escola de frankfurt aula dia 10:09

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Aula conferida pelo Professor Doutor Pedro Henrique Reis na disciplina de Teorias da Comunicação II - 2014/2 - 10 de setembro.

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Teoria da Comunicação II - 2014/2

Escola de FrankfurtRevisão e conceitos fundamentais

Teoria Crítica da Sociedade

❖ Foco era o padrão

contemporâneo e a sociedade

capitalista

❖ Análise da ideologia fundada

nas suas condições concretas

❖ Crítica do modo socialmente

necessário de produção de

formas de razão, de percepção

e de sensibilidade

Membros da Escola nos anos 1930

PRINCIPAIS PENSADORES:

Theodor Adorno

Max Horkheimer

Herbert Marcuse

Jürgen Habermas

Erich Fromm

Sirgfried Kracauer (proto-frankfurtiano)

Walter Benjamin (proto-frankfurtiano)

Crítica não significa juízo

❖ Anulação da particularidade

❖ Sociedade administrada

❖ Crítica da Ideologia

Modern Times, 1936

Subúrbios/EUA, 1950s

“[Hoje em dia] o

aumento da

produtividade

econômica, que por

um lado produz as

condições para um

mundo mais justo,

confere por outro lado

ao aparelho técnico e

aos grupos sociais que

o controlam uma

superioridade imensa

sobre o resto da

população”

(ADORNO e

HORKHMEIMER

[1947], 1985, p.14-15)

Conceitos Fundamentais

❖ Dialética do Esclarecimento

❖ Indústria Cultural

❖ A Obra de Arte na Era da

Reprodutibilidade Técnica

❖ A Cultura como Mercadoria

di·a·léc·ti·casubstantivo feminino1. Arte de raciocinar com método.2. Lógica.3. Argumentação subtil.4. Argumentação engenhosa, dialogada.

Dialética do Esclarecimento, de

Theodor Adorno e Max

Horkheimer

(1944-1947)

A Obra de Arte na Era de

sua Reprodutibilidade

Técnica

(1936)

Liberdade, Igualdade e Fraternidade

Dialética do Esclarecimento

"Os tempos modernos criaram a idéia de

que não apenas somos seres livres e

distintos como podemos construir uma

sociedade capaz de permitir a todos uma

vida justa e realização individual. Noutros

termos, a modernidade concebeu um

projeto coletivo cujo sentido original era

libertar o homem das autoridades míticas

e das opressões sociais, ao postular sua

capacidade de autodeterminação" (P.133)

“Liberdade liderando o Povo”, de Eugène Delacroix, 1830

A proposta que se encontra no centro do pensamento da Teoria Crítica/Escola

de Frankfurt é a avaliação das consequências do pensamento Iluminista, de

emancipação do homem frente às forças mítico/religiosas (o homem deixa de ser

creatura, aquele ser criado por deus a sua imagem e que tem sua vida, intelectual e

moral, pré-determinada por um sentido transcendental) e de emancipação do

próprio homem através de seus próprios potenciais intelectuais (leia-se: sua

capacidade lógico, técnica e artística de superar as suas condições e de melhorá-

las). O projeto, entretanto, é crítico e por isso mesmo procura as dualidades e

paradoxos originados na concepção desse pensamento e na sua apropriação pela

população em geral (em especial pelas elites políticas e econômicas).

Hiroshima, Japão, 1945

Teoria Crítica da Sociedade

Indústria Cultural

"A televisão, a imprensa, os

computadores, etc., em si mesmos não

são a indústria cultural: essa é,

sobretudo, um certo uso dessas

tecnologias. Noutras palavras, a

expressão designa uma prática social,

através da qual a produção cultural e

intelectual passa a ser orientada em

função de sua possibilidade de consumo"

(P.138)

Propaganda em Revista da marca Maybelline, 1930s

Anúncio Maybelline -

1937

Modern Times, 1936

Produção, distribuição e

consumo daquilo que é cultura

como aquilo que é mercadoria

Sherlock Holmes, dirigido por Guy Ritchie, 2009

"A maquina da indústria

cultural gira sem sair do lugar:

ela mesma determina o

consumo e exclui tudo o que

é novo, que se configura

como risco inútil, tendo

elegido com primazia a

eficácia dos seus produtos"

“Everything is a copy of a copy of a copy"

A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade

Técnica

"No início do século XX, a reprodução

técnica tinha atingido um nível tal que

começara a tornar objecto seu, não só a

totalidade das obras de arte provenientes

de épocas anteriores, e a submeter os

seus efeitos às modificações mais

profundas, como também a conquistar o

seu próprio lugar entre os procedimentos

artísticos” (BENJAMIN, Walter, 1936)

“O capitalismo criara sem querer as condições para uma democratização da cultura,

ao tornar os bens culturais objeto de produção industrial”

Todos tem a liberdade de comprar o que se

vende

A Cultura como Mercadoria

O termo “indústria cultural” refere-se,

portanto, diretamente à mercantilização

da cultura - ou seja: a cultura enquanto

mercadoria.

“A produção estética integra-se à produção mercantil em geral, permitindo o surgimento da ideia de que o

que somos depende dos bens que podemos comprar e dos modelos de conduta veiculados pelos meios

de comunicação"

Boy bands - 1960s

Boy bands - 1984-2014

Obrigado!Pedro Henrique Reis

Doutor em Comunicação pela

PUCRS/FAMECOS

pedro.reis.hb@gmail.com

Fontes:

HOHFELDT, Antonio; FRANÇA, Vera Veiga; MARTINO, Luiz C.

Teorias da Comunicação - Conceitos, Escolas e Tendências

(2011).

WOLF, Mauro. Teorias das Comunicações de Massa (2008).

ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do

Esclarecimento - Fragmentos Filosóficos (1985).

BENJAMIN, Walter. A Obra de Arte na Era da Sua

Reprodutibilidade Técnica (1936, 1955 e 2014).

Texto da Aula:

RÜDIGER, Francisco. A Escola de Frankfurt. In: HOHFELDT,

FRANÇA e MARTINO. PP.131-140 (disponível no xerox do prédio

8, pasta da professora Ana Carolina “Teorias da Comunicação II"

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