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LITURGIA
POVO
LIT = laós
FAZERAÇÃOTRABALHOSERVIÇOOBRA
URGIA = ergon CELEBRAR =
.
Tornar célebrefestivoinesquecívelmemorávelsolene
MISTÉRIO PASCAL
CELEBRAÇÃOLITÚRGICA
CELEBRAÇÃOLITÚRGICA
CRISTÃ
Para começar a falar de liturgia...
Liturgia do Povo da Antiga Aliança – “Povo Sacerdotal” (Ex19,3-6)
Ouvir (escutar) a Palavra e Guardar (obedecer)
=
Culto Espiritual
Aliança baseada no diálogo (sacramento)
O culto espiritual exigia expressão de ação de graças,
pedir perdão, súplica e como culto exterior oferecersacrifícios de animais. Mas sempre lembrando que oculto exterior tem que estar em sintonia com o interior(Jr 7, 21-23)
Vai surgir a ideia de que o culto externo vale por simesmo, basta a oferta. O Templo se torna muitofrequentado e vai surgir a necessidade do sacerdócio (oslevitas). Salmo 51,18-20
Durante o Exílio, como mataram os sacerdotes e não tem
mais Templo, restou a Palavra e surgem as sinagogas.Quando voltam para Jerusalém a primeira atividade é aconstrução do templo e restituição do sacerdócio.
Nesse momento se dá a chegada de Jesus Cristo – quetambém acusa a dicotomia e manda destruir o temploque ele reconstruirá em três dias. Agora escuta eobediência se dão no “corpo” – a eucaristia é antecipaçãoda oferta e síntese da vida de Jesus. Recupera-se acoerência do culto espiritual e externo.
Oferenda (o que esta em processo) é diferente de oferta / ofertório (já é em ato).
Antigo Testamento
Templo
Sacerdote
Oferta / sacrifício
Novo Testamento
Corpo
Corpo (Ele mesmo)
Corpo (palavra/escuta + vontade/obediência)
Todos os cristãos estão incorporados a Cristo:
Templo, Sacerdote e Oferta
Liturgia Celebração
litúrgica
Celebração
litúrgica cristã
Povo / fazer, ação,
serviço = ação em
favor do povo
Deus é o grande
litúrgo (Ele continua
fazendo pelo povo)
Celebrar =
tornar célebre/
festivo/
memorável/
solene
Mistério Pascal
Ação de graças
Liturgia é uma
troca de “bênçãos”
A mais importante
bênção de Deus,
foi Jesus Cristo,
Ele é a causa da
nossa bênção
• n. 7 – Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre
presente na sua igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Estápresente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro,quer e sobretudo sob as espécies eucarísticas. Está presentecom o seu dinamismo nos Sacramentos, de modo que,quando alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza. Estápresente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida naIgreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando aIgreja reza e canta... Nela [liturgia], os sinais sensíveissignificam e, cada um à sua maneira, realizam a santificaçãodos homens; nela, o Corpo Místico de Jesus Cristo - cabeça emembros - presta a Deus o culto público integral. Portanto,qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristosacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, ação sagrada porexcelência, cuja eficácia, com o mesmo título e no mesmograu, não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja.
n. 9 – A sagrada Liturgia não esgota toda a ação da Igreja,porque os homens, antes de poderem participar naLiturgia, precisam de ouvir o apelo à fé e à conversão:«Como hão de invocar aquele em quem não creram? Oucomo hão de crer sem o terem ouvido? Como poderãoouvir se não houver quem pregue? E como se há depregar se não houver quem seja enviado?» (Rm 10, 14-15)
• n. 10 – Contudo, a Liturgia é simultaneamente a meta para aqual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde emanatoda a sua força. Na verdade, o trabalho apostólico ordena-sea conseguir que todos os que se tornaram filhos de Deus pelafé e pelo Batismo se reúnam em assembleia para louvar aDeus no meio da Igreja, participem no Sacrifício e comam aCeia do Senhor.
• A Liturgia, por sua vez, impele os fiéis, saciados pelos«mistérios pascais», a viverem «unidos no amor»; pede «quesejam fiéis na vida a quanto receberam pela fé»; e pelarenovação da aliança do Senhor com os homens na Eucaristia,e aquece os fiéis na caridade urgente de Cristo. Da Liturgia,pois, em especial da Eucaristia, corre sobre nós, como de suafonte, a graça, e por meio dela conseguem os homens comtotal eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus,a que se ordenam, como a seu fim, todas as outras obras daIgreja.
Toda a ação litúrgica acontece dentro de um rito. Então, a
ação ritual é celebrada por uma comunidade como sujeitodesse rito, a partir de uma descrição (livro litúrgico) e datradição litúrgica da comunidade, dentro da sua realidade,com seus traços culturais, buscando interpretar a vida. Essacelebração supõe uma certa compreensão (teologia) daação realizada e uma atitude espiritual implícita queconduzirá a um compromisso (uma atitude de vida). (Cf.Ione BUYST, O segredo dos ritos: ritualidade e sacramentalidade da liturgiacristã. SP: Paulinas, 2011. p. 145.)
A celebração é o ponto culminante da vida, bem como a motivação mais forte para continuarmos lutando pela vida (Cf. Sacrosanctum Concilium, 10).
Sobre a liturgia...
gesto corporalFAZER (CORPOREIDADE)
sentido
teológico-litúrgico
PENSAR (RACIONALIDADE)
atitude
interior
SENTIR (AFETIVIDADE)
Uma imagem que pode nos ajudar é a dosdormentes alinhados para que o trem possapercorrer seu caminho sem sair do trilho.
Não esquecer! “Sem um profundo enraizamentoteológico e espiritual, as nossas ‘liturgias’ nãopassarão de passageira diversão devocional comum verniz ou aparência de santidade. Liturgianão é apenas uma expressão de religiosidade; éantes de tudo uma ação poderosa de Deus, oSenhor, que quer realizar em nós atransformação pascal e nos envia em missão aserviço de seu Reino.”(Ione BUYST, O segredo dos ritos:
ritualidade e sacramentalidade da liturgia cristã. SP: Paulinas,2011. p. 37.)
Para celebrar bem é preciso preparação.
Definição: É o serviço para animar a vida litúrgica, levando em
conta o contexto social, cultural e eclesial das comunidades,tendo em vista a participação ativa, consciente e plena detodos na celebração, para dela colherem os frutos espirituais.
Tarefa: preparação, realização e avaliação das celebrações dacomunidade.
As celebrações bem celebradas inserem as pessoas, através daação simbólico-ritual, na vivência do Mistério Pascal de Cristo.
A Pastoral litúrgica organiza-se tendo como referência osmomentos fortes do Ano Litúrgico, a festa do padroeiro,acontecimentos importantes na história da comunidade,celebrações dos sacramentos, privilegiando o domingo.
Pastoral Litúrgica
CNBB – Comissão de Liturgia.
Bispo diocesano – é o moderador e responsável peladisciplina litúrgica no âmbito da diocese.
Diocese e Regional – Comissão de Liturgia.
Paróquias e comunidades – tem um caráter bemmais concreto e prático e a meta é a vida litúrgica dacomunidade. (Equipe ou Serviço de Liturgia)
Organização da PL
Preparar a celebração não é reunir-se para dividir as
tarefas. É necessário haver um método que oriente essapreparação. Uma reunião para preparar umacelebração eucarística estacional deve durar de umahora a uma hora e trinta minutos. A preparação dacelebração deve ser um momento rico emespiritualidade para a própria equipe de liturgia, edeve ser realizada em um clima de oração ecelebração, para que todos possam enriquecer efortalecer o próprio serviço que desempenham.
Preparação
Ione Buyst na sua recente obra “O segredo dos Ritos”,
aponta como um valioso instrumento de preparaçãoda celebração a Lectio Divina (Leitura Orante). Essemétodo pode ser usado nas reuniões em equipe ouindividualmente. Ela observa que a leitura orante éantes de tudo um método litúrgico, podendoobservá-lo na liturgia da Palavra e na Liturgia dasHoras. É interessante observar que esse método podeser utilizado também pela equipe de canto. (Ione BUYST,
O segredo dos ritos, p. 149,157-158)
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os fundamentos da Sagrada
Liturgia. Petrópolis: Vozes, 2004. p. 306-314. BECKHÄUSER, Frei Alberto. Sacrosanctum Concilium: texto e
comentário. SP: Paulinas, 2012. CNBB. Animação da vida litúrgica no Brasil. SP: Paulinas, 1989.
(Documento 43) CNBB. Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao
Lecionário. Brasília: Edições CNBB, 2008. CNBB. Guia Litúrgico-Pastoral. 2ª. Ed. Rev. e Ampliada. Brasília:
Edições CNBB. BUYST, Ione,. O segredo dos ritos: ritualidade e sacramentalidade da
liturgia cristã. SP: Paulinas, 2011. BUYST, Ione,. Participar da liturgia. SP: Paulinas, 2011. (Col.
Rede Celebra, n.10)
Bibliografia
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