diretrizes curriculares para a educação infantil de antônio carlos
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Prefeitura Municipal de Antônio Carlos
Secretaria Municipal de Educação de Antônio Carlos
Departamento de Educação Infantil
DIRETRIZES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL DE ANTÔNIO CARLOS
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Prefeitura Municipal de Antônio Carlos Secretaria Municipal de Educação de Antônio Carlos
Departamento de Educação Infantil
DIRETRIZES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
DE ANTÔNIO CARLOS
3
Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Assessoria Educacional
INSTITUTO SINERGIA DE EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO
MSc. Solange Aparecida de Oliveira Hoeller
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Prefeito Municipal
Geraldo Pauli
Vice-prefeito
Pedro Paulo dos Santos
Secretário de Educação e Cultura
Fábio Luiz Egert
Equipe da Secretaria de Educação
Lidiane Ventura Judite Koch Schmitt Inês Kuhn Guesser
Zuleide Besen Flávio Munich
Maria Inês Kremer Leonita Petri Kuhn
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E PROFESSORES ENVOLVIDOS NA ELABORAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES
ESCOLA MUNICIPAL VILA DOZE Áurea H. Kremer Manes N.E.I.M. DE RIO FARIAS Leila Simones Guesser Ana Paula Richartz Tânia Regina Martendal C.E.I.M. CORAÇÃO DE JESUS Autanei Junkes Hillesheim Cláudia Weber de Melo Danúbia da Silevira Eliane Lemos da Silva Ivanir Dias Jussara F. Amaral Kátia T. Goedert Lucélia Besen Bechtold Luciana Maria Coelho Eli Manuelle Decker Mannes Marcelita P. G. Silveira Marilene Z. Martendal Marione T. T. dos Santos Mirelle C. dos Santos Pauli Mônica S. Zimermann Nair Z. Gelsleischter Simone de Souza Schimitz Tânia R. Reitez Petri Vânia R. F. Guesser Elias N.E.M. CÔNEGO DR. RAULINO REITZ Monique de Oliveira Regina Corrêa
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
SUMÁRIO SOBRE O MUNICÍPIO DE ANTÔNIO CARLOS
11
MENSAGEM DO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO
12
INTRODUÇÃO
15
I PARTE: INFÂNCIA, CRIANÇA E EDUCAÇÃO INFANTIL
21
1. EDUCAÇÃO INFANTIL: PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
22
2. APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
24
3. OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
26
4. A ESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO, ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E A SELEÇÃO DE
MATERIAIS
28
4.1 CUIDAR E EDUCAR 30
4.2 BRINCAR: A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA 31
4.3 A UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO RECURSOS DIDÁTICOS 32
4.4 ROTINAS E ATIVIDADES PERMANENTES 34
4.5 SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES
35
II PARTE: EIXOS DE TRABALHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
36
1. ORGANOGRAMA DOS EIXOS DE TRABALHO 37
1.1 EIXO DE TRABALHO: FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL 38
1.1.1 Identidade e Autonomia 38
1.2 EIXO DE TRABALHO: CONHECIMENTO DE MUNDO (AS MÚLTIPLAS
LINGUAGENS
39
1.2.1 Expressão corporal: movimento e recreação 39
1.2.2 Linguagem oral e escrita 40
1.2.3 Artes 40
1.2.4 Natureza e sociedade 41
1.2.5 Matemática 42
1.2.6 Música 43
III PARTE: A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
44
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
1. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 45
1.1 DEVOLUTIVAS DE AVALIAÇÃO: INTEGRAÇÃO INSTITUIÇÃO E FAMÍLIAS,
ATIVIDADES DE REGISTROS E O PARECER DESCRITIVO
46
IV PARTE: CONTEÚDOS CONCEITUAIS, HABILIDADES/OBJETIVOS,
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS (SUGESTÕES DE TEMAS E/OU ATIVIDADES)
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
48
1. EIXO DE TRABALHO: FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL 49
1.1 IDENTIDADE E AUTONOMIA 49
1.1.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos) 49
1.1.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos) 49
1.1.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3
anos)
50
1.1.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos) 51
1.1.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos) 52
1.1.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5
anos)
53
2. EIXO DE TRABALHO: CONHECIMENTO DE MUNDO 54
2.1. EXPRESSÃO CORPORAL (MOVIMENTO E RECREAÇÃO) 54
2.1.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos) 54
2.1.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos) 55
2.1.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3
anos)
55
2.1.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos) 56
2.1.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos) 57
2.1.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5
anos)
57
2.2 LINGUAGEM ORAL E ESCRITA 59
2.2.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos) 59
2.2.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos) 60
2.2.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3
anos)
60
2.2.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos) 61
2.2.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos) 63
2.2.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5
anos)
63
2.3 ARTES 65
2.3.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos) 65
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
2.3.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos) 65
2.3.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3
anos)
66
2.3.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos) 67
2.3.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos) 68
2.3.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5
anos)
69
2.4 NATUREZA E SOCIEDADE 70
2.4.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos) 70
2.4.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos) 70
2.4.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3
anos)
71
2.4.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos) 72
2.4.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos) 72
2.4.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5
anos)
73
2.5 MATEMÁTICA 75
2.5.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos) 75
2.5.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos) 75
2.5.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3
anos)
76
2.5.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos) 77
2.5.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos) 77
2.5.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5
anos)
78
2.6 MÚSICA 80
2.6.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos) 80
2.6.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos) 80
2.6.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3
anos)
81
2.6.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos) 82
2.6.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos) 82
2.6.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5
anos)
83
REFERÊNCIAS
84
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
SOBRE O MUNICÍPIO DE ANTÔNIO CARLOS
Antes da chegada dos alemães ao Alto Biguaçu, portugueses e negros já
habitavam a região. Foi no ano de 1830 que alguns alemães, comandados por João
Henrique Schöeting, desbravaram a planície do Rio do Louro e deram início a efetiva
colonização das terras que viriam compor o município de Antônio Carlos. A história
conta que dez famílias iniciaram a colonização, primeiro em Louro e mais tarde em
Rachadel e Santa Maria.
Os imigrantes eram originários do Estado alemão da Renânia – Palatinado -,
especialmente do altiplano Hunsrück. Instalaram-se na primeira colônia germânica de
Santa Catarina, São Pedro de Alcântara, local de solo árduo e impróprio para a
agricultura. Por isso, foram em buscas de novos recantos e encontraram as planícies
próximas ao rio Biguaçu.
O maior legado deixado pelo imigrante alemão foi a força destemida para o
trabalho nas terras de Antônio Carlos. Seus descendentes construíram ao longo do
século XX um patrimônio cultural bastante expressivo. Mantiveram os principais
costumes e ergueram o município com ordem e determinação.
O município de Antônio Carlos foi criado em 06 de novembro de 1963,
desmembrado de Biguaçu. Seu nome foi uma homenagem ao estadista brasileiro
Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, político mineiro com grande atuação na chamada
Revolução de 1930.
Apesar do contato antigo com Florianópolis, Antônio Carlos ainda mantém
características marcantes da colonização como fé e cultura familiar, culinária, dialeto,
ainda hoje falado, e a arquitetura preservada que dá charme à cidade.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
MENSAGEM DO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO – A BASE DO PRESENTE E DO FUTURO
O município de Antônio Carlos, através da Secretaria Municipal de Educação,
tem investido e cuidado do setor educacional com muito carinho, trabalho e zelo nas
últimas décadas e anos. Merece destaque também a atuação dos profissionais da área,
professores, agentes, motoristas e técnicos da Secretaria, que diariamente se dedicam
para que nossas crianças tenham uma Educação de qualidade e em permanente
desenvolvimento.
Na Rede Estadual o trabalho é semelhante, voltado aos alunos do Ensino
Fundamental e Ensino Médio. Toda esta dedicação, atenção e investimentos tem se
traduzido em excelentes resultados no desempenho de nossos alunos frente às
avaliações como FUNDEB, Provinha Brasil, Concursos e Olimpíadas de Conhecimento
na área da matemática, física e outros campos do conhecimento.
Enquanto o novo Plano Nacional de Educação traça como meta atingir o índice
“6” para os anos inicias do Ensino Fundamental, isto somente para o ano de 2021, já
em 2010 tivemos uma Escola Municipal que atingiu o índice 6,3 e a Rede Municipal
obteve média 5,7. Porém, isto não significa que vamos nos acomodar ou que está tudo
perfeito e que não precisamos avançar. Ao contrário, estamos trabalhando, e muito,
para continuarmos no caminho do constante desenvolvimento e aprimoramento de
nossa Educação.
No comando da Secretaria Municipal de Educação e Cultura desde 2009, com o
apoio dos profissionais da área, temos imprimido um ritmo forte de ações, projetos e
programas voltados a criar condições e meios para que avancemos ainda mais. Neste
contexto, elaboramos, de maneira participativa, o Plano Municipal de Educação, o PAR
– Plano de Ações Articuladas; a Lei do Sistema Municipal de Ensino; reformulamos a
Legislação e a composição do Conselho Municipal de Educação; discutimos e
elaboramos o novo Plano de Carreira do Magistério e Profissionais de Apoio; e a
Legislação para implantação do EJA – Ensino de Jovens e Adultos; e, agora, estamos
finalizando as novas Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental e Educação
Infantil.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Na parte física, organizacional, pedagógica e tecnológica também temos atuado
em ritmo acelerado: concluímos a nova Escola Dom Afonso Nieheus, ampliamos e
realizamos uma grande reforma no Centro de Educação Infantil Municipal Coração de
Jesus, implantamos 04 laboratórios de informática, viabilizamos o acesso à internet a
todas a escolas da Rede, implantamos salas de leitura nas escolas, participamos e
promovemos cursos, encontros e palestras. Além de possibilitarmos maior quantidade
e variedade de materiais pedagógicos, novos veículos escolares. A promoção de
eventos educativos também teve nossa atenção.
Para 2011, o cenário que visualizamos é de muito trabalho, conquistas e
avanços. Concluídos os trabalhos de elaboração participativa das Novas Diretrizes
Curriculares do Ensino Fundamental e Educação Infantil, elaboraremos, já no início do
ano, os novos Projetos Políticos Pedagógicos da Secretaria e Escolas, consolidando
assim a produção de todo o conjunto principal de projetos, documentos e ações
estruturantes e necessárias para o planejamento, organização e execução da Política
Municipal de Educação. Além disso, continuaremos investindo e trabalhando para
melhorar a infraestrutura física de nossas escolas, com a construção do novo Centro de
Educação Infantil na área central da cidade, uma nova escola em Rachadel, uma
quadra coberta junto à Escola Municipal Dom Afonso Nieheus, além de melhorias e
reformas nas demais unidades.
Para concluir, cremos e temos a certeza plena de que investir na Educação é a
melhor e mais importante estratégia de ação a ser desenvolvida pelo poder público, na
construção do conhecimento e desenvolvimento de nosso município, estado e país.
Oferecer o acesso à instrução e ao conhecimento de qualidade é permitir que nossas
crianças, jovens e adultos desenvolvam as suas potencialidades, tendo como resultado
uma sociedade mais próspera, justa, consciente, saudável e feliz.
Fábio Luiz Egert
Secretário Municipal de Educação e Cultura
Antônio Carlos – SC
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
INTRODUÇÃO
No segundo semestre do ano de 2010, profissionais da educação das
instituições de Educação Infantil do município de Antônio Carlos, reuniram-se sob a
assessoria educacional do ISEP (Instituto Sinergia de Extensão e Pós-graduação) para
refletir acerca da Educação Infantil municipal.
A assessoria prestada teve como objetivo central organizar de forma
sistemática as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos. O
resultado desta assessoria deu-se em tarefas e encontros para estudo, reflexão e
elaboração de modo presencial e em tarefas não-presenciais realizadas pelo grupo de
professores.
A intenção foi a de elaborar um documento que respondesse à adequação das
novas necessidades do mundo contemporâneo, da legislação vigente e que se sustente
na busca constante de uma Educação Infantil de qualidade para o município de
Antônio Carlos.
Em conformidade com a LDB/9.394/96, a Educação Infantil é considerada a
primeira etapa da Educação Básica (título V, capítulo II, seção II, art. 29), tendo como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade. O texto legal
marca ainda a complementaridade entre as instituições de educação infantil e a família
(BRASIL, 1996).
O Art. 32 do Capítulo II da LDBEN (9394/96), reformulado por legislação específica
prevê, ainda a contemplação do que está proposto pelo ECA – Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Assim, as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos, estão
organizadas no sentido de compreender o que prevê a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990,
que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) em relação aos Direitos da
criança.
A Resolução n. 5 de 2009 – Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil – (BRASIL, 2009), observa acerca da organização e oferta desta etapa
educacional:
Art. 5º A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. § 1º É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção. § 2° É obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que completam 4 ou 5 anos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula. § 3º As crianças que completam 6 anos após o dia 31 de março devem ser matriculadas na Educação Infantil. § 4º A frequência na Educação Infantil não é pré-requisito para a matrícula no Ensino Fundamental. § 5º As vagas em creches e pré-escolas devem ser oferecidas próximas às residências das crianças. § 6º É considerada Educação Infantil em tempo parcial, a jornada de, no mínimo, quatro horas diárias e, em tempo integral, a jornada com duração igual ou superior a sete horas diárias, compreendendo o tempo total que a criança permanece na instituição.
A concepção pedagógica que respalda o Projeto Político Pedagógico do
município e, consequentemente, as Diretrizes Pedagógicas e prática nas instituições de
Educação Infantil de Antônio Carlos, está baseada na perspectiva sócio-histórico-
cultural. Esta concepção compreende o homem como sujeito de sua própria história.
Nessa dinâmica, o homem age, interage e transforma a natureza, os outros homens e a
si próprio.
Assim sendo, a Educação Infantil municipal está baseada, predominantemente,
nos estudos de Vygotsky (1984; 1987) e Wallon (1975; 1989) que assume a função de
contribuir para a inserção crítica dos sujeitos na totalidade das relações que se
processam na sociedade.
Concebe-se a criança como um ser ativo e agente das suas aprendizagens e do
seu próprio desenvolvimento, que se constroem pela interação com outros sujeitos
mais experientes num empreendimento coletivo.
A criança nasce no interior de um mundo cultural, dentro de um determinado
contexto sócio-histórico, pleno de representações simbólicas construídas pelo homem.
É com este sujeito-histórico, fruto das determinações sociais que a nossa Educação
Infantil trabalha, no sentido de possibilitar a leitura da realidade em que vive e,
simultaneamente, a apropriação dos conhecimentos historicamente sistematizados.
Neste cotidiano educativo, o papel do professor é o de mediar o processo de
ensino-aprendizagem, organizando diferentes formas de interação do aluno com o
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
conhecimento, considerando as suas estratégias de apropriações já adquiridas,
levando-o ao conhecimento do que ainda não sabe.
Nesse sentido, compreende-se a instituição de Educação Infantil como local de
trabalho coletivo. Onde professor e crianças são cidadãos, onde a educação tem como
função favorecer a transformação social, juntamente com outras instâncias da
sociedade.
Nossas concepções de criança e de aprendizagem estão formuladas de modo a
compreende que a criança é um ser social que nasce com capacidades afetivas,
emocionais e cognitivas. Tem desejo de estar próxima às pessoas e é capaz de interagir
e aprender com elas, de forma que possa compreender e influenciar em seu ambiente.
Ampliando suas relações sociais, interações e formas de comunicação, as crianças
sentem-se, cada vez, mais seguras para se expressar, podendo aprender nas trocas
sociais, com diferentes crianças e adultos cujas percepções e compreensões, da
realidade também são diversas.
Para compreendermos como a criança adquire conhecimentos, é importante
definirmos três conceitos básicos de Vygotsky (1984/1987): maturação,
desenvolvimento e aprendizagem.
A maturação refere-se às mudanças que ocorrem ao longo da evolução dos
sujeitos, nas quais se fundamentam a variação da estrutura da função das células. A
maturação está estritamente ligada ao crescimento, portanto aos aspectos biológicos,
físicos, evolutivos das pessoas.
Quanto ao desenvolvimento referimo-nos à formação progressiva das funções
propriamente humana. Ou seja, linguagem, raciocínio, memória, atenção, estima. É
um processo mediante o qual se põe em andamento as potencialidades dos seres
humanos de forma interminável.
A aprendizagem é o processo em que incorporamos novos conhecimentos,
valores, habilidades que são próprios da cultura e sociedade em que vivemos.
Desenvolvimento e a aprendizagem se inter-relacionam. O desenvolvimento
pleno do ser humano depende do aprendizado que realiza a partir da interação que
estabelece com os outros indivíduos e elementos presentes no ambiente.
Segundo Vygotsky (1984/1987) é a aprendizagem na interação com as outras
pessoas que nos dá a possibilidade de avançar em nosso desenvolvimento psicológico.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
É resultado da acumulação de informações ou capacidade de análise da realidade,
elaboração de propostas criativas relacionamento construtivo e harmônico entre seres
distintos que por natureza cultivam relações de convivência e de complementaridade.
Uma aprendizagem é significativa quando os conteúdos aprendidos são em si
plenos de sentido e quando se encaixam com os esquemas assimilativos, isto é, as
formas de pensamento, do aprendiz.
Acreditamos que a concepção de instituição de Educação Infantil, deva se
ancorar nas ideias de Vygotsky, como local onde as atividades educativas, diferentes
daquelas que ocorrem no cotidiano extra-escolar, são sistematizadas, com
intencionalidade deliberada e compromisso explícito (legitimado historicamente) em
tornar acessível o conhecimento formalmente organizado. Nesse contexto, as crianças
são desafiadas a entender as bases dos sistemas de concepções científicas e a tomar
consciência de seus próprios processos mentais.
As Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos servirá
como referencial da nossa reorganização curricular, tendo como base uma matriz de
habilidades e conteúdos conceituais e sugestões de atividades para fundamentar a
prática pedagógica nas instituições de Educação Infantil deste município.
Em se tratando de diretrizes curriculares e currículo para a Educação Infantil,
citamos a Resolução n. 5 de 2009 – Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil – (BRASIL, 2009), a qual também serve de referencial para este
documento que elaboramos:
Art. 3º O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.
O que nos moveu a elaborarmos este documento pode ser assim resumido:
acreditamos que contribuirá com a prática pedagógica dos professores, das
instituições de Educação Infantil, dos diretores e da equipe diretiva da Secretaria de
Educação e, especialmente, das nossas crianças, visando uma educação de qualidade
para o desenvolvimento da cidadania e da autonomia dos sujeitos – adultos e crianças
– que trabalham ou frequentam a Educação Infantil municipal.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
I PARTE
INFÂNCIA, CRIANÇA E EDUCAÇÃO INFANTIL
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
1. EDUCAÇÃO INFANTIL: PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A escola brasileira vem sendo marcada pelo fracasso e pela evasão escolar.
Alunos que são vítimas de seus pais, professores e a sociedade, em geral. Alunos são
rotulados por repetirem várias vezes a mesma série escolar ou são expulsos por terem
hábitos que fogem ao protótipo da educação formal, reforçando, cada vez mais, a
baixa autoestima.
De acordo com o documento elaborado pelo Ministério da Educação/Secretaria
de Educação Especial apresenta a Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), o movimento mundial pela inclusão
deve ser considerado como uma ação política, cultural, social e pedagógica,
desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo
e participando, sem nenhum tipo de discriminação. Tal processo visa acompanhar os
avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir políticas públicas
promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos.
O documento acima estabelece que a educação inclusiva, assim compreendida,
constitui-se em um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos
humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança
em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da
produção da exclusão dentro e fora da escola.
Resolução n. 4 (BRASIL, 2010) que define as Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica, seu Art. 22, trata da seção da Educação Infantil,
estabelece que:
§ 1º As crianças provêm de diferentes e singulares contextos socioculturais, socioeconômicos e étnicos, por isso devem ter a oportunidade de ser acolhidas e respeitadas pela escola e pelos profissionais da educação, com base nos princípios da individualidade, igualdade, liberdade, diversidade e pluralidade. § 2º Para as crianças, independentemente das diferentes condições físicas, sensoriais, intelectuais, linguísticas, étnico-raciais, socioeconômicas, de origem, de religião, entre outras, as relações sociais e intersubjetivas no espaço escolar requerem a atenção intensiva dos profissionais da educação, durante o tempo de desenvolvimento das atividades que lhes são peculiares, pois este é o momento em que a curiosidade deve ser estimulada, a partir da brincadeira orientada pelos profissionais da educação.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Segundo a Resolução n. 5 de 17 de dezembro de 2009, (BRASIL, 2009) a
Educação Infantil deve promover a igualdade de oportunidades educacionais entre
crianças de diferentes classes sociais, credo, cor, raça ou deficiências no que se refere
ao acesso a bens culturais e as possibilidades da vivência na infância, construindo
novas formas de sociabilidade e subjetividade comprometidas com a ludicidade,
democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de
dominação socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa.
Para que esse objetivo se efetive, as propostas pedagógicas da Educação
Infantil deverão prever condições para o trabalho coletivo e para a organização de
materiais, espaços e tempos que assegurem tais propostas.
Completando esta idéia, a Resolução n. 4 de 13 de julho de 2010 (Brasil, 2010)
evidencia esforços promovendo ações a partir das quais as unidades de Educação
Infantil sejam dotadas de condições para acolher estas crianças em estreita relação
com a família, com agentes sociais, com a sociedade promovendo programas e
projetos em parceria, formalmente estabelecidos.
Segundo Montoan (2003, p. 22), de nada adianta, contudo, admitir o acesso de
todos nas escolas, sem garantir o prosseguimento da escolaridade, até o nível que cada aluno
for capaz de atingir. Para autora,
ao contrário do que alguns pensam, não há inclusão, quando a inserção de um aluno é condicionada à matrícula em uma escola ou classe especial. A inclusão deriva de sistemas educativos que não são recortados nas modalidades regular e especial, pois essas se destinam a receber alunos aos quais impomos uma identidade, uma capacidade de aprender, de acordo com suas características pessoais.
Portanto, a inclusão é uma realidade que implica em um esforço de
modernização e de reestruturação das condições atuais da maioria das nossas
instituições educativas, que envolvem desde a estrutura física e material das
instituições educativas quanto à concepção e formação de profissionais envolvidos.
2. APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
De acordo com a Resolução n. 5, de 17 de dezembro de 2009 (BRASIL, 2009), a
proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
garantir à criança acesso aos processos de apropriação, renovação e articulação de
conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à
proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à
convivência e à interação com outras crianças, sendo que as propostas pedagógicas
das instituições de Educação Infantil deverão prever condições para o trabalho e para a
organização de materiais, espaços e tempos que assegurem a educação das crianças e
sua integridade.
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL,
1998, Vol. 1, 2 e 3), os assuntos trabalhados com as crianças devem guardar relações
específicas com os níveis de desenvolvimento das crianças em cada grupo e faixa
etária e, também, respeitar e propiciar a amplitude das mais diversas experiências em
relação aos eixos de trabalho propostos.
O processo que permite a construção de aprendizagens significativas pelas
crianças requer uma intensa atividade interna. Nesse processo, as crianças podem
estabelecer relações entre novos conteúdos e os conhecimentos prévios, usando para
isso os recursos de que dispõem. Para se desenvolver, portanto, as crianças precisam
aprender com os outros, por meio dos vínculos que estabelecem. As aprendizagens
acontecem na interação com as outras pessoas, sejam elas adultas ou crianças.
As crianças se utilizam da imitação, do faz-de-conta, da oposição, da linguagem
e da apropriação da imagem corporal para se expressarem e interagirem com seu
meio. Por isso, destacamos a importância da Educação Infantil de promover
experiências significativas de aprendizagem, por meio de um trabalho com as
interações citadas e também com outras formas de linguagem, como a linguagem oral
e escrita.
Isto se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de
comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação
está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas as quatro
competências lingüísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever, associadas as demais
formas de linguagem e expressão infantil.
Segundo Bassedas (et al, 1999) podemos destacar que, no processo de ajuda,
de cuidado dedicado a uma criança pequena, os educadores e os pais atuam de uma
maneira ou outra, conforme entendem implicitamente que seja seu papel no processo
22
Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
de estimulação dessa criança. Para as autoras é necessário que as crianças
desenvolvam suas aptidões e até possam antecipar suas capacidades, a partir de um
processo de observação constante dos aspectos que estejam incorporando, para
conseguirem aprimorar e evoluir em suas aprendizagens.
Segundo a Resolução n. 4 de (BRASIL, 2010) a Educação Infantil tem por
objetivo o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físicos, afetivo,
psicológico, intelectual, social, complementando a ação da família e sociedade.
Oliveira (BRASIL, 2010) observa que a criança se desenvolve nas interações,
relações e práticas cotidianas a ela disponibilizadas e por ela estabelecidas com
adultos e crianças de diferentes idades nos grupos e contextos culturais nos quais se
insere.
A atividade da criança não se limita à passiva incorporação de elementos da
cultura, mas ela afirma sua singularidade atribuindo sentidos a sua experiência através
de diferentes linguagens, como meio para suas aprendizagens e o seu
desenvolvimento em diversos aspectos. (afetivo, cognitivo, motores e sociais).
A criança desde pequena não só se apropria de uma cultura, mas o faz de um
modo próprio, construindo cultura, por sua vez.
3 OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO DE ANTÔNIO CARLOS
Temos como objetivo geral o trabalho pedagógico pautado no Educar e Cuidar
das crianças, visando complementar a ação da família, buscando garantir os seus
direitos das crianças, respeitando as múltiplas dimensões do ser humano presente
nelas, procurando ampliar o seu repertório cultural, e tendo por base as interações
estabelecidas no contexto educativo institucional, trabalhando sempre na perspectiva
de contemplar as múltiplas linguagens.
Além desse, temos os seguintes objetivos específicos:
Incluir no trabalho cotidiano os diferentes elementos que as educadoras, as
crianças e suas famílias trazem para o grupo, a partir de suas realidades sociais;
Ampliar o conhecimento de mundo e sobre o mundo que a criança tem;
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Desencadear um modo de atuar que garanta os direitos da criança (ECA –
BRASIL, 1991);
Favorecer a participação das crianças no planejamento das atividades e
brincadeiras;
Proporcionar atividades cooperativas a partir de constantes negociações;
Desenvolver atividades que propiciem vivências variadas e ricas que envolvam
o contexto físico e social;
Colocar à disposição das crianças os mais variados materiais portadores de
textos;
Favorecer e consolidar a autonomia das crianças no que se refere ao vestuário,
hábitos de higiene e alimentação, cuidados com os seus pertences e os da
instituição;
Levar a criança a desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma
cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção
de suas limitações;
Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e
necessidades;
Trabalhar na perspectiva da educação inclusiva, acolhendo a todas as
diferenças: sociais, culturais, étnicas, econômicas, de gênero, físicas, estéticas,
familiares, dentre outras.
4 A ESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO, ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E A SELEÇÃO DE MATERIAIS
Ao discutirmos sobre as Diretrizes para a Educação Infantil não podemos deixar
de considerar que a organização do espaço e do tempo é fundamental para o
desenvolvimento integral da criança.
Segundo Oliveira (2007) o ambiente infantil deve ser planejado para dar
oportunidade às crianças desenvolverem domínio e controle sobre o lugar que
ocupam, fornecendo instalações físicas convenientes para que as crianças satisfaçam
suas necessidades, explorem e façam novas descobertas: tomar água, pegar roupas e
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
toalhas, acender e apagar luzes, ter fácil acesso a prateleiras e estantes com materiais,
sem assistência constante.
A respeito da organização das atividades no tempo, de acordo com Craidy (et
al, 2001), para dispor tais atividades no tempo é fundamental organizá-las tendo
presente as necessidades biológicas das crianças como as relacionadas ao repouso, à
alimentação, à higiene e a sua faixa etária, às necessidades psicológicas, que se
referem às diferenças individuais como por exemplo, o tempo e o ritmo que cada um
necessita para realizar as tarefas propostas, as necessidades sociais e históricas que
dizem respeito à cultura e ao estilo de vida.
Ainda referente à organização do tempo e do espaço, não se pode deixar de
citar que a brincadeira é fundamental para que a criança se desenvolva plenamente.
Então, se faz necessário que os brinquedos estejam organizados num espaço amplo,
onde as crianças possam brincar e manipular os objetos que estão a sua volta.
Quanto à organização do ambiente observamos que, na maioria das vezes das
vezes, os ambientes infantis têm sido pobremente planejados, pois geralmente são
orientados para atender as necessidades do adulto e do grupo como um todo,
desconsiderando as necessidades próprias das crianças, principalmente em instituições
onde se registra muito o desenvolvimento da identidade pessoal.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, Vol.
1, p. 17, 18 e 66) trata acerca da organização do tempo e espaço e esclarece que estes
pontos – organização do tempo e do espaço – são essenciais na prática pedagogia
cotidiana das instituições de Educação Infantil.
Oliveira (BRASIL, 2010, p. 11) salienta a relevância de se organizar os espaços,
tempos, materiais e as interações nas atividades realizadas para que as crianças
possam expressar sua imaginação nos gestos, no corpo, na oralidade e/ou na língua de
sinais, no faz de conta, no desenho, na dança, em suas primeiras tentativas de escrita.
Ao organizar um ambiente e adotar atitudes e procedimentos de cuidado com
a segurança, conforto e proteção da criança na instituição, os professores oferecem
oportunidades para que ela desenvolva atitudes e aprenda procedimentos que
valorizem seu bem-estar. Tanto a creche quanto a pré-escola precisam considerar os
cuidados com a ventilação, insolação, segurança, conforto, estética e higiene do
ambiente, objetos, utensílios e brinquedos (BRASIL, 1998, Vol. 2, p. 51).
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Para tanto, adequado seria que o espaço para alimentação fosse fora do espaço
de atividades ou que as instituições de Educação Infantil tivessem espaços disponíveis
para organizarem suas atividades, levando em consideração o espaço e o tempo como
categorias pedagógicas.
4.1 CUIDAR E EDUCAR
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, Vol. 1)
e os debates em nível nacional e internacional, apontam para a necessidade de que as
instituições de Educação Infantil incorporem de maneira integrada as funções de
educar e cuidar.
Educar, significa propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagens
orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das
capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma
atitude básica de aceitação, respeito e confiança, pelas crianças, aos conhecimentos
mais amplos da realidade social e cultural. A educação poderá auxiliar no
desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimentos das
potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas que contribuem para
a formação de crianças.
Cuidar significa valorizar e ajudar o outro a desenvolver capacidades. Para
cuidar é preciso estar comprometido com o outro, com sua singularidade ser solidário
com suas necessidades confiando em suas capacidades. Disto depende a construção
de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado.
Bazílio e Kramer (2003) relatam que educar e cuidar tornaram-se não só o
objetivo da educação de crianças de zero a seis anos, mas também a sua
especificidade. Não é possível educar sem cuidar. Considerando que quando você
educa você cuida. Isto constitui uma conquista à Educação Infantil como um espaço de
proposta pedagógica/educativa e não apenas de cuidado/assistência.
É possível uma educação como prática de liberdade, como dizia Paulo Freire
(1996): Nela, o conhecimento existe para ajudar as pessoas (também as crianças
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
pequenas) o criar e a imaginar, e não para aprisioná-las em mesas e cadeiras. Se cuidar
tem o sentido de cogitar e se educar se refere à dimensão física, intelectual e moral, já
não será hora de assumir o educar, entendendo que abrange as duas dimensões? Sim,
certamente! Esta é a concepção que norteia as Diretrizes Curriculares para a Educação
Infantil do município de Antônio Carlos: cuidar e educar são indissociáveis na Educação
Infantil.
4.2 BRINCAR: A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 2010, Vol. 1,
2 e 3), afirmam que para as crianças exercerem sua capacidade de criar é
imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas
nas instituições.
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com
aquilo que é o não brincar. Neste sentido, para brincar é preciso apropriar-se de
elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos significados. Essa
peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a
imitação da realidade.
Ainda de acordo com o Referencial acima, a brincadeira favorece a autoestima
das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma
criativa.
Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam
anteriormente em conceitos gerais com os quais brincam. Seus conhecimentos
provêm da imitação de alguém ou de algo conhecido, de uma experiência vivida na
família ou em outros ambientes, no relato de algum amigo, de cenas da televisão,
enfim da sua realidade, etc.
Dorneles (2001) afirma em seu texto que, “na Educação Infantil todo mundo
brinca se você brinca”. Esclarece o autor que é através do faz-de-conta que a criança
pode, também, reviver situações que lhe causam excitação, alegria, medo, tristeza,
raiva ou ansiedade. Através deste jogo mágico, ela pode expressar e trabalhar as fortes
emoções. O brinquedo de faz de conta, normalmente é garantido na sala de aula, com
a família e com o educador.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Mesmo as mais simples brincadeiras, mesmo aquelas que fazemos com os
bebês, são estímulos importantes para o desenvolvimento infantil, afirma Moraes
(2002). Enquanto a criança brinca, a mente de trabalha, desenvolvendo conexões
elaboradas. O brincar é um direito básico para a formação saudável de qualquer
criança, reconhecido pela ONU – Organização das Nações Unidas.
Orienta Sobral (2003) que o brincar tem, hoje, sua importância reconhecida por
estudiosos, educadores, organismos governamentais nacionais e internacionais. A
Declaração Universal dos Direitos da criança aprovada na Assembléia Geral das Nações
Unidas em 1959, no artigo 7º ao lado do direito à educação, enfatiza o direito de
brincar. “Toda criança tem o direito a brincar e a divertir-se, cabendo à sociedade e as
autoridades públicas garantirem a ela o exercício pleno desse direito”.
4.3 A UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO RECURSOS DIDÁTICOS
A utilização de jogos e brincadeiras no ensino permite que as crianças
aprendam a conviver melhor em grupo, aceitando e auxiliando o outro em suas
dificuldades. Ainda aprendem a lidar com o erro como fonte de aprendizado, com a
necessidade de paciência e concentração, além da importância de se ter disposição
para enfrentar desafios.
Kishimoto (1994), traz as seguintes definições para os termos brinquedo,
brincadeiras e jogo infantil.
Brinquedo: entendido sempre como objeto, suporte de brincadeira, (descrição
de uma conduta estruturada, com regras). Jogo infantil (para designar tanto o objeto e
as regras do jogo da criança – brinquedo e brincadeiras). O brinquedo é o suporte da
uma brincadeira, seja ela qual for. O brinquedo tem sempre como referencial a criança
e sua história está ligada com a história da criança.
Entre os vários números de jogos que se encontram na classificação, o que
aparece, frequentemente, são: os tradicionais infantis, os jogos de regras, os de
construção, e os de faz de conta. (KISHIMOTO, 2003, p. 23).
Citamos algumas características dos jogos segundo a teoria histórico-cultural:
O jogo completa as necessidades da criança;
O prazer não é a característica definitiva do jogo;
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Constitui-se “jogo” o surgimento de um mundo imaginário;
A imaginação surge de ação, a criança imagina e ao imaginar joga;
Sempre que se produza uma situação imaginária, haverá regras (sem regras
não há jogo);
O jogo é fator básico do desenvolvimento;
A criança avança através da atividade lúdica, criando “Zona de
Desenvolvimento Proximal”. A Zona de Desenvolvimento Proximal são
funções que ainda não amadureceram, mas se encontram em processo
(VYGOTSKY, 1984; 1987).
Em sintonia com as informações expostas acima que pretendemos considerar
os jogos como recurso pedagógico nas instituições de Educação Infantil do nosso
município.
4.4 ROTINAS E ATIVIDADES PERMANENTES
Barbosa (2006) afirma que, muitas vezes, as rotinas presentes nas propostas
pedagógicas e nas práticas das instituições de Educação Infantil, tornam-se um
elemento indiscutível por estarem profundamente ligadas a uma tradição social e
educacional. Por tal motivo, não fazem assim, parte das discussões pedagógicas, das
teorizações da Educação Infantil e de uma tomada consciente de decisão do educador
ou da equipe de trabalho das instituições de educação e cuidados das crianças
pequenas.
Nelas estão presentes, principalmente, os hábitos consolidados devido à inércia
institucional, hábitos indiscutíveis, fruto da tradição e de um saber consolidado na
prática.
Para a autora é preciso, portanto, fazer uma releitura das atividades de rotina e
procurar verificar que outros elementos estão contidos nelas e que acabam dando a
rotina tanto poder na pedagogia da Educação Infantil. Tornando-se, assim, de
fundamental importância no cotidiano escolar.
Podemos compreender as atividades permanentes como sendo parte das
rotinas nas instituições de Educação Infantil. Segundo o Referencial Curricular Nacional
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
para Educação Infantil (BRASIL, 1998, Vol. 1, 2 e 3), as atividades permanentes são
aquelas que respondem às necessidades básicas de cuidados, aprendizagem e de
prazer para as crianças, cujos conteúdos necessitam de uma constância.
A escolha dos conteúdos que definem o tipo de atividades permanentes a
serem realizadas com frequência regular, diária ou semanal, em cada grupo de
crianças, depende das prioridades elencadas, a partir da proposta curricular da
instituição de Educação Infantil. Consideram-se atividades permanentes, dentre
outras:
Brincadeiras no espaço interno e externo da sala;
Roda de história;
Roda de conversas;
Atiliês ou oficina de desenho, pintura, modelagem e música.
Citamos ainda as situações de alimentação, higiene (troca de fraudas, lavar as
mãos, escovar os dentes, etc), descanso, organização da sala e outras tantas que fazem
parte da rotina diária da Educação Infantil.
Por isso, podemos dizer que existem diferentes formas de rotina na pedagogia
da Educação Infantil, como a rotina anual, a semanal, a sazonal e outras.
4.5 SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES
A construção da identidade e a conquista da autonomia pelas crianças são
processos que demandam tempo e respeito as suas características individuais. Nessa
medida, algumas atividades propostas de forma sequenciada podem ajudá-las nesse
processo.
Considerando-se que são muitas as possibilidades de trabalho que envolvem
este eixo, pois, estão associadas às diversas características pessoais, culturais e sociais
dos grupos de crianças, pensar nas sequências de atividades, implica planejar
experiências que são organizam em etapas diferenciadas e com graus de dificuldades
diversos. Estas sequências derivam de um conteúdo retirado de um dos eixos a serem
trabalhadas das nossas Diretrizes Curriculares da Educação Infantil de Antônio Carlos e
estão, necessariamente, dentro de um contexto específico.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Assim, esclarecemos que nossa prática pedagógica junto às crianças da
Educação Infantil de Antônio Carlos, tem como eixo didático-metodológico a sequência
de atividades.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
II PARTE
EIXOS DE TRABALHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
1. ORGANOGRAMA DOS EIXOS DE TRABALHO
Os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 1998,
Vols. 1, 2 e 3) observam que utilizam para definir os objetivos gerais da Educação
Infantil alguns eixos de trabalho que estão ancorados em dois âmbitos de experiências:
Formação Pessoal e Social e Conhecimento de Mundo.
As Diretrizes Curriculares de Antônio Carlos estão organizadas, levando-se em
consideração a referência acima, através de dois eixos de trabalho. Um identificado
como Formação Pessoal e Social, onde se trabalha com a construção, ampliação da
identidade e autonomia das crianças; e o outro, identificado como Conhecimento de
Mundo, onde se contempla as múltiplas linguagens na infância.
1.1 EIXO DE TRABALHO: FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
1.1.1 Identidade e Autonomia
De acordo com o Referencial Curricular Nacional (BRASIL, 1998, Vol. 2) a
construção da identidade e da autonomia diz respeito ao conhecimento,
EIXO DE TRABALHO:
FORMAÇÃO
PESSOAL E SOCIAL
Identidade e Autonomia
EIXO DE TRABALHO:
CONHECIMENTO DE
MUNDO
Múltiplas Linguagens:
Expressão corporal:
Movimento e Recreação
Linguagem Oral e
Escrita
Música
Natureza e Sociedade
Matemática
Artes
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
desenvolvimento e uso dos recursos pessoais para fazer frente às diferentes situações
da vida.
A identidade é um conceito do qual faz parte a ideia, de uma marca de
diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as características
físicas, modo de agir e de pensar e da história pessoal. Sua construção é gradativa e se
dá por meio de interações sociais estabelecidas pela criança, nas quais ela,
alternadamente, imita e se funde com o outro para diferenciar-se dele, em seguida,
muitas vezes, utilizando-se da oposição.
A fonte original da identidade está naquele círculo de pessoas com quem a
criança interage no início da vida. Em geral, a família é a primeira matriz de
socialização. Ali, cada um possui traços que o distingue dos demais elementos, ligados
à posição que ocupa, ao papel que desempenha, às suas características físicas, ao seu
temperamento, as relações específicas com pai, mãe e outros membros.
A criança participa de outros universos sociais, como festas e outros, ou seja,
pode ter as mais diversas vivências, das quais resultam um repertório de valores,
crenças e conhecimentos. Uma das particularidades da sociedade brasileira é a
diversidade étnica e cultural.
O ingresso na instituição de Educação Infantil pode alargar o universo inicial das
crianças, de aprender novas brincadeiras, de adquirir conhecimentos sobre realidades
distantes.
A autonomia, definida como a capacidade de se conduzir e tomar decisões por
si próprio, levando em conta regras, valores, sua perspectiva pessoal, bem como a
perspectiva do outro. Conceber uma educação em direção à autonomia significa
considerar as crianças como seres com vontade própria, capazes e competentes para
construir conhecimentos e, dentro de suas possibilidades, interferir no meio em que
vivem. O complexo processo de construção da identidade e da autonomia depende
tanto das interações socioculturais como da vivência de algumas experiências
consideradas essenciais, associadas a fusão e diferenciação, construção de vínculos e
expressão da sexualidade.
1.2 EIXO DE TRABALHO: CONHECIMENTO DE MUNDO (MÚLTIPLAS LINGUAGENS)
34
Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
1.2.1 Expressão Corporal: Movimento e Recreação
De acordo com a Resolução n. 5 de 17 de dezembro de 2009, (BRASIL, 2009), o
Capítulo VI, afirma que a Educação Infantil deve contemplar os deslocamentos e os
movimentos amplos das crianças nos espaços internos e externos às salas de
referências das turmas e a instituição.
O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura
humana. As crianças se movimentam desde que nascem, ao movimentar-se expressam
sentimentos, emoções e pensamento, ampliando as possibilidades do uso significativo
de gestos e posturas corporais.
O movimento humano é mais do que simples deslocamento do corpo no
espaço, constitui-se em uma linguagem que permite às crianças agirem sobre o meio
físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu
teor expressivo.
Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças também se
apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão inseridas.
As instituições de Educação Infantil devem favorecer um ambiente físico e
social onde as crianças se sintam protegidas, e ao mesmo tempo seguras para se
arriscar e vencer desafios.
O movimento para a criança pequena significa muito mais que mexer partes do
corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos
gestos e das mímicas faciais e interage utilizando-se fortemente do apoio do corpo. A
dimensão corporal integra-se ao conjunto da atividade da criança. O ato motor faz-se
presente em suas funções expressiva, instrumental ou de sustentação às posturas e
aos gestos. Neste sentido, é importante que o trabalho incorpore a expressividade e a
mobilidade próprias às crianças.
1.2.2 Linguagem oral e escrita
Este eixo de trabalho envolve a oralidade, a leitura e a escrita – ainda que não
convencionais – e a compreensão dos seus significados como um todo. Por meios
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
dessas linguagens, as crianças desenvolvem suas potencialidades e riquezas, as quais
ela utiliza como mediadores das suas interações cotidianas.
1.2.3 Artes
Sobre esta linguagem o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
(BRASIL, 1998, Vol.3) propõe que as Artes expressam, comunicam e atribuem sentido
a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por meio de diversos modos: da
organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional como tridimensional, além
de volume, espaço, cor e luz na pintura, no desenho, na escultura, na gravura, na
arquitetura, nos brinquedos, bordados, entalhe, no teatro, na dança, etc.
Para tanto, considera-se que o movimento, o equilíbrio, o ritmo, a harmonia, o
contraste, a continuidade, a proximidade e a semelhança são atributos da criação
artística, os quais as crianças manifestam em diferentes situações de modo
espontâneo ou por atividades intencionalmente organizadas pelos professores. A
integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, intuitivos, estéticos e cognitivos, assim
como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo às
Artes.
As Artes estão presentes no cotidiano da vida infantil. Ao rabiscar e desenhar
no chão, na areia e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso (gravetos,
pedras, carvão), ao pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança pode
utilizar-se das Artes para expressar experiências sensíveis e deixam fruir o seu fazer
artístico (BRASIL, 1998, Vol. 3).
1.2.4 Natureza e sociedade
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, p.
163, Vol.3), afirma que o mundo onde as crianças vivem se constitui em um conjunto
de fenômenos sociais e naturais indissociáveis, diante do qual elas se mostram
curiosas e investigativas.
Desde muito pequenas, pela interação com o meio natural e social, no qual
vivem, as crianças aprendem sobre o mundo fazendo perguntas e elaborando
respostas para suas indagações e questões.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Muito são os temas pelos quais as crianças se interessam: pequenos animais,
bichos de jardins, dinossauros, tempestades, tubarões, castelos, heróis, festas da
cidade, programas de televisão, notícias da atualidade, festas da cidade, histórias de
outros tempos, etc.
As vivências sociais, as histórias, os modos de vida, os lugares e o mundo
natural são para as crianças parte de um todo integrado.
O eixo de trabalho denominado Natureza e Sociedade reúne temas pertinentes
ao mundo social e natural. A intenção é que o trabalho ocorra de forma integrada, ao
mesmo tempo em que são respeitadas as especificidades das fontes, abordagens e
enfoques advindos dos diferentes campos das Ciências Humanas.
1.2.5 Matemática
As crianças, desde o nascimento, estão imersas em um universo do qual os
conhecimentos matemáticos estão presentes. O Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. Vol. 3), reforça a importância de as crianças
participarem de uma série de situações envolvendo números, relações entre
quantidades, noções sobre espaço e que possam utilizar-se de recursos próprios e
mesmo não convencionais para resolverem questões e situações do seu cotidiano.
O documento citado, observa ainda que a criança recorre à contagem e
operações para resolver problemas do seu dia-a-dia em diversas situações, como
conferir figurinhas, marcar e controlar os pontos de um jogo, repartir as balas entre os
amigos, mostrar com os dedos a idade, manipular o dinheiro e operar com ele, etc. De
igual modo, também observam e atuam no espaço ao seu redor e, aos poucos, vão
organizando seus deslocamentos, descobrindo caminhos, estabelecendo sistemas de
referência, identificando posições e comparando distâncias. Essa vivência inicial
favorece a elaboração de conhecimentos matemáticos.
1.2.6 Música
A música, juntamente com a dança, pode ser entendida como uma das formas
mais antigas de manifestações humanas. Faz parte da educação desde há muito
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
tempo, sendo que, já na Grécia antiga, era considerada como fundamental para a
formação dos futuros cidadãos, ao lado da matemática e da filosofia. A música está
presente em todas as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações,
rituais religiosos, manifestações cívicas e políticas, etc, afirma o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, Vol. 3).
De acordo com a referência acima, podemos afirmar que a música consiste em
uma linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar
sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento
expressivo entre o som e o silêncio.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
III PARTE
A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
1. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A avaliação é um importante instrumento para que o professor possa obter dados
sobre o processo de aprendizagem de cada criança, reorientar sua prática e elaborar
seu planejamento, propondo situações capazes de gerar novos avanços na
aprendizagem das crianças.
Para nós, a avaliação deve ocorrer de forma sistemática e contínua ao longo de
todo o processo de aprendizagem das crianças.
Conforme esclarece BASSEDAS (et al 1999, p.176) “a avaliação formativa insere-
se no processo educativo e tem a finalidade de proporcionar informações que servem
para ajustar ou mudar a prática educativa”.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, sancionada em dezembro de 1996,
estabelece, na seção “referente à Educação Infantil, artigo 31 que: “a avaliação far-se-á
mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção, mesmo para acesso ao ensino fundamental”.
Resolução de n. 5, de 17 de dezembro de 2009 (BRASIL, 2009), contempla que
as instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento
do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem
objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo:
1 – a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano: II – utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc).
A observação e o registro se constituem nos principais instrumentos de que o
professor dispõe para apoiar sua prática. A observação e o registro fornecem aos
professores uma visão integral das crianças ao mesmo tempo em que revelam suas
particularidades.
Assim, a avaliação que realizamos não se dá somente ao final do trabalho. É
tarefa permanente do professor, instrumento indispensável à constituição de uma
prática pedagógica e educacional verdadeiramente comprometida com o
desenvolvimento das crianças.
O registro é entendido como fonte de informações valiosa sobre as crianças,
em seu processo de aprender, e sobre o professor, em seu processo de ensinar. O
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
registro é o acervo de conhecimentos do professor, que lhe possibilita recuperar a
história do que foi vivido, tanto quanto lhe possibilita avaliá-la propondo novos
encaminhamentos.
1.1 DEVOLUTIVAS DE AVALIAÇÃO: INTEGRAÇÃO INSTITUIÇÃO E FAMÍLIAS, ATIVIDADES
DE REGISTROS E O PARECER DESCRITIVO
A integração entre a instituição e as famílias é de fundamental importância
para que o trabalho pedagógico ocorra de modo a favorecer as aprendizagens e
desenvolvimento das crianças. “Os pais são as pessoas que mais conhecem as crianças
e que entendem muito sobre como cuidá-las”. Isto pode facilitar o relacionamento.
Assim, faz-se necessário “(...) estabelecer uma relação de confiança com as famílias,
deixando claro que o objetivo é a parceria de cuidados e educação visando ao bem-
estar da criança” (BRASIL, 1998, p. 80, Vol. 1).
É possível integrar o conhecimento das famílias nos projetos e demais atividades pedagógicas. Não só as questões culturais e regionais podem ser inseridas nas programações por meio da participação de pais e demais familiares, mas também as questões afetivas e motivações familiares podem fazer parte do cotidiano pedagógico. Por exemplo, a história da escolha do nome das crianças, as brincadeiras preferidas dos pais na infância, as histórias de vida etc. podem tornar-se parte integrante de projetos a serem trabalhados com as crianças.
(BRASIL, 1988, p. 79, Vol. 1).
Na Educação Infantil de Antônio Carlos, além dos diálogos estabelecidos no
dia-a-dia com as famílias, onde os professores repassam aspectos do ocorrido com a
criança, são marcados encontros trimestrais para atendimento individual às famílias
das crianças. De modo geral, tais encontros acontecem quando as famílias vêm até a
instituição buscar as avaliações descritivas (Parecer Descritivo) das crianças.
O Parecer Descritivo é elaborado e entregue à família da criança
trimestralmente. Diz respeito a uma avaliação individual, levando-se em conta cada
criança em sua singularidade e com apreciações e observações qualitativas.
Nesses encontros trimestrais as famílias também recebem, além do Parecer
Descritivo do seu filho/a, as atividades de registros – em folhas ou apostiladas –
realizadas pela criança ao longo do trimestre.
41
Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
Outro aspecto que une a parceria instituição e família refere-se à socialização
de atividades realizadas pelas crianças, onde as famílias são convidadas a participarem:
apresentações artístico-culturais, alguma atividade desenvolvida envolvendo as
linguagens trabalhadas durante um certo período do ano letivo.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
IV PARTE
CONTEÚDOS CONCEITUAIS, HABILIDADES/OBJETIVOS, ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS (SUGESTÕES DE TEMAS
E/OU ATIVIDADES) NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
1. EIXO DE TRABALHO: FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
1.1 IDENTIDADE E AUTONOMIA
1.1.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos)
Participar de situações diversas, utilizando os recursos de que dispõem para a
satisfação de suas necessidades essenciais, expressando seus desejos,
sentimentos, vontades e desagrados, e agindo com progressiva autonomia;
Perceber sua imagem corporal, conhecendo progressivamente seus limites,
sua unidade e as sensações que ele produz;
Cuidar do próprio, buscando progressiva autonomia e realizando ações
simples relacionadas à saúde e higiene;
Vivenciar o tempo e o espaço na instituição por meio do brincar;
Estabelecer vínculo de amizade e convívio progressivamente com mais
crianças, com seus professores e com demais profissionais da instituição,
demonstrando suas necessidades e interesses.
1.1.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos)
Nome;
Imagem;
Independência e Autonomia;
Respeito à diversidade;
Identidade e gênero;
Interação;
Jogos e Brincadeiras;
Cuidados pessoais.
1.1.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3 anos)
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Atividades com o nome das crianças: dirigir-se a criança pelo seu correto.
Destacar os espaços e objetos pessoais de cada criança com a identificação do
nome próprio das mesmas. Realizar brincadeira, brinquedos cantados onde os
nomes das crianças são pronunciados. Chamada pela foto/imagem e nome das
crianças em fichas a serem fixadas em locais da sala.
Atividades com o imagem/corpo das crianças: O espelho é um excelente
instrumento na construção e na afirmação da imagem corporal recém-
formada: é na frente dele que meninos e meninas poderão se fantasiar,
assumir papéis, brincar de serem pessoas diferentes, e olhar-se,
experimentando todas essas possibilidades.
Atividades para independência e autonomia das crianças: Proporcionar
situações onde a criança possa escolher brinquedos, atividades,
companheiros, materiais, alimentos, etc;
Criar situações para que prestem ajuda umas às outras — para calçar o sapato,
para alcançar um objeto, para fazer um desenho, para escrever uma palavra,
etc;
Situações em que as crianças sejam solicitadas a colaborar com o bom
andamento das atividades: organizar os brinquedos, distribuir tarefas,
materiais para que transformem o espaço numa oficina de artes plásticas, ou
que arrumem a mesa para o almoço ou lanche, etc.
Atividades respeitando às diversidades das crianças: criar situações que
valorizem as diferenças de temperamento, de habilidades e de
conhecimentos, diferenças físicas, culturais, diferenças de gênero, de etnia e
credo religioso, entre outras.
Atividades contemplando as diferenças de gênero: a atitude básica é
transmitir, por meio de ações e encaminhamentos, valores de igualdade e
respeito entre as pessoas de sexos diferentes e permitir que a criança brinque
com as possibilidades relacionadas tanto ao papel de homem como ao da
mulher.
Atividades de interação entre as crianças: Interação com crianças da mesma
idade ou de idades diferentes em situações diversas. Para as crianças que
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ainda não andam sozinhas, não mantê-las por longos períodos no berço.
Acomodá-las em colchões ou almofadas espalhadas pelo chão de onde possam
se enxergar mais facilmente, arrastar-se em direção ao parceiro, emitir
balbucios ou sorrisos. Deixar à disposição das crianças objetos atraentes.
Atividades que envolvam brincadeira e brinquedos diversos e faz-de-conta
para a interação entre as crianças.
1.1.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos)
Obter uma imagem positiva de si, ampliando sua autoconfiança, percebendo,
cada vez mais, suas limitações e possibilidades, e interagindo de acordo com
elas;
Perceber e enfrentar situações de conflitos, utilizando seus recursos pessoais,
respeitando as outras crianças e adultos e exigindo reciprocidade;
Participar de ações de cooperação e solidariedade, desenvolvendo atitudes de
ajuda e colaboração, compartilhando suas vivências e percebendo-se como
alguém importante no grupo;
Vivenciar o brincar;
Ter hábitos de autocuidado, valorizando as atitudes relacionadas com a
higiene, alimentação, conforto, segurança, proteção do corpo e cuidados com
a aparência;
Identificar e compreender a sua pertinência aos diversos grupos dos quais
participam, respeitando suas regras básicas de convívio social e a diversidade
que os compõe.
1.1.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos)
Ampliar e aprofundar os conteúdos abaixo, contemplados no trabalho com as
crianças de 0 a 3 anos de idade:
Nome;
Imagem;
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Independência e Autonomia;
Respeito à diversidade;
Identidade e gênero;
Interação;
Jogos e Brincadeiras;
Cuidados pessoais.
1.1.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5 anos)
Atividades com o nome das crianças: Vários são os jogos que podem ser
construídos utilizando os nomes próprios, como, por exemplo, bingo, jogo da
memória, dominó, e que podem ser reconstruídos substituindo as letras, as
imagens ou os números, respectivamente, pelo nome dos integrantes do
grupo.
Atividades com o imagem/corpo das crianças: O espelho é um excelente
instrumento na construção e na afirmação da imagem corporal recém-
formada: é na frente dele que meninos e meninas poderão se fantasiar,
assumir papéis, brincar de serem pessoas diferentes, e olhar-se,
experimentando todas essas possibilidades.
Atividades para independência e autonomia das crianças: Proporcionar
situações onde a criança possa escolher brinquedos, atividades,
companheiros, materiais, alimentos, etc. Criar situações para que prestem
ajuda umas às outras — para calçar o sapato, para alcançar um objeto, para
fazer um desenho, para escrever uma palavra etc. Proporcionar situações
onde a criança possa escolher brinquedos, atividades, companheiros,
materiais, alimentos, etc. Criar situações onde a criança seja incentivada a
calçar o sapato, pegar objetos, desenhar, escrever uma palavra, etc. Situações
em que as crianças sejam solicitadas a colaborar com o bom andamento das
atividades: levar um recado objeto até outra sala, organizar os brinquedos,
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distribuir tarefas, materiais para que transformem o espaço numa oficina de
artes plásticas, ou que arrumem a mesa para o almoço ou lanche, etc.
Atividades respeitando às diversidades das crianças: criar situações que
valorizem as diferenças de temperamento, de habilidades e de
conhecimentos, diferenças físicas, culturais, diferenças de gênero, de etnia e
credo religioso, entre outras.
Atividades contemplando as diferenças de gênero: a atitude básica é
transmitir, por meio de ações e encaminhamentos, valores de igualdade e
respeito entre as pessoas de sexos diferentes e permitir que a criança brinque
com as possibilidades relacionadas tanto ao papel de homem como ao da
mulher.
Atividades de interação entre as crianças: Interação com crianças da mesma
idade ou de idades diferentes em situações diversas. Permitir que as crianças
busquem a companhia de outros colegas para suas atividades. Deixar à
disposição das crianças brinquedos e objetos atraentes. Atividades que
envolvam brincadeira e brinquedos diversos e faz-de-conta para a interação
entre as crianças.
2. EIXO DE TRABALHO: CONHECIMENTO DE MUNDO (Múltiplas Linguagens)
2.1 EXPRESSÃO CORPORAL: MOVIMENTO E RECREAÇÃO
2.1.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos)
Vivenciar sessões de estimulação individual, no caso do bebê, nas trocas, na
hora da alimentação, nas brincadeiras, etc.
Usufruir de um ambiente físico e social onde as crianças se sintam protegidas e
acolhidas e ao mesmo tempo seguras para se arriscar e vencer desafios;
Participação em ambiente rico e desafiador, possibilitando a ampliação de
conhecimentos acerca de si mesma, dos outros e do meio em que vivem;
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Manifestar diferentes necessidades, interesses e possibilidades corporais
humanas, na dança, no jogo, nas brincadeiras, nas práticas esportivas, etc;
Perceber as possibilidades e a multiplicidade de funções e manifestação do ato
motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da
motricidade.
2.1.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos)
Expressividade;
Reconhecimento progressivo dos segmentos do próprio corpo;
Exploração de situações de brincadeiras, livres e dirigidas;
Interação do corpo com o espaço: pessoas, ambientes, objetos, etc;
Exploração das possibilidades corporais;
Imaginação e fantasia: o faz-de-conta;
Exploração dos ambientes das salas e da parte externa das mesmas;
Expressões das sensações e ritmos corporais: gestos, posturas, linguagem oral.
2.1.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3 anos)
Atividades como banho e massagem para explorar o próprio corpo, assim
como experimentar diferentes sensações, inclusive junto com outras crianças.
Exploração de diferentes posturas corporais como sentar-se em diferentes
inclinações, deitar-se em diferentes inclinações, deitar-se em diferentes
posições, ficar ereto apoiado na planta dos pés com e sem ajuda, etc.
Situações que promovam a ampliação progressiva da destreza para deslocar-
se no espaço por meio da possibilidade constante de arrastar-se, engatinhar,
rolar, andar, correr, saltar, etc.
Atividades que envolvam gestos relacionados com a compreensão, o encaixe,
o traçado no desenho, o lançamento, etc por meio da experimentação e
utilização de suas habilidades manuais em diversas situações cotidianas.
Promover interações por meio das atividades que resultam das interações
sociais e da relação dos homens com o meio: andar, correr, arremessar, saltar,
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brincar, etc.
2.1.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos)
Ampliar e aprofundar as habilidades e objetivos presentes de 0 a 3 anos de
idade. E, mais:
Ampliar as possibilidades expressão do próprio movimento, utilizando gestos
variados e ritmo corporal.
Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento.
Possibilitar o manuseio dos diferentes materiais e objetos.
Identificar o interesse e o cuidado com o próprio corpo.
2.1.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos)
Ampliar e aprofundar os conteúdos abaixo, contemplados no trabalho com as
crianças de 0 a 3 anos de idade:
Expressividade;
Exploração de situações de brincadeiras, livres e dirigidas;
Interação do corpo com o espaço: pessoas, ambientes, objetos, etc;
Exploração das possibilidades corporais: arrastar-se, andar, correr, subir,
escorregar, etc;
Imaginação e fantasia: o faz-de-conta;
Exploração dos ambientes das salas e da parte externa da mesma;
Expressões das sensações e ritmos corporais: gestos, posturas, linguagem oral.
E, ainda:
Equilíbrio corporal;
Reconhecimento progressivo dos segmentos do próprio corpo: andar, correr,
saltar, escalar brinquedos, etc;
Exploração da paisagem entorno do CEI.
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2.1.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5 anos)
Ampliar e aprofundar os conteúdos abaixo, contemplados no trabalho com as
crianças de 0 a 3 anos de idade:
Possibilitar atividades em que as crianças utilizem gestos posturas e ritmos
para expressar e se comunicar, através de brincadeiras como correr, subir,
descer, escorregar, dançar, jogar bola, etc;
Trabalhar as danças levando em conta a brincadeira, o improviso, a criação de
formas, que compreendam a orientação da professora e o que as crianças
trazem de seus universos sociais e familiares, de maneira que as crianças
possam inventar e reinventar suas danças, seus movimentos;
Possibilitar a criança expressar-se a partir do repertório que é próprio de seu
corpo, de suas vivências, de seu modo de criar coreografias próprias,
referentes ao grupo de amigos ou as suas experiências particulares;
Jogos de regras, de equilíbrio e coordenação, jogos cooperativos e habilidades
desportivas;
Proporcionar às crianças condições de se expressarem com liberdade e de
aperfeiçoarem suas competências motoras;
Permitir às crianças utilizarem indiscriminadamente ambos os lados do corpo,
definição da lateralidade;
Permitir as manifestações da motricidade infantil, compreendendo seu caráter
lúdico e expressivo;
Produzir com as crianças máscaras para encenação teatral em diferentes
tamanhos que podem ser confeccionadas com sacos de papel, cartolina,
papelão, sendo cortadas com tesouras ou rasgadas e decoradas pelas crianças
ou mesmo desenvolvidas previamente com adultos, com roteiros,
personagens e cenários;
Trabalhar as danças levando em conta a brincadeira, o improviso a criação de
formas que compreendam a orientação da professora e o que as crianças
trazem de seus universos sociais e familiares de maneira que as crianças
possam inventar e reinventar suas danças, seus movimentos.
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2.2 LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
2.2.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos)
Reconhecer, progressivamente, a função social da oralidade, leitura e escrita em
diversas situações do cotidiano;
Participar de diferentes situações de comunicação oral para interagir e expressar
sentimentos, narras fatos, solicitar, cantar, recontar histórias, etc;
Interessar-se por histórias e narrativas orais;
Familiarizar, gradativamente, com a escrita por meio de atividades e situações do
cotidiano;
Ter contato com diversos materiais impressos: livros, gibis, folhetos, etc.
Proporcionar às crianças a manifestação de seu desejo de conhecer e de se
apropriar da linguagem escrita desde a mais tenra idade. Reconhecer,
progressivamente, a função social da oralidade, leitura e escrita em diversas
situações do cotidiano;
Participar de diferentes situações de comunicação oral para interagir e
expressar sentimentos, narras fatos, solicitar, cantar, recontar histórias, etc;
Interessar-se por histórias e narrativas orais;
Familiarizar, gradativamente, com a escrita por meio de atividades e situações
do cotidiano;
Ter contato com diversos materiais impressos: livros, gibis, folhetos, etc.
2.2.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos)
Oralidade: conversar, comunicar-se, relatar vivências e expressar desejos,
vontades, necessidades e sentimentos, nas diversas situações de interação
presentes no cotidiano.
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Leitura: diferentes gêneros feita pelos adultos, como contos, poemas,
parlendas, trava-línguas, receitas, rótulos, etc.
Escrita: situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da leitura e da
escrita.
Suportes de escrita e leitura: observação e manuseio de materiais impressos,
como livros, revistas, histórias em quadrinhos, embalagens, rótulos, etc.
2.2.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3 anos)
Atividades de leitura pelo professor, manipulação de textos literários pelas
crianças e/ou professor e conversas sobre eles;
Conversação na hora das trocas, banho, brincadeiras e outras atividades da
rotina da instituição;
Uso de materiais diversos para narrativas, interações e contação de histórias,
leituras e escritas: Histórias para manusear objetos; fantoches, brincadeiras,
sucatas, canções;
Dramatizar histórias, poemas, parlendas, trava-línguas, etc;
Envolver as crianças nas contações de histórias: chamando pelo nome, dando
objetos para que apresentem, usando vestimentas nas crianças, gestos
corporais;
Organizar momentos de leitura livre, ainda que as crianças não leiam
convencionalmente: postura, cuidado com o material impresso, ler imagens;
Situações de leituras pelo professor nas quais se promova imersão da criança
no mundo literário, superando uma visão instrucional, pragmática e
escolarizante da literatura infantil;
Trabalhar com imagens, incentivando a leitura das mesmas e a expressão oral
por parte das crianças;
O professor, ao escolher os livros, deve assegurar, entre outros aspectos, que
as crianças tenham acesso a livros que utilizam materiais, técnicas e recursos
gráficos variados, tais como: desenhos, fotografias, massinhas, gravuras,
colagens;
Incitar a curiosidade e o desejo de conhecer, levar a criança a formular
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perguntas, a verbalizar e a formular suas hipóteses acerca da escrita e dos
suportes de escrita. Apresentar desenhos, fotografias, ilustrações, objetos
para imitar seus sons, ao contar histórias, cantar músicas ou recitar poesias,
ajudando as crianças a entender que os objetos podem ser representados,
introduzindo as crianças no universo simbólico. Considerar e estimular os
rabiscos, os desenhos, os jogos, as brincadeiras de faz-de-conta, considerando
que essas atividades representam, na verdade, a fase inicial da aprendizagem
da língua escrita;
Proporcionar às crianças a manifestação de seu desejo de conhecer e de se
apropriar da linguagem escrita desde a mais tenra idade.
2.2.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos)
Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão,
interessando-se por conhecer vários gêneros orais e escritos e participando de
diversas situações de intercambio social nas quais possa contar suas vivências,
ouvir as de outras pessoas, elaborar e responder perguntas;
Familiarizar-se com a escrita por meio de manuseio de livros, revistas e outros
portadores de textos e da vivência de diversas situações nas quais seu uso se
faça necessário;
Escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor;
Interessar-se por escrever palavras e textos ainda que não de forma
convencional;
Reconhecer seu nome escrito, sabendo identificá-lo nas diversas situações do
cotidiano;
Escolher livros para ler e apreciar;
Oportunizar situações nas quais a leitura e a escrita são instrumentos
fundamentais para as interações;
Incitar a curiosidade e o desejo de conhecer, levar a criança a formular suas
hipóteses acerca da escrita e dos suportes de escrita;
Utilizar objetos para imitar, sons, música, poesia, ajudando as crianças a
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entenderem que os objetos podem ser representados e isto pode representar,
na verdade, a fase inicial da língua escrita;
Uso de livros e revistas;
Desenvolver trabalhos em grupo e conversações sobre histórias contadas,
suportes de leitura, etc;
Trabalhar com imagens, incentivando a leitura das mesmas e a expressão oral
por parte das crianças;
Oportunizar situações nas quais a leitura e a escrita são instrumentos
fundamentais para a interação.
2.2.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos)
A função comunicativa da linguagem oral, da leitura e da escrita como
instrumentos que permitem a relação do indivíduo com o meio;
A função representativa da linguagem oral, da leitura e da escrita como
possibilidade de utilizar símbolos (verbais e/ou gráficos: desenhos, letras,
palavra) para representar o que se quer;
A função lúdico-criativa da linguagem oral, da leitura e da escrita, buscando o
prazer com a utilização das linguagens;
Meios de comunicação;
Suportes de leitura e escrita: livros, cartazes, rótulos, embalagens, revistas,
gibis, recados, agendas, receitas, etc;
Gêneros e tipologias textuais: do folclore, lendas, parlendas, contos,
orientações e instruções de ações e jogos, etc.
2.2.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5 anos)
Mostrar a criança que se pode ler algo e extrair sentido sem apoio de
desenhos, ilustrações ou imagens.
Escolha, por parte do professor, de textos literários, tendo a fantasia como
tradição: os contos de fada, fábulas, histórias de animais, fazendas, parques,
jardins zoológicos e circos.
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Escolha, por parte do professor, de textos literários que abordam questões
contemporâneas, dentre as quais poderíamos mencionar: poluição, escassez
de água no planeta, diversidade étnica, etc.
Escolha, por parte do professor, de textos literários para trabalhar a realidade
e os sentimentos expressos pelas crianças, tais como: a morte, o medo, o
abandono, as separações e a sexualidade.
Escolha de bons textos para ler para as crianças, onde as mediações feitas
pelas professoras priorizem o potencial de ampliação das referências estéticas
a serem vivenciadas pela criança.
Levar as crianças a descobrirem que desenhar e escrever são ações distintas e
independentes.
O professor ser escriba de bilhetes, cartas, mensagens para pessoas ausentes:
registrar um fato importante ocorrido em sala de aula, relendo alguns dias ou
semanas depois, demonstram para a criança funções da escrita de preservar a
memória, de comunicar algo, de emocionar, e também possibilitam que a
criança pense sobre o funcionamento da escrita e sua relevância para a vida
social.
Levar a criança a familiarizar-se com os usos e as funções da escrita e as
incontáveis possibilidades que ela admite, por exemplo, através de textos
literários, de narrativas visuais.
Orientar as crianças a manusear os livros, usar de maneira adequada os
cadernos, conhecer os resultados que se podem obter a partir do uso de
determinados materiais, tais como: canetas, lápis de cor, giz de cera; as
diferenças produzidas por esses materiais, quando aplicados em certos tipos
de papel.
Orientar as crianças a segurar e manipular o lápis de escrever, a borracha, a
régua, o apontador, a caneta; aprender a cuidar dos livros, das revistas e dos
cadernos.
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2.3 ARTES
2.3.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos)
Ampliar o conhecimento de mundo que possuem manipulando diferentes
objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e
possibilidades de manuseio e diferentes formas de expressão artística.
2.3.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos)
Desenhar, pintar, modelar, fazer colagens e rasgaduras;
Expressão da arte e do corpo: jogos de percepção, jogos dramáticos, teatralização;
Desenho da figura humana;
Observar fatos, objetos, pessoas e registrar por meio de desenhos livres ou
orientados;
Representação figurativa por meio de desenhos das apreensões perceptivas do
corpo.
Apreciação das Artes:
Apreciação das produções próprias e dos colegas;
Observação da arte: em revistas, livros e nas situações cotidianas;
Reflexão sobre as imagens e produções artísticas;
Obras e autores: produções (música, teatro, artes plásticas/visuais, dança);
Artesanato brasileiro;
Folclore brasileiro;
Datas comemorativas.
2.3.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3 anos)
Rabiscar e desenhar sobre diferentes bases (papel, papelão, lixa, tecido, tijolo,
etc) e com diversos materiais (lápis de cor, canetas hidrocor, giz de cera, o
carvão, cacos de tijolos e pedras porosas, tintas, etc);
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Atividades de registros onde as crianças possam reescrever a realidade com
rabiscos, traços e cores e dialogar com as crianças sobre suas produções;
Colocar diversos suportes para o desenho à disposição das crianças, com
cores, texturas, formas de tamanhos diversos. Além dos fios de barbante,
nylon, lã, etc;
Trabalhar com tintas variadas, compradas ou feitas no CEI;
Criar atividades onde o corpo seja um dos suportes sobre os quais as tintas
podem ser usadas criando novos modos de exploração e interação;
Exploração e manipulação de materiais, como lápis e pincéis de diferentes
texturas e espessuras, brochas, carvão, carimbo, de meios, como tintas, água,
areia, terra, argila, etc e de variados suportes gráficos, como jornal, papel,
papelão, entre outros;
Exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais, visando à
produção de marcas gráficas;
Cuidado com o próprio corpo e dos colegas;
Cuidado com os materiais e com os trabalhos e objetos produzidos
individualmente ou em grupo;
Fazer teatro para crianças pequenas, desde seu primeiro ano de vida, tanto no
espaço teatral como na creche ou pré-escola;
Perceber o ritmo da respiração de medo ou alegria, os gestos das crianças
frente ao teatro que se apresenta;
Organizar cenários, a sonoplastia e os enredos diversos para apresentações
teatrais;
Criar códigos, gestuais, vocabulários próprios junto com as crianças para que
as mesmas participem durante a apresentação teatral;
Dialogar com as crianças sobre o que mais chamou atenção, o que mais
marcou: luzes, frases, músicas, enredo, atuação dos atores, personagens, etc;
Oportunizar a convivência com a linguagem teatral, assistindo e brincando
com ela e através dela;
Organizar os espaços físicos que podem ser transformados em ambientes
propícios aos jogos teatrais: colocando-se lenços/lençóis de cores e tamanhos
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variados pendurados no teto; bexigas; objetos sonoros; fantasias; máscaras.
2.3.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos)
Expressar, comunicar e atribuir sentido as sensações, sentimentos,
pensamentos e realidade por meio de organização de linhas, formas, pontos
tanto bidimensional como tridimensional, além de volume, espaço cor e luz na
pintura, no desenho, na escultura, na gravura, na arquitetura, nos brinquedos,
bordados, entalhes, etc.
Utilizar-se das artes para expressar experiências sensíveis como linguagens e
expressões da comunicação humana.
Utilizar aquilo que já conhece e tem familiaridade em relação às artes e o fazer
artístico e estabelecer novas relações, alargando o saberes e os assuntos
abordados.
2.3.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos)
Ampliar e aprofundar os conteúdos abaixo, contemplados no trabalho com as
crianças de 0 a 3 anos de idade:
Produção Artística:
Desenhar, pintar, modelar, fazer colagens e rasgaduras;
Expressão da arte e do corpo: jogos de percepção, jogos dramáticos,
teatralização;
Desenho da figura humana;
Observar fatos, objetos, pessoas e registrar por meio de desenhos livres ou
orientados;
Representação figurativa por meio de desenhos das apreensões perceptivas
do corpo.
Apreciação das Artes:
Apreciação das produções próprias e dos colegas.
Observação da arte: em revistas, livros e nas situações cotidianas;
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Reflexão sobre as imagens e produções artísticas;
Obras e autores: produções (música, teatro, artes plásticas/visuais, dança);
Artesanato brasileiro;
Folclore brasileiro;
Datas comemorativas.
E, ainda:
Jogos teatrais e vivências corporais;
Dança e movimento;
Instalações e exposições de trabalhos artísticos de produção próprias, do
grupo ou de artistas;
A arte na cidade: visitas às exposições, museus, fundações de cultura, peças de
teatro, apresentações folclóricas, corais, etc.
2.3.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5 anos)
Ampliar e aprofundar as interações contempladas no trabalho com as crianças de 0
a 3 anos de idade. E, ainda:
Pesquisa de texturas: sair à procura pelos espaços externos ou internos papel
sulfite, cartolinas, Kraft, tecidos ou outros, e lápis, giz, cacos de telha ou tijolo
(Podem ser feitas diretamente sobre as superfícies que se pretende
caracterizar obtendo relevo ou traçados inusitados.
Organizar situações de experiências prazerosas, instigantes, nas quais adultos
e crianças possam expressar-se desenhando juntos.
Construir com as crianças cenários para as histórias: papéis celofane de cores
variadas podem-se criar efeitos de luz, lanternas, etc.
Construir com as crianças máscaras para encenação teatral em diferentes
tamanhos que podem ser confeccionadas com sacos de papel, cartolina,
papelão sendo cortadas com tesouras ou rasgadas e decoradas pelas crianças.
Utilizar de figurinos criados a partir de diversos tipos de papel ou mesmo
restos de tecidos, ou de roupas, chapéus, colares, óculos, etc.
Caracterizar personagens ou temática a ser criada, com suporte plástico, tiras
de papel – jornal, revista em quadrinhos, papel higiênico.
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Deixar a criança pintar e ornamentar livremente objetos que poderão ser
utilizados em suas dramatizações e deixá-la usar nas brincadeiras criadas pelas
crianças ou mesmo desenvolvidas previamente com adultos, com roteiros,
personagens e cenários.
Construção de bonecos/fantoches de meias, saquinhos de papel, potes
plásticos decorados com botões, fitas, tecidos, lãs, para serem utilizados em
teatro de fantoches (dirigido pelo professor ou livremente pelas crianças).
2.4 NATUREZA E SOCIEDADE
2.4.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos)
A ação educativa está pautada de modo que as crianças de 0 a 3 anos de idade
tenham desenvolvido às seguintes capacidades:
Explorar o ambiente;
Estabelecer contato com pequenos animais, plantas, paisagens, etc;
Manifestem curiosidade e interesse pelos fenômenos naturais e sociais.
2.4.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos)
Exploração dos ambientes;
A Natureza e o meio social;
Animais domésticos, plantas, elementos da paisagem e natureza;
Exploração e observação da paisagem dos arredores do CEI;
As mudanças do meio social ao nosso redor;
As paisagens ao longo do tempo: observar as alterações dos espaços do CEI;
Manutenção e preservação dos espaços coletivos e do meio ambiente no CEI,
nas proximidades dos mesmos;
Fenômenos da natureza: sol, chuva, fases da plantas, ciclo básico da vida de
animais e pessoas.
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2.4.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3 anos)
Atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam
respeito às tradições e cultura local;
Realizar passeios na parte externa e nos arredores da instituição/CEI para
apreciar elementos da paisagem social e natural;
Observação da paisagem local;
Construção de maquetes utilizando materiais diversos e elementos da natureza;
Representação artística de réplicas de animais: móbiles, esculturas e m argila e
massinha de modelar;
Observar o crescimento de animais e plantas.
Realizar passeios na parte externa e nos arredores da instituição/CEI para
apreciar elementos da paisagem social e natural;
Observação da paisagem local;
Construção de maquetes utilizando materiais diversos e elementos da natureza;
Representação artística de réplicas de animais: móbiles, esculturas e m argila e
massinha de modelar;
Observar o crescimento de animais e plantas.
2.4.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos)
Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural,
formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo,
manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando
informações e confrontando ideias;
Estabelecer algumas relações entre o modo de vida característico de seu grupo
social e de outros grupos;
Estabelecer relações entre o meio ambiente e as formas de vida que ali se
estabelecem, valorizando sua importância para a preservação das espécies e
para a qualidade da vida humana;
Desenvolver capacidade de observação, elaborando hipóteses construindo
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modelos, simulando situações para que ela reflita sobre situações do cotidiano
para posicionar-se como integrante da natureza, bem como as demais
espécies do planeta e também da sociedade em que está inserida;
Explorar o ambiente, para que possa se relacionar com as pessoas, estabelecer
contato com pequenos animais, plantas e objetos diversos, manifestando
curiosidade e interesse.
2.4.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos)
Eu e os outros;
A escola;
Tipos de moradias;
A cidade, o bairro, a rua;
Organizações sociais: CEI, objetos escolares;
Representação e estruturas familiares diversas;
Relações de parentescos;
Meios de transportes;
Hábitos de higiene;
Partes do corpo;
Vestuários;
Órgãos dos sentidos;
Animais: habitat, características;
Vida saudável;
Alimentação e saúde;
Semana da alimentação;
O tempo e o clima na natureza: o dia e a noite, estações do ano, ano, meses e
dias;
Plantas;
Água;
Datas comemorativas envolvendo os temas acima.
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2.4.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5 anos)
Atividades onde sejam contemplados os seguintes aspectos:
Desenvolver hábitos de higiene e limpeza;
Valorizar o próprio desenvolvimento, e reconhecer a importância das
experiências pessoais;
Identificar as partes do corpo humano, relacionando-as peças do vestuário;
Identificar as funções dos órgãos dos sentidos (visão, gustação, olfato, e tato);
Identificar os animais por suas características: locomoção, cobertura do corpo,
sons, onde vivem, etc;
Identificar espécies de plantas;
Reconhecer o valor nutritivo das verduras e legumes;
Perceber a variação do tempo e as mudanças de temperatura;
Contemplar as datas comemorativas do bimestre;
Conhecer a instituição e as pessoas responsáveis por ela, identificando seus
papéis;
Identificar-se como membro da instituição;
Identificar as dependências da instituição;
Desenvolver a sociabilidade da criança através de trabalhos em grupo;
Ajudar a criança a compreender e valorizar a segurança e proteção da família;
Valorizar o trabalho realizado pelos membros da família;
Identificar os membros da família: pai, mãe, irmão, etc.
Reconhecer os meios de comunicação existentes na comunidade;
Identificar meios de transportes existentes na comunidade;
Identificar os sinais de trânsito, desenvolvendo atividades de atenção e
segurança;
Perceber o inter-relacionamento que existe entre os membros da comunidade.
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2.5 MATEMÁTICA
2.5.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos)
Aproximar os conteúdos matemáticos da vida real, pelo simples contato com o
ambiente: rolar, agachar, explorar brinquedos na sala e no parque;
Participar de uma série de situações envolvendo números, relações entre
quantidades e noções sobre espaço utilizando recursos próprios e pouco
convencionais: classificando, empilhando, separando, comparando objetos;
Recorrem à contagem e operações para resolver problemas cotidianos:
quantos brinquedos há em uma caixa, quantas crianças estão na sala, etc;
Utilizar as noções matemáticas para a construção de novos conceitos:
sequência de compreensão da situação, antecipação da ação, comprovação
posterior.
2.5.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos)
Comunicar-se oralmente, desenhar, rabiscar, pintar, modelar formas e
desenhos;
Relações, com base nas observações e experiências e ações, sobre o ambiente
físico e social;
Brinquedos e objetos: em situações organizadas de forma a haver quantidade
suficiente para cada criança explorá-los;
Características, propriedades e possibilidades dos brinquedos e objetos:
empilhar, rolar, transpassar, abrir, fechar, colocar, tirar, encaixar, etc;
Contagem oral do sistema numérico;
Tempo e espaço em jogos, brincadeiras e atividades, músicas, rotina do CEI;
Noção do tempo e espaço: agora, depois, aqui, lá, hoje, ontem, amanhã, etc;
Cores; Formas; Texturas, Peso.
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2.5.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3 anos)
Criar percursos e labirinto para crianças os percorrerem e explorarem o espaço
de diferentes formas: agachados, se arrastando, rolando por tuneis, pontes ou
corredores, de diferentes tamanhos, confeccionando com caixas grandes,
caixotes, mesas, cordas, pneus e tábuas como planos inclinados, etc;
Cantar músicas que ajudem a memorizar uma parte convencional da série
numérica;
Contagem de pequenas e de grandes grupos de objetos;
Utilizar as situações da rotina da Educação Infantil nas quais os números
adquirem sentido: quantas crianças há na sala, contar as crianças em voz alta,
contar quantas garrafas de boliche derrubou a cada jogada, contar quantas
bolinhas de papel/jornal cada equipe acertou num recipiente, etc e fazer
registros em papel (em desenhos de quantidades ou em algarismos);
Utilizar o calendário para identificar a passagem do tempo e como formar
forma de organizar acontecimentos e compromissos comuns ao grupo;
Utilizar medidas relativas à criança: seu tamanho, ao que elas acreditam que é
grande ou pequeno de forma indistinta.
2.5.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos)
Ampliar e aprofundar as habilidades e objetivos contemplados no trabalho
com as crianças de 0 a 3 anos de idade. E, ainda:
Estabelecer aproximações com algumas noções matemáticas presentes no
cotidiano: contagem, relações espaciais, etc;
Reconhecer e valorizar os números, as operações numéricas, as contagens
orais e as noções espaciais como ferramentas necessárias no cotidiano;
Comunicar idéias matemáticas, hipóteses e processos utilizados e resultados
encontrados em situações-problemas relativas a quantidades, espaço físico e
medidas;
Utilizar a linguagem oral e de registros gráficos da linguagem matemática;
Ter confiança em suas hipóteses e estratégias próprias e na capacidade de
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lidar com situações matemáticas novas, utilizando seus conhecimentos
prévios.
2.5.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos)
Sistema numérico indo-arábico: contagens, registros, sequência, etc;
Cor;
Forma;
Tamanho;
Espessura;
Largura;
Altura;
Semelhanças: pares;
Localização espaço-temporal;
Posição;
Direção;
Lateralidade;
Relações de quantidades;
Classificação;
Cardinalidade;
Relações de pertinências;
Seriação;
Escrita dos números/numerais de 0 a 10.
2.5.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5 anos)
Propor atividades onde as crianças possam:
Produzir instruções/mapa para ir de um lugar a outro;
Relacionar figuras, discriminando semelhanças e diferenças entre figuras,
expressando o resultado nos termos: largo e estreito;
Propor problemas às crianças que envolvem conhecimentos espaciais:
orientar-se por meio de um mapa do CEI/cidade ou outra localização;
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Identificar figuras geométricas, cores, formas no cotidiano: mobiliários,
paisagem, arquitetura, etc;
Identificar figuras na forma, estabelecendo relações entre cores e formas;
Distinguir semelhanças e diferenças entre formas e cores: identificar e
classificar cores e formas;
Identificar figuras geométricas no cotidiano: mobiliários, paisagem,
arquitetura, etc;
Identificar em figuras dadas as que se relacionam pelo tamanho: igual, maior e
menor;
Relacionar figuras quanto à altura, destacando a mais baixa e mais alta;
Comparar a sua altura com a de outros colegas;
Identificar objetos que formam pares;
Relacionar figuras, discriminando semelhanças e diferenças em comprimentos,
largura e espessura;
Relacionar figuras quanto à sua posição e direção a partir de um ponto de
referência: embaixo, em cima, ao lado, etc;
Identificar e estabelecer relação de localização espacial no seu cotidiano: salas,
pátio, externo;
Estabelecer relações espaço-temporal, interpretando e relacionando
elementos às ações que ocorrem de dia e à noite;
Interpretar o sentido dos termos: veloz, vagaroso, moderno, antigo, começo,
fim, pessoa mais velha, pessoa mais nova, mais, menos, cheio, vazio, muito,
pouco, nenhum, um, todos, alguns;
Identificar elementos que pertençam a um conjunto;
Identificar duas metades como um inteiro;
Relacionar objetos quanto à quantidade de massa: leve e pesado;
Estabelecer relações entre número e quantidade;
Atividades de esconder e procurar: esconder um objeto na sala e, depois, de
indicações ao outro, que estava fora da sala, para que encontrem o objeto.
Inicialmente e importante o professor esconder o objeto e dar as pistas para
encontrá-lo, atuando como um modelo;
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Construções com diferentes materiais: maquetes, brinquedos com caixas
diversas, mosaicos com formas geométricas diversificadas, esculturas
tridimensionais com matérias alternativos;
Criar percursos e labirintos com a ajuda das crianças para elas os percorram e
explorem o espaço de diferentes formas: agachados, se arrastando, rolando
por tuneis, pontes ou corredores, de diferentes tamanhos, confeccionados
com caixas grandes, caixotes, mesas, cordas, pneus e tabuas como planos
inclinados, etc, envolvendo tanto o espaço da escola como o de fora dela.
2.6 MÚSICA
2.6.1 Habilidades/Objetivos (0 a 3 anos)
Ouvir, perceber, e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e
produções musicais;
Brincar com a música;
Imitar, inventar e reproduzir criações musicais.
2.6.2 Conteúdos conceituais (0 a 3 anos)
O fazer musical
Exploração, expressão e produção do silêncio e dos sons: com a voz, com o
corpo, com os matérias e objetos diversos;
Interpretação de canções diversas;
Participação em brincadeira e jogos rítmicos, brinquedos cantados, etc;
Confecção de objetos sonoros ou réplicas de instrumentos musicais;
Improvisação de composições, no momento em que os instrumentos
estiverem prontos.
Apreciação musical
Escuta de obras musicais variadas;
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Observação e participação em situações que integrem músicas e movimentos
corporais;
Origem e história de instrumentos musicais, artistas e compositores da música,
músicas em diferentes gêneros e de diversas culturas;
Observação da acústica e produção dos sons do cotidiano: vozes, sons de
animais, carros, passos, pessoas, etc;
Registro musical: em desenhos, marcas gráficas, cores, objetos, etc.
2.6.3 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (0 a 3 anos)
Proporcionar as crianças experimentações dos sons, por intermédio das
brincadeiras, cantarolar, assobiar, risos, batendo com os objetos, arrastando,
gritando, emitindo os mais diferentes sons;
Trabalhar com a canção como brincadeira, como conhecimento cultural, como
contato com o folclore brasileiro;
Oferecer as crianças o contato com outros gêneros musicais e de outras
culturas;
Dar às crianças a possibilidade de ouvir os sons, percebê-los, relacionarem-se
com os sons e barulhos, músicas e reconhecê-los;
Descobertas e construções sonoras onde as crianças cantem, inventem
canções onde os objetos são transformados em instrumentos musicais;
Trabalhar jogos, sonorização de histórias, brincadeiras cantadas, barulhos que
compõe a creche ou pré-escola;
Construção de instrumentos musicais;
Construção de objetos sonoros;
Deixar o corpo interagir com os sons;
Passeios sonoros e gravação de sons de ambientes diferenciados.
2.6.4 Habilidades/Objetivos (4 a 5 anos)
Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os
outros e ampliar seu conhecimento do mundo;
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Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos por meio de
improvisações, composições e interpretações musicais;
Despertar na criança o interesse pela música;
Trabalhar a música em situações lúdicas.
2.6.5 Conteúdos conceituais (4 a 5 anos)
Participação em jogos que envolvam a dança e /ou improvisação musical;
Construção de instrumentos musicais: com latinhas, potes de iogurtes ou óleo
de cozinha, colocando-se grãos de areia, pedrinhas, feijão, etc;
Garantir a audição dos sons e propor estranhamento: O som do chocalho com
arroz é igual ao som daquele que tem pedrinhas?
Construção de objetos sonoros: Após conversas com as crianças podemos
solicitar que tragam de suas casas objetos que produzam sons para a
instituição;
Podemos sugerir que sejam trazidos objetos sonoros utilizados quando eram
ainda menores. Depois podem compor com os objetos, uma cortina musical
ou um móbile, que ao serem tocados, produzam os variados sons.
2.6.6 Orientações metodológicas (sugestões de temas e/ou atividades) (4 a 5 anos)
Ampliar e aprofundar as orientações contempladas no trabalho com as
crianças de 0 a 3 anos de idade, levando-se em consideração:
O fazer musical;
Apreciação Musical;
O registro;
O movimento corporal e a musicalidade: brincar, dançar e cantar;
Discriminação auditiva: de instrumentos diversos, de vozes, de sons da
natureza, sons urbanos, etc;
Sonorização de histórias, peças teatrais, etc;
Visitar ambientes onde haja a música na cidade: bandas locais, instrumentista
e cantores, corais, escolas de músicas, etc;
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Convidar pessoas da comunidade que cantem e/ou toquem algum
instrumento para visitar a instituição;
Trabalhar com as músicas do folclore e da cultura de diversas partes do Brasil
e do Mundo: cantigas de roda, folclore regional, etc;
Envolver a música como recurso para trabalhar datas comemorativas.
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Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil de Antônio Carlos/SC
REFERÊNCIAS BRASIL. Estatuto da criança e Adolescente. Lei nº. 8069/90, de 13 de julho de 1990. São Paulo: CBIA – SP, 1991.
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