bpi análise mercados financeiros jan.2014
Post on 04-Dec-2015
219 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
ESTUDOS ECONÓMICOSE FINANCEIROS
Análise Mensal
14 de Janeiro de 2014
Mercados Financeiros
Paula Gonçalves CarvalhoAgostinho Leal Alves
Nuno André CoelhoTeresa Gil Pinheiro
2014: ANO DE RETOMA
O cenário para 2014 afigura-se prometedor, assente na aceleração do crescimento dos EUA,
regresso à expansão (ainda que ligeiro) na zona euro, crescimento confortável no Reino Unidoe no Japão. Os mercados emergentes enfrentarão um ambiente externo menos favorável,nomeadamente as economias mais dependentes de fundos externos, dada a trajectória esperadapara a política monetária e a expectativa de que em 2014/15 comece a reduzir-se o amplolençol de liquidez no sistema financeiro global. Este pode ser um risco para o equilíbrio globaldado o peso que este grupo de países assume no PIB mundial.
No mercado cambial, o euro manter-se-á suportado enquanto a liquidez disponível no sistema
continuar a estreitar. Tendência que não favorece a retoma da UEM e que poderá mesmo servirde mote para introdução de novas medidas de cariz acomodatício na região. Em contrapartida,o dólar, que se apreciou em termos médios efectivos ao longo de 2013 (apesar de ter recuadoface ao euro), poderá ser adversamente afectado pelas tendências que se antecipam nos fluxosfinanceiros (as entradas de capitais têm decepcionado e, num cenário de mais crescimento, osaldo da balança corrente tenderá a deteriorar-se) e também pela perspectiva em relação àpolítica monetária e taxas de juro: não se antecipa tão cedo um aumento das taxas de juroreais. Neste contexto, poder-se-á assistir ao teste de máximos na cotação EUR/USD ao longodo primeiro semestre, num intervalo largo, em torno de 1.37.
O cariz acomodatício da política monetária manter-se-á nos países desenvolvidos, nomeadamente
nos EUA e UEM. Efectivamente, ainda é cedo para perspectivar um regresso à normalização,atendendo, aos desequilíbrios que persistem. A Reserva Federal iniciará a redução de injecçãode liquidez em Janeiro, ao ritmo anunciado, e a eventual aceleração do passo estará dependenteda verificação de sinais concretos de robustez na economia real (realçamos a importância datendência da taxa de participação no mercado de trabalho). Por sua vez, o BCE admite apossibilidade de adoptar novas medidas, convencionais ou não. A sua concretização estarádependente dos progressos em retornar a um ambiente financeiro menos fragmentado e doandamento dos indicadores de crescimento e preços. As tendências observadas no início do ano- acesso de empresas da periferia aos mercados de dívida, apetência por dívida soberana dosperiféricos e redução do custo de financiamento dos bancos - apontam para a manutenção doactual enquadramento. Todavia, a liquidez no sistema continua a encolher e a evolução cambialconfigura uma envolvente mais restritiva, sugerindo a possibilidade de introdução de novasmedidas.
As taxas de juro de longo prazo nos mercados de referência deverão manter a tendência de
aumento ligeiro ao longo de 2014, mais significativo nos US Treasuries (10 anos em 3.5% nofinal do ano) e mais suave nas taxas de benchmark do euro (2.75%). A envolvente de crescimentoem aceleração, mas inferior aos valores históricos, persistência de folgas na actividade produtivae ausência de riscos de inflação, justifica este cenário. No entanto, a sua concretização estarádependente de que se mantenha a firme convicção de que a Reserva Federal não irá anteciparo momento de efectivo aumento dos juros (actualmente esperado para meados/finais de 2015).Nos mercados da periferia europeus, parecem estar reunidas as condições para que o movimentode estreitamento de spreads se consolide, pese embora os riscos políticos reconhecidos.
A performance esperada nos mercados de activos com maior risco de investimento associado,designadamente as acções, constitui uma das principais incógnitas para 2014, sobretudo nosEUA, onde em 2013, o mercado registou uma das maiores apreciações de sempre, na casa dos30%. Por um lado, várias métricas apontam para uma situação de sobre-valorização. Emcontrapartida, há também argumentos que justificam optimismo: o crescimento mais sincronizadoglobal tenderá a favorecer o sector empresarial, sustentando um cenário de crescimento dosresultados; a expectativa de manutenção das taxas de juro em níveis baixos e de continuidadedas políticas salariais cautelosas, favorece também a situação financeira das empresas;finalmente, o cenário de ampla liquidez, baixa inflação ou receios de deflação e crescimentoainda tímido, sugere a persistência da tendência bulish para estes activos.
BPIBPIBPIBPIBPI
2014: ANO DE RETOMA
O que pode correr mal em 2014? Esta é a principalinterrogação a colocar no início de um ano em quea maior parte das previsões tem um carácteroptimista. É um facto que depois do acordo entreDemocratas e Republ icanos para a pol í t icaorçamental nos próximos dois anos, a economianorte-americana está agora mais apta a regressarao seu papel de motor da economia global. Acresceque os EUA são precursores no processo dedesalavancagem, pelo que o sector privado seafigura capaz de desempenhar também o seu papelde alavanca. Em contrapartida, a melhoria daactividade parece estar a assentar primordialmenteno efeito r iqueza gerado pela valor izaçãosignificativa dos mercados de acções. Este poderáser um desafio importante em 2014, sobretudoquando estes efeitos se concentraram numa fatiadiminuta da população, retirando algum do potencialde estímulo ao crescimento. Na Europa, os desafioscontinuam a ser de ordem política, desta vezrelacionados com os resultados das eleições para oParlamento Europeu e os avanços na concretizaçãoda União Bancária.Nos mercados financeiros, as políticas monetáriasdivergentes, consentâneas com real idadesmacroeconómicas distintas e necessidades deactuação no âmbito de políticas económicas tambémdiferentes, serão o principal desafio. Até agora osbancos centrais têm sido bem sucedidos na suapolítica de comunicação: as políticas monetárias,sobretudo nos EUA e Reino Unido, continuarão aprivilegiar o crescimento e dependem do andamentoda informação económica. Na ausência deperturbações inesperadas, as actuais tendênciasdeverão manter-se: aumento da inclinação dascurvas de rendimentos (sobretudo nos EUA, comos 10 anos acima de 3%), com prazos mais curtosancorados; mercados de acções progressivamenteassentes nos fundamentos; commodities podemcontinuar a ressentir-se num ambiente de menorliquidez tendencial e crescimento global aindatépido.
DEPARTAMENTO DEESTUDOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS
Paula Gonçalves Carvalho Economista ChefeTeresa Gil PinheiroNuno André CoelhoLuísa Teixeira Felino
ANÁLISE TÉCNICA
Agostinho Leal Alves
Tel.: 351 21 310 11 86 Fax: 351 21 353 56 94Email: deef@bancobpi.pt www.bancobpi.ptwww.bpiinvestimentos.pt/Research
ÍNDICEPág.
Perspectivas Globais e Principais Factores de Risco 03
Principais Mercados: Recomendações 04
ECONOMIAS
ECONOMIA GLOBAL - O QUE PODE CORRER MAL? 05EUA - EM FUGA DA ARMADILHA DE LIQUIDEZ 06ZONA EURO - PERSPECTIVAS DE RETORNO A CRESCIMENTO 09PORTUGAL - 2014 UM ANO DECISIVO 11ESPANHA - 2014 INÍCIO DO CICLO DE CRESCIMENTO 14ÁFRICA SUBSARIANA - CENÁRIO OPTIMISTA EMBORA
RISCOS NEGATIVOS PERSISTAM 16ÁFRICA DO SUL - CRESCIMENTO ANÉMICO ACENTUA
VULNERABILIDADE A CHOQUES EXTERNOS 17ANGOLA - EXECUÇÃO ORÇAMENTAL E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO
PENALIZAM CRESCIMENTO EM 2013 18MOÇAMBIQUE - INCERTEZA POLÍTICA ADICIONA INCERTEZA
AO CICLO DE CRESCIMENTO RÁPIDO 20
MERCADOS
MERCADO CAMBIAL
AS ACTUAIS TENDÊNCIAS PODEM NÃO SERVIR PARA 2014 22INVESTIDORES AINDA CÉPTICOS PODEM NÃO REGRESSAR DE IMEDIATO 24
MERCADO MONETÁRIO
ÂNCORA DOS BANCOS CENTRAIS MANTÉM-SE EM 2014 26
MERCADO DE DÍVIDA PÚBLICA
PENALIZADO EM 2014 28
MERCADO DE DÍVIDA DIVERSA
PROCURA POR RETORNO CONTINUARÁ A FAVORECER O MERCADO 30
MERCADOS ACCIONISTAS
DEPOIS DE UM ANO FANTÁSTICO, UM ANO NORMAL? 31
MERCADO DE COMMODITIES
PESANDO A OFERTA E PROCURA PREVISTAS,OS PREÇOS DEVERÃO MANTER-SE ESTÁVEIS 33
PREVISÕES
Economias DesenvolvidasMercados EmergentesPrevisões Económicas do BPI 35
Taxas de CâmbioTaxas de Juro 36
Taxas Oficiais dos Principais Bancos Centrais 27
Taxas de Câmbio dos Mercados EmergentesTaxas de Juro dos Mercados Emergentes 38
BASES DE DADOS 39
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
3
Per
spec
tiva
s G
obai
s e
Pri
nci
pai
s Fa
ctor
es d
e R
isco
Per
spec
tiva
s G
lob
ais
Fact
ores
de
Ris
co
Glo
bal
EU
A
Jap
ão
Z. E
uro
R.
Un
ido
Po
rtu
gal
Am
éric
aLa
tin
a
Áfr
ica
Su
bsa
rian
a
. Em
201
3, s
egun
do o
FM
I, o
mun
do t
erá
cres
cido
2.9
%,
pode
ndo
acel
erar
3.6
% e
m 2
014,
ben
efic
iand
o de
polít
icas
eco
nóm
icas
fav
oráv
eis
ao c
resc
imen
to,
de a
mpl
a liq
uide
z e
teor
mai
s ac
omod
atíc
io n
a po
lític
aor
çam
enta
l, so
bret
udo
nos
EUA,
mas
tam
bém
em
eco
nom
ias
do e
uro.
A C
hina
par
ece
regi
star
est
abili
zaçã
oda
sua
taxa
de
cres
cim
ento
em
nív
eis
elev
ados
, sug
erin
do s
uces
so d
as a
utor
idad
es e
m p
ross
egui
r o
reeq
uilíb
rio
dos
prin
cipa
is m
otor
es d
e cr
esci
men
to,
a fa
vor
da p
rocu
ra i
nter
na.
. Em
201
3 o
cres
cim
ento
anu
al s
ituar
-se-
á em
tor
no d
e 1.
7%.
A ac
tivid
ade
econ
ómic
a fo
i co
ndic
iona
da p
elo
pend
or r
estr
itivo
da
polít
ica
orça
men
tal
graç
as à
act
uaçã
o do
“Se
ques
tro”
. A
reco
mpo
siçã
o do
s ba
lanç
os d
asfa
míli
as e
aum
ento
da
poup
ança
res
trin
giu
tam
bém
o c
onsu
mo
priv
ado
e lim
itou
a ex
pans
ão d
o pr
odut
o..
Em 2
014,
ant
ecip
a-se
ace
lera
ção
do c
resc
imen
to p
ara
níve
is e
m t
orno
de
2.5%
. O
s pr
inci
pais
mot
ores
serã
o o
men
or g
rau
de r
estr
ição
da
polít
ica
orça
men
tal
e a
mel
hori
a co
ntin
uada
da
proc
ura
pelo
sec
tor
priv
ado.
. A
adop
ção
de p
olíti
cas
fisca
is e
mon
etár
ias
expa
nsio
nist
as r
efle
ctiu
-se
na c
onst
ruçã
o de
um
cen
ário
am
igo
do c
resc
imen
to.
Em 2
013,
a e
cono
mia
dev
erá
ter
cres
cido
em
tor
no d
e 2%
..
Em 2
014,
a n
eces
sida
de d
e re
tirad
a de
alg
uns
estím
ulos
, no
mea
dam
ente
no
cam
po d
a po
lític
a fis
cal d
ever
áre
duzi
r a
ampl
itude
de
cres
cim
ento
da
econ
omia
nip
ónic
a pa
ra n
ívei
s pr
óxim
os d
e 1.
2%.
. O
pen
dor
men
os r
estr
itivo
da
polít
ica
orça
men
tal e
mel
hori
as n
a en
volv
ente
fin
ance
ira,
com
sin
ais
de m
aior
disp
onib
ilida
de p
ara
conc
essã
o de
fin
anci
amen
to p
elas
ins
titui
ções
ban
cári
as e
mod
eraç
ão d
os c
usto
s de
finan
ciam
ento
, ju
stifi
cam
o c
enár
io m
ais
favo
ráve
l par
a 20
14-1
5. T
odav
ia,
o ri
tmo
de e
xpan
são
será
red
uzid
o,já
que
per
sist
e a
nece
ssid
ade
de c
orre
cção
de
dese
quilí
brio
s lim
itativ
os d
o cr
esci
men
to d
a pr
ocur
a in
tern
a.An
teci
pa-s
e as
sim
, um
cre
scim
ento
de
0.9%
em
201
4, a
cele
rand
o pa
ra 1
.5%
em
201
5.
. A
evol
ução
da
activ
idad
e ec
onóm
ica
cont
inua
a s
urpr
eend
er p
ela
posi
tiva.
Os
indi
cado
res
de a
ctiv
idad
e, d
eco
nfia
nça
e ex
pect
ativ
as d
os c
onsu
mid
ores
e p
artic
ular
es s
uger
em q
ue o
cre
scim
ento
da
econ
omia
dev
erá
man
ter-
se s
ólid
o..
A ta
xa d
e de
sem
preg
o de
sceu
par
a 7.
4%.
Apes
ar d
e se
r um
núm
ero
aind
a el
evad
o, a
mai
or p
artic
ipaç
ãola
bora
l, o
fort
e cr
esci
men
to d
o em
preg
o e
a qu
eda
dos
pedi
dos
de s
ubsí
dio
de d
esem
preg
o sã
o co
nsis
tent
esco
m u
ma
sólid
a re
cupe
raçã
o do
mer
cado
de
trab
alho
.
. O
PIB
cai
u em
tor
no d
e 1.
6% e
m 2
013,
men
os d
o qu
e o
espe
rado
, be
nefic
iand
o de
men
or r
itm
o de
cont
racç
ão d
a pr
ocur
a in
tern
a pr
ivad
a e
a co
ntin
uaçã
o de
um
a bo
a pe
rfor
man
ce d
as e
xpor
taçõ
es d
e be
ns e
serv
iços
. 20
14 s
erá
mar
cado
pel
o re
torn
o a
um c
enár
io d
e ex
pans
ão d
a ac
tivid
ade,
ain
da q
ue m
oder
ada
(0.5
%).
O a
mbi
ente
de
finan
ciam
ento
men
os r
estr
itivo
, a e
stab
iliza
ção
do m
erca
do d
e tr
abal
ho e
a p
erfo
rman
ceda
s ex
port
açõe
s, s
ão e
lem
ento
s ch
ave
para
a c
oncr
etiz
ação
des
te c
enár
io.
. Em
201
4 te
rmin
a o
Prog
ram
a de
Ass
istê
ncia
Eco
nóm
ica
e Fi
nanc
eira
, se
ndo
que
o ce
nári
o BP
I ap
onta
par
aa
tran
siçã
o pa
ra u
ma
solu
ção
asse
nte
no f
inan
ciam
ento
do
Esta
do n
o m
erca
do p
rim
ário
, po
ssiv
elm
ente
ao
abri
go d
e um
pro
gram
a ca
utel
ar.
. Em
201
3, a
act
ivid
ade
econ
ómic
a fic
ou li
mita
da p
or c
ondi
ções
men
os f
avor
ávei
s, p
or e
xem
plo
o pr
eço
mai
sba
ixo
das
com
mod
ities
e c
onst
rang
imen
tos
ao n
ível
das
inf
ra-e
stru
tura
s ex
iste
ntes
, de
aco
rdo
com
o F
MI.
. As
per
spec
tivas
par
a 20
14,
são
favo
ráve
is,
na m
edid
a em
que
os
resp
ectiv
os s
ecto
res
expo
rtad
ores
ten
derã
oa
expa
ndir
a a
ctiv
idad
e, b
enef
icia
ndo
de m
aior
pro
cura
por
par
te d
as e
cono
mia
s de
senv
olvi
das.
Tod
avia
, a
perf
orm
ance
dep
ende
rá d
as c
arac
terí
stic
as d
e ca
da e
cono
mia
, po
dend
o as
mai
s de
pend
ente
s de
cap
itais
exte
rnos
(Br
asil)
dep
arar
-se
com
um
am
bien
te m
ais
adve
rso
pós
iníc
io d
a re
tirad
a pe
la R
eser
va F
eder
al.
. O
cre
scim
ento
eco
nóm
ico
man
tém
-se
robu
sto
e el
evad
o gu
iado
em
par
te p
or f
luxo
s de
cap
ital
estr
ange
iro
orie
ntad
os p
ara
sect
ores
de
expl
oraç
ão d
e re
curs
os m
iner
ais
e pa
ra o
des
envo
lvim
ento
de
infr
a-es
trut
uras
,ap
esar
de
pers
istir
em c
onst
rang
imen
tos
inte
rnos
em
vár
ios
país
es.
. Em
201
4, o
cre
scim
ento
da
econ
omia
dev
erá
tam
bém
ben
efic
iar
de u
m m
elho
r co
ntex
to e
xter
no p
ara
asex
port
açõe
s. E
xist
em t
ambé
m r
efor
mas
est
rutu
rais
em
cur
so q
ue d
ever
ão s
er r
espo
nsáv
eis
pelo
aum
ento
do
cres
cim
ento
pot
enci
al e
m d
eter
min
ados
paí
ses,
des
taca
ndo-
se o
pla
no e
nerg
étic
o na
Nig
éria
.
. N
as e
cono
mia
s de
senv
olvi
das
são
prin
cipa
lmen
te d
e na
ture
za p
olíti
ca e
con
cent
rado
s na
UEM
. O
mai
ores
forç
o de
con
solid
ação
orç
amen
tal
e de
rea
just
amen
to e
stru
tura
l em
eco
nom
ias
da p
erife
ria
pode
tra
duzi
r-se
em
cre
scim
ento
de
forç
as p
olíti
cas
mai
s ra
dica
is.
. A
s ec
onom
ias
emer
gent
es m
ais
depe
nden
tes
de f
undo
s ex
tern
os,
pode
rão
enfr
enta
r m
aior
difi
culd
ade
defin
anci
amen
to,
dada
a t
raje
ctór
ia e
sper
ada
para
a p
olíti
ca m
onet
ária
.
. Nos
pró
xim
os d
ois
anos
, o p
roce
sso
de r
etira
da d
e es
tímul
os p
ela
Rese
rva
Fede
ral p
oder
á or
igin
ar p
ertu
rbaç
ões
nos
mer
cado
s fin
ance
iros
, com
impa
cto
na e
cono
mia
rea
l e n
a co
nfia
nça
dos
agen
tes
econ
ómic
os. A
ctua
lmen
teas
exp
ecta
tivas
de
aum
ento
dos
jur
os p
elo
banc
o ce
ntra
l dos
EU
A es
tão
de a
cord
o co
m o
cal
endá
rio
suge
rido
pela
Res
erva
Fed
eral
(a
part
ir d
e m
eado
s de
201
5).
. Ri
scos
par
a o
cres
cim
ento
são
neg
ativ
os e
pre
ndem
-se
com
o e
feito
no
cons
umo
priv
ado
da s
ubid
a da
tax
ade
im
post
o pr
ojec
tada
par
a 20
14;
. U
m a
umen
to p
ouco
sig
nific
ativ
o da
res
pect
iva
taxa
cri
ará
um p
robl
ema
de c
onfia
nça
na c
apac
idad
e da
s au
tori
dade
s re
duzi
rem
o d
eseq
uilíb
rio
orça
men
tal.
. Em
sen
tido
desc
ende
nte
salie
nta-
se r
isco
s as
soci
ados
à e
leiç
ões
Euro
peia
s em
Mai
o, c
aso
forç
as p
olíti
cas
mai
s ra
dica
is g
anhe
m t
erre
no,
pond
o em
cau
sa o
pro
cess
o de
con
stru
ção
da a
rqui
tect
ura
do e
uro.
. Em
sen
tido
asce
nden
te d
esta
ca-s
e a
poss
ibili
dade
de
que
o in
vest
imen
to,
que
sofr
eu u
ma
fort
e qu
eda
desd
e 20
07, p
ossa
ter
uma
perf
orm
ance
mai
s fa
vorá
vel,
bene
ficia
ndo
da r
eduç
ão d
a in
cert
eza
e da
nec
essi
dade
de s
ubst
ituiç
ão d
e eq
uipa
men
tos.
. A
subi
da d
os p
reço
s na
hab
itaçã
o pa
rece
indi
ciar
a f
orm
ação
de
uma
bolh
a ne
sse
mer
cado
que
pod
erá
leva
ra
um a
pert
o da
pol
ítica
mon
etár
ia m
ais
cedo
do
que
o an
teci
pado
. D
a m
esm
a fo
rma,
a r
ápid
a re
duçã
o da
taxa
de
dese
mpr
ego
nos
últim
os m
eses
con
trib
ui p
ara
leva
ntar
rec
eito
s so
bre
a es
tabi
lidad
e do
nív
el d
epr
eços
ger
al.
De
fact
o,os
ris
cos
de in
flaçã
o pe
rsis
tem
e p
odem
influ
enci
ar a
s ex
pect
ativ
as p
ara
a ev
oluç
ão d
oní
vel
de p
reço
s no
méd
io-p
razo
, o
que
cond
icio
nari
a a
evol
ução
da
polít
ica
mon
etár
ia.
. Es
tão
sobr
etud
o as
soci
ados
ao
final
do
PAEF
e à
tra
nsiç
ão p
ara
um n
ovo
mod
elo
de f
inan
ciam
ento
do
Esta
do,
asse
nte
no r
ecur
so a
o m
erca
do.
O a
ndam
ento
das
eco
nom
ias
exte
rnas
con
stitu
i um
fac
tor
de r
isco
adic
iona
l, pa
ra a
lém
dos
fact
ores
de
natu
reza
pol
ítica
, ass
ocia
dos
sobr
etud
o ao
res
ulta
do d
as e
leiç
ões
euro
peia
sem
alg
uns
país
es m
ais
frag
iliza
dos
polit
icam
ente
.
. R
isco
s pa
ra o
cre
scim
ento
são
neg
ativ
os e
rel
acio
nam
-se
com
a i
ncer
teza
e v
olat
ilida
de n
os m
erca
dos
finan
ceir
os e
pos
síbi
lidad
e de
red
ução
dos
flu
xos
de c
apita
l di
recc
iona
dos
para
est
as e
cono
mia
s de
riva
da d
eum
a su
bida
das
taxa
s de
juro
nas
eco
nom
ias
dese
nvol
vida
s.
.. O
com
port
amen
to s
erá
dife
renc
iado
, dep
ende
ndo
das
cara
cter
ístic
as in
trín
seca
s de
cad
a re
gião
, num
am
bien
tede
ret
oma
da a
ctiv
idad
e in
dust
rial
glo
bal,
preç
os d
as c
omm
oditi
es c
ontid
os e
am
bien
te f
inan
ceir
o m
enos
acom
odat
ício
no
mun
do d
esen
volv
ido.
. O
s ri
scos
pre
ndem
-se
prin
cipa
lmen
te c
om r
eduç
ão d
os e
stím
ulos
mon
etár
ios
da R
eser
va F
eder
al d
os E
UA,
que
pode
rá a
fect
ar n
egat
ivam
ente
os
fluxo
s de
cap
ital p
ara
as e
cono
mia
s m
ais
vuln
eráv
eis
a ch
oque
s ex
tern
os,
nom
eada
men
te a
Áfr
ica
do S
ul,
desv
alor
izan
do a
s su
as m
oeda
s e
cria
ndo
inst
abili
dade
sob
re o
sis
tem
afin
ance
iro.
A r
eacç
ão d
os m
erca
dos
à re
duçã
o do
s es
tímul
os p
oder
á ta
mbé
m d
ificu
ltar
os p
lano
s pa
ra e
mis
sões
de d
ívid
a in
tern
acio
nal
em v
ário
s pa
íses
da
regi
ão.
. O
cre
scim
ento
pot
enci
al p
erm
anec
e em
mui
tos
país
es li
mita
do p
ela
a au
sênc
ia d
e re
form
as e
stru
tura
is q
uere
solv
am n
eces
sida
des
de i
nfra
-est
rutu
ras
e re
des
rodo
viár
ias
e pe
la b
aixa
qua
lific
ação
e e
leva
da p
obre
zada
s po
pula
ções
.
4
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014P
rin
cip
ais
Rec
omen
daç
ões
e Fa
ctor
es d
e R
isco
Rec
om
end
açõ
esFa
ctor
es d
e R
isco
M.
Cam
bia
l
M.
Mon
etár
io
Div
. P
úb
.
Dív
. D
iv.
Acç
ões
Com
mod
itie
s
. O
des
enho
de
um n
ovo
cicl
o em
201
4 po
derá
tra
zer
alte
raçõ
es n
os m
ovim
ento
s da
s m
oeda
s,co
mpa
rati
vam
ente
às
tend
ênci
as d
efin
idas
em
201
3. N
a U
EM,
o es
trei
tam
ento
da
liqui
dez
exce
dent
ária
conf
ere
um s
upor
te s
igni
ficat
ivo
ao e
uro
nest
e in
ício
do
novo
ano
, nã
o ob
stan
te a
s pr
omes
sas
do P
resi
dent
edo
BCE
sob
re n
ovas
med
idas
de
estím
ulo.
Nos
EU
A, o
afu
nila
men
to e
m p
ersp
ectiv
a da
liqu
idez
e u
ma
mai
orro
bust
ez n
o m
erca
do d
e tr
abal
ho,
deve
m c
riar
pre
ssão
de
subi
da d
os j
uros
no
mer
cado
, m
ais
tard
e. A
ssim
,no
s pr
imei
ros
mes
es p
oder
emos
ver
o E
UR/
USD
evo
luir
de
form
a m
ais
late
ral,
próx
imo
dos
máx
imos
de
2013
, e
tend
o co
mo
refe
rênc
ia m
ínim
a os
1.3
2, d
even
do p
rivi
legi
ar-s
e po
siçõ
es lo
ngas
em
dól
ares
. Co
m u
ma
prog
ress
ão m
ais
rápi
da d
o ta
peri
ng,
poss
ivel
men
to n
o fin
al d
o an
o, o
EU
R/U
SD p
oder
á si
tuar
-se
entr
e 1.
28e
1.30
. A
libra
dev
erá
man
ter
uma
proc
ura
firm
e, t
endo
con
quis
tado
a c
onfia
nça
dos
inve
stid
ores
. Po
r se
utu
rno,
o i
ene
tem
con
diçõ
es p
ara
se m
ante
r de
bilit
ado,
pod
endo
o U
SD/J
PY c
hega
r ao
s 11
0 ie
nes
por
dóla
r.
. As
tax
as E
urib
or e
stab
iliza
ram
fac
e à
tend
ênci
a de
sub
ida
regi
stad
a ao
lon
go d
e D
ezem
bro,
man
tend
o-se
em n
ívei
s m
áxim
os d
esde
Set
embr
o. E
ste
aum
ento
est
á em
cer
ta m
edid
a re
laci
onad
o co
m o
fech
o de
pos
içõe
sca
ract
erís
tico
do
final
do
ano
mas
tam
bém
com
a r
eduç
ão d
o ex
cess
o da
liq
uide
z na
reg
ião.
Ape
sar
dape
rspe
ctiv
a de
mel
hori
a ec
onóm
ica
da r
egiã
o, o
BCE
tem
man
tido
um t
om a
com
odat
ício
, su
geri
ndo
que
asta
xas
deve
rão
perm
anec
er p
róxi
mas
de
zero
ain
da p
or u
m lo
ngo
perí
odo
de te
mpo
. Con
tinua
mos
a r
ecom
enda
ro
finan
ciam
ento
a p
razo
s cu
rtos
(te
ndo
por
base
as
pers
pect
ivas
par
a as
tax
as d
e m
erca
do m
onet
ário
)at
ende
ndo
à es
trut
ura
actu
al d
a cu
rva
de r
endi
men
tos
de c
urto
pra
zo.
. Q
uand
o se
tra
ta d
a de
cisã
o de
apl
icaç
ão d
e fu
ndos
, re
com
enda
m-s
e ap
licaç
ões
de m
édio
/lon
go-p
razo
com
o ob
ject
ivo
de a
prov
eita
r o
prém
io d
e im
obili
zaçã
o de
cap
ital
im
plíc
ito
nas
taxa
s da
s m
atur
idad
es m
ais
long
as.
. A
subi
da d
as y
ield
s ob
serv
ada
em 2
013,
tra
duzi
u um
cen
ário
mai
s fa
vorá
vel p
ara
o cr
esci
men
to,
a re
duçã
ode
ris
cos
disr
upto
res
e ex
pect
ativ
as d
e ev
oluç
ão d
a po
lític
a m
onet
ária
nos
pri
ncip
ais
banc
os c
entr
ais.
Em
2014
, an
teci
pa-s
e a
man
uten
ção
do m
ovim
ento
de
subi
da d
as y
ield
s. N
os E
UA,
o m
ovim
ento
ser
á m
ais
acen
tuad
o, a
ntec
ipan
do-s
e a
poss
ibili
dade
de
que
no p
razo
de
um a
no,
as t
axas
dos
tre
asur
ies
a 10
ano
s se
situ
em e
m t
orno
dos
3.5
%-4
%.
Na
UEM
, as
yie
lds
situ
ar-s
e-ão
num
int
erva
lo e
ntre
2.5
%-3
% n
o m
esm
opr
azo.
. A
dívi
da d
os p
aíse
s da
per
iferi
a co
ntin
uará
a b
enef
icia
r da
pro
cura
de
rent
abili
dade
, nu
m c
enár
io d
e ba
ixas
taxa
s de
jur
o, m
as t
ambé
m d
a co
rrec
ção
de d
eseq
uilíb
rios
mac
roec
onóm
icos
.
. Em
201
4, o
mer
cado
de
dívi
da d
iver
sa m
ante
r-se
-á d
inâm
ico,
ben
efic
iand
o da
per
man
ênci
a de
um
am
bien
tede
abu
ndan
te li
quid
ez,
de b
aixa
s ta
xas
de j
uro
e de
for
tale
cim
ento
dos
bal
anço
s da
s em
pres
as.
Num
cen
ário
mai
s po
sitiv
o pa
ra o
cre
scim
ento
e m
arca
do p
or r
eduç
ão d
a in
cert
eza,
ant
ecip
a-se
um
aum
ento
da
activ
idad
ena
áre
a da
s fu
sões
e a
quis
içõe
s, d
ando
sup
orte
ao
mer
cado
. O
s ac
tivo
s co
m m
enor
qua
lidad
e de
verã
oco
ntin
uar
a be
nefic
iar
da p
rocu
ra d
e re
ntab
ilida
de p
or p
arte
dos
inv
esti
dore
s, m
as o
rit
mo
de e
mis
sões
deve
rá a
bran
dar
face
a 2
013,
já
que
os p
reço
s pr
atic
ados
se
têm
vin
do a
red
uzir.
. D
epoi
s de
um
201
3 co
m v
alor
izaç
ões
bols
ista
s ex
pres
siva
s, e
sper
a-se
um
ano
pos
itivo
em
201
4, m
as m
ais
mod
erad
o. P
ara
além
do
fulg
or i
nici
al d
a no
rmal
rec
ompo
siçã
o da
s ca
rtei
ras
por
inst
ituc
iona
is e
fun
dos
priv
ados
, o
ambi
ente
eco
nóm
ico-
finan
ceir
o m
ostr
a-se
ago
ra r
enov
ado
com
boa
s ex
pect
ativ
as f
utur
as.
AEu
ropa
, em
par
ticul
ar,
tem
um
pot
enci
al d
e cr
esci
men
to s
uper
ior
devi
do a
o fa
cto
de a
mai
oria
dos
seu
sín
dice
s ai
nda
esta
r lo
nge
de a
nula
r as
cri
ses
bols
ista
s de
200
8 e
de 2
000.
Dev
em-s
e pr
ivile
giar
sec
tore
s qu
eso
frer
am s
igni
ficat
ivas
ree
stru
tura
ções
nos
últ
imos
doi
s an
os e
/ou
que
apre
sent
am p
rese
ntem
ente
um
impo
rtan
te p
lano
de
inve
stim
ento
par
a 20
14 e
ano
s vi
ndou
ros,
abr
indo
per
spec
tivas
de
mai
s cr
esci
men
to:
tecn
ológ
icas
, in
dúst
rias
, fin
ance
iras,
saú
de,
mat
eria
is e
util
ities
.
. Vár
ios
aspe
ctos
con
corr
em p
ara
uma
rela
tiva
esta
bilid
ade
dos
preç
os e
m 2
014:
o m
undo
terá
um
a pe
rfor
man
ceec
onóm
ica
mel
hor,
mas
não
tão
cat
egór
ica
com
o se
pre
via
há a
lgun
s m
eses
atr
ás,
nom
eada
men
te a
o ní
vel
das
econ
omia
s em
erge
ntes
; a
não
exis
tênc
ia d
e si
gnifi
cativ
os c
onst
rang
imen
tos
do l
ado
da o
fert
a, h
aven
dom
esm
o um
a pe
rspe
ctiv
a de
abu
ndân
cia,
ret
iram
pre
ssão
de
subi
da d
e pr
eços
; a
poss
ibili
dade
de
apre
ciaç
ãodo
dól
ar d
imin
uirá
igu
alm
ente
o r
isco
de
esca
lada
dos
pre
ços
das
mat
éria
s-pr
imas
.
. A
evol
ução
do
proc
esso
de
tape
ring
agor
a in
icia
do p
ela
Fed.
Vai
ser
"na
vega
ção
à vi
sta"
de
acor
do c
om a
evol
ução
da
activ
idad
e ec
onóm
ica
em g
eral
, do
mer
cado
de
trab
alho
em
par
ticul
ar.
.Na
Euro
pa,
aind
a há
mui
taca
utel
a no
s di
scur
sos
das
auto
ridad
es,
que
acom
panh
a a
lent
idão
de
cons
truç
ão d
e to
da a
est
rutu
ra q
ue a
juda
afo
rtal
ecer
o e
uro
com
o m
oeda
mad
ura
e cr
edív
el. N
ão s
e de
scar
ta a
pos
sibi
lidad
e de
nov
as m
edid
as d
e es
tímul
o,en
fraq
uece
ndo
a m
oeda
, ca
so a
sua
apr
ecia
ção
ponh
a em
cau
sa a
mel
horia
da
tend
ênci
a qu
e se
ant
evê.
. As
taxa
s de
cur
to p
razo
nos
EU
A, Z
ona
Euro
, Jap
ão, R
eino
Uni
do e
Suí
ça c
ontin
uam
pró
xim
as d
e ze
ro, a
limen
tada
spe
la s
inal
izaç
ão d
o pe
rcur
so f
utur
o (f
orw
ard
guid
ance
) da
s pr
inci
pais
tax
as d
e ju
ro d
irect
oras
. O
ris
co d
e um
aum
ento
sub
stan
cial
não
esp
erad
o da
s ta
xas
de m
erca
do é
red
uzid
o e
esta
rá r
elac
iona
do c
om o
s ef
eito
s de
cont
ágio
da
redu
ção
do Q
E pe
la F
ed e
da
redu
ção
do e
xces
so d
e liq
uide
z na
zon
a eu
ro.
. As
dec
isõe
s de
inve
stim
ento
têm
que
ser
pon
dera
das
pelo
s re
torn
os e
sper
ados
de
inve
stim
ento
em
act
ivos
de
rend
imen
to v
ariá
vel (
acçõ
es,
fund
os d
e in
vest
imen
to,
…)
e pe
los
spre
ads
ofer
ecid
os p
elos
ban
cos.
. Al
tera
ção
nas
expe
ctat
ivas
qua
nto
à ev
oluç
ão d
as p
olíti
cas
mon
etár
ias,
nom
eada
men
te n
o qu
e se
ref
ere
àre
duçã
o do
s es
tímul
os n
os E
UA
pode
rá p
enal
izar
de
form
a m
ais
acen
tuad
a as
apl
icaç
ões
em t
axa
fixa.
. N
a zo
naeu
ro,
risco
s re
laci
onad
os c
om o
s re
sulta
dos
das
elei
ções
par
a o
Parla
men
to E
urop
eu p
oder
ão t
radu
zir-
se e
mm
ovim
ento
de
fuga
par
a a
qual
idad
e.
. Al
tera
ções
de
polít
ica
mon
etár
ia o
u de
mec
anis
mos
não
con
venc
iona
is n
os d
ois
lado
s do
Atlâ
ntic
o. S
ubid
asin
espe
rada
s do
s ín
dice
s de
incu
mpr
imen
to.
. As
bol
sas
nort
e-am
eric
anas
cos
tum
am d
efin
ir a
tend
ênci
a ge
ral d
o m
erca
do.
Cont
udo,
a v
eloc
idad
e do
tap
erin
ge
a pe
rcep
ção
de q
ue o
s pr
inci
pais
índi
ces
dos
EUA
estã
o a
cam
inha
r pa
ra t
errit
ório
que
pod
e se
r co
nsid
erad
o de
"bol
ha"
pode
ger
ar p
erío
dos
de m
aior
ave
rsão
ao
risco
.
. Há
risco
s do
lado
do
cres
cim
ento
, nom
eada
men
te n
o qu
e re
spei
ta à
s ec
onom
ias
emer
gent
es;
Por
outr
o la
do, o
sfa
ctor
es g
eopo
lític
os e
stão
sem
pre
late
ntes
, no
mea
dam
ente
com
o co
ndic
iona
ntes
na
área
da
ener
gia.
. A
pers
pect
iva
de a
bund
ânci
a no
que
res
peita
aos
ben
s al
imen
tare
s é
efém
era,
per
ante
a d
epen
dênc
ia d
asco
ndiç
ões
clim
atér
icas
glo
bais
.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
5
ECONOMIA GLOBAL - O QUE PODE CORRER MAL?
ECONOMIAS
2013: Depois da grande recessão de 2009 e do ensaio da retoma em 2010, o ano que agora termina é o terceiro em queo crescimento desilude, mantendo-se muito próximo de mínimos históricos. O Fundo Monetário Internacional projecta umaaceleração, de 2.9% para 3.6%, o maior ritmo de expansão desde 2011. 2013 foi ainda caracterizado por revisões em baixado cenário de crescimento económico global, ainda que em menor escala que no passado recente e afectando mais aseconomias emergentes ou em desenvolvimento. Mas, grosso modo, todas as regiões decepcionaram; relembre-se o cenárioda OCDE elaborado há um ano, em que antecipava uma contracção da actividade de 0.1% na região do euro em 2013,comparando com as previsões mais recentes, -0.4%; antecipava-se crescimento de 2% do PIB nos EUA (consensus) quecompara actualmente com expectativas de 1.7%.
Factores de ordem política condicionaram o andamento da actividade, dado que a economia se encontrava aindafragilizada pelo legado da crise financeira de 2007-2008, que impôs a necessidade de desalavancagem e recomposição debalanços, e trouxe fragmentação dos mercados financeiros, sobretudo na Europa, e incerteza acrescida. A ocorrência dediversas eleições em países europeus - com destaque para Itália e Alemanha - e o impasse orçamental nos EUA relativamenteao andamento da política orçamental, tiveram também implicações significativas no fraco desempenho dos principais blocoseconómicos. Recorde-se o braço de ferro entre Democratas e Republicanos que culminou com o encerramento de algunsserviços públicos próximo do final do ano, assim como a aplicação indiscriminada de cortes na despesa pública (Sequestre eShutdown), os quais contribuíram também para a desaceleração observada nos EUA. Finalmente, o anúncio, em Maio, de quea Reserva Federal se preparava para dar os primeiros passos de retirada da actual política de estímulos não convencionais depolítica monetária, marcou a segunda metade do ano, com implicações no andamento dos principais activos financeiros econsequências no sentimento de confiança de famílias e empresas.
Os níveis de desemprego mantiveram-se elevados, embora em alguns casos tenha havido progressos. Todavia,uma das características desta fase do ciclo, no mundo desenvolvido, resulta da menor participação da população no mercadode trabalho, engrossando o número de inactivos. Adicionalmente, um fenómeno transversal é o aumento do desemprego delonga duração, que cada vez pesa mais no número de desempregados havendo mesmo evidência que aponta para umarelação estreita entre o tempo na situação de desemprego e a probabilidade de ser contratado.
Os níveis de inflação desceram nos países desenvolvidos - para tal contribuíram as folgas que persistem naactividade económica, os ajustamentos em algumas economias com peso na dinâmica global, a queda dos preços dascommodities, em particular o petróleo; na região do euro, a apreciação da moeda, nomeadamente no final do ano, tambémdesempenhou um papel de relevo. Assiste-se assim, a um processo que se poderá designar por desinflação. Por enquanto,não se afigura previsível que se possa resvalar para uma situação de deflação, pelo menos na ausência de choques adversosinesperados. Efectivamente, a redução esperada dos hiatos do produto, a recuperação da procura e um mercado laboral maisfavorável ao crescimento, justificam a expectativa de lenta aceleração do ritmo de aumento dos preços ao consumidor.
O comportamento dos preços do petróleo justificaparcialmente a tendência global de desinflação
Comércio Internacional com dinamismo redobradona viragem do ano, sustenta cenário optimista
-2
-1
0
1
2
3
4
5
2006 2007 2009 2010 2012 2013
Fonte: Bloomberg
tvh % Baltic Dry Index
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
Out-12 Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13
-6%-5%-4%-3%-2%-1%0%1%2%3%
IPC EUA (y/y)IPC UEM (y/y)Brent - var. média anual Fonte: Bloomberg
6
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
2014 - Nos contributos para o crescimento mundialas economias emergentes continuam a destacar-se
Reforça-se tendência de crescimento namanufactura
ECONOMIA GLOBAL - O QUE PODE CORRER MAL?
ECONOMIAS
0.88%0.59%
0.16%0.12%
0.09%0.08%0.07%0.07%0.06%0.06%0.06%0.06%0.05%0.05%0.04%0.04%0.04%
ChinaEUAUEM
IndiaRússiaJapãoBrasil
AlemanhaIndonésia
R. UnidoCoreia
AustráliaMéxico
CanadáArab.Sau.
TurquiaFrança
Fonte: FMI, Calc BPI
PIB Mundial em 2014:
+3.6%
45
47
49
51
53
55
57
59
Jan-13 Mar-13 Mai-13 Jul-13 Set-13 Nov-13UEM Alemanha R.UnidoEUA China
PMI Manufactura
Fonte: Bloomberg
O cenário para 2014 afigura-se auspicioso, assente na aceleração do crescimento dos EUA, crescimento ainda queligeiro na zona euro, expansão confortável no Reino Unido e no Japão. Ou seja, uma parte muito significativa dos principaisblocos económicos estará em melhor situação que no ano transacto. Só os países que constituem a UEM, que pesam cercade 18% do PIB global, deverão gerar um contributo fundamental para a concretização do cenário que agora se desenha,ainda que o produto registe uma expansão modesta. Como é evidente graficamente, caso se confirmem as previsões doFundo Monetário Internacional, a Zona Euro dará o terceiro maior contributo para o andamento da economia global, depoisdos EUA e da China (ver gráfico). O FMI antecipa que o PIB mundial registe uma expansão de 3.6%, e a UEM 1%. Ou seja,a pergunta que se deve colocar é: o que poderá correr mal.
Factores positivos: As políticas económicas continuarão a suportar o crescimento. A liquidez financeira global manter-se-á ampla, embora alguns bancos centrais (Reserva Federal dos EUA e Banco de Inglaterra) devam continuar o processo delenta retirada dos estímulos. A política orçamental deverá assumir um carácter mais acomodatício, sobretudo nos EUA. Naregião do euro, os avanços na arquitectura da União Bancária poderão traduzir-se na melhoria efectiva do ambiente financeironos países mais fragilizados. O final do programa de assistência português constituirá também um teste importante à solidezda actual estrutura e mecanismos existentes na UEM. Finalmente, entre as economias emergentes, a China parece registarestabilização da sua taxa de crescimento em níveis elevados, sugerindo sucesso das autoridades em prosseguir o reequilíbriodos principais motores de crescimento, a favor da procura interna.
Principais riscos: São de destacar os de natureza política, associados às eleições de Maio 2014 para o ParlamentoEuropeu. De facto, em alguns países da periferia, que enfrentam maior esforço de consolidação orçamental e de reajustamentoestrutural, as forças políticas menos conservadoras têm vindo a ganhar espaço, podendo um eventual avanço perturbar oequilíbrio necessário à governação. Esta é uma situação que ocorre na Grécia, um dos países que continua a preocupar emtermos da sua sustentabilidade económica e também quanto à dívida pública.
Os mercados emergentes enfrentarão um ambiente externo menos favorável, nomeadamente as economiasmais dependentes de fundos externos, dada a trajectória esperada para a política monetária e a expectativa de que em2014/15 comece a reduzir-se o amplo lençol de liquidez no sistema financeiro global. Este pode ser um risco para o equilíbrioglobal dado o peso que este grupo de países assume no PIB mundial. Efectivamente, face a uma maior dificuldade definanciamento no exterior, as autoridades monetárias poderão optar por aumentar as suas taxas de juro, impondo umapolítica monetária mais restritiva e forçando a desaceleração da actividade.
Finalmente, importa lembrar que o espaço de actuação das políticas económicas é escasso nos paísesdesenvolvidos. Perante uma tendência generalizada de redução da inflação para níveis excessivamente baixos e face àpersistência de necessidade de ajustamento em economias com peso na dinâmica global, este poderá ser um dos temas aolongo do ano.
Paula Gonçalves Carvalho
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
7
ECONOMIAS
EUA - EM FUGA DA ARMADILHA DE LIQUIDEZ
2013 - No ano agora findo, consolidou-se a construção de uma tendência de crescimento mais forte, emboraainda inferior ao observado em épocas passadas. A taxa de crescimento do PIB no 3º trimestre foi revista emalta (de 2.8% para 3.6%, valores trimestrais anualizados), sugerindo que o crescimento anual em 2013 deverásituar-se em torno de 1.7%, inferior ao ritmo registado no ano anterior (2.8%), mas em aceleração ligeira durante oano. A actividade económica foi sobretudo condicionada pelo pendor restritivo da política orçamentalgraças à actuação do "Sequestro", que implicou reduções indiscriminadas na despesa pública. A recomposiçãodos balanços das famílias e aumento da poupança restringiu também o consumo privado e limitou a expansão doproduto.
O consumo privado deverá ter aumentado a um ritmo inferior a 2%, o mais baixo desde 2009. Para este crescimentofraco terá contribuído o andamento do mercado de trabalho, pois apesar da melhoria evidenciada sobretudo nos últimosmeses do ano, esta resultou também do encolhimento da população activa, em grande parte reflectindo o engrossar donúmero de indivíduos desencorajados. A despesa pública sofreu uma contracção pelo terceiro ano consecutivo, em termosreais, contribuindo com cerca de 0.3 p.p. para a limitação do crescimento. O destaque vai para a viragem do ano (2012-13),quando graças aos cortes cegos na despesa (sequestro), os gastos do estado encolheram 6.5% no 4T12 e 4.6% no 1T13,com um impacto decisivo na performance anual do agregado. Entretanto, o investimento deverá ter aumentado cerca de5%, em termos médios anuais, inferior aos valores observados no ano anterior. Também aqui deverá ter ponderado ocomportamento do investimento público, para além da influência da perturbação causada pelo anúncio da proximidade daredução dos estímulos de política monetária, em Maio, com impacto nas taxas de refinanciamento hipotecário e no investimentoem imobiliário bem como no mercado da construção. A procura externa líquida deverá gerar um contributo quase nulopara o crescimento; relembre-se que as exportações pesam apenas cerca de 15% no PIB dos EUA, configurando ascaracterísticas de uma grande economia, fechada.
O mercado de trabalho evidenciou uma tendência de melhoria - a taxa de desemprego desceu mais de 1p.p. para6,7% em Dezembro, o valor mínimo desde finais de 2008; a criação média mensal de postos de trabalho situou-se em cercade 182 mil. Não obstante esta melhoria, dever referir-se o aumento do número de desencorajados e a queda continuada dataxa de participação, como é visível graficamente. Pelo que no detalhe, o mercado de trabalho continua a conferir poucosuporte à actividade.
Crédito e património - as indicações mais recentes relativamente ao andamento dos indicadores deendividamento, crédito e património das famílias, apontam num sentido favorável, sugerindo que a reparação debalanços dos particulares está numa fase avançada. Efectivamente o património financeiro líquido mantém-se emexpansão, tendo aumentado de valores em torno de 270% do PIB em 2009 para 290% no terceiro trimestre de2013. Para tal contribui a valorização dos activos financeiros das famílias no mercado de capitais, mais quecompensando a expansão do financiamento. Por outro lado, a recuperação do crédito a particulares, designadamenteo aumento do financiamento para compra de habitação, constitui também uma boa notícia, devendo potenciar oandamento da actividade económica no futuro.
...mas graças à menor taxa de participação
61.0
62.0
63.0
64.0
65.0
66.0
67.0
Jan.08 Jan.09 Jan.10 Jan.11 Jan.12 Jan.13
4.5
5.5
6.5
7.5
8.5
9.5
10.5
Taxa de participação
Taxa de desemprego (ELD)Fonte: Bloomberg, BLS
EUA - Mercado de trabalho melhoraprogressivamente…
-1,000-800
-600-400-200
0200
400600
Jun-08 Jun-09 Jun-10 Jun-11 Jun-12 Jun-13
4
5
6
7
8
9
10
11
Variação do Emprego
Taxa de desemprego (ELD) Fonte: Bloomberg
Variação do emprego e taxa de desemprego %
8
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
Cenário para 2014-15 - Em 2014, antecipa-se o retorno a taxas de crescimento em torno de 2.5%. Os principaismotores desta aceleração serão o menor grau de restrição da política orçamental e o reforço da procura pelo sector privado.Para além dos progressos registados no mercado de trabalho, os efeitos riqueza derivados do aumento dos preços doimobiliário e da evolução das valorizações no mercado de capitais, deverão suportar o consumo das famílias. Por sua vez,esta performance deverá estimular o investimento empresarial e o reforço das contratações.
As preocupações em torno da política orçamental foram esbatidas pelo recente acordo entre Democratas e Republicanos,acordo que deverá mitigar o impacto do Sequestro nos próximos dois anos fiscais - 2014 e 2015 - aumentando os níveis dedespesa em USD 23 mil milhões (0.2% do PIB) em relação à legislação actual. Estes novos gastos serão compensados porpagamentos a realizar por utentes de serviços vários (por exemplo, taxas de aeroporto ou aumento dos contributos dosfuncionários públicos para as suas reformas.
Mas o acordo não aborda algumas questões importantes com potencial impacto na actividade, nomeadamente a extensãodo subsídio de desemprego das habituais 26 para 47 semanas. Recorda-se que este alargamento foi activado em 2008 eprolongado várias vezes desde então, tendo expirado em Dezembro passado. Segundo a CBO - organismo do Congresso queacompanha o Orçamento - a extensão ou a reactivação desta medida aumentaria o produto em 0.2 p.p. e o empregopermanente em 200 mil indivíduos. Acresce referir que o acordo alcançado entre Democratas e Republicanos deixa tambémpor resolver algumas questões de fundo, designadamente decisões estruturais relativamente aos sistemas de saúde e desegurança social, sem os quais será colocada em causa a sustentabilidade do sistema. Pelo que a breve trecho poderáregressar alguma especulação e incerteza em torno desta matéria.
Deste modo, apesar das perspectivas positivas, o cenário não está isento de riscos. Nos próximos dois anos, o processode retirada de estímulos pela Reserva Federal poderá também originar perturbações nos mercados financeiros, com impactona economia real e na confiança dos agentes económicos. Actualmente as expectativas de aumento dos juros pelo bancocentral dos EUA estão de acordo com o calendário sugerido pela Reserva Federal (a partir de meados de 2015). Todavia,dados económicos mais robustos ou um aumento da inflação acima do esperado poderão afectar este equilíbrio, causandoaumento das taxas de longo prazo e instabilidade nos mercados financeiros.
ECONOMIAS
EUA - EM FUGA DA ARMADILHA DE LIQUIDEZ
Balanços estão mais saudáveisCrédito a particulares - de regresso ao crescimento
Paula Gonçalves Carvalho
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
9
ECONOMIAS
ZONA EURO - PERSPECTIVAS DE RETORNO A CRESCIMENTO
2013 - Depois de sete trimestres de contracção, a economia voltou a registar taxas de crescimento positivas a partir do2T13. O retorno a desempenhos positivos foi extensível a praticamente todas as economias, observando-se apenasdesempenhos negativos em França, Itália e Chipre (no 3T13). Contudo, os ritmos de crescimento observados foram aindadiminutos - +0.3% no 2T13 e +0.1% no 3T13 - e insuficientes para que 2013 não seja ainda determinado por umacontracção de 0.4%, segundo as nossas estimativas. Um dos factores que mais condicionou o crescimento ao longo de 2013foi a debilidade do mercado de trabalho. Embora apresente sinais de ligeira melhoria, a taxa de desemprego ainda seencontra acima dos 12%, sendo que 19.2 mil milhões de pessoas se encontravam ainda desempregadas em Novembro(último dado disponível), ou seja mais 2.4% do que no mesmo período de 2012.
Variação homóloga acumulada entre 4T08-3T13Previsões macroeconómicas do BPI
2012 2013E 2014P 2015P
PIB -0.7% -0.4% 0.9% 1.5%
Consumo privado -1.4% -0.5% 0.5% 0.9%
Consumo público -0.5% 0.3% 0.8% 0.8%
Investimento -4.0% -3.1% 2.5% 4.1%
Exportações 2.5% 1.1% 3.8% 4.5%
Importações -0.9% 0.1% 4.5% 4.9%
Taxa de inflação média 2.5% 1.4% 1.6% 2.2%
Fonte:BPI.
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
PIB
Consum
o
Pri
v.
Consum
o
Púb.
FB
CF
Export
.
Import
.
Fonte: Bloomberg
PMI: em níveis indicativos de expansão daactividade
Taxa de utilização da capacidade instaladaaproxima-se da média de longo prazo
30
35
40
45
50
55
60
65
Mai-10 Dez-10 Jul-11 Fev-12 Set-12 Abr-13 Nov-13
Compósito Manufactura Serviços
Fonte: Bloomberg
65
70
75
80
85
90
Dez-0
0
Dez-0
1
Dez-0
2
Dez-0
3
Dez-0
4
Dez-0
5
Dez-0
6
Dez-0
7
Dez-0
8
Dez-0
9
Dez-1
0
Dez-1
1
Dez-1
2
Dez-1
3
média de longo prazo: 80%
Fonte: Bloomberg
Cenário para 2014-15: Os indicadores prospectivos de actividade apontam para que a região do euro volte a taxas decrescimento positivas a partir de 2014. Um pendor menos restritivo da política orçamental, que desde 2010 tem vindo aafectar consideravelmente a actividade, e melhorias na envolvente financeira, com sinais de maior disponibilidade paraconcessão de financiamento pelas instituições bancárias e moderação dos custos de financiamento, justificam o cenário maisfavorável para 2014-15. Todavia, o ritmo de expansão será reduzido, já que persiste a necessidade de redução dos níveis deendividamento privado e público e desemprego elevado, limitando o crescimento da procura interna. Antecipa-se assim, umcrescimento moderado, 0.9%, acelerando para 1.5% em 2015. No que respeita à evolução dos preços, a taxa de inflaçãodeverá permanecer muito contida, inferior a 2%. O processo de reajustamento nas economias periféricas e a correspondenteredução dos custos unitários de trabalho contribuem para este quadro. Todavia, o processo de desinflação tem estadotambém presente nos países do centro, reflectindo o andamento dos preços das commodities e a valorização do euro.
Os principais factores de risco são sobretudo de natureza política, associados à eleições Europeias, em Maio, dada apossibilidade de que forças políticas mais radicais ganhem terreno, podendo pôr em causa o processo de construção daarquitectura do euro, sobretudo em alguns periféricos mais frágeis (nomeadamente a Grécia). Não se exclui também apossibilidade de verificação de riscos no sentido ascendente, sobretudo relacionados com uma expansão do investimentomais forte do que a antecipada já que, como se pode observar graficamente, a FBCF foi a componente que maior quebraobservou desde finais de 2007. A materialização deste risco é mais provável na segunda metade do ano, reflectindo por umlado, a redução da incerteza associada aos resultados das eleições para o parlamento europeu, e por outro, o facto da taxa
10
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
ECONOMIAS
ZONA EURO - PERSPECTIVAS DE RETORNO A CRESCIMENTO
de utilização da capacidade instalada ainda se encontrar 1.5 pontos percentuais abaixo da média de longo prazo poderáfavorecer, no início do ano, o adiamento de decisões de investimento. Os avanços relativamente à União Bancária serãotambém fundamentais, sendo essencial que se caminhe no sentido de separação do risco do soberano e da banca.
União bancária: na cimeira de Dezembro foram dados passos importante na construção da união bancária, nomeadamenteno que se refere a dois dos seus pilares que são o Mecanismo Único de Supervisão e o Mecanismo Único de Regulação.Relativamente ao primeiro pilar ficou acordado que o BCE assume a supervisão dos bancos sistemicamente importantes nazona do euro no final de Outubro 2014. Até lá deve estar terminada a revisão pelo BCE das regras de avaliação da qualidadedos activos da banca e realizados os stress tests. Relativamente ao segundo pilar, o acordado na cimeira ficou aquém doesperado, podendo revelar-se complexo e pouco eficiente na redução da fragmentação dos mercados e na quebra do eloentre soberano e banca. Deste destaca-se o acordado quanto à composição da Autoridade para a Resolução (AR) e ao FundoÚnico de Resolução (FUR). A AR será responsável pela decisão de liquidação de bancos supervisionados pelo BCE, sendoformada por um director executivo, outros 4 membros a tempo inteiro e um representante de cada um dos países que adereà união bancária. A decisão de liquidação dos bancos não directamente supervisionados pelo BCE continua a ser daresponsabilidade de cada um dos países, a não ser que implique o envolvimento do FUR. Neste caso, a decisão fica sujeita aum conjunto de restrições que poderão tornar o processo complexo e pouco eficiente. Relativamente ao FUR ficou estabelecidoque a sua criação só estará concluída daqui a dez anos. Até lá, o fundo será suportado por contribuições dos sistemasfinanceiros nacionais, até atingir os 55 mil milhões de euros, e não terá responsabilidade solidária, pelo que cada estado sóresponde perante situações de falência verificadas nesse estado-membro. O recurso ao FUR será o último passo na resolução/reestruturação de instituições financeiras: em primeiro lugar respondem os accionistas, em segundo os credores e emterceiro os detentores de depósitos acima dos 100 mil euros.
Paula Gonçalves Carvalho * Teresa Gil Pinheiro
Pilares da União bancária na zona euro
União bancária
Fonte: Paribas, imprensa
Mecanismo
único de
supervisão
(MUS)
Mecanismo
único de
regulação (MUR)
Regras únicas para
a resolução
Fundo comum de
resolução
Autoridade para a
resolução
BCE assume supervisão em Out 2014. Até lá deverão estar completos a
Revisão da avaliação da qualidade dos activos e os stress tests.
As regras comuns para lidar com bancos em dificuldades estarão efectivas a
partir de 01/01/2015.
Entra em vigor em 2025. Até lá fica Estabelecido um periodo de transicção
de 10 anos e cada sistema bancário, em caso de necessidade,continua as ser
apoiado pos fundos nacionais.
Entra em vigor a 01/01/2015 e é formada por representantes nacionais.
Tem como finalidade decidir na recuperação e/ou resolução de bancos em
dificuldades com base nas recomendações do MUS.
Fundo comum
de garantia de
depósitos
Probabilidade de estabelecimento de um regime comum continua a ser
limitado.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
11
PORTUGAL - 2014 UM ANO DECISIVO
ECONOMIAS
2013: O desempenho da economia portuguesa surpreendeu favoravelmente. Contrariando a generalidade dasprevisões de queda da actividade em mais de 2%, a recessão revelou-se menos profunda, apontando as estimativas parauma queda anual do PIB em torno de 1.6%. Para este desempenho contribuiu o menor ritmo de contracção da procurainterna privada e a continuação de uma boa performance na frente externa, com destaque para as exportações de bens eserviços, cuja quota de mercado no exterior tem vindo a aumentar. O aumento da competitividade, evidente por exemplo noandamento dos custos unitários de trabalho, e o reposicionamento conseguido em alguns sectores de bens e serviçosvendidos ao exterior, beneficiando de atributos para além do preço (o calçado é um dos exemplos), constituem factorescríticos para o andamento das exportações.
Aumentou a capacidade de financiamento da economia portuguesa. No ano terminado em Setembro, a capacidadede financiamento atingiu 1.8% do PIB, consolidando a tendência que já se perspectivara no ano anterior, quando se registoupraticamente equilíbrio. Este é o resultado dos ajustamentos que prosseguem nos vários sectores: as famílias aumentarama sua capacidade de financiamento, as empresas e a Administração Pública reduziram as suas necessidades. Esta é umatendência que tem que ser consolidada no futuro, vindo interromper mais de uma década em que as necessidades totais daeconomia rondavam 10% do produto. Numa outra perspectiva, esta melhoria resulta sobretudo dos progressos registadosna Balança de Bens e Serviços, em grande parte devido ao comportamento das exportações.
A taxa de desemprego continuou elevada, apesar de nos trimestres mais recentes ter decrescido ligeiramente. Emtermos médios anuais, aumentou de 15.7% em 2012 para 16.6% (cenário do BPI). De notar a melhoria evidenciada porvários indicadores relativos ao mercado de trabalho - nomeadamente a taxa de desemprego publicada pelo Eurostat, comcritérios distintos dos do INE, continua a declinar; a informação dos centros de emprego dá conta de aumento da oferta depostos de trabalho - sugerindo que a tendência de declínio ou pelo menos, estabilização, será sustentada pese embora obaixo ritmo de crescimento económico. De referir ainda, pela positiva, o facto da taxa de emprego ter aumentado em 2013,sugerindo inversão da tendência que se verificava antes (ver gráfico); pela negativa, o facto desta melhoria do mercado detrabalho se ficar também a dever parcialmente ao fluxo emigratório líquido.
A taxa de inflação desceu significativamente, de 2.2% para 0.2% estimados, reflectindo a procura interna fragilizada,o movimento de apreciação do euro e a estabilização dos preços dos combustíveis.
Estima-se que, em 2013, a dívida pública tenha aumentado, ainda que menos do que em 2012, devendo terminaro ano acima de 126% do PIB, ainda que em termos líquidos (tendo em conta os activos financeiros do Estado) se deva situarmais próximo dos 118% do PIB. O défice orçamental deverá reduzir-se em 2013, prosseguindo a consolidação estrutural dasfinanças públicas, situando-se próximo da meta estabelecida no PAEF (5.5% do PIB).
Taxa de empregoCenários para 2014
2014 P2012 2013 OE Banco CE
Prev. 2014 de 8/9ªBPI Portugal Rev. BPI EIU
PIB -3.2 -1.6 0.8 0.8 0.8 0.5 0.6
Consumo Privado -5.4 -1.7 0.1 0.3 0.1 0.3 -1.0
Consumo Público -4.8 -2.4 -2.8 -2.3 -2.8 -2.0 -3.5
Investimento (FBCF) -13.1 -7.0 1.2 1.0 1.2 1.5 0.5
Exportações (B&S) 3.2 5.5 5.0 5.5 5.0 3.5 3.6
Importações (B&S) -6.6 2.4 2.6 3.9 2.5 2.2 -0.1
Inflação (média) 2.8 0.2 1.0 0.8 1.0 0.8 0.9
Taxa de desemprego 15.7 16.6 17.7 n.a. 17.7 15.0 16.9
Saldo da AdministraçãoPública (% PIB) -6.4 -5.6 -4.0 n.a. -4.0 -4.0 -4.2
Dívida Pública (% PIB) 123.6 126.9 126.6 n.a 126.7 127.5 131.0
Necessidades Liquidas deFinanc. face ao exterior (% PIB) 0.8 2.5 3.5 3.8 3.6 3.2 2.5
Fonte: Ministério das Finanças, Banco de Portugal, Comissão Europeia, BPI, EIU.
76%
78%
80%
82%
84%
86%
88%
90%
92%
94%
1T-0
8
3T-0
8
1T-0
9
3T-0
9
1T-1
0
3T-1
0
1T-1
1
3T-1
1
1T-1
2
3T-1
2
1T-1
3
Fonte: INE
%
12
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
PORTUGAL - 2014 UM ANO DECISIVO
ECONOMIAS
Desalavancagem prossegue a bom ritmo Capacidade líquida de financiamento aumenta
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
99 01 03 05 07 09 11 Set13*Empresas não financeiras Inst. FinanceirasAdm. Públicas FamíliasTotal
Fonte: INE
%
Nota: (*) 12 meses até Set
Endividamento dos Particulares
9092949698
100102104106108
2007 D
ez
2008 M
ar
2008 J
un
2008 S
et
2008 D
ez
2009 M
ar
2009 J
un
2009 S
et
2009 D
ez
2010 M
ar
2010 J
un
2010 S
et
2010 D
ez
2011 M
ar
2011 J
un
2011 S
et
2011 D
ez
2012 M
ar
2012 J
un
2012 S
et
2012 D
ez
2013 M
ar
2013 J
un
2013 S
et
108110112114116118120122124126
% PIB % do RD
% PIB
Fonte: Banco de Portugal
124.5%
114%
%RD
Cenário para 2014-15: Depois de três anos consecutivos de recessão, 2014 marcará o regresso a crescimento daactividade, embora os riscos existam, no sentido descendente. A nossa previsão aponta para uma expansão de 0.5% doproduto, inferior a +0.8% oficiais. Aliás, entre as projecções que compilamos, a previsão do BPI afigura-se a mais conservadora(ver tabela) embora os cenários sejam muito próximos. Antecipa-se que depois de três anos em que a procura internacontribuiu negativamente para o crescimento, ocorra pelo menos uma estabilização ou mesmo uma ligeira expansão. Umaenvolvente de financiamento menos restritiva, que parece querer despontar já em Janeiro atendendo à queda das taxas definanciamento e ao acesso de empresas portuguesas aos mercados externos, e a estabilização ou melhoria do mercado detrabalho, são elementos chave para a concretização deste cenário.
A performance das exportações de bens e serviços é outro dos ingredientes necessários para garantir oretorno a expansão sustentada. Esta é uma questão relevante, dada a função desempenhada pelos sectores de bens eserviços transaccionáveis no processo de ajustamento, minorando as quedas do produto e sustentando a estabilização doemprego. Dada a relevância do contributo das exportações de combustíveis refinados em 2013 - cerca de 70% do crescimentodas exportações de bens - , tirando partido de aumento da capacidade instalada de refinação, revela-se crucial o comportamentodas vendas ao exterior das restantes categorias de produtos. Em particular, seria positivo se as exportações de automóveis(segundo a classificação do comércio internacional por CGE, referente à classe Material de Transporte) retomassem a tendênciade crescimento, pois em 2013 constituíram a única categoria de bens com um contributo negativo para o desempenhoglobal: representam cerca de 15% das exportações e recuaram 7.5% até Novembro (y/y). Dadas as incertezas em tornodesta questão, a nossa previsão para o comportamento das exportações é cautelosa, pese embora a perspectiva para aprocura externa seja favorável, para além do impulso conferido pelos acréscimos de competitividade.
Em 2014 terminará o Programa de Assistência Económica e Financeira. Para a concretização do nosso cenáriocentral, será determinante a transição pacífica do actual Programa de Ajustamento (PAEF) para uma solução assente nofinanciamento do Estado no mercado primário, possivelmente ao abrigo de um programa cautelar. Várias peças deverãoestar presentes para garantir este quadro, incluindo a confirmação dos sinais que agora despontam de crescimento económico;a prossecução da consolidação orçamental, assegurando uma trajectória sustentável da dívida pública; estabilidade política;e ausência de choques exógenos desfavoráveis. O Orçamento de 2014 garante o caminho para uma trajectória de consolidação.O andamento das economias externas e a continuada persistência dos empresários portugueses em alcançar outros mercados,com maior ritmo de crescimento (Norte de África, Angola, América Latina, Rússia…) ou com dimensão acentuada (como sãoo caso dos EUA ou Reino Unido) são também importantes para alcançar o objectivo. Será também determinante a confirmaçãode que a procura interna atingiu um patamar de estabilização, podendo mesmo algumas componentes registar ganhosligeiros (investimento e consumo privado).
A taxa de desemprego deverá estabilizar, em torno de 16.5% reflectindo, por um lado, melhorias efectivas associadasa menor destruição de emprego; por outro reflexo também de uma estabilização esperada da população activa, designadamentepor via de um menor fluxo de emigração e também reflectindo o eventual regresso de desencorajados à população activa,caso o mercado de trabalho consolide os sinais de melhoria.
A taxa de inflação deverá aumentar ligeiramente, para valores próximos de 1%. A estabilização da procura interna,a trajectória esperada para a taxa de câmbio (sobretudo na segunda metade do ano) e o cenário macro global, justificamesta previsão.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
13
Riscos para o cenário estão sobretudo associados ao final do PAEF e à transição para um novo modelo de financiamentodo Estado, assente no recurso ao mercado. O andamento das economias externas constitui um factor de risco adicional, paraalém dos factores de natureza política, associados sobretudo ao resultado das eleições europeias em alguns países maisfragilizados politicamente.
PORTUGAL - 2014 UM ANO DECISIVO
ECONOMIAS
Paula Gonçalves Carvalho
14
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
ESPANHA - 2014 INÍCIO DO CICLO DE CRESCIMENTO
2013: Depois de nove trimestres de contracção, o produto espanhol apresentou um crescimento em cadeia de 0.1% noterceiro trimestre, confirmando as expectativas de retorno a uma trajectória de crescimento resultante do esforço de correcçãode diversos desequilíbrios acumulados no período pré-crise. Ponto fundamental da retoma foi o fortalecimento do sectorexportador. Em 2013, as exportações de bens e serviços representavam perto de 40% do PIB, o que compara com níveisligeiramente inferiores a 30% em 2008. Em termos acumulados, entre Janeiro e Setembro de 2013, as exportações de bensavançaram 6.8% face ao mesmo período de 2012, e as de serviços aumentaram 5.3%. O desempenho mais positivo dasexportações resulta em grande parte da melhoria da posição competitiva da economia espanhola, evidente, por exemplo, naqueda de 7.3% dos custos unitários do trabalho entre Março 2009 e Setembro de 2013. De acordo com a OCDE, Espanhaapresentou um ritmo de ajustamento dos custos do trabalho mais acentuado do que os restantes países da periferia (comexcepção do caso irlandês). O fortalecimento das exportações associado aos sinais de que a queda das importações noperíodo da crise - 36% do PIB vs 41% em 2007/08 - resulta não apenas da contracção da procura interna, mas também deum processo de substituição de importações por bens e serviços produzidos internamente, surge como um factor importantena correcção do desequilíbrio externo espanhol. Um estudo do BBVA, aponta para que 42% da queda das importações entre2008 e 2012 se explica pelo efeito de substituição, o que constitui um importante factor de suporte ao contributo positivo daprocura externa para o crescimento e à correcção do desequilíbrio externo, já evidente na evolução do saldo da balança depagamentos. Em Setembro de 2013, a conta corrente+capital apresentava um superavit equivalente a 0.5% do PIB, o quecompara com um défice de 9.6% em 2007. Esta performance, explica-se em grande parte pela correcção do saldo comercialque, de um défice de 6.5% do PIB em 2007, passou a um superavit de 1.6% em Setembro de 2013. Também internamentese acentuaram ao longo do ano os esforços de correcção de desequilíbrios nomeadamente no que se refere à diminuição dosníveis de endividamento do sector privado e recapitalização do sector bancário.
ECONOMIAS
Desalavancagem: endividamento do sector privadoestá a diminuir
Mercado de trabalho: destruição mais moderadados postos de trabalho
Desalavancagem: saldo externo em terrenopositivo
Previsões macroeconómicas do BPI
2012 2013E 2014P 2015P
PIB -1.4 -1.2 1.0 1.8
Consumo privado -2.2 -2.5 0.5 1.5
Consumo público -3.7 -1.5 -1.5 0.5
Investimento -9.2 -6.0 0.5 3
Exportações 3.1 5.0 4.6 5.5
Importações -5 0.0 2.0 5
Taxa de inflação média 2.4 1.4 1.4 1.5
Taxa de desemprego 24.9 26.4 25.4 -
Défice público, % do PIB -10.6 -6.3 -5.8 -4.1
Fonte: BPI.
-100
1020
3040
5060
Set-
00
Set-
01
Set-
02
Set-
03
Set-
04
Set-
05
Set-
06
Set-
07
Set-
08
Set-
09
Set-
10
Set-
11
Set-
12
Set-
13
0
5
10
15
20
25
30
Desemprego, tvh Taxa de desempredo (ELD)
Fonte: Banco de Espanha
0%20%
40%60%80%
100%120%
140%160%
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
Jun-1
3
ENF Particulares
Fonte: Banco de Espanha
%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
2000 2005 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Jan-
Sep
13Bens ServiçosRendimento Transf. CorrentesConta de capital cc+ccapital
Fonte: Banco de Espanha, calc. BPI
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
15
Cenário para 2014-15: Após a contracção de 1.2% em 2013 (estimativa BPI), a economia deverá apresentar umcrescimento em torno de 1% este ano e de 1.8% em 2015. A perspectiva de ritmos de expansão moderados, sobretudoquando se compara ao observado nos anos pré-crise, (em torno dos 3%), justifica-se pelo facto dos desequilíbrios ainda nãoestarem totalmente corrigidos. Do ponto de vista da procura interna, o facto do processo de desalavancagem do sectorprivado ainda não estar terminado, a permanência de condições de financiamento ainda restritivas, a fragilidade do mercadode trabalho e a necessidade de manter uma política fiscal que permita a redução do défice orçamental, continuarão a limitaro seu contributo para o crescimento. No que respeita aos níveis de endividamento do sector privado, a desalavancagem estáa ser mais rápida no caso das empresas não financeiras do que nas famílias, o que se justifica pelo facto da dívida dasfamílias estar sobretudo relacionada com crédito à habitação. No sector empresarial o nível de endividamento caiu de 94.7%do PIB em 2009 para 74.2% no primeiro semestre de 2013, o que associado com a redução dos custos, nomeadamenterelacionados com pessoal, a melhoria do sentimento e o impulso vindo da aceleração do sector exportador, deverá traduzir-se em maior propensão ao investimento. A expansão do investimento será sobretudo através da componente maquinaria. Aonível das famílias, espera-se uma ligeira retoma do consumo, tirando partido da melhoria dos níveis de confiança associadosà estabilização das condições no mercado de trabalho e de uma evolução positiva do rendimento disponível associada àpermanência de um cenário benigno para a evolução da inflação e ao facto de se esperar que o serviço da dívida dosempréstimos vivos se mantenha em níveis reduzidos. O sector público deverá manter o esforço de consolidação fiscal deforma a reduzir o défice para 5.8% do PIB (6.3% em 2013).
O sector exportador continuará a ser o principal propulsor da economia: durante o próximo ano, espera-se oreforço do sector exportador, tirando partido de dois factores: i) o fim da desindexação automática dos salários à taxa deinflação, reforçará os ganhos de competitividade da economia espanhola, permitindo a consolidação do comércio internacional;ii) os sinais de recuperação de alguns dos principais parceiros comerciais de Espanha. Estes dois factores tenderão a serrobustecidos pelo efeito de substituição nas importações de bens e serviços, consolidando o contributo positivo da procuraexterna para o crescimento.
Em Janeiro termina o programa de assistência financeira ao sistema financeiro: a avaliação do programa temsido positiva, reflectindo o esforço de recapitalização, evidente na melhoria dos rácios de capital, que no final do primeirosemestre de 2012 já ultrapassavam o mínimo exigido de 9%, sendo que os primeiros dados disponíveis relativos ao terceirotrimestre apontam para o reforço destes rácios. Paralelamente assistiu-se à melhoria das necessidades de financiamento dabanca, beneficiando da redução do stock de crédito nos balanços, mas também do aumento dos depósitos do sector privado.Este facto traduziu-se na queda do rácio crédito-depósitos para 126% em Agosto de 2013, o que compara com 170% noperíodo pré-crise. Também positiva tem sido a redução da dependência de financiamento do Eurosistema. Ainda assim, e deacordo com os credores oficiais, a banca continua a enfrentar desafios importantes, na medida em que o ainda não concluídoprocesso de desalavancagem e a permanência de uma política fiscal com maior pendor restritivo continuarão a pesar naeconomia com efeitos na rendibilidade da banca. Outros desafios a enfrentar pela banca em 2014 relacionam-se com o factode não estar ainda definida a metodologia a seguir na avaliação da qualidade dos activos dos bancos europeus e na realizaçãodos stress tests a realizar em meados do ano.
ESPANHA - 2014 INÍCIO DO CICLO DE CRESCIMENTO
ECONOMIAS
Teresa Gil Pinheiro
16
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
ÁFRICA SUBSARIANA: CENÁRIO OPTIMISTA EMBORA RISCOS NEGATIVOS PERSISTAM
O crescimento económico mantém-se robusto e elevado, apesar de constrangimentos internos em váriospaíses. O conjunto das economias da África Subsariana deverá ter registado um crescimento de 5.0% em 2013, sobretudodevido ao crescimento dos países exportadores de petróleo (6.1%) e dos países de baixo rendimento (6.2%). O cenárioeconómico da região ficou marcado pela reduzida execução orçamental em Angola (3ª maior economia), pelo roubo depetróleo na Nigéria (2ª maior economia) e pelo aumento da insegurança na República Central Africana, factores que constituíramos principais obstáculos a um crescimento mais acelerado da produção local. Por seu turno, o crescimento da África do Sul(maior economia) continua restringido por factores estruturais do lado da oferta, nomeadamente relacionados com a rede deinfra-estruturas e com a baixa qualificação da população, mas também por factores cíclicos, como a redução do investimentoprivado, decorrente da deterioração do contexto externo e redução das medidas de estímulo nos EUA, e a desaceleração docrescimento do rendimento disponível das famílias, o que tem penalizado o consumo interno.
Em 2014, a robustez da procura interna deverá dinamizar o crescimento destas economias. De acordo com asprojecções do FMI, a produção real na África Subsariana deverá aumentar 6.0% no próximo ano em virtude do continuadoaumento do investimento em infra-estruturas e da aceleração das exportações, que beneficiarão de um contexto externomais favorável com a recuperação das economias mais avançadas, principalmente na Zona Euro. Existem também reformasestruturais em curso que deverão ser responsáveis pelo aumento do crescimento potencial em determinados países, destacando-se o plano energético na Nigéria.
As pressões de inflação deverão abrandar no próximo ano, em consequência da quebra dos preçosinternacionais dos bens alimentares e commodities. A tendência de desaceleração da inflação deverá manter-se nospróximos anos, apoiada também pela prossecução de políticas monetárias restritivas. A redução dos estímulos monetáriosda Reserva Federal dos EUA deverá incentivar os bancos centrais a manterem as taxas de juro elevadas por forma acontrariar a saída de fluxos de capital e evitar uma depreciação das moedas dos países mais expostos internacionalmente ecom elevados défices da balança corrente, entre os quais se destaca a África do Sul. A reacção dos mercados à redução dosestímulos poderá também dificultar os planos para emissões de dívida internacional em vários países da região.
ECONOMIAS
Principais indicadores macroeconómicos, África Subsariana 2007-2014
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 E 2014 P
PIB (variação real, %) 7.1 5.7 2.6 5.6 5.5 4.9 5.0 6.0
Dos quais: exportadores de petróleo 9.3 7.2 4.9 6.7 6.1 5.3 6.1 7.7
Dos quais: países de baixo rendimento 6.6 6.3 4.7 6.5 5.7 6.3 6.2 7.0
Investimento (% do PIB) 22.3 22.4 23.2 22.2 21.5 22.6 23.2 23.3
Poupança (% do PIB) 23.8 22.3 20.2 20.8 19.9 19.7 19.4 19.4
Inflação (final de período, %) 8.0 13.2 8.6 7.1 10.1 7.9 6.8 5.8
Importações (variação real, %) 16.5 11.7 -2.2 7.3 9.4 6.1 7.0 6.6
Exportações (variação real, %) 7.3 2.4 -4.4 5.1 4.4 3.5 3.4 6.2
Termos de troca (variação, %) (*) 3.9 6.3 -9.3 10.8 8.1 -0.2 -1.2 -1.3
Saldo orçamental (% do PIB) 1.2 0.8 -5.7 -4.0 -1.3 -2.8 -3.1 -3.0
Dívida pública (% do PIB) 30.0 29.1 32.2 31.8 32.7 32.9 33.9 34.8
Saldo da balança corrente (% do PIB) 1.1 -0.4 -3.1 -1.4 -1.4 -3.0 -4.0 -4.1
Dívida externa (% do PIB) 24.7 22.8 25.8 23.7 23.3 24.9 24.6 -
Serviço da dívida (% do PIB) 5.8 6.3 5.9 4.2 4.1 4.5 4.7 -
Fonte: FMI.Nota: (*) Preço das exportações / preço das importações.
África do Sul e Nigéria compõem 50% da economiasubsariana
África Subsariana entre as regiões com maiorcrescimento
-10
-5
0
5
10
15
05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
Zona Euro África Subs. China
Rússia EUA Fonte: FMINuno André Coelho
Quénia
4%
Uganda
2%
Tanzânia
4%
Etiópia
5%
Gana
4%Angola
6%
Camarões
2%
Nigéria
21%
Outros
24%
África do
Sul
28%
Fonte: FMI
PIB em Paridade do Poder de Compra, 2013 Est.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
17
ECONOMIAS
Nuno André Coelho
ÁFRICA DO SUL - CRESCIMENTO ANÉMICO ACENTUA VULNERABILIDADE A CHOQUES EXTERNOS
O crescimento mais moderado da África do Sul relativamente aos restantes países da África Subsariana temsido determinado pela relativa maturidade dos sectores de actividade (serviços e indústria) mas também porfactores cíclicos e estruturais, relacionados com o crescimento lento do investimento e do consumo privado epela prevalência de necessidades básicas de infra-estruturas. As greves dos trabalhadores, nomeadamente no sectorda indústria transformadora e principalmente no sector automóvel, contribuíram para reduzir a taxa de crescimento homólogada economia para 1.8% no terceiro trimestre de 2013 (no primeiro semestre, a economia tinha crescido 2%). O sectorfinanceiro, de serviços a empresas e do imobiliário mantém-se como o principal sector de actividade económica e principaldinamizador da economia, tendo registado um crescimento homólogo de 3.9%.
O principal desafio da economia em 2014 estará relacionado com a capacidade do sistema financeiro reagirà redução dos estímulos da Reserva Federal dos EUA. Desde que o início da redução dos estímulos foi sinalizado pelaprimeira vez em Maio do ano passado, têm-se registado fortes reduções dos fluxos de capital para a África do Sul, contribuindopara acentuar a desvalorização do rand em cerca de 11% face ao dólar dos EUA e em cerca de 16% face ao euro. Devido àcombinação de elevados desequilíbrios externos com crescimento económico reduzido, elevado desemprego, greves regularese à escala nacional e incerteza em relação à política orçamental, a África do Sul encontra-se entre o grupo dos países maisvulneráveis à alteração da orientação da política monetária dos EUA. De facto, o défice da balança corrente subiu para 6.8%do PIB no terceiro trimestre de 2013 mesmo com o impulso dado pela desvalorização cambial às exportações (entre Janeiroe Setembro, as exportações aumentaram 12.5% face ao mesmo período do ano anterior; no entanto, as importaçõesaumentaram 17.8%) - desde o primeiro trimestre de 2003 que não é registado um excedente da balança corrente.
Apesar da desvalorização cambial, não têm existido fortes pressões inflacionistas que coloquem em risco aestabilidade de preços. De facto, a taxa de inflação anual reduziu-se para 5.5% em Outubro, encontrando-se dentro dointervalo-objectivo do banco central (que procura controlar a taxa de inflação entre 3 e 6%). A relativa imunidade do nívelde preços à desvalorização cambial tem resultado, por um lado da desaceleração do crescimento dos preços internacionaisdos bens alimentares e das commodities, e por outro lado do reduzido ritmo de crescimento da procura interna, da elevadaconcorrência interna e da alteração do padrão de consumo para bens produzidos internamente.
Crescimento da economia ainda inferior aos níveispré-crise
Reduzir o desemprego é um dos principais desafiospara 2014
Elevados défices da balança corrente expõemvulnerabilidade da economia
Desvalorização da moeda acentuou-se ao longo doano
-2
0
2
4
6
2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
Fonte: FMI
PIB real (var. %)
52
53
54
55
56
57
58
Set-08 Set-09 Set-10 Set-11 Set-12 Set-13
21
22
23
24
25
26
Participação laboral T. desemprego (ELD)
Fonte: Statistics South Africa
% pop. activa
-10
-8
-6
-4
-2
0
Set-08 Set-09 Set-10 Set-11 Set-12 Set-13
-250
-200
-150
-100
-50
0
B. corrente (ELD) % do PIB
% Mil milhões ZAR
Fonte: Bloomberg
Saldo da balança corrente
6
7
8
9
10
11
Jan-10 Set-10 Mai-11 Jan-12 Out-12 Jun-13
8
9
10
11
12
13
14
15
USD/ZAR EUR/ZAR (ELD)
+39%
+48%
Fonte: Bloomberg
18
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
ANGOLA - EXECUÇÃO ORÇAMENTAL E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO PENALIZAM CRESCIMENTO EM 2013
Em retrospectiva, o ano que agora termina deverá ter ficado marcado por uma ligeira desaceleração do ritmo de expansãoda actividade económica em Angola face ao ano passado, sobretudo devido a uma reduzida execução orçamental e àdesaceleração da produção petrolífera. Dado o peso do sector do petróleo (e actividades relacionadas) no PIB, nas receitasorçamentais e nas receitas de exportação, a economia tende a ser bastante reactiva quer a variações do preço (exógeno,definido nos mercados internacionais), quer a variações da produção. Por outro lado, destaca-se o reforço do sistemabancário nacional, com a introdução da nova lei cambial, no âmbito da des-dolarização da economia (o peso dos depósitos edo crédito em moeda em nacional aumentou de 47% e 48% no final de 2007 para 62% e 68%, respectivamente, emNovembro), e o controlo da inflação, que pela primeira vez desceu abaixo dos 8%.
A informação mais recente continua a evidenciar um abrandamento da produção de petróleo face aos valoresobservados no início do ano: entre Setembro e Novembro a produção média diária situou-se em 1.73 milhões de barris.As receitas para o Estado com a exportação de petróleo também foram penalizadas: entre Janeiro e Novembro diminuíramcerca de 10% quando comparadas com o mesmo período do ano anterior. Neste contexto, a economia petrolífera (e, porarrasto, a produção do sector não-petrolífero) deverá ter registado um crescimento menor que o antecipado, pelo quereduzimos a nossa estimativa para o crescimento real do PIB em 2013 em 0.7 pontos percentuais para 4.5%.
Por sua vez, a execução orçamental em 2013 ficou limitada pela reduzida execução das despesas previstasno Orçamento Geral do Estado (OGE), nomeadamente das despesas relacionadas com o Programa deInvestimentos Públicos (PIP). Em contraste com os dois anos anteriores, as despesas do PIP deverão ter ficado 32%abaixo do orçamentado depois de um desvio por excesso (em cerca de 24%) em 2012, o que terá levado a um controlo maisapertado da despesa. Por outro lado, em linha com os anos anteriores, as receitas para o Estado com impostos sobre o sectorpetrolífero deverão ter ficado cerca de 5% acima dos valores orçamentados (embora o desvio deste ano aparente sersubstancialmente inferior aos anos anteriores), sugerindo que o esforço projectado de diversificação da economia tende aser sobrestimado. Da mesma forma, as receitas com o sector não-petrolífero deverão ter ficado num nível 18% inferior aoprevisto no OGE 2013.
ECONOMIAS
Desvios da execução orçamental face ao Orçamento Geral do Estado inicial
Desvio face ao orçamentado Orçamento inicial2010 2011 2012 2013 (*) 2010 2011 2012 2013 2014
(variação) (mil milhões kwanzas)
Receitas 44.1% 40.1% 34.4% -0.8% 3,295.5 3,409.9 3,760.7 4,570.4 4,744.8
Impostos 42.5% 39.9% 35.4% -0.8% 3,094.5 3,235.9 3,564.3 4,401.0 4,540.0
Impostos petrolíferos 71.3% 49.1% 60.3% 5.1% 2,500.4 2,559.9 2,559.9 3,281.8 3,313.1
Impostos não petrolíferos -16.5% 5.1% -28.0% -18.1% 594.1 676.0 1,004.4 1,119.2 1,226.9
Contribuições sociais -6.4% 22.2% 48.7% 0.0% 75.6 73.5 71.7 72.4 165.3
Doações 375.0% -40.0% 700.0% 1500.0% 1.9 3.0 0.2 0.1 0.0
Outras receitas 261.1% 68.9% -3.8% 0.0% 123.5 92.5 124.5 97.0 39.5
Despesas 12.1% 21.3% 23.7% -10.3% 2,779.5 3,112.1 3,500.7 5,021.0 5,375.1
Remuneração dos empregados -17.6% -6.1% -2.8% -7.2% 713.8 933.9 1,060.5 1,296.2 1,369.3
Bens e serviços 24.0% 40.0% 52.6% 28.1% 619.1 736.1 849.6 1,155.6 1,430.7
Juros 18.9% 30.7% -5.3% 42.9% 89.5 72.4 111.4 64.8 127.6
Transferências correntes 113.6% 69.3% 34.9% -99.3% 623.8 546.9 556.9 824.1 746.4
Aquisição de activos não financeiros(principalmente através do PIP) -1.8% 2.9% 24.1% -32.3% 733.3 822.7 922.2 1,680.3 1,701.2
Fonte: BPI, Ministério das Finanças de Angola.Nota: (*) Com base na estimativa preliminar divulgada no OGE de 2014.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
19
Crescimento da economia deverá desacelerar nospróximos anos
Receitas com exploração de petróleo diminuíramface a anos anteriores
2014 trará consigo novos desafios para o país. Em primeiro lugar, a nova pauta aduaneira começou a serimplementada em Janeiro, o que irá agravar as tarifas sobre os bens importados. As novas tarifas podem atingir os50% nalguns produtos (no caso das cervejas e águas importadas, reflectindo uma subida desta taxa em 20 pontos percentuais,e na importação de automóveis de passageiros, cuja tarifa máxima anterior não excedia os 20%) e tem como objectivoincentivar a produção local. No entanto, dados os constrangimentos do lado da oferta (nomeadamente ao nível das infra-estruturas disponíveis, distribuição de energia e qualificação da mão-de-obra), existe o risco de aumento dos preços finaispara os consumidores, o que tenderá a causar pressões de inflação.
Por sua vez, a produção petrolífera deverá permanecer elevada, mas os contributos para o crescimento daeconomia serão cada vez menores à medida que a produção de aproxima do potencial. A aposta na diversificaçãodo tecido produtivo será determinante para o crescimento de Angola no médio-prazo e para reduzir os níveis de pobreza nopaís. O investimento público continuará a ser essencial para aliviar problemas estruturais na economia, principalmente aonível das infra-estruturas.
Depois de um período de crescimento forte, associado ao esforço de reconstrução e à reposição da capacidade deexploração dos recursos petrolíferos, Angola aproxima-se de um período que se caracterizará por ritmos de expansãomais moderados, mas ainda assim significativos. Este potencial de crescimento assenta, numa primeira análise,no dinamismo e perspectivas de expansão dos sectores petrolífero e de gás natural. As receitas estáveis provenientesdestes sectores deverão permitir que as autoridades prossigam a sua estratégia de estímulo à diversificação económica,resolvendo importantes constrangimentos nomeadamente no que diz respeito à disponibilidade de infra-estruturas. Este éum dos principais obstáculos ao desenvolvimento de outros sectores e que impedem que a economia retire proveito daexploração de outros recursos importantes, nomeadamente no sector agrícola e sector mineiro.
ANGOLA - EXECUÇÃO ORÇAMENTAL E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO PENALIZAM CRESCIMENTO EM 2013
ECONOMIAS
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
Mai-11 Nov-11 Mai-12 Nov-12 Mai-13 Nov-13
0
30
60
90
120
150
Receitas Estado Média-móvel 3-m
Preço barrill (ELD)
USD mil milhões USD
Fonte: Ministério das Finanças
Nuno André Coelho
0
4
8
12
16
20
24
2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016
Média prev.
%
Fonte: BPI, várias instituições internacionais
20
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
O anúncio do fim do acordo de paz feito pela Renamo, o principal partido da oposição, adicionou um novodesenvolvimento ao longo conflito com a Frelimo, o partido na oposição. O fim do acordo de paz surge ao fim de 21anos desde o final da guerra civil, em 1992, e constitui um retrocesso no clima de estabilidade política, criando maiorincerteza. Apesar de o desenrolar de uma nova guerra civil ser improvável - a população tem-se manifestando contra odesentendimento político, tendo ainda presente as memórias de devastação causadas pela última guerra civil, e a Renamonão tem condições económicas e militares suficientes para iniciar uma guerra - o investimento estrangeiro deverá serfortemente penalizado, contribuindo para uma desaceleração da economia. De facto, a empresa VTB já tinha anunciado emAgosto que irá cancelar projectos de investimento no país e a empresa Rio Tinto suspendeu temporariamente as exportaçõesde carvão.
O investimento directo estrangeiro (IDE) tem sido um dos principais motores do crescimento de Moçambique nos últimosanos, atraído pela abundância de recursos naturais. Em 2012, o IDE atingiu USD 5.2 mil milhões (em 2010 era ainda deapenas USD 1 mil milhão), correspondendo a cerca de 37% do PIB. Mantendo-se a instabilidade política, a ajuda externa(6.3% do PIB, ou 1/4 das receitas orçamentais), já penalizada pela consolidação orçamental dos países doadores, deverátambém sofrer uma nova quebra. O clima de insegurança que se está a viver actualmente deverá ter um forteimpacto sobre a saída de capital (ou menor entrada de novos fluxos de capital), nomeadamente através de umaredução do IDE e de ajuda externa, que por sua vez deverão provocar uma desaceleração do crescimento daeconomia. O Estado, muito dependente de financiamento externo, também poderá confrontar-se com a necessidade deprocurar fontes de financiamento alternativas.
O crescimento anual do nível de preços permanece controlado em valores próximos de 5%, reflectindoprincipalmente a desvalorização do metical face ao rand sul-africano. Como consequência, o banco central deverá prosseguiruma política monetária relativamente expansionista, procurando dinamizar o crescimento do crédito e da base monetária naeconomia.
No médio prazo, os principais desafios da economia estarão relacionados com a necessidade de resolver oproblema da falta de infra-estruturas adequadas para dar resposta ao potencial de crescimento que tem porbase as vastas reservas de recursos naturais, nomeadamente ao nível de estradas, ferrovias, distribuição e armazenamentode energia, educação e pobreza. Em 2014, o investimento estrangeiro deverá permanecer um dos principais motoresda economia, mas estará dependente de uma melhoria da situação política. Se o clima de tensão se intensificar,mesmo as previsões mais pessimistas de crescimento poderão acabar por se revelar optimistas. A agricultura, pelo peso quetem na economia, também merece especial atenção, podendo continuar um sector muito dinamizador do PIB. De facto, emtermos acumulados até ao final do terceiro trimestre, o PIB (em volume) de Moçambique tinha registado um crescimentohomólogo de 7.0%, impulsionado sobretudo pelo sector dos transportes e comunicações (+1.9% yoy) e pela produçãoagrícola (+1.1% yoy).
A capacidade de gestão dos elevados desequilíbrios externos, que têm surgido como resultado do crescimentodo investimento estrangeiro, estará também em foco ao longo de 2014. O défice da balança corrente, que atingiu36% do PIB em 2012 e deverá ter aumentado para cerca de 40% em 2013, tem sido a contrapartida dos elevados fluxos deinvestimento estrangeiro que têm sido orientados para Moçambique, principalmente para o sector das indústrias extractivas,uma vez que grande parte das importações de mercadorias e serviços surge em resposta a solicitação destes sectores. OFundo Monetário Internacional prevê que o défice corrente volte a aumentar em 2014, para 41.7%.
ECONOMIAS
MOÇAMBIQUE - INCERTEZA POLÍTICA ADICIONA INCERTEZA AO CICLO DE CRESCIMENTO RÁPIDO
Mega-projectos têm contribuido para agravar o déficeda balança corrente
Inflação permanece controlada em taxas inferiores a5%
-6
-4
-2
0
2
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
-40
-30
-20
-10
0
B. comercial B. rendimentosB. transf. corr. B. corrente
% do PIB (ELD)
mil milhões USD %
Fonte: Banco de Moçambique, FMI
0%
5%
10%
15%
20%
Nov-09 Nov-10 Nov-11 Nov-12 Nov-13
Homóloga Média 12 meses (anual)
Fonte: INE Moçambique
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
21
ECONOMIAS
MOÇAMBIQUE - INCERTEZA POLÍTICA ADICIONA INCERTEZA AO CICLO DE CRESCIMENTO RÁPIDO
Principais contributos para crescimento anual noprimeiro semestre (6.6%)
Apreciação recente face ao rand contribui para aestabilidade de preços
A exploração dos recursos naturais é neste momento o sector com maior visibilidade, aparentando maiores taxas deretorno. É, no entanto, um sector muito capital-intensivo e com importantes barreiras à entrada (através de custos econhecimento necessário, o que costuma resultar numa situação de monopólio "natural"). Por sua vez, os sectores daindústria transformadora e a agro-indústria também se afiguram bastante atractivos, beneficiando do crescimento demográficoelevado e da agricultura local. Do mesmo modo, os serviços prestados às empresas (contabilidade, auditoria, serviçosjurídicos, etc) deverão também beneficiar do dinamismo do meio envolvente, relacionado com a criação de novas empresase desenvolvimento das já existentes - ou seja, todos os serviços complementares às principais actividades económicasdeverão ver aqui uma fonte de oportunidade. A posição geográfica de Moçambique também faz com que os sectores daspescas e do turismo possam vir a ter elevado potencial para desenvolver a economia local.
Relativamente ao contexto político, a vitória da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) nas eleições municipais deNovembro, surgindo num contexto de elevada tensão política confirmam a influência do partido na esfera política. Noentanto, a vitória do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em três das quatro principais cidades sugere que existeum crescente descontentamento popular com o clima de instabilidade, que não se resume apenas a militantes da ResistênciaNacional Moçambicana (Renamo) - ausente do processo eleitoral em protesto contra o actual método de composição dosórgãos eleitorais - e que poderá reduzir a influência da Frelimo. Os resultados das eleições presidenciais, que decorrem emOutubro do próximo ano, poderão continuar a reflectir o descontentamento com o actual partido no poder, apesar de serexpectável uma vitória confortável da Frelimo.
0.5
0.6
0.6
0.7
1.1
1.9
0 0.5 1 1.5 2
Ind. extraç. mineira
Outros
Comércio
Serv. financeiros
Agricultura
Transp. e comun.
Fonte: INE Moçambique, BPI
pontos percentuais
Contributos para o crescimento acumulado do PIB
(7.0% yoy no 3º trimestre)
26
28
30
32
34
Jan-11 Jan-12 Jan-13 Jan-14
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
USD/MZN ZAR/MZN (ELD)Fonte: Bloomberg
Nuno André Coelho
22
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
MERCADOS MERCADO CAMBIAL
AS ACTUAIS TENDÊNCIAS PODEM NÃO SERVIR PARA 2014
Em 2013 houve clareza nalguns movimentos e tendências cambiais, na maioria dos casos suportados porfactores de mercado igualmente claros e determinantes, mas para 2014 começa a antecipar-se o desenho deum novo ciclo económico-financeiro que poderá trazer alterações no valor das principais moedas. Tendo semprepresente que estamos um mercado altamente volátil e permissivo a qualquer tipo de notícia ou rumor, acredita-se que nuncase esteve tão perto de um cenário de crescimento mundial mais homogéneo e sincronizado desde a crise de 2008, com osprincipais bancos centrais focalizados nas políticas protectoras do crescimento. Neste contexto, o projecto europeu e damoeda única mostra-se agora mais protegido, com o fim da crise das dívidas soberanas de estados-membros da periferiasugerido pelo fim dos programas de assistência financeira à Irlanda e a Espanha, e praticamente concluído o de Portugal. Defacto, o enorme esforço e progresso alcançado permitiu o início do fim da fragmentação financeira na Zona Euro e fezdiminuir os custos de financiamento da periferia, para além de estar igualmente a proporcionar uma melhoria significativa deindicadores económicos e financeiros relevantes.
Assim, depois de ter sobrevivido a diversos choques, a moeda única europeia consolidou em 2013 a suaimportância/posição, terminando o ano com valorizações acumuladas em relação a praticamente todas as moedasmais relevantes. No câmbio EUR/USD, registou-se uma apreciação do euro superior a 4%, tendo sido alcançado o valor de1.3892 (27 de Dezembro), máximo dos últimos 2 anos. Contra a GBP (libra) e o CHF (franco suíço), o EUR conseguiu manteruma relativa firmeza, tendo em conta que foram moedas igualmente com grande procura pelos investidores, sobretudo como objectivo de protecção. Entretanto, foi contra o JPY (iene) que o EUR mais se apreciou ao longo de 2013, mais de 26%, queresultou maioritariamente da fragilidade mostrada pela moeda nipónica devido à implementação pelas autoridades de umapolítica monetária ultra-expansionista. Ao inundar o mercado de liquidez a custos praticamente nulos, beneficiou-se ofinanciamento de aplicações em activos de risco com o objectivo de obtenção de maiores rendimentos (operações de carrytrade) e gerou-se uma situação de moeda sobrevendida através de uma postura de mercado curta em ienes. Neste âmbito,o JPY só poderia depreciar-se, pois os ienes eram automaticamente convertidos em moeda dos activos mais rentáveis, paraalém de ter havido a aposta num movimento de depreciação continuada da moeda. O EUR/JPY, no final do ano, alcançou145.67, valor máximo dos últimos 5 anos.
Do mesmo modo, a política de quantitative easing nos EUA trouxe um dólar fraco que, do ponto de vista dacompetitividade económica, não deixa de ser do agrado das autoridades norte-americanas. Do historial do USDrelativo a 2013 podem-se tirar duas ideias que se complementam: em termos de índice DXY (que mede o valor do USD emrelação a um cabaz de moedas onde se incluem EUR, JPY, GBP, CAD, CHF e SEK), embora tenha ocorrido uma muito ligeirarecuperação no início do ano mas anulada no 2º semestre, não deixa de estar muito próximo dos valores mínimos dosúltimos anos (31 de Dezembro fixou-se em 80.035 pontos, que compara com o mínimo 70.698 de 17 de Março de 2008);contudo, em 2013, o USD apresentou um ganho acumulado de 22% em relação do JPY, assim como +7% e +14% face aoCAD e ao AUD, respectivamente. Assim conclui-se que apesar do dólar ter recuperado algum do terreno perdido paraalgumas moedas, ainda se situa num nível muito baixo em termos de índice, o que confirma a sua situação de moedasubavaliada. De facto, se analisarmos a recente evolução do EUR/USD (que é o principal câmbio do mercado), parece nãoestar reflectida a evidente diferença entre as actuais performances económicas dos EUA e da UEM.
O índice do USD (DXY) está muito próximo devalores mínimos de sempre
As actuais tendências reforçam-se com o euro aapreciar-se e o iene a perder valor para o dólar
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
23
MERCADOS MERCADO CAMBIAL
AS ACTUAIS TENDÊNCIAS PODEM NÃO SERVIR PARA 2014
Agostinho Leal Alves
Variação cambial
Abertura Fecho variação02.01.2013 31.12.2013 (%)
EUR/USD 1.3203 1.3745 4.1
USD/JPY 86.67 105.30 21.5
EUR/JPY 114.46 144.63 26.4
EUR/GBP 0.8121 0.8297 2.2
EUR/CHF 1.2082 1.2271 1.6
EUR/SEK 8.5740 8.8474 3.2
EUR/NOK 7.3384 8.3387 13.6
AUD/USD 1.0395 0.8913 -14.3
NZD/USD 0.8274 0.8206 -0.8
USD/CAD 0.9930 1.0620 6.9
Fonte: BPI.
Paridade dos Poderes de Compra
31.Dez.13% SOBRE (+) OU SUB (-)
PPC SPOT VALORIZAÇÃO DO EUR
EUR/USD 1.3233 1.3791 4.21%
EUR/JPY 114.29 144.72 26.63%
EUR/GBP 0.8258 0.8337 0.96%
EUR/CHF 1.2072 1.2276 1.69%
Fonte: BPI.
Libra e franco suíço têm vindo a recuperar algumdo valor perdido para o euro
EUR/GBP (LHS)
0.800
0.830
0.860
0.890
Jan-13 Mar-13 Jun-13 Set-13 Dez-13
1.20
1.22
1.24
1.26
1.28
EUR/CHF (RHS)
Fonte: Reuters, BPI
Em 2014, o mercado cambial irá ser sem dúvida marcado pelo processo de afunilamento da liquidez no sistemanorte-americano. O início e prossecução do processo de redução da liquidez introduzida mensalmente pela Fed (sua maiorou menor velocidade e perspectiva de fim dos estímulos monetários) poderão ser determinantes na volatilidade do valor dodólar em relação às moedas rivais. No início (primeiros meses do ano), o impacto poderá não ser evidente (o mercado jáassimilou o início do tapering), mas acredita-se que ao longo do ano o euro deixará de ter vantagem sobre o dólar. Emboraa situação económico-financeira mais regularizada na Zona Euro possa dar suporte ao euro. Esta afirmação representaigualmente o interesse dos mercados na evolução da actividade nos principais blocos económicos. Face aos parâmetros dosdiversos bancos centrais, mais crescimento deverá trazer aumento da pressão de alteração das actuais condições monetáriase isso irá reflectir-se nos câmbios, na possível e já referida alteração/inversão dos movimentos dos câmbios formados em2013.
Em termos de valores, no 1º semestre, o EUR/USD poderá variar entre 1.32 e 1.42, configurando uma médiasuperior à média de 1.33 alcançada para todo o ano de 2013. No 2º semestre, podemos voltar a ver valores abaixo de1.30. No iene, deveremos assistir à continuação da tendência de perda de valor em relação a dólar e euro, pois o Banco doJapão tudo fará para alcançar o objectivo de inflação pré-definido de 2%. O USD/JPY poderá chegar a 110 ienes por dólar emmeados do ano e depois estabilizar ou mesmo corrigir com o fecho de parte das posições curtas do mercado. Por seu turno,a GBP e o CHF deverão manter a preferência de investidores que procuram de algum modo um valor seguro (à semelhançado que aconteceu em 2013).
24
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
MERCADOS MERCADO CAMBIAL (moedas emergentes)
INVESTIDORES AINDA CÉPTICOS PODEM NÃO REGRESSAR DE IMEDIATO
A fuga dos activos dos emergentes já tinha ocorrido com a generalização da crise económica dos últimosanos, mas agravou-se quando, em Maio, Ben Bernanke testemunhou no Congresso dos EUA que a Fed poderiainiciar nos meses seguintes a diminuição das compras mensais de títulos hipotecários e Treasuries no montanteactual global de 85 mil milhões de dólares (programas de quantitative easing iniciados em Setembro de 2012).Com a alteração de expectativas acerca da política monetária norte-americana, a diabolização do início do fim da era da ultraliquidez levou à fuga de capitais e destapou as vulnerabilidades de algumas destas economias emergentes (défices correntessignificativos, sinais de um crescimento económico menos dinâmico e deterioração da situação fiscal). Segundo o Institute ofInternacional Finance (IIF), depois do regresso de capitais privados aos emergentes em 2012, um valor total líquido de 1215mil milhões de dólares (mmd), em 2013 o montante reduziu-se em 153 mmd para 1062 mmd. Para 2014, este institutoprevê um valor ainda menor de 1029 mmd. Em consequência, verificaram-se fortes movimentos de depreciação das moedasem relação ao dólar e ao euro.
No conjunto das principais moedas dos emergentes seguidas (que constam da tabela de variação cambial),em 2013 o peso argentino (ARS) foi a que mais se depreciou relativamente ao dólar, 32.5%, seguindo-se arupia da Indonésia com 26% (INR). A primeira segue um crawling peg definido e a segunda foi das mais prejudicadascom o anúncio da proximidade do fim das medidas de estímulo económico por parte da Reserva Federal norte-americana,pois a Indonésia faz parte da lista dos países emergentes mais dependentes do financiamento externo para fazer face ao altodéfice corrente (estimativa de um saldo negativo de 29.6 mmd em 2013, feita pelo FMI, ou seja, 2.7% do PIB). Nestasituação encontram-se ainda a Índia que, neste grupo, lidera em termos absolutos com um défice de 77.6 mmd (5% do PIB),o Brasil com 74.0 mmd (2.4% do PIB) e a África do Sul com 21.5 mmd a que corresponde 6.3% do PIB. Neste contexto, amoeda sul africana (ZAR) perdeu em 2013 cerca de 24% do seu valor face ao dólar, o real brasileiro (BRL) desvalorizou-se16% e a rupia da Índia (INR) 13%. De referir que nestes países, as respectivas autoridades monetárias encetaram processosde intervenção sistemática no mercado cambial de forma a controlar e mesmo estancar os movimentos de depreciaçãogalopante das suas moedas, com sucesso muito limitado. Destaca-se ainda, nos países da Europa de Leste, a depreciação dacoroa checa (CZK) e do rublo russo (RUB) em 9% e 8%, respectivamente. No caso da República Checa, em Novembro, ogoverno decidiu proceder a uma desvalorização da CZK de modo a permitir que o país ganhe vantagens competitivas econsiga estimular as suas exportações, numa altura em que a inflação se encontra em níveis baixos. Quanto ao rublo é umbom exemplo da perda de valor das moedas de países igualmente ligados à produção de matérias-primas, devido à situaçãode estagnação da procura e de descida de preços nestes mercados.
A moeda chinesa (CNY) foi das poucas que se apreciou perante o dólar, 2.8% na totalidade de 2013,prosseguindo com maior ou menor intensidade a política de valorização gradual e progressiva definida. Paraalém da persistente captação de recursos através do comércio internacional (segundo o FMI, o saldo corrente em 2013 terásido de +223.7 mmd), as reformas financeiras em curso (que, no caso da moeda, terá como um dos principais objectivos amaior internacionalização do yuan e sua maior importância no comércio internacional) e a subida das taxas de juro deverãocontinuar a suportar a actual tendência de queda do USD/CNY.
Variação cambial
Abertura Fecho variação02.01.2013 31.12.2013 (%)
EUR/PLN 4.0735 4.1497 1.9
EUR/HUF 290.50 296.97 2.2
EUR/CZK 25.067 27.332 9.0
USD/RUB 30.5730 32.8900 7.6
USD/BRL 2.0327 2.3618 16.2
USD/ZAR 8.4530 10.4470 23.6
USD/ARS 4.9175 6.5170 32.5
USD/MXN 12.7415 13.0315 2.3
USD/CNY 6.2301 6.0537 -2.8
USD/INR 54.6780 61.8000 13.0
USD/KRW 1065.90 1050.90 -1.4
USD/IDR 9.6500 12.1600 26.0
USD/THB 30.54 32.68 7.0
USD/TWD 29.015 29.815 2.8
Fonte: Reuters, BPI.
O yuan chinês prossegue o processo de apreciação,o rublo russo mostra-se mais fraco face ao dólar
6.00
6.10
6.20
6.30
Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14
29.5
31
32.5
34
USD/CNY USD/RUB Fonte: Reuters, BPI
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
25
Rupia da Índia (INR) estável; Rupia da Indonésia(IDR) prossegue tendência de perda
MERCADOS MERCADO CAMBIAL (moedas emergentes)
INVESTIDORES AINDA CÉPTICOS PODEM NÃO REGRESSAR DE IMEDIATO
O real brasileiro (BRL) bem como o peso mexicano(MXN) próximos dos níveis máximos do último ano
11.5
12
12.5
13
13.5
Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14
1.9
2.2
2.5
USD/MXN USD/BRL Fonte: Reuters, BPI
50
55
60
65
70
Jan.13 Abr.13 Jul.13 Out.13 Jan.14
9500
10500
11500
12500
USD/INR USD/IDR Fonte: Reuters, BPI
Espera-se, ao longo dos próximos meses, a atenção redobrada das autoridades políticas e monetárias daseconomias emergentes em relação ao andamento da política monetária dos EUA, principalmente na sua versãonão convencional (a primeira a sofrer alterações comparativamente à convencional). De facto, com o início dotapering da Fed, ficam-se a aguardar os efeitos na globalidade dos mercados financeiros, com especial atenção para osligados às economias emergentes, existindo como meio de comparação a turbulência e fuga de capitais verificada no anopassado. Contudo, acredita-se que muitos dos efeitos já foram descontados nessa altura, entre Maio e Dezembro do anopassado, e que durante esse tempo muitas destas economias em dificuldades tiveram tempo para adequarem as suaspolíticas a situações económico-financeiras mais equilibradas. Com a recuperação económica global em curso, mais manufacturae mais exportações poderão alterar o fluxo de capitais que será, de hora avante, mais selectivo. Países como o México,Polónia, Coreia ou Índia podem estar presentemente menos vulneráveis a choques externos.
Agostinho Leal Alves
26
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
MERCADOS MERCADO MONETÁRIO
ÂNCORA DOS BANCOS CENTRAIS MANTÉM-SE EM 2014
O ano que passou ficará marcado pela abundância de liquidez no mercado monetário global. Num contexto detaxas de juro nominais próximas do limite inferior de zero, os principais bancos centrais recorreram a medidas alternativasde política monetária como tentativa de reduzir os custos de financiamento e dinamizar as suas economias, ao mesmo tempoprocurando colocar a inflação numa trajectória controlada e sustentada. Com a notória fragilidade das principais economiasmundiais - desde a economia nipónica, ainda a sair da espiral deflacionária que a tem caracterizado ao longo das últimasdécadas, à fragilidade e fragmentação da Zona Euro e à incerteza nos EUA provocada pela discussão da política orçamental(apesar dos recentes avanços, com a aprovação de um programa de despesa para os próximos dois anos) e pelo início daredução dos estímulos monetários - e as taxas de juro nominais já em zero (ou perto), estas economias caíram numaarmadilha de liquidez que apenas pode ser ultrapassada com formas alternativas (a reduções de taxas de juro) para impulsionaro crescimento da massa monetária e incentivar o consumo e o investimento.
Taxas de juro de mercado monetário com pressão de queda/estabilização. Por entre apresentações alternativasde expansões quantitativas (quantitative easing: expansão do balanço, sem alteração da composição dos activos) e/ouqualitativas (qualitative easing: alteração da composição dos activos, com ou sem expansão do balanço) dos balanços dosbancos centrais, as principais taxas de juro mundiais de curto prazo apresentaram uma tendência de queda/estabilização aolongo do ano. Os programas introduzidos no final de 2012, incidindo sobre compras de activos e cedências ilimitadas defundos ao sector bancário, contribuíram para manter uma tendência de queda nas taxas de juro tanto de curto como delongo prazo ao sinalizar ao mercado a presença de um comprador de última instância (buyer of last resort). Do mesmo modo,a sinalização de um percurso para as taxas de juro de referência (forward-guidance), condicionado ou não em valoresobjectivo para variáveis da economia real (a Reserva Federal dos EUA, ou Fed, garantiu que o intervalo objectivo para a taxafed funds não ser irá alterar mesmo quando a taxa de desemprego for inferior a 6.5% e o Banco de Inglaterra (BoE) apenasconsidera subir a taxa bank rate quando a taxa de desemprego descer abaixo de 7%) foi também determinante para manteras taxas do mercado monetário ancoradas em valores próximos de zero ao longo de toda a estrutura da curva.
Taxas de juro directoras restringidas pelo limiteinferior de zero
Expansão dos balanços dos bancos centrais comoresposta à crise financeira
Taxas de curto-prazo permanecem em mínimoshistóricos
Inflação permanece abaixo do objectivo dos bancoscentrais (usualmente 2%)
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
27
MERCADOS MERCADO MONETÁRIO
ÂNCORA DOS BANCOS CENTRAIS MANTÉM-SE EM 2014
O regresso da política monetária à normalização em 2014 afigura-se pouco provável. Deverá ser esperado ummenor grau de acomodação (menor ritmo de expansão monetária), numa relação quase linear com a recuperação daeconomia real, mas uma contracção da quantidade de moeda no próximo ano seria precipitada e poderia colocar em risco oprogresso alcançado desde que estas economias atingiram o mínimo da sua actividade em 2009. De facto, a transmissão dapolítica monetária à economia real continua limitada por vários factores, impedindo um retorno mais rápido destas economiasa uma trajectória de crescimento sustentado e sugerindo a manutenção das taxas de juro nominais em níveis mínimos porum período de tempo prolongado. Destacam-se os seguintes:
I. A política orçamental continua a ser executada em linha com o ciclo económico (contracção da despesa/aumento dereceita em tempos de recessão), principalmente nos países da zona euro;
II. As taxas de juro reais continuam elevadas quando comparadas com a taxa de juro "natural" (de equilíbrio), apesarde as taxas nominais fixadas pelos bancos centrais se encontrarem perto de zero. Por outras palavras, o retornoesperado de projectos de investimento continua inferior ao custo de obtenção de financiamento, quando medido emtermos reais (ajustado pela inflação);
III. A necessidade de desalavancagem do sector bancário mantém-se como um dos principais obstáculos à concessão deempréstimos;
IV. O crescimento da produtividade dos factores mão-de-obra e capital tem permanecido limitado por ausência dereformas (do lado da oferta) que acelerem os ganhos de eficácia na produção.
Política divergente pode condicionar as taxas de curto prazo. O mercado deverá também estar preparado para asprimeiras divergências da política monetária: cada banco central deverá utilizar a sua política em contra ciclo, pelo que umarecuperação mais rápida nos EUA e no Reino Unido constituirá um desafio adicional para as economias da Zona Euro e doJapão. De um lado, a Fed e o BoE, suportados por uma crescente melhoria das expectativas de crescimento, têm vindo asinalizar uma redução da expansão monetária: o primeiro já anunciou a redução do quantitative easing e o segundo começoujá a restringir o acesso ao programa Financiamento para Empréstimos (Fundig for Lending). Do mesmo modo, a rápidarecuperação da actividade economia britânica tem contribuído para criar a expectativa de que o BoE poderá iniciar o ciclo desubida da taxa de juro directora mais cedo do que o esperado. Do outro lado, o Banco do Japão (BoJ) e o Banco CentralEuropeu (BCE) mantêm um tom acomodatício com o objectivo de garantir uma melhoria sustentada da actividade económicae do nível de preços: o BoJ continua a procurar retirar a economia da espiral deflacionaria com o controlo da base monetáriae o BCE continua a procurar reduzir os níveis de fragmentação monetária dentro da região e o perigo de des-inflação, o queo poderá levar a introduzir operações de financiamento de prazo (MRO - de uma semana - e/ou LTRO - de prazo alargado)condicionadas pela evolução da economia real (por exemplo, garantindo LTRO colateralizadas por empréstimos a sociedadesnão-financeiras) ou a reduzir novamente a refi rate (excluímos a hipótese de um cenário de taxa de depósito negativa pelaincerteza quanto à sua eficácia e pela desestabilização financeira que poderia causar).
Novo paradigma mundial: o sistema financeiro global deverá preparar-se para um novo paradigma, caracterizado pelaredução dos estímulos monetários concedidos ao longo dos últimos anos e que se deverá reflectir num aumento (ligeiro, pelomenos no curto prazo) dos custos de financiamento externo. Conseguir definir o momento apropriado para a redução dosestímulos - fazê-lo demasiado cedo colocará em risco a recuperação das economias locais, fazê-lo demasiado tarde resultaránuma acumulação de desequilíbrios financeiros, distorcendo o custo real dos preços dos activos e desincentivando reformasestruturais no sector, para não mencionar os riscos acrescidos de inflação e que poderão colocar em causa a própriacredibilidade dos bancos centrais - será o ponto central de 2014. A liquidez no mercado monetário deverá continuar abundanteao longo do próximo ano, mas deverão ser esperadas e analisadas em detalhe alterações na comunicação dos bancoscentrais, que poderão sinalizar um regresso mais cedo do que o antecipado à normalização monetária.
Nuno André Coelho
28
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
MERCADOS MERCADO DE DÍVIDA PÚBLICA
PENALIZADO EM 2014
Mercados desenvolvidos em 2013: as yields dos US Tresuries a 10 anos variaram no intervalo 1.64%-3.0%;comportamento idêntico, mas menos acentuado, foi observado na zona euro, com o Bund alemão, com o mesmo prazo, atransaccionar no intervalo 1.17%-2.04%. O movimento de subida das yields traduziu a consolidação de um cenário maisfavorável ao o crescimento em ambos os lados do Atlântico e a redução da probabilidade de materialização de alguns riscosdisruptores, sobretudo na zona euro. Mas o principal factor por detrás dos movimentos observados no mercado de dívidapública, durante o ano e em particular desde Maio, esteve associado às expectativas criadas em torno do andamento daspolíticas monetárias dos principais bancos centrais, sobretudo da Reserva Federal norte-americana. Em Dezembro, a ReservaFederal anunciou o início do processo de redução do montante de compras de dívida pública e de dívida hipotecária já emJaneiro, (menos 5 mil milhões de dólares (mmd) em cada um dos mercados), para 75 mmd face aos anteriores 85 mmd. Oimpacto do anúncio no mercado de dívida pública foi relativamente moderado, reflectindo o facto desta ser uma decisão quejá vinha a ser antecipada, resultado da boa gestão das expectativas por parte da Fed, mas também o facto da decisão ter sidoacompanhada pelo anúncio da que a taxa dos fed-funds irá permanecer próximo de zero mais tempo do que o anteriormenteantecipado.
Países da periferia em 2013: Nos países da periferia europeia observou-se um movimento de redução dos spreads dadívida face ao Bund alemão, reflectindo uma melhor percepção da qualidade do risco naquelas economias associada àredução dos desequilíbrios nas contas públicas e à correcção dos défices nas contas externas. Este movimento foi especialmenteacentuado na Irlanda - que anunciou uma saída "limpa" do programa de assistência financeira no final de 2013 - e emEspanha, cujas perspectivas de crescimento se fortaleceram nos últimos meses do ano, (também aqui termina, em Janeiro,o programa de assistência ao sistema financeiro). Em Portugal, também se assistiu à redução dos prémios de risco face aoBund para níveis mais próximos dos observados antes da crise politica de Julho, situando-se, actualmente em níveis mínimos(ligeiramente acima dos 350 pontos base).
EUA: Mercado de Dívida Pública
Curvas de rendimentos
UEM: Mercado de Dívida Pública
UEM: Mercados mais afectados
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
29
Mercados desenvolvidos em 2014: Ao longo do ano, deverá manter-se o movimento de penalização moderada dasobrigações de dívida pública norte-americanas e europeias. A perspectiva de que o crescimento económico se reforçará aolongo do ano, mantendo-se, no entanto, reduzido face aos níveis registados historicamente, a perspectiva de que a inflaçãotambém ficará em níveis reduzidos e o prolongamento do ciclo de políticas monetárias acomodatícias, são factores quesuportam um cenário de subida moderada das taxas de rentabilidade dos títulos de taxa fixa. Nos EUA, o movimento desubida das yields será ligeiramente mais acentuado do que na zona euro, antecipando-se a possibilidade de que no prazo deum ano, as taxas dos Treasuries a 10 anos se situem em torno dos 3.5%-4%. Na zona euro, o movimento de queda dospreços dos títulos de referência tenderá a ser menos acentuado, em linha com o cenário mais moderado de crescimento einflação, antecipando-se a possibilidade de que no final do ano as respectivas yields se situem num intervalo entre 2.5%-3%.Na zona euro, o resultado das eleições de Maio para o parlamento europeu surge como um importante factor de risco,podendo traduzir-se em movimentos pontuais de fuga para a qualidade e maior procura de activos sem risco, beneficiandoa dívida pública alemã.
Países da periferia em 2014: Nestes países, as perspectivas continuam a ser favoráveis, antecipando-se a consolidaçãodo movimento de queda dos prémios de risco exigidos pelos investidores. A procura de rentabilidade tenderá a manter-seactiva ao longo de 2014, favorecendo a redução dos spreads da dívida dos países da periferia. Importa, contudo, terpresente, que a sustentabilidade deste movimento dependerá da capacidade destes países corrigirem os respectivosdesequilíbrios. Nestas economias, salienta-se, já em 2014, o regresso da Irlanda ao mercado com uma emissão de 3.75 milmilhões de euros a dez anos. A colocação da divida foi realizada através de um consórcio de bancos; a yield da operaçãosituou-se em 3.543%. Da mesma forma, o Tesouro português colocou 3.25 mil milhões de euros (cerca de metade dasnecessidades de financiamento por cumprir para 2014) na reabertura de uma OT com vencimento em Junho de 2019. A yieldobtida foi de 4.657%, abaixo da obtida na emissão com o mesmo prazo realizada em Janeiro de 2013 (4.891%). A procurasituou-se em 11 mil milhões de euros, sugerindo por um lado uma avaliação mais positiva do risco-país e por outro,reflectindo maior procura por rentabilidade por parte dos investidores.
Portugal: Em Junho termina o Programa de Assistência Financeira, sendo que até lá ficará definida a modalidade de saída.A hipótese pior, a que atribuímos uma probabilidade mínima de ocorrência, resultaria do facto de Portugal mostrar uma totalincapacidade de se financiar no mercado, tendo por isso de recorrer novamente a credores internacionais. Alternativamente,a finalização do actual programa poderá realizar-se de forma "limpa", à semelhança do decidido pela Irlanda ou com recursoa uma linha precaucionária. No primeiro caso, Portugal incorre numa situação de maior risco, na medida em que ficadeterminado que o país deixa de ser elegível para acesso ao programa de compra de dívida pública pelo BCE, (é condição doBCE que a activação do OMT ocorra apenas no caso dos países sob monitorização da União Europeia, situação que se verificano caso de existência de linha precaucionária). Caso se observe alguma situação que afecte a percepção do risco país, ainexistência de linha precaucionária poderá traduzir-se, num cenário desfavorável, na necessidade do país ter de recorrernovamente a um programa de assistência financeira, possivelmente com condições mais gravosas do que as do anteriorprograma. A existência de uma linha precaucionária não obriga à sua utilização, mas funciona como uma protecção, naeventualidade de se verificarem situações de maior stress, afigurando-se como a opção mais favorável.
PENALIZADO EM 2014
MERCADOS MERCADO DE DÍVIDA PÚBLICA
Teresa Gil Pinheiro
30
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
MERCADOS MERCADO DE DÍVIDA DIVERSA
PROCURA POR RETORNO CONTINUARÁ A FAVORECER O MERCADO
Em 2013 aumentou a exposição a risco: A redução dos riscos sistémicos, a abundância de liquidez e o cenário debaixas taxas de juro caracterizou o ano transacto por um acentuado movimento de procura de rentabilidade e consequenteaumento das emissões de dívida diversa, sobretudo por parte de empresas com menor qualidade de risco e com grau deendividamento mais elevado. Tomando como referência o mercado norte-americano, o montante de emissões por parte deempresas com classificação 3-C (inclui empresas com risco elevadíssimo ou mesmo em situação de incumprimento) situava-se em 15.3 mil milhões de dólares (mmd) em Junho, ultrapassando o pico observado em 2007, antes do rebentamento dacrise financeira internacional. Da mesma forma, o volume de emissões por parte de empresas com maior grau de alavancagemfoi 535.2 mmd, muito próximo do observado em 2007 (604.2 mmd). Embora com menor dimensão, o movimento observadona Europa foi idêntico ao dos EUA. O aumento da exposição a risco, justificou a revisão em alta das estimativas para o nívelde incumprimento por parte da IIF de 3% em meados do ano para 9.5% em 2015.
Teresa Gil Pinheiro
Spreads da dívida diversa face ao swap (EUR) -5 a 7 anos
Curva de risco de crédito no prazo de 5 a 7 anos
Emissões de dívida com rating 3-C nos EUA CDS do sector bancário europeu
Perspectivas para 2014: o mercado de dívida diversa deverá manter-se dinâmico, beneficiando da permanência de umambiente de abundante liquidez e de baixas taxas de juro. Num cenário mais positivo para o crescimento e marcado porredução da incerteza, antecipa-se um aumento da actividade na área das fusões e aquisições, dando suporte ao mercado dedívida diversa. O mercado de dívida de menor qualidade deverá manter-se dinâmico, beneficiando da procura de rentabilidadepor parte dos investidores, mas o ritmo de emissões deverá abrandar face a 2013, já que os preços praticados se têm vindoa reduzir.
Dívida nos países da periferia: beneficiando de uma percepção mais positiva da qualidade do risco e redução dos custosde financiamento, várias empresas ibéricas avançaram com emissões de dívida nos primeiros dias do novo ano. Destasdestaca-se em Espanha uma emissão do BBVA de 1000 mil milhões de euros a cinco anos e com um spread de 118 pontosbase (pb) acima do midswap; o Bankia fez uma emissão com o mesmo montante e prazo com um spread de 235 pb acimado título de dívida pública com o mesmo prazo; finalmente o Santander Consumer emitiu 1000 mme a dois anos com umspread de 83 pb acima do midswap. Em Portugal, a EDP e a CGD foram ao mercado emitindo, no primeiro caso 750 milmilhões de dólares a sete anos com um spread de 300 pb acima do midswap; a CGD emitiu 500 mme a cinco anos comspread de 188 pb sobre o midswap.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
31
MERCADOS MERCADOS ACCIONISTAS
DEPOIS DE UM ANO FANTÁSTICO, UM ANO NORMAL?
O ano de 2013 foi dos melhores anos bolsistas pós períodos recessivos, num processo liderado pelas bolsasnorte-americanas, cujos índices bolsistas alcançaram níveis recorde. Retirando a excepcionalidade da performancedo índice nipónico NIKKEI 225 (dadas as extraordinárias condições económico-financeiras existentes no país - deflação etaxas de juro muito perto do zero - as bolsas do Japão foram uma solução de investimento interno), os índices NASDAQ, S&P500 e DJI fecharam o ano com ganhos acumulados de 35%, 30% e 27%, respectivamente. Se o NASDAQ alcançou valoresmáximos dos últimos 13 anos e meio (ainda não anulou por completo a crise das tecnológicas dos anos 2000/2001), tantoo S&P 500 como o DJI registaram novos níveis máximos de sempre. Não deixam de ser valores impressionantes, que foramseguidos de forma mais modesta pelos índices europeus. O DAX alemão foi dos índices da Zona Euro que mais se aproximouda performance dos índices norte-americanos, com uma valorização no ano de 24% e alcançando igualmente patamaresrecorde e deixando para trás as crises anteriores. O índice europeu EUROSTOXX teve um ganho de 17% e foi acompanhadopor idêntica performance dos índices ibéricos - IBEX 35 e PSI 20 com ganhos de 19% e 15%, respectivamente. Contudo,estes índices estão muito longe dos níveis atingidos antes das crises bolsistas de 2000/2001 e de 2008, embora tenham tidouma óptima performance em 2013.
Variação dos Índices Bolsistas
02.01.2013 31.12.2013 var. %
DJI 13,104.30 16,576.66 26.5
S&P 500 1,426.19 1,848.36 29.6
NASDAQ 3,091.33 4,176.59 35.1
NIKKEI 225 10,604.50 16,291.31 53.6
SZSE (China) 3,302.79 3,160.90 -4.3
BOVESPA 60,990.34 51,507.16 -15.5
EUROSTOXX 2,659.79 3,109.00 16.9
DAX 7,689.46 9,552.16 24.2
CAC 40 3,702.66 4,295.95 16.0
IBEX 35 8,337.90 9,916.70 18.9
PSI 20 5,721.19 6,558.85 14.6
Fonte: ThomsonReuters, BPI
Índices americanos lideram movimento de alta,arrastando a Europa; Emergentes em contraciclo
PSI20 rouba a dianteira ao IBEX35 e acentuatendência de subida
Tanto o índice DJI como o EUROSTOXX50 acentuamganhos, num ambiente económico favorável
Actualmente existe um sentimento de mercado, ainda ligeiro e pouco motivador em termos de acção geral dosinvestidores, que alerta para o facto de nos podermos estar a movimentar para territórios que podem já serconsiderados de bolha especulativa (concretamente nos EUA). De facto, os índices bolsistas estão em níveis máximos,mas existem áreas e sectores que ainda podem ser considerados baratos no contexto do novo ciclo económico em formação,concretamente ao nível das economias avançadas. De facto, não é difícil constatar que as condições de suporte do bullmarket permanecem e, em termos de Analise Técnica, as tendências e ciclos de subida mantêm-se para já intactos. Aperspectiva de um crescimento económico mais global e sincronizado dá suporte às bolsas, pois é boa notícia em termos deganhos acrescidos para as empresas que estão a aumentar as suas margens de lucro. Do lado das condições favoráveis àcompra de acções nos dois lados do Atlântico permanece o facto de as taxas de juro poderem permanecer em níveis mínimosdurante mais algum tempo. Os riscos surgem do lado das economias emergentes, que podem vir a falhar as metas de
99.80
100.00
100.20
100.40
100.60
Jan-12 Jul-12 Jan-13 Jul-13 Jan-14MSCI Mundo MSCI EmergentesMSCI Europa MSCI América Norte
Fonte: ThomsonReuters
base 100 =Jan 10
99.80
99.90
100.00
100.10
100.20
100.30
Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14
IBEX 35 PSI 20 Fonte: ThomsonReuters
base 100 =Jan 12
99.90
100.00
100.10
100.20
100.30
Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14DJI EUROSTOXX 50
Fonte: ThomsonReuters
base 100 =Jan 12
32
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
MERCADOS ACCIONISTASMERCADOS
DEPOIS DE UM ANO FANTÁSTICO, UM ANO NORMAL?
Agostinho Leal Alves
crescimento, investimento e comércio (recorde-se que embora as taxas de crescimento sejam altas para estas economias, asprincipais organizações internacionais têm revisto em baixa o crescimento para este ano).
Perante a situação diferenciada dos índices bolsistas nos EUA e na Europa, assim como do valor bolsista dosdiversos sectores, o investimento nas bolsas europeias poderá tornar-se um desafio mais empolgante e rentável.De facto, quando se comparam preços, em termos de índices, confirma-se que os europeus estão mais baratos e são maisatractivos em termos de potenciais ganhos futuros. Por outro lado, perante a incontornável alteração do quantitative easingnorte-americano, que irá atravessar todo o ano de 2014 e prolongar-se, uma redução mais agressiva da liquidez (porexemplo, na segunda metade do ano em vez de uma redução dos actuais 10 mil milhões de USD de recompra de obrigaçõeshipotecárias e de Treasuries poderá passar-se para menos 20 mil milhões de USD) levará provavelmente a uma maiorcontenção do investimento em activos americanos de maior risco. Neste caso, as bolsas europeias poderão não ser tãoafectadas e servir mesmo de investimento alternativo. No entanto, deve-se realçar que o início do tapering já está descontadode forma positiva pelo mercado.
Em termos globais, um novo ano traz sempre renovado interesse nas primeiras semanas devido a uma normal requalificaçãodas carteiras da grande maioria dos institucionais e fundos privados, traduzindo-se numa envolvente bastante afirmativa.Neste contexto, na Ibéria reapareceu o interesse dos investidores, confirmando-se a actual tendência de subida do IBEX 35e do PSI 20. A acalmia da crise das dívidas soberanas dos estados-membros, terminados os processos de resgate de Irlanda,Espanha (só sector financeiro) e Portugal, a confiança está a ser restaurada e permite captar investimento adicional. Acresceque também nestes países o novo ciclo económico estará a emergir, confirmado pelos recentes dados económicos divulgados.
Para a recomposição de carteiras, ou na definição de estratégias para novas entradas em novos papéis, ossectores a privilegiar são: tecnologias, indústrias, financeiras, saúde, materiais e utilities. Face ao cenário previstode confirmação da retoma económica, está a dar-se importância a sectores que acabaram por sofrer reestruturações nosúltimos dois anos e/ou que apresentam presentemente um importante plano de investimento para 2014 e anos vindouros,abrindo perspectivas de mais crescimento. O sector da energia já não se mostra tão atractivo devido à performance neutralou negativa dos preços no mercado e devido ao facto de não haver qualquer tipo de constrangimento do lado da oferta,comparativamente a situações do passado.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
33
MERCADOS MERCADOS DE COMMODITIES
PESANDO A OFERTA E PROCURA PREVISTAS, OS PREÇOS DEVERÃO MANTER-SE ESTÁVEIS
Do confronto entre as diversas perspectivas para a evolução destes mercados em 2014 realçam-se trêsimportantes ideias: o mundo terá uma performance económica melhor em 2014; a não existência de significativosconstrangimentos do lado da oferta, havendo mesmo uma perspectiva de abundância, retiram pressão de subidade preços; a possibilidade de apreciação do dólar diminuirá igualmente o risco de escalada dos preços dasmatérias-primas em 2014. De facto, quando se analisa os relatórios da Primavera e de Outono do FMI, nota-se umarevisão em baixa das projecções de crescimento para 2014, embora o cenário para o novo ano que agora se inicia seja bemmais promissor, depois de 2013 ter de algum modo decepcionado. Estes novos dados confirmam igualmente que as economiasavançadas vão regressar ao ciclo de crescimento e que as economias emergentes poderão perder algum dinamismo (ao nívelde importações e exportações a revisão em baixa do FMI foi significativa). Neste âmbito, deve-se constatar dois aspectosrelativamente às duas principais economias do mundo, que são igualmente os principais produtores e consumidores dematérias-primas: os EUA irão intensificar e consolidar o arranque económico; a China terá dificuldades em ultrapassar a taxade crescimento de 2013 e está longe das taxas de um passado recente (taxas anuais na ordem dos 9% versus as actuais querondam os 7%, ainda assim das maiores do mundo). Quanto à produção, desde o petróleo aos bens alimentares, passandopelos metais base para a indústria, tudo indica que a oferta se irá manter em níveis máximos dos últimos anos. Entretanto,existe a perspectiva de maior firmeza do dólar face a moedas rivais, reflexo do início da retirada de liquidez no sistema norte-americano por parte da Fed ao longo do ano.
Segundo a tabela de variação dos preços das principaiscommodities apresentada (analisam-se os preços queconsideramos mais significativos), o preço do milho é oque mostra um decréscimo acumulado mais significativoem 2013, -39%, seguindo-se o preço do ouro com umavariação de -29%. O preço do trigo também acabou porcair cerca de 20%. Ou seja, tanto os preços dos cereaiscomo dos metais preciosos desenharam tendências de quedaao longo do último ano, embora por motivos diferentes. Noscereais, as colheitas de 2013 ultrapassaram as expectativase, no caso do milho e da soja nos EUA (maior produtor mundial)deverão ter sido alcançados valores recorde - +29% no milhoe +8% na soja em relação à produção de 2012, a quecorresponde mais de 14.0 e de 3.26 mil milhões de bushels,respectivamente, alcançando-se altas produtividades. Nestecontexto, perante a ausência de procura que compensasse,os preços reflectiram esta abundância, que foi sendosucessivamente confirmada pelas notícias do estado dasplantações ao longo do período.
No caso do ouro, a antecipação de alterações de cicloeconómico-financeiro no mundo, nomeadamente peloarranque nas economias avançadas, com a respectivapressão de subida das taxas de juro e perspectivasfuturas de alteração das condições de liquidez, assimcomo a diminuição do risco global nos mercados, temacentuado a saída dos investimentos no ouro que, naactual conjuntura, foi perdendo o seu estatutoprivilegiado de refúgio. No final de Junho, a onça troyregistou o valor mínimo de 1180 dólares, num mercadoassustado com o anúncio do tapering da Fed, patamar de preçoonde se encontra actualmente após um movimento decorrecção anterior.
Em 2013, o preço do petróleo tanto no mercadoamericano (WTI) como no mercado europeu e do MédioOriente (Brent) evoluiu praticamente sem tendênciadefinida ao longo do ano, embora mantendo a habitualvolatilidade diária. Os actuais valores ainda estão longe dosníveis máximos alcançados em Julho de 2008, imediatamenteantes da crise do subprime nos EUA, embora seja evidenteuma evolução sustentada desde então. Os valores mínimos emáximos do ano, no WTI e no Brent foram 85.61/112.24 e96.75/119.75 dólares o barril, respectivamente (no WTI houve
Variação dos preços das principais commodities
usd 2-Jan-13 31-Dez-13 %
Crude (WTI) 93.12 98.42 5.7
Crude (Brent)) 111.50 110.80 -0.6
Gás natural 3.23 4.23 30.8
Cobre 373.60 339.65 -9.1
Ouro 1,688.80 1,202.30 -28.8
Platina 1,565.10 1,371.10 -12.4
Milho 690.75 422.00 -38.9
Trigo 755.25 605.25 -19.9
Soja 1,405.50 1,312.50 -6.6
Fonte: Bloomberg, BPI.
O preço do ouro desenhou uma tendência de queda
1100
1200
1300
1400
1500
1600
1700
1800
1900
Jan-12 Jun-12 Nov-12 Abr-13 Set-13
Fonte: Reuters, BPI
usd
Petróleo - evolução da procura e da oferta
86
87
88
8990
91
92
93
94
1T12 4T12 3T13 2T14
Procura Oferta
milhões barris dia
Fonte: AIE
34
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
PESANDO A OFERTA E PROCURA PREVISTAS, OS PREÇOS DEVERÃO MANTER-SE ESTÁVEIS
MERCADOS MERCADOS DE COMMODITIES
Em 2014, o Mundo cresce mais mas o FMI reviu embaixa as suas projecções face às anunciadas em Julho
Dif. Proj. Jul. 20132013 2014 2013 2014
Mundo 2.9 3.6 -0.3 -0.2
Econ. Avançadas 1.2 2.0 0.0 0.0
EUA 1.6 2.6 -0.1 -0.2
Zona Euro -0.4 1.0 0.1 0.0
Japão 2.0 1.2 -0.1 0.1
Econ. Emergentes 4.5 5.1 -0.5 -0.4
Rússia 1.5 3.0 -1.0 -0.3
China 7.6 7.3 -0.2 -0.4
Índia 3.8 5.1 -1.8 -1.1
Brasil 2.5 2.5 0.0 -0.7
México 1.2 3.0 -1.7 -0.2
África do Sul 2.0 2.9 0.0 0.0
Vol. com. mundial (bens e serv.) 2.9 4.9 -0.2 -0.4
Importações
Econ. Avançadas 1.5 4.0 0.1 -0.2
Econ. Emergentes 5.0 5.9 -0.9 -1.4
Exportações
Econ. Avançadas 2.7 4.7 0.3 0.0
Econ. Emergentes 3.5 5.8 -0.7 -0.5
Fonte: FMI - projecções de Outubro de 2013.
Relativa estabilidade dos preços do Brent e WTI
70
80
90
100
110
120
130
Jan-12 Mai-12 Set-12 Jan-13 Mai-13 Set-13
WTI BrentFonte: Reuters, BPI
usd
Agostinho Leal Alves
uma variação de preço de 26.6 dólares e no Brent de 22.42 dólares). O consumo total de crude em 2013 foi ligeiramentesuperior ao verificado em 2012, 91.2 milhões de barris por dia (mb/d) versus 90.0, e a Agência Internacional de Energia(AIE) espera uma média de 92.4 em 2014. Mas a oferta foi sempre superior (acima dos 92 mb/d), com 34% da produçãoconcentrada em 3 países: Rússia, 10.85 mb/d; EUA, 10.58 mb/d; Arábia Saudita, 9.84 mb/d. A tendência crescente deprodução nos EUA (devido à importância e maior contributo do crude obtido através do xisto) faz antever que nos próximosanos este país pode vir a tornar-se no maior produtor mundial e ganhar a independência energética.
Quanto ao gás natural, embora a sua produção sejacrescente, a sua utilização tem vindo igualmente a subir,devido ao facto de estar a ser encarada como uma novageração de energia com o adicional de ter custosmenores. Em resultado da maior penetração desta fonteenergética, os preços em 2013 subiram cerca de 30%,contrariando tendências anteriores de descida ou estabilizaçãodos preços.
Os metais base considerados, por seu turno, viram osseus preços reduzirem-se entre 8% e 19% - Níquel, -19%; Alumínio, -14%; Cobre, -9%; Zinco, -8%. Ao longodo ano, a atenção esteve centrada na procura da China, que não foi suficiente para suportar os preços (a China tem grandeinfluência neste mercado e não tem interesse em que haja pressões de subida dos preços). Contudo, a retoma económicamais firme para 2014 poderá trazer uma procura de metais superior.
Da análise feita e dos vectores mais importantes para a evolução global do mercado das matérias-primas para2014 já referidos, acredita-se numa evolução dos preços relativamente estável: os preços do crude, WTI e Brent,têm como referência os valores mínimos do ano passado (86 e 97 dólares, respectivamente), sendo difícil que o mercado sevenha a posicionar nestes níveis com uma procura mais forte, embora a oferta esteja igualmente a crescer de formasignificativa, com a ajuda de novos processos de exploração. Contudo, os novos métodos e a procura de crude a maiorprofundidade requerem maior investimento, encarecendo o produto final. Há ainda que contar com o facto de a OPEP(importante cartel na definição das condições do mercado da energia) ter de reajustar a sua oferta, com o regresso daprodução de crude do Irão ao mercado (o recente acordo com o Ocidente irá permitir esse regresso e a necessidade daArábia Saudita voltar a níveis de produção anteriores), mas a sua actuação defensiva deverá evitar pressões de queda dospreços; no ouro, espera-se uma estabilização do preço, num cenário económico-financeiro mais normalizado. Por outro lado,é conhecido que os principais produtores consideram desequilibrados valores abaixo dos 1200/1300 dólares a onça troy,perante os actuais custos de produção; nos metais para a indústria pode-se antever maior consumo perante um crescimentoeconómico mais forte e generalizado, suportando os preços. Mas será a performance económica da China a definir de formamais significativa a evolução deste mercado; do mesmo modo, para além da situação das principais produções alimentaresà volta do mundo, a situação do consumo chinês é bastante relevante. Existe receio que seja implementada em 2014 umapolítica agressiva por parte da China de forma a reduzir a dependência da importação de bens agrícolas e de fomento daprodução doméstica. A concretização desta política concorreria para manter os preços baixos.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
35
PREVISÕES
Economias Desenvolvidas
Tx. de Inflação Saldo Orç./PIB Dívida Pública/PIB BTC/PIB Desemprego Crescimento PIB
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015
E.U.A. 1.5 1.9 2.0 -5.1 -4.3 -3.6 102.9 102.7 103.8 -2.6 -2.7 -2.9 7.5 6.9 6.2 1.7 2.7 3.0Japão 0.2 2.5 1.7 -9.7 -7.7 -6.4 233.9 234.8 242.6 0.9 1.4 1.9 4.1 3.9 3.8 1.8 1.5 1.2
UE 1.7 1.6 1.6 -3.5 -2.7 -2.6 89.7 90.2 90.0 1.6 1.7 1.8 11.1 11.0 10.7 ND 1.4 1.9
UEM 1.4 1.3 1.3 -3.0 -2.5 -2.1 95.1 95.5 95.5 2.1 2.2 2.4 12.1 12.1 11.8 -0.4 1.0 1.3
Alemanha 1.6 1.6 1.8 -0.1 0.1 0.4 80.0 77.5 74.4 6.7 6.3 6.4 6.0 5.9 5.7 0.5 1.7 1.8
França 1.0 1.4 1.3 -4.0 -3.5 -3.3 93.5 95.4 96.1 -1.9 -1.6 -1.7 10.8 11.1 10.9 0.2 0.8 1.4Itália 1.4 1.2 1.2 -3.0 -2.6 -2.5 132.1 133.3 133.1 0.7 1.1 1.5 12.3 12.5 12.1 -1.8 0.5 0.8
Espanha 1.6 0.8 0.8 -6.5 -5.7 -5.3 93.1 98.7 103.4 1.1 2.0 2.8 26.6 26.5 25.4 -1.3 0.5 1.1
Holanda 2.7 1.4 1.3 -3.9 -3.6 -2.9 74.4 75.8 77.1 10.2 10.3 10.7 7.4 8.1 8.0 -1.1 0.3 1.1Bélgica 1.2 1.3 1.5 -2.8 -2.4 -2.1 101.0 101.3 101.5 -1.2 -0.8 -0.5 8.7 8.9 8.6 0.1 1.0 1.3
Áustria 2.1 1.7 1.8 -2.3 -1.9 -1.5 75.1 74.9 73.6 2.6 2.8 3.2 4.8 4.9 4.5 0.4 1.6 1.9
Finlândia 2.2 2.0 1.8 -2.4 -2.2 -1.9 57.5 60.5 61.0 -1.2 -1.2 -0.8 8.2 8.2 8.0 -0.9 0.9 1.6Grécia -0.7 -0.9 -0.6 -6.1 -3.1 -1.5 176.8 180.1 171.5 -0.9 0.1 0.5 27.4 27.6 25.5 -3.9 -0.1 1.4
Irlanda 0.5 0.9 1.2 -7.6 -5.0 -2.9 123.9 121.8 120.1 4.4 4.8 4.4 13.5 12.8 12.1 0.2 1.9 2.3
Reino Unido 2.6 2.3 2.1 -6.4 -5.3 -4.2 93.6 96.6 98.6 -3.6 -3.0 -3.3 7.8 7.5 7.2 1.4 2.4 2.5Suécia 0.1 1.2 1.8 -1.2 -1.1 -0.7 39.2 39.0 41.0 6.2 5.9 5.3 8.1 8.0 7.5 1.0 2.4 2.8
Dinamarca 0.7 1.5 1.9 -1.7 -1.8 -2.4 45.6 45.6 45.1 5.5 5.3 5.8 7.2 7.1 6.8 0.5 1.5 1.8
Luxemburgo 1.8 1.8 1.8 -0.7 -0.8 -1.9 23.7 25.0 28.7 6.3 6.7 5.6 6.3 6.7 6.9 1.4 1.9 1.7Suíça -0.2 0.5 0.8 0.5 0.6 0.5 35.0 33.5 ND 11.9 11.4 12.1 3.1 3.0 4.1 1.9 1.9 2.0
Portugal 0.9 0.7 0.7 -5.9 -4.5 -3.2 128.3 133.1 127.4 0.7 1.3 1.5 16.8 17.0 16.5 -1.8 0.4 1.0Fontes:Média simples de previsões mais recentes: da OCDE, UE, FMI, BdP, Economist, e outras instituições.
Notas: O uso de médias de várias previsões pode gerar valores incongruentes entre si.
Portugal
2013 2014 2015
Consumo privado -1.7 0.3 0.9Consumo público -2.4 -2.0 -0.2
Investimento -7.0 1.5 2.0
Exportações 5.5 3.5 3.2Importações 2.4 2.2 2.5
PIB -1.6 0.5 1.2
Défice Orçamental (PDE) 5.6 4.0 2.5Déf. orçam. s/ medidas extraordinárias 5.8 4.0 2.5
Taxa de inflação média 0.2 0.8 1.7
Taxa média de desemprego 16.6 16.8 16.5
Fonte: INE, Banco BPI.
Previsões Económicas do BPI
EUA&UEM
PIB Taxa de Inflação*
2013 2014 2015 2013 2014 2015EUA 1.7% 2.4% 2.0% 1.5% 2.0% 2.2%
Zona Euro -0.4% 0.9% 1.5% 1.4% 1.6% 2.0%
Portugal -1.6% 0.5% 1.2% 0.2% 0.8% 1.7%Fonte: INE, Eurostat, Reuters, previsões do Banco BPI.
Nota: * Taxa de Variação Média; IPCH para Zona Euro.
Indicam-se, a laranja, as alterações recentes.
Mercados Emergentes
Tx. de inflação Cresc. do PIB Tx. de Desemp. Dívida Púb./PIB Saldo Orç./PIB BTC/PIB Dívida Externa/PIB
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015Brasil 5.6 6.0 5.6 0.9 2.4 2.6 5.5 5.9 6.1 56.6 56.6 57.2 -2.4 -3.0 -3.2 -1.9 -2.6 -2.7 16.5 18.6 19.8
México 3.8 3.6 3.7 3.9 2.4 3.9 5.0 4.8 4.6 34.7 34.3 34.0 -2.6 -2.1 -2.1 -1.0 -1.0 -1.0 26.1 21.4 25.1
Argentina 18.1 18.6 21.1 1.7 2.8 2.3 7.3 7.7 8.0 38.4 39.1 39.4 -3.1 -3.0 -3.0 0.3 0.3 0.3 30.2 29.9 29.9Chile 2.2 2.2 2.9 5.6 4.5 4.7 6.5 6.5 6.8 10.9 9.8 9.7 0.5 -0.4 -0.4 -3.5 -3.5 -3.5 43.8 42.7 42.1
R. Checa 3.2 1.7 1.6 -1.2 -0.3 1.8 7.4 8.0 8.2 45.8 47.9 49.4 -3.9 -3.2 -2.9 -2.3 -1.8 -1.7 51.0 52.1 50.6Polónia 3.5 1.5 1.9 2.1 1.3 2.5 10.7 11.2 11.1 55.8 56.5 57.3 -3.6 -3.5 -3.2 -3.4 -2.8 -3.1 73.4 74.2 80.3
Hungria 5.6 2.7 2.5 -1.6 0.2 1.5 10.9 11.0 11.0 79.3 78.8 78.1 -2.4 -3.1 -3.1 1.8 2.0 1.9 129.6 121.1 122.4
Russia 5.7 6.5 5.6 3.4 2.6 3.3 6.0 6.0 5.9 9.2 9.4 10.3 0.4 -0.3 -0.8 3.6 2.3 1.3 28.5 28.5 27.2
China 2.5 2.7 3.1 7.8 7.7 7.8 4.1 4.1 4.1 27.1 26.8 26.4 -1.5 -1.8 -1.6 2.5 2.4 2.3 10.2 10.3 10.7
Fontes: Média simples de previsões mais recentes: FMI, OCDE, CE e outras instituições.
36
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
Taxas de Câmbio10.Jan.14
Taxa actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano
EUR/USD 1.37 1.33 1.32 1.30 1.28
EUR/USD (Prev. BPI) - 1.38 1.33 1.30 1.28USD/JPY 104.18 100.00 102.00 104.00 110.00
USD/JPY (Prev. BPI) - 105.00 110.00 105.00 106.00
EUR/JPY 142.48 133.00 135.00 135.00 137.00EUR/JPY (Prev. BPI) - 144.90 146.30 136.50 135.68
EUR/GBP 0.83 0.84 0.84 0.83 0.82
EUR/GBP (Prev. BPI) - 0.83 0.83 0.82 0.82EUR/CHF 1.23 1.24 1.25 1.25 1.28
EUR/CHF (Prev. BPI) - 1.23 1.23 1.23 1.23
Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.
PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES
Taxas de Juro10.Jan.14
Taxas de Juro Spreads equivalentes face às taxas americanas
Taxa actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano Spread actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano
Taxas de juro 3 MEUR 0.28% 0.24% 0.27% 0.32% 0.42% 4 -4 -3 0 0
EUR (Prev. BPI) - 0.28% 0.29% 0.30% 0.35% - 3 4 2 5
USD 0.24% 0.28% 0.30% 0.32% 0.42% - - - - -USD (Prev. BPI) - 0.25% 0.25% 0.28% 0.30% - - - - -
JPY 0.15% 0.17% 0.18% 0.18% 0.17% -10 -11 -12 -14 -25
JPY (Prev. BPI) - 0.15% 0.15% 0.15% 0.15% - -10 -10 -13 -15GBP 0.52% 0.54% 0.54% 0.57% 0.64% 28 26 24 25 22
GBP (Prev. BPI) - 0.52% 0.53% 0.55% 0.60% - 27 28 27 30
CHF 0.02% 0.01% 0.01% 0.02% 0.13% -22 -27 -29 -30 -29CHF (Prev. BPI) - 0.02% 0.02% 0.05% 0.05% - -23 -23 -23 -25
Taxas de juro 10 A
POR 5.37% 5.20% 5.00% 5.25% 5.25% 248 239 205 217 191POR (Prev. BPI) - 5.30% 5.25% 5.25% 5.00% 230 200 210 175
ALE 1.86% 1.94% 2.06% 2.16% 2.33% -103 -87 -89 -92 -101
ALE (Prev. BPI) - 1.90% 2.00% 2.50% 2.75% - -100 -100 -65 -75EUA 2.89% 2.81% 2.95% 3.08% 3.34% - - - - -
EUA (Prev. BPI) - 2.90% 3.00% 3.15% 3.50% - - - - -
JAP 0.70% 0.76% 0.83% 0.89% 0.96% -219 -205 -212 -219 -238JAP (Prev. BPI) - 0.70% 0.70% 0.70% 0.75% - -220 -230 -245 -275
RU 2.89% 2.84% 2.98% 3.09% 3.28% 0 3 3 1 -6
RU (Prev. BPI) - 2.95% 3.00% 3.15% 3.50% - 5 0 0 0SUI 1.23% 1.11% 1.22% 1.31% 1.49% -166 -170 -173 -177 -185
SUI (prev. BPI) - 1.25% 1.25% 1.25% 1.30% - -165 -175 -190 -220
Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
37
PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES
Taxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos Centrais
TTTTTaxa de raxa de raxa de raxa de raxa de referênciaeferênciaeferênciaeferênciaeferência Nível emNível emNível emNível emNível em Nível actualNível actualNível actualNível actualNível actual Data da últimaData da últimaData da últimaData da últimaData da última Data do anúncioData do anúncioData do anúncioData do anúncioData do anúncio PrevisãoPrevisãoPrevisãoPrevisãoPrevisão31.Dez.1231.Dez.1231.Dez.1231.Dez.1231.Dez.12 01.Jan.1401.Jan.1401.Jan.1401.Jan.1401.Jan.14 alteraçãoalteraçãoalteraçãoalteraçãoalteração da próxima decisãoda próxima decisãoda próxima decisãoda próxima decisãoda próxima decisão BPIBPIBPIBPIBPI
Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Reserva Federal dos EUA 1* Fed Funds Rate 0%-0.25% 0%-0.25% 16-Dez-08 (-75/-100 pb) 18-Dez-13 Sem alteraçãoBanco Central Europeu 2* Minimum Bid Refi Rate 0.75% 0.25% 7-Nov-13 (-25 pb) 09-Jan-14 Sem alteraçãoBanco do Japão 3* O/N Call Rate 0.10% 0.07% 5-Out-10 (-5 pb) - -Banco do Canadá O/N Lending Rate 1.00% 1.00% 8-Set-10 (+25 pb) 22-Jan-14 -Banco de Inglaterra Repo Rate 0.50% 0.50% 5-Mar-09 (-50 pb) 09-Jan-14 Sem alteraçãoOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisBanco Nacional da Suíça Libor 3M do CHF 0%-0.25% 0%-0.25% 03-Ago-2011 (-50 p.b) 12-Dez-13 Sem alteraçãoRiksbank (Suécia) Repo Rate 1.00% 1.00% 18-Dez-12 (-25 pb) 17-Dez-13 -Norges Bank (Noruega) Key Policy Rate 1.50% 1.50% 14-Mar-12 (-25 pb) 27-Mar-14 -Banco Nacional da Dinamarca Lending Rate 0.20% 0.20% 2-Mai-13 (-10 pb) 4* -Reserve Bank (Austrália) Cash Rate 3.00% 2.50% 6-Ago-13 (-25 pb) 04-Fev-14 -América LatinaAmérica LatinaAmérica LatinaAmérica LatinaAmérica LatinaBACEN (Brasil) Selic 7.25% 10.00% 27-Nov-13 (+50 bp) 15-Jan-14 -BANXICO (México) O/N Interbank Funding Rate 4.50% 3.50% 25-Out-13 (-25 pb) 31-Jan-14 -Europa de LesteEuropa de LesteEuropa de LesteEuropa de LesteEuropa de LesteNBP (Polónia) Taxa de intervenção - 14 dias 4.25% 2.50% 03-JuL-13 (-25 pb) 08-Jan-14 -NBH (Hungria) Repo Rate - 2 semanas 5.75% 3.20% 26-Nov-13 (-20 pb) 17-Dez-13 -CNB (República Checa) Repo Rate - 2 semanas 0.05% 0.05% 2-Nov-12 (-20 pb) 17-Dez-13 -Fonte: Bloomberg.Notas: 1*Normalmente as alterações de taxas são anunciadas nas datas dos FOMC. No entanto poderão ser criadas reuniões intermédias, e as taxas poderão ser alteradas em qualquer altura.
2*De acordo com o BCE, apenas a 1ª reunião de cada mês serve para anunciar alterações na sua política monetária. No entanto, existe a possibilidade de poder alterar essa mesma política emqualquer altura.3*A partir de Abril de 2013, o Banco do Japão passou a adoptar como principal instrumento de política monetária o controlo da base monetária em vez da taxa de juro. A taxa actual apresentadarefere-se à taxa efectiva.4*Sem datas pré-marcadas, podendo ser alterada em qualquer altura.
38
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes10.Jan.14
TTTTTaxas de Câmbioaxas de Câmbioaxas de Câmbioaxas de Câmbioaxas de Câmbio TTTTTaxa actual...axa actual...axa actual...axa actual...axa actual... a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês... a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses... a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses... a 1 anoa 1 anoa 1 anoa 1 anoa 1 anoUSD/BRL 2.29 2.26 2.30 2.32 2.35USD/MXN 13.19 12.93 12.83 12.73 12.40USD/ARS 5.70 6.10 6.49 6.91 7.67EUR/CZK 25.77 25.90 25.80 25.70 25.20EUR/PLN 4.28 4.20 4.15 4.10 4.02EUR/HUF 299.82 298.00 297.50 295.00 290.00USD/RUB 33.24 32.50 32.55 32.88 32.81USD/CNY 6.12 6.10 6.09 6.07 6.00Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.Legenda: BRL - Real do Brasil PLN - Zloty da Polónia MXN - Peso Mexicano HUF - Forint da Hungria
ARS - Peso Argentino RUB - Rublo da Rússia CZK - Coroa Checa CNY - Renminbi/Yuan da China
PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES
Taxas de Juro e Taxas de Juro e Taxas de Juro e Taxas de Juro e Taxas de Juro e SpreadsSpreadsSpreadsSpreadsSpreads dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes10.Jan.14
TTTTTaxas de Juraxas de Juraxas de Juraxas de Juraxas de Jurooooo SpreadsSpreadsSpreadsSpreadsSpreads equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanasTTTTTaxa act.axa act.axa act.axa act.axa act. ...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês ...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses ...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses ...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano SpreadSpreadSpreadSpreadSpread act. act. act. act. act. ...a 1 mês......a 1 mês......a 1 mês......a 1 mês......a 1 mês... a 3 mesesa 3 mesesa 3 mesesa 3 mesesa 3 meses ...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses ...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano
TTTTTaxas de juraxas de juraxas de juraxas de juraxas de juro de curo de curo de curo de curo de curto-prazoto-prazoto-prazoto-prazoto-prazoBRL 8.79% 9.84% 10.04% 10.05% 10.11% 855 956 974 973 969MXN 3.97% 3.47% 3.43% 3.43% 3.62% 373 319 313 311 320ARS 12.75% n.d. n.d. n.d. n.d. 1251 n.d. n.d. n.d. n.d.CZK 0.28% 0.41% 0.44% 0.46% 0.55% 4 13 14 14 13PLN 2.60% 2.71% 2.74% 2.79% 3.17% 236 243 244 247 275HUF 3.75% 3.54% 3.52% 3.54% 3.58% 351 326 322 322 316RUB 6.75% 5.08% 4.94% 4.90% 4.85% 651 480 464 458 443CNY 4.66% 6.00% 6.01% 6.02% 6.04% 442 572 571 570 562TTTTTaxas de juraxas de juraxas de juraxas de juraxas de juro 10 Ao 10 Ao 10 Ao 10 Ao 10 ABRL 4.21% n.d. n.d. n.d. n.d. 239 - - - -MXN 3.59% 6.09% 6.14% 6.30% 6.46% 181 - - - -ARS 14.52% n.d. n.d. n.d. n.d. 1203 - - - -CZK 2.12% 2.36% 2.52% 2.59% 2.74% 47 - - - -PLN 4.12% 4.43% 4.48% 4.50% 4.75% 247 - - - -HUF 6.22% 6.03% 6.03% 6.10% 6.23% 457 - - - -RUB 7.99% n.d. n.d. n.d. n.d. 204 - - - -CNY 4.07% 4.03% 4.03% 4.04% 4.06% 243 - - - -Fonte:Médias de previsões de várias instituições de research.
Nota: A taxa de juro de curto prazo apresentada para o Brasil é a taxa Selic, para o México é a taxa overnight, para a Hungria é a base rate e para a China é a taxa de empréstimo fixada
pelo banco central.
Os spreads de dívida de longo prazo de CZK, PLZ, HUF e CNY resultam da comparação directa entre a yield do benchmark dos Bunds a 10 anos e a yield aqui apresentada.
Os spreads de dívida de longo prazo de BRL, ARS, MXN e RUB são os calculados pela JP Morgan nos índices EMBI.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
39
BASES DE DADOS
Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos em
Janeiro e Fevereiro 2014
CONJUNTURA ECONÓMICA
Indicadores de Conjuntura Macroeconómica em Portugal
Indicadores de Conjuntura Económica Internacional I
Indicadores de Conjuntura Económica Internacional II
MERCADOS CAMBIAIS
Cotações no mercado Spot
Taxas Oficiais de Conversão para o EURO
MTC-2
MERCADOS MONETÁRIOS
Taxas de Juro Internacionais
MERCADOS DE OBRIGAÇÕES
Indicadores do Mercado Doméstico de Obrigações
Evolução dos Indexantes
Taxa de Rendimento de Obrigações do Tesouro
MERCADOS DE ACÇÕES
Indicadores dos Mercados Internacionais de Acções I
Indicadores dos Mercados Internacionais de Acções II
COMMODITIES
Índices CRB de Preços de Futuros de Commodities
40
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Janeiro e Fevereiro de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Janeiro e Fevereiro de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Janeiro e Fevereiro de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Janeiro e Fevereiro de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Janeiro e Fevereiro de 2014*
Janeiro 2014Janeiro 2014Janeiro 2014Janeiro 2014Janeiro 2014EUA 8 Fed divulga actas da reunião de 17/18 de DezembroReino Unido 9 Decisão de política monetária do Banco de InglaterraUEM 9 Decisão de política monetária do BCEJapão 22 Decisão de política monetária do Banco do JapãoMundo 22 Reunião do Fórum Económico Mundial em Davos, SuíçaUEM 27 Reunião dos ministros das finanças da Zona Euro (Eurogrupo)EUA 29 Decisão de política monetária do FOMC
Fevereiro 2014Fevereiro 2014Fevereiro 2014Fevereiro 2014Fevereiro 2014Reino Unido 6 Decisão de política monetária do Banco de InglaterraUEM 6 Decisão de política monetária do BCEJapão 18 Decisão de política monetária do Banco do JapãoEUA 19 Fed divulga actas da reunião de 28/29 de JaneiroNotas: (*) - Este calendário não pretende conter uma enumeração exaustiva de todos os acontecimentos futuros na Europa, Japão e América do Norte, mas sim listar alguns dos eventos que possam ter
um impacto significativo nos mercados financeiros.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
41
Indi
cado
res
de C
onju
ntur
a E
conó
mic
a em
Por
tuga
lIn
dica
dore
s de
Con
junt
ura
Eco
nóm
ica
em P
ortu
gal
Indi
cado
res
de C
onju
ntur
a E
conó
mic
a em
Por
tuga
lIn
dica
dore
s de
Con
junt
ura
Eco
nóm
ica
em P
ortu
gal
Indi
cado
res
de C
onju
ntur
a E
conó
mic
a em
Por
tuga
l
2009
2009
2009
2009
2009
2010
2010
2010
2010
2010
2011
2011
2011
2011
2011
2012
2012
2012
2012
2012
2013
2013
2013
2013
2013 Mar
Mar
Mar
Mar
Mar
.... .Ab
rAb
rAb
rAb
rAb
r .... .M
ai.
Mai
.M
ai.
Mai
.M
ai.
Jun.
Jun.
Jun.
Jun.
Jun.
Jul.
Jul.
Jul.
Jul.
Jul.
Ago.
Ago.
Ago.
Ago.
Ago.
Set.
Set.
Set.
Set.
Set.
Out.
Out.
Out.
Out.
Out.
Nov
Nov
Nov
Nov
Nov .... .
Dez.
Dez.
Dez.
Dez.
Dez.
Cont
as N
acio
nais
(Bas
e 20
06)
Cont
as N
acio
nais
(Bas
e 20
06)
Cont
as N
acio
nais
(Bas
e 20
06)
Cont
as N
acio
nais
(Bas
e 20
06)
Cont
as N
acio
nais
(Bas
e 20
06)
PIB-
2.9%
1.9%
-1.3
%-3
.8%
-4.1
%-
--2
.0%
--
-1.0
%-
Cons
umo
priva
do-2
.4%
2.6%
-3.4
%-5
.1%
-3.9
%-
--2
.4%
--
-1.1
%-
Cons
umo
públ
ico4.
7%0.
1%-5
.0%
-4.0
%-3
.5%
--
-2.6
%-
--1
.4%
-In
vesti
men
to-1
3.3%
1.4%
-11.
1%-2
.4%
-16.
4%-
--5
.0%
--
-3.3
%-
Expo
rtaçõ
es-1
0.9%
10.2
%6.
9%0.
2%0.
7%-
-7.
4%-
-6.
6%-
Impo
rtaçõ
es-1
0.0%
8.0%
-5.3
%-1
.6%
-4.4
%-
-5.
2%-
-5.
1%-
Preç
os e
sal
ário
sPr
eços
e s
alár
ios
Preç
os e
sal
ário
sPr
eços
e s
alár
ios
Preç
os e
sal
ário
sTa
xa d
e in
flaçã
o m
édia
(%)
-0.8
1.4
3.7
2.8
2.0
1.7
1.6
1.4
1.3
1.0
0.8
0.6
0.4
-Ta
xa d
e in
flaçã
o ho
mólog
a (%
)-0
.12.
53.
61.
90.
50.
20.
71.
00.
80.
20.
1-0
.3-0
.2-
Taxa
de
infla
ção
harm
oniza
da (%
)-0
.12.
43.
52.
10.
70.
40.
91.
20.
80.
20.
30.
00.
1-
Infla
ção
de b
ens (
taxa
har
moni
zada
)-0
.93.
44.
31.
2-0
.1-0
.20.
70.
90.
5-0
.4-0
.1-0
.6-0
.2-
Infla
ção
de se
rviço
s (ta
xa h
armo
niza
da)
1.0
1.1
2.3
3.4
1.7
1.2
1.4
1.5
1.1
0.9
0.8
0.8
0.5
-Va
riaçã
o de
salár
ios se
ctor
priv
ado
(tvh;
%)(1
), (2
)(1
), (2
)(1
), (2
)(1
), (2
)(1
), (2
)3.
53.
01.
5-0
.6-
-3.
22.
72.
32.
12.
01.
9-
-Ní
vel d
e ac
tivid
ade
Níve
l de
activ
idad
eNí
vel d
e ac
tivid
ade
Níve
l de
activ
idad
eNí
vel d
e ac
tivid
ade
Indi
cado
r coin
ciden
te d
o Bd
P (tv
h)-1
.80
1.30
-1.7
0-2
.2-2
.1-2
-2.1
-1.9
-1.6
-1.2
-0.6
00
0.5
0.8
Índi
ce d
e pr
oduç
ão in
dustr
ial (t
vh)
--
-8.0
-4.0
-1.4
3.4
1.4
1.4
-2.8
-3.0
1.4
3.3
2.9
-Ín
dice
de
conf
iança
na
indú
stria
-16.
5-8
.4-2
1.5
-17.
8-1
7.4
-17.
8-1
5.5
-15.
9-1
7.0
-14.
0-1
3.2
-12.
8-1
0.3
-7.4
índi
ce d
e co
nfian
ça d
os c
onsu
mido
res
-33
-49
-57
-57
-56
-54
-55
-53
-52
-48
-44
-42
-39
-36
Índi
ce d
e co
nfian
ça n
o se
ctor
da
cons
truçã
o-5
0-4
9-6
3-6
7-6
5-6
0-6
4-6
3-6
3-5
7-5
4-4
9-4
8-4
9Ín
dice
de
conf
iança
no
comé
rcio
a re
talh
o-8
-9-2
7-2
4-2
0-1
8-1
5-1
6-1
3-1
2-1
1-7
-51
Vend
as a
reta
lho
(tvh)
--
-10
-8-5
-1-3
-2-1
0-1
04
-Ve
ndas
de
auto
móve
is (tv
h)-1
7.9
61.9
-60.
0-4
3.6
-0.3
-4.4
-5.7
17.6
17.2
13.0
15.9
22.8
23.1
-Ve
ndas
de
cimen
to (t
vh)
-15.
6-7
.0-1
5.6
-37.
3-3
5.7
-44.
6-2
1.5
-18.
7-2
2.8
-15.
2-1
8.4
-10.
1-1
6.5
-11.
3Do
rmid
as n
o se
ctor
da
hote
laria
(tvh)
-1.3
-7.1
5.5
0.9
0.5
11.1
-4.5
11.1
7.6
3.8
5.4
5.1
6.3
-Ta
xa d
e de
semp
rego
(%)
9.5
10.8
12.7
16.9
--
--
-Ex
terio
rEx
terio
rEx
terio
rEx
terio
rEx
terio
rBa
lança
cor
rent
e (yt
d; M
.E.)
-18,
402
-18,
292
-12,
006
-3,3
32-1
55-3
3-4
98-7
643
01,
036
958
968
--
Bens
e se
rviço
s (ytd
; M.E
.)-1
9,64
8-2
0,29
2-1
5,48
7-1
0,92
0-1
,978
-2,7
25-3
,368
-4,0
30-4
,853
-5,7
61-6
,692
-7,7
89-8
,381
-Ex
porta
ções
merc
ador
ias (y
td; v
ar.%
)-1
816
15-
-0
44
34
34
--
Impo
rtaçõ
es m
ercad
orias
(ytd
; var.
%)
-18.
110
.51.
0-
--7
.2-3
.4-3
.2-2
.40.
4-0
.40.
3-
-Ba
lança
fina
nceir
a (M
.E.-
ytd)
1748
6.0
1557
5.4
9765
.6-1
786.
6-
--
--
--
-408
0.4
--
Inve
stime
nto
dire
cto
em
Port.
(M.E
. - yt
d)1,
948
1,99
88,
021
6,93
9-
--
--
--
1,55
4-
-In
vesti
ment
o di
rect
o d
e Po
rt. n
o ex
terio
r (M.
E.- y
td)
-588
5,65
8-1
0,72
2-1
,490
--
--
--
-554
--
Outro
inve
stime
nto
em P
ortu
gal (
M.E.
- ytd
) (3)
2,00
225
,535
14,0
4215
,636
--
--
--
--1
0,29
9-
-Ou
tro in
vesti
ment
o de
Por
tuga
l no
exte
rior (
M.E
- ytd
) (3)
(3)
(3)
(3)
(3)
837
-7,3
191,
325
-1,9
08-
--
--
--
11,6
11-
-Fi
nanç
as p
úblic
asFi
nanç
as p
úblic
asFi
nanç
as p
úblic
asFi
nanç
as p
úblic
asFi
nanç
as p
úblic
asFi
nanc
iamen
to d
as a
dmin
istra
ções
púb
licas
(ytd
; M.E
.)16
,577
17,2
356,
692
5,61
375
31,
378
1,37
73,
336
4,59
13,
939
4,07
96,
157
--
Font
es:D
ados
comp
ilado
s pelo
BPI
a pa
rtir d
e pub
licaç
ões d
o Ban
co de
Port
ugal,
INE
e DGI
.No
tas:
Notas
: tvh
: tax
a de v
ariaç
ão ho
mólog
a(1
)(1
)(1
)(1
)(1
) - 20
06 a
2008
- tv
anua
l; res
tantes
-tvh
(2)
(2)
(2)
(2)
(2) - V
ariaç
ão da
s rem
unera
ções
decla
radas
à Se
guran
ça S
ocial
, exc
luind
o as e
ntida
des e
mpreg
adora
s do s
ector
banc
ário
(3)
(3)
(3)
(3)
(3) -E
xclui
ndo i
nves
timen
to de
carte
ira e
deriv
ados
fina
nceir
os.
42
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
Indi
cado
res
de C
onju
ntur
a E
conó
mic
a In
tern
acio
nal
IIn
dica
dore
s de
Con
junt
ura
Eco
nóm
ica
Inte
rnac
iona
l I
Indi
cado
res
de C
onju
ntur
a E
conó
mic
a In
tern
acio
nal
IIn
dica
dore
s de
Con
junt
ura
Eco
nóm
ica
Inte
rnac
iona
l I
Indi
cado
res
de C
onju
ntur
a E
conó
mic
a In
tern
acio
nal
I
2009
2009
2009
2009
2009
2010
2010
2010
2010
2010
2011
2011
2011
2011
2011
2012
2012
2012
2012
2012
2013
2013
2013
2013
2013 Mar
Mar
Mar
Mar
Mar
.... .Ab
rAb
rAb
rAb
rAb
r .... .M
ai.
Mai
.M
ai.
Mai
.M
ai.
Jun.
Jun.
Jun.
Jun.
Jun.
Jul.
Jul.
Jul.
Jul.
Jul.
Ago.
Ago.
Ago.
Ago.
Ago.
Set.
Set.
Set.
Set.
Set.
Out.
Out.
Out.
Out.
Out.
Nov
Nov
Nov
Nov
Nov .... .
Dez.
Dez.
Dez.
Dez.
Dez.
Mat
éria
s Pr
imas
Mat
éria
s Pr
imas
Mat
éria
s Pr
imas
Mat
éria
s Pr
imas
Mat
éria
s Pr
imas
Preç
o do
pet
róleo
(USD
/Bar
ril B
rent
)77
.294
.310
7.58
111.
9410
9.27
101.
8110
0.03
102.
1610
8.66
116.
1710
9.22
108.
8911
0.57
110.
82Ín
dice
preç
os d
e ma
téria
s prim
as -
USD
(t.v.h
.)41
.533
.5-1
8.3
-0.2
-9.7
-6.8
-3.2
-5.5
-16.
5-1
3.4
-15.
9-1
1.7
-12.
1-1
1.2
Cust
os la
bora
isCu
stos
labo
rais
Cust
os la
bora
isCu
stos
labo
rais
Cust
os la
bora
isEU
A-4
.0-0
.30.
54.
41.
6-
-2.
0-
-2.
1-
--
Zona
Eur
o1.
81.
52.
21.
61.
9-
-1.
1-
-1.
0-
--
Japã
o-6
.00.
00.
0-1
.7-0
.90.
0-0
.10.
6-0
.1-0
.9-0
.2-0
.10.
5-
TTTT T axa
s de
jur
axas
de
jur
axas
de
jur
axas
de
jur
axas
de
jur o
de
cur
o de
cur
o de
cur
o de
cur
o de
cur
to p
razo
to p
razo
to p
razo
to p
razo
to p
razo
EUA
0.25
0.30
0.58
0.31
0.28
0.27
0.28
0.27
0.27
0.26
0.25
0.24
0.24
0.25
Zona
Eur
o0.
660.
941.
290.
130.
130.
120.
120.
150.
150.
150.
160.
180.
190.
27Ja
pão
0.28
0.19
0.20
0.18
0.16
0.16
0.15
0.16
0.16
0.15
0.15
0.14
0.14
0.15
TTTT T axa
s de
jur
axas
de
jur
axas
de
jur
axas
de
jur
axas
de
jur o
de
longo
pra
zoo
de lo
ngo
praz
oo
de lo
ngo
praz
oo
de lo
ngo
praz
oo
de lo
ngo
praz
oEU
A3.
843.
291.
881.
761.
851.
672.
132.
492.
582.
782.
612.
552.
743.
03Al
eman
ha3.
392.
961.
831.
321.
291.
221.
511.
731.
671.
861.
781.
671.
691.
93Ja
pão
1.30
1.13
0.99
0.79
0.55
0.61
0.86
0.85
0.80
0.72
0.69
0.60
0.61
0.74
TTTT T axa
s de
câm
bio
efec
tivas
axas
de
câm
bio
efec
tivas
axas
de
câm
bio
efec
tivas
axas
de
câm
bio
efec
tivas
axas
de
câm
bio
efec
tivas
EUA
(+ va
loriza
ção;-
depr
eciaç
ão)
-6.8
-1.4
0.7
-1.4
2.1
1.4
0.1
-0.5
0.5
1.3
2.7
2.0
2.2
-Zo
na E
uro
-0.6
-8.2
-2.1
-0.4
-1.1
1.2
4.2
4.5
8.0
5.9
5.1
5.2
5.5
4.9
Japã
o-4
.911
.15.
8-1
2.8
-12.
0-1
7.5
-23.
4-2
0.3
-21.
5-2
0.4
-21.
2-1
9.7
-19.
5-1
7.5
Preç
os n
o pr
odut
orPr
eços
no
prod
utor
Preç
os n
o pr
odut
orPr
eços
no
prod
utor
Preç
os n
o pr
odut
orEU
A4.
33.
84.
71.
41.
10.
51.
62.
32.
11.
40.
30.
30.
7-
Zona
Eur
o-3
.05.
14.
42.
20.
5-0
.3-0
.30.
10.
0-0
.9-0
.9-1
.3-1
.2-
Japã
o-3
.81.
20.
8-0
.7-0
.50.
10.
61.
22.
22.
32.
22.
52.
7-
Preç
os n
o co
nsum
idor
Preç
os n
o co
nsum
idor
Preç
os n
o co
nsum
idor
Preç
os n
o co
nsum
idor
Preç
os n
o co
nsum
idor
EUA
2.7
1.5
31.
71.
51.
11.
41.
82.
01.
51.
21.
01.
2-
Zona
Eur
o0.
92.
22.
72.
21.
71.
21.
41.
61.
61.
31.
10.
70.
90.
8Ja
pão
-1.7
0.0
-0.2
-0.1
-0.9
-0.7
-0.3
0.2
0.7
0.9
1.1
1.1
1.5
-M
assa
mon
etár
iaM
assa
mon
etár
iaM
assa
mon
etár
iaM
assa
mon
etár
iaM
assa
mon
etár
iaEU
A (M
2)3.
73.
59.
88.
17.
17.
27.
06.
86.
96.
76.
46.
86.
1-
Zona
Eur
o (M
3)-0
.31.
11.
63.
52.
53.
22.
92.
42.
22.
32.
01.
41.
5-
Japã
o (M
2)3.
12.
33.
22.
63.
13.
23.
53.
83.
73.
83.
94.
14.
3-
Font
es: I
EA m
arke
t rep
ort, E
cono
mist,
UE,
FMI
, OCD
E, B
dP, M
erryl
Lync
h, B
loomb
erg.
Nota
s: ta
xas d
e va
riaçã
o ho
mólog
a, ex
cept
o qu
ando
indi
cado
o c
ontrá
rio.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
43
IIII I ndi
cado
res
de C
onju
ntur
a E
conó
mic
a In
tern
acio
nal
IInd
icad
ores
de
Con
junt
ura
Eco
nóm
ica
Inte
rnac
iona
l II
ndic
ador
es d
e C
onju
ntur
a E
conó
mic
a In
tern
acio
nal
IInd
icad
ores
de
Con
junt
ura
Eco
nóm
ica
Inte
rnac
iona
l II
ndic
ador
es d
e C
onju
ntur
a E
conó
mic
a In
tern
acio
nal
II
2009
2009
2009
2009
2009
2010
2010
2010
2010
2010
2011
2011
2011
2011
2011
2012
2012
2012
2012
2012
2013
2013
2013
2013
2013 Mar
Mar
Mar
Mar
Mar
.... .Ab
rAb
rAb
rAb
rAb
r .... .M
ai.
Mai
.M
ai.
Mai
.M
ai.
Jun.
Jun.
Jun.
Jun.
Jun.
Jul.
Jul.
Jul.
Jul.
Jul.
Ago.
Ago.
Ago.
Ago.
Ago.
Set.
Set.
Set.
Set.
Set.
Out.
Out.
Out.
Out.
Out.
Nov
Nov
Nov
Nov
Nov .... .
Dez.
Dez.
Dez.
Dez.
Dez.
Cres
cim
ento
do
Prod
uto
Cres
cim
ento
do
Prod
uto
Cres
cim
ento
do
Prod
uto
Cres
cim
ento
do
Prod
uto
Cres
cim
ento
do
Prod
uto
EUA
(anu
aliza
do)
-2.8
2.5
1.8
0.1
1.1
--
2.5
--
4.1
--
-Zo
na E
uro
(q/q
)-4
.41.
91.
6-0
.5-0
.2-
-0.
3-
-0.
1-
--
Japã
o (q
/q)
-5.5
4.7
-0.5
0.1
1.1
--
0.9
--
0.3
--
-De
sem
preg
oDe
sem
preg
oDe
sem
preg
oDe
sem
preg
oDe
sem
preg
oEU
A9.
39.
68.
97.
97.
57.
57.
57.
57.
37.
27.
27.
27.
06.
7Zo
na E
uro
9.6
10.1
10.2
11.9
12.0
12.1
12.1
12.1
12.1
12.1
12.1
12.1
12.1
-Ja
pão
5.0
5.1
4.4
4.3
4.1
4.1
4.1
3.9
3.8
4.1
4.0
4.0
4.0
-Co
nfia
nça
das
Empr
esas
Conf
ianç
a da
s Em
pres
asCo
nfia
nça
das
Empr
esas
Conf
ianç
a da
s Em
pres
asCo
nfia
nça
das
Empr
esas
EUA
- Ín
dice
de
conf
iança
PME
8893
9488
9092
9494
9494
9492
93-
Zona
Eur
o - Í
ndice
do
Euro
stat (
manu
fact
uras
)-1
65
-7-1
4-1
2-1
4-1
3-1
1-1
1-8
-7-5
-4-3
Japã
o - Í
ndice
Tank
an (g
lobal)
-19
-10
3-
--
--
--
--
-Co
nfia
nça
dos
Cons
umid
ores
Conf
ianç
a do
s Co
nsum
idor
esCo
nfia
nça
dos
Cons
umid
ores
Conf
ianç
a do
s Co
nsum
idor
esCo
nfia
nça
dos
Cons
umid
ores
EUA
-Índ
ice d
a Un
iversi
dade
de
Mich
igan
72.5
74.5
69.9
72.9
78.6
76.4
84.5
84.1
85.1
82.1
77.5
73.2
75.1
82.5
Índi
ce d
o Co
nfer
ence
Boa
rd53
.663
.464
.866
.761
.969
.074
.382
.181
.081
.880
.272
.472
.078
.1Zo
na E
uro
- Índ
ice d
o Eu
rosta
t-1
6-1
1-2
1-2
6-2
4-2
2-2
2-1
9-1
7-1
6-1
5-1
5-1
5-1
4Ja
pão
- Índ
ice d
o ES
RI37
.640
.138
.139
.045
.044
.546
.044
.644
.043
.445
.741
.241
.9-
Indi
cado
r A
Indi
cado
r A
Indi
cado
r A
Indi
cado
r A
Indi
cado
r A v
ança
do d
a OC
DEva
nçad
o da
OCD
Eva
nçad
o da
OCD
Eva
nçad
o da
OCD
Eva
nçad
o da
OCD
EEU
A99
.510
1.9
102.
910
5.0
105.
810
6.0
106.
310
6.5
106.
710
6.8
106.
9-
--
Zona
Eur
o10
0.7
102.
410
0.6
100.
010
0.4
100.
610
0.7
100.
910
1.1
101.
310
1.5
--
-Ja
pão
98.9
100.
210
0.7
101.
210
2.0
102.
310
2.6
102.
810
2.9
103.
110
3.4
--
-In
dica
dor
da A
ctivi
dade
Ind
ustri
alIn
dica
dor
da A
ctivi
dade
Ind
ustri
alIn
dica
dor
da A
ctivi
dade
Ind
ustri
alIn
dica
dor
da A
ctivi
dade
Ind
ustri
alIn
dica
dor
da A
ctivi
dade
Ind
ustri
alEU
A - I
SM m
anuf
actu
ras
55.3
57.3
52.9
50.2
51.3
50.7
49.0
50.9
55.4
55.7
56.2
56.4
57.3
57.0
PMI m
anuf
actu
ras
51.6
57.1
46.9
46.1
46.8
46.7
48.3
48.8
50.3
51.4
51.1
51.3
51.6
52.7
Japã
o - Í
ndice
de
activ
idad
e in
dustr
ial (s
a)93
.696
.697
.596
.496
.596
.697
.796
.997
.397
.698
.197
.9-
-PrPrPrPr Pr
oduç
ão I
ndus
trial
(t.v
oduç
ão I
ndus
trial
(t.v
oduç
ão I
ndus
trial
(t.v
oduç
ão I
ndus
trial
(t.v
oduç
ão I
ndus
trial
(t.v
.h.)
.h.)
.h.)
.h.)
.h.)
EUA
-2.8
6.5
3.0
2.8
3.1
2.0
1.9
2.1
1.5
2.8
3.2
3.4
3.2
-Zo
na E
uro
-3.5
8.7
-1.4
-2.5
-1.8
-0.6
-1.9
-0.4
-2.0
-1.7
0.0
-0.1
--
Japã
o4.
25.
4-1
.8-7
.6-7
.2-3
.4-1
.1-4
.61.
8-0
.45.
15.
45.
0-
VVVV V end
as a
Ret
alho
(t.v
enda
s a
Reta
lho
(t.v
enda
s a
Reta
lho
(t.v
enda
s a
Reta
lho
(t.v
enda
s a
Reta
lho
(t.v .h
.).h
.).h
.).h
.).h
.)EU
A4.
56.
76.
25.
23.
23.
74.
46.
05.
74.
63.
54.
14.
7-
Zona
Eur
o-0
.6-0
.3-1
.1-2
.7-2
.3-0
.8-0
.2-1
.3-0
.7-0
.50.
10.
01.
5-
Japã
o-1
0.9
3.5
-0.8
-1.7
-1.3
-0.1
0.6
0.5
1.3
0.6
2.8
2.0
3.0
-Ba
lança
Com
ercia
l (m
il m
ilhõe
s m
oeda
loca
l; sa
ldo
acum
ulad
o úl
timos
12
mes
es)
Balan
ça C
omer
cial (
mil
milh
ões
moe
da lo
cal;
sald
o ac
umul
ado
últim
os 1
2 m
eses
)Ba
lança
Com
ercia
l (m
il m
ilhõe
s m
oeda
loca
l; sa
ldo
acum
ulad
o úl
timos
12
mes
es)
Balan
ça C
omer
cial (
mil
milh
ões
moe
da lo
cal;
sald
o ac
umul
ado
últim
os 1
2 m
eses
)Ba
lança
Com
ercia
l (m
il m
ilhõe
s m
oeda
loca
l; sa
ldo
acum
ulad
o úl
timos
12
mes
es)
EUA
-510
.6-6
50.2
-744
.1-7
41.5
-179
.5-2
38.1
-301
.2-3
55.2
-413
.2-4
71.4
-533
.8-5
92.7
-646
.6-
Zona
Eur
o14
.2-1
2.2
-17.
879
.710
6.6
117.
412
5.5
128.
513
3.1
135.
213
7.5
145.
1-
-Ja
pão
2,53
76,
733
-2,7
65-6
,875
-2,6
74-3
,387
-4,2
09-4
,876
-5,8
24-6
,664
-7,7
93-8
,880
-10,
226
-Fo
ntes
: Bloo
mber
g, Co
nfer
ence
Boa
rd, E
cono
mist,
ESR
I, Eu
rosta
t, OC
DE, R
eute
rs e
Unive
rsida
de d
e Mi
chiga
n.No
ta: o
s dad
os a
nuais
cor
resp
onde
m a
valor
es d
e fin
al do
per
íodo,
com
exce
pção
do
PIB
e de
semp
rego
(par
a 20
08, 2
009
e 20
10 sã
o da
dos m
édios
anu
ais).
44
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
Cotações no Mercado Cotações no Mercado Cotações no Mercado Cotações no Mercado Cotações no Mercado SpotSpotSpotSpotSpot
DADADADADATTTTTAAAAA EUR/USDEUR/USDEUR/USDEUR/USDEUR/USD EUR/JPYEUR/JPYEUR/JPYEUR/JPYEUR/JPY EUR/GBPEUR/GBPEUR/GBPEUR/GBPEUR/GBP EUR/CHFEUR/CHFEUR/CHFEUR/CHFEUR/CHF USD/JPYUSD/JPYUSD/JPYUSD/JPYUSD/JPY02-Dez-13 1.3536 139.16 0.8261 1.2321 102.8103-Dez-13 1.3578 139.31 0.8271 1.2287 102.6004-Dez-13 1.3592 139.31 0.8300 1.2268 102.4905-Dez-13 1.3594 138.73 0.8313 1.2262 102.0506-Dez-13 1.3661 139.63 0.8358 1.2231 102.2109-Dez-13 1.3722 141.33 0.8377 1.2231 103.0010-Dez-13 1.3750 141.35 0.8365 1.2214 102.8011-Dez-13 1.3767 141.22 0.8403 1.2219 102.5812-Dez-13 1.3775 141.51 0.8397 1.2211 102.7313-Dez-13 1.3727 141.93 0.8437 1.2226 103.3916-Dez-13 1.3776 141.87 0.8439 1.2212 102.9817-Dez-13 1.3749 141.61 0.8456 1.2206 103.0018-Dez-13 1.3749 141.61 0.8401 1.2211 103.0019-Dez-13 1.3667 142.55 0.8349 1.2261 104.3020-Dez-13 1.3655 142.66 0.8348 1.2263 104.4723-Dez-13 1.3702 142.38 0.8377 1.2257 103.9127-Dez-13 1.3814 145.02 0.8367 1.2234 104.9830-Dez-13 1.3783 145.02 0.8364 1.2259 105.2231-Dez-13 1.3791 144.72 0.8337 1.2276 104.94
VVVVVararararar. Mês %. Mês %. Mês %. Mês %. Mês % 1.88 4.00 0.93 -0.37 2.07VVVVVararararar. em 2013 %. em 2013 %. em 2013 %. em 2013 %. em 2013 % 3.99 25.43 2.42 1.54 20.62Média mensalMédia mensalMédia mensalMédia mensalMédia mensal 1.37 141.63 0.84 1.22 103.34Fonte: BPI, BCE.
Taxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EURO
Escudo (PTE) 200.482Peseta (ESP) 166.386Franco Francês (FRF) 6.55957Lira (ITL) 1936.27Marco Alemão (DEM) 1.95583Libra Irlandesa (IEP) 0.787564Markka Finlandesa (FIM) 5.94573Florim Holandês (NLG) 2.20371Xelim Austríaco (ATS) 13.7603Franco Belga (BEF) 40.3399Franco Luxemburguês (LUF) 40.3399Dracma Grega (GRD) 340.75Tolar Esloveno (SIT) 239.640Lira Maltesa (MTL) 0.429300Libra Cipriota (CYP) 0.585274Coroa Eslovaca (SKK) 30.1260EEK (Coroa estoniana) 15.6466LVL (Lats letão)* 0.702804Fonte: BCE.Nota: (*) Desde 01/01/2014.
MTC-IIMTC-IIMTC-IIMTC-IIMTC-II
Data deData deData deData deData de TTTTTaxa Centralaxa Centralaxa Centralaxa Centralaxa Central Bandas deBandas deBandas deBandas deBandas de BandaBandaBandaBandaBandaentradaentradaentradaentradaentrada face ao EUROface ao EUROface ao EUROface ao EUROface ao EURO VVVVVararararar. Nominal. Nominal. Nominal. Nominal. Nominal ActualActualActualActualActual
DKK (Coroa dinamarquesa) 01.01.1999 7.46038 +/-2.25% <1%LTL (Litas lituana) 28.06.2004 3.45280 +/-15% 0%Fonte: BCE.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
45
Taxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro Internacionais
31.Dez.13
O/NO/NO/NO/NO/N 1 Mês1 Mês1 Mês1 Mês1 Mês 3 Meses3 Meses3 Meses3 Meses3 Meses 6 Meses6 Meses6 Meses6 Meses6 Meses 1 Ano1 Ano1 Ano1 Ano1 AnoEUR 0.10% 0.19% 0.26% 0.35% 0.51%USD 0.10% 0.16% 0.24% 0.35% 0.58%JPY 0.07% 0.11% 0.15% 0.21% 0.37%GBP 0.46% 0.49% 0.53% 0.62% 0.91%CHF -0.01% -0.01% 0.02% 0.08% 0.21%Fonte: BPI, Reuters.Nota: Taxas de juro Libor para todas as moedas.
46
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
Indi
cado
res
do M
erca
do D
omés
tico
de
Obr
igaç
ões
Indi
cado
res
do M
erca
do D
omés
tico
de
Obr
igaç
ões
Indi
cado
res
do M
erca
do D
omés
tico
de
Obr
igaç
ões
Indi
cado
res
do M
erca
do D
omés
tico
de
Obr
igaç
ões
Indi
cado
res
do M
erca
do D
omés
tico
de
Obr
igaç
ões
2011
2011
2011
2011
2011
2012
2012
2012
2012
2012
2013
2013
2013
2013
2013 Mai
.M
ai.
Mai
.M
ai.
Mai
.Ju
n.Ju
n.Ju
n.Ju
n.Ju
n.Ju
l.Ju
l.Ju
l.Ju
l.Ju
l.Ag
o.Ag
o.Ag
o.Ag
o.Ag
o.Se
t.Se
t.Se
t.Se
t.Se
t.Ou
t.Ou
t.Ou
t.Ou
t.Ou
t.No
vNo
vNo
vNo
vNo
v .... .De
z.De
z.De
z.De
z.De
z.Va
lor de
Obr
igaçõ
es em
itida
s no m
ercad
o int
erno e
exter
no
Sald
o em
final
do m
ês (1
06 euros
)27
3,55
429
0,56
629
7,96
229
0,89
928
9,57
428
6,92
628
3,95
428
4,68
8-
-
Emi
ssõe
s líqu
idas (
106 eu
ros)
14,5
61-1
,413
2,35
4-3
,274
-861
-1,1
43-3
,008
-2,2
22-
-Va
lor de
Obr
igaçõ
es do
Teso
uro e
mitid
as
Emi
ssõe
s bru
tas O
T's (1
06 euros
) 1 1 1 1 10
03,
000
00
00
00
-
Emi
ssõe
s bru
tas B
T's (1
06 euros
) 1111 198
650
02,
282
2,26
71,
622
1,02
91,
351
2,24
51,
666
-
Emi
ssõe
s líqu
idas (
106 eu
ros) 2222 2
-12,
866
-1,4
862,
804
289
-447
842
-4,2
57-1
15-
-Va
lor O
brig.
emiti
das p
or Em
pres
as (
106 eu
ros)
--
--
S
aldo e
m fin
al do
mês
(106 eu
ros)
41,1
8542
,529
44,4
1344
,065
44,4
2044
,283
45,1
6443
,356
--
E
miss
ões l
íquida
s (10
6 euros
) 3333 32,
437
345
987
-329
370
-185
931
-1,8
13-
-Va
lor O
brig.
emiti
das p
or In
stitu
ições
Fina
nceir
as (
106 eu
ros)
--
--
S
aldo e
m fin
al do
mês
(106 eu
ros)
96,1
5497
,952
92,1
7088
,778
88,9
5287
,314
86,2
7186
,121
--
E
miss
ões l
íquida
s (10
6 euros
) 3333 313
,557
258
-2,5
76-3
,397
180
-1,6
69-1
,153
-134
--
--
Dívid
a Púb
lica T
ransa
ccion
ável
em eu
ros -
Saldo
Vivo
(106 eu
ros)
119,
564
113,
641
120,
176
120,
458
120,
010
120,
845
116,
588
116,
501
116,
569
-BT
's12
,461
17,7
7719
,607
19,9
9019
,654
20,6
8222
,033
21,9
1022
,152
-OT
's10
3,94
093
,626
99,0
4398
,942
98,7
8298
,594
92,9
6292
,962
92,7
94-
Outra
s obr
igaçõ
es51
5151
5151
5151
5151
-Ou
tros T
ítulos
(ECP
, MTN
's, et
c)3,
112
2,18
71,
475
1,47
51,
523
1,51
81,
542
1,57
81,
572
-Ca
pitali
zaçã
o Bols
ista d
e Dívi
da D
iversa
(106
euros
)5,
504
6,86
17,
732
7,83
5-
7,15
66,
343
6,26
29,
915
9,15
2-
-Va
lor de
Obr
ig. na
poss
e de n
ão re
siden
tes 4444 4
52,9
1160
,674
-65
,366
--
57,3
01-
--
Stoc
k em
fim de
perío
do/C
apita
lizaç
ão B
olsist
a1.
00.
8-
0.7
--
0.7
--
-
Trans
acçõ
es de
Obr
igaçõ
es do
Teso
uro n
o MED
IP. 5555 5 (
média
diári
a) (1
06 euros
)6
1038
4735
1121
2631
23Fo
nte:
BPI
, Ba
nco
de P
ortu
gal,
BVLP
,IGCP
.No
tas:
1.1.1.1. 1.In
clui a
pena
s emi
ssõe
s em
merc
ado
inte
rno
de T
ítulos
de
Dívid
a Tra
nsac
cioná
veis
- BT's
, OT's
.2.2.2.2. 2.
Inclu
i emi
ssõe
s no
merc
ado
inte
rno
e ex
tern
o pe
la Ad
mini
straç
ão C
entra
l; in
clui c
ertif
icado
s de
afor
ro.
3.3.3.3. 3.In
clui e
miss
ões n
o me
rcad
o in
tern
o e
exte
rno;
inclu
i títu
los d
e pa
rticip
ação
.4.4.4.4. 4.
Inclu
i ape
nas D
ívida
Púb
lica
emiti
da n
o me
rcad
o in
tern
o e
o va
lor e
ncon
tra-se
exp
ress
o em
milh
ões d
e eu
ros.
5.5.5.5. 5.ME
DIP:
Mer
cado
Esp
ecial
de
Dívid
a Pú
blica
, a fu
ncion
ar d
esde
24.
07.0
0 (in
clui E
uroM
TS).
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
47
Evolução dos IndexantesEvolução dos IndexantesEvolução dos IndexantesEvolução dos IndexantesEvolução dos Indexantes
TTTTTAXAAXAAXAAXAAXA EURIBOR (ACT/360)EURIBOR (ACT/360)EURIBOR (ACT/360)EURIBOR (ACT/360)EURIBOR (ACT/360) LIBOR / EUROLIBOR / EUROLIBOR / EUROLIBOR / EUROLIBOR / EURODADADADADATTTTTASASASASAS EONIAEONIAEONIAEONIAEONIA EQUIVEQUIVEQUIVEQUIVEQUIV. . . . . (1)(1)(1)(1)(1) TBA TBA TBA TBA TBA (2)(2)(2)(2)(2) 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 2 meses2 meses2 meses2 meses2 meses 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 9 meses9 meses9 meses9 meses9 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses
02-Dez-13 0.11 0.25 0.234 0.1700 0.1990 0.2360 0.3310 0.4220 0.5020 0.1371 0.1929 0.2764 0.453603-Dez-13 0.12 0.25 0.233 0.1750 0.2020 0.2390 0.3320 0.4230 0.5030 0.1400 0.1986 0.2814 0.457904-Dez-13 0.13 0.25 0.233 0.1800 0.2030 0.2390 0.3340 0.4250 0.5040 0.1450 0.2007 0.2850 0.459305-Dez-13 0.13 0.25 0.233 0.1830 0.2050 0.2400 0.3340 0.4290 0.5070 0.1479 0.2021 0.2864 0.462406-Dez-13 0.13 0.25 0.232 0.1910 0.2130 0.2480 0.3450 0.4390 0.5190 0.1593 0.2143 0.3006 0.478109-Dez-13 0.13 0.25 0.232 0.2000 0.2210 0.2550 0.3530 0.4480 0.5270 0.1700 0.2243 0.3091 0.487410-Dez-13 0.13 0.25 0.233 0.2070 0.2280 0.2600 0.3600 0.4540 0.5330 0.1764 0.2343 0.3177 0.498111-Dez-13 0.14 0.25 0.234 0.2120 0.2330 0.2670 0.3660 0.4590 0.5400 0.1807 0.2436 0.3263 0.503112-Dez-13 0.14 0.25 0.236 0.2190 0.2420 0.2770 0.3740 0.4700 0.5490 0.1864 0.2529 0.3341 0.513913-Dez-13 0.15 0.25 0.239 0.2250 0.2500 0.2820 0.3800 0.4770 0.5560 0.1893 0.2557 0.3413 0.518916-Dez-13 0.18 0.25 0.241 0.2340 0.2600 0.2900 0.3870 0.4840 0.5630 0.1993 0.2621 0.3499 0.525317-Dez-13 0.21 0.25 0.244 0.2430 0.2680 0.2980 0.3930 0.4900 0.5670 0.2150 0.2743 0.3634 0.536718-Dez-13 0.18 0.25 0.248 0.2450 0.2690 0.2980 0.3930 0.4870 0.5650 0.2136 0.2771 0.3629 0.528919-Dez-13 0.16 0.25 0.252 0.2360 0.2650 0.2930 0.3870 0.4810 0.5580 0.2071 0.2714 0.3586 0.524620-Dez-13 0.16 0.25 0.255 0.2320 0.2650 0.2920 0.3880 0.4820 0.5590 0.2064 0.2714 0.3599 0.524623-Dez-13 0.16 0.25 0.259 0.2320 0.2670 0.2940 0.3920 0.4860 0.5620 0.2071 0.2721 0.3613 0.527424-Dez-13 0.17 0.25 0.262 0.2320 0.2680 0.2940 0.3920 0.4850 0.5600 0.2086 0.2721 0.3613 0.528927-Dez-13 0.19 0.25 0.262 0.2340 0.2680 0.2930 0.3920 0.4850 0.5620 0.2171 0.2736 0.3613 0.528930-Dez-13 0.22 0.25 0.269 0.2210 0.2580 0.2880 0.3890 0.4810 0.5580 0.2036 0.2679 0.3557 0.522431-Dez-13 0.45 0.25 0.272 0.2160 0.2550 0.2870 0.3890 0.4800 0.5560 0.2014 0.2657 0.3529 0.5189Fonte: BPI, Reuters, IGCP, BdP.Nota: Desde o início de Agosto, o IGCP decidiu suspender a divulgação das taxas TRO e TD3.
1) Ex-taxa de desconto do BP. De acordo com a Portaria nº 1227/2001, esta taxa passa a ser igual à taxa mínima de proposta aplicável às operações principais de refinanciamento pelo BCE.(2) Desde 1/2/99 a TBA passou a ser fixada segundo a seguinte fórmula: 0.52xL3 + 0.47xL12 - 0.12, em que L3 e L12 representam as médias móveis das últimas 20 observações da Lisbor a3 e 12 meses, respectivamente, terminadas no penúltimo dia útil ao dia a que se refere o cálculo.
48
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
Taxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do Tesouro10.Jan.1410.Jan.1410.Jan.1410.Jan.1410.Jan.14
Admitidas a negoc.Admitidas a negoc.Admitidas a negoc.Admitidas a negoc.Admitidas a negoc. VVVVVidaidaidaidaida ModifiedModifiedModifiedModifiedModifiedTítuloTítuloTítuloTítuloTítulo MaturidadeMaturidadeMaturidadeMaturidadeMaturidade (10(10(10(10(1033333 EUR) EUR) EUR) EUR) EUR) AnosAnosAnosAnosAnos MesesMesesMesesMesesMeses CupãoCupãoCupãoCupãoCupão PreçoPreçoPreçoPreçoPreço DurationDurationDurationDurationDuration YTMYTMYTMYTMYTMObrig. do TObrig. do TObrig. do TObrig. do TObrig. do TesouresouresouresouresouroooooOTs 10 Anos 03 2014-06-16 4,938,000.00 0 6 4.375% 101.15 0.51 1.551%OTs 5 Anos 09 2014-10-15 6,170,000.00 0 10 3.600% 101.47 0.83 1.603%OTs 10 Anos 05 2015-10-15 9,242,000.00 1 10 3.350% 102.12 1.78 2.098%OTs 5 Anos 11 2016-02-15 3,500,000.00 2 2 6.400% 107.29 1.96 2.750%OTs 10 Anos 06 2016-10-15 6,185,000.00 2 10 4.200% 103.45 2.65 2.872%OTs 10 Anos 07 2017-10-15 11,258,000.00 3 10 4.350% 102.44 3.48 3.639%Ots 10 Anos 08 2018-06-15 10,853,000.00 4 6 4.450% 101.55 3.95 4.054%Ots 10 Anos 09 2019-06-14 10,990,000.00 5 6 4.750% 100.64 4.66 4.608%Ots 10 Anos 10 2020-06-15 8,551,000.00 6 6 4.800% 99.68 5.36 4.855%OTs 15 Anos 05 2021-04-15 7,510,000.00 7 4 3.850% 92.17 6.02 5.170%OTs 15 Anos 08 2023-10-25 7,228,000.00 9 10 4.950% 96.82 7.55 5.374%Ots 10 Anos 13 2024-02-05 3,000,000.00 10 1 5.650% 100.93 7.25 5.527%OTs 30 Anos 06 2037-04-15 6,972,633.00 23 4 4.100% 76.85 13.00 5.964%Fonte: BPI, IGCP, Reuters.Nota: O YTM é uma taxa anual.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
49
Indi
cado
res
dos
Mer
cado
s In
tern
acio
nais
de
Acç
ões
IIn
dica
dore
s do
s M
erca
dos
Inte
rnac
iona
is d
e A
cçõe
s I
Indi
cado
res
dos
Mer
cado
s In
tern
acio
nais
de
Acç
ões
IIn
dica
dore
s do
s M
erca
dos
Inte
rnac
iona
is d
e A
cçõe
s I
Indi
cado
res
dos
Mer
cado
s In
tern
acio
nais
de
Acç
ões
I
VVVV V arararar ar . %
face
Mín.
. % fa
ce M
ín.. %
face
Mín.
. % fa
ce M
ín.. %
face
Mín.
VVVV V arararar ar . %
face
Máx
.. %
face
Máx
.. %
face
Máx
.. %
face
Máx
.. %
face
Máx
.In
d. G
eral
Ind.
Ger
alIn
d. G
eral
Ind.
Ger
alIn
d. G
eral
31.D
ez.1
331
.Dez
.13
31.D
ez.1
331
.Dez
.13
31.D
ez.1
3VVVV V a
rararar ar . %
1m
. % 1
m. %
1m
. % 1
m. %
1m
VVVV V arararar ar. %
6m
. % 6
m. %
6m
. % 6
m. %
6m
VVVV V arararar ar. %
Ytd
. % Y
td. %
Ytd
. % Y
td. %
Ytd
52 s
em.
52 s
em.
52 s
em.
52 s
em.
52 s
em.
Data
Mín
. 52s
em.
Data
Mín
. 52s
em.
Data
Mín
. 52s
em.
Data
Mín
. 52s
em.
Data
Mín
. 52s
em.
52se
m.
52se
m.
52se
m.
52se
m.
52se
m.
Data
Máx
. 52s
em.
Data
Máx
. 52s
em.
Data
Máx
. 52s
em.
Data
Máx
. 52s
em.
Data
Máx
. 52s
em.
VVVV V arararar ar. %
1an
o. %
1an
o. %
1an
o. %
1an
o. %
1an
o P
ER E
stim
. P
ER E
stim
. P
ER E
stim
. P
ER E
stim
. P
ER E
stim
.DJ
EUR
O ST
OXX
503,
059.
92.
019
.6-1
.123
.220
13-0
6-24
-1.7
2014
-01-
0213
.812
.7DJ
EUR
O ST
OXX
310.
42.
419
.4-0
.723
.220
13-0
6-24
-1.2
2014
-01-
0216
.813
.5DJ
EUR
OPE
STOX
X 50
2,89
3.3
1.8
11.7
-0.6
15.8
2013
-06-
24-1
.020
13-1
1-07
9.9
12.7
DJ E
UROP
E ST
OXX
325.
82.
614
.7-0
.319
.020
13-0
6-24
-0.6
2014
-01-
0214
.113
.7MS
CI E
UROP
E1,
354.
90.
611
.9-0
.8n.
a.20
13-0
6-24
n.a.
2013
-12-
2714
.8n.
a.BB
G EU
ROPE
AN IN
TERN
ET96
.24.
428
.72.
246
.820
13-0
1-23
-0.0
2014
-01-
0344
.323
.5BB
G US
INTE
RNET
90.1
4.8
19.8
-0.7
41.0
2013
-01-
03-0
.720
13-1
2-31
40.6
22.5
FTSE
100
6,71
7.9
3.1
8.1
-0.2
11.9
2013
-01-
03-2
.120
13-0
5-22
11.4
12.9
DAX
9,40
0.0
2.3
20.5
-1.2
27.2
2013
-04-
19-2
.020
14-0
1-02
21.6
13.0
CAC
404,
227.
31.
814
.7-1
.118
.820
13-0
6-24
-2.5
2013
-11-
0714
.112
.7PS
I-20
6,62
1.5
3.8
28.7
2.8
31.3
2013
-07-
03-0
.320
14-0
1-03
14.9
21.5
IBEX
35
9,76
0.3
2.1
26.3
-1.1
30.6
2013
-06-
24-2
.520
13-1
0-21
16.7
14.6
DOW
JONE
S IN
DUST
.16
,441
.43.
710
.1-0
.524
.120
13-0
1-08
-0.5
2013
-12-
3123
.214
.8S&
P 50
01,
832.
02.
113
.4-0
.926
.220
13-0
1-08
-0.9
2013
-12-
3125
.515
.5NA
SDAQ
COM
POSI
TE IN
DEX
4,14
3.1
2.8
20.6
-0.6
35.0
2013
-01-
08-0
.620
13-1
2-31
33.9
19.3
S&P
UTIL
ITIE
S44
6.6
4.5
21.5
-0.7
34.6
2013
-01-
08-0
.820
13-1
2-31
33.5
16.8
S&P
FINA
NCIA
LS IN
DEX
293.
13.
012
.1-0
.130
.120
13-0
1-03
-0.2
2013
-12-
3129
.513
.4
NIKK
EI 2
2516
,291
.34.
019
.10.
057
.020
12-1
2-28
-0.2
2013
-12-
3056
.721
.0BO
VESP
A50
,341
.30.
512
.4-1
.714
.820
13-0
7-05
-20.
320
13-0
1-03
-20.
110
.2M
SCI W
ORLD
1,18
4.5
1.5
12.7
-0.7
n.a.
2013
-01-
03n.
a.20
14-0
1-01
22.9
n.a.
Font
e: Bl
oomb
erg.
50
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
Indi
cado
res
dos
Mer
cado
s In
tern
acio
nais
de
Acç
ões
IIIn
dica
dore
s do
s M
erca
dos
Inte
rnac
iona
is d
e A
cçõe
s II
Indi
cado
res
dos
Mer
cado
s In
tern
acio
nais
de
Acç
ões
IIIn
dica
dore
s do
s M
erca
dos
Inte
rnac
iona
is d
e A
cçõe
s II
Indi
cado
res
dos
Mer
cado
s In
tern
acio
nais
de
Acç
ões
II
VVVV V arararar ar . %
face
Mín.
. % fa
ce M
ín.. %
face
Mín.
. % fa
ce M
ín.. %
face
Mín.
VVVV V arararar ar . %
face
Máx
.. %
face
Máx
.. %
face
Máx
.. %
face
Máx
.. %
face
Máx
.In
d. G
eral
Ind.
Ger
alIn
d. G
eral
Ind.
Ger
alIn
d. G
eral
31.D
ez.1
331
.Dez
.13
31.D
ez.1
331
.Dez
.13
31.D
ez.1
3VVVV V a
rararar ar . %
1m
. % 1
m. %
1m
. % 1
m. %
1m
VVVV V arararar ar. %
6m
. % 6
m. %
6m
. % 6
m. %
6m
VVVV V arararar ar. %
Ytd
. % Y
td. %
Ytd
. % Y
td. %
Ytd
52 s
em.
52 s
em.
52 s
em.
52 s
em.
52 s
em.
Data
Mín
. 52s
em.
Data
Mín
. 52s
em.
Data
Mín
. 52s
em.
Data
Mín
. 52s
em.
Data
Mín
. 52s
em.
52se
m.
52se
m.
52se
m.
52se
m.
52se
m.
Data
Máx
. 52s
em.
Data
Máx
. 52s
em.
Data
Máx
. 52s
em.
Data
Máx
. 52s
em.
Data
Máx
. 52s
em.
VVVV V arararar ar. %
1an
o. %
1an
o. %
1an
o. %
1an
o. %
1an
o P
ER E
stim
. P
ER E
stim
. P
ER E
stim
. P
ER E
stim
. P
ER E
stim
.DJ
EUR
OPE
TELE
COM
295.
33.
425
.6-0
.135
.920
13-0
2-21
-0.6
2013
-12-
3028
.914
.5DJ
EUR
OPE
BANK
192.
51.
720
.2-0
.523
.820
13-0
6-24
-2.2
2013
-10-
2214
.211
.3DJ
EUR
OPE
TECH
NLGY
289.
02.
419
.0-0
.125
.020
13-0
4-22
-0.8
2014
-01-
0222
.019
.8DJ
EUR
OPE
INDU
STRI
AL41
2.1
4.7
18.0
0.0
22.5
2013
-06-
24-0
.520
14-0
1-02
19.1
15.8
DJ E
UROP
E IN
SURA
NCE
226.
24.
020
.0-1
.029
.420
13-0
2-27
-1.6
2014
-01-
0223
.710
.4DJ
EUR
OPE
MEDI
A25
3.3
4.1
20.8
0.0
33.0
2013
-01-
14-0
.420
14-0
1-02
30.9
16.5
DJ E
UROP
E FI
NANC
IAL
343.
66.
522
.80.
532
.920
13-0
1-03
-0.1
2014
-01-
0332
.016
.3DJ
EUR
OPE
OIL&
GAS
333.
62.
610
.30.
212
.220
13-0
6-24
-1.9
2013
-11-
071.
010
.6DJ
EUR
OPE
UTIL
ITY
274.
40.
812
.1-0
.814
.120
13-0
6-25
-2.9
2013
-11-
075.
013
.0DJ
EUR
OPE
AUTO
476.
92.
528
.7-0
.650
.820
13-0
4-18
-1.6
2014
-01-
0232
.410
.0DJ
EUR
OPE
CONS
TRUC
T31
7.2
4.7
21.3
0.1
25.9
2013
-06-
24-0
.320
13-1
1-07
18.6
15.4
DJ E
UROP
E HE
ALTH
CARE
583.
41.
67.
60.
019
.320
13-0
1-03
-0.5
2013
-11-
2218
.015
.1DJ
EUR
OPE
PR &
HO
GOOD
S57
8.8
1.1
5.5
-0.5
13.2
2013
-02-
07-3
.120
13-0
5-28
578.
8n.
a.DJ
EUR
OPE
TRAV
EL&L
EISU
RE18
7.5
6.2
12.2
0.7
27.3
2013
-01-
03-0
.020
14-0
1-03
187.
5n.
a.DJ
EUR
OPE
BAS.
RESR
397.
62.
718
.9-0
.621
.020
13-0
7-05
-17.
820
13-0
1-03
-17.
812
.3DJ
EUR
OPE
FOOD
&BEV
490.
51.
24.
1-0
.88.
320
13-0
1-15
-7.0
2013
-04-
036.
117
.9DJ
EUR
OPE
CHEM
ICAL
748.
12.
612
.7-0
.716
.120
13-0
6-24
-1.4
2014
-01-
0274
8.1
n.a.
DJ E
UROP
E RE
TAIL
323.
11.
216
.10.
621
.720
13-0
6-24
-2.0
2013
-11-
07n.
a.n.
a.
S&P
AUTO
MOBI
LES
138.
30.
614
.4-0
.543
.820
13-0
2-26
-3.7
2013
-12-
1735
.511
.3S&
P IN
FORM
ATIO
N TE
CHNO
LOGY
579.
23.
016
.8-1
.026
.820
13-0
4-19
-1.0
2013
-12-
3122
.015
.1S&
P CO
NSUM
ER D
ISCR
ETIO
NARY
527.
43.
316
.7-0
.238
.620
13-0
1-08
-0.2
2013
-12-
3137
.419
.0S&
P CO
NSUM
ER S
TAPL
ES43
7.8
-0.7
6.3
-0.9
19.7
2013
-01-
08-1
.920
13-1
1-15
18.8
17.4
S&P
ENER
GY64
3.2
1.6
10.7
-1.0
19.2
2013
-01-
08-1
.120
13-1
2-31
18.4
13.0
S&P
HEAL
TH C
ARE
638.
71.
316
.4-0
.136
.620
13-0
1-03
-0.4
2013
-12-
2735
.916
.8S&
P MA
TERI
ALS
289.
65.
319
.4-0
.724
.020
13-0
4-18
-0.8
2013
-12-
3119
.916
.4S&
P TE
LECO
MMUN
ICAT
ION
SERV
ICES
154.
6-0
.8-3
.4-1
.17.
620
13-0
1-17
-8.9
2013
-04-
232.
314
.2Fo
nte:
Bloo
mber
g.
E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014
51
Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de CommoditiesCommoditiesCommoditiesCommoditiesCommodities
PreçoPreçoPreçoPreçoPreço VVVVVariaçãoariaçãoariaçãoariaçãoariaçãoPesoPesoPesoPesoPeso Dez.13Dez.13Dez.13Dez.13Dez.13 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses Dez.12Dez.12Dez.12Dez.12Dez.12 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses ytdytdytdytdytd
CRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosÍndice Global 100% 280.2 322.6 322.6 322.6 322.6 322.6 -13.2% -13.2% -13.2% -13.2% -13.2%CRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaPetróleo 98.4 93.8 104.1 99.6 93.1 98.4 4.9% -5.5% -1.2% 5.6% 0.0%Heating oil 304.5 305.0 299.3 290.1 304.6 307.7 -0.2% 1.8% 5.0% 0.0% -1.0%Gas natural 4.3 4.0 3.5 3.7 3.2 4.2 6.7% 20.2% 16.5% 31.6% 0.6%CRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososOuro 1218.1 1222.3 1320.6 1243.4 1688.8 1202.3 -0.3% -7.8% -2.0% -27.9% 1.3%Platina 1386.4 1346.8 1389.8 1366.3 1565.1 1371.1 2.9% -0.2% 1.5% -11.4% 1.1%Prata 20.1 19.2 21.9 19.3 31.0 19.3 4.4% -8.3% 4.0% -35.1% 3.8%CRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaMilho 422.0 416.5 439.0 672.8 690.8 422.0 1.3% -3.9% -37.3% -38.9% 0.0%Sementes de soja 1312.5 1321.3 1273.8 1573.0 1405.5 1312.5 -0.7% 3.0% -16.6% -6.6% 0.0%Trigo 605.3 649.8 686.0 649.5 755.3 605.3 -6.8% -11.8% -6.8% -19.9% 0.0%CRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCacau 2709.0 2821.0 2632.0 2203.0 2259.0 2709.0 -4.0% 2.9% 23.0% 19.9% 0.0%Café 110.7 109.4 114.5 124.1 149.4 110.7 1.2% -3.3% -10.8% -25.9% 0.0%Sumo de laranja 136.5 139.3 127.5 134.1 115.7 136.5 -2.0% 7.1% 1.8% 17.9% 0.0%Açúcar 16.4 17.0 18.5 16.5 19.7 16.4 -3.3% -11.3% -0.7% -16.7% 0.0%CRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCobre 341.0 321.8 331.6 314.2 373.6 339.7 6.0% 2.8% 8.5% -8.7% 0.4%Algodão 84.6 77.3 85.2 83.2 75.4 84.6 9.5% -0.7% 1.7% 12.3% 0.0%CRB GadoCRB GadoCRB GadoCRB GadoCRB GadoBovino 134.5 133.3 127.3 121.9 132.4 134.5 0.9% 5.7% 10.3% 1.6% 0.0%Suíno 85.4 86.0 91.0 101.0 86.2 85.4 -0.7% -6.1% -15.4% -0.9% 0.0%Fonte: Bloomberg, BPI.
BANCO BPI, S.A.
Rua Tenente Valadim, 284 4100 - 476 PORTOTelef.: (351) 22 207 50 00 Telefax: (351) 22 207 58 88
Largo Jean Monnet, 1 - 9º 1269-067 LISBOATelef.:(351) 21 724 17 00 Telefax: (351) 21 353 56 94
"Esta publicação destina-se exclusivamente a circulação privada.A informação nela contida foi obtida de fontes consideradasfiáveis, mas a sua precisão não pode ser totalmente garantida.As recomendações destinam-se exclusivamente a uso interno,podendo ser alteradas sem aviso prévio. As opiniões expressassão da inteira responsabilidade dos seus autores, reflectindoapenas os seus pontos de vista e podendo não coincidir com aposição do BPI nos mercados referidos. O BPI, ou qualquerafiliada, na pessoa dos seus colaboradores, não se responsabilizapor qualquer perda, directa ou potencial, resultante da utilizaçãodesta publicação ou seus conteúdos . O BPI e seus colaboradorespoderão deter posições em qualquer activo mencionado nestapublicação. A reprodução de parte ou totalidade desta publicaçãoé permitida, sujeita a indicação da fonte."
BPIBPIBPIBPIBPI
top related