panfleto geral isa penna

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Nós mulheres somos várias e muito distintas. Apesar disso, encontramos dificuldades muito parecidas, que temos que enfrentar cotidianamente. Nosso salário pelo mesmo serviço feito por homens é, em média, 30% menor. Anualmente, 2.1 milhões de mulheres são agredidas e diariamente 10 mulheres são assassinadas no Brasil. Somos assediadas e violen- tadas nas ruas e transportes públicos. Além disso, não existem creches ou lavanderias coletivas pois, o traba- lho doméstico é também nossa responsabilidade. Essa é a realidade das trabalhadoras brasileiras, a vi- da está cada vez mais dura para nós mulheres. Para muda-la precisamos exigir nossa participação política, nas ruas e nas eleições. Nossos direitos não serão da- dos, e sim conquistados por nós. Por educação pública e de qualidade para todos. É papel do governo garantir o acesso e a permanência ao ensino básico, médio e universitário. Isso só será possível a partir do investimento no ensino público e com medidas afirmativas como a adoção de cotas raciais e sociais. Lutamos pela legalização da maconha. Pela defesa das liberdades individuais e contra as mortes dos jovens nas periferias causadas pelo tráfico e militarização da polícia. Queremos o povo no poder e poder nas mãos do povo. Por assembleias populares, regionais e temáticas, com poder decisório, sobre planejamento e orçamento, sem interferência do mer- cado. Pela livre organização popular. Por um transporte público, gratuito e de qualidade, com tarifa zero. Poder andar pela cidade é essencial para acessarmos outros direitos, como tra- balho, saúde e educação. Isa Penna, 23 anos, é estudante de Direito da PUC-SP e começou sua trajetória política com 15 anos. Militou no movimento estudantil, participando de todas as grandes mobilizações antes, durante e depois de junho de 2013, na defesa das bandeiras da juventude, das mulheres, das LGBTs, negras, e por transporte público, educação e legalização da maconha. [email protected] isapenna50083 www.isapenna50083.org

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Page 1: Panfleto geral Isa Penna

Nós mulheres somos várias e muito distintas. Apesar disso, encontramos dificuldades muito parecidas, que temos que enfrentar cotidianamente.

Nosso salário pelo mesmo serviço feito por homens é, em média, 30% menor. Anualmente, 2.1 milhões de mulheres são agredidas e diariamente 10 mulheres são assassinadas no Brasil. Somos assediadas e violen-tadas nas ruas e transportes públicos. Além disso, não existem creches ou lavanderias coletivas pois, o traba-lho doméstico é também nossa responsabilidade.

Essa é a realidade das trabalhadoras brasileiras, a vi-da está cada vez mais dura para nós mulheres. Para muda-la precisamos exigir nossa participação política, nas ruas e nas eleições. Nossos direitos não serão da-dos, e sim conquistados por nós.

Por educação pública e de qualidade para todos. É papel do governo garantir o acesso e a permanência ao ensino básico, médio e universitário. Isso só será possível a partir do investimento no ensino público e com medidas afirmativas como a adoção de cotas raciais e sociais.

Lutamos pela legalização da maconha. Pela defesa das liberdades individuais e contra as mortes dos jovens nas periferias causadas pelo tráfico e militarização da polícia.

Queremos o povo no poder e poder nas mãos do povo. Por assembleias populares, regionais e temáticas, com poder decisório, sobre planejamento e orçamento, sem interferência do mer-cado. Pela livre organização popular.

Por um transporte público, gratuito e de qualidade, com tarifa zero. Poder andar pela cidade é essencial para acessarmos outros direitos, como tra-balho, saúde e educação.

Isa Penna, 23 anos, é estudante de Direito da PUC-SP e começou

sua trajetória política com 15 anos. Militou no movimento estudantil, participando de todas as grandes

mobilizações antes, durante e depois de junho de 2013, na defesa

das bandeiras da juventude, das mulheres, das LGBTs, negras, e por

transporte público, educação e legalização da maconha.

[email protected] isapenna50083

www.isapenna50083.org

Page 2: Panfleto geral Isa Penna

Junho de 2013 demonstrou que é possível mudar o que parecia ser imutável, revigoran-do nossa força para acreditar em sonhos, mu-danças e transformações da nossa sociedade tão desigual.

A criminalização da pobreza e dos movimen-tos sociais é responsabilidade dos governos federal, estadual e municipal, pois têm trata-do a política como caso de polícia. Precisamos dar um basta nisso.

As manifestações de junho mostraram a es-calada da violência policial no Brasil. Escan-carou o que as quebradas já conheciam: que a guerra às drogas produzem uma segurança pública que mata jovem negro, indígena, todo dia.

Precisamos erguer nossas vozes para conse-guir garantir direitos como a tarifa zero, ca-samento civil igualitário, reconhecimento da identidade de gênero, desmilitarização da po-lícia e demarcação das terras indígenas. Cabe a nós mudarmos a política!

Giva é militante há 32 anos e atualmente compõe o Tribunal Popular

e Comitê pela Desmilitarização da polícia. Nos anos 80 esteve na

reconstrução dos grêmios livres e hoje atua na área de direitos humanos, onde constrói Fóruns de Crianças e

Adolescentes na cidade de São Paulo, além de lutas contra o extermínio da juventude negra e pelos direitos dos

povos indígenas. Constrói o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) desde 2006.

Candidato das pautas de direitos humanos, defende a desmilitarização

da polícia e o fim do genocídio da juventude negra, o direito irrestrito das LGBT’s, das mulheres e de todos

aqueles que sofrem com as opressões. Defende a auditoria da dívida pública, para que o dinheiro do povo não seja entregue aos banqueiros e sim para as áreas sociais. Luta pelo direito à

cidade.

givanildogiva.manoel