avaliador oficial

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Tese sobre Avaliador Oficial perdido na ribeira grande e que lhe disseram que encontraram uma gaivota malhada com uma pata meia torta e escachada em tres.

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  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    1

    Proposta de Lei n. 330/XII

    Exposio de Motivos

    Decorridas vrias dcadas de vigncia do Regulamento das Contrastarias, aprovado pelo

    Decreto-Lei n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis n.s 57/98, de 16

    de maro, e Decreto-Lei n. 171/99, de 19 de maio, tendo em conta o desenvolvimento

    tcnico e cientfico dos processos e mtodos de fabrico e marcao de artigos de metais

    preciosos, bem como a evoluo que se registou na sociedade no sentido do aumento de

    prticas ilcitas de falsificaes e burlas relacionadas com a comercializao de artigos com

    metais preciosos, que exigem um novo quadro normativo, capaz de assegurar a adequada

    proteo dos legtimos direitos e interesses dos consumidores, entende o Governo ser de

    propor um novo regime jurdico-legal do setor, com o duplo objetivo de melhor regular o

    exerccio do comrcio de artigos com metais preciosos, incluindo os artigos oriundos de

    outros Estados-Membros da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, a par

    das atividades mais sensveis neste setor, como so as de ensaiador-fundidor e de avaliador

    de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos.

    A presente proposta de lei aprova, por isso, o regime jurdico da ourivesaria e das

    contrastarias (RJOC), visando disciplinar o setor do comrcio de artigos com metais

    preciosos e a prestao de servios pelas contrastarias, bem como regular as atividades

    profissionais de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de metais preciosos e de

    avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    2

    O RJOC responde aos objetivos visados na Resoluo da Assembleia da Repblica

    n. 9/2013, de 4 de fevereiro, que recomendou ao Governo a reviso do Regulamento das

    Contrastarias, aprovado pelo Decreto-Lei n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos

    Decretos-Leis n.s 57/98, de 16 de maro, e 171/99, de 19 de maio, o qual conta com

    disposies j revogadas por diplomas avulsos, tais como: o Decreto-Lei n. 384/89, de 8

    de novembro, o Decreto-Lei n. 365/99, de 17 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei

    n. 114/2011, de 30 de novembro, e o Decreto-Lei n. 75/2004, de 27 de maro.

    Com efeito, o RJOC introduz procedimentos simplificados com vista a conferir maior

    clareza e eficcia na aplicao do regime da colocao no mercado nacional e da

    comercializao de artigos com metais preciosos, incluindo os artigos com metais preciosos

    usados. Alm disso, o RJOC procura densificar as responsabilidades das entidades

    competentes, tais como a Imprensa-Nacional Casa da Moeda, S.A., que integra as

    contrastarias nacionais, o Instituto Portugus da Qualidade, I.P., a Autoridade Tributria e

    Aduaneira), a Autoridade de Segurana Alimentar e Econmica e as autoridades policiais,

    bem como regular o exerccio das atividades econmicas do setor da ourivesaria e da

    joalharia em termos adequados s exigncias do conhecimento e das prticas do tempo

    atual.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    3

    Por outro lado, o RJOC consolida o novo quadro jurdico-legal deste setor, no respeito

    pelas disposies internacionais vigentes na matria, acolhendo, por remisso expressa, a

    Conveno sobre o Controle e Marcao de Artefactos de Metais Preciosos de que

    Portugal parte, aprovada, para ratificao, pelo Decreto n. 56/82, de 29 de abril, a qual

    foi objeto de emendas aprovadas pelos Decretos n.s 42/92, de 13 de outubro, e 39/99, de

    19 de outubro, e pelo Decreto n. 2/2006, de 3 de janeiro, que incluiu o paldio na lista dos

    metais preciosos, e nos termos da qual foi criada a marca comum de controlo e que contm

    outras normas tcnicas para o ensaio e a marcao de artefactos de metais preciosos com

    vista a facilitar o comrcio internacional destes artigos, mantendo a proteo dos

    consumidores. A Conveno referida estabelece que os artefactos de metais preciosos

    devem ser submetidos, em cada pas, ao controle de um organismo de ensaio e marcao

    independente do setor da ourivesaria, designado por cada Estado. No caso portugus, as

    Contrastarias de Lisboa e do Porto foram indicadas como sendo as entidades com

    competncia exclusiva para proceder marcao de artigos de metais preciosos com a

    Marca Comum de Controlo. Assim, e no que respeita s entidades competentes para a

    aplicao do RJOC, as Contrastarias so consideradas o organismo de ensaio e marcao

    independente no quadro interno e para efeitos de reconhecimento ao nvel do espao

    europeu e dos acordos e convenes de que o Estado Portugus parte, e so eliminadas

    as atuais barreiras territoriais ao acesso s Contrastarias, cujas competncias so, alis,

    desenvolvidas e clarificadas nos servios de interesse pblico que asseguram, a par de

    outros servios que prestem em regime de concorrncia.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    4

    De entre as principais inovaes introduzidas pelo RJOC no domnio do comrcio de

    artigos com metais preciosos salienta-se a eliminao da limitao territorial que at hoje foi

    imposta aos retalhistas mistos, a possibilidade de comercializao de artigos com metais

    preciosos compostos, a previso do aumento do peso dos artigos de metais preciosos

    dispensados de marcao, a possibilidade de aposio de marcas comerciais nos artigos

    mediante determinadas condies, a disciplina do comrcio eletrnico de artigos com

    metais preciosos, o procedimento de licenciamento dos operadores econmicos, atravs do

    Balco do Empreendedor, o estabelecimento de normas para a atividade de compra e

    venda de artigos com metal precioso usados, bem como o incremento das obrigaes de

    informao visveis ao pblico nos locais de venda e de divulgao pelos canais eletrnicos.

    De igual forma, o RJOC tem em conta as regras de reconhecimento mtuo da marcao de

    artigos com metais preciosos decorrentes do Regulamento (CE) n. 764/2008, do

    Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de julho de 2008, que estabelece procedimentos

    para a aplicao de certas regras tcnicas nacionais a produtos legalmente comercializados

    noutro Estado-Membro, comummente designado por Regulamento do Reconhecimento

    Mtuo, ao abrigo do qual se consagra expressamente que o Sistema Portugus um

    sistema de autorizao prvia. Este sistema traduz-se na verificao da conformidade,

    previamente respetiva colocao no mercado do territrio nacional, dos artigos com

    metal precioso com o regime de ensaio e marcao estabelecido no RJOC.

    Os operadores econmicos que pretendam exercer qualquer uma das atividades de

    indstria e comrcio do setor de ourivesaria devem obter previamente a respetiva licena.

    Neste mbito, cumpre ainda referir a Diretiva n. 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e

    do Conselho, de 12 de dezembro de 2006, relativa aos servios no mercado interno, a

    Diretiva Servios, transposta para a ordem jurdica interna atravs do Decreto-Lei

    n. 92/2010, de 26 de julho, que aplicvel s atividades de servios, incluindo o comrcio

    do setor de ourivesaria e, em especial, aos avaliadores de artigos com metais preciosos e de

    materiais gemolgicos, e cujo regime, nessa medida o RJOC harmoniza e consolida.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

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    Por outro lado, o RJOC prev o reforo dos mecanismos de fiscalizao, acompanhado de

    uma maior responsabilizao dos operadores econmicos e das demais entidades

    intervenientes nos procedimentos. Este reforo dos mecanismos de fiscalizao preventiva

    e sancionatrios passa pela consolidao de regimes que se encontram atualmente

    dispersos por diversos diplomas, implicando a ateno ao enquadramento penal para a

    prtica de crimes de falsificao, furto e burla relacionados com o setor da ourivesaria e das

    contrastarias, e tambm pela reviso do quadro contraordenacional, com o correspondente

    reforo do regime sancionatrio. Com efeito, torna-se necessria a reviso do regime

    contraordenacional aplicvel neste domnio para sistematizar as contraordenaes

    consoante a gravidade da infrao e, nessa medida, graduar os limites das coimas aplicveis,

    em termos que sejam considerados adequados ao modelo de maior exigncia e de

    responsabilizao dos operadores econmicos. Neste particular, merece destaque a

    densificao das prticas que podem constituir crime ou contraordenao leve, grave e

    muito grave, com a correspondente graduao dos limites mnimos e mximos das coimas

    aplicveis, assumindo-se a inteno de um efetivo efeito dissuasor da prtica da infrao

    mediante a cominao de uma sano proporcional gravidade do ato praticado.

    Em sntese, a reviso e a consolidao legislativa efetuadas pelo RJOC vai permitir a

    aplicao do direito com maior clareza, certeza e segurana, em benefcio dos profissionais

    deste setor, dos agentes de fiscalizao e dos consumidores de artigos com metais

    preciosos, que merecem a tutela dos seus legtimos interesses por parte do Estado.

    A presente proposta de lei foi objeto de notificao Comisso Europeia, ao abrigo da

    Diretiva n. 98/34/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de junho, alterada

    pela Diretiva n. 98/48/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de julho de

    1998, relativa a um procedimento de informao no domnio das normas e

    regulamentaes tcnicas e das regras relativas aos servios da sociedade da informao,

    transposta para a ordem jurdica interna pelo Decreto-Lei n. 58/2000, de 18 de abril.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

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    Foram ouvidos os rgos de governo prprio das Regies Autnomas, a Associao

    Nacional de Municpios Portugueses, a Comisso de Regulao do Acesso a Profisses, a

    Comisso Nacional de Proteo de Dados e as Associaes representativas do setor de

    ourivesaria e da relojoaria de Portugal.

    Assim:

    Nos termos da alnea d) do n. 1 do artigo 197. da Constituio, o Governo apresenta

    Assembleia da Repblica a seguinte proposta de lei:

    Artigo 1.

    Objeto

    A presente lei aprova o regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias.

    Artigo 2.

    Aprovao do regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias

    aprovado, em anexo presente lei e da qual faz parte integrante, o regime jurdico da

    ourivesaria e das contrastarias.

    Artigo 3.

    Dispensa de matrcula e licena

    As entidades que se encontravam dispensadas de matrcula e licena, nos termos do n. 3

    do artigo 15. do Decreto-Lei n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis

    n.s 57/98, de 16 de maro, e 171/99, de 19 de maio, dispem do prazo 60 dias a contar da

    publicao da presente lei para procederem obteno da licena exigida no regime

    jurdico da ourivesaria e das contrastarias, aprovado em anexo presente lei, por cada

    estabelecimento onde seja efetuada a venda de artigos com metais preciosos, constituindo a

    falta de licena contraordenao muito grave, punida de acordo com o disposto no mesmo

    regime jurdico.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

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    Artigo 4.

    Avaliadores oficiais

    1 - Os avaliadores oficiais que tenham sido empossados pela INCM, ao abrigo do Decreto-

    Lei n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis n.s 57/98, de 16 de

    maro, e 171/99, de 19 de maio, passam a ter as funes atribudas no regime jurdico

    da ourivesaria e das contrastarias, aprovado em anexo presente lei, aos avaliadores de

    artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos, sem necessidade de qualquer

    formalismo adicional, cabendo INCM assegurar o averbamento do ttulo profissional

    no respetivo processo individual.

    2 - Para efeitos do disposto no artigo 46. do regime jurdico da ourivesaria e das

    contrastarias, aprovado em anexo presente lei, todos os avaliadores oficiais que

    tenham mais de 10 anos como profissionais em exerccio da atividade desde a data da

    respetiva nomeao devem fazer, uma prova de reavaliao dos seus conhecimentos, no

    prazo de 180 dias a contar da entrada em vigor da presente lei.

    Artigo 5.

    Implementao do sistema de segurana

    O disposto no artigo 67. do regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias, aprovado

    em anexo presente lei, deve ser implementado no prazo de 180 dias a contar da

    publicao da presente lei.

    Artigo 6.

    Regulamentao

    No prazo de 90 dias a contar da publicao da presente lei aprovada:

    a) A portaria que fixa as taxas devidas nos termos do regime jurdico da ourivesaria e

    das contrastarias, aprovado em anexo presente lei;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

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    b) A portaria que fixa as condies mnimas do seguro de responsabilidade civil

    mencionado nos artigos 54. e 55. do regime jurdico da ourivesaria e das

    contrastarias, aprovado em anexo presente lei.

    Artigo 7.

    Disposio transitria

    1 - Os agentes econmicos que exeram a atividade de compra e venda de artigos com

    metal precioso usado, incluindo aqueles que exeram essa atividade ao abrigo de

    matrcula de retalhista de ourivesaria, devem requerer, no prazo de 60 dias a contar da

    entrada em vigor da presente lei, a licena de retalhista de compra e venda de artigos

    com metal precioso usado.

    2 - Nas situaes previstas no nmero anterior, e para efeitos do disposto no n. 4 do

    artigo 41. do regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias, aprovado em anexo

    presente lei, os retalhistas de compra e venda de artigos com metal precioso usado e de

    casa de penhores dispem de um prazo de 180 dias.

    3 - Aps o decurso do prazo referido no n. 1, a Autoridade de Segurana Alimentar e

    Econmica (ASAE) ou as autoridades policiais podem encerrar e selar as instalaes dos

    operadores econmicos no licenciados ou relativamente aos quais no se verifique

    existir pedido de licenciamento em tramitao.

    4 - Do encerramento e selagem das instalaes realizados nos termos do nmero anterior

    dado conhecimento s Contrastarias.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

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    5 - A reabertura das instalaes pode ser autorizada pela ASAE ou pela autoridade policial

    que tiver procedido ao encerramento nos casos em que seja apresentado pedido de

    licenciamento em prazo igual ou inferior a 30 dias a contar do encerramento e selagem,

    e aps deferimento do mesmo pela Contrastaria.

    6 - A quebra da selagem a que se refere o presente artigo punida nos termos do

    artigo 356. do Cdigo Penal, se pena mais grave no couber por fora de outra

    disposio legal.

    Artigo 8.

    Norma revogatria

    So revogados:

    a) O Decreto-Lei n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis

    n.s 57/98, de 16 de maro, e 171/99, de 19 de maio;

    b) O Decreto-Lei n. 384/89, de 8 de novembro;

    c) O Decreto-Lei n. 57/98, de 16 de maro;

    d) O Decreto-Lei n. 171/99, de 19 de maio;

    e) O Decreto-Lei n. 75/2004, de 27 de maro;

    f) A Portaria dos Ministros das Finanas e da Indstria e Energia, publicada no Dirio

    da Repblica, 2. srie, de 29 de novembro de 1989.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

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    Artigo 9.

    Entrada em vigor

    A presente lei entra em vigor no prazo de 90 dias a contar da data da sua publicao.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 7 de maio de 2015

    O Primeiro-Ministro

    O Ministro da Presidncia e dos Assuntos Parlamentares

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

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    ANEXO

    (a que se refere o artigo 2.)

    REGIME JURDICO DA OURIVESARIA E DAS CONTRASTARIAS

    CAPTULO I

    Disposies gerais

    Artigo 1.

    Objeto

    O regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias, doravante RJOC regula o setor do

    comrcio de artigos com metais preciosos e a prestao de servios pelas contrastarias,

    bem como as atividades profissionais de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de

    metais preciosos e de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais

    gemolgicos.

    Artigo 2.

    mbito

    O RJOC aplica-se a todos os artigos com metais preciosos, com exceo dos artigos

    com metais preciosos destinados a uso cientfico, tcnico, dentrio ou mdico, bem

    como a moedas de metal precioso, de curso legal ou antigas, os quais so regidos por

    legislao prpria.

    Artigo 3.

    Definies

    Para efeitos do disposto no RJOC, entende-se por:

    a) Acrescentamento, o ato de ligar a um artigo com metal precioso marcado com

    os punes de contrastaria, qualquer outro artefacto ou pertence, ou ainda s

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    parte dele, no marcado com os referidos punes;

    b) Artefactos compostos, os artefactos constitudos por partes de metal precioso e

    partes de metal comum, fora dos casos a que se refere o requisito tcnico previsto

    na alnea h) do n. 1 do artigo 56., usados por razes decorativas;

    c) Artefactos de bijuteria, os artefactos de metal comum;

    d) Artefactos de metal precioso ou artefactos de ourivesaria, os artefactos

    constitudos por metais preciosos ou pelas respetivas ligas, adornados ou no com

    pedras, prolas, esmaltes ou outros materiais no metlicos, incluindo os

    artefactos mistos de metal precioso e os relgios de metal precioso;

    e) Artefactos de ourivesaria de interesse especial, os artefactos de ourivesaria de

    reconhecido merecimento arqueolgico, histrico ou artstico que tenham sido

    fabricados em territrio nacional anteriormente criao das Contrastarias e os

    que contenham marcas de extintos contrastes municipais;

    f) Artefactos mistos de metal precioso, os artefactos com partes de diferentes

    metais preciosos;

    g) Artefactos revestidos ou chapeados, os artefactos que tm a superfcie revestida

    ou chapeada por uma camada de metal precioso ou de uma liga deste metal,

    aplicada, de maneira indissocivel, sobre um suporte composto de outro metal

    precioso ou comum, a todo o artefacto ou na parte deste, por um processo

    qumico, eletroqumico ou mecnico, sendo que:

    i) Os artefactos revestidos ou chapeados cujo metal base seja metal precioso

    de toque legal, so considerados artefactos de metal precioso;

    ii) Os artefactos revestidos ou chapeados sobre metal comum, nos quais se

    incluem os artefactos designados por bilaminados, as casquinhas, os

    plaqus, os dourados e os prateados, no so considerados artefactos de

    metal precioso;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    13

    h) Artigos com metal precioso, os artefactos de metal precioso, os artefactos

    compostos, as medalhas e os objetos comemorativos de metal precioso, as barras

    de metal precioso, abreviadamente designados por artigos;

    i) Artigos com metal precioso usados, os artigos com metal precioso

    comercializados em segunda mo;

    j) Artigos com metal precioso exportados, os artigos com metal precioso fornecidos

    a pases terceiros a partir do territrio nacional, no mbito de atividade comercial,

    a ttulo oneroso ou gratuito;

    k) Artigos com metal precioso importados, os artigos com metal precioso

    adquiridos a fornecedores de pases terceiros para colocao no mercado nacional;

    l) Autocolante de toque, a etiqueta autocolante com a marca de contrastaria,

    indicativa dos metais e toques;

    m) Barra de metal precioso,- o produto resultante da fundio de um ou mais

    metais preciosos;

    n) Contrastarias, os servios oficiais e tcnicos integrados na Imprensa Nacional

    Casa da Moeda, S.A. (INCM), que asseguram o ensaio e a marcao dos artigos

    com metais preciosos, bem como a aposio da marca de garantia do toque legal

    desses artigos, e exercem as demais competncias previstas no RJOC;

    o) Disponibilizao no mercado de artigo com metal precioso, a colocao,

    distribuio ou utilizao no mercado nacional de um artigo com metal precioso,

    no mbito de uma atividade comercial, a ttulo oneroso ou gratuito;

    p) Distribuidor ou Distribuidor de artigo com metal precioso, a pessoa singular

    ou coletiva estabelecida num Estado-Membro da Unio Europeia ou no Espao

    Econmico Europeu que, no circuito comercial e alm do importador,

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

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    disponibiliza um artigo no mercado, a ttulo oneroso ou gratuito, sem alterar as

    suas caractersticas;

    q) Exportao de artigo com metal precioso, o fornecimento a um pas terceiro, no

    mbito de uma atividade comercial, a ttulo oneroso ou gratuito, de artigo com

    metal precioso a partir do territrio nacional;

    r) Exportador de artigo com metal precioso, a pessoa singular ou coletiva

    responsvel pela exportao a partir do territrio nacional de artigo com metal

    precioso;

    s) Filigrana, o resultado do trabalho executado com dois ou mais fios de um metal

    precioso, torcidos, batidos e ligados entre si com solda, na quantidade

    indispensvel consolidao do conjunto, de modo a obter um tecido rendilhado;

    t) Importao de artigo com metal precioso, a introduo em livre prtica ou no

    consumo no territrio aduaneiro da Unio Europeia, atravs do territrio

    nacional, de um artigo com metal precioso proveniente de pas terceiro;

    u) Importador de artigo com metal precioso, a pessoa singular ou coletiva

    responsvel colocao em livre prtica ou no consumo no territrio aduaneiro da

    Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, atravs do territrio

    nacional, de um artigo com metal precioso proveniente de pas terceiro;

    v) Liga de metal precioso, a soluo slida contendo, pelo menos, um metal

    precioso;

    w) Lote, o conjunto de artefactos do mesmo metal ou idntica combinao de

    metais, de igual toque legal e denominao, obtidos pela mesma tcnica de

    fabrico, ou da combinao do mesmo metal precioso e metal comum;

    x) Marca, a impresso em relevo aposta por um puno ou gravada por laser no

    artigo com metal precioso;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

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    y) Marca de contrastaria, a marca aposta por um puno, gravada por laser ou

    impressa numa etiqueta autocolante que identifica a contrastaria que efetua a

    marcao do artigo com metal precioso e, em geral, o metal precioso e o toque

    legal em causa;

    z) Marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente, a marca aposta por um

    puno de responsabilidade ou gravada por laser, identificadora do responsvel

    pela introduo no mercado do artigo com metal precioso;

    aa) Marca de toque, a marca aposta por um puno ou gravada por laser que

    identifica o toque legal em causa em algarismos rabes;

    bb) Materiais gemolgicos, as gemas, as substncias orgnicas e os produtos

    artificiais usados em joalharia ou em objetos decorativos, nos termos do The

    Gemstone Book da Confederao Mundial de Joalharia;

    cc) Matriz, o cunho em ao gravado com o desenho do puno;

    dd) Medalhas e objetos comemorativos em metal precioso, os artigos em metal

    precioso obtidos por meio de estampagem, de fundio ou de montagem;

    ee) Metais comuns, todos os metais, exceto os metais preciosos;

    ff) Metais preciosos, a platina, o ouro, o paldio e a prata, assim indicados por

    ordem decrescente de preciosidade;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    16

    gg) Organismo de ensaio e marcao independente, a Contrastaria, bem como a

    entidade competente de outro pas que exerce as funes de contrastaria,

    incluindo a realizao de ensaios e anlises por laboratrios acreditados pelo

    Instituto Portugus de Acreditao, I.P., ou pelo organismo nacional de

    acreditao relevante na aceo do Regulamento (CE) n. 765/2008, do

    Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 julho de 2008, bem como a marcao

    dos artigos com metais preciosos que constitua a garantia de toque legal desses

    artigos e cuja gesto e pessoal administrativo e tcnico seja independente de

    quaisquer crculos, grupos ou pessoas com interesses, direta ou indiretamente,

    ligados a esta rea de atividade;

    hh) Passagem de marca, o ato de ligar, a um artigo com metal precioso carecido de

    marca de contrastaria, ou de marca equivalente, feita por organismo de ensaio e

    marcao independente, qualquer outro artefacto ou parte dele, do mesmo ou de

    diferente toque, que contenha uma das referidas marcas;

    ii) Puno, a ferramenta metlica feita de ao que contm numa das extremidades

    uma gravura invertida, a qual utilizada para aplicar marcas;

    jj) Puno de contrastaria, o puno que contm a gravura correspondente

    Contrastaria ou ao organismo de ensaio e marcao independente que a utiliza e

    que corresponde, em geral, a um determinado metal e toque legal, utilizado para

    certificar os artigos com metais preciosos com toques legais, nos termos e para os

    efeitos previstos no RJOC;

    kk) Puno de responsabilidade, de fabrico ou equivalente, o puno que contm a

    gravura identificadora do responsvel pela colocao do artigo com metal

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

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    precioso no mercado nacional;

    ll) Relgio de metal precioso, o relgio cuja caixa feita de metal precioso;

    mm) Subproduto novo resultante de artigos com metal precioso usados, o artigo

    com metal precioso no transformado, em forma de barra, lmina ou outro

    artigo com metais preciosos que resulte da fundio de artigos com metal

    precioso usados e adquiridos a um particular.

    nn) Toque, o contedo de um dado metal precioso, medido em termos de partes

    por mil (milsimas), em peso de liga;

    oo) Toque legal, o contedo mnimo de um dado metal precioso, medido em

    termos de partes por mil (milsimas), em peso de liga, definido nos termos do

    RJOC.

    Artigo 4.

    Contrastarias

    1 - As Contrastarias so servios oficiais integrados na INCM, sem prejuzo da sua total

    independncia face gesto desta.

    2 - Os colaboradores das Contrastarias esto sujeitos aos impedimentos constantes do

    Cdigo do Procedimento Administrativo, no podendo desenvolver qualquer atividade

    industrial, comercial, de importao ou de exportao relativas a artigos com metais

    preciosos, seja diretamente, seja por interposta pessoa, individualmente, ou por meio de

    uma sociedade comercial.

    3 - As Contrastarias encontram-se distribudas pelo territrio nacional do seguinte modo:

    a) A Contrastaria de Lisboa, que abrange os distritos de Beja, vora, Faro, Leiria,

    Lisboa, Portalegre, Santarm, Setbal e as Regies Autnomas;

    b) A Contrastaria do Porto, que inclui a delegao de Gondomar, e abrange os

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    18

    distritos de Aveiro, Braga, Bragana, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Porto,

    Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

    4 - Cada Contrastaria dirigida por um chefe de Contrastaria, o qual reporta ao diretor das

    Contrastarias, nomeado pelo conselho de administrao da INCM.

    5 - Os particulares e os operadores econmicos podem recorrer aos servios de qualquer

    Contrastaria, independentemente da sua situao geogrfica.

    6 - Por despacho do membro do Governo responsvel da rea das finanas podem ser

    criadas outras Contrastarias em qualquer parte do territrio nacional, ou fora dele, desde

    que a expanso e o desenvolvimento da indstria ou do comrcio de ourivesaria o

    justifiquem.

    Artigo 5.

    Misso e competncias

    1 - As Contrastarias tm por misso assegurar o servio pblico de garantir a espcie e o

    toque dos metais preciosos, certificar os profissionais para o exerccio das atividades de

    responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de metais preciosos e de avaliador de artigos

    com metais preciosos e de materiais gemolgicos, com vista a assegurar a defesa dos

    consumidores e o cumprimento das disposies do RJOC.

    2 - Sem prejuzo de outras competncias que lhes sejam atribudas por lei, as Contrastarias

    detm as seguintes competncias exclusivas:

    a) Confirmar a marca comum de controlo ou as marcas de garantia de toque

    reconhecidas, quando solicitada ou quando necessrio nos termos legais;

    b) Ensaiar e marcar, pela aposio da marca de contrastaria e a marca de toque,

    quando aquela no inclua o toque, os artigos com metal precioso, de forma a

    garantir a espcie e o toque dos respetivos metais preciosos;

    c) Aprovar os punes de responsabilidade nos termos previstos no RJOC;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    19

    d) Conceder licena para o exerccio da atividade aos operadores econmicos do

    setor de ourivesaria nos termos previstos no RJOC e organizar e manter

    atualizado o registo informtico desses operadores e dos respetivos punes de

    responsabilidade aprovados;

    e) Prestar servios de peritagens de artigos com metais preciosos nos termos previstos

    no RJOC;

    f) Prestar informao tcnica sobre a legalizao de artigos com metal precioso;

    g) Integrar a composio de comisses tcnicas e jurdicas representativas de Portugal

    junto de organizaes e instncias internacionais referentes atividade das

    Contrastarias, mediante indicao do Governo, em termos a definir por despacho

    do membro do Governo responsvel pela rea das finanas.

    3 - Compete s Contrastarias de Lisboa e do Porto exercer as faculdades inerentes

    qualidade de organismo de ensaio e marcao independente nos termos e para os efeitos

    das disposies do RJOC.

    Artigo 6.

    Servios adicionais

    1 - Qualquer pessoa singular ou coletiva pode solicitar s Contrastarias a prestao de

    outros servios no previstos no RJOC desde que respeitem atividade destas e dos

    servios tcnicos da INCM, nomeadamente os seguintes:

    a) Informaes e exames aos metais e marcas das peas apresentadas;

    b) Ensaios qumicos sobre os artigos apresentados;

    c) Marcao a laser;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    20

    d) Servios de ensaio e marcao fora das instalaes das Contrastarias;

    e) Anlises de metais preciosos ou de outros materiais para quaisquer entidades;

    f) Punes de responsabilidade solicitados pelos operadores econmicos habilitados

    para o efeito nos termos do RJOC;

    g) Servios de assistncia tcnica aos operadores econmicos.

    2 - As Contrastarias asseguram o exerccio de todas as demais atividades que a INCM

    delibere cometer-lhes na esfera das suas competncias tcnicas.

    3 - Os preos dos servios mencionados nos nmeros anteriores so aprovados pelo

    conselho de administrao da INCM e publicitados no respetivo Portal.

    CAPTULO II

    Colocao no mercado e comercializao de artigos com metal precioso

    Artigo 7.

    Autorizao prvia

    O regime de colocao no mercado nacional de artigos com metal precioso obedece a um

    procedimento de autorizao prvia tal como definido no Regulamento (CE) n. 764/2008,

    do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de julho de 2008, que estabelece

    procedimentos relacionados com a aplicao de certas regras tcnicas nacionais a produtos

    legalmente comercializados noutros Estados-Membros da Unio Europeia, comummente

    designado Regulamento do Reconhecimento Mtuo, competindo s Contrastarias

    assegurar o seu cumprimento nos termos dos artigos 8. e 9. do RJOC e sem prejuzo da

    aplicao do regime constante dos artigos 10. a 13., nos casos neles previstos.

    Artigo 8.

    Requisitos da colocao no mercado

    1 - A colocao no mercado do territrio nacional de artigos com metal precioso depende

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    21

    da conformidade desses artigos com os requisitos previstos no RJOC, no respeitante:

    a) aposio da marca de contrastaria e marca de toque, quando aquela no incluir

    o toque;

    b) aposio da marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente, aprovada ou

    depositada na Contrastaria;

    c) confirmao da marca comum de controlo, nos termos dos artigos 72. e 74.;

    d) existncia da marca comum de controle, nos termos do artigo 10.;

    e) existncia das marcas reconhecidas como equivalentes, nos termos do artigo 11.;

    f) Aos requisitos tcnicos previstos nos artigos 56. a 60..

    2 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, considera-se que o procedimento de

    autorizao prvia foi efetuado quando o artigo com metal precioso apresente a marca

    de contrastaria e a marca de toque, quando aquela no inclua o toque-.

    3 - A identificao do responsvel pela colocao do artigo com metal precioso no mercado

    nacional e a aprovao ou o depsito das respetivas marcas, nos termos previstos no

    RJOC, so tambm requisitos de cumprimento obrigatrio de que depende a colocao

    no mercado desses artigos.

    4 - Constitui contraordenao muito grave a colocao no territrio nacional de artigos

    com metal precioso em violao do disposto nos nmeros anteriores.

    Artigo 9.

    Marcao de artigos com metal precioso

    1 - As disposies do RJOC relativas aposio de marca de contrastaria e marca de toque,

    quando aquela no inclua o toque, nos artigos com metal precioso e aos requisitos

    tcnicos so de cumprimento obrigatrio prvio colocao no mercado do territrio

    nacional, sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes, e da aplicao do regime

    constante dos artigos 10. a 13., nos casos neles previstos.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    22

    2 - No caso de artefactos de ourivesaria de interesse especial, o disposto no nmero

    anterior assegurado pela aposio da marca de puno de contrastaria que lhes

    exclusivamente reservada, podendo a Contrastaria solicitar o recurso a um perito

    externo ou o parecer da Direo-Geral do Patrimnio Cultural para reconhecimento do

    merecimento histrico, arqueolgico ou artstico.

    3 - O disposto no n. 1 pode ser assegurado por meio da aposio de um Autocolante de

    toque, nos termos do artigo 21..

    4 - O disposto no n. 1 no se aplica aos artigos com platina ou ouro de peso igual ou

    inferior a 0,5 gramas, nem aos artigos com prata de peso igual, ou inferior, a 2 gramas.

    5 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos n.s 1, 2 ou 3.

    Artigo 10.

    Artigos de Estados contratantes de conveno ou acordo internacional

    1 - Tendo em vista a sua livre disponibilizao no mercado do territrio nacional,

    consideram-se legalmente marcados os artigos com metal precioso provenientes de um

    Estado contratante de tratado ou acordo internacional em vigor de que o Estado

    Portugus seja Parte, desde que tais artigos tenham apostas, nas precisas condies

    fixadas por esses instrumentos, a marca comum de controlo e outras que nos termos

    neles definidos sejam consideradas necessrias e suficientes respetiva livre circulao

    nos demais pases contratantes.

    2 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no nmero anterior.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    23

    Artigo 11.

    Artigos provenientes de outros Estados-Membros

    1 - Sem prejuzo do disposto no artigo anterior, os artigos com metal precioso provenientes

    de um Estado-Membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu

    encontram-se marcados e podem ser colocados no mercado nacional sem necessidade

    de ensaio e de marcao pela Contrastaria, desde que cumpram os seguintes requisitos

    cumulativos:

    a) Tenham apostas as seguintes marcas:

    i) Marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente;

    ii) Marca de contrastaria e marca de toque, quando aquela no inclua o toque;

    b) Depsito na Contrastaria do documento comprovativo do registo da respetiva

    marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente no pas que efetuou o

    controlo e a garantia de qualidade;

    c) Reconhecimento pelo Instituto Portugus da Qualidade, I.P. (IPQ, I.P.), mediante

    parecer favorvel do diretor da Contrastaria, dos seguintes requisitos cumulativos:

    i) O contedo informativo das marcas de garantia de toque, marca de

    contrastaria e marca de toque, equivalente ao das marcas de garantia de

    toque estabelecidas no RJOC;

    ii) O contedo informativo das marcas de garantia de toque (marca ou marcas

    de contrastaria e marca de toque) no suscetvel de induzir em erro o

    consumidor;

    iii) As condies de marcao das marcas de garantia de toque, aplicadas por

    um organismo de ensaio e marcao independente no pas que efetuou o

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    24

    controlo e a garantia de qualidade, so equivalentes s estabelecidas no

    RJOC.

    2 - Para efeitos do disposto na subalnea ii) da alnea a) do nmero anterior, as marcas de

    contrastaria e de toque podem ser apostas numa nica marca ou em marcas separadas.

    3 - Os artigos com metais preciosos provenientes de um Estado-Membro da Unio

    Europeia ou do Espao Econmico Europeu que se encontrem dispensados de

    marcao nos termos da respetiva legislao, mas que no estejam dispensados de

    marcao ao abrigo da legislao portuguesa, devem ser previamente ensaiados e

    marcados numa Contrastaria portuguesa ou na Contrastaria do pas de origem

    reconhecida, a fim de poderem ser colocados no mercado nacional.

    4 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nas alneas a), b) ou c) do

    n. 1, bem como no nmero anterior.

    Artigo 12.

    Depsito de marcas de responsabilidade

    1 - As entidades estabelecidas num Estado-Membro da Unio Europeia ou do Espao

    Econmico Europeu, que possuam marcas de responsabilidade registadas nos

    respetivos pases e que pretendam marcar os seus artigos nas Contrastarias para efeitos

    do disposto na alnea b) do n. 1 do artigo anterior, devem solicitar ao chefe da

    Contrastaria o depsito das suas marcas de responsabilidade.

    2 - O requerimento de depsito deve ser acompanhado dos seguintes elementos:

    a) Identificao completa do titular requerente, ou cpia do documento de

    constituio da sociedade, consoante o titular seja uma pessoa singular ou

    coletiva;

    b) Documento comprovativo do registo da marca de responsabilidade no pas de

    origem, em nome do titular requerente, legalmente certificado;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    25

    c) Duas pequenas chapas metlicas com as marcas de responsabilidade cujo depsito

    se requer.

    3 - A Contrastaria apenas pode aceitar o depsito de marcas de responsabilidade cujos

    desenhos no sejam suscetveis de serem confundidos com os desenhos das marcas de

    Contrastaria.

    4 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no n. 1.

    Artigo 13.

    Princpio da reciprocidade

    1 - Compete ao IPQ, I.P., sempre que lhe for solicitado pela INCM, pedir o

    reconhecimento das marcas de contrastaria portuguesas aos Estados-Membros da Unio

    Europeia ou do Espao Econmico Europeu e a pases terceiros.

    2 - Quando o IPQ, I.P., receber um pedido de reconhecimento de marca de contrastaria

    proveniente de uma autoridade competente de um Estado-Membro da Unio Europeia

    ou do Espao Econmico Europeu ou de pas terceiro, deve informar o diretor da

    Contrastaria, de forma a possibilitar o equivalente pedido de reconhecimento mtuo de

    marcas de Contrastaria em ambos os pases.

    3 - O IPQ, I.P., pode celebrar acordos de reconhecimento mtuo de marcas de contrastaria

    com as autoridades competentes de outros Estados-Membros da Unio Europeia ou do

    Espao Econmico Europeu e de pases terceiros que disponham dos organismos de

    ensaio e marcao independentes quando acreditados pelo organismo nacional de

    acreditao na aceo do Regulamento (CE) n. 765/2008, do Parlamento Europeu e do

    Conselho, de 9 julho de 2008, sempre que o contedo informativo das marcas de

    garantia e de toque reconhecidas e as respetivas condies da sua aplicao sejam

    equivalentes aos das Contrastarias.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    26

    4 - reconhecido como organismo de ensaio e marcao independente para efeito da

    aplicao do regime constante do RJOC e para efeito da aplicao da Conveno sobre

    o Controle e Marcao de Artefactos de Metais Preciosos, aprovada, para ratificao,

    pelo Decreto n. 56/82, de 29 de abril, e alterada pelos Decretos n.s 42/92, de 13 de

    outubro, 39/99, de 19 de outubro, e 2/2006, de 3 de janeiro, a entidade competente de

    outro pas que a exera a misso e as atribuies equiparadas s das Contrastarias,

    incluindo a realizao de ensaios e anlises, e a marcao dos artigos com metais

    preciosos que constitua a garantia de toque legal desses artigos.

    5 - O IPQ, I.P., deve informar a Autoridade de Segurana Alimentar e Econmica (ASAE)

    dos acordos que celebra, bem como fornecer todos os dados necessrios ao exerccio

    das competncias desta.

    CAPTULO III

    Toques legais dos metais preciosos e marcas de contrastaria

    SECO I

    Toques

    Artigo 14.

    Toques legais de metais preciosos

    1 - Os toques legais dos metais preciosos que entram na composio dos artigos com metal

    precioso para colocao no mercado em territrio nacional so os seguintes:

    a) Platina: 999, 950, 900, 850;

    b) Ouro: 999, 916, 800, 750, 585, 375;

    c) Paldio: 999, 950, 500;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    27

    d) Prata: 999, 925, 835, 830, 800.

    2 - S so admitidos para colocao no mercado e comercializao em territrio nacional

    artigos com metal precioso com toques iguais ou superiores aos indicados no nmero

    anterior desde que tais artigos sejam marcados pelo organismo de ensaio e marcao

    independente de um Estado-Membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico

    Europeu, reconhecido nos termos do artigo 11..

    3 - No so admitidas tolerncias para menos em qualquer um dos toques previstos no

    n. 1.

    4 - As barras de metal precioso so marcadas com o toque determinado pelo

    correspondente ensaio.

    5 - Constitui contraordenao muito grave a exposio e ou a venda ao pblico de artigos

    com metal precioso em violao do disposto em qualquer uma das alneas do n. 1, bem

    como nos n.s 2, 3 ou 4.

    Artigo 15.

    Toques legais de artefactos de ourivesaria de interesse especial

    1 - O toque mnimo dos metais preciosos de artefactos de ourivesaria de interesse especial

    marcados com punes de extintos contrastes municipais 750.

    2 - Os metais preciosos que entrem na composio dos artefactos de ourivesaria de

    interesse especial podem ter qualquer toque para a sua colocao no mercado em

    territrio nacional, desde que no inferior a 375.

    3 - A existncia de quaisquer acessrios de metal comum de presumvel aplicao data do

    fabrico do artefacto, ou de soldaduras de reparao que no afetem notoriamente o

    mrito da pea, no pode constituir um motivo autnomo impeditivo da marcao dos

    artefactos.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    28

    4 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.

    SECO II

    Punes de Contrastaria

    Artigo 16.

    Punes de Contrastaria utilizados no territrio nacional

    1 - Os punes de contrastaria portugueses so cunhos do Estado que servem para aplicar

    as marcas de garantia do toque legal dos metais preciosos conforme previsto no

    artigo 17. e para identificar a Contrastaria que as colocou nos termos do nmero

    seguinte ou para assinalar as situaes previstas no artigo 18..

    2 - Os punes de contrastaria portugueses so produzidos exclusivamente pela INCM e

    apenas podem ser utilizados pelas Contrastarias de Lisboa e do Porto e respetiva

    delegao de Gondomar.

    3 - Os punes de contrastaria portugueses identificam as Contrastarias que os utilizam e

    consistem, respetivamente, numa figura curva, ou num octgono irregular simtrico,

    consoante se trate das Contrastarias de Lisboa ou do Porto.

    4 - Para alm dos punes de contrastaria indicados nos nmeros anteriores, devem existir

    nas Contrastarias outros punes, cujos smbolos, designao e significado se

    encontram definidos na Conveno sobre Controle e Marcao de Artefactos de Metais

    Preciosos, aprovada, para ratificao, pelo Decreto n. 56/82, de 29 de abril, e alterada

    pelos Decretos n.s 42/92, de 13 de outubro, 39/99, de 19 de outubro, e 2/2006, de 3

    de janeiro, que so reconhecidos como punes de Contrastarias e, como tal,

    considerados cunhos do Estado para todos os efeitos legais, nomeadamente os

    preventivos e repressivos da sua eventual falsificao.

    5 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a violao do

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    29

    disposto nos n.s 2 ou 4.

    6 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a aposio de

    marca de contrastaria falsa em artigo com metal precioso.

    7 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a exposio e

    venda ao pblico de artigos com metal precioso com marca de contrastaria falsa.

    Artigo 17.

    Smbolos das marcas de Contrastaria

    1 - As marcas de Contrastaria tm os seguintes smbolos:

    a) Uma esfera armilar amovvel e sobreposta s palavras platina, ouro, paldio ou

    prata, para aplicar nas barras desses metais;

    b) Uma cabea de papagaio, voltada para a esquerda, tendo na base um dos

    nmeros, em rabe, 999, 950, 900 ou 850, para aplicar nos artigos com platina dos

    respetivos toques;

    c) Uma cabea de veado, voltada para a esquerda, tendo na base um dos nmeros, em

    rabe, 999, 916 ou 800, para aplicar nos artigos com ouro dos respetivos toques;

    d) Uma andorinha em voo, tendo na base um dos nmeros, em rabe, 750, 585, 375,

    para aplicar em artigos com ouro dos respetivos toques;

    e) Uma cabea de lince, voltada para a esquerda, tendo na base um dos nmeros, em

    rabe 999, 950 ou 500, para aplicar em artigos com paldio dos respetivos toques;

    f) Uma cabea de guia, voltada para a esquerda, tendo na base um dos nmeros,

    em rabe, 999 ou 925, para aplicar em artigos com prata dos respetivos toques;

    g) Uma cabea de guia, voltada para a direita, tendo na base um dos nmeros, em

    rabe, 835, 830 ou 800, para aplicar em artigos com prata dos respetivos toques.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    30

    2 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a exposio e

    venda ao pblico de artigos com metal precioso em violao de qualquer uma das

    alneas do nmero anterior.

    Artigo 18.

    Smbolos das marcas especficas de Contrastaria

    As marcas de contrastaria destinadas a assinalar as situaes a seguir indicadas, apostas

    pelos respetivos punes ou gravadas a laser, tm os seguintes smbolos:

    a) Uma cabea de velho, que se deve aplicar nos artefactos de ourivesaria de

    interesse especial de grandes dimenses possuidores de marcas de extintos

    contrastes municipais;

    b) Uma cabea de velho mais pequena do que a referida na alnea anterior, que se

    deve aplicar nos artefactos de ourivesaria de interesse especial de pequenas

    dimenses possuidores de marcas de extintos contrastes municipais;

    c) Uma cabea de velho, coroada com um lourel, que se deve aplicar nos artefactos de

    ourivesaria de interesse especial de grandes dimenses e de reconhecido interesse

    arqueolgico, histrico ou artstico, de fabrico anterior criao das Contrastarias;

    d) Uma cabea de velho, coroada com um lourel, mais pequena do que a referida na

    alnea anterior, que se deve aplicar nos artefactos de ourivesaria de interesse

    especial de pequenas dimenses e de reconhecido interesse arqueolgico,

    histrico ou artstico, de fabrico anterior criao das Contrastarias;

    e) Uma pomba, que se deve aplicar em artigos com metal precioso apresentados

    individualmente, significando que a garantia de toque se cinge a metal limpo, e

    que recebe a designao de puno especial de contrastaria;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    31

    f) Uma cabea de pelicano, que se deve aplicar nos artigos com metal precioso

    importados por entidades no registadas, e quando for desconhecido o

    responsvel pelo seu fabrico, nomeadamente os artigos destinados a venda em

    leiles pblicos e dos artigos apreendidos com fundamento na falta de marca.

    Artigo 19.

    Marcas comuns de controlo da Conveno sobre Controle e Marcao de Metais

    Preciosos

    Aos smbolos das marcas utilizadas pelos punes constantes da Conveno sobre

    Controle e Marcao de Metais Preciosos, aprovada, para ratificao, pelo Decreto

    n. 56/82, de 29 de abril, e alterada pelos Decretos n.s 42/92, de 13 de outubro, 39/99, de

    19 de outubro, e 2/2006, de 3 de janeiro, aplicvel o regime dessa Conveno.

    Artigo 20.

    Gravao de marcas por laser

    1 - Quando o artigo com metal precioso no suporte, pela sua constituio, a marca a apor

    pelo puno de contrastaria, o operador econmico deve solicitar Contrastaria a

    respetiva gravao por laser.

    2 - A marcao a laser da marca de responsabilidade pode ser sempre requerida

    Contrastaria.

    3 - Constitui contraordenao muito grave a gravao de marcas de contrastaria por laser

    em artigos com metais preciosos que no seja efetuada por uma Contrastaria.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    32

    Artigo 21.

    Autocolante de toque

    1 - As etiquetas autocolantes de toque legal com a marca de contrastaria indicativa dos

    metais preciosos e dos toques legais so utilizadas em artigos com metal precioso que

    no possam suportar a marcao, nem a gravao por laser, bem como na embalagem

    dos artigos com metal precioso assepticamente embalados.

    2 - Constitui contraordenao muito grave a exposio para venda ao pblico de artigos

    que no cumpram o disposto no nmero anterior.

    Artigo 22.

    Passagem de marca, acrescentamento e substituio

    1 - expressamente proibido passar de um para outro artigo com metal precioso a parte ou

    o todo que contenha a marca de Contrastaria.

    2 - expressamente proibido acrescentar ou substituir qualquer pea ou componente

    posteriormente marcao do artigo com a marca de Contrastaria.

    3 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.

    Artigo 23.

    Alterao de marca de Contrastaria e elementos de segurana adicionais

    1 - Mediante proposta fundamentada das Contrastarias, a alterao do smbolo da marca de

    qualquer puno de contrastaria pode ser autorizada por despacho do membro do

    Governo responsvel pela rea das finanas, sempre que essa alterao for justificada

    em consequncia de roubo, furto, falsificao, ou por motivo de avano tecnolgico.

    2 - As Contrastarias podem fixar elementos de segurana adicionais nos punes e nas

    marcas gravadas por laser.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    33

    Artigo 24.

    Publicidade das marcas

    A INCM torna pblico no seu stio na Internet as marcas de Contrastaria a que se referem

    os artigos 17. a 19..

    SECO III

    Puno de responsabilidade

    SUBSECO I

    Regras do puno de responsabilidade

    Artigo 25.

    Smbolos da marca de responsabilidade

    1 - A marca de responsabilidade, puncionada ou gravada a laser, consiste numa gravura que

    identifica os operadores econmicos mencionados no artigo seguinte, contendo um

    desenho privativo e uma letra do nome prprio, dos apelidos ou da sua firma, sendo o

    desenho e a letra visivelmente distintos e encerrados num contorno perifrico.

    2 - O desenho a que se refere o nmero anterior no pode ser suscetvel de confuso com

    outros j existentes, nem extrado do reino animal.

    Artigo 26.

    Titulares do puno de responsabilidade

    1 - O puno de responsabilidade um puno privativo e obrigatrio para os operadores

    econmicos licenciados nos termos do artigo 41. e a seguir identificados:

    a) Industrial de ourivesaria;

    b) Artista de joalharia;

    c) Ensaiador fundidor;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    34

    d) Armazenista de ourivesaria, quando marca artigos com metal precioso

    provenientes de outros pases, que no se encontrem legalizados para efeitos de

    colocao no mercado;

    e) Retalhista de ourivesaria, com ou sem estabelecimento, quando marca artigos

    com metal precioso provenientes de outros pases, que no se encontrem

    legalizados para efeitos de colocao no mercado;

    f) Importador de artigos com metais preciosos.

    2 - O uso do puno de responsabilidade simultaneamente uma obrigao e um direito

    exclusivo dos operadores econmicos referidos no nmero anterior a favor dos quais

    for registado, sejam pessoas singulares ou coletivas, bem como dos seus comissrios ou

    mandatrios, desde que devidamente credenciados.

    3 - expressamente proibida a utilizao e ou a reproduo do puno de responsabilidade

    fora dos casos previstos no RJOC.

    4 - S permitido o incio de atividade pelos operadores econmicos referidos nas

    alneas a) a c) e f) do n. 1, ou o exerccio das atividades nas condies previstas nas

    alneas d) e e) do mesmo nmero, aps a tomada de posse do respetivo puno de

    responsabilidade.

    5 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.

    Artigo 27.

    Funo do puno de responsabilidade

    1 - O puno de responsabilidade serve para identificar cada um dos operadores

    econmicos a que se refere o artigo anterior, responsabilizando-os pelo seguinte:

    a) Quaisquer defeitos de fabrico dos artigos com metal precioso inapreciveis nos

    testes e ensaios da Contrastaria;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    35

    b) Falta de homogeneidade entre os diversos artigos com metais preciosos constantes

    dos lotes apresentados para ensaio, ou pela marcao incorreta desses artigos pela

    Contrastaria, por esse motivo;

    c) Quaisquer vcios praticados sobre os artigos com metais preciosos aps a respetiva

    marcao, com o comprovado conhecimento do titular do puno de

    responsabilidade;

    d) Colocao no mercado de artigos com metais preciosos dispensados de marcao

    pela Contrastaria, contendo apenas a marca de responsabilidade do seu titular.

    2 - Constitui contraordenao muito grave:

    a) A aposio de marca de responsabilidade falsa em artigo com metal precioso;

    b) A exposio e venda ao pblico de artigos com metal precioso com marca de

    responsabilidade falsa.

    3 - Constitui contraordenao grave a violao do disposto nas alneas a), b) ou c) do n. 1.

    Artigo 28.

    Procedimento de aprovao do puno de responsabilidade

    1 - O procedimento para aprovao do puno de responsabilidade inicia-se com a

    apresentao no Balco do Empreendedor do desenho privativo do requerente, em

    formato eletrnico, de acordo com os requisitos previstos no artigo 25..

    2 - Com a apresentao do desenho privativo o requerente procede entrega no Balco do

    Empreendedor dos seguintes elementos:

    a) Identificao do requerente com meno do nome ou firma e da nacionalidade ou

    estatuto de residncia;

    b) Endereo da sede ou do domiclio fiscal, consoante se trate de pessoa coletiva ou

    de empresrio em nome individual;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    36

    c) Cdigo da certido permanente ou declarao de incio de atividade, consoante se

    trate de pessoa coletiva ou de empresrio em nome individual;

    d) Certificado de registo criminal do requerente ou, tratando-se de pessoa coletiva,

    dos respetivos administradores, diretores ou gerentes;

    e) Declarao escrita, sob compromisso de honra, atestando que em relao ao

    requerente ou, tratando-se de pessoa coletiva, aos respetivos administradores,

    diretores ou gerentes no se verifica qualquer uma das circunstncias que

    determinam a inidoneidade do operador econmico;

    f) Indicao do local de exerccio da atividade no territrio nacional;

    g) Dados de identificao civil, fiscal e criminal do responsvel tcnico de ensaiador-

    fundidor qualificado nos termos do artigo 45., no caso de ser submetido a

    aprovao o desenho de um puno de responsabilidade de um ensaiador-

    fundidor.

    3 - O requerente pode ser dispensado da apresentao dos elementos indicados nas alneas

    referidas no nmero anterior caso preste o seu consentimento para que a entidade

    responsvel pelo procedimento possa, atravs da Plataforma de Interoperabilidade da

    Administrao Pblica, proceder sua obteno.

    4 - A Contrastaria dispe do prazo de 15 dias para aprovar o desenho, podendo solicitar

    esclarecimentos adicionais ou um novo desenho, suspendendo-se o prazo at receo

    dos esclarecimentos ou do novo desenho.

    5 - Aprovado o desenho privativo, o requerente apresenta na Contrastaria um puno em

    conformidade com o desenho aprovado nos termos do nmero anterior, e representado

    de forma legvel, para efeito de registo do puno e de arquivo do respetivo smbolo.

    6 - A Contrastaria dispe do prazo de 10 dias para confirmar se o puno de

    responsabilidade a reproduo fiel e ntida do desenho aprovado nos termos dos

    nmeros anteriores.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    37

    7 - Aprovado o puno pela Contrastaria, o titular notificado para tomar posse do puno

    e assinar o correspondente termo de responsabilidade pelo seu uso.

    8 - No caso de o titular do puno de responsabilidade pretender exercer outra atividade

    que exija tambm um puno de responsabilidade nos termos do artigo 26., pode

    requerer Contrastaria a manuteno de um nico puno para o exerccio de ambas as

    atividades, desde que entregue uma cpia certificada passada pela Autoridade Tributria

    e Aduaneira (AT) do respetivo averbamento.

    9 - Se o titular do puno de responsabilidade alterar a sua denominao social pode

    requerer Contrastaria a manuteno do mesmo puno de responsabilidade, desde que

    o faa nos cinco dias seguintes, mediante entrega de cpia certificada da alterao da sua

    denominao social.

    10 - Os factos indicados nos nmeros anteriores so averbados no registo de atividade.

    11 - A aprovao do puno de responsabilidade confere ao seu titular o direito

    correspondente utilizao nos termos do RJOC.

    12 - A Contrastaria deve organizar e manter atualizado o arquivo dos smbolos das marcas

    dos punes de responsabilidade.

    13 - Constitui contraordenao muito grave a utilizao de puno de responsabilidade que

    no se encontre aprovado nos termos do disposto no presente artigo.

    14 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos n.s 8 ou 9.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    38

    Artigo 29.

    Integrao no procedimento aplicvel ao exerccio da atividade

    O procedimento de aprovao do puno de industrial de ourivesaria e do puno de

    ensaiador-fundidor independente dos procedimentos administrativos aplicveis ao

    exerccio da atividade industrial nos termos do Sistema de Indstria Responsvel),

    aprovado pelo Decreto-Lei n. 169/2012, de 1 de agosto, alterado pelos Decretos-Leis

    n.s 165/2014, de 5 de novembro, e 73/2015, de 11 de maio, e a respetiva tramitao

    decorre previamente ao procedimento previsto no referido diploma no Balco do

    Empreendedor, nos termos do artigo 103. do presente RJOC.

    Artigo 30.

    Idoneidade

    1 - As atividades identificadas no n. 1 do artigo 41., bem como a profisso de responsvel

    tcnico de ensaiador-fundidor e a de avaliador de artigos com metais preciosos e de

    materiais gemolgicos s podem ser exercidas por operadores econmicos considerados

    idneos.

    2 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, entende-se que determina a inidoneidade

    do operador econmico a verificao de alguma das seguintes circunstncias:

    a) Ter sido declarado insolvente por deciso judicial nos ltimos cinco anos,

    encontrar-se em fase de liquidao, dissoluo ou cessao de atividade, sujeito a

    qualquer meio preventivo de liquidao de patrimnios ou em qualquer situao

    anloga, ou que tenha o respetivo processo pendente, salvo quando se encontrar

    abrangido por um plano especial de recuperao de empresas ao abrigo da

    legislao em vigor;

    b) Ter sido condenado, em Portugal ou no estrangeiro, com trnsito em julgado, pela

    prtica de um dos seguintes crimes, desde que punveis com pena de priso

    superior a seis meses:

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    39

    i) Crimes contra o patrimnio;

    ii) Crime de trfico de metais preciosos ou de gemas;

    iii) Crime de associao criminosa;

    iv) Crime de trfico de estupefacientes;

    v) Crime de branqueamento de capitais;

    vi) Crime de corrupo;

    vii) Crimes de falsificao;

    viii) Crime de trfico de influncia;

    ix) Crimes tributrios ou aduaneiros previstos no Regime Geral das

    Infraes Tributrias (RGIT), aprovado pela Lei n. 15/2001, de 5 de

    junho;

    x) Burla;

    xi) Fraude na obteno de puno de contrastaria ou puno de

    responsabilidade;

    xii) Contrafao ou imitao e uso ilegal de marca de contrastaria.

    3 - Determina ainda a inidoneidade do operador econmico a verificao de alguma das

    circunstncias elencadas no nmero anterior relativamente aos seus administradores,

    diretores ou gerentes.

    4 - As condenaes a que se refere a alnea b) do n. 2 deixam de ser relevantes para os

    efeitos previstos nesse nmero e no n. 3 a partir da data do cancelamento definitivo da

    sua inscrio no registo criminal.

    5 - A falta superveniente do requisito de idoneidade determina a caducidade da licena do

    operador para o exerccio da atividade reportada data da verificao da circunstncia

    que determina a inidoneidade.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    40

    Artigo 31.

    Renovao do puno de responsabilidade

    1 - O titular de um puno de responsabilidade aprovado nos termos do artigo 28.

    mantm o direito de uso durante 10 anos, findos os quais deve renovar o puno.

    2 - O pedido de renovao do puno deve ser instrudo nos termos do artigo 28., bem

    como com uma cpia da declarao de impostos do ano anterior ou certido da AT

    comprovativa do exerccio da atividade.

    3 - Aplica-se entrega dos documentos referida no nmero anterior a faculdade prevista no

    n. 3 do artigo 28..

    4 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no n. 1, sem prejuzo da

    aplicao do artigo 35..

    SUBSECO II

    Vicissitudes do puno de responsabilidade

    Artigo 32.

    Cessao voluntria de atividade

    1 - No caso de cessao voluntria da atividade junto da Contrastaria, o titular de um

    puno de responsabilidade pode solicitar Contrastaria a manuteno do registo do

    puno aprovado, pelo prazo mximo de cinco anos, desde que prove no ter qualquer

    dvida para com o Estado, de qualquer natureza.

    2 - A faculdade a que se refere o nmero anterior apenas pode ser exercida se o titular

    interessado efetuar o depsito do puno e da correspondente matriz na Contrastaria,

    conjuntamente com a comunicao da cessao voluntria da atividade.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    41

    3 - Se, no decurso do perodo indicado no n. 1, o titular do puno retomar a atividade,

    pode efetuar a renovao da autorizao de utilizao do puno junto da Contrastaria

    nos termos do RJOC, sendo-lhe restitudos o puno e a matriz.

    4 - Findo o prazo indicado no n. 1 sem que o titular do puno retome a atividade, o

    puno e a matriz so inutilizados pela Contrastaria nos termos do artigo 37., com a

    presena facultativa do titular.

    Artigo 33.

    Morte ou dissoluo do titular do puno

    1 - No caso de morte da pessoa singular ou de dissoluo da pessoa coletiva titular de um

    puno de responsabilidade registado, os herdeiros ou os responsveis legais devem, no

    prazo mximo de 60 dias, devolver o puno e a correspondente matriz Contrastaria

    para se proceder inutilizao destes, nos termos do artigo 37..

    2 - Constitui contraordenao grave a violao do dever de devoluo no prazo fixado no

    nmero anterior.

    3 - Constitui contraordenao muito grave o uso do puno em violao do disposto no

    n. 1, sem prejuzo do disposto no artigo seguinte.

    Artigo 34.

    Transferncia do puno aos herdeiros

    1 - No prazo de 60 dias a contar da morte do titular do puno, qualquer um dos herdeiros,

    devidamente habilitado e desde que com o consentimento dos demais, pode requerer

    Contrastaria:

    a) A transferncia, a seu favor, do direito de utilizao do puno;

    b) A posse a ttulo precrio do puno e da matriz e a prorrogao do prazo at 150

    dias para prova da aquisio do direito de utilizao do puno por morte do

    anterior titular.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    42

    2 - O direito transferncia da utilizao do puno indivisvel, podendo ser exercido por

    todos ou por alguns dos sucessores, quando regularmente associados.

    3 - A posse de um puno a ttulo precrio no pode exceder 150 dias, salvo se a

    Contrastaria autorizar a prorrogao do prazo, mediante pedido fundamentado do

    detentor do puno para prova do direito a que se refere a alnea b) do n. 1, com o

    mximo de trs prorrogaes e at 420 dias no total.

    4 - Constitui contraordenao leve a violao do disposto nos n.s 1 ou 2 e na primeira

    parte do n. 3.

    5 - Constitui contraordenao muito grave o uso do puno para alm do prazo mximo de

    prorrogao admitido na parte final do n. 3.

    Artigo 35.

    Cancelamento do direito de utilizao do puno de responsabilidade

    1 - O direito de utilizao do puno de responsabilidade cancelado pela Contrastaria nas

    seguintes situaes:

    a) Se o titular do puno de responsabilidade no solicitar a renovao, nos termos

    do artigo 31.;

    b) Se o titular do puno de responsabilidade no proceder devoluo do mesmo

    Contrastaria no caso de cessao da atividade no territrio nacional;

    c) Se o detentor no solicitar a manuteno da posse precria do puno de

    responsabilidade no prazo previsto no n. 3 do artigo anterior.

    2 - Para efeito do disposto na alnea b) do nmero anterior, quando a Contrastaria tiver

    conhecimento de que o titular do puno suspendeu ou cessou a atividade, voluntria

    ou coercivamente no territrio nacional, notifica-o por meio de carta registada com

    aviso de receo para que proceda devoluo do puno e da matriz respetiva no

    prazo mximo de 30 dias.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    43

    3 - Se o aviso de receo no for devolvido ou se o puno e a matriz no forem entregues

    Contrastaria no prazo fixado no nmero anterior, a Contrastaria notifica a entidade

    fiscalizadora competente para promover coercivamente a recuperao do puno e da

    matriz.

    4 - Os punes e as matrizes recuperados nos termos do nmero anterior so inutilizados

    de acordo com o disposto no artigo 37..

    5 - Constitui contraordenao grave a no devoluo do puno e ou da matriz

    Contrastaria, em violao do disposto nos n.s 2 ou 3.

    Artigo 36.

    Fabrico e reforma do puno de responsabilidade

    1 - O fabrico das matrizes e dos punes de responsabilidade pode ser efetuado pela INCM

    mediante solicitao do titular ou de outra entidade legitimada para o efeito nos termos

    legais.

    2 - A reforma do puno de responsabilidade consiste na remarcao do desenho do

    puno com base na respetiva matriz e deve ser assegurada pelo seu titular ou por quem

    este indicar nos 10 dias seguintes comunicao da Contrastaria de que se encontra

    pouco legvel.

    3 - Qualquer titular de um puno de responsabilidade pode solicitar INCM que execute a

    reforma deste, entregando para o efeito a respetiva matriz.

    Artigo 37.

    Inutilizao do puno e da matriz

    1 - A inutilizao do puno e da matriz efetuada na Contrastaria e na presena do titular

    se este o solicitar.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    44

    2 - Na situao prevista no n. 4 do artigo 32., o puno e a matriz entregues

    Contrastaria so de imediato destrudos.

    3 - Da inutilizao ou da destruio de qualquer puno e respetiva matriz lavrado o

    competente auto de destruio.

    SECO IV

    Outras marcas

    Artigo 38.

    Direito ao uso de marca comercial

    1 - Nos artigos com metal precioso permitida a aposio, por meio de marcao, gravura

    ou por qualquer outro processo, de marca comercial pertencente aos titulares ou

    legtimos detentores de puno de responsabilidade.

    2 - , ainda, permitida aos industriais e artistas de ourivesaria a aposio, por meio de

    marcao, gravura ou por qualquer outro processo, de marcas comerciais pertencentes a

    terceiros, desde que devidamente mandatados para o efeito.

    3 - Constitui contraordenao grave a utilizao de marcas comerciais em artigos com metal

    precioso em violao do disposto nos nmeros anteriores.

    Artigo 39.

    Requisitos das marcas comerciais

    1 - As marcas comerciais devem ser apostas em local separado da marca de

    responsabilidade de modo a permitir a aplicao da marca de contrastaria.

    2 - As marcas comerciais no podem em caso algum ser confundveis com as marcas de

    contrastaria e com as marcas de responsabilidade, nem incluir qualquer indicao

    relativa ao toque do metal.

    3 - Cada artigo com metal precioso s pode ter aposta uma marca comercial.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    45

    4 - Constitui contraordenao grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.

    Artigo 40.

    Outras marcas

    1 - Nos artigos com metal precioso permitida a aposio de outras marcas desde que no

    sejam suscetveis de confuso com qualquer outra marca prevista no RJOC.

    2 - Nos artigos com metal precioso vedada a aposio de qualquer outra marca indicativa

    de um toque diferente do representado pela marca de Contrastaria ou pela marca de

    toque, quando aquela no inclua o toque.

    3 - Se se verificar a situao indicada no nmero anterior, compete Contrastaria eliminar a

    marca de toque, sem prejuzo da aplicao das sanes a que haja lugar.

    4 - Constitui contraordenao grave a violao do disposto nos n.s 1 ou 2.

    CAPTULO IV

    Operadores econmicos

    SECO I

    Obrigaes dos operadores econmicos

    Artigo 41.

    Licena de atividade

    1 - A licena de atividade dos operadores econmicos do setor da ourivesaria confere ao

    titular a faculdade de exerccio da respetiva atividade, a saber:

    a) Armazenista de ourivesaria: adquire artigos com metal precioso a industriais,

    armazenistas ou corretores de ourivesaria, no mercado comunitrio para os

    fornecer a outros operadores e exporta e vende a outros operadores econmicos;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    46

    b) Artista de joalharia: desenha e produz artigos com metal precioso, em oficina

    adequada, utilizando meios artesanais, e exporta ou vende esses artigos, incluindo

    a joalharia de autor, que se traduz na produo de peas de edio limitada ou

    nica, constitudas por materiais no metlicos e metais preciosos e ou comuns;

    c) Casa de penhores: expe e vende diretamente ao pblico artigos com metal

    precioso e moedas de metais preciosos provenientes dos penhores;

    d) Corretor de ourivesaria: adquire artigos com metal precioso, a industriais ou

    armazenistas de ourivesaria para os vender ou promover a respetiva venda a

    firmas registadas no RJOC;

    e) Ensaiador-fundidor: afina, funde e ensaia barras ou lminas de metais preciosos,

    em oficina e laboratrios autorizados nos termos legais;

    f) Importador de artigos com metais preciosos: importa artigos com metais

    preciosos de pases terceiros para os fornecer a outros operadores econmicos;

    g) Industrial de ourivesaria: produz artigos com metal precioso em fbrica ou oficina

    prpria, instalada e equipada nos termos legais, e vende ou exporta esses artigos;

    h) Retalhista de ourivesaria com estabelecimento:

    i) Importa ou adquire para exposio e venda ao pblico no seu

    estabelecimento artigos com metal precioso, relgios e moedas de metal

    precioso;

    ii) Vende artefactos revestidos ou chapeados, bem como cristais, acessrios de

    moda, artigos militares, papelaria, artesanato, entre outros;

    iii) Vende artefactos de ourivesaria de interesse especial;

    iv) Vende artefactos de filigrana, ou artefactos reconhecidos e certificados

    como de ourivesaria tradicional;

    i) Retalhista de ourivesaria sem estabelecimento: exerce o comrcio dos artigos

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    47

    referidos na alnea anterior distncia, ao domiclio, em feiras e mercados ou em

    locais fora dos estabelecimentos comerciais;

    j) Retalhista de compra e venda de artigos com metal precioso usado: exerce a ttulo

    principal ou secundrio a atividade de compra e venda, diretamente a particulares,

    de artigos com metal precioso usado, bem como a venda dos subprodutos

    resultantes da fundio dos artigos com metais preciosos, em estabelecimento

    aberto ao pblico.

    2 - A cada uma das atividades indicadas no nmero anterior corresponde uma licena, bem

    como para cada estabelecimento ou equivalente onde seja exercida a atividade.

    3 - A licena de ensaiador fundidor de metais preciosos a que se refere a alnea e) do n. 1

    pode ser obtida por pessoas individuais ou coletivas e depende ainda da prvia

    verificao cumulativa dos seguintes requisitos:

    a) Assegurar o responsvel tcnico, nos termos do artigo 45.;

    b) Ser titular de um puno de responsabilidade, nos termos do artigo 26.;

    c) Possuir instalaes adequadas e equipadas com a aparelhagem indispensvel

    afinao, fundio e execuo dos ensaios, bem como os punes indicativos das

    espcies de metais preciosos e punes para marcar os toques das barras ou

    lminas que ensaiar, em algarismos rabes.

    4 - A licena de retalhista de compra e venda de artigos com metal precioso usado e a

    licena de casa de penhores dependem ainda da declarao do operador econmico, sob

    compromisso de honra, de que est assegurado o acompanhamento dirio da atividade

    de compra e venda de artigos de metais preciosos usados por um avaliador de artigos

    com metais preciosos e de materiais gemolgicos, qualificado nos termos do artigo 45.,

    sem necessidade de permanncia no local de venda.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    48

    5 - O operador econmico proveniente de outro Estado-Membro da Unio Europeia ou

    do Espao Econmico Europeu que pretenda comercializar artigos de metal precioso

    em territrio nacional de forma ocasional e espordica, em regime de livre prestao de

    servios, est isento de licena, desde que comprove estar legalmente estabelecido nesse

    Estado-Membro, devendo para o efeito ser portador do documento comprovativo de

    que se encontra legalmente estabelecido nesse Estado-Membro.

    6 - proibido o exerccio das atividades indicadas no n. 1 sem a correspondente licena.

    7 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no n. 2, nas alneas a), b)

    ou c) do n. 3 e nos n.s 4, 5 ou 6.

    Artigo 42.

    Procedimento de obteno da licena de atividade

    1 - O pedido de licena de atividade apresentado no Balco do Empreendedor, dirigido

    ao chefe da Contrastaria, acompanhado dos seguintes elementos, quando os mesmos

    no tenham j sido presentes para efeitos de aprovao do puno de responsabilidade,

    nos termos do artigo 28.:

    a) O nome ou firma do titular;

    b) O respetivo NIF e domiclio fiscal;

    c) O endereo de todos os estabelecimentos ou locais onde seja exercida a atividade,

    bem como dos armazns;

    d) A modalidade de atividade a exercer e o CAE respetivo;

    e) A data de incio de atividade ou de abertura ao pblico de cada estabelecimento;

    f) A rea ou a superfcie de venda do espao, local ou estabelecimento comercial;

    g) Certido do ato ou contrato que confirma a posse ou legtima ocupao do local

    onde se prev o exerccio da atividade;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    49

    h) Comprovativo da aprovao do puno de responsabilidade, quando aplicvel;

    i) Termo de responsabilidade do avaliador de artigos com metais preciosos e de

    materiais gemolgicos que garante acompanhamento do estabelecimento, no caso

    previsto no n. 4 do artigo 41..

    2 - A deciso notificada ao interessado no prazo de 30 dias, dispensando-se a audincia

    prvia no caso de deferimento do pedido.

    3 - A concesso da licena de atividade depende do pagamento da correspondente taxa, a

    fixar por portaria do membro do Governo responsvel pela rea das finanas.

    4 - A Contrastaria procede ao envio ao interessado, atravs do Balco do Empreendedor,

    do Documento de Identificao de Licena de Atividade, ou pode o titular proceder ao

    seu levantamento na Contrastaria aps o pagamento da taxa a que se refere o nmero

    anterior.

    5 - No caso de Licena na hora a respetiva taxa deve ser liquidada de imediato, sendo o

    seu montante fixado na portaria referida no n. 3.

    6 - O procedimento de obteno da licena de atividade previsto no presente artigo decorre

    previamente ao procedimento aplicvel ao exerccio da atividade industrial ao abrigo do

    Sistema de Indstria Responsvel), aprovado pelo Decreto-Lei n. 169/2012, de 1 de

    agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.s 165/2014, de 5 de novembro, e 73/2015, de

    11 de maio, sem prejuzo do disposto no nmero seguinte.

    7 - Tratando-se de estabelecimento industrial de tipo 2 ou 1, o industrial pode optar pela

    obteno de licena da atividade a que se refere o presente artigo no quadro dos

    procedimentos previstos no Sistema de Indstria Responsvel), aprovado pelo Decreto-

    Lei n. 169/2012, de 1 de agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.s 165/2014, de 5 de

    novembro, e 73/2015, de 11 de maio, sendo, para o efeito, a Contrastaria

    territorialmente competente considerada uma das entidades pblicas consultadas nos

    termos e para os efeitos previstos no mesmo sistema.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    50

    8 - A licena de atividade concedida vlida pelo perodo de cinco anos, devendo ser

    renovada findo esse perodo, sob pena de caducidade.

    9 - A renovao da licena de atividade depende da verificao dos requisitos referidos no

    n. 1, no estando sujeita ao pagamento de qualquer taxa.

    Artigo 43.

    Alteraes e cancelamento da licena de atividade

    1 - O titular da licena de atividade deve comunicar Contrastaria, atravs do Balco do

    Empreendedor, qualquer alterao dos elementos constantes da mesma no prazo

    mximo de 30 dias aps a sua ocorrncia.

    2 - A licena de atividade oficiosamente cancelada pela Contrastaria nas seguintes

    situaes:

    a) Cessao da atividade para efeitos fiscais;

    b) Condenao por crime relacionado com a atividade exercida, por deciso

    transitada em julgado;

    c) Verificao de qualquer uma das situaes que determinam a inidoneidade do

    operador econmico nos termos do artigo 30.;

    d) Caducidade da licena..

    3 - Para efeito do disposto na alnea a) do nmero anterior, a AT comunica oficiosamente

    s Contrastarias a cessao de atividade dos operadores referidos no n. 1 do artigo 41..

    4 - Nas situaes previstas no n. 2, o operador econmico fica obrigado a entregar na

    Contrastaria o puno de responsabilidade e a matriz no prazo mximo de 10 dias, a

    contar da data de cessao de atividade para efeitos fiscais, da deciso condenatria ou

    da notificao efetuada para o efeito.

    5 - Constitui contraordenao leve a violao do disposto no n. 1.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    51

    6 - Constitui contraordenao muito grave a falta de devoluo do puno de

    responsabilidade, e ou a falta de devoluo da matriz, em violao do disposto no n. 4,

    sem prejuzo da aplicao do n. 3 do artigo 35..

    Artigo 44.

    Deveres do ensaiador-fundidor

    1 - No mbito da sua atividade, o ensaiador-fundidor est obrigado a:

    a) Marcar as barras ou lminas com o puno de responsabilidade e com os punes

    indicativos da espcie de metal ou metais preciosos presentes e dos respetivos

    toques;

    b) Emitir um boletim de ensaio por cada barra ou lmina que fundir e ensaiar, com o

    desenho do seu puno impresso, o nmero de registo do ensaio, o toque

    encontrado e o peso da barra ou lmina;

    c) Comunicar Contrastaria e participar autoridade policial as suspeitas de que os

    objetos ou os fragmentos de metal precioso entregues para fundir possuam valor

    arqueolgico, histrico ou artstico, abstendo-se de proceder fundio desses

    objetos;

    d) Comunicar Contrastaria e participar autoridade policial as suspeitas de que os

    objetos ou fragmentos de metal precioso entregues para fundir tm uma

    provenincia delituosa, abstendo-se de proceder fundio desses objetos;

    e) Exigir o comprovativo escrito de que o operador econmico cumpriu a obrigao

    constante do n. 6 do artigo 66. tratando-se de fundir artigos com metais

    preciosos usados.

    2 - Na situao prevista nas alneas c) e d) do nmero anterior, o ensaiador- fundidor pode

    entregar os objetos autoridade policial no momento da comunicao, lavrando-se o

    competente auto policial.

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    52

    3 - O ensaiador-fundidor responsvel pelos prejuzos resultantes da falta de

    homogeneidade verificada nas barras ou lminas fundidas nas suas instalaes, bem

    como pelos erros cometidos nos ensaios que efetuar.

    4 - O ensaiador-fundidor tem a obrigao de organizar e manter diariamente atualizado o

    registo eletrnico com a identificao das peas a ensaiar e ou fundir, tais como barras,

    lminas ou outro tipo de artigos com metal precioso.

    5 - O ensaiador-fundidor deve assegurar que o registo a que se refere o nmero anterior

    sequencialmente numerado, e contm a data, o nome e a morada do apresentante, a

    espcie do metal, o peso e os toques encontrados, as quantidades e pesos de peas

    fundidas, assim como a identificao dos compradores, com o seu nome, morada e NIF

    e os dados a que se refere a alnea e) do n. 1 sempre que aplicvel.

    6 - O ensaiador-fundidor deve garantir que o registo eletrnico se encontra disponvel para

    o chefe da Contrastaria, as autoridades policiais e a ASAE.

    7 - Constitui contraordenao grave a violao de cada um dos deveres fixados nas

    alneas a), b), c) ou e) do n. 1, bem como a violao do disposto nos n.s 3, 4, 5 ou 6.

    SECO II

    Requisitos de acesso e exerccio das atividades de responsvel tcnico de

    ensaiador-fundidor de artigos com metais preciosos e de avaliador de artigos com

    metais preciosos e de materiais gemolgicos

    Artigo 45.

    Ttulo profissional

    1 - Podem obter o ttulo profissional para o exerccio da atividade de responsvel tcnico

    de ensaiador-fundidor de artigos com metais preciosos os candidatos que

    cumulativamente:

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    53

    a) Renam condies de idoneidade nos termos do artigo 52.;

    b) Obtenham aprovao em exame nos termos do artigo 48..

    2 - Podem obter o ttulo profissional para o exerccio da atividade de avaliador de artigos

    com metais preciosos e de materiais gemolgicos os candidatos que cumulativamente:

    a) Renam condies de idoneidade nos termos do artigo 52.;

    b) Obtenham aprovao em exame nos termos do artigo 48..

    3 - O responsvel tcnico de ensaiador-fundidor e o avaliador de artigos com metais

    preciosos e de materiais gemolgicos encontram-se obrigados ao sigilo profissional.

    4 - A INCM a entidade competente para o procedimento de habilitao e emisso do

    ttulo de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de artigos com metais preciosos e

    de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos, nos termos

    dos artigos seguintes.

    5 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.

    Artigo 46.

    Atividade de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de artigos com metais

    preciosos

    A atividade de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor, habilitado com o respetivo ttulo

    profissional vlido, consiste em confirmar a certeza e assegurar o rigor tcnico do exerccio

    da atividade econmica do ensaiador-fundidor, designadamente pelas seguintes funes:

    a) Ensaiar os metais preciosos de acordo com os mtodos de ensaio definidos no

    RJOC;

    b) Assinar o boletim de ensaio emitido por cada barra ou lmina que seja fundida e

    ensaiada;

  • PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    54

    c) Assegurar a correta marcao das barras ou lminas com o puno de

    responsabilidade e com os punes indicativos da espcie de metal ou metais

    preciosos presentes e dos respetivos toques;

    d) Fundir os metais preciosos de modo a garantir a homogeneidade;

    e) Proceder afinao de metais preciosos.

    Artigo 47.

    Atividade de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos

    1 - A atividade de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos,

    habilitado com o respetivo ttulo profissional vlido, consiste, designadamente no

    exerccio das seguintes funes:

    a) Avaliar artigos com metais preciosos;

    b) Avaliar materiais gemolgicos;

    c) Conferir os artigos com metais preciosos, para efeito de iseno de direitos, que se

    encontrem em regime de reimportao ou importao e exportao temporrias.

    2 - O avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos est obrigado a

    observar as seguintes regras:

    a) Emitir certides das avaliaes que efetuar;

    b) Possuir a aparelhagem necessria ao exerccio da profisso;

    c) Possuir um registo eletrnico das avaliaes realizadas, numerado sequencialmente,

    do qual conste o nmero de ordem, a designao, a qualidade, a quantidade e o

    peso dos objetos avaliados, a designao d