envenenamento equino pela casca de café (coffea
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Envenenamento Equino pela casca de café (Coffea arabica L.).
Monitora: Juliana Barroso FélixOrientadora: Lúcia Lopes
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ-UECEFACULDADE DE VETERINÁRIA-FAVET
BMC Veterinary Research 2012, 8: 4.Diego Jose Z Delfiol, Jose P Oliveira-Filho, Fernanda L Casalecchi, Thatiane Kievitsbosch,
Carlos A Hussni, Franklin Riet-Correa, João P Araujo-Jr and Alexandre S Borges. Faculdade de Ciências, de Medicina Veterinária e Zootecnia - Univ Estadual Paulista (UNESP)
2012
Introdução
• Brasil maior produtor de café no mundo• Processamento de grãos de café resíduos• Casca de café (Coffea arabica)
– Compostos orgânicos – Taninos– Polifenóis– Cafeína > na casca que no grão
• Reutilização – Fertilizantes orgânicos– Extração de cafeína– Produção de chá– Alimentação de ruminantes e suínos
Introdução• Cafeína (C 8 H 10 N 4 O 2) é uma metilxantina• Antagonista dos receptores de adenosina • Adenosina– Disparo neuronal – Ação pré-sináptica • Cafeína
libertação neuronal da acetilcolina, norepinefrina, dopamina, serotonina e ácido gama-
aminobutírico
Sedaçãoe anticonvulsivo
A AC C
Ação ExcitatóriaMusc. Lisos
SNC, TGICárdio-respiratório
AMPc
Fosfodiesterases
Estimula ação das catecolaminas
Inativa
Introdução• Cafeína– Café– Chás– Refrigerantes– Bebidas energéticas – Chocolate – Alguns medicamentos
• Casos de intoxicação– Humanos– Cães e gatos – Bovinos ( Intoxicação Experimental)– Controle da população de coiotes. ( Cafeína + Teobromina)– Equinos- Nd
Objetivo
Avaliar se o consumo espontâneo da casca de café por cavalos é capaz de causar sinais
clínicos de intoxicação
MATERIAIS E MÉTODOS
• O estudo foi realizado Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Univ. Estadual Paulista (CEUA-89/2010).
• Animais Experimentais– Submetidos a testes físicos e laboratoriais (hemograma completo, nível
plasmático de fibrinogênio e gás sangue venoso). – Animais hígidos,– Seis fêmeas Quarto de Milha, Idade média de 10 ± 2 anos e peso médio de
425 ± 32 kg.– Vermifugados – Mantidos em baias 12 m 2 – Período de adaptação de 15 dias– Alimentados com feno de coast cross (Cynodon dactylon) e água à vontade.
Analise de cascas do café• As cascas de café foram obtidos na Cooperativa de
Cafeicultores São Manoel, no estado de São Paulo. • Homogeneizadas• Submetidas a análise laboratorial– Determinar• Teor de cafeína, teobromina e teofilina • Insecticidas• Concentrações de micotoxinas
Administração da casca do café• 2 kg de casca de café em uma calha introduzida em cada baia. • Cada 12 horas, o sobras eram removidas e pesadas, repostas.• Registros de consumo (individuais)• Exame clínico – (To)Imediatamente antes da administração , – a cada 12 h até 120 h (T120), – aparecimento de anormalidades neurológicas foram
expostas (T56) (interrupção da administração da casca de café a partir de que ponto).
• Concentração de cafeína em amostras biológicas
– Plasma e na urina (T0 e T56).– Coleta de amostras de sangue
• tubos contendo heparina,o plasma foi separado por centrifugação,
– As amostras de urina foram colhidas utilizando um cateter urinário.
• Química clínica
– Kits comerciais colorimétricos para determinar as concentrações séricas de (PT), creatinina, ferro , atividades séricas de (CK),(AST) e (GGT).
– Calculo da concentrações de globulina– Amostras de sangue foram coletadas em tubos sem
anti-coagulantes.
Parâmetros Gases sanguíneos
• Análise – pH do sangue– Hematócrito [HTC] / Hemoglobina, [Hb]– Pressão parcial de CO 2 [PCO 2] / Pressão parcial de O 2 [PO 2],
– Total de concentração de CO 2 [tCO 2]
– Saturação de oxigênio, [SO 2]
– Concentrações de HCO 3, – Na, K e cálcio ionizado [iCa]) foi realizado,antes de fornecer e
imediatamente após a interrupção do fornecimento de casca de café.
– A concentração sérica do íon cloreto
A análise estatística
• Dados análisados usando o GraphPad InStat for Windows, versão 3.0 (GraphPad Software).
• A FC,FR e temperatura retal avaliados por análise de variância (ANOVA), com teste de Tukey post-hoc.
• Os resultados dos testes bioquímicos e gasometria arterial e da concentração de cafeína foram comparados entre T0 e T56 por um teste t emparelhado.
• As diferenças estatísticas foram consideradas significativas quando p ≤ 0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Análise das amostras de casca– Sem presença de insecticidas ou micotoxinas,– Concentração de cafeína encontrado foi de
0,9%. Teobromina e teofilina não foram detectados.
• O consumo foi espontânea durante todo o período experimental,
• Primeiras 12 horas– pequena quantidade de cascas de café foi
consumido• Depois de 48 h– Animais hiperresponsiveos a estímulos
sonoros produzidos no meio ambiente.
Sínais Clínicos
• Taquicardia (106 ± 52 batimentos por minuto - bpm) e taquipnéia (27 ± 8 movimentos por minuto - mpm) picos foram detectados em T56 .
• A tx cardíaca média foi - T72 (79 ± 43 bpm, p <0,05), • Frequência respiratória -T48 (27 ± 11 mpm, p <0,01)• Anormalidade do ritmo cardíaco não foram
observados durante ausculta. • A temperatura média retal se elevou - T56 (38,9 ± 0,7 ° C, p <0,001
Sinais Clinicos• Inquietação• Tremores musculares• Midríase• Mucosa ocular congesta e vasos episclerais• Sudorese excessiva• Diminuição da motilidade intestinal. • Tremor involuntário dos lábios e constante movimento de lábios e
língua foram graves em animais • Taquicardia leve
Após suspensão do fornecimento
da casca
Diminuição gradativa e desaparecimento dos
sintomas
12h
40h
Cavalo número 1, 56 h após a ingestão inicial de casca de café (T56), mostrando expressão de ansiedade, excitabilidade, agitação, tremores involuntários e movimento constante dos lábios, narinas dilatadas, tremores musculares involuntárias e sudorese.
• Estimativa do consumo - 78 mg /kg de P.V• Os valores médios para TP, albumina, globulina, AST e
creatinina foram significativamente diferentes entre T0 e T56.• Os valores dos gases sanguíneos foram significativamente
diferentes entre T0 e T56, policitemia relativa foi observada em todos os animais, e HTC e Hb aumentou em 47% e 50%, respectivamente, T56 em relação ao T0.
Concluiu-se que o consumo de cascas de café é tóxica para cavalos, devido aos elevados níveis de cafeína presentes na sua composição. Portanto, cascas de café representam um risco quando usado como cama ou adicionada a ração para os cavalos.
Conclusão
Obrigada
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