d e n g u e marÇo / 2008 - gerson penna - secretário de vigilância em saúde situação...
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D e n g u e
MARÇO / 2008
- Gerson Penna -Secretário de Vigilância em Saúde
Situação Epidemiológica e a importância da
assistência aos pacientes
INTRODUÇÃO
SEC XVIII - Primeiras epidemias – EUA
SEC XX - Dissemina-se para mais de 100 países após a 2ª Guerra, a partir
do desenvolvimento desordenado do sudeste asiático.
1996 - Plano de Erradicação do Aedes aegypti - financia 3701 municípios
2001 - Plano de Intensificação das Ações de Controle da Dengue
2002 - Resolução Nº 317 do CNS
- Reconhece a impossibilidade de erradicação em curto prazo
- Recomenda ao MS a elaboração de um programa para reduzir
incidência, índices de infestação e letalidade
Conseqüência - criação do Programa Nacional de Controle da Dengue
Histórico recente
Alerta da OMS - Manila - Julho 2007
2,5 bilhões de pessoas em risco80 a 100 milhões de casos por ano
Estimativa de 400.000 casos de FHD100 países endêmicos
Expansão da Dengue no Brasil, Determinantes:
Aumento da densidade populacional - 81% em áreas urbanas
Heterogeneidade na oferta regular de água entre as regiões do
país
Aumento da produção de lixo urbano com destino inadequado
Condições favoráveis para a rápida dispersão do vetor -
transporte de pessoas e cargas
- 35 mil pessoas/mês viajam entre Manaus e Venezuela (DEN 4)
Aumento na mobilidade da população e do fluxo de turistas
Municípios Infestados por Aedes aegypti
Fonte: SES
1996 2006
3.970municípios
1.753municípios
1996 – 2006duplicação de municípios infestados
Turismo Internacional
De 250 mil para 4,8 milhões de
turistas de 1970 - 1998
38% dos turistas internacionais
visitaram o Rio (2002 a 2004)
Previsão de 14 milhões de
turistas internacionais até 2020
Fontes: Instituto EcoBrasil
2,9 bilhões incluídos no PAC Saneamento - incidência
18.100 agentes de campo cedidos aos estados e municípios
575 milhões/ano transferidos a estados e municípios para as
atividades de prevenção e controle da dengue.
55 milhões/ano transferidos adicionalmente para contratação
de agentes de campo. 6.671 agentes contratados em 587
municípios.
111.039 profissionais capacitados entre médicos, agentes de
saúde, supervisores de campo,, técnicos em
vigilância epidemiológica
Dimensão da esfera federal no controle
200.000 exemplares do manual “Dengue Diagnóstico e Manejo Clínico” para as unidades de saúde do SUS
122 laboratórios para diagnóstico, em todas as UF
12 laboratórios de fronteira para monitorar a entrada de novos sorotipos virais
4 laboratórios sentinelas para monitorar a resistência dos inseticidas em municípios sentinelas
1858 veículos, 997 nebulizadores, 827 pulverizadores, 477 microscópios e 385 microcomputadores, para fortalecer a infra-estrutura de estados e municípios
4 milhões de tampas e capas distribuídos aos municípios
para vedação de caixas de água
222 ECOPONTOS implantados, em 200 municípios, em
articulação com a iniciativa privada, para recolhimento e
destino adequado de pneus.
31 consultores contratados para assessoramento às
Secretarias Estaduais de Saúde
40 milhões investidos em campanhas publicitárias com
veiculação nacional em rádio, TV e mídias exteriores
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Situação Epidemiológica 2007
Comparação dos casos notificados de dengue por Região: 2006 – 2007*
*Dados até a sem 52, sujeitos à alteração
Casos notificados e Hospitalizados
*Dados de Hospitalizações até Novembro/2007
Ondas epidêmicas em áreas localizadas
Endêmico/EpidêmicoCirculação do vírus em todas regiões
Brasil, 1986-2007*
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
900000
86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07
Cas
os
no
tifi
cad
os
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
Ho
spit
aliz
açõ
es
Casos notificados Hospitalizações
DENV2DENV1
DENV3
< 100 (baixa)
Entre 100 e 300 (média)
> 300 (alta)
Incidência (100.000 hab.), por município
Fonte: SES/MS*Dados sujeitos à alteração
Brasil, 2007*
Fonte: SES/MS(1)Dados sujeitos à alteração, *Casos autóctones confirmados, ** casos importados
Casos confirmados de FHD
Por faixa etária. Brasil, 2000 – 2007*
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Casos
< 15 anos
15 - 29
30 +
Linear (< 15 anos)
Sorotipos Circulantes, Brasil, 2001 - 2006
2005
200320022001
Nenhum
DEN 1
DEN 1 e 2
DEN 1, e 3
DEN 1, 2 e 3
Sorotipos circulantes
Múltiplasinfecções
Sorotipos Isolados
Sem circulação viral (SC e RS)
DEN 2 e DEN 3
DEN 3
DEN 1, DEN 2 e DEN 3
DEN 1 e 3
Sem Informação (PB)
Fonte: LRN/LRR/LRE
DEN 3
DEN 1 e 2
DEN 2 e 3
DEN 1, 2 e 3
Sem Informação / sem positividade
*Dados provisórios até dia 31.12.2007, sujeitos à alteração.** No Estado de SC não há registro de casos autóctones de dengue.
2006 2007*
Casos notificados e incidência/100.000 hab. por região. Brasil, 2007 – 2008*
Fonte: SES/MS *Dados sujeitos à alteração
Situação Epidemiológica 2008
Casos notificados e incidência/100.000 hab. por UF. Região Norte, 2007 – 2008*
Fonte: SES/MS*Dados sujeitos à alteração
Situação Epidemiológica 2008
Casos notificados e incidência/100.000 hab.por UF. Região Nordeste, 2007 – 2008*
Fonte: SES/MS*Dados sujeitos à alteração
Situação Epidemiológica 2008
Casos notificados e incidência/100.000 habpor UF. Região Sudeste, 2007 – 2008*
Fonte: SES/MS*Dados sujeitos à alteração
Situação Epidemiológica 2008
Casos notificados e incidência/100.000 habpor UF. Região Sul, 2007 – 2008*
Fonte: SES/MS*Dados sujeitos à alteração
Situação Epidemiológica 2008
Casos 2007 Casos 2008 %Incidência
2008Estrato
Sul 1.995 1.531 -23,26 5,5 Baixa
PR 1.891 1.395 -26,23 13,3 Baixa
SC (2) 59 113 91,53 1,9 Baixa
RS 45 23 -48,89 0,2 BaixaTotal Brasil 53.224 37.248 -30,02 19,7 Baixa
UFJANEIRO
Somente casos importados
Casos notificados e incidência/100.000 hab por UF. Região Centro-Oeste, 2007 – 2008*
Fonte: SES/MS*Dados sujeitos à alteração
Situação Epidemiológica 2008
Casos Notificados Macrorregião, Brasil, 1986 a 2008*
*Dados sujeitos à alteração
Situação Epidemiológica 2008
A partir do sudeste, dispersão no BR
Casos confirmados de FHD. Brasil, 1990 – 2008*
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50FHD Óbitos Letalidade
FHD 274 188 0 0 25 114 69 46 105 72 62 682 2714 727 103 463 682 1541 138
Óbitos 8 0 0 0 11 2 1 9 10 3 5 29 150 38 8 45 76 158 17
Letalidade 2,92 0,00 0,00 0,00 44,00 1,75 1,45 19,57 9,52 4,17 8,06 4,25 5,53 5,23 7,77 9,72 11,14 10,2512,32
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Situação Epidemiológica 2008
Fonte: SES/MS*Dados sujeitos à alteração
Com entrada do
Den 3 aumentou a letalidade
Casos por Capitais – 2008(1)
Fonte: SES/MS(1)Dados sujeitos à alteração, *Casos autóctones confirmados, ** casos importados
Sumário 2008*
11 UF respondem por 79,54% dos casos notificados no
Brasil: RJ, TO, PA, GO, RO, CE, BA, MT, MG e RN
138 Casos de FHD confirmados, 4 UF concentram 87% dos
casos: RJ, CE, RN e PA
17 Óbitos por FHD confirmados, distribuídos nos Estados
do: RJ (7), PA (6), RN (1), GO (1), SE (1) e MT (1)
Fonte: SES/MS*Dados sujeitos à alteração
ANÁLISE DE GRAVIDADE
2000 - 2006
Análise de Gravidade, 2000-2006
Utilizando dados do Sinan foi possível identificar o aumento da gravidade da dengue no Brasil: - variáveis:
Hematúria Metrorragia Sangramento Gastrointestinal Insuficiência Hepática Manifestações Neurológicas Miocardite Hipotensão Arterial Derrame Pericárdico Diarréia Hospitalização
% com insuficiência hepática % com manifestações neurológicas
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
I. hepat
98,9 91,7 66,1 26 15,6 20,5 17,5
M. neuro
97,9 91,4 65,8 25,6 15,2 19,9 17
Mio 97,9 91,6 66,2 26,2 15,9 20,4 17,6
% de ignorados/branco% com miocardite
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
2000 2001 2002 20003 2004 2005 2006
%
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1.0
2000 2001 2002 20003 2004 2005 2006
%
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1.0
2000 2001 2002 20003 2004 2005 2006
%
Brasil, 2000 a 2006
% com hematúria % com metrorragia
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Hema 97,8 97,4 63,0 21,8 10,8 16,0 13,7
Metro 97,7 91,1 63,1 21,9 11,1 16,2 13,8
S. gastr
97,8 91,1 63,2 22,2 11,2 16,3 13,9
% de ignorados/branco% com sangramento gastrointestinal
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2000 2001 2002 20003 2004 2005 2006
%
Mediana:0,46
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
1.8
2.0
2000 2001 2002 20003 2004 2005 2006
%
Mediana:0,6
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
1.8
2.0
2000 2001 2002 20003 2004 2005 2006
%
Mediana:0,47
Brasil, 2000 a 2006
% com diarréia % de hospitalizados
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Diarréia 98,6 90,5 58,1 17,7 6,4 12,1 11,1
Hospitalizaçao 97,8 92,4 70,9 38 21,6 75,9 22,28
% de ignorados/branco
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
2000 2001 2002 20003 2004 2005 2006
%
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
2000 2001 2002 20003 2004 2005 2006
%
Mediana:22,13Mediana:8,09
Brasil, 2000 a 2006
0.00
0.02
0.04
0.06
0.08
0.10
0.12
0.14
0.16
0.18
0.20
2000 2001 2002 20003 2004 2005 2006
%
% com derrame pericárdico
0.00
0.20
0.40
0.60
0.80
1.00
1.20
1.40
1.60
1.80
2.00
2000 2001 2002 20003 2004 2005 2006
%
% com hipotensão arterial
% de ignorados/branco
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
D. pericárdico 97,9 91,4 66,3 25,3 15,5 20,4 18,1
Hipotensão arterial
97,9 91,4 65,5 25,3 15,0 20,0 16,8
Brasil, 2000 a 2006
AÇÕES DESENVOLVIDAS 2007/2008
Ações desenvolvidas 2007Vigilância e Assistência
1. Concluído fase de campo do estudo multicêntrico –
DENCO/TDR/OMS (Carga da Doença dias perdidos de
trabalho e custos ambulatoriais versus hopitalizações
2. Manual de Capacitação para Enfermagem, com o COFEN
3. Novo Manual de Capacitação de Médicos
4. 380 mil protocolos distribuídos “Dengue diagnóstico e
manejo clínico – adulto e criança”
5. 300 mil CDs interativos – parceria com CFM e AMB
7. Carta do Ministro da Saúde para médicos e ESF
8. Elaborada ficha para investigação de óbitos por dengue
9. Elaborado Caderno Vigilância & Atenção Básica
10. Capacitados 88 multiplicadores clínicos e pediatras
11. Capacitados 40 técnicos em investigação de casos de FHD
12. Parceria Públicas, Privadas e do Terceiro Setor
13. ANS
Ações desenvolvidas 2007Vigilância e Assistência
Exemplo de parcerias
Unilever, Mc Donald´s, Coca-Cola, Cesp, Leroy Merlin,
Confederação Nacional de Indústrias, CEF, Banco do
Brasil, Rede Globo, Infraero, Anfarmag, Jornal JB,
Rádio Nova Brasil FM, COELBA, ABRAS/ASSESRJ.
Bandas - Jamil, Chiclete com Banana, Babado Novo,
Calcinha Preta, Vixi Mainha, É o Tchan, Alexandre
Peixe e Araketu - exibição dos jingles antes dos
shows realizados pelo Brasil.
Ações desenvolvidas 2007Comunicação e Mobilização
População em geral: Ambos os sexos, classe ABCDE 18+
Motivo: Mobilizar toda a população, estimulando a adoção de medidas simples, com o objetivo de evitar que o mosquito da dengue nasça.
Campanha de Combate à Dengue
Público - Alvo
Campanha Baseada em pesquisa de opinião pública
91% dos entrevistados se sentem informados sobre como se pega dengue
96% dos entrevistados recordam-se das campanhas
55% acham que se o vizinho não tomar as precauções necessárias para
evitar o mosquito, as medidas que ele mesmo adota, não adiantarão
Dengue diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança
Dengue Capacitação de médicos no diagnóstico e tratamento –
Manual do Monitor
Dengue Capacitação de médicos no
diagnóstico e tratamentoManual do Aluno
Ações desenvolvidas 2007Vigilância e Assistência
1. Seminário Internacional de Avaliação do PNCD
2. Reunião Comitê Técnico Assessor
3. Reuniões estaduais de avaliação
4. Convênios com Instituições de Pesquisas:
Monitoramento e avaliação - IMIP/UNICAMP
Combate ao vetor - FIOCRUZ/UFBA
Manejo de paciente - UFG
Ações desenvolvidas 2007Monitoramento e Avaliação
PRIORIDADES 2008
Prioridades para 2008
Vigilância e Assistência ao paciente
Combate ao Vetor
Capacitação
Monitoramento e Avaliação
Comunicação e Mobilização
Ações Prioritárias 2008Vigilância e Assistência
1. Implantar Sistema Sentinela para monitoramento viral em áreas estratégicas
2. Implantar Planos de Contingência nos municípios prioritários
3. Investigação sistemática de todos os óbitos suspeitos de FHD e DCC, com protocolo padronizado (em teste nos estados de PE e RN)
4. Agir estrategicamente com a atenção básica, priorizando os aglomerados de municípios de maior importância epidemiológica
5. Curso para Enfermeiros Multiplicadores
1. V Curso Internacional de Gestão Integrada de Prevenção e
Controle da Dengue
2. Formação de Multiplicadores para Certificação de Agentes Aplicadores de Inseticidas
3. Curso Básico de Avaliação e Monitoramento para os consultores estaduais PNCD
4. Envolvimento da ANS
Ações Prioritárias 2008Capacitação
OBJETIVOS
Objetivos
Garantir a assistência adequada aos pacientes
Reduzir a letalidade das formas graves da doença
Gerson PennaSecretário de Vigilância em Saúde
gpenna@saude.gov.br
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