito à informação, um dos direitos fundamentais do consumidor constante no artigo 6º da Lei nº 8.078/90, o Código de
Defesa do Consumidor. Ressalta-se que é importante para o desenvolvimento sustentável, a educação para o consumo de
produtos que passem por uma ética de sustentabilidade. Em virtude da importância da presente iniciativa, conclamo os ilustres
Pares para aprová-la.
PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 034/11
Acrescenta incisos ao parágrafo único do artigo 186 da Constituição do Estado, dispõe sobre o meio ambiente.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º. O parágrafo único do artigo 186 da Constituição Estadual do Estado do Espírito Santo fica acrescido de mais dois
incisos com a seguinte redação:
“Art. 186 (...)
Parágrafo único. (...)
XII – fiscalizar e normatizar a produção, o armazenamento, o transporte, o uso e o destino final de produtos, embalagens e
substâncias potencialmente perigosas à saúde e aos recursos naturais;
XIII – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético contido em seu território, inclusive mantendo e
ampliando bancos de germoplasma, dedicados à pesquisa e preservação de material genético.”
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 03 de outubro de 2011.
JOSÉ CARLOS ELIAS
Deputado Estadual – PTB
JUSTIFICATIVA
A presente proposta de emenda constitucional pretende ampliar a responsabilidade do Poder Público em proteger de forma
efetiva o meio ambiente. O Estado deve por meio de políticas públicas e procedimentos técnicos controlar e normatizar a
produção, o armazenamento, o transporte de produtos e embalagens e substâncias potencialmente nocivas à saúde, protegendo
a sociedade e o meio ambiente. Não raras vezes é veiculado nos meios de comunicação denúncias de irregularidades e desastres
ecológicos que ocorreram por falta de normatização e fiscalização da Administração Pública, em relação a empresas e
particulares. Assim, diante desta realidade propõe-se que a responsabilização do Estado esteja expressamente estabelecida em
nossa Carta Estadual, com o intuito de que ações eficazes possam ser elaboradas e cumpridas para a proteção do meio
ambiente. No que se refere ao inciso XIII sugerido nesta Proposta de Emenda Constitucional, tem-se a dizer que é importante a
pesquisa científica para a melhoria da produção vegetal e da reprodução animal, porém deve o Estado preservar por meio dos
órgãos competentes a integridade e o patrimônio genético que existe em nosso território. A criação de bancos de germoplasma
(elemento dos recursos genéticos que preserva a variabilidade genética entre e dentro da espécie, com fins de utilização para a
pesquisa em geral, especialmente para o melhoramento genético, inclusive a biotecnologia), favorecerá a preservação de
espécies. Os bancos de germoplasma são unidades conservadoras de material genético de uso imediato ou com potencial de uso
futuro, onde não ocorre o descarte de acessos, o que os diferencia das “coleções de trabalho”, que compreendem aquelas em
que se descarta o que não interessa ao aprimoramento genético. Diante da importância do tema e mediante consulta a técnicos
da área, foi esta proposição elaborada para que a mesma beneficie efetivamente à sociedade, razão pela qual conclamo os
ilustres pares para aprová-la.
PROJETO DE LEI Nº. 321/2011
Regulamenta a oferta de serviços do tipo "couvert artístico" no estado do Espírito Santo, e dá outras providências.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º - Os estabelecimentos comerciais do tipo restaurantes, lanchonetes, bares e seus congêneres, que oferecem serviços de
“couvert artístico”, deverão fixar em local de visível acesso ao consumidor a descrição clara do preço pago a mais pelo serviço.
§ 1º - Para os fins desta lei, entende-se como “couvert artístico” a taxa pré-estabelecida que o cliente paga pela música, shows
ou apresentações ao vivo de quaisquer natureza cultural e artística, que é repassada integral ou parcialmente ao músico ou
artista, dependendo do acordo feito com o dono do estabelecimento.
§ 2º - O aviso colocado pelo estabelecimento deverá ter as dimensões mínimas de 50 (cinquenta) centímetros de altura e 40
(quarenta) centímetros de largura.
Art. 2º - Fica vedado aos estabelecimentos descritos no artigo anterior a cobrança do serviço de “couvert artístico” ao
consumidor que se encontre no estabelecimento em área reservada ou em local que não possa usufruir integralmente do serviço
sem que o mesmo tenha solicitado.
Parágrafo Único - O serviço prestado em desconformidade com o previsto no caput deste artigo não gerará qualquer obrigação
de pagamento.
Art. 3º - A infração às disposições da presente Lei acarretará ao responsável infrator as sanções previstas no artigo 56, da Lei
Federal nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa do Consumidor, aplicáveis na forma de seus artigos 57 a 60.
Art. 4º - Essa lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Domingos Martins, 19 de setembro de 2011.
Lúcia Dornellas
Deputada Estadual – PT
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JUSTIFICATIVA
Considerando às disposições do artigo 24, V e VIII, da CF/88 e artigos 8º e 31, da lei 8.078/1990, e ainda em atendimento à
política nacional de relações de consumo, venho propor o referido projeto de lei com a finalidade de obrigar os
estabelecimentos comerciais do tipo restaurantes, lanchonetes, bares e seus congêneres, que adotam o sistema de “couvert
artístico”, a disponibilizar ao consumidor a descrição clara do preço e da composição do serviço. A Lei Federal nº. 8.078, de 11
de setembro de 1990, assegura ao consumidor o direito básico à informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e
serviços, com especificação correta de preços. Nessa linha, o mesmo diploma legal também afirma que é vedado o
fornecimento de serviços sem solicitação prévia. Hoje, infelizmente, observa-se claramente o desrespeito ao Código de Defesa
do Consumidor por parte de alguns estabelecimentos comerciais, que ofertam serviços de “couvert artístico” de forma
inadequada, causando aos consumidores prejuízos financeiros além de os submeter a constrangimento e desconforto. O fato de
a maioria dos estabelecimentos oferecer o serviço de “couvert artístico” sem qualquer questionamento não garante sua
exigibilidade. Na maioria dos estabelecimentos, o serviço é fornecido de forma inadequada, vez que aos seus consumidores é
impossível sua utilização efetiva ou potencial. Os frequentadores dos estabelecimentos descritos no caput do artigo 1º desta lei,
mesmo estando por sua localização dentro do estabelecimento em área reservada ou em local impossível de se desfrutar
diretamente do serviço, são constrangidos ao pagamento da taxa de “couvert artístico” mesmo não o tendo solicitado. Neste
contexto, não há que se falar em deixar que práticas comerciais abusivas passem a integrar o cotidiano dos consumidores, uma
vez que violam os princípios orientadores da defesa dos direitos do consumidor, na medida em que se configuram como
vantagem manifestamente excessiva, abusiva até, pois é totalmente incompatível com a boa-fé e a equidade que devem permear
as relações consumeristas. Assim, por se tratar de problema de relevante interesse público, cabe-nos o comprometimento com a
defesa dos consumidores. Diante de tal realidade venho como cidadã e representante do povo, apresentar aos Ilustríssimos
Senhores e Senhoras a referida proposição, objetivando determinar que os estabelecimentos comerciais do tipo bares,
restaurantes e congêneres se adequem as disposições do Código de Defesa do Consumidor de forma que passem a propor aos
consumidores um serviço claro, específico e determinado conforme predispõe a legislação vigente.
PROJETO DE LEI Nº 329/2011
Dispõe sobre a responsabilidade pela elevação, sem justa causa, do preço de serviços aos consumidores.
A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo DECRETA:
Art. 1º. O fornecedor de serviços cuja natureza permita serem cobrados por fração de tempo, ao optar pela cobrança fracionada
do consumidor em intervalos menores ou maiores daqueles praticados, modificando a forma da cobrança, não poderá elevar
sem justa causa o preço.
Art. 2º. Considera-se elevação sem justa causa do preço dos serviços, dentre outras, as seguintes práticas do fornecedor nas
relações de consumo:
I- O aumento unilateral do valor da cobrança do serviço, a pretexto de instituir cobrança por frações menores ou
maiores daquelas anteriormente praticadas.
II- A imposição de valores desiguais para cada fração de tempo de serviço prestado, de modo que, cada um dos períodos
de idêntico serviço prestado, seja cobrado com valores diferenciados.
Parágrafo único. A hipótese de que trata o inciso segundo deste artigo será considerada abusiva quando, concomitantemente:
I- for praticada posteriormente à opção prevista no art.1º desta lei;
II- implicar elevação do preço do serviço, assim considerada quando o consumidor, para usufruir do mesmo tempo de
serviço anterior, tenha de pagar mais caro.
Art. 2º. A violação a esta lei sujeita o infrator à multa de R$ 1.000,00 (mil reais) por infração cometida e por consumidor
prejudicado, sem prejuízo de reparar o lesado com a devolução dos valores cobrados, corrigidos monetariamente.
§ 1º. Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.
§ 2º. A reincidência reiterada implicará na interdição do estabelecimento.
Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 4 de outubro de 2011.
DEPUTADO GILSINHO LOPES
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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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JUSTIFICATIVA
Dispõe a Constituição Federal:
“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
V - produção e consumo;
...
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico;
...
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.”
A norma geral federal, o Código de Defesa do Consumidor, dispõe:
“Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
...
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)”
Em proteção ao Consumidor, o Estado deve exercer a sua competência suplementar.
Considerando que a norma geral proibiu a elevação sem justa causa do preço de produtos ou serviços, torna-se necessário
tipificar condutas que se enquadrem na violação legal.
É sabido que vários estabelecimentos comerciais, sobretudo estacionamentos, valem-se do pretexto da cobrança fracionada
pelo serviço prestado para majorarem, sem justa causa, os preços dos serviços.
Essa prática, lesiva ao consumidor, necessita ser rigorosamente coibida, mediante a regulação que possibilite a
responsabilidade pelos danos ao consumidor, permitindo a sua proteção e defesa.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 123/2011
Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Francisco Pereira da Costa.
A AASEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Francisco Pereira da Costa.
Art. 2º Esta Lei entre em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 24 de outubro de 2011.
LUCIANO PEREIRA
Deputado Estadual – DEM
JUSTIFICATIVA
José Francisco Pereira da Costa, natural do Rio de Janeiro, 62 anos de idade, pai de 03 filhos, advogado, administrador de
empresas e contador, residindo em Vitória desde 1981. Fundador das concessionárias de veículos no Estado do Espírito Santo,
como Vitoriawagen, CVC, Automobile e Premium, além de passagens pela Fábrica Nacional de Motores. Possui experiência
de 10 anos em indústria automobilística na área comercial e marketing de veículos. Desde 1999 é diretor executivo da
Federação Nacional da Distribuição de Veículos do Espírito Santo – Fenabrave e do Sindicato dos Concessionários e
Distribuidores de Veículos do Espírito Santo – Sincodiv.
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 124/2011
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º Fica concedido o Titulo de Cidadania Espírito-Santense ao Sr. Sergio Ribeiro da Costa.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Domingos Martins, em 25 de Outubro de 2011.
WANILDO SARNÁGLIA
Deputado Estadual – Líder do PT do B
JUSTIFICATIVA
Na forma do Inciso XXXIX, do Artigo 56 da Constituição Estadual e da Lei Nº 7.832 de 2004, esta Casa Legislativa concede o
“Título de Cidadão Espírito-Santense” ao Senhor Sergio Ribeiro da Costa. O Senhor Sergio Ribeiro da Costa é natural de
Coronel Fabriciano - Minas Gerais, casado com a Senhora Nandrea Martins da Costa, com quem tem dois filhos: Felipe 08
anos e Julia de 05 anos. E desde 1985 reside em José de Anchieta, Serra – ES. Sérgio Ribeiro da Costa tem formação em
Técnico de Contabilidade na Escola Aristóbulo Barbosa Leão; Graduou-se em administração de empresas na FABAVI
Faculdade Batista de Vitória; Pós-graduou-se em Gestão Empresarial com conclusão no ano de 2011; Iniciou a carreira
profissional como auxiliar administrativo durante 01 ano; Mais adiante foi consultor de vendas produtos alimentícios por 05
anos e consultor de vendas em caminhões e ônibus por 10anos; Atualmente trabalha como gerente comercial de máquinas
pesadas e equipamentos pela TRACBRAZ, empresa do grupo TRACBEL, para os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais.
Assim, acreditando que a presente proposição satisfaz os requisitos legais, estando em condições de ser aprovada por esta Casa
de Leis, contamos com o apoio dos Ilustres Pares para a sua aprovação.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 125/2011
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º Fica concedido o Titulo de Cidadania Espírito-Santense ao Sr. Maxwell Miranda de Almeida.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Domingos Martins, em 25 de Outubro de 2011.
WANILDO SARNÁGLIA
Deputado Estadual – Líder do PT do B
JUSTIFICATIVA
Na forma do Inciso XXXIX, do Artigo 56 da Constituição Estadual e da Lei Nº 7.832 de 2004, esta Casa Legislativa concede o
“Título de Cidadão Espírito-Santense” ao Senhor Maxwell Miranda de Almeida. O Senhor Maxwell Miranda de Almeida é
natural do Estado do Rio do Janeiro, casado com a Senhora Lucimar Rosa de Moura Almeida, com quem tem dois filhos:
Camila Moura Almeida que cursa Engenharia na UFES e Filipe Augusto de Moura Almeida que cursa Engenharia na UCL. O
Sr. Maxwell estudou na EMEF Pedro Álvares Cabral em São João de Meriti-RJ; Cursou ensino fundamental no Centro
Educacional Guararapes em São João de Meriti-RJ; Na EEEFM Bernardino Monteiro em Cachoeiro de Itapemirim -ES
concluiu o ensino fundamental; Cursou o ensino médio no Colégio João Pinto Bandeira em São Mateus e não concluiu,
posteriormente cursou o Ensino Médio na EEEFM Santo Antônio 2011 e está concluindo o Segundo Grau. Trabalhou na Loja
Márcios Magazine em Cachoeiro de Itapemirim-ES no ano de 1978; Na Loja Casa Carvalho, também situada em Cachoeiro de
Itapemirim-ES entre 1979 a 1981. Em 1983 voltou ao Rio de Janeiro onde trabalhou na Viação Itapemirim-Es e exerceu a
função de Auxiliar de Escritório na Filial da Viação Itapemirim, no Bairro Bom Sucesso no Rio de Janeiro. De Volta ao
Espírito Santo em 1985, voltou para Cachoeiro de Itapemirim, onde foi trabalhar na Transportadora Itapemirim. E em 1986,
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
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casou-se com a Professora Lucimar Rosa de Moura Almeida e mudou-se para Cariacica-Es, para trabalhar na filial da
Transportadora Itapemirim em Campo Grande Cariacica. Foi também encarregado da Loja da Transportadora Itapemirim,
depois passou pelos Transportes São Geraldo, entre outras. Foi Presidente do PC do B, PSDB, PMDB, em que renunciou o
mandato e em 1988 mudou-se para São Mateus-Es lá e reside até hoje. Assim, acreditando que a presente proposição satisfaz
os requisitos legais, estando em condições de ser aprovada por esta Casa de Leis, contamos com o apoio dos Ilustres Pares para
a sua aprovação.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 126/2011
Concede Título de Cidadã Espíritossantense a Sra .MARGARITA MARTINS GARCIA DE MATEOS
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º - Fica concedido o Título de Cidadã Espíritossantense a Sra.Margarita Martins Garcia de Mateos.
Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 25 de outubro de 2011.
LUCIANO REZENDE
Deputado Estadual – PPS
JUSTIFICATIVA
A Sra Margarita Martins Garcia de Mateos é natural da cidade de Madri, na Espanha. Está a 50 anos no Brasil e há 30 anos é
naturalizada brasileira..Formada em Assistente Social, com Especialização em Sexualidade, Saúde da Mulher e Direito
Reprodutivo. È, também, formada em Violência Doméstica pela Universidade de São Paulo/USP. Hoje, atua no Programa de
Atendimento à Vítimas de Violência Sexual/PAVIVIS no Hospital das Clínicas, em Vitória/ES. Desenvolve trabalhos como
voluntária em vários grupos de defesa das mulheres e também com crianças e adolescentes, coordenando-os, por meio
capacitação e palestras.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 127/2011
Concede Título de Cidadão Espíritossantense ao DR. HUGO CESAR GUANGIROLI
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º - Fica concedido o Título de Cidadão Espíritossantense ao Dr. Hugo Cesar Guangiroli.
Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 24 de outubro de 2011.
LUCIANO REZENDE
Deputado Estadual – PPS
JUSTIFICATIVA
Sra Graciete de Souza, nascida no Estado do Rio de Janeiro, filha da Srª Pedrina Aurélia de Souza e o Sr. José Fortes Rocha,
nasceu em 13 de Outubro de 1968, e é moradora do Bairro São Pedro I, com grande atuação na região e veio para o Estado em
1983, quando começou suas atividades de liderança comunitária na Comunidade Eclesial de Base – CEB’S em 1985. Foi
Secretária do Movimento Comunitário de São Pedro I, em 1986. Associou-se ao grupo Mulheres Unidas de São Pedro –
MUSP, em 1989, colaborou por meio de várias funções até ser eleita Presidente em 2004. Atualmente, faz parte da Diretoria.
Foi Secretária do Conselho Popular de Vitória – CPV, em 2004, e também diretora da pasta Assuntos da Mulher. Em sua
gestão promoveu a Primeira Conferência Municipal da Mulher, na qual foram eleitos os delegados para representarem o
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
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Estado. Hoje, atua ainda como Coordenadora Geral da Associação das Mulheres Negras no Estado do Espírito Santo, e a sigla
que representa a citada associação é ABORIN DUDU – Mulher negra no dialeto ORUBÁ.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 128/2011
Concede Título de Cidadão Espíritossantense ao Sr. Antonio Ermelindo Ribeiro Falcão de Almeida
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º - Fica concedido o Título de Cidadão Espíritossantense ao Sr. Antonio Ermelindo Ribeiro Falcão de Almeida.
Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 25 de outubro de 2011.
LUCIANO REZENDE
Deputado Estadual – PPS
JUSTIFICATIVA
O Sr. Antonio Ermelindo Ribeiro Falcão de Almeida nasceu em Aimorés, Minas Gerais. Em Belo Horizonte, cursou
Engenharia Elétrica, começando sua vida profissional em Vitória, Espírito Santo no ano de 1984. Até a presente data, atua na
iniciativa privada e seu amor à Terra adotiva levou-o à Presidência do Centro Capixaba de Desenvolvimento
Metalmecânico/CDMEC, o qual busca o desenvolvimento das indústrias capixabas e, assim, oportuniza grandes projetos
industriais. Atualmente, ocupa uma Diretoria no Sindicato Patronal das Indústrias Metalúrgicas e Elétricas do Espírito
Santo/SINDIFER. Esportista nato, jogador de futebol e vôlei, encontrou nas caminhadas o seu ponto de equilíbrio e, também,
cidadãos que tinham o mesmo amor pelos “caminhos”. Em 2005, fundou, junto com outros amigos, o Grupo Andarilhos
Capixabas o qual foi se estendendo pelo interior do Estado e também paralelamente, fora do Espírito Santo em caminhos tais
como: Caminho da Fé, Caminho de Frei Galvão, Caminho da Luz, Caminho dos Anjos, Caminho do Sol e tantos outros. De
2005 até a presente data, mais de 2000 ( dois mil ) andarilhos cadastraram-se no site do Grupo e realizaram 167 (cento e
sessenta e sete) caminhadas dentro do Estado, percorrendo quarenta municípios e, aproximadamente, 3.400 quilômetros de
distância.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 129/2011
Concede Título de Cidadão Espírito Santense a Sr. Firmino Costa Martins.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º Fica concedido a SR. FIRMINO COSTA MARTINS o Título de Cidadão Espírito Santense.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Domingos Martins, em 25 de outubro de 2011
Deputado MARCELO SANTOS
JUSTIFICATIVA
O Padre Firmino Costa Martins, nasceu na cidade de Loreto, Estado do Maranhão, veio para o Estado em 1987, designado para
trabalhar no Centro de Formação do MEPES e colabora nas paróquias de Anchieta, Iconha, Piúma, Itaipava e Itaoca,
Marataízes, Alfredo Chaves, Guarapari, também orientando os exercícios espirituais inaciano, apostolado da oração, cursilho,
encontro de casais com Cristo, encontro de jovens com Cristo e outras atividades quando solicitado. Trabalha no Centro de
Formação do MEPES – Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo, entidade não governamental, que tem como
objetivo propiciar a formação integral dos jovens e famílias rurais e a transformação/desenvolvimento de seu meio, que atura
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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em 04 setores básicos: educação, saúde, ação comunitária e formação de educadores e lideranças rurais, através do Centro de
Formação, contando com o apoio do Centro Administrativo. Diante ao exposto, para que nossa proposição se concretize,
speramos apoio e aprovação dos Senhores Deputados. Como jesuíta, fui destinado para vir trabalhar no Centro de Formação do
MEPES – Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo, entidade não governamental, fundada pelo também jesuíta
Pe. Humberto Pietrogrande sj, em 26/04/68, com o objetivo de propiciar a formação integral dos jovens e famílias rurais e a
transformação/desenvolvimento de seu meio. Atua em 04 setores básicos: educação, saúde, ação comunitária e formação de
educadores e lideranças rurais, através do Centro de Formação, contando com o apoio do Centro Administrativo. O Centro de
Formação tem a função de manter viva a mística, os princípios filosóficos, metodológicos, pedagógicos do Movimento e cuidar
da formação inicial e continuada de todos os seus operadores Cheguei em março de 1987 para fazer parte da equipe, tendo
apenas 03 anos de intervalo (1992,93 e 94) para Formação nos EUA, durante dois anos e um (01) ano de missão no sertão da
Bahia. Exerci diversas funções: tais como: Coordenador Geral, coordenador pedagógico, responsável pela expansão das EFAs
do MEPES, onde,a convite de lideranças locais e/ou movimentos, contando com a prresença de agricultores familiares,
assentados, lideranças rurais e urbanas, movimentos sociais, o poder público municipal (executivo, legislativo e judiciário),
estadual e, às vezes federal discutíamos sobre a relevância da implantação de uma EFA (Escola Família Agrícola) na
localidade. Estes debates e palestras acontecem tanto nas comunidades rurais, como nas sede dos municípios. A partir daí,
então, surgem as EFAs, sobretudo aquelas ligadas ao MEPES, embora não me restrinja, somente a este movimento, pois quem
faz a escolha são todos os envolvidos neste projeto que optam também pela metodologia e a entidade mantenedora, quer seja
pública ou pertencente aos movimentos sociais, enquanto gestora e mantenedora. Nestes últimos 07 anos, já foram criadas três
EFAs do Ensino Médio ligadas ao MEPES, a saber: Castelo, Mimoso e Cachoeiro de Itapemirim. Estão em discussão para o
Ensino Fundamental Superior (5º a 9º ano) ou Ensino Médio: assentamento “17 de Abril”- Muqui, Nova Safra- Cachoeiro de
Itapemirim, Ouro Verde- Muniz Freire, Franquia e Realeza- Ecoporanga, outra de Ensino Médo em Ecoporanga,Água Doce do
Norte, Conceição da Barra, Iuna, Vargem Alta, dentre outras. Minha formação é licenciado e bacharelado em filosofia e
teologia, por isso, fui convidado por alguns movimentos sociais e ecológicos da Alemanha, Itália, França, Portugal e
representantes de organizações não governamentais latino americanas para celebração em comemoração aos 100 anos da
Encíclica Rerum Novarum. Na ocasião, ministrei a palestra “Cuidado para as necessidades humanas básicas e a formação de
organização de auto-ajuda com fins comunitários: MEPES- Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo”, como
uma das ações sociais desenvolvidas nestes países. Acredito na formação contínua, por isso, procuro me manter atualizado, ora
estudando, ora assessorando encontros, seminários, fóruns, através da participação em debates, painéis, ministrando palestras
que têm como foco, sobretudo, a educação do campo, a pedagogia da alternância, juventude rural, destinados a educadores,
jovens e lideranças diversas. Para aprofundamento dos meus estudos fiz parte de um grupo de 14 pessoas de 08 países da
América Latina e Central para o “Curso Latinoamericano de Evaluación de Proyectos Educativos y de Acción Social Juvenil”,
realizado em Quito-Equador, de novembro de 1996 a janeiro de 1998, em sistema de alternância, com um mês presencial e 05
de pesquisa, concluindo com apresentação de uma monografia, cujo tema escolhido: “Educar para o exercício da cidadania:
uma proposta pedagógica”, analisando a prática pedagógica das Escolas Famílias de Olivânia e Vinhático – MEPES. Em 1996,
com a tomada de posse do então Governador, Victor Buaiz, a sociedade civil organizada, juntamente como os movimentos
sociais do campo e setores do poder público, organizamos um Seminário para discutir: “os caminhos da educação do campo no
Estado”. Na ocasião, reivindicamos a criação do Conselho Estadual de Políticas Educacionais para o meio rural” que, em curto
espaço de tempo, foi aprovado e publicado no Diário Oficial. Compunha o Conselho: UFES, Secretarias Estaduais de
Educação e Agricultura, Escolas Agrotécnicas Federais, MEPES, MST, CEIER, povos indígenas, dentre outros. Eu
representava o MEPES neste Conselho. Dentre tantas ações importantes desenvolvidas por este Conselho, ressaltamos,
sobretudo, duas: a 1ª refere-se, ao Seminário Estadual em preparação a “Conferência Nacional Por Uma Educação Básica do
Campo”, onde foi escolhida a comissão para participar do evento e eu estava incluso. A 2ª foi a publicação da revista “Campo
Cidade: repensando o ontem, o hoje e o amanhã”, em 2002, na qual fazia parte da equipe de assessores. Neste mesmo ano,
também participei da comissão organizadora do 6° Congresso Internacional da Associação Internacional das Maisons
Familiales Rurales (AIMFR) e o primeiro em solo latino americano, contando com mais de 1000 participantes de diversas
partes do mundo, cujo tema foi: “Escolas Famílias Agrícolas – Formação: Garantia para o mundo rural do futuro”. Em 2003,
fui um dos componente da comissão organizadora do 1º Seminário dos Técnicos em Agropecuária das EFA’s–MEPES, tendo
como titulo: “Desafios e perspectivas da agricultura familiar dentro do mercado globalizado e o papel do técnico em
agropecuária”. Continuei participando da organização destes jovens, através de reuniões, capacitações, Seminários. O Instituto
Souza Cruz, no início do novo milênio, percorreu diversas entidades de todas as regiões do Brasil que atuam no campo,
identificou algumas que têm o foco na juventude e agricultura familiar para uma conversa, na qual fui designado representante
do MEPES, em torno da necessidade e importância da criação de uma REDE. Foi criada, então, a REDE DE JOVENS DO
CAMPO, composta por 06 instituições: MOC – Movimento de Organização Comunitária - BA; Arcafar-Sul – Regional das
Casas Familiares Rurais -RS, PR e SC; CEDEJOR – Centro de Desenvolvimento de Jovens Rurais - RS, PR e SC; SERTA –
Serviço de Tecnologia Alternativa – PE; MEPES – Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo – ES; Instituto
Souza Cruz - RJ. É constituída por três ações básicas: A – Jornada Nacional dos Jovens do Campo, com duração de 04 dias,
onde os jovens organizados de todos os Estados do Brasil discutem sobre temas de relevância e necessidades para eles, em
painéis, oficinas, palestras, fazem visita às propriedades de agricultura familiar, apresentam teatro e folclores locais e regionais,
lançamento de livro. Em todas estas atividades, os jovens são os protagonistas. B – Intercâmbio juvenil - articulação feita entre
11 entidades brasileiras, envolvendo 12 jovens de cada entidade para vivenciar e conhecer a agricultura familiar “in loco”,
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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convivendo com as famílias (dos jovens),visitando suas propriedades e outras em torno; as organizações, associações e
cooperativas que tenham como foco a agricultura familiar, percebendo a filosofia e metodologia do movimento acolhedor,
identificando a riqueza das diferenças existentes entre os diversos espaços conhecidos, inclusive no que diz respeito as
diversidades culturais locais, estaduais e nacional e buscando se apropriar do que for útil para sua vida pessoal, familiar e
institucional. C – Vivencia profissional – destinada aos educadores para conhecer metodologia(s) exitosa(s) e confrontá-la(s)
com a própria a fim de melhorar a qualidade da prática educativa pessoal, mas sobretudo, institucional. Como padre, colaboro
nas paróquias de Anchieta, Iconha, Piúma, Itaipava e Itaoca, Marataízes, Alfredo Chaves, Guarapari, também orientando os
exercícios espirituais inaciano, apostolado da oração, cursilho, encontro de casais com Cristo, encontro de jovens com Cristo e
outras atividades quando solicitado.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 130/2011
Concede Título de Cidadão Espírito-Santense a Gerso Fogolin.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Gerso Fogolin.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 26 de outubro de 2011.
Da Vitória
Deputado Estadual - PDT
JUSTIFICATIVA
O homenageado Sr. Gerso Fogolin, formado em Técnico em Contabilidade, começou a trabalhar aos 15 anos no Banco
Bradesco, aos 36 anos de idade tornou-se gerente, atuou em várias localidades no Rio Grande do Sul, posteriormente foi
transferido para Vitória, estado do Espírito Santo, apaixonado pelo estado reside até os dias de hoje. Casado há 46 anos com a
Sr.ª Kimiko Fukunaga Fogolin, Pai de 6 filhos e avô de 4 netos nasceu na cidade de Lins, São Paulo. O homenageado é
proprietário do tradicional restaurante Galetinho. Portanto, agraciar o Sr. Gerso Fogolin com a concessão do honroso título é
medida oportuna e merecida, e para que nossa proposição se concretize, esperamos apoio e aprovação dos Senhores Deputados.
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 035/11
Adicionam-se mais parágrafos ao artigo 239 a Resolução nº 2700 de 15 de julho de 2009.
A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo Decreta:
Art. 1º - Adiciona-se parágrafos ao art. 239 da Resolução nº 2700 com a seguinte redação:
Art.239. - ......
§ - Os Deputados deverão apresentar emendas para atendimento das audiências Publicas nas matérias referidas no § 3º do
artigo 238.
§ - As Bancadas Parlamentares poderão apresentar emendas nas matérias orçamentarias.
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Domingos Martins, 03 de outubro 2011.
Deptuado MARCELO SANTOS
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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JUSTIFICATIVA
Esta proposta visa introduzir emenda para o cumprimento do §3º do artigo 238 e seus incisos do Regimento Interno desta casa
de Lei: §3º A tramitação do Projeto de Lei do Plano Plurianual – PPA e do Orçamento Anual contará com ampla participação
popular, por meio de realização de audiências públicas em todas as microrregiões do Estado, bem como com todas as
organizações não-governamentais de forma setorial, a fim de que as matérias sejam discutidas e sejam apresentadas sugestões.
§5º Ao final das audiências públicas regionais e setoriais será realizada uma audiência pública geral no Plenário da Assembleia
Legislativa, na qual o relator da matéria apresentará e colocará em discussão com os presentes o pré-relatório referente à
situação das sugestões, e publicadas. Esta emenda dará condições aos deputados de apresentar mais proposta as estas matérias
de estrema importâncias no parlamento pois são elas que afetam diretamente a vida da população do Estado do Espírito Santo,
desta forma os parlamentares poderão exercer mais e melhor suas prerrogativas Constitucionais e Regimentais.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 131/2011
Concede Titulo de cidadania Espírito Santense ao Sr. Francisco Lima Mineiro.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art.1º Fica concedido ao Sr. Francisco Lima Mineiro o titulo de cidadão espírito-santense.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 25 de outubro de 2011.
Atayde Armani
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
Francisco Lima Mineiro nasceu no Ceará. Em 1968, com 21 anos de idade, mudou-se para a localidade de Povoação, Linhares-
ES; onde inicialmente, exerceu atividades no comércio. Viúvo e pai de três filhos, o homenageado iniciou suas atividades rurais
em 1981; contribuído a mais de 30 anos, para a expansão da participação de Povoação no cenário capixaba de produção
cacaueira. Destacando-se como um produtor empreendedor, pautado pela produção, pela solidariedade do cooperativismo e
responsabilidade social, agregando valor a lavoura cacaueira. Pelas razões expostas é que apresentamos este Projeto de Lei,
contando com a sua aprovação.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 132/2011
Concede Titulo de cidadania Espírito Santense ao Sr. João Mineiro de Lima.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art.1º Fica concedido ao Sr. João Mineiro de Lima o titulo de cidadão espírito-santense.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 25 de outubro de 2011.
Atayde Armani
Deputado Estadual
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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JUSTIFICATIVA
João Mineiro de Lima nasceu no Ceará, em 17 de outubro de 1929. Herdou do pai, além das qualidades, o gosto pela terra e
pelo gado. Casou-se com a Sra Leontina Peroba de Lima e, desta união tiveram um filho. João Mineiro sempre foi orgulho e
exemplo para sua família. Residindo a 43 anos na localidade de Povoação, Linhares-ES. Iniciou suas atividades no povoado,
como comerciante e a mais de 30 anos contribui para a atividade cacaueira.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 133/2011
Concede Título de cidadania Espírito Santense ao Sr. Aladim Fernando Cerqueira.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art.1º Fica concedido ao Sr. Aladim Fernando Cerqueira o titulo de cidadão espírito-santense.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 26 de outubro de 2011.
Atayde Armani
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
Aladim Fernando Cerqueira, Engenheiro Agrônomo, casado e pai de dois filhos; nascido em Belo Horizonte, MG, em 14 de
março de 1966. Em 1978, aos 11 anos mudou-se para Vitória, ES, com a família. Formou-se em Agronomia pela Universidade
Federal do Espírito Santo, Alegre, ES, em 1989. Pós graduou-se como Mestre em Solos, pela Universidade Federal de Viçosa,
em 1996; tendo como objeto de estudo o Desenvolvimento da Agricultura Familiar nos ambientes do município de Venda
Nova do Imigrante, ES. Ingressou na carreira pública na Empresa Capixaba de Pesquisa Agropecuária – EMCAPA, em 1995;
permanecendo no Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – INCAPER até 2001, como gerente
do Programa de Meio Ambiente. Em 2001, ingressou na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos -
SEAMA. Após a criação do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA, atuou como Subgerente de
Licenciamento de Mineração, Gerente de Controle Ambiental e Diretor Técnico do IEMA. Em 2010, atuou como Diretor
Presidente do Instituto Estadual de Defesa Agropecuária e Florestal – IDAF e atualmente é Diretor Presidente do IEMA.
PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 031/2011
Altera o artigo 187 e o § 2º, do artigo 188 da Constituição Estadual.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º• - O artigo 187 da Constituição Estadual passa a dispor da seguinte redação:
"Art. 187 - Para a localização, instalação, operação e ampliação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, será exigido estudo de impacto ambiental, na forma da lei, que assegurará a participação da
comunidade em todas as fases de sua discussão.
§ l° Do estudo de impacto ambiental será gerado o relatório de impacto ambiental, ao qual se dará publicidade.
§ 2° Do estudo de impacto ambiental relativo a projetos de grande porte constará obrigatoriamente:
I - a relação, quantificação e especificação de equipamentos sociais e comunitários e de infra-estrutura básica para o
atendimento das necessidades da população, decorrentes da operação ou expansão do projeto;
II - a fonte de recursos necessários à construção e à manutenção dos equipamentos sociais e comunitários e à infra-estrutura.”
Art. 2º• - O § 2º, do artigo 188 da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte redação:
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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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"Art. 188 (...)
§ 2º - Suprimido
Art. 3º. - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.
Sala das Sessões, em 26 de setembro de 2011.
THEODORICO FERRAÇO
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
A proposta visa compatibilizar a Constituição Estadual com a legislação federal infraconstitucional relativa ao meio ambiente.
1ª Proposta de alteração.
O art. 187 dispõe atualmente da seguinte redação:
“Art. 187. Para a localização, instalação, operação e ampliação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, será exigido relatório de impacto ambiental, na forma da lei, que assegurará a participação da
comunidade em todas as fases de sua discussão.
§ l° Ao estudo prévio do relatório de impacto ambiental será dada ampla publicidade.
§ 2° Do relatório de impacto ambiental relativo a projetos de grande porte constará obrigatoriamente:
I - a relação, quantificação e especificação de equipamentos sociais e comunitários e de infra-estrutura básica para o
atendimento das necessidades da população, decorrentes da
operação ou expansão do projeto;
II - a fonte de recursos necessários à construção e à manutenção dos equipamentos sociais e comunitários e à infra-estrutura.”
Propõem-se as seguintes alterações:
Art. 187. Para a localização, instalação, operação e ampliação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, será exigido estudo de impacto ambiental, na forma da lei, que assegurará a participação da
comunidade em todas as fases de sua discussão.
§ l° Do estudo de impacto ambiental será gerado o relatório de impacto ambiental, ao qual se dará publicidade.
§ 2° Do estudo de impacto ambiental relativo a projetos de grande porte constará obrigatoriamente:
I - a relação, quantificação e especificação de equipamentos sociais e comunitários e de infra-estrutura básica para o
atendimento das necessidades da população, decorrentes da operação ou expansão do projeto;
II - a fonte de recursos necessários à construção e à manutenção dos equipamentos sociais e comunitários e à infra-estrutura.
As alterações propostas tem por objetivo a adequação da redação da norma constitucional com as expressões EIA – Estudo de
Impacto Ambiental e RIMA – Relatório de Impacto Ambiental, utilizadas as avessas pelo constituinte estadual. Destacam-se da
norma constitucional transcrita as expressões:
(i) do caput: “(...) será exigido relatório de impacto ambiental, na forma da lei (...)”;
(ii) de seu § 1º: “Ao estudo prévio do relatório de impacto ambiental (...)”;
(iii) e de seu § 2º: “Do relatório de impacto ambiental (...)”.
Baralhou o constituinte estadual os vocábulos atribuídos aos instrumentos da Política Nacional do Meio ambiente, que
compõem a Avaliação de Impacto Ambiental. Isto é, reportou-se ao Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EIA e ao Relatório
de Impacto Ambiental - RIMA, como se sinônimos fossem. Isso porque, ao contrário do que dispõe o caput, exige-se o EIA – e
não o mero RIMA -, para o licenciamento ambiental de atividades de significativo potencial de degradação ambiental. Ao
RIMA - e não ao EIA, por conter este expressões técnicas, não vulgares, de difícil compreensão ao leigo -, dá-se, em regra, a
ampla publicidade prevista no § 1º. E, por fim, compõe o EIA - e não o RIMA - o detalhamento especificado nos incisos I e II.
Resumidamente, da contradição precitada decorre a imprecisão de se exigir no bojo do RIMA, e não do EIA, as especificações
contidas nos incisos I, e II, do § 2º, do art. 187.
Sobre o RIMA elucida a Resolução do CONAMA n. 1/1986, art. 9:
“Art. 9o O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental (...)
Conceito reiterado pela Lei Estadual 4701/1992, art. 76:
“Art. 76 - O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA refletirá as conclusões do Estado Prévio de Impacto Ambiental – EPIA e
visa transmitir informações fundamentais do mencionado estudo, através de linguagem acessível a todos os segmentos da
população, de modo que possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como, todas as conseqüências
ambientais de sua implementação.”
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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Cuja interpretação revela o conteúdo mais sucinto do RIMA em relação ao EIA. Ou seja, enquanto o EIA deve discriminar
analiticamente as atividades que possam causar degradação, e respectivos programas de compensação, inclusive social, do
empreendimento, satisfaz-se o RIMA com as conclusões fundamentais do EIA.
2ª Proposta de alteração.
Quanto ao parágrafo segundo, do art. 188, da Constituição Estadual dispõe atualmente da seguinte redação:
“Art. 188. A autorização para a utilização dos recursos naturais não-renováveis será concedida por prazo determinado,
prorrogável mediante decisão fundamentada, ouvido o órgão técnico responsável e condicionada a novo relatório de impacto
ambiental.
§ l° Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução
técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 2° É vedada a atividade mineradora nos espaços territoriais previstos no art. 186, parágrafo único, II.”
Os espaços territoriais previstos pelo art. 186, parágrafo único, II, da Constituição Estadual são as Unidades de Conservação.
Com efeito, o parágrafo segundo veda a atividade mineradora em quaisquer Unidades de Conservação. Ocorre que a Lei
Federal n. 9985/2000, que regulamenta o art. 225, § 1º, da Constituição Federal, define duas categorias de unidades de
conservação: (i) as unidades de proteção integral; (ii) as unidades de uso sustentável. Consoante art. 14, I, da Lei 9.985/2000 as
APA’s – Áreas de Proteção Ambiental compõem as unidades de uso sustentável, cujo objetivo básico, nos termos do § 2º, do
art. 7º, da mesma lei “(...) é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos
naturais.”
Nesse mesmo sentido o caput do art. 15, da Lei 9.985/2001:
“Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de
atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das
populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.”
Referido art. 15 encontra-se regulamentado pelo Decreto 4340/2002, que dispõe em seu art. 25, II:
“Art. 25. É passível de autorização a exploração de produtos, sub-produtos ou serviços inerentes às unidades de conservação,
de acordo com os objetivos de cada categoria de unidade.
Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, entende-se por produtos, sub-produtos ou serviços inerentes à unidade de
conservação:
I - aqueles destinados a dar suporte físico e logístico à sua administração e à implementação das atividades de uso comum do
público, tais como visitação, recreação e turismo;
II - a exploração de recursos florestais e outros recursos naturais em Unidades de Conservação de Uso Sustentável, nos limites
estabelecidos em lei.”
Estabelece, portanto, a legislação federal a legalidade da exploração de recursos naturais em unidades de conservação de uso
sustentável, nas quais se inserem as APA’s, desde que observados determinados parâmetros legais. Em decorrência propõe-se
a supressão do § 2º, do art. 188, da Constituição Estadual. A presente alteração constitucional objetiva compatibilizar a
legislação estadual à legislação federal.
PROJETO DE LEI Nº 327/2011
Dispõe sobre limite de tempo para atendimento ao cidadão pelos Cartórios Públicos.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES
CONSTITUCIONAIS DECRETA:
Art. 1º - Ficam os Cartórios Públicos, estabelecidos no Estado do Espírito Santo, obrigados a atender cada cliente no prazo
máximo de 20 (vinte) minutos, contados a partir do momento em que ele tenha entrado na fila de atendimento.
Parágrafo único. Para efeito desta lei, entendem-se como Cartórios Públicos:
I - os Cartórios de Notas;
II - os Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais;
III - os Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas;
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IV - os Cartórios de Registro de Títulos e Documentos;
V - os Cartórios de Registro de Imóveis; e
VI - os Cartórios de Protesto de Títulos.
Art. 2º - Para comprovação do tempo de espera, o cliente apresentará o bilhete da senha de atendimento, onde constará,
impresso mecanicamente, o horário do seu recebimento.
§ 1º O Cartório que ainda não faz uso do sistema de atendimento disposto no caput, fica obrigado a fazê-lo no prazo definido
no regulamento desta lei;
§ 2º O Cartório fica obrigado a fornecer ao cliente o horário do atendimento.
§ 3º Deverá ser afixado pelo Cartório, em local visível ao público, cartaz indicativo ou informações do tempo máximo para
atendimento conforme o previsto nesta lei, bem como seu número e o telefone do PROCON.
Art. 3º - Cabe ao Cartório implantar, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, os procedimentos necessários para o cumprimento
desta lei.
Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 03 de Outubro de 2011.
GLAUBER COELHO
Deputado Estadual - PR
JUSTIFICATIVA
Este projeto tem o objetivo dar agilidade ao atendimento nos cartórios, contudo sem prejuízo da qualidade na prestação do
serviço, promovendo o bem estar do cidadão que precisa tirar documentos, fazer procurações, registrar imóveis ou realizar
outro serviço de competência exclusiva dos cartórios. Não há justificativa para as enormes filas e demora no atendimento nos
Cartórios Públicos, visto que se trata de serviço de utilidade pública, sendo inclusive muito bem pagos. Portanto os cartórios
devem se adaptar para prestar um bom atendimento ao cidadão, num prazo razoável de espera.
PROJETO DE LEI Nº 332/2011
Dispõe sobre a Política Estadual de Incentivo à Cultura do Bambu e dá outras providências.
Art. 1º Fica instituída a Política Estadual de Incentivo à Cultura do Bambu, como parte da Política Estadual de
Desenvolvimento Agrícola.
Parágrafo único – A Cultura do Bambu compreende o cultivo agrícola voltado para a produção de colmos e para a extração de
brotos e a valorização do bambu como instrumento de promoção do desenvolvimento socioeconômico regional e integrado do
Estado.
Art. 2º A política instituída nesta Lei tem como objetivo o desenvolvimento da Cultura do Bambu no Estado, por meio de
programas governamentais e de empreendimentos privados.
Art. 3º São diretrizes da Política Estadual de Incentivo à Cultura do Bambu:
I – a valorização do bambu como produto agrícola capaz de suprir necessidades ecológicas, econômicas, sociais e culturais;
II – o desenvolvimento tecnológico do cultivo e das aplicações do bambu;
III – o desenvolvimento de pólos bambuzeiros.
Art. 4º São instrumentos da Política Estadual de Incentivo à Cultura do Bambu:
I – crédito anual;
II – assistência técnica;
III – promoção e comercialização do produto;
IV – certificado de origem e qualidade dos produtos destinados à comercialização.
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
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Art. 5º Serão beneficiadas prioritariamente pela política instituída por esta Lei as pequenas e médias propriedades de regiões
com vocação agrícola para a cultura do bambu.
Art. 6º Na implantação da política de que trata esta Lei, o Poder Executivo deverá:
I – incentivar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico do cultivo e das aplicações dos produtos e subprodutos do bambu;
II – orientar o cultivo para a produção e a extração de brotos para a alimentação;
III – incentivar a utilização do bambu na recomposição de matas ciliares, na recuperação de áreas degradadas e na composição
de sistemas agro-florestais;
IV – incentivar a adoção da cultura e manufatura do bambu na agricultura familiar;
V – estabelecer parcerias com entidades públicas e privadas para maximizar a produção e a comercialização dos produtos
derivados do bambu;
VI – estimular o comércio interno e externo do bambu e de seus subprodutos;
VII – produzir mudas de bambu em viveiros públicos estaduais.
Art. 7º O portador dos Bônus poderá utilizá-los para pagamento de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços -, Imposto sobre Transmissão de Bens “causa mortis”-, e IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos
Automotores -, até o limite de 20% (vinte por cento) do valor devido a cada incidência do tributo.
Art. 8º O Bônus terá validade para sua utilização de 5 (cinco) anos, a contar de sua emissão, com valor corrigido mensalmente
pelos mesmos índices aplicáveis na correção do imposto.
Art. 9º Será criado o Fundo Especial de Apoio aos Produtores de Bambu no Estado, que deverá ser regulamentado pelo
Poder Executivo.
Art. 10 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Domingos Martins, 29 de setembro de 2011
Luzia Alves Toledo
Deputada Estadual
JUSTIFICATIVA
O objetivo da implantação de política para a produção dos brotos de bambu é fomentar o artesanato e sua futura
industrialização, atendendo crescentes demandas dos setores de arquitetura, paisagismo, decoração e construção civil. Muitos
países têm encontrado sucesso na exportação de móveis feitos de bambu e esse sucesso se deve a implantação de oficinas
profissionalizantes, auto-sustentáveis, de cunho ambiental econômico e social, com a criação de pólos geradores de trabalho. É
preciso conscientizar a sociedade e dar incentivos ao surgimento de novos artesãos, viabilizando a venda de produtos e
consolidando o bambu no mercado. O incentivo proposto nesta legislação tem por escopo formar pólos bambuzeiros, haja vista
que a industrialização desse material tem ampla aceitação no mercado nacional e internacional, especialmente na arquitetura e
móveis de design. No atual contexto social e produtivo mundial, vemos crises assolando povos de países inteiros. Estes se
vêem à margem da política econômica mundial, e não conseguem criar e manter uma economia própria. Mas existem alguns
países enxergando o bambu como um dos meios alternativos para aumentar a produtividade agrícola, gerar emprego e estimular
a indústria. Assim pensam os governos da China, Nepal, Filipinas e Havaí. A questão ecológica é hoje um assunto muito
discutido. A poluição e sub-produtos decorrentes de uma economia industrial capitalista globalizada geram desequilíbrios por
todas as partes do globo, na terra, água e ar. O bambu é eficaz no combate a muitas formas de poluição nesses recursos
naturais, produzindo oxigênio, reciclando a água de rios e lagoas e limpando o solo de alguns elementos nocivos. É também
material altamente renovável e que pode substituir o uso da madeira (material e combustível), impedindo o corte indevido de
árvores essenciais ao equilíbrio natural. Na América do Sul existem culturas ricas e vibrantes que muito se associaram ao uso
do bambu. É o caso do Equador e da Colômbia, países onde o bambu da espécie Guadua angustifólia, gigante e muito
resistente, é conhecido por todo habitante e é utilizado há milhares de anos pelos nativos. Ele sustenta casas de mais de 100
anos de idade, assim como as casas de uma grande parcela da população. A Costa Rica, na América Central, recentemente
adotou uma estratégia para implementar a construção em massa de habitações populares construídas com bambu. O Brasil é um
dos países com maior número de espécies nativas e maior área de florestas naturais de bambu. Estas espécies nativas, algumas
até endêmicas, são na sua grande maioria desconhecidas. É imperioso elaborar uma política de preservação, propagação e
disponibilização destas espécies que muito têm a nos encantar e oferecer. Pessoas do mundo inteiro se unem em associações e
instituições para divulgar as múltiplas utilizações do bambu, incitar o debate social e desenvolver a pesquisa científica,
tomando como exemplo: IBA, INBAR, ABMTENC, ABS, EBS, ECUABAMBU. O bambu é usado há muitos milênios na
produção de uma miríade de artefatos úteis ou decorativos. Por sua característica tubular o bambu já agrega funções e
adequações inerentes à sua forma. Sendo composto basicamente de longas fibras vegetais, pode ser moldado ou desfiado para
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novas aplicações. É essencial que se escolha o tipo certo de bambu e o modo correto de tratamento para cada aplicação. O
bambu é reconhecidamente um excelente agente na contenção de encostas ameaçadas de erosão. Sua distribuição subterrânea
de rizomas forma uma malha resistente que reforça a estrutura natural do solo. Para obter bons resultados são utilizados os
bambus de rizomas leptomorfos, que se espalham na área mais rapidamente. O bambu é utilizado na irrigação de solos e
lavouras. É tubular, facilitando o transporte de água da fonte ao local da irrigação. O bambu pode também ser utilizado na bio-
remediação de ambientes molestados pela intervenção humana. Segundo os especialistas da West Wind Technologies, nos
Estados Unidos existem muitas criações de suínos que despejam os restos fiscais dos anmais diretamente no ambiente natural,
contaminando campos e fontes de água. Uma solução para este problema seria despejar os restos em campos de grama, uma
planta que consome largamente o nitrogênio presente nos restos. Mas a grama não tem mercado e é deixada no solo. Com o
tempo o nitrogênio na grama é reabsorvido pelo solo. O bambu é uma grama, e consome muito nitrogênio. Depois pode ser
coletado e vendido como material de construção, levando consigo o nitrogênio. Outro uso do bambu na remediação foi
sugerido em 98 pelo senador americano Duncan Hunter, dirigente da Fundação World Emergency Relief, para despoluir o Rio
Choluteca, que atravessa a capital do México. O projeto propõe que se plante bambu nas beiras do rio, porque agiriam como
agente descontaminante. Este tipo de projeto já foi implantado no Rio Nuevo, Califórnia, e ao norte da cidade de Mexicali,
México. O bambu também é utilizado como combustível e papel, substituindo o uso tradicional e, muitas vezes, irresponsável
de madeiras importantes para os ecossistemas. O carvão de bambu é de excelente qualidade, e seu rápido crescimento equilibra
a relação entre o gás de carbono emitido e o gás de carbono absorvido. O papel de bambu tem a mesma qualidade que o papel
de madeira. O papel é o uso industrial do bambu de maiores proporções no mundo. O bambu oferece seis vezes mais celulose
que o pinheiro que mais rápido cresce. Suas fibras são muito resistentes e tem qualidade igual ou superior à fibra de madeira. O
Brasil é o único país das Américas a ter uma indústria de papel de bambu, com uma grande plantação no Estado do Maranhão.”
PROJETO DE LEI Nº 333/2011
Dispõe sobre a Política Estadual de reciclagem de Materiais.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º A Política Estadual de reciclagem de Materiais tem o objetivo de incentivar o uso, a comercialização e a
Industrialização de materiais recicláveis, tais como:
I - papel usado, aparas de papel e papelão;
II - sucatas de metais ferrosos e não ferrosos;
III - plásticos, garrafas plásticas e vidros;
IV - entulhos de construção civil;
V - resíduos sólidos e líquidos, urbanos e industriais, passíveis de reciclagem;
VI - produtos resultantes do reaproveitamento, da industrialização e do recondicionamento dos materiais referidos nos incisos
anteriores.
Art. 2º São pertinentes à Política Estadual de reciclagem de material:
I - apoio a criação de centros de prestação de serviços e de comercialização, distribuição e armazenagem de material reciclável;
II - incentivo a criação de distritos industriais voltados para a indústria de reciclagem de materiais;
III – incentivo ao desenvolvimento ordenado de programas municipais de reciclagem de materiais;
IV – promoção de campanhas de educação ambiental voltadas para a divulgação e a valorização do uso de material reciclável e
seus benefícios;
V – incentivo ao desenvolvimento de projetos de utilização de material descartável ou reciclável;
VI – promoção de campanhas de incentivo à realização de coleta seletiva de lixo.
Art. 3º Para o cumprimento do disposto nesta Lei, poderão ser adotadas as seguintes medidas:
I - concessão de benefícios, incentivos e privilégios fiscais;
II - inserção de empresa de reciclagem, em programa de financiamento com recursos de fundos estaduais;
III - criação de área de neutralidade fiscal, com o objetivo de desonerar de tributação estadual, as operações e prestações
internas e de importação, realizadas por empresa cuja atividade se relacione com a política de que trata esta Lei;
IV - celebração de convênio de mútua colaboração com órgão ou entidade das administrações federal, estadual ou municipal;
V - fomentar o sistema cooperativista.
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Art. 4º Os benefícios de que trata esta Lei, serão concedidos exclusivamente ao usuário, ao produtor e ao comerciante
cadastrados no órgão relacionado ao meio ambiente determinado pelo estado.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Domingos Martins, 05 de outubro de 2011.
Luzia Toledo – PMDB
Deputada Estadual
JUSTIFICATIVA
No mundo atual, onde o aumento populacional é alarmante e se agrava à cada ano, é inegável e inevitável os reflexos deste
“crescimento”. Com o aumento do número de habitantes nas cidades, cresce, também, os detritos orgânicos ou não, produzidos.
Cada dia que passa torna-se cada vez mais grave a destinação do lixo produzido. Eis que soluções surgem, como a
RECICLAGEM ou o REUSO DESSES MATERIAIS. Para que tenhamos uma vaga idéia da gravidade observemos os
indicativos abaixo:
QUANTO E O QUE SE RECICLA NO BRASIL E NO MUNDO
PAPEL: O consumo anual (por habitante) de papel no Brasil manteve-se estável em 1998, situando-se em 38,4 quilos, ainda
distante dos níveis observados em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos (336,5 kg por habitante). No entanto,
estima-se que 35% do papel produzido no país nos últimos dez anos são originados de matéria-prima reciclada. Nos Estados
Unidos, esse número é de 27,6%, caindo para 10,8% no Canadá.
PLÁSTICO: O consumo anual de plásticos no Brasil gira em torno de 19 quilos. O volume é relativamente baixo se comparado
aos índices de outros países, como Estados Unidos (100 kg/hab) e a média na Europa (80 kg/hab.). No campo da reciclagem,
15% dos plásticos rígidos e filme retornam à produção brasileira como matéria-prima, o que equivale a 200 mil t/ano. Nos
Estados Unidos, este número é quase cinco vezes maior.
VIDROS: A indústria brasileira produz 800 mil t/ano de vidros para embalagens, das quais 35% são recicladas, somando 280
mil toneladas por ano. Os Estados Unidos produziram 11 milhões de toneladas em 1997, das quais reciclaram 37%,
correspondendo a 4,4 milhões de toneladas. Índices de reciclagem de vidro em outros países: Alemanha (74,8%), Reino Unido
(27,5%), Suíça (83,9%) e Áustria (75,5%).
LATAS DE ALUMÍNIO E AÇO: Em 1998, o Brasil atingiu o recorde nacional de reciclagem. Foram mais de 5,5 bilhões de
latas recuperadas pela indústria, o que significa uma taxa de 65% sobre o total de latas de alumínios vendidas (8,5 bilhões de
unidades). Os números brasileiros superam países industrializados, como Inglaterra (23%) e Itália (41%). Os Estados Unidos
recuperam 66%, o que equivale a 64 bilhões de latas por ano. O Japão recicla 73%. Quanto às latas de aço, 35% das latas
consumidas no Brasil são recicladas, o que equivale a cerca de 250 mil t/ano. Nos Estados Unidos, 60% das embalagens de
folha de flandres retornaram à produção de aço em 1987. Se o Brasil reciclasse todas as latas de aço que consome atualmente,
seria possível evitar a retirada de 900 mil toneladas de minério de ferro por ano. Pelos motivos acima, eis que urge a
necessidade do Estado do Espírito Santo adotar uma POLÍTICA DE RECICLAGEM DE MATERAIS. O presente Projeto de
Lei é de relevante interesse social e de urgente clamor.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° 134/2011
CONCEDE TÍTULO DE CIDADANIA ESPÍRITO SANTENSE AO SENHOR WALDIR LOPES MAGALHÃES.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESPIRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º - Fica concedido o Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor WALDIR LOPES MAGALHÃES.
Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala de Reuniões, 01 de Novembro 2011.
MARCELO COELHO
Deputado Estadual – PDT
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JUSTIFICATIVA
Waldir Lopes Magalhães, diretor presidente da CBC Construtora Base e Comércio Ltda. Empresa instalada em Vila do Riacho
no município de Aracruz e possui uma filial na Chácara Parreiral - Serra/ES. Emprega atualmente 75 trabalhadores e é
considerada uma referência em qualidade nos serviços prestados. Waldir Lopes Magalhães nasceu na cidade de Novo Lima /
MG em 1954, É casado e tem dois filhos. Waldir se consolidou como um grande empresário, que muito colabora com a
economia de Aracruz e do Espírito Santo, consciente das suas responsabilidades sociais e ambientais.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 135/2011
Concede título de cidadania espírito-santense ao Srº Amandio de Jesus Granado
A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo D E C R E T A
Art. 1º Fica concedido ao Srº Amandio de Jesus Granado o título de cidadão espírito-santense.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 31 de outubro de 2011.
Nilton Baiano
Deputado Estadual – PP
JUSTIFICATIVA
O senhor Amandio de Jesus Granado, tem 66 anos, é natural de Bragança, em Portugal. Veio para o Espírito Santo há 41 anos,
firmou residência no município de Vila Velha, onde exerce a função de comerciante. Casado com Maria Joaquina Conde tem
dois filhos: Carlos Henrique Conde Granado e Eduardo Conde Granado, e um neto Rafael. Por estes motivos, pedimos aos
nobres pares à aprovação deste projeto de decreto legislativo nos termos apresentados, para a concessão do título de cidadão
espírito-santense a este homem que muito contribui para o nosso Estado através de sua atuação profissional.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 136/2011
Concede título de cidadania espírito-santense ao Sr José Alberto Silva de Oliveira.
A Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo D E C R E T A:
Art. 1º Fica concedido ao Sr José Alberto Silva de Oliveira o título de cidadão espírito-santense.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 01 de novembro de 2011.
Nilton Baiano
Deputado Estadual – PP
JUSTIFICATIVA
O artista José Alberto Silva de Oliveira, conhecido artisticamente como “BETO KAUÊ”, nasceu na cidade de Almadina (sul da
Bahia), onde aos 13 anos de idade deu inicio a sua carreia de cantor e compositor. Depois de atuar na Bahia como cantor em
algumas respeitadas bandas como a banda EVA, veio para o Espírito Santo há mais 20 anos radicando-se em Vitória para
desenhar a mais bela página de sua história. Integrou a Banda Pizindim e dois anos depois iniciou sua reconhecida carreira
solo. Aqui no Estado gravou 10 CDs e 03 DVDs que registram e divulgam para pessoas dos mais variados cantos do País e do
Mundo, encantadoras imagens do litoral do Espírito Santo. Tratado pela imprensa local como o Rei do Axé do litoral capixaba,
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não são poucas as matérias de jornais que o reverenciam como o artista que marcou época e continua divulgando o Estado por
onde quer que vá. Depois de figurar por 08 anos consecutivos no VITAL, carnaval fora de época de Vitória, e por 19 anos
consecutivos como uma espécie de “embaixador” do carnaval de Piúma-ES, com um público muitas vezes maior que 100 mil
pessoas, e de levar sua música a quase todas as cidades espírito-santenses, munimo-nos desses motivos, para solicitarmos aos
nobres pares à aprovação deste projeto de decreto legislativo nos termos apresentados, para a concessão do título de cidadão
espírito-santense.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 137/2011
Concede título de cidadania espírito-santense à Srª Maria Joaquina Conde.
A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo DECRETA:
Art. 1º Fica concedido à Srª Maria Joaquina Conde o título de cidadã espírito-santense.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 31 de outubro de 2011.
Nilton Baiano
Deputado Estadual – PP
JUSTIFICATIVA
A senhora Maria Joaquina Conde, é natural de Bragança, região do Porto, em Portugal. Veio para o Espírito Santo há 41 anos,
firmou residência no município de Vila Velha, onde exerce seus trabalhos no comércio local. Casada com Amandio de Jesus
Granado com quem tem dois filhos: Carlos Henrique Conde Granado e Eduardo Conde Granado, e o neto Rafael, todos
brasileiros. Por estes motivos, pedimos aos nobres pares à aprovação deste projeto de decreto legislativo nos termos
apresentados, para a concessão do título de cidadã espírito-santense a este mulher que muito contribui para o nosso Estado
através de sua atuação profissional.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 138/2011
Concede Título de Cidadão Espírito-Santense a Alexandre Alves Pereira Brum.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Alexandre Alves Pereira Brum.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 03 de Novembro de 2011.
Da Vitória
Deputado Estadual - PDT
JUSTIFICATIVA
O homenageado Sr. Alexandre Alves Pereira Brum é filho de Fausto Brum e Luzinete Pereira Brum, é casado com Kellem
Christina Lavagnoli Brum e pai de dois filhos. Nasceu em Belo Horizonte-MG no dia 14 de novembro de 1972, veio para o
Espírito Santo em 1975. Graduado em Administração de Empresas e Ciências Contábeis pela Fundação Educacional Presidente
Castelo Branco e Pós-gadruado em Gestão Empresarial pelo UNESC. É gerente da Agência SICOOB desde 1999 em Colatina
onde reside. Portanto, agraciar o Sr. Alexandre Alves Pereira Brum com a concessão do honroso título é medida oportuna e
merecida, e para que nossa proposição se concretize, esperamos apoio e aprovação dos Senhores Deputados.
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PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 037/2011
Altera a denominação da Comissão Permanente de Política Antidrogas, criada pela Resolução nº 2.826, de 18 de maio de
2010, que alterou dispositivos do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15.7.2009.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:
Art. 1º O artigo 40, inciso XIV, do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15.7.2009, passa a vigorar com a
seguinte redação:
Art. 40. [...]
[...]
XIV - de Política sobre Drogas
Art. 2º O artigo 54-A, do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15.7.2009, passa a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 54-A. À Comissão de Política sobre Drogas compete opinar sobre:
I - assuntos inerentes à política estadual sobre drogas, englobando as medidas para a prevenção do uso indevido, tratamento,
recuperação, reinserção social, redução dos danos sociais e à saúde de usuários e dependentes de drogas;
[...]
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 17 de outubro de 2011.
GENIVALDO LIEVORE
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
O presente Projeto de Resolução objetiva reformular a denominação da “Comissão de Políticas Antidrogas” para “Comissão de
Políticas sobre Drogas”. A Secretaria Nacional Anti-Drogas (SENAD) desenvolveu, em 2004, um processo de realinhamento
da política vigente. Com base em dados epidemiológicos atualizados e na ampla participação social, a partir do Fórum
Nacional sobre Drogas (2004), o prefixo “anti” foi substituído por “sobre”, passando a ser denominada “Política Nacional sobre
Drogas”. A mudança nominal teve sua explicação no fato de que o termo “antidrogas” denota alguns equívocos, desde o
próprio conceito de drogas até sua compreensão e enfrentamento. Nesse sentido, é necessário resgatar que droga é toda e
qualquer substância que introduzida no organismo modifica suas funções, como vários alimentos, medicamentos e bebidas
utilizadas cotidianamente e normalmente pela humanidade (chocolate, cerveja, café, entre outros). Então, compreende-se que o
termo “antidrogas” faz referência ao enfrentamento a todas essas substâncias, e não somente às ilícitas. Isto nos remete ao
entendimento de que o foco do enfrentamento aos problemas relacionados com drogas não deve ser direcionado à
droga/substância em si, mas à relação que o ser humano estabele com esta, como a criminalidade e dependência. Ressalta-se
que o uso de drogas e o tráfico são questões diferentes e possuem especificidades. Desse modo, evidencia-se também que o
prefixo “anti” denota ainda a relação histórica de associação das drogas somente às áreas de segurança pública e justiça, e não
como questão de saúde pública. Pelo adequado andamento do exercício do mandato eletivo dos deputados estaduais,
representantes do Povo do Espírito Santo, proponho o presente projeto, afirmando a necessidade e importância da mudança da
denominação “Comissão de Políticas Antidrogas” para “Comissão de Políticas sobre Drogas”.
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