diretrizes curriculares

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  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    1Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    Equipe de Elaborao das Diretrizes Curriculares

    Coordenao: Conceio de Maria Lisba de Andrade

    Elaborao: Equipe Tcnica SEDUC - MA

    Reviso: Maria Delza Sampaio Feitosa

    Digitao/Edio: Israel Arajo Silva

    Ilustraes: Joo Carlos Pimentel

    Apoio Tcnico: Liliane Marchiorato Consultora PNUD

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    2 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    3Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 3

    SUMRIO

    APRESENTAO

    1 INTRODUO................................................................................................... 6

    2 EDUCAO ESCOLAR: bases conceituais........................................................... 09

    2.1 Educao Escolar: o projeto pedaggico da Rede Estadual de Ensino do

    Maranho............................................................................................................

    09

    2.2 Aprender e Ensinar: processos distintos e indissociveis................................ 11

    2.3 Finalidade do processo de ensino-aprendizagem em cada etapa da educao

    bsica..................................................................................................................

    13

    2.4 Pressupostos da aprendizagem e do ensino em diferentes tempos do ciclo

    de vida................................................................................................................

    14

    3 ORGANIZAO DA AO PEDAGGICA..........................................................

    3.1 Mtodo didtico........................................................................................... 17

    3.2 Planejamento do trabalho pedaggico numa perspectiva interdisciplinar.. 24

    3.3 Organizao do trabalho pedaggico em reas do conhecimento e

    disciplinas.........................................................................................................

    26

    3.4 Competncias ou capacidades esperadas nas reas de conhecimento........... 28

    3.5 Matrizes Curriculares do Ensino Fundamental Anos Iniciais........................... 32

    3.6 Matrizes Curriculares do Ensino Fundamental Anos Finais............................. 39

    3.7 Matrizes Curriculares do Ensino Mdio.......................................................... 49

    4 TEMAS SOCIAIS QUE DINAMIZAM A APRENDIZAGEM ESCOLAR.......................

    4.1 Os Componentes Temticos do Currculo da Rede Estadual...........................

    62

    70

    5 AVALIAO ESCOLAR....................................................................................

    5.1 Avaliao da Aprendizagem..........................................................................

    74

    74

    5.2 Critrios de Avaliao.................................................................................... 78

    5.3 Recuperao da Aprendizagem..................................................................... 80

    REFERNCIAS ..................................................................................................... 82

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    4 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    LISTA DE SIGLAS CEE Conselho Estadual de Educao

    EE Educao Especial

    EM Ensino Mdio

    EF Ensino Fundamental

    EI Educao Infantil

    EJA Educao de Jovens e Adultos

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    IDEB ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica

    CNE Conselho Nacional de Educao

    OCN Orientaes Curriculares Nacionais

    DC Diretrizes Curriculares

    DCNGEB Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educao Bsica

    PNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento

    PCN Parmetros Curriculares Nacionais

    PNDH Programa Nacional de Direitos Humanos

    PNEF Programa Nacional de Educao Fiscal

    PEEF Programa Estadual de Educao Fiscal

    PNEA Poltica Nacional de Educao Ambiental

    PEEA Poltica Estadual de Educao Ambiental

    SAEB Sistema Nacional de Avaliao da Educao Bsica

    SEDUC Secretaria de Estado de Educao

    UNESCO Organizao das Naes Unidas para a Educao, Cincia e Cultura

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    5Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 5

    APRESENTAO A Secretaria de Estado da Educao do Maranho compartilha com toda a Rede

    Estadual de Ensino que precisa orientar a organizao do trabalho pedaggico pelas Diretrizes

    Curriculares, construdas por tcnicos, professores e professoras, para nortear o trabalho das

    escolas estaduais. um documento relevante na promoo de condies mais equitativas de

    efetivao da aprendizagem, garantindo que contedos bsicos sejam ensinados para todos os

    alunos e alunas no contexto de aprendizagem no qual esto inseridos.

    Desse modo, reitera-se a autonomia pedaggica das mais de mil escolas de sua Rede de

    Ensino na orientao para a elaborao organizao, execuo e avaliao de suas propostas

    pedaggicas, tendo como base para isso as Diretrizes Curriculares da Educao Bsica ora

    veiculadas como subsdio para a fundamentao da prtica pedaggica das escolas, de modo a

    atribuir, sistematicamente, voz unssona ao currculo escolar dos 217 municpios do Maranho.

    Essa produo fruto do trabalho dos tcnicos da SEDUC e de representantes

    escolares, sob a orientao tcnica oriunda da parceria entre o Ministrio da Educao - MEC e

    o Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, com o objetivo de imprimir

    marcas na organizao e na gesto da Rede Estadual de Ensino e das escolas, em particular,

    orientando o planejamento, com vistas, elevao do nvel de aprendizagem dos/as alunos/as;

    universalizao da matrcula do ensino mdio; reduo do analfabetismo; melhoria da gesto

    institucional e a institucionalizao do regime de colaborao.

    As Diretrizes contidas neste documento esto acessveis a toda a comunidade escolar,

    fortalecendo os mecanismos de participao e implementao curricular na Rede Estadual de

    Ensino, como base para as formaes e encontros pedaggicos, a fim de respaldar,

    principalmente, a prtica de professores, professoras, gestores, gestoras, supervisores e

    supervisoras escolares no que tange formao bsica do/a aluno/a, com definio de

    competncias e diretrizes para a Educao Bsica.

    Os princpios e orientaes desse Documento devem ser utilizados como relevante

    ferramenta de favorecimento e apoio aos estudos, pesquisas, planejamentos e organizao do

    trabalho pedaggico da Rede Estadual de Ensino.

    Bom trabalho!

    Pedro Fernandes Ribeiro

    Secretrio de Estado da Educao

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    6 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    1 INTRODUO

    O Sistema Estadual de Ensino do Maranho formado, em primeira instncia, por

    alunos/as, educadores/as, rede de escolas e rgos regionais e centrais de gesto

    educacional, com identidade prpria, considerando os desafios educacionais que emergem

    da realidade histrica maranhense, de acordo com os princpios legais emanados do MEC -

    Ministrio da Educao e do Conselho Nacional de Educao, CNE.

    Logo, um Sistema Educacional pressupe ter em comum vrios elementos que,

    intencionalmente reunidos, formam um conjunto coerente e operante, com um fim

    precpuo que promover aprendizagens significativas para os/as alunos/as,

    instrumentalizando-os para o sucesso escolar, no mundo do trabalho e no exerccio da

    cidadania. As intencionalidades para os processos educativos a serem desenvolvidos na

    Rede Estadual de Ensino do estado do Maranho, compem esta Diretriz.

    Apresenta-se, ento, como um documento diretivo cujo objetivo contribuir com o

    princpio democrtico das escolas, de modo que elas possam construir seus prprios

    projetos pedaggicos, com vistas, ao alcance de padres mais elevados para todas as

    unidades escolares que integram a Rede Estadual de Ensino, considerando as leis e normas

    educacionais institudas que no podem ser deixadas em segundo plano.

    Os princpios que devem nortear todo trabalho dos/as educadores/as que

    compem a SEDUC so basicamente a unidade, a equidade e a qualidade. Temos que

    oferecer populao maranhense educao bsica de qualidade, com oportunidades

    equnimes a todos/as, considerando suas diversidades. Tal misso torna-se desafiadora na

    medida em que o Estado enfrenta uma situao educacional marcada por indicadores

    educacionais que sinalizam srios problemas, como a oferta e a qualidade do ensino da

    Rede.

    luz desse entendimento, o objetivo da SEDUC garantir a educao na

    compreenso de que um direito de todos/as os/as cidados/s perpassando pelos

    princpios da universalidade, da progressividade, da indivisibilidade e interdependncia, da

    cooperao, da sociabilidade, da exigibilidade, da singularidade e da participao. Todas as

    crianas, adolescentes, jovens e adultos/as tm direito educao de qualidade,

    independente de origem tnica, racial, cultural, social e geogrfica. A escola , portanto,

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    7

    parte integrante do sistema de garantia de direitos, um lugar privilegiado para assegurar a

    cada indivduo o exerccio pleno de sua cidadania.

    A Educao Bsica no Estado do Maranho pode ser compreendida, em parte, por

    meio dos indicadores educacionais que expressam a realidade das escolas pblicas da Rede

    Estadual de Ensino, tais como: ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica - IDEB, ndices

    de aprovao, reprovao e abandono. Esses indicadores demonstram a qualidade da

    educao em cada Estado e Rede de Ensino do Pas. Em 2011, a mdia nacional, do ndice de

    Desenvolvimento da Educao Bsica - IDEB atingiu 5,0 nos anos iniciais e 4,1 nos anos finais

    do ensino fundamental e 3,7 no ensino mdio.

    Na Rede Estadual de Ensino do Maranho, esses indicadores esto abaixo das

    mdias nacionais, como pode ser constatado na tabela abaixo:

    Etapa de Ensino Ideb 2011

    Ensino Fundamental

    Anos iniciais 4,0

    Anos finais 3,6

    Ensino mdio 3,0 Fonte INEP 2011/2012

    Em relao aprendizagem, elemento que compe o IDEB, em nenhuma das etapas

    avaliadas pelo MEC, a Rede Estadual de Ensino alcanou mdias satisfatrias. A Rede

    Estadual de Ensino atingiu em 2011 as seguintes mdias:

    Ensino Fundamental

    Anos iniciais

    Lngua Portuguesa 171, 24

    Matemtica 182,4

    Ensino Fundamental

    Anos finais

    Lngua Portuguesa 227,58

    Matemtica 227,67

    Ensino Mdio Lngua Portuguesa 244,81

    Matemtica 242,49

    Fonte: INEP 2011/2012

    So considerados como padres de desempenho satisfatrios:

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    8 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    Anos iniciais do ensino fundamental desempenho mdio igual ou superior a

    200 pontos em Lngua Portuguesa e 225 pontos em Matemtica na escala de proficincia do

    SAEB;

    Anos finais do ensino fundamental desempenho mdio igual ou superior a

    275 pontos em Lngua Portuguesa e 300 pontos em Matemtica na escala de proficincia do

    SAEB;

    Ensino mdio - desempenho mdio igual ou superior a 300 pontos em Lngua

    Portuguesa e 325 pontos em Matemtica na escala de proficincia do Sistema Avaliao da

    Educao Bsica - SAEB.

    Por outro lado, observa-se que as taxas de aprovao da Rede Estadual de Ensino,

    tanto no ensino fundamental quanto no mdio, no so baixas:

    Taxa de Aprovao Ensino Fundamental de 8 e 9 anos

    ANO

    1 A

    NO

    2 A

    NO

    3 A

    NO

    4 A

    NO

    5 A

    NO

    6 A

    NO

    7 A

    NO

    8 A

    NO

    9 A

    NO

    TOTA

    L

    2011 91,6 91,5 84,4 86,5 88,9 82,2 84,2 86 88,1 86

    2012 88,5 89,6 84,7 85,1 87,7 82,3 84,4 85,8 87,9 85.6

    Fonte: INEP 2011/2012

    Taxa de Aprovao Ensino Mdio

    ANO

    1 S

    RIE

    2 S

    RIE

    3 S

    RIE

    TOTA

    L

    2011 9,4 76,2 84,1 75,5

    2012 68,9 75,4 83,3 74,8

    Fonte: INEP 2011/2012

    Importa ressaltar que, impulsionado pelos indicadores, o Estado do Maranho, no

    mbito das polticas pblicas educacionais, vem, nas ltimas dcadas, empreendendo

    esforos para a gradativa melhoria da Educao Bsica, tendo como um dos eixos a

    reordenao curricular, haja vista ser o currculo determinante para o desenvolvimento das

    atividades nas escolas, e estas o lugar privilegiado para a criao de vivncias e experincias

    apropriadas que tenham efeitos cumulativos avaliveis e que possam manter o sistema

    educativo numa constante reviso e avaliao do trabalho educacional, no sentido de

    propor novas dinmicas e posturas quanto aos meios e fins das prticas escolares.

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    9

    Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares, construdas no mbito do Projeto de

    Cooperao Tcnica MEC-PNUD-SEDUC/MA, por tcnicos da Secretaria, tem como

    finalidades:

    a) a elevao do nvel de aprendizagem dos/as alunos/as;

    b) a universalizao da matrcula do ensino mdio;

    c) a reduo do analfabetismo;

    d) a melhoria da gesto institucional e

    e) a institucionalizao do regime de colaborao.

    A implantao das Diretrizes Curriculares junto s escolas estaduais se destaca

    como prioritria porque contm elementos concretos que possibilitaro maior efetividade

    para o alcance das proposies feitas. Sendo, ento, um documento que tem a pretenso de

    nortear o trabalho pedaggico, estabelecendo padres de aprendizagem e de ensino a

    serem alcanados por todas as escolas da Rede Estadual.

    2 EDUCAO ESCOLAR: bases conceituais

    2.1 O Projeto Pedaggico das Escolas da Rede Estadual de Ensino do Maranho

    Para que as escolas da Rede Estadual de Ensino

    do Maranho possam alcanar melhores

    resultados quanto ao desempenho escolar dos/as

    alunos/as, fundamental que todas comunguem

    uma mesma Diretriz Curricular em suas propostas

    pedaggicas.

    Para que as Diretrizes Curriculares tenham a

    efetividade necessria, precisam ser construdas e compartilhadas pelo conjunto de escolas

    que integram a Rede Estadual de Ensino, considerando seu carter orientador e alinhador

    dos conceitos bsicos que direcionam a prtica pedaggica escolar, sobretudo, quanto

    natureza da educao, compreenso e organizao dos processos de aprender e de

    ensinar, que conduzem s competncias e s habilidades inerentes s reas de

    conhecimento e s disciplinas que as compem.

    No que se refere ao conceito de educao como um fenmeno prprio dos seres

    Projeto Pedaggico

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    10 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    humanos, pode-se dizer que a transformao do homem em ser biolgico para ser histrico-

    social tarefa do trabalho educativo. Sendo assim, a compreenso da natureza da

    educao passa pela compreenso da natureza humana. (SAVIANI, 1991, p. 19).

    Compreende-se, portanto, que h distino entre educao e educao escolar,

    visto que, a primeira mais ampla, multifacetria, abrangente e inclui a segunda como uma

    de suas dimenses sociais. A educao diz respeito formao integral (moral, poltica,

    religiosa, cientfica, cultural, econmica, ambiental, psicomotora) dos sujeitos de uma

    sociedade e, portanto, responsabilidade de todas as instituies sociais (famlia, governo,

    partidos polticos, instituies religiosas, etc.) e de todos os sujeitos pertencentes a ela.

    Nesse entendimento, possvel afirmar que, na vida social, todos so educadores/as e, ao

    mesmo tempo, educandos/as.

    Quando se trata da educao escolar, duas questes precisam ser esclarecidas: o

    papel social da escola e a especificidade do trabalho escolar. O papel social da escola diz

    respeito apropriao dos elementos culturais essenciais compreenso mais elaborada e

    sistematizada da realidade fsica, cultural, social, econmica e poltica. A escola, pois, tem

    como seu objeto especfico o conhecimento elaborado e sistematizado historicamente pela

    humanidade, o qual deve ser trabalhado de forma a propiciar a ampliao da viso de

    mundo dos sujeitos.

    Conforme afirma Saviani (1980, p. 52), promover o homem significa torn-lo cada

    vez mais capaz de conhecer os elementos de sua situao, a fim de poder intervir nela,

    transformando-a, no sentido da ampliao da liberdade, comunicao e colaborao entre

    os homens.

    Nessa concepo, a escola a instituio que tem a responsabilidade exclusiva pela

    democratizao do saber sistematizado e acumulado historicamente. Para isso,

    independente de tantos apelos e demandas insurgentes das demais instituies sociais, cabe

    escola, prioritariamente, assegurar aos/as educadores/as a apropriao do saber

    elaborado, formal e cientfico, bem como o acesso aos instrumentos que possibilitem o

    conhecimento dos fundamentos desse saber.

    Assim, a escola precisa criar e organizar os meios e as condies adequados para

    que as aprendizagens se efetivem na perspectiva do cumprimento de sua funo social,

    sendo esta a principal contribuio para que os alunos possam se inserir de forma mais

    digna na sociedade da qual fazem parte.

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    11

    No Maranho, a maioria dos/as alunos/as das escolas pblicas tem na instituio

    escolar, talvez, a nica oportunidade de acesso ao saber elaborado e de ampliar as

    possibilidades de construir uma vida melhor: quanto mais a escola ensina e os/as alunos/as

    aprendem mais democrtica ela se torna.

    Concebe-se, ento o currculo como a organizao do conjunto das atividades

    nucleares distribudas no espao e tempo escolares. Isso implica definir objetivos claros e

    precisos para que a educao escolar cumpra, com o xito esperado, sua funo especfica.

    Assim, a estruturao do currculo deve priorizar e organizar os processos pedaggicos para

    a apropriao do saber sistematizado. (MARCHIORATO, 2013).

    luz dessa compreenso que o trabalho pedaggico das escolas da Rede Estadual

    direcionado, com vistas realizao da funo que lhe inerente: fazer com que os/as

    alunos/as se apropriem do saber sistematizado.

    As Diretrizes Curriculares da Rede Estadual de Ensino do Maranho se

    fundamentam no direito aprendizagem, conforme asseguram as legislaes nacionais e

    estaduais, primam pela garantia de acesso, permanncia e sucesso escolar, premissas

    organizao do trabalho da escola, pois o processo de escolarizao deve estar

    comprometido com o desenvolvimento social, poltico, econmico e cultural da populao

    maranhense.

    Nesse sentido, a comunidade escolar deve reunir esforos na condio de cumprir

    com o papel que lhe especfico na formao social dos/as alunos/as.

    2.2 Aprender e Ensinar: processos distintos e indissociveis

    Inicialmente, vale ressaltar que existem inmeros

    conceitos a respeito do que seja aprender e

    ensinar e que a inteno deste documento no

    discuti-los, mas sim apresentar os conceitos

    considerados mais adequados ao projeto

    pedaggico em questo.

    A aprendizagem inerente ao ser humano, isto ,

    ele nasce com a capacidade de aprender, contudo, ser dotado dessa capacidade no garante

    sua efetivao, pois diferente dos demais animais (em que as condies bsicas de

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    12 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    sobrevivncia so adquiridas geneticamente), o ser humano precisa apreender os objetos

    que constituem seu mundo social, as relaes de convivncia e as formas de garantir sua

    subsistncia. O ser humano precisa aprender a mamar, ficar em p, andar, comer, falar,

    trabalhar e tantas outras coisas essenciais vida em sociedade. Acredita-se que

    aprendizagem e desenvolvimento, apesar de processos distintos, so indissociveis e

    ocorrem de forma concomitante.

    Aprender pressupe uma relao entre o sujeito que quer conhecer algo e o objeto

    a ser conhecido e essa relao ocorre pela mediao de elementos externos ao sujeito e ao

    objeto. Ento, aprender implica trs elementos bsicos, segundo a teoria construtivista: (i)

    um sujeito com capacidade de aprender, (ii) um objeto do mundo a ser conhecido e (iii) um

    elemento mediador.

    Assim, a aprendizagem pode ser definida como um processo intra-subjetivo de

    apreenso dos objetos existentes no mundo social, o que significa que os objetos a serem

    apreendidos podem ser os mais diversos: conceitos, fatos, situaes, fenmenos, regras,

    tcnicas, habilidades, atitudes, normas de conduta, valores, princpios, leis gerais,

    procedimentos, smbolos e relaes.

    Zabala (1998) classifica os contedos de aprendizagem em quatro tipos: (i) os

    factuais, (ii) os procedimentais, (iii) os atitudinais e (iv) os conceituais. Afirma ele, ainda, que

    o tipo de contedo a ser aprendido tambm define a forma de mediao mais adequada, de

    modo que, a construo da aprendizagem um processo complexo que envolve diversas

    funes cerebrais e processos mentais (ateno, percepo, memria, sensibilidade,

    habilidades psicomotoras e capacidade de anlise, classificao, seriao, associao,

    reversibilidade, generalizao e sntese).

    Desse modo, a qualidade da aprendizagem depende de aspectos inerentes ao

    sujeito aprendiz (motivao, interesse, necessidade, afetividade) e da adequao das

    mediaes (vinculao do objeto prtica social, diversificao das atividades, mtodo,

    empatia, linguagem, gradao da complexidade, etc.).

    Nessa direo Anastasiou (2004) considera que as aprendizagens no se do todas

    da mesma forma, dependem tanto do sujeito que apreende quanto do objeto de apreenso.

    Deste modo, a aprendizagem consiste na abstrao do objeto do conhecimento pelo sujeito,

    de forma que este seja capaz de incorpor-lo e reconstru-lo mentalmente (mesmo sem

    estar na presena do objeto) a partir do conceito, princpios, caractersticas, atributos,

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    13

    propriedades, significados e funo social, alm de ser capaz de associ-lo a outros objetos e

    situaes de uso social.

    Portanto, a aprendizagem possibilita ao sujeito mudanas qualitativas em seus

    processos mentais que significa o desenvolvimento de suas funes psquicas superiores, em

    diferentes graus de complexidade.

    No entanto, o fato do sujeito ser detentor da capacidade de aprender e estar

    disposto a aprender, e do objeto a ser conhecido estar disponvel para tal, apesar de serem

    condies essenciais ao processo de construo da aprendizagem, no so suficientes para

    que ela se efetive, uma vez que h necessidade de uma ao mediadora planejada.

    Nesse entendimento, na prtica escolar os/as alunos/as so os sujeitos do

    aprender, o conhecimento o objeto a ser apreendido e a ao pedaggica do/a professor/a

    assume o papel da mediao. Neste caso, o/a professor/a precisa conhecer com

    propriedade como a aprendizagem se consolida, para que possa propor as intervenes de

    maneira a facilitar esse processo.

    No processo pedaggico, com vistas a promover aprendizagens significativas, o

    ponto de partida para a apreenso do conhecimento deve ser a prtica social do/a aluno/a,

    a partir daquilo que lhe familiar. Isto facilita sua compreenso e torna mais fcil o caminho

    em direo ao conhecimento a ser apreendido. Assim, o/a professor/a elege um ponto de

    partida significante para o/a aluno/a no incio do processo de construo da nova

    aprendizagem e vai tomando decises pedaggicas para direcionar os esquemas mentais

    do/a aluno/a at que este consiga efetivar a aprendizagem proposta.

    A ao docente concebida como mediadora no processo de efetivao da

    aprendizagem do/a aluno/a por meio de intervenes processuais, as quais so sinalizadoras

    para as decises pedaggicas a serem tomadas, no sentido de dar continuidade ao trabalho

    ou a retomada do ensino.

    2.3 Finalidade do processo de ensino-aprendizagem em cada etapa da educao bsica

    Reconhecendo que, segundo as legislaes em vigor, cada nvel de ensino

    (educao bsica e educao superior) tem uma formao especfica no processo de

    escolarizao, o foco da educao bsica fornecer os meios para que os/as alunos/as

    inseridos/as no trabalho e em estudos posteriores. Nessa perspectiva, cada etapa de ensino

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    14 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    que integra a educao bsica tem uma misso especfica na formao dos/as alunos/as,

    para que essa finalidade se efetive.

    A formao escolar promovida no ensino fundamental no Estado do Maranho tem

    como objetivo assegurar a todos/as os/as alunos/as da Rede Estadual de Ensino a

    prolongao do tempo de permanncia na escola, especialmente no que diz respeito aos

    anos iniciais na alfabetizao e letramento, de maneira a assegurar melhores oportunidades

    de construo de uma aprendizagem mais qualitativa, com o pleno domnio da leitura, da

    escrita e do clculo matemtico, a compreenso do ambiente natural, social e cultural, do

    sistema poltico, da tecnologia, das artes e dos valores.

    J o processo de escolarizao no ensino mdio est voltado consolidao e

    aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, buscando articular

    o contedo, as competncias e habilidades desenvolvidas com a preparao bsica para o

    trabalho, a cidadania e o prosseguimento nos estudos e ainda, o desenvolvimento da

    autonomia intelectual e do pensamento crtico, a compreenso dos fundamentos cientfico-

    tecnolgicos dos processos produtivos e dos fundamentos terico-prticos de cada

    componente curricular.

    Entender o foco de cada etapa de ensino no processo de escolarizao influi

    diretamente na organizao do trabalho pedaggico da escola, pois determina o que se

    espera da aprendizagem dos/as alunos/as e a direo do ensino.

    2.4 Pressupostos da aprendizagem e do ensino em diferentes tempos do ciclo de vida

    Partindo da premissa de que o processo de escolarizao perpassa diferentes

    tempos do ciclo de vida dos/as alunos/as, fundamental entender as principais

    caractersticas desses tempos na organizao do trabalho pedaggico, de modo que as

    necessidades de aprendizagem possam ser atendidas e o processo efetivado.

    Considerando que a legislao atual estabelece a faixa etria regular para a

    Educao Bsica dos 4 aos 17 anos de idade, fundamental compreender as peculiaridades

    desses tempos de vida, de maneira que os processos pedaggicos sejam adequados s

    potencialidades, interesses e demandas de cada pblico enquanto elementos facilitadores

    da aprendizagem.

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    15

    De modo geral, cada grupo etrio apresenta caractersticas prprias com variaes

    de natureza biolgica, social e cultural. Crianas e adolescentes do ensino fundamental so

    contemplados por interesse prprios relacionados aos seus aspectos fsicos, emocional,

    social e cognitivo em constante interao.

    No ensino fundamental, a faixa etria regular dos/as alunos/as dos anos iniciais

    corresponde dos 06 aos 10 anos de idade. As caractersticas gerais desse grupo etrio a

    serem priorizadas no trabalho pedaggico esto relacionadas com o modo de ver a vida a

    partir de vivncias e relaes socioculturais, adquirindo uma nova imagem de si, mais

    prximas da realidade, substituindo pensamentos mgicos pelo pensamento lgico,

    descobrindo questes do mundo adulto, como mentira, a culpa, morte, etc.

    Nessa perspectiva as crianas desenvolvem representaes mentais indispensveis

    para a aprendizagem, formao de conceitos bsicos e regras, ou seja, fase ideal para

    introduzir jogos e esporte.

    Em se tratando dos anos finais, nestes so contemplados os/as alunos/as de 11 a 14

    anos de idade, podendo ser destacadas as seguintes caractersticas: fase de transformaes,

    modificaes fsicas, emocionais e psquicas, apreenses, inquietaes e estranheza,

    gerando uma sede de emoes novas e inusitado entusiasmo de viver.

    Essa fase de crescimento e desenvolvimento humano marcada por grandes

    mudanas em todos os aspectos. Observa-se o incio da puberdade aos 10 anos para o

    adolescente feminino e aos 12 anos para o adolescente masculino, fixando o trmino por

    volta dos 20 anos para ambos. Percebe-se uma maior maturidade emocional, onde os

    valores ticos, morais, sociais e religiosos so contestados e repensados.

    Adolescer uma fase de atitudes indecisas e incoerentes em que os jovens exibem

    as primeiras reaes de independncia ao meio social. Mostram-se irritantes, pretensiosos,

    exibicionistas, intratveis, reservados, inseguros, mas, se acolhidos com afabilidade e

    considerao, revelam-se atenciosos, esforando-se para causar boa impresso.

    nessa fase, ento, que a ao pedaggica deve estar voltada para a afeio ao/a

    aluno/a, pautada em uma prtica reflexiva, considerando a realidade e oferecendo uma

    prtica educacional respaldada na formao de atitudes que contribuam para o

    aprimoramento da autonomia intelectual e emocional, e, consequentemente, o

    desenvolvimento integral como ser humano.

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    16 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    Em consonncia com a poltica nacional de universalizao do Ensino Mdio e

    conforme a legislao em vigor, o grupo etrio regular dessa etapa de ensino corresponde

    dos 15 aos 17 anos. So jovens e adolescentes que tm como determinante emocional uma

    ansiedade em relao ao futuro, representada, muitas vezes, por agitaes ou ausncias

    comportamentais, que podem ser interpretadas pelo professor como uma necessidade de

    serem vistos, aceitos e ouvidos validando sua representao social e preparao para o

    trabalho.

    Entretanto, o fato da universalizao do acesso Educao Bsica ainda estar em

    processo, muitas escolas da Rede Estadual de Ensino ainda atendem uma demanda

    considerada fora da idade regular prevista para o ensino fundamental e mdio, jovens,

    adultos e idosos inseridos no processo escolar, fora da idade considerada regular e que

    precisam ter seus direitos assegurados e suas necessidades atendidas.

    Para que o ensino tenha efetividade com esse pblico, suas caractersticas precisam

    ser reconhecidas e suas necessidades pedaggicas atendidas, por isso a Educao de Jovens,

    Adultos e Idosos apresenta-se como uma modalidade da Educao Bsica que se prope a

    atender a um pblico ao qual foi negado o direito educao durante a infncia e/ou

    adolescncia, seja pela falta de vagas, seja pelas inadequaes do sistema de ensino, ou pelas

    suas condies socioeconmicas desfavorveis. So jovens adultos e idosos/as, que, por

    razes variadas, no ingressaram ou no concluram os anos escolares em idades compatveis

    s sries e esto retornando aos estudos. So alunos/as trabalhadores/as, em sua maioria,

    pais e mes de famlia ou com alguma problemtica pessoal que os privou dos estudos.

    Em virtude do diferencial desses alunos, faz-se necessrio, uma metodologia mais

    dinmica que proponha um envolvimento terico e prtico. Assim, considerar a

    heterogeneidade desse pblico, seus interesses, identidades, preocupaes, necessidades,

    expectativas em relao escola, habilidades, enfim, sua vivncia, torna-se de suma

    importncia para a organizao do trabalho pedaggico.

    Para atender uma clientela educacional to ecltica, tambm se faz necessrio, uma

    equipe pedaggica mais pontual e perspicaz, que exera o seu trabalho com eficcia

    metodolgica estimulante, para que os contedos a serem trabalhados faam sentido,

    tenham significado e, sobretudo, sejam elementos concretos na sua formao,

    instrumentalizando-o pelo domnio de conhecimentos que o habilite para uma interveno

    significativa na sua realidade.

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    17

    3 ORGANIZAO DA AO PEDAGGICA

    3.1 Mtodo didtico

    A definio do mtodo didtico

    fundamental na organizao das prticas pedaggicas

    da escola, pois, alm de definir a forma de organizao

    e de abordagem dos contedos escolares, determina o

    tipo de aprendizagem pretendida. Os atributos da

    aprendizagem dos/as alunos/as esto diretamente

    vinculados ao tipo de mtodo utilizado no processo de

    ensino.

    Enquanto os contedos dizem respeito a o qu aprender, o mtodo se reporta ao

    como aprender, sendo que a mesma lgica se aplica ao ensinar. Em sntese, o mtodo

    didtico diz respeito forma de fazer o ensino acontecer para que a aprendizagem se

    efetive do modo esperado.

    A adoo de um mtodo torna o trabalho educativo mais eficiente na medida em

    que orienta o professor ao facilitar e possibilitar aprofundamentos tericos e prticos, sem,

    contudo, ditar os procedimentos que devero ser executados em sala de aula, pois h

    diversas formas de abordar uma mesma atividade sem fugir ou contrariar o mtodo

    adotado.

    Ento, o trabalho pedaggico se caracteriza por ser uma atividade planejada, com

    objetivos claramente estabelecidos e com aes organizadas de forma sistemtica,

    didaticamente preparada para que a aprendizagem se efetive. Para isso, o ensino precisa

    ser organizado de modo que a mediao SujeitoObjeto do conhecimento possa alcanar o

    xito esperado: a efetivao da aprendizagem.

    Deve ser entendido como o fio condutor das prticas pedaggicas das escolas,

    independente da etapa de ensino, da disciplina ou ano escolar, o mtodo didtico, que

    pode ser conceituado como o conjunto de aes e procedimentos que, realizados numa

    sequncia lgica e ordenada, assegura a consolidao da aprendizagem dos alunos.

    (MARCHIORATO, 2013)

    A partir dessa compreenso, possvel afirmar que o mtodo didtico o ncleo do

    ensino, o que significa que todo ensino pressupe um determinado mtodo e vice-versa. O

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    18 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    mtodo didtico est intimamente vinculado s expectativas educacionais, compreenso

    do papel social e especfico da escola e concepo de aprendizagem.

    importante atentar para determinados fundamentos que orientam uma opo

    metodolgica que propicie a integrao e articulao entre:

    (i) os conhecimentos da disciplina;

    (ii) os conhecimentos da disciplina com os de outras disciplinas e reas de

    conhecimento;

    (iii) os conhecimentos cientficos e a prtica social;

    (iv) os conhecimentos e os saberes e vivncias dos/as alunos/as;

    (v) a teoria e a prtica;

    (vi) a apropriao dos conhecimentos e a compreenso do mundo;

    (vii) as aprendizagens j consolidadas e as que esto em processo de efetivao;

    (viii) a educao escolar, o trabalho e a prtica social.

    Esses fundamentos metodolgicos destacam a prtica social como eixo do trabalho

    pedaggico, em torno do qual a aprendizagem e o ensino se movimentam. Nesse sentido,

    possvel dizer que a prtica social o ponto de partida e o ponto de chegada do processo de

    ensino, considerando que o trabalho pedaggico tem como finalidade ampliar a

    compreenso sobre os elementos, nexos, inter-relaes, contradies e fundamentos que

    constituem a realidade social.

    Desta forma, no sentido de assegurar maior equidade nos resultados educacionais

    da Rede Estadual de Ensino do Estado do Maranho, essencial que seja definido o mtodo

    didtico, condutor da organizao do trabalho pedaggico das escolas e da ao docente.

    Com base nas finalidades das polticas educacionais e nos fundamentos

    metodolgicos identificados nas legislaes educacionais atuais, faz-se uma opo

    metodolgica fundamentada no mtodo dialtico.

    Essa opo metodolgica explicita o movimento do conhecimento como passagem

    do emprico ao concreto, pela mediao do abstrato. Ou a passagem da sncrese sntese,

    pela mediao da anlise (SAVIANI, 2005, p.142).

    Por compreender a dinmica existente no processo de mobilizao e construo de

    conhecimentos, o mtodo dialtico possibilita que o/a professor/a, consciente dos limites e

    potencialidades dos/as alunos/as estabelece mediaes entre o conhecimento cientfico e o

    conhecimento oriundo da prtica social.

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    19

    Isso significa dizer que o/a professor/a, enquanto mediador/a do processo de

    ensino e aprendizagem deve levar em considerao o conhecimento prvio do/a aluno/a,

    sendo esta a primeira premissa que possibilitar, posteriormente, a 1 etapa do mtodo que

    a problematizao. Logo, tanto um quanto o outro so ensinantes, na medida em que a

    sala de aula passa a ser um ambiente de dilogo investigativo.

    Nessa perspectiva metodolgica, a compreenso da prtica social (conhecimento

    prvio, o contexto social, experincias do cotidiano...) o ponto de partida do processo de

    ensino e aprendizagem, pois proporo que instrumentalizado pelo conhecimento

    cientfico, o/a aluno/a apresentar uma viso sinttica sobre os elementos, relaes e

    objetos que a constituem.

    Nesse sentido, o mtodo didtico, na perspectiva dialtica, estrutura-se em quatro

    etapas, a saber: problematizao, instrumentalizao, catarse e sntese.

    PRTICA SOCIAL

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    20 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    1 etapa Problematizao

    Para que um conhecimento seja aprendido e recriado, necessariamente, deve haver

    um movimento de levantamento de conhecimentos prvios em torno daquilo que instiga

    o/a aluno/a, que ser provocado pelo/a professor/a de forma intencional, tendo em vista os

    conhecimentos das disciplinas do currculo obrigatrio.

    O papel do/a professor/a, nesta 1 etapa do mtodo, ser o de motivar, desafiando

    o/a aluno/a para identificar os limites e possibilidades do conhecimento a partir da sua

    prtica social. Este processo de sensibilizao inerente problematizao propriamente

    dita, considerando que o tempo utilizado nesta etapa fundamental para o estreitamento

    entre os conhecimentos da prtica social e o currculo contemplado nas Diretrizes

    Curriculares.

    Colocado no incio da aula, a sensibilizao visa mexer com a imaginao,

    fertilizando-a para tornar espontneo o surgimento de perguntas a respeito de opinies ou

    crenas sobre o tema em discusso. Cabe, portanto, ao professor/a compreender os

    diferentes nveis de percepes dos/as alunos/as, considerando que na sala de aula, existem

    alunos/as cinestsicos, visuais e auditivos que favorecem os canais de participao nas

    atividades de levantamento de conhecimentos prvios.

    Desse modo, atividades que envolvem vivncias, cenrios, personagens, notcias,

    informaes, imagens, sons, dinmicas de ativao da imaginao criativa em torno de um

    tema, dentre outros, so procedimentos adequados na referida etapa.

    Esse momento torna relevante a participao dos sujeitos de sala de aula, que sem

    a mesma no se concretizar a aprendizagem. Compete ao professor/a efetivar a etapa de

    problematizao da prtica social do aluno/a, provocando-o por meio de questes como:

    Como voc relaciona este ponto com este outro?

    Voc concorda (ou discorda) com o que pensa seu/sua colega? Por qu?

    Como voc concluiu isso?

    Como voc teve esta ideia?

    O que pretende mostrar com o exemplo dado?

    Qual a diferena ou semelhana entre seu ponto de vista e o de seu colega?

    Se ocorresse tal coisa (enunciar), o que mudaria no seu ponto de vista?

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    21

    O que seu colega precisaria mostrar para voc concordar com o seu ponto de

    vista?

    Pretende-se a partir de ento, transformar, sentimentos e conflitos em perguntas

    que buscam significados claros para estabelecer crenas e opinies. O objetivo explorar e

    ampliar o repertrio destas opinies e crenas, problematizando-as. Ainda que o/a

    educando/a no tenha uma opinio formada, deve ter pelo menos um esboo meio

    automatizado de posicionamento quanto a questes prticas.

    A problematizao permite ir alm do sentido comum e aparente das coisas, assim

    como, pr em questo a multiplicidade e variao das opinies dos/as alunos/as. Destaca-se

    ento, o papel do/a professor/a que deve estimular o aparecimento do maior nmero de

    perguntas. Sua interveno se faz necessria melhorando o sentido das perguntas,

    explicitando melhor as que no foram bem formuladas, agrupando-as quanto aos aspectos

    comuns ou divergentes.

    Nesse sentido, o/a professor/a no deve ignorar ou criticar as proposies dos/as

    alunos/as. Pelo contrrio, dever ajud-los/as na reelaborao dos seus questionamentos

    originados a partir da prtica social, traduzida pela fala ou manifestao destes.

    O/a professor/a deve ser o/a principal responsvel pela problematizao na

    mediao de uma comunidade que dialoga. Para isso pode utilizar as seguintes questes:

    Se acontecer isto, o que voc espera que acontea depois?

    Se j aconteceu isso, o que voc supe ou imagina que tenha acontecido

    antes?

    Diante de tal fato, quais as possibilidades de: ao, consequncia, sentimento;

    O que voc conclui sobre esses assuntos? Sua concluso tem lgica? Com

    base em qu? Voc pode dar exemplo? Voc pode dar razes?

    O importante que todo/a professor/a se convena de que na sociedade permeada

    de informaes e de conhecimentos, cumprir com os contedos de sua rea de modo

    aleatrio ou realizar alguma atividade programada, no suficiente para a apropriao do

    conhecimento pelo/a aluno/a. preciso que o trabalho escolar esteja sempre conectado

    com a vivncia e conhecimentos prvios que os/as alunos/as possuem. Do contrrio, o

    processo de aprendizagem se tornar burocratico, com a negao e restrio das

    possibilidades de participao do/a aluno/a na construo de um novo conhecimento.

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    22 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    Nessa perspectiva, a problematizao uma etapa que exige de docentes e

    discentes um novo olhar, de preferncia investigativo e crtico, diante do que est posto,

    estruturado e concebido como verdade absoluta, ou at mesmo verdade desconhecida ou

    conhecida superficialmente.

    2 etapa Instrumentalizao

    A instrumentalizao se caracteriza pela necessidade tanto do/a professor/a quanto

    do/a aluno/a em acessar os instrumentos cientficos (contedos das disciplinas), para

    responder s questes oriundas da fase de problematizao, com o objetivo de transformar

    e aprimorar aqueles conhecimentos espontneos, frutos de suas crenas e opinies

    concernentes ao contexto em que vivem.

    Contudo, compete ao docente buscar, didaticamente, os instrumentos necessrios

    para que o discente obtenha respostas acerca de suas indagaes e inquietaes,

    provenientes da etapa anterior. Para tanto, o/a professor/a deve organizar principalmente

    os contedos cientificos das disciplinas, alm dos contedos dos temas sociais, a que

    culminar em um processo de mediao daquilo que o aluno ainda no sabe fazer ou

    conceber sozinho, para um nvel mais elevado de autonomia intelectual.

    No processo de instrumentalizao, o/a aluno/a necessitar da orientao e

    direcionamento do/a professor/a, como facilitador/a e poder contar, ainda, com outros/as

    alunos/as, partcipes do processo, isto , parceiros experientes presentes no ambiente

    heterogneo da sala de aula.

    Desse modo, professor/a e alunos/as manusearo instrumentos tericos e prticos

    conseguidos por meio de atividades, tais como: pesquisas, estudos, consultas e trocas de

    experincias, saberes que respondam aos novos desafios da estruturao de conceitos

    cientficos.

    3 etapa Catarse

    Esta etapa se caracteriza pela sntese mental, isto , quando o/a aluno/a toma

    conscincia e se redireciona a caminho de um significado a partir dos conceitos que formula.

    Nesse momento, o/a professor/a tem mais elementos para avaliar o/a aluno/a, que

    expressa o que aprendeu sobre o contedo, por meio da elaborao terica de conceitos

    novos.

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    23

    Na demonstrao da formao de conceitos pelo/a aluno/a, o/a professor/a pode

    utilizar perguntas que promovam a sntese durante a catarse, como:

    Qual a ideia principal que resume seu pensamento at agora?

    Qual a questo principal que esteve no centro de todas as nossas discusses?

    Qual a melhor justificativa apresentada para o seguinte ponto de vista?

    Qual a melhor razo para a seguinte escolha ou interpretao?

    O/a aluno/a consegue, assim, demonstrar, por meio da fala e atitudes, que

    compreendeu aquele contedo em um nvel mais elevado, mais consistente e estruturado.

    Essa verificao das aquisies de novos conhecimentos deve ser feita pelo/a professor/a

    que elabora atividades avaliativas de sondagem, que confirmam, de fato, se ocorreu e como

    ocorreu a sintese mental.

    Na catarse, o/a aluno/a est confortvel para expressar seus pensamentos e ideias,

    decorrentes das etapas anteriores. Nessa etapa, o/a aluno/a expressa uma nova maneira de

    ver os contedos e a prtica social. Confirmada a ocorrncia da sntese mental, ser

    realizada a ltima etapa. Caso contrrio, faz-se necessrio rever as etapas anteriores.

    4 etapa Sntese

    O ciclo de aprendizagem que vai do sincrtico ao sinttico, parte da prtica social

    que perpassa pela proposio de atividades desafiadoras e problematizadoras at a

    consolidao da aprendizagem, por meio da formao de conceitos, culminando na

    constituio de significados.

    No ato de sintetizar, o/a aluno/a demonstra, por aes ou intenes, que o

    contedo que o/a professor/a vem trabalhando pode ser usado para transformar sua

    prpria existncia e responder aos seus questionamentos.

    um momento de triunfo, de chegada, de sentir-se socialmente atuante, seguro e mais independente em relao dependncia de ter um mediador, porque consegue externar os conhecimentos internalizados que respondem aos problemas relativos prtica social, a qual inicialmente uma e no final, pode-se dizer que e no a mesma. (SAVIANI, 2008, p. 58).

    Reitera-se que, em funo do mtodo dialtico, a organizao curricular adotada

    por esta Rede de Ensino prope a superao de um trabalho com os conhecimentos

    desenvolvidos de forma isolada e orienta a organizao e integrao dos diversos contedos

    em reas de conhecimento.

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    24 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    O professor, na etapa de sntese, poder utilizar no dilogo com a turma

    questionamentos como os abaixo sugeridos, e propor registro escrito.

    Voc ficou satisfeito com as concluses?

    Voc expressou bem as suas ideias?

    Voc poderia ter se expressado melhor?

    Voc percebe que o que aprendeu til para a continuao dos estudos para

    o trabalho ou o exerccio da cidadania?

    Voc sugere alguma questo para novas discusses?

    Neste ponto de chegada do processo de ensino e de aprendizagem, os/as alunos/as

    ascendem ao nvel sinttico em que j se encontrava o/a professor/a desde o ponto de

    partida. Essa elevao dos alunos ao nvel do/a professor/a essencial para se compreender

    a especificidade da relao pedaggica.

    Na etapa da sntese o/a aluno/a demonstra a compreenso de vrios significados,

    por meio de uma atividade escrita. O/a aluno/a estar preparado para a elaborao de

    conceitos, desenvolvimento de atitudes e procedimentos, que possibilitam ao/a professor/a

    avaliar a passagem do pensamento sincrtico ao sinttico, ou seja, o processo de ensino e

    aprendizagem, condio essencial para que a escola cumpra a sua funo social.

    3.2 Planejamento do trabalho pedaggico numa perspectiva interdisciplinar

    A palavra interdisciplinaridade pressupe a

    interao de disciplinas, contudo, no exclui,

    necessariamente, a organizao dos

    conhecimentos em disciplinas. O conceito de

    interdisciplinaridade diz respeito ao dilogo

    entre os conhecimentos produzidos pelas

    diferentes disciplinas, com o objetivo de

    compreender melhor os processos, os

    fenmenos e as prticas sociais, culturais e fsicas que constituem a realidade.

    Essa integrao mtua de ideias e conceitos cientficos so necessrios

    compreenso mais ampla sobre os determinantes de um dado fenmeno, seja ele natural,

    fsico, biolgico ou social, j que os conhecimentos de uma nica disciplina no so

    suficientes para explic-lo.

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    25

    A interdisciplinaridade est intimamente relacionada a uma abordagem

    metodolgica que propicia maior articulao e reflexo entre as diversas disciplinas ou entre

    as heterogeneidades de uma mesma cincia, garantindo uma anlise mais dinmica e

    sistmica da realidade. A interdisciplinaridade no anula a contribuio dos conhecimentos

    especficos produzidos em cada campo ou rea da cincia, pelo contrrio, valoriza todo o

    conhecimento produzido historicamente e busca (re) estabelecer as conexes existentes

    entre eles.

    Essa forma de compreenso do conhecimento pressupe aes de reciprocidade,

    de dilogo entre as diversas reas da cincia e de tentativas de (re) ligao dos saberes.

    Fazenda (2002, p.52) afirma que,

    (...) pelo prprio fato da realidade apresentar mltiplas e variadas facetas, no mais possvel analis-la sob um nico ngulo, atravs de uma s disciplina. Torna-se necessrio uma abordagem interdisciplinar que leve em conta o mtodo aplicado, o fenmeno estudado e o quadro referencial de todas as disciplinas participantes, assim como uma relao direta com a realidade.

    Na escola, trabalhar o conhecimento nessa perspectiva, exige que o trabalho

    pedaggico seja tambm planejado de forma interdisciplinar, o que implica criar

    oportunidades institucionais para a incorporao de hbitos e atitudes interdisciplinares em

    que o dilogo entre professores e disciplinas estabelea um canal comum aos

    conhecimentos especficos, de modo a perceber que os limites das reas e das disciplinas na

    busca da compreenso da realidade, podem ser superados. reconhecer a incompletude da

    disciplina e, ao mesmo tempo, a complementaridade entre as diversas disciplinas e, assim,

    cada disciplina d sua contribuio, preservando a integridade de seus mtodos, conceitos

    chaves e sua epistemologia (FAZENDA, apud MARCHIORATO, 2013).

    Construir uma prtica interdisciplinar requer dos professores (especialistas das

    disciplinas) um olhar mais amplo e profundo sobre o objeto epistemolgico de sua rea de

    estudo, buscando compreend-lo a partir de outros determinantes (sociais, polticos,

    econmicos, histricos, culturais, antropolgicos, sociolgicos, filosficos, etc.) e procurando

    estabelecer as conexes com os conhecimentos de outras reas.

    Essa prtica exige do especialista domnio aprofundado dos conhecimentos de sua

    rea especfica, conhecimentos bsicos de outras reas e rigor metdico. Neste contexto das

    prticas interdisciplinares que se insere a transversalidade como proposta de trabalho

    integrado entre as reas de conhecimento. Os temas transversais so eixos unificadores da

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    26 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    ao educativa nas diversas disciplinas e sua abordagem deve se orientar pelos processos de

    vivncia social que emergem do dia-a-dia dos/as educandos/as.

    S possvel a transversalidade pela prtica interdisciplinar. A transversalidade

    implica na quebra da fragmentao do conhecimento e em se desenvolver um olhar

    mltiplo que abranja a complexidade crescente do mundo ps-moderno. um fluir de ideias

    e, mais particularmente, um movimento de reflexo sobre estes conceitos que emergem da

    realidade. Esta abordagem cientfica vem modificando a forma como o Homem se volta para

    si mesmo e procura entender seu papel no mundo e tambm a prpria compreenso da

    interao do universo com o ser humano.

    As temticas devem envolver as diversidades e os interesses sociais. Cabe escola

    organizar esse processo por meio de um planejamento coletivo, organizando atividades

    integradoras entre as reas de conhecimento, pois o conhecimento cientfico fator

    preponderante na construo elaborada dos temas emergentes.

    Nesse sentido, a organizao da ao pedaggica de cada escola deve ser traduzida

    na forma de planejamento interdisciplinar, o qual dever ocorrer em diversos nveis:

    - planejamento por reas de conhecimento, contendo as competncias esperadas

    e a abordagem interdisciplinar entre as disciplinas de cada rea do conhecimento e entre

    elas;

    - planejamento por disciplina, indicando as aprendizagens esperadas, os contedos

    e a forma de ensino , assim como das atividades interdisciplinares que sero desenvolvidas

    entre as disciplinas que envolvem conhecimentos afins, temas transversais e outros;

    - plano de aula com as devidas sequncias didticas organizadas por aula ou dia

    letivo;

    3.3 Organizao do trabalho pedaggico em reas do conhecimento e disciplinas.

    A organizao dos contedos escolares em reas do conhecimento indica a

    intencionalidade em promover a construo de determinadas competncias na formao

    dos alunos, de acordo com o objeto especfico. Isto significa dizer que o conjunto de

    aprendizagens consolidadas responsvel pelo desenvolvimento das competncias da rea.

    A orientao das legislaes atuais estabelece que a organizao curricular deve ser

    constituda de uma base nacional comum e uma parte diversificada compondo um todo

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    27

    integrado. A organizao curricular por reas do conhecimento aparece como ponto comum

    nas legislaes e, como tal, devem receber tratamento metodolgico com nfase na

    contextualizao e na interdisciplinaridade ou outras formas de interao e articulao entre

    diferentes campos de saberes especficos ( 1, p.03, Resoluo N 002/2012-CEB/CNE).

    Essa forma de organizao no exclui, nem dilui os componentes disciplinares com seus

    objetos especficos e seus saberes particulares, mas alerta para a integrao e o

    fortalecimento das relaes entre eles.

    Na organizao curricular, as disciplinas escolares representam recortes dos

    conhecimentos cientficos. So rudimentos desses saberes selecionados,

    proporcionalmente, para cada nvel e etapa de ensino. Fazem parte do trabalho escolar os

    conhecimentos bsicos da cincia e os instrumentos essenciais apropriao e produo

    dos conhecimentos cientficos, em graus de complexidade diferentes conforme nvel de

    escolarizao.

    A organizao disciplinar permite o conhecimento sobre diversos objetos de estudo,

    conforme as disciplinas elencadas e o nvel de aprofundamento estabelecido, a anlise de

    seus elementos constitutivos, o domnio de seus conceitos e a compreenso das inter-

    relaes dos contedos especficos de cada disciplina. Disciplina aqui entendida enquanto

    conjunto especfico de conhecimentos com suas prprias caractersticas sobre o plano do

    ensino, da formao dos mecanismos, dos mtodos das matrias.

    A estrutura pode ser disciplinar, mas a ao pedaggica que d o movimento e a

    dinamicidade ao processo de ensino-aprendizagem deve ser interdisciplinar, o que significa

    dizer que a abordagem metodolgica dos contedos escolares nas diversas disciplinas deve

    possibilitar o entendimento do papel e da funo do objeto em questo numa determinada

    realidade, a anlise de seus elementos constitutivos, o domnio de seus conceitos bsicos e a

    compreenso do conjunto de inter-relaes que os elementos do objeto de estudo

    estabelecem entre si e destes com outros objetos e elementos da realidade.

    Assim, as Diretrizes Curriculares da Rede Estadual de Ensino definem a organizao

    do trabalho pedaggico no Ensino Fundamental e no Ensino Mdio, a partir de quatro reas

    do conhecimento, desdobradas em disciplinas, a saber:

    a) Linguagem, Cdigos e Suas Tecnologias;

    b) Matemtica e suas Tecnologias;

    c) Cincias Naturais e suas Tecnologias;

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    28 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    d) Cincias Humanas e suas Tecnologias.

    Nos quadros a seguir, descrevem-se as competncias ou capacidades esperadas:

    3.4 Competncias ou capacidades nas reas de conhecimento

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    29

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    30 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    31

  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    32 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    3.5 Matrizes Curriculares do Ensino Fundamental Anos Iniciais

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  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho 2

    33

    2.

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  • Diretrizes Curriculares Estado do Maranho2

    34 Diretrizes Curriculares Estado do Maranho

    3.

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    Part

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    iar

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    es

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    es

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    ativ

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    ria

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    sic

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    ural

    .

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    de

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    paci

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    mo

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    pa

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    uno

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    luta

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    dife

    rent

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    ifest

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    s cu

    ltura

    is,

    nos

    ambi

    tos

    mun

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    al e

    loca

    l;

    Co

    nhec

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    po

    ssib

    ilida

    des

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    ita

    es

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    tabe

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    etas

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    alit

    ativ

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    ntit

    ativ

    as p

    esso

    ais.

    Co

    nhec

    er,

    valo

    riza

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    prec

    iar

    e de

    sfru

    tar

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