bruno almeida / kellen fanstone / escs / internato 2007 relato de caso e pneumonias comunitárias...

Post on 22-Apr-2015

142 Views

Category:

Documents

21 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

Relato de Caso e Pneumonias Comunitárias

Hospital Regional da Asa Sul – Unidade de Pediatria – Internato – 2007

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ESCSINTERNATO EM PEDIATRIA

Bruno Almeida Oliveira

Kellen Fanstone Ferraresi

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

Relato do Caso

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

IDENTIFICAÇÃO

• Nome: HRN • Sexo: masculino • Idade: 1 mês e 21 dias• DN: 25/12/2006• Naturalidade: Brasília• Residência: Asa Sul• Cor: Parda• Informante: Maria Madalena (Mãe)• Admissão no HRP: 31/01/2007• Admissão no PS / HRAS: 12/02/2007• Admissão na Ala B / HRAS: 13/02/2007

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

QUEIXA PRINCIPAL

“Cansaço há 29 dias.”

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL

• Há 31 dias, o lactente fez 2 episódios de FEBRE (38°C) que cedia com medicação antitérmica (paracetamol). No momento negava quaisquer outros sintomas.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• Há 30 dias, procurou atendimento no HRP. O hemograma, segundo a mãe, apresentava-se alterado e a radiografia de tórax mostrava hiperinsuflação. Diagnosticou-se PNEUMONIA e BRONQUIOLITE e iniciou-se então antibioticoterapia com ampicilina e gentamicina.

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• Há 29 dias, a criança evoluiu com TOSSE SECA, DISPNÉIA e CIANOSE, sendo transferida há 28 dias para a UTI do Hospital Santa Lúcia com o diagnóstico de INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA.

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• Durante internação na UTI, o lactente evoluiu com INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA PROGRESSIVA com episódios de CIANOSE.

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

HEMOGRAMAS 02/02/2007 05/02/2007

Hemácias (milhões/mm3) 3,19 3,06

Hemoglobina (g/dL) 10,2 10,2

Hematócrito (%) 32,2 30,8

VCM (fL) 100,9 100,7

HCM (pg) 32,0 33,3

Leucócitos (/mm3) 20.970 11.600

Segmentados (%) 78 80

Bastões (%) 13 4

Linfócitos (%) 5 8

Monócitos (%) 4 7

Eosinófilos (%) 0 1

Granulações tóxicas grosseiras finas

Plaquetas (103/mm3) 364 245

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

BIOQUÍMICA 02/02/2007

Sódio (mEq/L) 135

Potássio (mEq/L) 4,7

Cálcio (mg/dL) 8,4

IMUNOLOGIA

PCR (mg/dL) 0,3

GASOMETRIA

pH 7,43

pCO2 (mmHg) 34,5

pO2 (mmHg) 58,5

BE (mmol/L) - 0,3

HCO3- (mmol/L) 23

SpO2 (%) 96,4

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

Opacidades intersticiais alveolares bilaterais difusas de aspecto confluente e provável componente de derrame pleural.

Exame realizado no leito, apenas em incidência frontal.

Área cardíaca normal.

Opacidade Intersticial com distribuição peri-hilar bilateralmente.

Opacidade parenquimatosa retro-cardíaca esquerda.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• Diante do quadro, foram mantidos os antibióticos (AMPICILINA + GENTAMICINA) e o paciente evoluiu favoravelmente, recebendo O2 sob catéter nasal a 1L/min, tolerando bem a RETIRADA PROGRESSIVA DA OXIGENIOTERAPIA.

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• Na UTI, foi auscultado sopro cardíaco, sendo evidenciado FORAME OVAL PATENTE à ecocardiografia.

• Há 23 dias, recebeu alta em estado geral favorável após 5 DIAS NA UTI, sugando seio materno e em condições para complementação terapêutica no hospital de origem.

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• No HRP, a criança manteve-se em OXIGENIOTERAPIA sob catéter nasal a 1L/min, e começou a apresentar QUEDAS DA SATURAÇÃO à retirada do oxigênio.

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

HEMOGRAMAS 02/02/2007 05/02/2007 09/02/2007

Hemácias (milhões/mm3) 3,19 3,06 3,7

Hemoglobina (g/dL) 10,2 10,2 11,6

Hematócrito (%) 32,2 30,8 34,5

VCM (fL) 100,9 100,7 93,4

HCM (pg) 32,0 33,3 31,5

Leucócitos (/mm3) 20.970 11.600 9.400

Segmentados (%) 78 80 85

Bastões (%) 13 4 7

Linfócitos (%) 5 8 5

Monócitos (%) 4 7 3

Eosinófilos (%) 0 1 0

Granulações tóxicas grosseiras finas -

Plaquetas (103/mm3) 364 245 157

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• Há 18 dias veio transferido para o HRAS para AVALIAÇÃO PNEUMO-CARDIOLÓGICA.

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

REVISÃO DE SISTEMAS

• Nega quaisquer outros sintomas.

• Eliminações presentes e fisiológicas.

• Sono e apetite preservados

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

ANTECEDENTES FISIOLÓGICOS

• Condições da gestação: - Mãe refere realização de pré-natal (12 consultas).

- História Obstétrica: G2P1N1C0A1

- Aborto no 1° trimestre de gestação: desconhece a causa.- As sorologias realizadas na gestação (Toxoplasmose, VDRL e HIV) foram negativas. - Mãe relata infecção urinária, medicada com cefalexina.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

ANTECEDENTES FISIOLÓGICOS

• Condições do parto:

- Criança nasceu de parto normal, hospitalar, a termo, chorou ao nascer. Apresentou APGAR de 9 e 10 no 1° e 5° minuto, respectivamente.

- Dados do Nascimento: Peso: 2.565g. Comprimento: 47cm. PC: 35cm.

• Alta pós-parto: 48 horas de vida.• Desenvolvimento neuropsicomotor adequado

(sorri, sustenta com dificuldade a cabeça).• Vacinação completa (conferido no cartão).

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

ANTECEDENTES PATOLÓGICOS

• Nega doenças, internações e cirurgias prévias.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

ANTECEDENTES FAMILIARES

• Mãe apresentou HAS durante a gravidez.

• Pai saudável.

• Filho único.

• Refere HAS, bronquite alérgica e epilepsia na família.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

HÁBITOS DE VIDA E CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS

• Alimentação: aleitamento materno exclusivo.

• Reside em área urbana, apartamento com água encanada, rede de esgoto, energia elétrica. 03 pessoas / 06 cômodos.

• Água para consumo: filtrada.

• Nega animais no peri-domicílio.

• Nega tabagismo e etilismo em casa.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EXAME FÍSICO

• Criança em bom estado geral, eupnéica, acianótica, anictérica, afebril, corada, hidratada. Em USO DE O2 sob catéter nasal a 1L/min.

• Lactente em decúbito dorsal, com cabeça lateralizada e membros fletidos.

• Pele: presença de hematomas em focos de punção. Sem outras lesões

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EXAME FÍSICO

• Oroscopia: sem lesões evidentes na mucosa oral.

• Otoscopia: não realizada.

• ACV: RCR em 2T, BNF, presença de sopro sistólico (2+/6+) pancardíaco. FC: 138bpm.

• AR: MV com estertores crepitantes discretos em base direita. Sem desconforto respiratório. FR: 60irpm.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EXAME FÍSICO

• Abdome: RHA+, semi-globoso, flácido, indolor, sem visceromegalias.

• Genitália: masculina, sem alterações, testículos palpáveis bilateralmente.

• Extremidades: boa perfusão, pulsos presentes.

• Neurológico: discreta hipotonia, pupilas isocóricas e fotorreagentes.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

Discussão do Caso

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

DIFICULDADES

Paciente não acompanhado pela equipe do HRAS desde o começo

Ausência de dados do QUADRO INICIAL do paciente

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

FEBRE DISPNÉIA TOSSECIANOSE

FOP

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

Inabilidade de realizar oxigenação adequada ou de remover CO2 da

circulação

HIPÓXIA e/ou HIPERCAPNIA

50% das mortes em crianças < 1 ano

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

PaOPaO22 < 60mmHg < 60mmHg

PaCOPaCO22 > 50mmHg > 50mmHg

FONTE: Current Pediatric Diagnosis and Treatment. Sixteenth edition. Edited by William W. Hay, Jr, Anthony R. Hayward, Myron Levin, and Judith M. Sondheimer. 1415 pp. New York, McGraw Hill, 2003/Pádua AI; Alvares F & Martinez JAB. Insuficiência respiratória. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 205-213, abr./dez. 2003.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

FONTE: Current Pediatric Diagnosis and Treatment. Sixteenth edition. Edited by William W. Hay, Jr, Anthony R. Hayward, Myron Levin, and Judith M. Sondheimer. 1415 pp. New York, McGraw Hill, 2003.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

GASOMETRIA02/02/200

7

pH 7,43

pCO2 (mmHg) 34,5

pO2 (mmHg) 58,5

BE (mmol/L) - 0,3

HCO3- (mmol/L) 23

SpO2 (%) 96,4

GASOMETRIA02/02/200

7

pH 7,43

pCO2 (mmHg) 34,5pO2 (mmHg) 58,5BE (mmol/L) - 0,3

HCO3- (mmol/L) 23

SpO2 (%) 96,4Gradiente alveoloarterial:

33,7mmHg

PaO2/FiO2 = 278,57

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

FEBRE DISPNÉIA TOSSECIANOSE

FOP

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

FOP?

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

FORAME OVAL PATENTE

• CIA do tipo Ostium secundum • Shunt esquerdo-direito• Sem importância durante a infância• ↓ complacência do VD → ↑ shunt• Sintomas

– Assintomático (+ comum)– Dispnéia, palpitações e fadiga– Infecções respiratórias e déficit ponderal– Sopro sistólico– Embolismo paradoxal

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

FONTE: Current Pediatric Diagnosis and Treatment. Sixteenth edition. Edited by William W. Hay, Jr, Anthony R. Hayward, Myron Levin, and Judith M. Sondheimer. 1415 pp. New York, McGraw Hill, 2003.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

PNEUMONIA

SARA

EDEMA PULMONAR

DISPLASIA BRONCOPULMONAR

EMBOLISMO

PNEUMONIA

BRONQUIOLITE

SARA

DEFEITO NA V/Q

DEFEITO NA DIFUSÃO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

PNEUMONIA

SARA

EDEMA PULMONAR

DISPLASIA BRONCOPULMONAR

EMBOLISMO

PNEUMONIA

BRONQUIOLITE

SARA

DEFEITO NA V/Q

DEFEITO NA DIFUSÃO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

PNEUMONIA

SARA

EDEMA PULMONAR

DISPLASIA BRONCOPULMONAR

EMBOLISMO

PNEUMONIA

BRONQUIOLITE

SARA

DEFEITO NA V/Q

DEFEITO NA DIFUSÃO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

SARA ou SDRA

• ↑ permeabilidade capilar pulmonar e edema pulmonar → hipoxemia refratária, ↓ complacência pulmonar e infiltrado alveolar difuso bilateral.

• 1% atendimentos na emergência pediátrica.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

SARA ou SDRA

• Pode ser precipitada por uma variedade de insultos

• Taxa de mortalidade: 45-60%

• Doença multissistêmica

alterações microcirculatórias generalizadas.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• Manifestações:– ↑ FR, dispnéia e cianose.– Estertores inspiratórios finos.– Infiltrado bilateral difuso. – Cianose intensa, ↑ dispnéia e taquipnéia.– Estertores proeminentes.– Opacificação à radiografia

• PaO2/FiO2 < 200.

SARA ou SDRA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• Aspectos contrários (no paciente):

– Hipoxemia não refratária

– PaO2/FiO2 > 200

SARA ou SDRA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

PNEUMONIA

SARA

EDEMA PULMONAR

DISPLASIA BRONCOPULMONAR

EMBOLISMO

PNEUMONIA

BRONQUIOLITE

SARA

DEFEITO NA V/Q

DEFEITO NA DIFUSÃO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

PNEUMONIA

SARA

EDEMA PULMONAR

DISPLASIA BRONCOPULMONAR

EMBOLISMO

PNEUMONIA

BRONQUIOLITE

SARA

DEFEITO NA V/Q

DEFEITO NA DIFUSÃO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EMBOLISMO

• Impactação de um êmbolo ou coágulo dentro um ou mais ramos da artéria pulmonar.

• Raro em crianças.

• Ocorre mais comumente em crianças com anemia falciforme, febre reumática, endocardite infecciosa, esquistossomo-se, fratura óssea, desidratação e etc.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EMBOLISMO

• Manifestações:– Início abrupto de dispnéia e taquipnéia– Palpitação– Dor pleurítica e hemoptise– Tosse– Cianose– Sibilos– Hipoxemia– Exame físico normal– B2 hiperfonética e B3 de VD– Síncope e arritmias cardíacas

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

– Hemograma normal– Infiltrado periférico, efusão pleural, elevação

de hemidiafragma e derrame pleural– Alterações à cintilografia V/Q

• Aspectos contrários (no paciente):– Presença de febre– Ausência de taquicardia– Hemograma alterado

EMBOLISMO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

PNEUMONIA

SARA

EDEMA PULMONAR

DISPLASIA BRONCOPULMONAR

EMBOLISMO

PNEUMONIA

BRONQUIOLITE

SARA

DEFEITO NA V/Q

DEFEITO NA DIFUSÃO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EDEMA PULMONAR

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

PNEUMONIA

SARA

DISPLASIA BRONCOPULMONAR

EMBOLISMO

PNEUMONIA

BRONQUIOLITE

SARA

DEFEITO NA V/Q

DEFEITO NA DIFUSÃO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EDEMA PULMONAR

• Excessiva acumulação de fluído extravascular no pulmão → alterações na mecânica pulmonar + ↓ complacência pulmonar + piora da hipoxemia + compressão brônquica + ↓ função do surfactante.

• Dois tipos:– ↑ pressão hidrostática– ↑ permeabilidade

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• Manifestações:– Dependentes da doença primária– Cianose– Taquipnéia– Taquicardia– Desconforto respiratório– Roncos, ↓ MV, e sibilos expiratórios– Hipoxemia severa– Proeminência dos vasos pulmonares,

infiltrado intersticial ou alveolar difuso

EDEMA PULMONAR

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• Aspectos contrários (no paciente):– Presença da febre– Hemograma alterado– Radiografia inicial incompatível

EDEMA PULMONAR

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EDEMA PULMONAR

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

PNEUMONIA

SARA

DISPLASIA BRONCOPULMONAR

EMBOLISMO

PNEUMONIA

BRONQUIOLITE

SARA

DEFEITO NA V/Q

DEFEITO NA DIFUSÃO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EDEMA PULMONAR

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

PNEUMONIA

SARA

DISPLASIA BRONCOPULMONAR

EMBOLISMO

PNEUMONIA

BRONQUIOLITE

SARA

DEFEITO NA V/Q

DEFEITO NA DIFUSÃO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

BRONQUIOLITE

• Afecção respiratória obstrutiva aguda;

• Acomete quase exclusivamente < 2 anos;

• ETIOLOGIA: – VSR (principal), adenovírus, outros;

• PATOGENIA:– Inflamação e necrose dos bronquíolos →

obstrução → retenção de ar → hiperinsuflacão pulmonar, rotura dos septos interalveolares e enfisema;

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

BRONQUIOLITE

• Se obstrução completa: formação de atelectasias;

• Pode haver evolução para Insuficiência Respiratória Aguda Obstrutiva e Alveolocapilar Distributiva.

• PCO2: normal ou baixo; casos graves: níveis altos → acidose respiratória;

• PO2 e saturação de O2: sempre diminuídos;

• Hiperinsuflação → ↓ retorno venoso e ↑ resistência à circulação → ↑ trabalho miocárdico e taquicardia → IC.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

BRONQUIOLITE

• CLÍNICA:– Coriza, tosse seca, anorexia, temp normal

ou aumentada → tosse cansativa, taquidispnéia, gemência e sudorese.

– Cianose: casos graves, cardiopatas ou complicações;

– EF: taquidispnéia, tórax hiperinsuflado; percussão: ↑ sonoridade; ausculta: roncos, sibilos, subcreptos; taquicardia; fígado e baço rechaçados

– Fase aguda: 3 – 5 dias; evolução lenta; autolimitada.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

BRONQUIOLITE

• DIAGNÓSTICO:– Leucometria, gasometria– Rx tórax: normal; hiperinsuflação, aumento

trama vascular, retificação dos arcos costais, aumento da transparência, atelectasias.

• PROGNÓSTICO bom

• Mortalidade: 2 – 7%; causa: infecções secundárias

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

BRONQUIOLITE

• COMPLICAÇÕES: infecção secundária; atelectasias extensas; bronquiectasias; IC

• TRATAMENTO:– Suporte: O2 ( 40%); hidratação

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

BRONQUIOLITE

• Aspectos favoráveis e contrários:– Idade do paciente + história clínica inicial

(taquidispnéia, febre baixa) + Rx tórax inicial: Bronquiolite?

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EDEMA PULMONAR

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

PNEUMONIA

SARA

DISPLASIA BRONCOPULMONAR

EMBOLISMO

PNEUMONIA

BRONQUIOLITE

SARA

DEFEITO NA V/Q

DEFEITO NA DIFUSÃO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA

EDEMA PULMONAR

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

TIPO I

PNEUMONIA

SARA

DISPLASIA BRONCOPULMONAR

EMBOLISMO

BRONQUIOLITE

SARA

DEFEITO NA V/Q

DEFEITO NA DIFUSÃO

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA

• Evolução com persistência e piora da febre + hemograma infeccioso + Rx tórax mostrando opacidades: Bronquiolite → Infecção secundária (Pneumonia)?

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

Pneumonias

Bacterianas

Comunitárias em

Crianças

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIAS• Conceito: inflamação do parênquima

pulmonar.

• Causas: microorganismos, aspiração, corpos estranhos, reação de hipersensibilidade, pneumonite por droga ou radiação.

• Microorganismos + comuns: vírus respiratórios, Mycoplasma pneumoniae e bactérias isoladas.

• Classificação: lobar ou lobular; alveolar ou intersticial.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIAS

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIAS

• 10-20% das crianças < 5 anos: PNM aguda a cada ano; incidência maior em países em desenvolvimento;

• Brasil (1998): 8,1% das hospitalizações;

• Responsáveis por 20% das mortes em crianças;

• Causa de morte evitável.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIAS

• Fatores de risco para maior gravidade e mortalidade:– Aglomeração;– Baixa cobertura vacinal;– Baixo nível socioeconômico;– Baixo peso ao nascer;– Desmame precoce; – Desnutrição;– Demora à assistência médica;– Elevado n° de crianças < 5 anos na casa;– Tabagismo domiciliar.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIAS

• TRANSMISSÃO: – Principal: aspiração de bactérias;

– Disseminação hematogênica ou por contiguidade;

– nos RN: passagem pela placenta, ascensão após coriamnionite ou aspiração de bactérias vaginais durante parto.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIAS

ETIOLOGIA

Neonatos Streptococcus do grupo B e Gram-

3 semanas - 3 meses

S. pneumoniae; outros: Clamydia trachomatis, Bordetella pertussis, S. aureus, vírus parainfluenza 3 e RSV

4 meses – 4 anos

Maioria são vírus → RSV, parainfluenza, influenza, adenovírus e rinovírus; qdo bacteriana: S. pneumoniae

Escolares e adolescentes

Mycoplasma pneumoniae e Clamydia pneumoniae

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIAS

• ETIOLOGIA:– PNM hospitalar: S. aureus, Gram– e

fungos– Fibrose cística: S. aureus e P. aeruginosa.– Bactérias + comuns em geral: Streptococus

pneumoniae, Streptococus pyogenes (grupo A) e Staphylococus aureus;

– Hoje: ↓ Haemophilus influenzae tipo b.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIAS

• Fatores que promovem infecção pulmonar: traumatismo, anestesia e aspiração.

• Infecção viral: pode preceder a infecção bacteriana.

• Taquipnéia: sinal com melhor sensibilidade e especificidade diagnóstica.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIAS

• Sinais de gravidade:– ≥ 2 meses:

• PNM grave: tiragem subcostal; • PNM muito grave: convulsões, sonolência,

estridor em repouso, desnutrição grave, ausência de ingestão de líquidos e insuficiência respiratória grave.

– < 2 meses: • PNM grave: taquipnéia ou tiragem subcostal;• PNM muito grave: convulsões, sonolência,

estridor em repouso, sibilância, febre ou temp. baixa e ausência de ingestão alimentar.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA PNEUMOCÓCICA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PMEUMONIA PNEUMOCÓCICA

• Streptococus pneumoniae: coco Gram+; possui cápsula polissacarídea.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PMEUMONIA PNEUMOCÓCICA

• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: – Lactentes:

• Pneumonia afebril;• Inicialmente: infecção leve do TRS;• Febre abrupta;• Inquietude; • Dificuldade respiratória → cianose;• Área da consolidação: macicez + MV brônquico

+ estertores;• Distensão abdominal; • Rigidez de nuca.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PMEUMONIA PNEUMOCÓCICA

– Crianças e adolescentes:• Sintomatologia semelhante aos adultos;• Infecção alta leve e breve → calafrios + febre

alta;• Dor pleurítica;• Dificuldade respiratória;• Macicez, ↓ frêmito, MV brônquico e estertores;• Tosse seca → produtiva;• Dor abdominal;

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PMEUMONIA PNEUMOCÓCICA

• DIAGNÓSTICO– Leucocitose (15.000-40.000 cls/mm³),

predomínio de PMF;– Gasometria: hipoxemia sem hipercapnia;– Isolamento no escarro: não é diagnóstico;– Hemocultura: + em 30%;– Cultura do líquido pleural: + em 50%;– Contra-imunoeletroforese e Aglutinação

com látex.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PMEUMONIA PNEUMOCÓCICA

• ACHADOS RADIOGRÁFICOS: – Podem demorar semanas para resolução

radiológica.– PNM lobar ou segmentar - pré-escolares e

escolares;– Broncopneumonia - lactentes .

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PMEUMONIA PNEUMOCÓCICA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PMEUMONIA PNEUMOCÓCICA

• TRATAMENTO: – ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA!

• Droga de escolha: Penicilina• Penicilina Cristalina - 100.000-200.000

UD/kg/dia IV 6/6h ou 4/4h por 10 dias• Alternativas p/ trat. ambulatorial: Amoxicilina

50mg/kg/dia VO 8/8h ou Ampicilina 200mg/kg/dia por 7-10 dias.

• Em pacientes alérgicos: Eritromicina (50mg/kg/dia em 4 doses), Ceftriaxona (50-100mg/kg/dia), Cloranfenicol (50-100mg/kg/dia em 4 doses).

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PMEUMONIA PNEUMOCÓCICA

• Pneumococo resistente à penicilina: problema crescente (Brasil: 17,5% resistência intermediária e 2,2% absoluta) ; alteração das proteínas ligadoras de penicilinase.

• Se resistência à penicilina (CIM > 2,0чg/ml): Ceftriaxona 75mg/kg/24h IV 1x/dia por 7 a 10 dias.

• Se resistência à penicilina e à cefalosporina de 3 geração: Vancomicina- 40mg/kg/24h IV 6/6h por 21 dias.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• COMPLICAÇÕES: – Derrame Pleural: 5%.– Empiema: + em lactentes.

• PROGNÓSTICO:– Hoje: mortalidade menor que 1%;

morbidade baixa.

• PROFILAXIA: – Vacina antipneumocócica: ↓ em 80%;

indicação restrita.

PMEUMONIA PNEUMOCÓCICA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTAFILOCÓCICA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTAFILOCÓCICA

• S. aureus: coco Gram+; produz coagulase, enterotoxinas, toxina toxiesfoliativa, hemolisinas e beta-lactamase → agressão e resistência à penicilina.

• Infecção grave e rapidamente progressiva → alta morbi-mortalidade.

• 70%: menores de 1 ano.

• Relacionada à desnutrição, imunodepressão e crianças com doença de base.

• Pode ocorrer após infecção por varicela, sarampo, coqueluche, influenza e após traumas.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTAFILOCÓCICA

• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: – EVOLUÇÃO RÁPIDA!– Infecção do TRS → febre alta abrupta e

persistente + tosse.– Dificuldade respiratória: taquipnéia,

respiração gemente,TIC, batimentos de asa nariz, cianose.

– Toxemia;– Irritabilidade;– Distúrbios do TGI;– ↓ MV, estertores e roncos.– Derrame: macicez, ↓MV e FTV.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTAFILOCÓCICA

• DIAGNÓSTICO: – Leucocitose (> 20.000), predomínio de

PMF;– Anemia leve a moderada;– Hemocultura: + em 5-10%;– Cultura líquido pleural: + em 50%;– Contra-imunoeletroflorese;– Líquido pleural: PMF de 100-300.000/mm³;

proteína > 2,5g/dl e glicose↓.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTAFILOCÓCICA

• ACHADOS RADIOGRÁFICOS:– Aspecto multifocal, bilateral (20%) ou

unilateral (65%: pulmão D), com comprometimento extenso: broncopneumo-nia.

– Derrame pleural: 50%.– Pneumatoceles: 30%.– Piopneumotórax: 25%.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTAFILOCÓCICA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTAFILOCÓCICA

• TRATAMENTO:– 1° esquema: Oxacilina ou Cefalotina 100-

200mg/kg/dia IV 6/6h ou Clindamicina 30mg/kg/dia 6/6h;

– Se sinais de gravidade: Oxacilina + Gentamicina ( 5 - 7,5mg/kg/dia IV 8/8h).

– 2° esquema: Vancomicina 40-60mg/kg/dia IV 6/6h

– Duração do tratamento: mínimo de 14 dias (recomenda-se manter terapia ate após uma semana de ausência de febre).

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTAFILOCÓCICA

– Drenagem torácica: sistema fechado com dreno de calibre maior.

• COMPLICAÇÕES:– Lactentes pequenos: pericardite, meningite,

osteomielite e abscessos metastáticos em partes moles.

• PROGNÓSTICO:– Mortalidade: 10-30%; curso prolongado.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR HAEMOPHILUS INFLUENZAE

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

• Bactéria Gram- ; sorotipo b: IRA e meningite.

• Causa importante de infecção grave em lactentes não vacinados.

• Ocorre mais nos 3 primeiros anos (depois: imunidade adquirida).

PNEUMONIA POR HAEMOPHILUS INFLUENZAE

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR HAEMOPHILUS INFLUENZAE

• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:– INÍCIO INSIDIOSO E EVOLUÇÃO EM

SEMANAS; semelhante à PNM pneumocócica.

– Tosse produtiva;– Febre c/ intensidade variável;– Taquipnéia;– Batimentos asa de nariz e retrações;– Associação com outras infecções.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR HAEMOPHILUS INFLUENZAE

• DIAGNÓSTICO:– Leucocitose moderada (até 15.000

cls/mm³);

– Hemocultura e cultura líquido pleural: + em 50%;

– Contra-imunoeletroflorese.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR HAEMOPHILUS INFLUENZAE

• ACHADOS RADIOGRÁFICOS:

– Crianças maiores: lobar ou segmentar;

– Lactentes: broncopneumonia;

– Derrame pleural: 5%.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR HAEMOPHILUS INFLUENZAE

• TRATAMENTO:– Ampicilina 100-200mg/kg/dia IV 6/6h →

Amoxicilina 30-50mg/kg/dia VO 8/8h por 14 dias.

– Opções: Cloranfenicol 50-100mg/kg/dia IV 6/6h → mesma dose VO por 14 dias; Ceftriaxona 100mg/kg/dia IV 1x/dia por 14 dias; Cefuroxima.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR HAEMOPHILUS INFLUENZAE

• COMPLICAÇÕES: – Freqüentes, principalmente em lactentes

pequenos.– Bacteremia, pericardite, meningite, celulite,

empiema e artrite supurativa.

• PROFILAXIA:– Vacina conjugada contendo polissacarídeo

da cápsula e toxóide tetânico ou diftérico.– Proteção em 80%-90%.– Esquema rotineiro de imunização.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTREPTOCÓCICA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTREPTOCÓCICA

• Streptococus sp: grupo de bactérias Gram+;

• Beta-hemolíticos: – Grupo B: PNM período neonatal.– Grupo A: PNM em outras faixas etárias.

• Pouco freqüente na pediatria.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTREPTOCÓCICA

• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: – Habitualmente grave com evolução lenta;

semelhante à PNM pneumocócica.– Febre alta abrupta + calafrios;– Dificuldade respiratória;– Estertores crepitantes em áreas extensas; – Toxemia;– Exantema escarlatiniforme;– Menos freqüente: levemente enferma c/

tosse e febrícula.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTREPTOCÓCICA

• DIAGNÓSTICO: – Leucocitose igual à PNM pneumocócica;– ↑ título de antiestreptolisina sérica;– Hemocultura: + em 10%;– Cultura líquido pleural: + em 50%;– Derrame pleural volumoso e seroso; às

vezes: serossanguinolento ou finamente purulento.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTREPTOCÓCICA

• ACHADOS RADIOLÓGICOS:

– Broncopneumonia difusa;

– Derrame pleural volumoso;

– Adenomegalia em mediastino.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA ESTREPTOCÓCICA

• TRATAMENTO:– Escolha: Penicilina G 100.000U/kg/dia IV →

Amoxicilina VO.– Duração total de 2-3 semanas.

• COMPLICAÇÕES: raras após antibioticoterapia;– Empiema: 20%;– Podem ocorrer focos sépticos em outras

regiões.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

• MICOPLASMAS: – Originalmente: vírus; agente de Eaton.– Crescimento em cultura: difícil e lento.

• Mycoplasma pneumoniae: único patógeno humano conhecido.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

EPIDEMIOLOGIA:• Ocorrem em todo mundo e durante todo ano;• Endêmica em comunidades maiores;

comunidades menores: infecções esporádicas c/ surtos.

• Ocorrência relacionada à idade e estado imune.

• Incidência máxima em escolares.• 33% das PNM em crianças de 5-9 anos; 70%

das 9-15 anos. • Transmissão: via respiratória; não é altamente

contagiosa.• Incubação: 1-3 semanas.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: – Doença geralmente leve; nos

imudeficientes: + intensa; sintomas brandos c/ EF desproporcional.

– Inicialmente:• Cefaléia, mal-estar, mialgia, febre, rinorréia e

odinofagia → rouquidão + tosse.• Tosse: proeminente; improdutiva → produtiva;

piora nas primeiras 2 semanas.• Estertores crepitantes: sinal + proeminente.• Não há coriza; pode haver sintomas do TGI.• Rash cutâneo: 10-30%

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

• DIAGNÓSTICO:– N° leucócitos normais;– ↑ VHS;– Cultura: padrão ouro, isolamento em 50%-

70%, lento;– Títulos de crioemaglutininas ≥ 1:32;– Imunoflorescência indireta: IgM anti-M.

pneumoniae ≥1:4; IgA ≥ 1:8;– Métodos promissores: PCR e hibridização

DNA.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

– ELISA:• IgM: surge após 7 dias de sintomas respiratórios

e alcança pico máximo entre 10 a 30 dias de doença. Pode se elevar em re-infecções. Se só ela positiva: 1° estágio da infecção primária.

• IgG: apresentam longa duração e se positivo +++, junto com a IgM, significa infecção recente. Se IgG ++ e IgM negativo, significa re-infecção. E se IgG + e IgM negativo, significa infecção prévia. O ideal seria ter 2 amostras de soro no intervalo de 1 semana.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

• ACHADOS RADIOGRÁFICOS:– Inespecíficos;– Intersticial (+ comum) ou broncopneumôni-

ca;– 75%: lobos inferiores, c/ infiltrados unilate-

rais centralmente densos;– 33%: linfadenopatia hilar;– Derrame pleural: 15%; geralmente unilate-

ral.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

• TRATAMENTO:– Eritromicina, Claritomicina e Azitromicina:

eficácia igual.– Eritromicina 30-50mg/kg/dia VO 6/6h por 14

dias.– Claritomicina 15mg/kg/dia em 2 doses c/

duração de 10 dias; Azitromicina 10mg/kg no 1° dia e 5mg/kg/dia por mais 4 dias.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR MYCOPLASMA

• COMPLICAÇÕES: – São incomuns; infecções fatais são raras.– Lesões cutâneas (3-33%), SNC (2%),

manifestações hematológicas, manifesta-ções cardíacas (5%), manifestações articu-lares, complicações GI.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR GRAM -

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR GRAM -

• + freqüentes: Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumonia, Escherichia coli.

• Relacionada à: RN, aquisição intra-hospitalar, estados de imunodepressão, malformações cardiopulmonares, queimados e pacientes c/ fibrose cística.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR GRAM -

• Encontradas na orofaringe: 5% população sadia; 50%-75% nos imunodeprimidos, hospitalizados e submetidos à antibioticoterapia prolongada.

• Fatores facilitadores: ↓ estado consciência, IR, decúbito horizontal prolongado, hipóxia, manipulação vias aéreas.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR GRAM -

• Klebsiella pneumoniae: – Origem domiciliar ou hospitalar (UTI);– Início abrupto de febre alta ou hipotermia, toxemia,

expectoração espessa e esverdeada;– RX: broncopneumonia, c/ pneumatoceles precoces

e derrame pleural; lobar c/ abaulamento de cissura.– Diagnóstico: isolamento da bact. do sangue ou

líquido pleural.– Tratamento: cefalosporina de terceira geração;

quarta geração: casos complicados; aminoglicosídeo + cefalosporina de terceira geração: na sepse.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR GRAM -

• Escherichia coli:– Importante agente da PNM em imunodeprimidos e

período neonatal; outras faixas: PNM a partir de focos infecciosos intestinais ou urinários.

– Quadro clínico inespecífico; costuma ser grave c/ febre ou hipotermia, prostação, anemia, icterícia e sinais de colapso circulatório.

– RX: broncopneumonia;– Diagnóstico: isolamento no sangue ou líquido

pleural.– Tratamento: Cefalosporina de terceira geração.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR GRAM -• Pseudomonas:

– Ocorre preferencialmente na PNM conseqüente à septicemia em crianças imunodeprimidas, nas hospitalizadas em uso de esquema amplo de antibióticos e na infecção pulmonar dos portadores de fibrose cística.

– Encontrada em 15% das crianças, em pacientes hospitalizados e em equipamentos contaminados.

– Pacientes c/ fibrose cística: colonização crônica e infecções habituais.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIA POR GRAM -

– Quadro clínico: infecção grave, c/ febre ou hipotermia, taquipnéia, toxemia, anemia, icterícia e sinais de colapso circulatório; secreção pulmonar pode ser hemorrágica; lesão cutânea gangrenosa: indicativo forte.

– RX: broncopneumonia; derrame pleural raro.

– Evolução prolongada e letalidade alta.– Tratamento: Cefalosporinas (Ceftazidima ou

Cefepime); Amicacina ou associação dos dois; Carbapenêmicos.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

ABORDAGEM GERAL

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIAS

• TRATAMENTO GERAL:– Alimentação– Hidratação; correção de distúrbios

hidroeletrolíticos– Permeabilidade das vias aéreas– Fisioterapia– Broncodilatadores – Oxigenoterapia: qdo saturação ≤ 91% ou

PaO2 ≤ 60 mmHg.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

PNEUMONIAS

• CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO:– PNM em < 2 meses;– PNM grave; – PNM com derrame pleural, empiema, abscesso ou

pneumatocele;– PNM pós-sarampo;– PNM em pacientes com doença de base;– Toxemia;– Presença de tiragem;– Internação prévia;– Uso prévio de antibióticos com falha terapêutica;– Problema social.

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

Evolução

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EVOLUÇÃO

• Há um dia da admissão voltou a apresentar febre (D11 Ampicilina + Gentamicina)

• Trocado esquema de antibioticoterapia para Ampicilina-Sulbactam

• Evoluiu com persistência da febre, pancitopenia, taquicardia e taquipnéia, sendo aventada a hipótese diagnóstica de sepse por Gram -

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EVOLUÇÃO

• Trocado esquema para Cefepime + Vancomicina

• Apresentou melhora temporária do quadro clínico e laboratorial, evoluindo com retorno da febre e pancitopenia, hiponatremia, fontanela abaulada, epistótono, queda na saturação de O2 e convulsões ( Meningite?)

• Há 3 dias: nova troca de esquema para Meropenem

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

EVOLUÇÃO

• No mesmo dia evoluiu com acidose metabólica e choque séptico → PCR → ressucitação e transferência para UTI

HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS:

• Bronquiolite → Pneumonia → Insuficiência Respiratória Aguda

• Sepse → Choque séptico

• Imunodeficiência primária???

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

BRUNO ALMEIDA / KELLEN FANSTONE / ESCS / INTERNATO 2007

II Turma II Turma ESCSESCS

top related