diagnÓstico da doenÇas psicossomÁticas

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DIAGNÓSTICO DA DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS. Profa. Dra. Liliana A M Guimarães Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria- Faculdade de Medicina UNICAMP. Histórico da Concepção Psicossomática. Duas correntes complementares Em oposição Desde o início da História da Medicina  - PowerPoint PPT Presentation

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1

DIAGNÓSTICO DA DOENÇAS DIAGNÓSTICO DA DOENÇAS PSICOSSOMÁTICASPSICOSSOMÁTICAS

Profa. Dra. Liliana A M GuimarãesDepartamento de Psicologia Médica e Psiquiatria-

Faculdade de MedicinaUNICAMP

2

3

Histórico da Concepção Histórico da Concepção PsicossomáticaPsicossomática

Duas correntes complementares Em oposição Desde o início da História da

Medicina

Parte ClínicaConcepção da Doença

4

1- Antiguidade Grega- 1- Antiguidade Grega- Hipócrates e a Escola de COSHipócrates e a Escola de COS

Objeto: O homem doente em sua totalidade.

Concepção: sintética e dinâmica que prefigura o enfoque psicossomático.

5

2- Galeno e a Escola de 2- Galeno e a Escola de CnideCnide

Baseia-se na noção de Doença (à qual é conferida uma existência autônoma).

Concepção: Positivista e Mecanicista.

6

Termo psico- somáticoTermo psico- somático1818- HEINROTH-

Psicossomático-

Psicanálise- Retoma a concepção monista (holista) do homem.

7

Escola de ChicagoEscola de Chicago-Perfis Específicos-Perfis Específicos de Personalidade- de Personalidade-

ALEXANDER

DEUTSCH

DUNBAR entre outros

8

Escola de ParisEscola de Paris

MARTYM `UZANDAVIDFAIN

9

Escola Psicossomática de ParisEscola Psicossomática de Paris- “Economia Psicossomática”-- “Economia Psicossomática”-

Visa definir um tipo mais geral de

organização psíquica que favoreceria a

somatização dos afetos.

10

Para a Escola de Paris Para a Escola de Paris A Doença resulta daA Doença resulta da conjunção de: conjunção de:

“ uma falha na organização do indivíduo,

de uma ataque desorganizador externo ou interno e

de um poder maior ou menor de reorganização” .

11

1as Doenças rotuladas 1as Doenças rotuladas como Psicossomáticascomo Psicossomáticas(Doenças Clássicas ou Maiores)

ÚlceraAsma BrônquicaHipertensão ArterialEnxaquecaArtrite Reumatóide

12

IREES (1976)IREES (1976)Ampliação.

Relação extensa que descreve os

“distúrbios psicossomáticos mais comuns”.

13

Distúrbios Respiratórios:Distúrbios Respiratórios:

Asma

Renite

Febre do Feno

14

Distúrbios do Aparelho Distúrbios do Aparelho DigestivoDigestivo

Úlcera

Doenças do Cólon

15

Doenças das Articulações e Doenças das Articulações e MuscularesMusculares

Artrite Reumatóide

“ Fibrosite”

16

Doenças CardiovascularesDoenças CardiovascularesHipertensão arterial “essencial”. “Doenças das artérias coronárias”:

Angina Infarto

Acidentes Vasculares Cerebrais.Enxaquecas.

17

Doenças do Aparelho Doenças do Aparelho Reprodutor FemininoReprodutor Feminino

Ausência de menstruação (amenorréia) ou menstruação escassa;

Cólicas menstruais;Tensão Pré-Menstrual (TPM);Perturbações da Menopausa.

18

Doenças da PeleDoenças da PelePraticamente todas.

Pisoríase

Pitiríase

19

Trabalhos Trabalhos EpidemiológicosEpidemiológicos

Achados:Achados: HIPERTENSÃO:- Rara entre os chineses de Taiwan;- Alta incidência entre estudantes chineses que moram nos EUA;

CORONARIOPATIAS:- Raras nos Japão.

20

ÚLCERAS PÉPTICAS: - Freqüentes no sul da Índia

AFECÇÕES DIGESTIVAS: - Freqüentes no sul da Itália- Menor nos países escandinavos

ENXAQUECA:- Freqüente nos países escandinavos- Menor no sul da Itália

21

FRANZ ALEXANDERFRANZ ALEXANDER - Escola de Chicago - - Escola de Chicago -

Não renuncia a uma explicação neurofisiológica da gênese das disfunções viscerais.

Alexander e seus seguidores tentam paralelamente: estabelecer os perfis de personalidade específica de tal ou qual afecção, fazendo referência ‘a teoria psicanalítica.

22

Alexander:Alexander:

Se as duas tendências básicas dos animais e humanos (agressão/luta e fuga) são por alguma razão bloqueadas, o resultado será um desequilíbrio do sistema neurovegetativo.

23

AlexanderAlexander

“Os indivíduos que vivem em permanente estado de tensão, rivalidade e competição, na maioria das vezes, bloqueiam a expressão física deste estados”.

24

Há 100 anos- MAUDESLEY:Há 100 anos- MAUDESLEY: “ Se a emoção não se libera, vai agarrar-se

aos órgãos, perturbando seu funcionamento. O desgosto que se pode exprimir por meio de gemidos e lágrimas é rapidamente esquecido, enquanto que, o sofrimento mudo, que remói incessantemente o coração, termina por abatê-lo“.

25

A ALEXITIMIA- SIFNEOSA ALEXITIMIA- SIFNEOS“ Detecta-se no discurso do

paciente uma carência de meios de expressão das emoções” .

“ Postula por um substrato neurofisiológico e pela dificuldade de exprimir a vivência emocional pelo registro verbal”.

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ALEXITIMIAALEXITIMIA Incapacidade ou dificuldade de se

expressar emocionalmente, reagir, sentir e externar afetos.

Incapacidade para fantasiar É difícil, às vezes impossível abstrair Mundo da fantasia é pobre “ Pensamento operatório “ – ocasiona

baixa capacidade para perceber afetos e emoções. Fica mais no concreto.

27

ALEXITIMIAALEXITIMIA Afeto necessita de vazão Se a expressão verbal ou corporal

está bloqueada: Descarga nos órgãos internos Pela incapacidade de comunicar

com palavras pessoa fala com a linguagem dos órgãos.

Adoecimento de determinado(s) órgão (s).

28

Alexander:Alexander: A repetição dos bloqueios ou sua

cronificação:

Desequilíbrio neurovegetativo (ou distonia)

29

Leva ou predispõe à Leva ou predispõe à ocorrência de doenças:ocorrência de doenças:

Hipertensão arterial Enxaqueca Hiper tireoidismo Artrite Diabetes Doenças Cardiovasculares

30

AlexanderAlexander2 Categorias de Doentes:Todos divididos entre Tendências:

Ativas e Passivas Ativos: Independentes,

hiperativos, combativos.Passivos: Desejo de

Dependência mais manifesto e Busca Afetiva mais explícita.

31

Exemplos:Exemplos:

Ativos - Hipertensão Arterial Essencial - Hipertireoidismo

Passivos - Úlcera Gastroduodenal - Asma

32

PERFIS DE PERFIS DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Dos Hipertensos;Dos Ulcerosos;Dos portadores das doenças

asmáticas;Dos portadores das doenças

alérgicas.

33

Perfis de PersonalidadePerfis de PersonalidadeHIPERTENSOS (Saul, Dunbar e

Alexander)

Duas tendências contraditórias:

Passividade e Dependência XDomínio e Autonomia

34

ROSENMAN e FRIEDMAN:ROSENMAN e FRIEDMAN:

Personalidade Tipo A

Personalidade Tipo B

35

PADRÃO TIPO A DE PERSONALIDADE

36

TIPO A

Fator de risco 7 vezes maior para cardiopatias que Padrão de Personalidade do Tipo B.

37

Características do Tipo ACaracterísticas do Tipo APreocupação com o Ter, não

com o SerAparência ImponenteCompetitivoNão aceita concorrênciaOs fracassos o adoecemReage com sensibilidade

38

Tendência à hiperatividadeTendência ao perfeccionismoControle rígido sobre os outros

e sobre si mesmoTendência a levar muito a sério

o que fazÉ um mal perdedorPleno de Trabalho

39

Falta de TempoDificuldade em lidar com a

própria ansiedadeHostilidade interior (nem

sempre manifesta)- componente nocivo

Ódio, irritação, aborrecimento, impaciência

40

1o o trabalho.

Luta crônica e incessante + em menor tempo.

Perfil do líderes, empreendedores.

Condenado ao êxito Condenado ao sofrimento

41

Características da fala do Características da fala do Tipo ATipo A

1- Primeiras palavras acentuadas, mais no início da conversa. Em seguida, certas palavras são pronunciadas de modo explosivo;

2- As últimas palavras da sentença são pronunciadas com muita rapidez;

3- As palavras são repetidas com demasiada ênfase;

42

4- Uso freqüente de interrupções enquanto o escutam : “ Hum”, “ Ah”, etc..;

5- Discutem quando interrompidos

6- Silêncio (pausa lenta) entre o fim da questão e a resposta;

7- Aumento do volume da voz;8- Velocidade ao Falar.

43

Características do TIPO B-Características do TIPO B- Tranqüilas Lentas Não se comprometem em geral com

prazos Evitam assumir encargos extras Não assumem múltiplas tarefas

simultaneamente Livram-se da premência do tempo e

da guerra contra o relógio.

44

Personalidade dos Personalidade dos UlcerososUlcerosos

Maior parte = cardiopatas

Diferencia-se: “ tendências orais frustradas”

Desejo intenso de dependência e de proteção

45

PARTICULARIDADE PARTICULARIDADE SEMIOLÓGICA da ÚLCERA:SEMIOLÓGICA da ÚLCERA:

A- paciente exprime queixa ao círculo familiar ou ao médico

B- com relação ao psicoterapeuta: Dependência e em expectativa

46

4 TIPOS DE PERSONALIDADE DO ULCEROSO (M´UZAN)

47

TIPO I- “ HIPERATIVO- TIPO I- “ HIPERATIVO- COMPETITIVO”COMPETITIVO”

Rejeita suas tendências passivas e dependência.

Afirma suas tendências ativas.

“ Vencedor”- “ Mandão” – “ Líder “- “Chefe”.

48

TIPO II- “ O TIPO II- “ O COMPENSADO”COMPENSADO”

Ativo profissionalmente.Passivo em casa ou vice- versaEvolução mais favorável.Raramente cirurgia.Boa adaptação Social.

49

TIPO III- “ O TIPO III- “ O ALTERNANTE”ALTERNANTE”

Posição intermediária entre II e IV.

Socialmente instávelAlterna as duas tendênciasSucessivamente passivo e

ativo

50

TIPO IV- “ O DEPENDENTETIPO IV- “ O DEPENDENTE” ”

Socialmente inadaptadoExibe exageradamente suas

tendências passivasFreqüentemente precisa de

cirurgiaTipo de pior evolução

51

EM COMUM:EM COMUM: Carência de afetos

Dificuldade de expressão de sua carência

Agressividade

52

PERSONALIDADE DO PERSONALIDADE DO ASMÁTICOASMÁTICO

ASMA- multifatorial Gênese: A- Predisposição genética (menor)

• Edfurs-Lubs- pesquisam 7000 gêmeos homozigóticos• Somente 18% eram asmáticosB- Sensibilização alérgicaC- Perfil psicológicoD- Fator ou episódio desencadeanteE- Natureza da relação mãe-filho

(MÃE- ÁCARA)

53

HAYNAL-HAYNAL- (1989) (1989)

“ Vitimização Mútua”:

“ Há famílias vítimas de asmáticos e asmáticos vítimas de suas famílias”.

54

Mais comum na infância:Mais comum na infância:Superproteção materna

Excessivo controle

Submissão filial não aceita

Traduz-se em asma

55

Na Vida Adulta:Na Vida Adulta:Pode reaparecer:

Frente a situações com dilema de abandono.

Situações que reeditam dependência, sobretudo materna.

56

Aspectos de SugestãoAspectos de Sugestão (positivo e negativo) (positivo e negativo)

Se acesso é desencadeado por poeira:

TVFaroesteCavalo levantando poeiraAtaque de asma

57

Ex:-Ex:-

Pessoa alérgica a pólen de flores:Se 1a crise foi desencadeada

por flores em uma salaDepois: Flores artificiaisPodem desencadearAtaque de Asma

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ALEXANDERALEXANDER Asmáticos Indivíduos ambiciosos.

Racionais, hipersensíveis, “ ser protegido”, “ ser aconchegado” – por personagem maternal.

Frustração desdobramento depressivo ou atitudes com agressividade manifesta.

59

Psicossomática na CriançaPsicossomática na Criança Deduções sobre a Gênese de alguns

traços das personalidade psicossomáticas do adulto

Infância- “ Idade do Ouro da Psicossomática” (Mazet e Houzel)

Corpo: utilizado para exprimir afetos.

60

Distinção entre psicossomático X Distinção entre psicossomático X conversivo e histérico:conversivo e histérico:

Quanto mais se retroage mais fica difícil esta distinção.

61

Distúrbios Funcionais:Distúrbios Funcionais: 1o SEMESTRE- cólicas idiopáticas SEGUNDO TRIMESTRE- “anorexia

nervosa” SEGUNDO SEMESTRE:

MERICISMO- vômito “ regurgitação provocada do alimento, que é novamente deglutida” (só quando a criança está só)

Associado com comportamentos auto-eróticos (chupar dedos, balançar a cabeça, entre outros).

62

Segundo Ano:Segundo Ano:

Vômitos PsicogênicosEspasmo do Soluço

Afecções psicossomáticas:1- Eczema (multifatorial)2- Asma brônquica

63

Conceito de Medicina Conceito de Medicina PsicossomáticaPsicossomática

Recente.

Organizando-se há cerca de 50 anos.

64

Estudos evoluem para:Estudos evoluem para:A pessoa como ser histórico

Sistema único constituído por 3 subsistemas:

“Corpo, Mente e Social”

65

Medicina PsicossomáticaMedicina Psicossomática

Não mais um ramo da Psiquiatria

Mas:Uma atitude em Medicina:

O ser humano (na saúde e na doença) como “ ser biopsicossocial”

66

GÖETHE:GÖETHE:

“ Em todo ser vivo, aquilo que designamos como partes constituintes, forma um todo inseparável que só pode ser estudado em conjunto, pois a parte não permite reconhecer o todo, nem o conjunto de ser reconhecido nas partes” .

67

GÖETHEGÖETHE

“ Há síntese maior que o ser vivo? “

68

Na frase de GÖETHE:Na frase de GÖETHE: A essência da noção na qual se

apóia a Medicina Psicossomática:

“A UNIDADE INDIVISÍVEL DO SER HUMANO”.

69

FIM

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