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PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
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Proposta de Lei n. 330/XII
Exposio de Motivos
Decorridas vrias dcadas de vigncia do Regulamento das Contrastarias, aprovado pelo
Decreto-Lei n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis n.s 57/98, de 16
de maro, e Decreto-Lei n. 171/99, de 19 de maio, tendo em conta o desenvolvimento
tcnico e cientfico dos processos e mtodos de fabrico e marcao de artigos de metais
preciosos, bem como a evoluo que se registou na sociedade no sentido do aumento de
prticas ilcitas de falsificaes e burlas relacionadas com a comercializao de artigos com
metais preciosos, que exigem um novo quadro normativo, capaz de assegurar a adequada
proteo dos legtimos direitos e interesses dos consumidores, entende o Governo ser de
propor um novo regime jurdico-legal do setor, com o duplo objetivo de melhor regular o
exerccio do comrcio de artigos com metais preciosos, incluindo os artigos oriundos de
outros Estados-Membros da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, a par
das atividades mais sensveis neste setor, como so as de ensaiador-fundidor e de avaliador
de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos.
A presente proposta de lei aprova, por isso, o regime jurdico da ourivesaria e das
contrastarias (RJOC), visando disciplinar o setor do comrcio de artigos com metais
preciosos e a prestao de servios pelas contrastarias, bem como regular as atividades
profissionais de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de metais preciosos e de
avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos.
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O RJOC responde aos objetivos visados na Resoluo da Assembleia da Repblica
n. 9/2013, de 4 de fevereiro, que recomendou ao Governo a reviso do Regulamento das
Contrastarias, aprovado pelo Decreto-Lei n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos
Decretos-Leis n.s 57/98, de 16 de maro, e 171/99, de 19 de maio, o qual conta com
disposies j revogadas por diplomas avulsos, tais como: o Decreto-Lei n. 384/89, de 8
de novembro, o Decreto-Lei n. 365/99, de 17 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei
n. 114/2011, de 30 de novembro, e o Decreto-Lei n. 75/2004, de 27 de maro.
Com efeito, o RJOC introduz procedimentos simplificados com vista a conferir maior
clareza e eficcia na aplicao do regime da colocao no mercado nacional e da
comercializao de artigos com metais preciosos, incluindo os artigos com metais preciosos
usados. Alm disso, o RJOC procura densificar as responsabilidades das entidades
competentes, tais como a Imprensa-Nacional Casa da Moeda, S.A., que integra as
contrastarias nacionais, o Instituto Portugus da Qualidade, I.P., a Autoridade Tributria e
Aduaneira), a Autoridade de Segurana Alimentar e Econmica e as autoridades policiais,
bem como regular o exerccio das atividades econmicas do setor da ourivesaria e da
joalharia em termos adequados s exigncias do conhecimento e das prticas do tempo
atual.
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Por outro lado, o RJOC consolida o novo quadro jurdico-legal deste setor, no respeito
pelas disposies internacionais vigentes na matria, acolhendo, por remisso expressa, a
Conveno sobre o Controle e Marcao de Artefactos de Metais Preciosos de que
Portugal parte, aprovada, para ratificao, pelo Decreto n. 56/82, de 29 de abril, a qual
foi objeto de emendas aprovadas pelos Decretos n.s 42/92, de 13 de outubro, e 39/99, de
19 de outubro, e pelo Decreto n. 2/2006, de 3 de janeiro, que incluiu o paldio na lista dos
metais preciosos, e nos termos da qual foi criada a marca comum de controlo e que contm
outras normas tcnicas para o ensaio e a marcao de artefactos de metais preciosos com
vista a facilitar o comrcio internacional destes artigos, mantendo a proteo dos
consumidores. A Conveno referida estabelece que os artefactos de metais preciosos
devem ser submetidos, em cada pas, ao controle de um organismo de ensaio e marcao
independente do setor da ourivesaria, designado por cada Estado. No caso portugus, as
Contrastarias de Lisboa e do Porto foram indicadas como sendo as entidades com
competncia exclusiva para proceder marcao de artigos de metais preciosos com a
Marca Comum de Controlo. Assim, e no que respeita s entidades competentes para a
aplicao do RJOC, as Contrastarias so consideradas o organismo de ensaio e marcao
independente no quadro interno e para efeitos de reconhecimento ao nvel do espao
europeu e dos acordos e convenes de que o Estado Portugus parte, e so eliminadas
as atuais barreiras territoriais ao acesso s Contrastarias, cujas competncias so, alis,
desenvolvidas e clarificadas nos servios de interesse pblico que asseguram, a par de
outros servios que prestem em regime de concorrncia.
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De entre as principais inovaes introduzidas pelo RJOC no domnio do comrcio de
artigos com metais preciosos salienta-se a eliminao da limitao territorial que at hoje foi
imposta aos retalhistas mistos, a possibilidade de comercializao de artigos com metais
preciosos compostos, a previso do aumento do peso dos artigos de metais preciosos
dispensados de marcao, a possibilidade de aposio de marcas comerciais nos artigos
mediante determinadas condies, a disciplina do comrcio eletrnico de artigos com
metais preciosos, o procedimento de licenciamento dos operadores econmicos, atravs do
Balco do Empreendedor, o estabelecimento de normas para a atividade de compra e
venda de artigos com metal precioso usados, bem como o incremento das obrigaes de
informao visveis ao pblico nos locais de venda e de divulgao pelos canais eletrnicos.
De igual forma, o RJOC tem em conta as regras de reconhecimento mtuo da marcao de
artigos com metais preciosos decorrentes do Regulamento (CE) n. 764/2008, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de julho de 2008, que estabelece procedimentos
para a aplicao de certas regras tcnicas nacionais a produtos legalmente comercializados
noutro Estado-Membro, comummente designado por Regulamento do Reconhecimento
Mtuo, ao abrigo do qual se consagra expressamente que o Sistema Portugus um
sistema de autorizao prvia. Este sistema traduz-se na verificao da conformidade,
previamente respetiva colocao no mercado do territrio nacional, dos artigos com
metal precioso com o regime de ensaio e marcao estabelecido no RJOC.
Os operadores econmicos que pretendam exercer qualquer uma das atividades de
indstria e comrcio do setor de ourivesaria devem obter previamente a respetiva licena.
Neste mbito, cumpre ainda referir a Diretiva n. 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 12 de dezembro de 2006, relativa aos servios no mercado interno, a
Diretiva Servios, transposta para a ordem jurdica interna atravs do Decreto-Lei
n. 92/2010, de 26 de julho, que aplicvel s atividades de servios, incluindo o comrcio
do setor de ourivesaria e, em especial, aos avaliadores de artigos com metais preciosos e de
materiais gemolgicos, e cujo regime, nessa medida o RJOC harmoniza e consolida.
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Por outro lado, o RJOC prev o reforo dos mecanismos de fiscalizao, acompanhado de
uma maior responsabilizao dos operadores econmicos e das demais entidades
intervenientes nos procedimentos. Este reforo dos mecanismos de fiscalizao preventiva
e sancionatrios passa pela consolidao de regimes que se encontram atualmente
dispersos por diversos diplomas, implicando a ateno ao enquadramento penal para a
prtica de crimes de falsificao, furto e burla relacionados com o setor da ourivesaria e das
contrastarias, e tambm pela reviso do quadro contraordenacional, com o correspondente
reforo do regime sancionatrio. Com efeito, torna-se necessria a reviso do regime
contraordenacional aplicvel neste domnio para sistematizar as contraordenaes
consoante a gravidade da infrao e, nessa medida, graduar os limites das coimas aplicveis,
em termos que sejam considerados adequados ao modelo de maior exigncia e de
responsabilizao dos operadores econmicos. Neste particular, merece destaque a
densificao das prticas que podem constituir crime ou contraordenao leve, grave e
muito grave, com a correspondente graduao dos limites mnimos e mximos das coimas
aplicveis, assumindo-se a inteno de um efetivo efeito dissuasor da prtica da infrao
mediante a cominao de uma sano proporcional gravidade do ato praticado.
Em sntese, a reviso e a consolidao legislativa efetuadas pelo RJOC vai permitir a
aplicao do direito com maior clareza, certeza e segurana, em benefcio dos profissionais
deste setor, dos agentes de fiscalizao e dos consumidores de artigos com metais
preciosos, que merecem a tutela dos seus legtimos interesses por parte do Estado.
A presente proposta de lei foi objeto de notificao Comisso Europeia, ao abrigo da
Diretiva n. 98/34/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de junho, alterada
pela Diretiva n. 98/48/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de julho de
1998, relativa a um procedimento de informao no domnio das normas e
regulamentaes tcnicas e das regras relativas aos servios da sociedade da informao,
transposta para a ordem jurdica interna pelo Decreto-Lei n. 58/2000, de 18 de abril.
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Foram ouvidos os rgos de governo prprio das Regies Autnomas, a Associao
Nacional de Municpios Portugueses, a Comisso de Regulao do Acesso a Profisses, a
Comisso Nacional de Proteo de Dados e as Associaes representativas do setor de
ourivesaria e da relojoaria de Portugal.
Assim:
Nos termos da alnea d) do n. 1 do artigo 197. da Constituio, o Governo apresenta
Assembleia da Repblica a seguinte proposta de lei:
Artigo 1.
Objeto
A presente lei aprova o regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias.
Artigo 2.
Aprovao do regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias
aprovado, em anexo presente lei e da qual faz parte integrante, o regime jurdico da
ourivesaria e das contrastarias.
Artigo 3.
Dispensa de matrcula e licena
As entidades que se encontravam dispensadas de matrcula e licena, nos termos do n. 3
do artigo 15. do Decreto-Lei n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis
n.s 57/98, de 16 de maro, e 171/99, de 19 de maio, dispem do prazo 60 dias a contar da
publicao da presente lei para procederem obteno da licena exigida no regime
jurdico da ourivesaria e das contrastarias, aprovado em anexo presente lei, por cada
estabelecimento onde seja efetuada a venda de artigos com metais preciosos, constituindo a
falta de licena contraordenao muito grave, punida de acordo com o disposto no mesmo
regime jurdico.
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Artigo 4.
Avaliadores oficiais
1 - Os avaliadores oficiais que tenham sido empossados pela INCM, ao abrigo do Decreto-
Lei n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis n.s 57/98, de 16 de
maro, e 171/99, de 19 de maio, passam a ter as funes atribudas no regime jurdico
da ourivesaria e das contrastarias, aprovado em anexo presente lei, aos avaliadores de
artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos, sem necessidade de qualquer
formalismo adicional, cabendo INCM assegurar o averbamento do ttulo profissional
no respetivo processo individual.
2 - Para efeitos do disposto no artigo 46. do regime jurdico da ourivesaria e das
contrastarias, aprovado em anexo presente lei, todos os avaliadores oficiais que
tenham mais de 10 anos como profissionais em exerccio da atividade desde a data da
respetiva nomeao devem fazer, uma prova de reavaliao dos seus conhecimentos, no
prazo de 180 dias a contar da entrada em vigor da presente lei.
Artigo 5.
Implementao do sistema de segurana
O disposto no artigo 67. do regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias, aprovado
em anexo presente lei, deve ser implementado no prazo de 180 dias a contar da
publicao da presente lei.
Artigo 6.
Regulamentao
No prazo de 90 dias a contar da publicao da presente lei aprovada:
a) A portaria que fixa as taxas devidas nos termos do regime jurdico da ourivesaria e
das contrastarias, aprovado em anexo presente lei;
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b) A portaria que fixa as condies mnimas do seguro de responsabilidade civil
mencionado nos artigos 54. e 55. do regime jurdico da ourivesaria e das
contrastarias, aprovado em anexo presente lei.
Artigo 7.
Disposio transitria
1 - Os agentes econmicos que exeram a atividade de compra e venda de artigos com
metal precioso usado, incluindo aqueles que exeram essa atividade ao abrigo de
matrcula de retalhista de ourivesaria, devem requerer, no prazo de 60 dias a contar da
entrada em vigor da presente lei, a licena de retalhista de compra e venda de artigos
com metal precioso usado.
2 - Nas situaes previstas no nmero anterior, e para efeitos do disposto no n. 4 do
artigo 41. do regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias, aprovado em anexo
presente lei, os retalhistas de compra e venda de artigos com metal precioso usado e de
casa de penhores dispem de um prazo de 180 dias.
3 - Aps o decurso do prazo referido no n. 1, a Autoridade de Segurana Alimentar e
Econmica (ASAE) ou as autoridades policiais podem encerrar e selar as instalaes dos
operadores econmicos no licenciados ou relativamente aos quais no se verifique
existir pedido de licenciamento em tramitao.
4 - Do encerramento e selagem das instalaes realizados nos termos do nmero anterior
dado conhecimento s Contrastarias.
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5 - A reabertura das instalaes pode ser autorizada pela ASAE ou pela autoridade policial
que tiver procedido ao encerramento nos casos em que seja apresentado pedido de
licenciamento em prazo igual ou inferior a 30 dias a contar do encerramento e selagem,
e aps deferimento do mesmo pela Contrastaria.
6 - A quebra da selagem a que se refere o presente artigo punida nos termos do
artigo 356. do Cdigo Penal, se pena mais grave no couber por fora de outra
disposio legal.
Artigo 8.
Norma revogatria
So revogados:
a) O Decreto-Lei n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis
n.s 57/98, de 16 de maro, e 171/99, de 19 de maio;
b) O Decreto-Lei n. 384/89, de 8 de novembro;
c) O Decreto-Lei n. 57/98, de 16 de maro;
d) O Decreto-Lei n. 171/99, de 19 de maio;
e) O Decreto-Lei n. 75/2004, de 27 de maro;
f) A Portaria dos Ministros das Finanas e da Indstria e Energia, publicada no Dirio
da Repblica, 2. srie, de 29 de novembro de 1989.
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Artigo 9.
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no prazo de 90 dias a contar da data da sua publicao.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 7 de maio de 2015
O Primeiro-Ministro
O Ministro da Presidncia e dos Assuntos Parlamentares
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ANEXO
(a que se refere o artigo 2.)
REGIME JURDICO DA OURIVESARIA E DAS CONTRASTARIAS
CAPTULO I
Disposies gerais
Artigo 1.
Objeto
O regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias, doravante RJOC regula o setor do
comrcio de artigos com metais preciosos e a prestao de servios pelas contrastarias,
bem como as atividades profissionais de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de
metais preciosos e de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais
gemolgicos.
Artigo 2.
mbito
O RJOC aplica-se a todos os artigos com metais preciosos, com exceo dos artigos
com metais preciosos destinados a uso cientfico, tcnico, dentrio ou mdico, bem
como a moedas de metal precioso, de curso legal ou antigas, os quais so regidos por
legislao prpria.
Artigo 3.
Definies
Para efeitos do disposto no RJOC, entende-se por:
a) Acrescentamento, o ato de ligar a um artigo com metal precioso marcado com
os punes de contrastaria, qualquer outro artefacto ou pertence, ou ainda s
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parte dele, no marcado com os referidos punes;
b) Artefactos compostos, os artefactos constitudos por partes de metal precioso e
partes de metal comum, fora dos casos a que se refere o requisito tcnico previsto
na alnea h) do n. 1 do artigo 56., usados por razes decorativas;
c) Artefactos de bijuteria, os artefactos de metal comum;
d) Artefactos de metal precioso ou artefactos de ourivesaria, os artefactos
constitudos por metais preciosos ou pelas respetivas ligas, adornados ou no com
pedras, prolas, esmaltes ou outros materiais no metlicos, incluindo os
artefactos mistos de metal precioso e os relgios de metal precioso;
e) Artefactos de ourivesaria de interesse especial, os artefactos de ourivesaria de
reconhecido merecimento arqueolgico, histrico ou artstico que tenham sido
fabricados em territrio nacional anteriormente criao das Contrastarias e os
que contenham marcas de extintos contrastes municipais;
f) Artefactos mistos de metal precioso, os artefactos com partes de diferentes
metais preciosos;
g) Artefactos revestidos ou chapeados, os artefactos que tm a superfcie revestida
ou chapeada por uma camada de metal precioso ou de uma liga deste metal,
aplicada, de maneira indissocivel, sobre um suporte composto de outro metal
precioso ou comum, a todo o artefacto ou na parte deste, por um processo
qumico, eletroqumico ou mecnico, sendo que:
i) Os artefactos revestidos ou chapeados cujo metal base seja metal precioso
de toque legal, so considerados artefactos de metal precioso;
ii) Os artefactos revestidos ou chapeados sobre metal comum, nos quais se
incluem os artefactos designados por bilaminados, as casquinhas, os
plaqus, os dourados e os prateados, no so considerados artefactos de
metal precioso;
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h) Artigos com metal precioso, os artefactos de metal precioso, os artefactos
compostos, as medalhas e os objetos comemorativos de metal precioso, as barras
de metal precioso, abreviadamente designados por artigos;
i) Artigos com metal precioso usados, os artigos com metal precioso
comercializados em segunda mo;
j) Artigos com metal precioso exportados, os artigos com metal precioso fornecidos
a pases terceiros a partir do territrio nacional, no mbito de atividade comercial,
a ttulo oneroso ou gratuito;
k) Artigos com metal precioso importados, os artigos com metal precioso
adquiridos a fornecedores de pases terceiros para colocao no mercado nacional;
l) Autocolante de toque, a etiqueta autocolante com a marca de contrastaria,
indicativa dos metais e toques;
m) Barra de metal precioso,- o produto resultante da fundio de um ou mais
metais preciosos;
n) Contrastarias, os servios oficiais e tcnicos integrados na Imprensa Nacional
Casa da Moeda, S.A. (INCM), que asseguram o ensaio e a marcao dos artigos
com metais preciosos, bem como a aposio da marca de garantia do toque legal
desses artigos, e exercem as demais competncias previstas no RJOC;
o) Disponibilizao no mercado de artigo com metal precioso, a colocao,
distribuio ou utilizao no mercado nacional de um artigo com metal precioso,
no mbito de uma atividade comercial, a ttulo oneroso ou gratuito;
p) Distribuidor ou Distribuidor de artigo com metal precioso, a pessoa singular
ou coletiva estabelecida num Estado-Membro da Unio Europeia ou no Espao
Econmico Europeu que, no circuito comercial e alm do importador,
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disponibiliza um artigo no mercado, a ttulo oneroso ou gratuito, sem alterar as
suas caractersticas;
q) Exportao de artigo com metal precioso, o fornecimento a um pas terceiro, no
mbito de uma atividade comercial, a ttulo oneroso ou gratuito, de artigo com
metal precioso a partir do territrio nacional;
r) Exportador de artigo com metal precioso, a pessoa singular ou coletiva
responsvel pela exportao a partir do territrio nacional de artigo com metal
precioso;
s) Filigrana, o resultado do trabalho executado com dois ou mais fios de um metal
precioso, torcidos, batidos e ligados entre si com solda, na quantidade
indispensvel consolidao do conjunto, de modo a obter um tecido rendilhado;
t) Importao de artigo com metal precioso, a introduo em livre prtica ou no
consumo no territrio aduaneiro da Unio Europeia, atravs do territrio
nacional, de um artigo com metal precioso proveniente de pas terceiro;
u) Importador de artigo com metal precioso, a pessoa singular ou coletiva
responsvel colocao em livre prtica ou no consumo no territrio aduaneiro da
Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, atravs do territrio
nacional, de um artigo com metal precioso proveniente de pas terceiro;
v) Liga de metal precioso, a soluo slida contendo, pelo menos, um metal
precioso;
w) Lote, o conjunto de artefactos do mesmo metal ou idntica combinao de
metais, de igual toque legal e denominao, obtidos pela mesma tcnica de
fabrico, ou da combinao do mesmo metal precioso e metal comum;
x) Marca, a impresso em relevo aposta por um puno ou gravada por laser no
artigo com metal precioso;
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y) Marca de contrastaria, a marca aposta por um puno, gravada por laser ou
impressa numa etiqueta autocolante que identifica a contrastaria que efetua a
marcao do artigo com metal precioso e, em geral, o metal precioso e o toque
legal em causa;
z) Marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente, a marca aposta por um
puno de responsabilidade ou gravada por laser, identificadora do responsvel
pela introduo no mercado do artigo com metal precioso;
aa) Marca de toque, a marca aposta por um puno ou gravada por laser que
identifica o toque legal em causa em algarismos rabes;
bb) Materiais gemolgicos, as gemas, as substncias orgnicas e os produtos
artificiais usados em joalharia ou em objetos decorativos, nos termos do The
Gemstone Book da Confederao Mundial de Joalharia;
cc) Matriz, o cunho em ao gravado com o desenho do puno;
dd) Medalhas e objetos comemorativos em metal precioso, os artigos em metal
precioso obtidos por meio de estampagem, de fundio ou de montagem;
ee) Metais comuns, todos os metais, exceto os metais preciosos;
ff) Metais preciosos, a platina, o ouro, o paldio e a prata, assim indicados por
ordem decrescente de preciosidade;
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gg) Organismo de ensaio e marcao independente, a Contrastaria, bem como a
entidade competente de outro pas que exerce as funes de contrastaria,
incluindo a realizao de ensaios e anlises por laboratrios acreditados pelo
Instituto Portugus de Acreditao, I.P., ou pelo organismo nacional de
acreditao relevante na aceo do Regulamento (CE) n. 765/2008, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 julho de 2008, bem como a marcao
dos artigos com metais preciosos que constitua a garantia de toque legal desses
artigos e cuja gesto e pessoal administrativo e tcnico seja independente de
quaisquer crculos, grupos ou pessoas com interesses, direta ou indiretamente,
ligados a esta rea de atividade;
hh) Passagem de marca, o ato de ligar, a um artigo com metal precioso carecido de
marca de contrastaria, ou de marca equivalente, feita por organismo de ensaio e
marcao independente, qualquer outro artefacto ou parte dele, do mesmo ou de
diferente toque, que contenha uma das referidas marcas;
ii) Puno, a ferramenta metlica feita de ao que contm numa das extremidades
uma gravura invertida, a qual utilizada para aplicar marcas;
jj) Puno de contrastaria, o puno que contm a gravura correspondente
Contrastaria ou ao organismo de ensaio e marcao independente que a utiliza e
que corresponde, em geral, a um determinado metal e toque legal, utilizado para
certificar os artigos com metais preciosos com toques legais, nos termos e para os
efeitos previstos no RJOC;
kk) Puno de responsabilidade, de fabrico ou equivalente, o puno que contm a
gravura identificadora do responsvel pela colocao do artigo com metal
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precioso no mercado nacional;
ll) Relgio de metal precioso, o relgio cuja caixa feita de metal precioso;
mm) Subproduto novo resultante de artigos com metal precioso usados, o artigo
com metal precioso no transformado, em forma de barra, lmina ou outro
artigo com metais preciosos que resulte da fundio de artigos com metal
precioso usados e adquiridos a um particular.
nn) Toque, o contedo de um dado metal precioso, medido em termos de partes
por mil (milsimas), em peso de liga;
oo) Toque legal, o contedo mnimo de um dado metal precioso, medido em
termos de partes por mil (milsimas), em peso de liga, definido nos termos do
RJOC.
Artigo 4.
Contrastarias
1 - As Contrastarias so servios oficiais integrados na INCM, sem prejuzo da sua total
independncia face gesto desta.
2 - Os colaboradores das Contrastarias esto sujeitos aos impedimentos constantes do
Cdigo do Procedimento Administrativo, no podendo desenvolver qualquer atividade
industrial, comercial, de importao ou de exportao relativas a artigos com metais
preciosos, seja diretamente, seja por interposta pessoa, individualmente, ou por meio de
uma sociedade comercial.
3 - As Contrastarias encontram-se distribudas pelo territrio nacional do seguinte modo:
a) A Contrastaria de Lisboa, que abrange os distritos de Beja, vora, Faro, Leiria,
Lisboa, Portalegre, Santarm, Setbal e as Regies Autnomas;
b) A Contrastaria do Porto, que inclui a delegao de Gondomar, e abrange os
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distritos de Aveiro, Braga, Bragana, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Porto,
Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
4 - Cada Contrastaria dirigida por um chefe de Contrastaria, o qual reporta ao diretor das
Contrastarias, nomeado pelo conselho de administrao da INCM.
5 - Os particulares e os operadores econmicos podem recorrer aos servios de qualquer
Contrastaria, independentemente da sua situao geogrfica.
6 - Por despacho do membro do Governo responsvel da rea das finanas podem ser
criadas outras Contrastarias em qualquer parte do territrio nacional, ou fora dele, desde
que a expanso e o desenvolvimento da indstria ou do comrcio de ourivesaria o
justifiquem.
Artigo 5.
Misso e competncias
1 - As Contrastarias tm por misso assegurar o servio pblico de garantir a espcie e o
toque dos metais preciosos, certificar os profissionais para o exerccio das atividades de
responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de metais preciosos e de avaliador de artigos
com metais preciosos e de materiais gemolgicos, com vista a assegurar a defesa dos
consumidores e o cumprimento das disposies do RJOC.
2 - Sem prejuzo de outras competncias que lhes sejam atribudas por lei, as Contrastarias
detm as seguintes competncias exclusivas:
a) Confirmar a marca comum de controlo ou as marcas de garantia de toque
reconhecidas, quando solicitada ou quando necessrio nos termos legais;
b) Ensaiar e marcar, pela aposio da marca de contrastaria e a marca de toque,
quando aquela no inclua o toque, os artigos com metal precioso, de forma a
garantir a espcie e o toque dos respetivos metais preciosos;
c) Aprovar os punes de responsabilidade nos termos previstos no RJOC;
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d) Conceder licena para o exerccio da atividade aos operadores econmicos do
setor de ourivesaria nos termos previstos no RJOC e organizar e manter
atualizado o registo informtico desses operadores e dos respetivos punes de
responsabilidade aprovados;
e) Prestar servios de peritagens de artigos com metais preciosos nos termos previstos
no RJOC;
f) Prestar informao tcnica sobre a legalizao de artigos com metal precioso;
g) Integrar a composio de comisses tcnicas e jurdicas representativas de Portugal
junto de organizaes e instncias internacionais referentes atividade das
Contrastarias, mediante indicao do Governo, em termos a definir por despacho
do membro do Governo responsvel pela rea das finanas.
3 - Compete s Contrastarias de Lisboa e do Porto exercer as faculdades inerentes
qualidade de organismo de ensaio e marcao independente nos termos e para os efeitos
das disposies do RJOC.
Artigo 6.
Servios adicionais
1 - Qualquer pessoa singular ou coletiva pode solicitar s Contrastarias a prestao de
outros servios no previstos no RJOC desde que respeitem atividade destas e dos
servios tcnicos da INCM, nomeadamente os seguintes:
a) Informaes e exames aos metais e marcas das peas apresentadas;
b) Ensaios qumicos sobre os artigos apresentados;
c) Marcao a laser;
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d) Servios de ensaio e marcao fora das instalaes das Contrastarias;
e) Anlises de metais preciosos ou de outros materiais para quaisquer entidades;
f) Punes de responsabilidade solicitados pelos operadores econmicos habilitados
para o efeito nos termos do RJOC;
g) Servios de assistncia tcnica aos operadores econmicos.
2 - As Contrastarias asseguram o exerccio de todas as demais atividades que a INCM
delibere cometer-lhes na esfera das suas competncias tcnicas.
3 - Os preos dos servios mencionados nos nmeros anteriores so aprovados pelo
conselho de administrao da INCM e publicitados no respetivo Portal.
CAPTULO II
Colocao no mercado e comercializao de artigos com metal precioso
Artigo 7.
Autorizao prvia
O regime de colocao no mercado nacional de artigos com metal precioso obedece a um
procedimento de autorizao prvia tal como definido no Regulamento (CE) n. 764/2008,
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de julho de 2008, que estabelece
procedimentos relacionados com a aplicao de certas regras tcnicas nacionais a produtos
legalmente comercializados noutros Estados-Membros da Unio Europeia, comummente
designado Regulamento do Reconhecimento Mtuo, competindo s Contrastarias
assegurar o seu cumprimento nos termos dos artigos 8. e 9. do RJOC e sem prejuzo da
aplicao do regime constante dos artigos 10. a 13., nos casos neles previstos.
Artigo 8.
Requisitos da colocao no mercado
1 - A colocao no mercado do territrio nacional de artigos com metal precioso depende
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da conformidade desses artigos com os requisitos previstos no RJOC, no respeitante:
a) aposio da marca de contrastaria e marca de toque, quando aquela no incluir
o toque;
b) aposio da marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente, aprovada ou
depositada na Contrastaria;
c) confirmao da marca comum de controlo, nos termos dos artigos 72. e 74.;
d) existncia da marca comum de controle, nos termos do artigo 10.;
e) existncia das marcas reconhecidas como equivalentes, nos termos do artigo 11.;
f) Aos requisitos tcnicos previstos nos artigos 56. a 60..
2 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, considera-se que o procedimento de
autorizao prvia foi efetuado quando o artigo com metal precioso apresente a marca
de contrastaria e a marca de toque, quando aquela no inclua o toque-.
3 - A identificao do responsvel pela colocao do artigo com metal precioso no mercado
nacional e a aprovao ou o depsito das respetivas marcas, nos termos previstos no
RJOC, so tambm requisitos de cumprimento obrigatrio de que depende a colocao
no mercado desses artigos.
4 - Constitui contraordenao muito grave a colocao no territrio nacional de artigos
com metal precioso em violao do disposto nos nmeros anteriores.
Artigo 9.
Marcao de artigos com metal precioso
1 - As disposies do RJOC relativas aposio de marca de contrastaria e marca de toque,
quando aquela no inclua o toque, nos artigos com metal precioso e aos requisitos
tcnicos so de cumprimento obrigatrio prvio colocao no mercado do territrio
nacional, sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes, e da aplicao do regime
constante dos artigos 10. a 13., nos casos neles previstos.
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2 - No caso de artefactos de ourivesaria de interesse especial, o disposto no nmero
anterior assegurado pela aposio da marca de puno de contrastaria que lhes
exclusivamente reservada, podendo a Contrastaria solicitar o recurso a um perito
externo ou o parecer da Direo-Geral do Patrimnio Cultural para reconhecimento do
merecimento histrico, arqueolgico ou artstico.
3 - O disposto no n. 1 pode ser assegurado por meio da aposio de um Autocolante de
toque, nos termos do artigo 21..
4 - O disposto no n. 1 no se aplica aos artigos com platina ou ouro de peso igual ou
inferior a 0,5 gramas, nem aos artigos com prata de peso igual, ou inferior, a 2 gramas.
5 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos n.s 1, 2 ou 3.
Artigo 10.
Artigos de Estados contratantes de conveno ou acordo internacional
1 - Tendo em vista a sua livre disponibilizao no mercado do territrio nacional,
consideram-se legalmente marcados os artigos com metal precioso provenientes de um
Estado contratante de tratado ou acordo internacional em vigor de que o Estado
Portugus seja Parte, desde que tais artigos tenham apostas, nas precisas condies
fixadas por esses instrumentos, a marca comum de controlo e outras que nos termos
neles definidos sejam consideradas necessrias e suficientes respetiva livre circulao
nos demais pases contratantes.
2 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no nmero anterior.
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Artigo 11.
Artigos provenientes de outros Estados-Membros
1 - Sem prejuzo do disposto no artigo anterior, os artigos com metal precioso provenientes
de um Estado-Membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu
encontram-se marcados e podem ser colocados no mercado nacional sem necessidade
de ensaio e de marcao pela Contrastaria, desde que cumpram os seguintes requisitos
cumulativos:
a) Tenham apostas as seguintes marcas:
i) Marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente;
ii) Marca de contrastaria e marca de toque, quando aquela no inclua o toque;
b) Depsito na Contrastaria do documento comprovativo do registo da respetiva
marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente no pas que efetuou o
controlo e a garantia de qualidade;
c) Reconhecimento pelo Instituto Portugus da Qualidade, I.P. (IPQ, I.P.), mediante
parecer favorvel do diretor da Contrastaria, dos seguintes requisitos cumulativos:
i) O contedo informativo das marcas de garantia de toque, marca de
contrastaria e marca de toque, equivalente ao das marcas de garantia de
toque estabelecidas no RJOC;
ii) O contedo informativo das marcas de garantia de toque (marca ou marcas
de contrastaria e marca de toque) no suscetvel de induzir em erro o
consumidor;
iii) As condies de marcao das marcas de garantia de toque, aplicadas por
um organismo de ensaio e marcao independente no pas que efetuou o
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controlo e a garantia de qualidade, so equivalentes s estabelecidas no
RJOC.
2 - Para efeitos do disposto na subalnea ii) da alnea a) do nmero anterior, as marcas de
contrastaria e de toque podem ser apostas numa nica marca ou em marcas separadas.
3 - Os artigos com metais preciosos provenientes de um Estado-Membro da Unio
Europeia ou do Espao Econmico Europeu que se encontrem dispensados de
marcao nos termos da respetiva legislao, mas que no estejam dispensados de
marcao ao abrigo da legislao portuguesa, devem ser previamente ensaiados e
marcados numa Contrastaria portuguesa ou na Contrastaria do pas de origem
reconhecida, a fim de poderem ser colocados no mercado nacional.
4 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nas alneas a), b) ou c) do
n. 1, bem como no nmero anterior.
Artigo 12.
Depsito de marcas de responsabilidade
1 - As entidades estabelecidas num Estado-Membro da Unio Europeia ou do Espao
Econmico Europeu, que possuam marcas de responsabilidade registadas nos
respetivos pases e que pretendam marcar os seus artigos nas Contrastarias para efeitos
do disposto na alnea b) do n. 1 do artigo anterior, devem solicitar ao chefe da
Contrastaria o depsito das suas marcas de responsabilidade.
2 - O requerimento de depsito deve ser acompanhado dos seguintes elementos:
a) Identificao completa do titular requerente, ou cpia do documento de
constituio da sociedade, consoante o titular seja uma pessoa singular ou
coletiva;
b) Documento comprovativo do registo da marca de responsabilidade no pas de
origem, em nome do titular requerente, legalmente certificado;
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c) Duas pequenas chapas metlicas com as marcas de responsabilidade cujo depsito
se requer.
3 - A Contrastaria apenas pode aceitar o depsito de marcas de responsabilidade cujos
desenhos no sejam suscetveis de serem confundidos com os desenhos das marcas de
Contrastaria.
4 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no n. 1.
Artigo 13.
Princpio da reciprocidade
1 - Compete ao IPQ, I.P., sempre que lhe for solicitado pela INCM, pedir o
reconhecimento das marcas de contrastaria portuguesas aos Estados-Membros da Unio
Europeia ou do Espao Econmico Europeu e a pases terceiros.
2 - Quando o IPQ, I.P., receber um pedido de reconhecimento de marca de contrastaria
proveniente de uma autoridade competente de um Estado-Membro da Unio Europeia
ou do Espao Econmico Europeu ou de pas terceiro, deve informar o diretor da
Contrastaria, de forma a possibilitar o equivalente pedido de reconhecimento mtuo de
marcas de Contrastaria em ambos os pases.
3 - O IPQ, I.P., pode celebrar acordos de reconhecimento mtuo de marcas de contrastaria
com as autoridades competentes de outros Estados-Membros da Unio Europeia ou do
Espao Econmico Europeu e de pases terceiros que disponham dos organismos de
ensaio e marcao independentes quando acreditados pelo organismo nacional de
acreditao na aceo do Regulamento (CE) n. 765/2008, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 9 julho de 2008, sempre que o contedo informativo das marcas de
garantia e de toque reconhecidas e as respetivas condies da sua aplicao sejam
equivalentes aos das Contrastarias.
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4 - reconhecido como organismo de ensaio e marcao independente para efeito da
aplicao do regime constante do RJOC e para efeito da aplicao da Conveno sobre
o Controle e Marcao de Artefactos de Metais Preciosos, aprovada, para ratificao,
pelo Decreto n. 56/82, de 29 de abril, e alterada pelos Decretos n.s 42/92, de 13 de
outubro, 39/99, de 19 de outubro, e 2/2006, de 3 de janeiro, a entidade competente de
outro pas que a exera a misso e as atribuies equiparadas s das Contrastarias,
incluindo a realizao de ensaios e anlises, e a marcao dos artigos com metais
preciosos que constitua a garantia de toque legal desses artigos.
5 - O IPQ, I.P., deve informar a Autoridade de Segurana Alimentar e Econmica (ASAE)
dos acordos que celebra, bem como fornecer todos os dados necessrios ao exerccio
das competncias desta.
CAPTULO III
Toques legais dos metais preciosos e marcas de contrastaria
SECO I
Toques
Artigo 14.
Toques legais de metais preciosos
1 - Os toques legais dos metais preciosos que entram na composio dos artigos com metal
precioso para colocao no mercado em territrio nacional so os seguintes:
a) Platina: 999, 950, 900, 850;
b) Ouro: 999, 916, 800, 750, 585, 375;
c) Paldio: 999, 950, 500;
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d) Prata: 999, 925, 835, 830, 800.
2 - S so admitidos para colocao no mercado e comercializao em territrio nacional
artigos com metal precioso com toques iguais ou superiores aos indicados no nmero
anterior desde que tais artigos sejam marcados pelo organismo de ensaio e marcao
independente de um Estado-Membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico
Europeu, reconhecido nos termos do artigo 11..
3 - No so admitidas tolerncias para menos em qualquer um dos toques previstos no
n. 1.
4 - As barras de metal precioso so marcadas com o toque determinado pelo
correspondente ensaio.
5 - Constitui contraordenao muito grave a exposio e ou a venda ao pblico de artigos
com metal precioso em violao do disposto em qualquer uma das alneas do n. 1, bem
como nos n.s 2, 3 ou 4.
Artigo 15.
Toques legais de artefactos de ourivesaria de interesse especial
1 - O toque mnimo dos metais preciosos de artefactos de ourivesaria de interesse especial
marcados com punes de extintos contrastes municipais 750.
2 - Os metais preciosos que entrem na composio dos artefactos de ourivesaria de
interesse especial podem ter qualquer toque para a sua colocao no mercado em
territrio nacional, desde que no inferior a 375.
3 - A existncia de quaisquer acessrios de metal comum de presumvel aplicao data do
fabrico do artefacto, ou de soldaduras de reparao que no afetem notoriamente o
mrito da pea, no pode constituir um motivo autnomo impeditivo da marcao dos
artefactos.
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4 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.
SECO II
Punes de Contrastaria
Artigo 16.
Punes de Contrastaria utilizados no territrio nacional
1 - Os punes de contrastaria portugueses so cunhos do Estado que servem para aplicar
as marcas de garantia do toque legal dos metais preciosos conforme previsto no
artigo 17. e para identificar a Contrastaria que as colocou nos termos do nmero
seguinte ou para assinalar as situaes previstas no artigo 18..
2 - Os punes de contrastaria portugueses so produzidos exclusivamente pela INCM e
apenas podem ser utilizados pelas Contrastarias de Lisboa e do Porto e respetiva
delegao de Gondomar.
3 - Os punes de contrastaria portugueses identificam as Contrastarias que os utilizam e
consistem, respetivamente, numa figura curva, ou num octgono irregular simtrico,
consoante se trate das Contrastarias de Lisboa ou do Porto.
4 - Para alm dos punes de contrastaria indicados nos nmeros anteriores, devem existir
nas Contrastarias outros punes, cujos smbolos, designao e significado se
encontram definidos na Conveno sobre Controle e Marcao de Artefactos de Metais
Preciosos, aprovada, para ratificao, pelo Decreto n. 56/82, de 29 de abril, e alterada
pelos Decretos n.s 42/92, de 13 de outubro, 39/99, de 19 de outubro, e 2/2006, de 3
de janeiro, que so reconhecidos como punes de Contrastarias e, como tal,
considerados cunhos do Estado para todos os efeitos legais, nomeadamente os
preventivos e repressivos da sua eventual falsificao.
5 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a violao do
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disposto nos n.s 2 ou 4.
6 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a aposio de
marca de contrastaria falsa em artigo com metal precioso.
7 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a exposio e
venda ao pblico de artigos com metal precioso com marca de contrastaria falsa.
Artigo 17.
Smbolos das marcas de Contrastaria
1 - As marcas de Contrastaria tm os seguintes smbolos:
a) Uma esfera armilar amovvel e sobreposta s palavras platina, ouro, paldio ou
prata, para aplicar nas barras desses metais;
b) Uma cabea de papagaio, voltada para a esquerda, tendo na base um dos
nmeros, em rabe, 999, 950, 900 ou 850, para aplicar nos artigos com platina dos
respetivos toques;
c) Uma cabea de veado, voltada para a esquerda, tendo na base um dos nmeros, em
rabe, 999, 916 ou 800, para aplicar nos artigos com ouro dos respetivos toques;
d) Uma andorinha em voo, tendo na base um dos nmeros, em rabe, 750, 585, 375,
para aplicar em artigos com ouro dos respetivos toques;
e) Uma cabea de lince, voltada para a esquerda, tendo na base um dos nmeros, em
rabe 999, 950 ou 500, para aplicar em artigos com paldio dos respetivos toques;
f) Uma cabea de guia, voltada para a esquerda, tendo na base um dos nmeros,
em rabe, 999 ou 925, para aplicar em artigos com prata dos respetivos toques;
g) Uma cabea de guia, voltada para a direita, tendo na base um dos nmeros, em
rabe, 835, 830 ou 800, para aplicar em artigos com prata dos respetivos toques.
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2 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a exposio e
venda ao pblico de artigos com metal precioso em violao de qualquer uma das
alneas do nmero anterior.
Artigo 18.
Smbolos das marcas especficas de Contrastaria
As marcas de contrastaria destinadas a assinalar as situaes a seguir indicadas, apostas
pelos respetivos punes ou gravadas a laser, tm os seguintes smbolos:
a) Uma cabea de velho, que se deve aplicar nos artefactos de ourivesaria de
interesse especial de grandes dimenses possuidores de marcas de extintos
contrastes municipais;
b) Uma cabea de velho mais pequena do que a referida na alnea anterior, que se
deve aplicar nos artefactos de ourivesaria de interesse especial de pequenas
dimenses possuidores de marcas de extintos contrastes municipais;
c) Uma cabea de velho, coroada com um lourel, que se deve aplicar nos artefactos de
ourivesaria de interesse especial de grandes dimenses e de reconhecido interesse
arqueolgico, histrico ou artstico, de fabrico anterior criao das Contrastarias;
d) Uma cabea de velho, coroada com um lourel, mais pequena do que a referida na
alnea anterior, que se deve aplicar nos artefactos de ourivesaria de interesse
especial de pequenas dimenses e de reconhecido interesse arqueolgico,
histrico ou artstico, de fabrico anterior criao das Contrastarias;
e) Uma pomba, que se deve aplicar em artigos com metal precioso apresentados
individualmente, significando que a garantia de toque se cinge a metal limpo, e
que recebe a designao de puno especial de contrastaria;
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f) Uma cabea de pelicano, que se deve aplicar nos artigos com metal precioso
importados por entidades no registadas, e quando for desconhecido o
responsvel pelo seu fabrico, nomeadamente os artigos destinados a venda em
leiles pblicos e dos artigos apreendidos com fundamento na falta de marca.
Artigo 19.
Marcas comuns de controlo da Conveno sobre Controle e Marcao de Metais
Preciosos
Aos smbolos das marcas utilizadas pelos punes constantes da Conveno sobre
Controle e Marcao de Metais Preciosos, aprovada, para ratificao, pelo Decreto
n. 56/82, de 29 de abril, e alterada pelos Decretos n.s 42/92, de 13 de outubro, 39/99, de
19 de outubro, e 2/2006, de 3 de janeiro, aplicvel o regime dessa Conveno.
Artigo 20.
Gravao de marcas por laser
1 - Quando o artigo com metal precioso no suporte, pela sua constituio, a marca a apor
pelo puno de contrastaria, o operador econmico deve solicitar Contrastaria a
respetiva gravao por laser.
2 - A marcao a laser da marca de responsabilidade pode ser sempre requerida
Contrastaria.
3 - Constitui contraordenao muito grave a gravao de marcas de contrastaria por laser
em artigos com metais preciosos que no seja efetuada por uma Contrastaria.
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Artigo 21.
Autocolante de toque
1 - As etiquetas autocolantes de toque legal com a marca de contrastaria indicativa dos
metais preciosos e dos toques legais so utilizadas em artigos com metal precioso que
no possam suportar a marcao, nem a gravao por laser, bem como na embalagem
dos artigos com metal precioso assepticamente embalados.
2 - Constitui contraordenao muito grave a exposio para venda ao pblico de artigos
que no cumpram o disposto no nmero anterior.
Artigo 22.
Passagem de marca, acrescentamento e substituio
1 - expressamente proibido passar de um para outro artigo com metal precioso a parte ou
o todo que contenha a marca de Contrastaria.
2 - expressamente proibido acrescentar ou substituir qualquer pea ou componente
posteriormente marcao do artigo com a marca de Contrastaria.
3 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.
Artigo 23.
Alterao de marca de Contrastaria e elementos de segurana adicionais
1 - Mediante proposta fundamentada das Contrastarias, a alterao do smbolo da marca de
qualquer puno de contrastaria pode ser autorizada por despacho do membro do
Governo responsvel pela rea das finanas, sempre que essa alterao for justificada
em consequncia de roubo, furto, falsificao, ou por motivo de avano tecnolgico.
2 - As Contrastarias podem fixar elementos de segurana adicionais nos punes e nas
marcas gravadas por laser.
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Artigo 24.
Publicidade das marcas
A INCM torna pblico no seu stio na Internet as marcas de Contrastaria a que se referem
os artigos 17. a 19..
SECO III
Puno de responsabilidade
SUBSECO I
Regras do puno de responsabilidade
Artigo 25.
Smbolos da marca de responsabilidade
1 - A marca de responsabilidade, puncionada ou gravada a laser, consiste numa gravura que
identifica os operadores econmicos mencionados no artigo seguinte, contendo um
desenho privativo e uma letra do nome prprio, dos apelidos ou da sua firma, sendo o
desenho e a letra visivelmente distintos e encerrados num contorno perifrico.
2 - O desenho a que se refere o nmero anterior no pode ser suscetvel de confuso com
outros j existentes, nem extrado do reino animal.
Artigo 26.
Titulares do puno de responsabilidade
1 - O puno de responsabilidade um puno privativo e obrigatrio para os operadores
econmicos licenciados nos termos do artigo 41. e a seguir identificados:
a) Industrial de ourivesaria;
b) Artista de joalharia;
c) Ensaiador fundidor;
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d) Armazenista de ourivesaria, quando marca artigos com metal precioso
provenientes de outros pases, que no se encontrem legalizados para efeitos de
colocao no mercado;
e) Retalhista de ourivesaria, com ou sem estabelecimento, quando marca artigos
com metal precioso provenientes de outros pases, que no se encontrem
legalizados para efeitos de colocao no mercado;
f) Importador de artigos com metais preciosos.
2 - O uso do puno de responsabilidade simultaneamente uma obrigao e um direito
exclusivo dos operadores econmicos referidos no nmero anterior a favor dos quais
for registado, sejam pessoas singulares ou coletivas, bem como dos seus comissrios ou
mandatrios, desde que devidamente credenciados.
3 - expressamente proibida a utilizao e ou a reproduo do puno de responsabilidade
fora dos casos previstos no RJOC.
4 - S permitido o incio de atividade pelos operadores econmicos referidos nas
alneas a) a c) e f) do n. 1, ou o exerccio das atividades nas condies previstas nas
alneas d) e e) do mesmo nmero, aps a tomada de posse do respetivo puno de
responsabilidade.
5 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.
Artigo 27.
Funo do puno de responsabilidade
1 - O puno de responsabilidade serve para identificar cada um dos operadores
econmicos a que se refere o artigo anterior, responsabilizando-os pelo seguinte:
a) Quaisquer defeitos de fabrico dos artigos com metal precioso inapreciveis nos
testes e ensaios da Contrastaria;
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b) Falta de homogeneidade entre os diversos artigos com metais preciosos constantes
dos lotes apresentados para ensaio, ou pela marcao incorreta desses artigos pela
Contrastaria, por esse motivo;
c) Quaisquer vcios praticados sobre os artigos com metais preciosos aps a respetiva
marcao, com o comprovado conhecimento do titular do puno de
responsabilidade;
d) Colocao no mercado de artigos com metais preciosos dispensados de marcao
pela Contrastaria, contendo apenas a marca de responsabilidade do seu titular.
2 - Constitui contraordenao muito grave:
a) A aposio de marca de responsabilidade falsa em artigo com metal precioso;
b) A exposio e venda ao pblico de artigos com metal precioso com marca de
responsabilidade falsa.
3 - Constitui contraordenao grave a violao do disposto nas alneas a), b) ou c) do n. 1.
Artigo 28.
Procedimento de aprovao do puno de responsabilidade
1 - O procedimento para aprovao do puno de responsabilidade inicia-se com a
apresentao no Balco do Empreendedor do desenho privativo do requerente, em
formato eletrnico, de acordo com os requisitos previstos no artigo 25..
2 - Com a apresentao do desenho privativo o requerente procede entrega no Balco do
Empreendedor dos seguintes elementos:
a) Identificao do requerente com meno do nome ou firma e da nacionalidade ou
estatuto de residncia;
b) Endereo da sede ou do domiclio fiscal, consoante se trate de pessoa coletiva ou
de empresrio em nome individual;
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c) Cdigo da certido permanente ou declarao de incio de atividade, consoante se
trate de pessoa coletiva ou de empresrio em nome individual;
d) Certificado de registo criminal do requerente ou, tratando-se de pessoa coletiva,
dos respetivos administradores, diretores ou gerentes;
e) Declarao escrita, sob compromisso de honra, atestando que em relao ao
requerente ou, tratando-se de pessoa coletiva, aos respetivos administradores,
diretores ou gerentes no se verifica qualquer uma das circunstncias que
determinam a inidoneidade do operador econmico;
f) Indicao do local de exerccio da atividade no territrio nacional;
g) Dados de identificao civil, fiscal e criminal do responsvel tcnico de ensaiador-
fundidor qualificado nos termos do artigo 45., no caso de ser submetido a
aprovao o desenho de um puno de responsabilidade de um ensaiador-
fundidor.
3 - O requerente pode ser dispensado da apresentao dos elementos indicados nas alneas
referidas no nmero anterior caso preste o seu consentimento para que a entidade
responsvel pelo procedimento possa, atravs da Plataforma de Interoperabilidade da
Administrao Pblica, proceder sua obteno.
4 - A Contrastaria dispe do prazo de 15 dias para aprovar o desenho, podendo solicitar
esclarecimentos adicionais ou um novo desenho, suspendendo-se o prazo at receo
dos esclarecimentos ou do novo desenho.
5 - Aprovado o desenho privativo, o requerente apresenta na Contrastaria um puno em
conformidade com o desenho aprovado nos termos do nmero anterior, e representado
de forma legvel, para efeito de registo do puno e de arquivo do respetivo smbolo.
6 - A Contrastaria dispe do prazo de 10 dias para confirmar se o puno de
responsabilidade a reproduo fiel e ntida do desenho aprovado nos termos dos
nmeros anteriores.
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7 - Aprovado o puno pela Contrastaria, o titular notificado para tomar posse do puno
e assinar o correspondente termo de responsabilidade pelo seu uso.
8 - No caso de o titular do puno de responsabilidade pretender exercer outra atividade
que exija tambm um puno de responsabilidade nos termos do artigo 26., pode
requerer Contrastaria a manuteno de um nico puno para o exerccio de ambas as
atividades, desde que entregue uma cpia certificada passada pela Autoridade Tributria
e Aduaneira (AT) do respetivo averbamento.
9 - Se o titular do puno de responsabilidade alterar a sua denominao social pode
requerer Contrastaria a manuteno do mesmo puno de responsabilidade, desde que
o faa nos cinco dias seguintes, mediante entrega de cpia certificada da alterao da sua
denominao social.
10 - Os factos indicados nos nmeros anteriores so averbados no registo de atividade.
11 - A aprovao do puno de responsabilidade confere ao seu titular o direito
correspondente utilizao nos termos do RJOC.
12 - A Contrastaria deve organizar e manter atualizado o arquivo dos smbolos das marcas
dos punes de responsabilidade.
13 - Constitui contraordenao muito grave a utilizao de puno de responsabilidade que
no se encontre aprovado nos termos do disposto no presente artigo.
14 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos n.s 8 ou 9.
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Artigo 29.
Integrao no procedimento aplicvel ao exerccio da atividade
O procedimento de aprovao do puno de industrial de ourivesaria e do puno de
ensaiador-fundidor independente dos procedimentos administrativos aplicveis ao
exerccio da atividade industrial nos termos do Sistema de Indstria Responsvel),
aprovado pelo Decreto-Lei n. 169/2012, de 1 de agosto, alterado pelos Decretos-Leis
n.s 165/2014, de 5 de novembro, e 73/2015, de 11 de maio, e a respetiva tramitao
decorre previamente ao procedimento previsto no referido diploma no Balco do
Empreendedor, nos termos do artigo 103. do presente RJOC.
Artigo 30.
Idoneidade
1 - As atividades identificadas no n. 1 do artigo 41., bem como a profisso de responsvel
tcnico de ensaiador-fundidor e a de avaliador de artigos com metais preciosos e de
materiais gemolgicos s podem ser exercidas por operadores econmicos considerados
idneos.
2 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, entende-se que determina a inidoneidade
do operador econmico a verificao de alguma das seguintes circunstncias:
a) Ter sido declarado insolvente por deciso judicial nos ltimos cinco anos,
encontrar-se em fase de liquidao, dissoluo ou cessao de atividade, sujeito a
qualquer meio preventivo de liquidao de patrimnios ou em qualquer situao
anloga, ou que tenha o respetivo processo pendente, salvo quando se encontrar
abrangido por um plano especial de recuperao de empresas ao abrigo da
legislao em vigor;
b) Ter sido condenado, em Portugal ou no estrangeiro, com trnsito em julgado, pela
prtica de um dos seguintes crimes, desde que punveis com pena de priso
superior a seis meses:
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i) Crimes contra o patrimnio;
ii) Crime de trfico de metais preciosos ou de gemas;
iii) Crime de associao criminosa;
iv) Crime de trfico de estupefacientes;
v) Crime de branqueamento de capitais;
vi) Crime de corrupo;
vii) Crimes de falsificao;
viii) Crime de trfico de influncia;
ix) Crimes tributrios ou aduaneiros previstos no Regime Geral das
Infraes Tributrias (RGIT), aprovado pela Lei n. 15/2001, de 5 de
junho;
x) Burla;
xi) Fraude na obteno de puno de contrastaria ou puno de
responsabilidade;
xii) Contrafao ou imitao e uso ilegal de marca de contrastaria.
3 - Determina ainda a inidoneidade do operador econmico a verificao de alguma das
circunstncias elencadas no nmero anterior relativamente aos seus administradores,
diretores ou gerentes.
4 - As condenaes a que se refere a alnea b) do n. 2 deixam de ser relevantes para os
efeitos previstos nesse nmero e no n. 3 a partir da data do cancelamento definitivo da
sua inscrio no registo criminal.
5 - A falta superveniente do requisito de idoneidade determina a caducidade da licena do
operador para o exerccio da atividade reportada data da verificao da circunstncia
que determina a inidoneidade.
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Artigo 31.
Renovao do puno de responsabilidade
1 - O titular de um puno de responsabilidade aprovado nos termos do artigo 28.
mantm o direito de uso durante 10 anos, findos os quais deve renovar o puno.
2 - O pedido de renovao do puno deve ser instrudo nos termos do artigo 28., bem
como com uma cpia da declarao de impostos do ano anterior ou certido da AT
comprovativa do exerccio da atividade.
3 - Aplica-se entrega dos documentos referida no nmero anterior a faculdade prevista no
n. 3 do artigo 28..
4 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no n. 1, sem prejuzo da
aplicao do artigo 35..
SUBSECO II
Vicissitudes do puno de responsabilidade
Artigo 32.
Cessao voluntria de atividade
1 - No caso de cessao voluntria da atividade junto da Contrastaria, o titular de um
puno de responsabilidade pode solicitar Contrastaria a manuteno do registo do
puno aprovado, pelo prazo mximo de cinco anos, desde que prove no ter qualquer
dvida para com o Estado, de qualquer natureza.
2 - A faculdade a que se refere o nmero anterior apenas pode ser exercida se o titular
interessado efetuar o depsito do puno e da correspondente matriz na Contrastaria,
conjuntamente com a comunicao da cessao voluntria da atividade.
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PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
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3 - Se, no decurso do perodo indicado no n. 1, o titular do puno retomar a atividade,
pode efetuar a renovao da autorizao de utilizao do puno junto da Contrastaria
nos termos do RJOC, sendo-lhe restitudos o puno e a matriz.
4 - Findo o prazo indicado no n. 1 sem que o titular do puno retome a atividade, o
puno e a matriz so inutilizados pela Contrastaria nos termos do artigo 37., com a
presena facultativa do titular.
Artigo 33.
Morte ou dissoluo do titular do puno
1 - No caso de morte da pessoa singular ou de dissoluo da pessoa coletiva titular de um
puno de responsabilidade registado, os herdeiros ou os responsveis legais devem, no
prazo mximo de 60 dias, devolver o puno e a correspondente matriz Contrastaria
para se proceder inutilizao destes, nos termos do artigo 37..
2 - Constitui contraordenao grave a violao do dever de devoluo no prazo fixado no
nmero anterior.
3 - Constitui contraordenao muito grave o uso do puno em violao do disposto no
n. 1, sem prejuzo do disposto no artigo seguinte.
Artigo 34.
Transferncia do puno aos herdeiros
1 - No prazo de 60 dias a contar da morte do titular do puno, qualquer um dos herdeiros,
devidamente habilitado e desde que com o consentimento dos demais, pode requerer
Contrastaria:
a) A transferncia, a seu favor, do direito de utilizao do puno;
b) A posse a ttulo precrio do puno e da matriz e a prorrogao do prazo at 150
dias para prova da aquisio do direito de utilizao do puno por morte do
anterior titular.
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2 - O direito transferncia da utilizao do puno indivisvel, podendo ser exercido por
todos ou por alguns dos sucessores, quando regularmente associados.
3 - A posse de um puno a ttulo precrio no pode exceder 150 dias, salvo se a
Contrastaria autorizar a prorrogao do prazo, mediante pedido fundamentado do
detentor do puno para prova do direito a que se refere a alnea b) do n. 1, com o
mximo de trs prorrogaes e at 420 dias no total.
4 - Constitui contraordenao leve a violao do disposto nos n.s 1 ou 2 e na primeira
parte do n. 3.
5 - Constitui contraordenao muito grave o uso do puno para alm do prazo mximo de
prorrogao admitido na parte final do n. 3.
Artigo 35.
Cancelamento do direito de utilizao do puno de responsabilidade
1 - O direito de utilizao do puno de responsabilidade cancelado pela Contrastaria nas
seguintes situaes:
a) Se o titular do puno de responsabilidade no solicitar a renovao, nos termos
do artigo 31.;
b) Se o titular do puno de responsabilidade no proceder devoluo do mesmo
Contrastaria no caso de cessao da atividade no territrio nacional;
c) Se o detentor no solicitar a manuteno da posse precria do puno de
responsabilidade no prazo previsto no n. 3 do artigo anterior.
2 - Para efeito do disposto na alnea b) do nmero anterior, quando a Contrastaria tiver
conhecimento de que o titular do puno suspendeu ou cessou a atividade, voluntria
ou coercivamente no territrio nacional, notifica-o por meio de carta registada com
aviso de receo para que proceda devoluo do puno e da matriz respetiva no
prazo mximo de 30 dias.
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3 - Se o aviso de receo no for devolvido ou se o puno e a matriz no forem entregues
Contrastaria no prazo fixado no nmero anterior, a Contrastaria notifica a entidade
fiscalizadora competente para promover coercivamente a recuperao do puno e da
matriz.
4 - Os punes e as matrizes recuperados nos termos do nmero anterior so inutilizados
de acordo com o disposto no artigo 37..
5 - Constitui contraordenao grave a no devoluo do puno e ou da matriz
Contrastaria, em violao do disposto nos n.s 2 ou 3.
Artigo 36.
Fabrico e reforma do puno de responsabilidade
1 - O fabrico das matrizes e dos punes de responsabilidade pode ser efetuado pela INCM
mediante solicitao do titular ou de outra entidade legitimada para o efeito nos termos
legais.
2 - A reforma do puno de responsabilidade consiste na remarcao do desenho do
puno com base na respetiva matriz e deve ser assegurada pelo seu titular ou por quem
este indicar nos 10 dias seguintes comunicao da Contrastaria de que se encontra
pouco legvel.
3 - Qualquer titular de um puno de responsabilidade pode solicitar INCM que execute a
reforma deste, entregando para o efeito a respetiva matriz.
Artigo 37.
Inutilizao do puno e da matriz
1 - A inutilizao do puno e da matriz efetuada na Contrastaria e na presena do titular
se este o solicitar.
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2 - Na situao prevista no n. 4 do artigo 32., o puno e a matriz entregues
Contrastaria so de imediato destrudos.
3 - Da inutilizao ou da destruio de qualquer puno e respetiva matriz lavrado o
competente auto de destruio.
SECO IV
Outras marcas
Artigo 38.
Direito ao uso de marca comercial
1 - Nos artigos com metal precioso permitida a aposio, por meio de marcao, gravura
ou por qualquer outro processo, de marca comercial pertencente aos titulares ou
legtimos detentores de puno de responsabilidade.
2 - , ainda, permitida aos industriais e artistas de ourivesaria a aposio, por meio de
marcao, gravura ou por qualquer outro processo, de marcas comerciais pertencentes a
terceiros, desde que devidamente mandatados para o efeito.
3 - Constitui contraordenao grave a utilizao de marcas comerciais em artigos com metal
precioso em violao do disposto nos nmeros anteriores.
Artigo 39.
Requisitos das marcas comerciais
1 - As marcas comerciais devem ser apostas em local separado da marca de
responsabilidade de modo a permitir a aplicao da marca de contrastaria.
2 - As marcas comerciais no podem em caso algum ser confundveis com as marcas de
contrastaria e com as marcas de responsabilidade, nem incluir qualquer indicao
relativa ao toque do metal.
3 - Cada artigo com metal precioso s pode ter aposta uma marca comercial.
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4 - Constitui contraordenao grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.
Artigo 40.
Outras marcas
1 - Nos artigos com metal precioso permitida a aposio de outras marcas desde que no
sejam suscetveis de confuso com qualquer outra marca prevista no RJOC.
2 - Nos artigos com metal precioso vedada a aposio de qualquer outra marca indicativa
de um toque diferente do representado pela marca de Contrastaria ou pela marca de
toque, quando aquela no inclua o toque.
3 - Se se verificar a situao indicada no nmero anterior, compete Contrastaria eliminar a
marca de toque, sem prejuzo da aplicao das sanes a que haja lugar.
4 - Constitui contraordenao grave a violao do disposto nos n.s 1 ou 2.
CAPTULO IV
Operadores econmicos
SECO I
Obrigaes dos operadores econmicos
Artigo 41.
Licena de atividade
1 - A licena de atividade dos operadores econmicos do setor da ourivesaria confere ao
titular a faculdade de exerccio da respetiva atividade, a saber:
a) Armazenista de ourivesaria: adquire artigos com metal precioso a industriais,
armazenistas ou corretores de ourivesaria, no mercado comunitrio para os
fornecer a outros operadores e exporta e vende a outros operadores econmicos;
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b) Artista de joalharia: desenha e produz artigos com metal precioso, em oficina
adequada, utilizando meios artesanais, e exporta ou vende esses artigos, incluindo
a joalharia de autor, que se traduz na produo de peas de edio limitada ou
nica, constitudas por materiais no metlicos e metais preciosos e ou comuns;
c) Casa de penhores: expe e vende diretamente ao pblico artigos com metal
precioso e moedas de metais preciosos provenientes dos penhores;
d) Corretor de ourivesaria: adquire artigos com metal precioso, a industriais ou
armazenistas de ourivesaria para os vender ou promover a respetiva venda a
firmas registadas no RJOC;
e) Ensaiador-fundidor: afina, funde e ensaia barras ou lminas de metais preciosos,
em oficina e laboratrios autorizados nos termos legais;
f) Importador de artigos com metais preciosos: importa artigos com metais
preciosos de pases terceiros para os fornecer a outros operadores econmicos;
g) Industrial de ourivesaria: produz artigos com metal precioso em fbrica ou oficina
prpria, instalada e equipada nos termos legais, e vende ou exporta esses artigos;
h) Retalhista de ourivesaria com estabelecimento:
i) Importa ou adquire para exposio e venda ao pblico no seu
estabelecimento artigos com metal precioso, relgios e moedas de metal
precioso;
ii) Vende artefactos revestidos ou chapeados, bem como cristais, acessrios de
moda, artigos militares, papelaria, artesanato, entre outros;
iii) Vende artefactos de ourivesaria de interesse especial;
iv) Vende artefactos de filigrana, ou artefactos reconhecidos e certificados
como de ourivesaria tradicional;
i) Retalhista de ourivesaria sem estabelecimento: exerce o comrcio dos artigos
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referidos na alnea anterior distncia, ao domiclio, em feiras e mercados ou em
locais fora dos estabelecimentos comerciais;
j) Retalhista de compra e venda de artigos com metal precioso usado: exerce a ttulo
principal ou secundrio a atividade de compra e venda, diretamente a particulares,
de artigos com metal precioso usado, bem como a venda dos subprodutos
resultantes da fundio dos artigos com metais preciosos, em estabelecimento
aberto ao pblico.
2 - A cada uma das atividades indicadas no nmero anterior corresponde uma licena, bem
como para cada estabelecimento ou equivalente onde seja exercida a atividade.
3 - A licena de ensaiador fundidor de metais preciosos a que se refere a alnea e) do n. 1
pode ser obtida por pessoas individuais ou coletivas e depende ainda da prvia
verificao cumulativa dos seguintes requisitos:
a) Assegurar o responsvel tcnico, nos termos do artigo 45.;
b) Ser titular de um puno de responsabilidade, nos termos do artigo 26.;
c) Possuir instalaes adequadas e equipadas com a aparelhagem indispensvel
afinao, fundio e execuo dos ensaios, bem como os punes indicativos das
espcies de metais preciosos e punes para marcar os toques das barras ou
lminas que ensaiar, em algarismos rabes.
4 - A licena de retalhista de compra e venda de artigos com metal precioso usado e a
licena de casa de penhores dependem ainda da declarao do operador econmico, sob
compromisso de honra, de que est assegurado o acompanhamento dirio da atividade
de compra e venda de artigos de metais preciosos usados por um avaliador de artigos
com metais preciosos e de materiais gemolgicos, qualificado nos termos do artigo 45.,
sem necessidade de permanncia no local de venda.
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5 - O operador econmico proveniente de outro Estado-Membro da Unio Europeia ou
do Espao Econmico Europeu que pretenda comercializar artigos de metal precioso
em territrio nacional de forma ocasional e espordica, em regime de livre prestao de
servios, est isento de licena, desde que comprove estar legalmente estabelecido nesse
Estado-Membro, devendo para o efeito ser portador do documento comprovativo de
que se encontra legalmente estabelecido nesse Estado-Membro.
6 - proibido o exerccio das atividades indicadas no n. 1 sem a correspondente licena.
7 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no n. 2, nas alneas a), b)
ou c) do n. 3 e nos n.s 4, 5 ou 6.
Artigo 42.
Procedimento de obteno da licena de atividade
1 - O pedido de licena de atividade apresentado no Balco do Empreendedor, dirigido
ao chefe da Contrastaria, acompanhado dos seguintes elementos, quando os mesmos
no tenham j sido presentes para efeitos de aprovao do puno de responsabilidade,
nos termos do artigo 28.:
a) O nome ou firma do titular;
b) O respetivo NIF e domiclio fiscal;
c) O endereo de todos os estabelecimentos ou locais onde seja exercida a atividade,
bem como dos armazns;
d) A modalidade de atividade a exercer e o CAE respetivo;
e) A data de incio de atividade ou de abertura ao pblico de cada estabelecimento;
f) A rea ou a superfcie de venda do espao, local ou estabelecimento comercial;
g) Certido do ato ou contrato que confirma a posse ou legtima ocupao do local
onde se prev o exerccio da atividade;
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h) Comprovativo da aprovao do puno de responsabilidade, quando aplicvel;
i) Termo de responsabilidade do avaliador de artigos com metais preciosos e de
materiais gemolgicos que garante acompanhamento do estabelecimento, no caso
previsto no n. 4 do artigo 41..
2 - A deciso notificada ao interessado no prazo de 30 dias, dispensando-se a audincia
prvia no caso de deferimento do pedido.
3 - A concesso da licena de atividade depende do pagamento da correspondente taxa, a
fixar por portaria do membro do Governo responsvel pela rea das finanas.
4 - A Contrastaria procede ao envio ao interessado, atravs do Balco do Empreendedor,
do Documento de Identificao de Licena de Atividade, ou pode o titular proceder ao
seu levantamento na Contrastaria aps o pagamento da taxa a que se refere o nmero
anterior.
5 - No caso de Licena na hora a respetiva taxa deve ser liquidada de imediato, sendo o
seu montante fixado na portaria referida no n. 3.
6 - O procedimento de obteno da licena de atividade previsto no presente artigo decorre
previamente ao procedimento aplicvel ao exerccio da atividade industrial ao abrigo do
Sistema de Indstria Responsvel), aprovado pelo Decreto-Lei n. 169/2012, de 1 de
agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.s 165/2014, de 5 de novembro, e 73/2015, de
11 de maio, sem prejuzo do disposto no nmero seguinte.
7 - Tratando-se de estabelecimento industrial de tipo 2 ou 1, o industrial pode optar pela
obteno de licena da atividade a que se refere o presente artigo no quadro dos
procedimentos previstos no Sistema de Indstria Responsvel), aprovado pelo Decreto-
Lei n. 169/2012, de 1 de agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.s 165/2014, de 5 de
novembro, e 73/2015, de 11 de maio, sendo, para o efeito, a Contrastaria
territorialmente competente considerada uma das entidades pblicas consultadas nos
termos e para os efeitos previstos no mesmo sistema.
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8 - A licena de atividade concedida vlida pelo perodo de cinco anos, devendo ser
renovada findo esse perodo, sob pena de caducidade.
9 - A renovao da licena de atividade depende da verificao dos requisitos referidos no
n. 1, no estando sujeita ao pagamento de qualquer taxa.
Artigo 43.
Alteraes e cancelamento da licena de atividade
1 - O titular da licena de atividade deve comunicar Contrastaria, atravs do Balco do
Empreendedor, qualquer alterao dos elementos constantes da mesma no prazo
mximo de 30 dias aps a sua ocorrncia.
2 - A licena de atividade oficiosamente cancelada pela Contrastaria nas seguintes
situaes:
a) Cessao da atividade para efeitos fiscais;
b) Condenao por crime relacionado com a atividade exercida, por deciso
transitada em julgado;
c) Verificao de qualquer uma das situaes que determinam a inidoneidade do
operador econmico nos termos do artigo 30.;
d) Caducidade da licena..
3 - Para efeito do disposto na alnea a) do nmero anterior, a AT comunica oficiosamente
s Contrastarias a cessao de atividade dos operadores referidos no n. 1 do artigo 41..
4 - Nas situaes previstas no n. 2, o operador econmico fica obrigado a entregar na
Contrastaria o puno de responsabilidade e a matriz no prazo mximo de 10 dias, a
contar da data de cessao de atividade para efeitos fiscais, da deciso condenatria ou
da notificao efetuada para o efeito.
5 - Constitui contraordenao leve a violao do disposto no n. 1.
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PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
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6 - Constitui contraordenao muito grave a falta de devoluo do puno de
responsabilidade, e ou a falta de devoluo da matriz, em violao do disposto no n. 4,
sem prejuzo da aplicao do n. 3 do artigo 35..
Artigo 44.
Deveres do ensaiador-fundidor
1 - No mbito da sua atividade, o ensaiador-fundidor est obrigado a:
a) Marcar as barras ou lminas com o puno de responsabilidade e com os punes
indicativos da espcie de metal ou metais preciosos presentes e dos respetivos
toques;
b) Emitir um boletim de ensaio por cada barra ou lmina que fundir e ensaiar, com o
desenho do seu puno impresso, o nmero de registo do ensaio, o toque
encontrado e o peso da barra ou lmina;
c) Comunicar Contrastaria e participar autoridade policial as suspeitas de que os
objetos ou os fragmentos de metal precioso entregues para fundir possuam valor
arqueolgico, histrico ou artstico, abstendo-se de proceder fundio desses
objetos;
d) Comunicar Contrastaria e participar autoridade policial as suspeitas de que os
objetos ou fragmentos de metal precioso entregues para fundir tm uma
provenincia delituosa, abstendo-se de proceder fundio desses objetos;
e) Exigir o comprovativo escrito de que o operador econmico cumpriu a obrigao
constante do n. 6 do artigo 66. tratando-se de fundir artigos com metais
preciosos usados.
2 - Na situao prevista nas alneas c) e d) do nmero anterior, o ensaiador- fundidor pode
entregar os objetos autoridade policial no momento da comunicao, lavrando-se o
competente auto policial.
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PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
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3 - O ensaiador-fundidor responsvel pelos prejuzos resultantes da falta de
homogeneidade verificada nas barras ou lminas fundidas nas suas instalaes, bem
como pelos erros cometidos nos ensaios que efetuar.
4 - O ensaiador-fundidor tem a obrigao de organizar e manter diariamente atualizado o
registo eletrnico com a identificao das peas a ensaiar e ou fundir, tais como barras,
lminas ou outro tipo de artigos com metal precioso.
5 - O ensaiador-fundidor deve assegurar que o registo a que se refere o nmero anterior
sequencialmente numerado, e contm a data, o nome e a morada do apresentante, a
espcie do metal, o peso e os toques encontrados, as quantidades e pesos de peas
fundidas, assim como a identificao dos compradores, com o seu nome, morada e NIF
e os dados a que se refere a alnea e) do n. 1 sempre que aplicvel.
6 - O ensaiador-fundidor deve garantir que o registo eletrnico se encontra disponvel para
o chefe da Contrastaria, as autoridades policiais e a ASAE.
7 - Constitui contraordenao grave a violao de cada um dos deveres fixados nas
alneas a), b), c) ou e) do n. 1, bem como a violao do disposto nos n.s 3, 4, 5 ou 6.
SECO II
Requisitos de acesso e exerccio das atividades de responsvel tcnico de
ensaiador-fundidor de artigos com metais preciosos e de avaliador de artigos com
metais preciosos e de materiais gemolgicos
Artigo 45.
Ttulo profissional
1 - Podem obter o ttulo profissional para o exerccio da atividade de responsvel tcnico
de ensaiador-fundidor de artigos com metais preciosos os candidatos que
cumulativamente:
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a) Renam condies de idoneidade nos termos do artigo 52.;
b) Obtenham aprovao em exame nos termos do artigo 48..
2 - Podem obter o ttulo profissional para o exerccio da atividade de avaliador de artigos
com metais preciosos e de materiais gemolgicos os candidatos que cumulativamente:
a) Renam condies de idoneidade nos termos do artigo 52.;
b) Obtenham aprovao em exame nos termos do artigo 48..
3 - O responsvel tcnico de ensaiador-fundidor e o avaliador de artigos com metais
preciosos e de materiais gemolgicos encontram-se obrigados ao sigilo profissional.
4 - A INCM a entidade competente para o procedimento de habilitao e emisso do
ttulo de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de artigos com metais preciosos e
de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos, nos termos
dos artigos seguintes.
5 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.
Artigo 46.
Atividade de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de artigos com metais
preciosos
A atividade de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor, habilitado com o respetivo ttulo
profissional vlido, consiste em confirmar a certeza e assegurar o rigor tcnico do exerccio
da atividade econmica do ensaiador-fundidor, designadamente pelas seguintes funes:
a) Ensaiar os metais preciosos de acordo com os mtodos de ensaio definidos no
RJOC;
b) Assinar o boletim de ensaio emitido por cada barra ou lmina que seja fundida e
ensaiada;
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PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
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c) Assegurar a correta marcao das barras ou lminas com o puno de
responsabilidade e com os punes indicativos da espcie de metal ou metais
preciosos presentes e dos respetivos toques;
d) Fundir os metais preciosos de modo a garantir a homogeneidade;
e) Proceder afinao de metais preciosos.
Artigo 47.
Atividade de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos
1 - A atividade de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos,
habilitado com o respetivo ttulo profissional vlido, consiste, designadamente no
exerccio das seguintes funes:
a) Avaliar artigos com metais preciosos;
b) Avaliar materiais gemolgicos;
c) Conferir os artigos com metais preciosos, para efeito de iseno de direitos, que se
encontrem em regime de reimportao ou importao e exportao temporrias.
2 - O avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos est obrigado a
observar as seguintes regras:
a) Emitir certides das avaliaes que efetuar;
b) Possuir a aparelhagem necessria ao exerccio da profisso;
c) Possuir um registo eletrnico das avaliaes realizadas, numerado sequencialmente,
do qual conste o nmero de ordem, a designao, a qualidade, a quantidade e o
peso dos objetos avaliados, a designao d
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