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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Fisioterapia
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES
EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA
Bragança Paulista
2011
ISABELA TOLEDO SILVA – R.A. 001200800169 LARISSA PEREIRA DOS PASSOS – R.A. 001200800147
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA
Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia, sob orientação da Profª Ft. Esp. Aline Maria Heidemann.
Bragança Paulista 2011
ISABELA TOLEDO SILVA LARISSA PEREIRA DOS PASSOS
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA
Monografia aprovada pelo curso de graduação em Fisioterapia da Universidade São Francisco, como requesito parcial para obtenção de título em Fisioterapeuta. Data da aprovação: __/__/__
Banca examinadora:
Professora Esp. Aline Maria Heidemann (Orientador) Universidade São Francisco
Professora Ms. Patrícia Teixeira Costa (Examinador) Universidade São Francisco
Professora Dra. Rosimeire Simprini Padula (Examinador) Universidade São Francisco
Aos meus pais, Enildo Braz da Silva e Dayane Carla de Toledo,
responsáveis pela minha educação, dignidade e caráter. Por me
proporcionarem a oportunidade de formação profissional, apoiando e
incentivando esse meu sonho. A vocês, todo meu amor e respeito.
Isabela Toledo Silva
Aos meus pais, Waldete e Joaquim, a minha irmã, Thais, e ao meu
noivo, Eduardo, que estão presentes em todos os momentos da minha vida.
Larissa Pereira dos Passos
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pela força de vontade, coragem e fé
para enfrentar os desafios que me foram postos durante essa trajetória. Pelos
ensinamentos que recebi e que vou levar por toda minha vida.
À minha mãe, Dayane, pelo amor, paciência e compreensão, e por
acreditar no meu sonho.
Ao meu pai, Enildo, pelo amor, e por me dar a oportunidade de
concretizar meu grande sonho.
À minha grande amiga, Larissa Pereira dos Passos, com quem divido a
autoria deste trabalho, pelos momentos que passamos juntas durante esse
nosso trajeto, por acreditar na realização deste trabalho, pelo carinho,
companheirismo e paciência.
Às minhas amigas, Daiana Stella e Luara Argenton, que foram
indispensáveis e me proporcionaram momentos inesquecíveis que vou guardar
para a vida toda. Que a nossa amizade seja eterna, amo vocês.
A todos os amigos de turma que foram imprescindíveis nesta jornada.
Aos meus familiares e amigos por entenderem a minha ausência durante
alguns momentos, que aceitaram e me deram apoio quando eu precisei,
sabendo que meu esforço seria válido ao fim desta trajetória.
À Professora Aline Maria Heidemann, que aceitou o convite para orientar
nosso trabalho, pela paciência e apoio.
A todos os professores do Curso de Fisioterapia, pelo conhecimento e
formação proporcionados.
Isabela Toledo Silva
Agradeço primeiramente à Deus, à Nossa Senhora Aparecida e à Santa
Rita de Cássia.
Agradeço aos meus pais, Joaquim e Waldete, por eu ser quem eu sou.
Por acreditarem em mim, me proporcionando a oportunidade de concluir este
curso. Por estarem presentes em todos momentos da minha vida, me
apoiando, me orientando e me direcionando para os melhores caminhos.
À minha irmã/amiga Thais, por sempre estar do meu lado, por ser a
companheira que ela é. E por ser minha “cobaia” durante esses quatro últimos
anos.
Ao meu noivo, Eduardo, pelo seu amor, carinho, amizade e
companheirismo. Por sempre estar do meu lado, me orientando e me dando
todo apoio.
À toda minha família.
À minha amiga, Isabela, com quem divido este trabalho, por sua
amizade, paciência e por todos os momentos que passamos juntas, nestes
quatro últimos anos.
À todos os colegas da sala, em especial a Luara e Daiana, por todos os
momentos que passamos juntas, que vão ficar eternamente na lembrança.
À todos professores do curso de fisioterapia, pelo conhecimento que nos
foi passado.
À professora, Aline, que acreditou em nosso trabalho, nos orientou e nos
apoiou.
Larissa Pereira dos Passos
“Os que esperam no senhor, renovam suas forças, sobem com asas de águias, correm e não se
cansam, caminham e não fatigam.“ Isaías
RESUMO
Introdução: As doenças cardiovasculares são consideradas uma das principais causas de mortalidade, sendo a cirurgia cardíaca um procedimento que propicia a diminuição ou até abolição dos sintomas e contribui para o aumento da sobrevida e da qualidade de vida dos cardiopatas. A qualidade de vida é valorizada cada vez mais e visa o prolongamento do tempo de vida, em condição limitada, bem como a sobrevida do individuo. Para avaliar a qualidade de vida desses pacientes pode-se utilizar o questionário Medical Outcomes Stud 36-item Short-Form (SF-36). Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos pacientes submetidos a cirurgias cardíacas através do questionário SF-36 e a atuação da fisioterapia através questionário específico da fisioterapia e avaliar o conhecimento dos pacientes sobre a atuação da fisioterapia durante a reabilitação cardíaca. Método: Foram estudados 13 pacientes que possuíam doença cardíaca e necessitaram passar por procedimento cirúrgico, de ambos os sexos, com idade que variou de 43 a 70 anos (59,8 ± 7,9), que responderam ao questionário de qualidade de vida e um questionário especifico da fisioterapia no dia da alta da unidade de terapia intensiva. Resultados: A amostra foi composta por 8 pacientes do sexo masculino (61,53%) e 5 pacientes do sexo feminino (38,46%). A cirurgia mais realizada foi a revascularização do miocárdio, totalizando 76,92%. Com relação aos resultados do questionário genérico SF-36, o escore de pontuação dos itens de capacidade funcional apresentou média 30,38 ± 24,61 pontos. O escore de limitação dos aspectos físicos foi um dos domínios menos pontuados, apresentando média e mediana igual a 0 ponto. O escore de pontuação para dor apresentou média 67,69 ± 20,06 pontos. O escore de pontuação do estado geral de saúde apresentou média 46,53 ± 11,96 pontos. O escore de pontuação para vitalidade apresentou média 65,38 ± 21,64 pontos. O escore dos aspectos sociais apresentou média 58,31 ± 25,78 pontos. O escore de limitação por aspectos emocionais também foi um dos domínios menos pontuados, apresentando média e mediana igual a 0 ponto. O escore de pontuação da saúde mental apresentou média 52,92 ± 16,74 pontos. Dos pacientes entrevistados 100% foram atendidos por fisioterapeutas no ambiente hospitalar. Enquanto que 69,23% dos pacientes não tinham conhecimento, antes da cirurgia que seriam atendidos por fisioterapeutas no período pré-operatório. E 69,23% foram orientados por esses profissionais antes do procedimento cirúrgico. Após a realização da cirurgia 15,38% dos pacientes não sabiam da importância do tratamento fisioterápico e 100 % relataram sentir melhora dos sintomas com o tratamento. Porém 53,84% dos pacientes não sabiam que deveriam continuar a reabilitação cardiorrespiratória após a alta hospitalar. Conclusão: Conclui-se, portanto, que os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca deste estudo apresentaram baixa qualidade de vida relacionada às funções físicas, aspectos emocionais, capacidade funcional e dor. Com relação à fisioterapia, 100% desses pacientes relataram melhora dos sintomas após as sessões de fisioterapia e aproximadamente 85% dos mesmos sabiam da importância do tratamento fisioterapêutico em sua reabilitação.
Palavras-chave: qualidade de vida, cirurgia cardíaca, reabilitação cardíaca
ABSTRACT
Introduction: Cardiovascular diseases are considered a major cause of mortality and cardiac surgery a procedure that enables the reduction or even elimination of symptoms and contributes to increased survival and quality of life of cardiac patients. Quality of life is valued more and aimed at prolongation of life, limited condition and the survival of the individual. To assess the quality of life of these patients may be using the questionnaire Medical Outcomes Stud 36-item Short-Form (SF-36). Objective: To assess the quality of life of patients undergoing cardiac surgery, using the SF-36 and the role of physiotherapy through Physiotherapy specific questionnaire and to assess patients' knowledge about the role of physiotherapy in cardiac rehabilitation. Method: The study included 13 patients who had heart disease and needed to undergo surgery, of both sexes, with ages ranging from 43 to 70 years (59,8 ± 7,9), who answered a questionnaire of quality of life and a questionnaire specific physiotherapy on discharge from the intensive care unit. Results: The sample consisted of 8 male patients (61,53%) and 5 female patients (38,46%). The surgery more performed was myocardial revascularization, totaling 76,92%. Regarding the results of the generic questionnaire, SF-36, score of item scores of functional capacity averaged 30,38 ± 24,61 points. The score of physical limitation was one of the areas scored less, with a mean and median equal to 0 point. The score for pain score had a mean 67,69 ± 20,06 points. The score of punctuation of general state of health had a mean 46,53 ± 11,96 points. The score for vitality score averaged 65,38 ± 21,64 points. The scores of the social aspects averaged 58,31 ± 25,78 points. The score of emotional limitation was also scored at least one of the areas, with a mean and median equal to 0 point. The score of the mental health of punctuation had a mean 52,92 ± 16,74 points. 100% of the interviewed patients were treated by physiotherapists in the hospital. While 69.23% of patients were not aware before surgery that would be served by physiotherapists in the preoperative period. After the surgery 15,38% of patients were unaware of the importance of physiotherapy treatment and 100% report feeling improvement in symptoms with treatment. But 53,84% of patients did not know that they should continue cardiac rehabilitation after hospital discharge. Conclusion: We conclude, therefore, that patients undergoing cardiac surgery in this study had lower quality of life related to physical function, emotional, functional capacity and pain. With respect to physical therapy, 100% of these patients reported improvement of symptoms after physical therapy sessions and approximately 85% of them knew the importance of physical therapy in rehabilitation.
Keywords: quality of life, cardiac surgery, cardiac rehabilitation
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Domínios e suas respectivas abrangências..................................17
FIGURA 2 - À esquerda: manobra de higiene brônquica, denominada ELTGOL
(Expiração Lenta Total com a Glote Aberta). À direita: instrumento utilizado
para promover higiene brônquica, o
Flutter.................................................................................................................21
FIGURA 3 - Sistema de CPAP (Pressão positiva contínua nas vias aéreas)....22
FIGURA 4 – Incentivador respiratório................................................................22
FIGURA 5 - Cinesioterapia no âmbito hospitalar...............................................22
FIGURA 6 - Distribuição percentual referente ao gênero..............................30
FIGURA 7 - Distribuição percentual dos entrevistados referente ao grau de
instrução............................................................................................................31
FIGURA 8 - Distribuição percentual dos pacientes que apresentavam
conhecimento sobre o atendimento fisioterápico no ambiente hospitalar.........33
FIGURA 9 - Distribuição percentual dos pacientes que foram orientados por
fisioterapeutas no período pré -operatório.........................................................33
FIGUARA 10 - Distribuição de acordo com o número de pacientes que tinham
conhecimento sobre a importância do tratamento fisioterápico.........................34
FIGURA 11 - Distrbuição percentual de pacientes que apresentavam
conhecimento sobre a continuação da reabilitação cardiorrespiratória.............34
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Média, desvio padrão e mediana das idades em anos..................30
TABELA 2 - Distribuição das cirurgias cardíacas na amostra estudada...........31
TABELA 3 - Média, desvio padrão, mediana e intervalo de confiança dos
domínios do SF-36.............................................................................................32
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BIPAP - Pressão Positiva Contínua em Dois Níveis de Pressão nas Vias
Aéreas
CEC - Circulação Extra-corpórea
CPAP - Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas
ELTGOL - Expiração Lenta Total com a Glote Aberta
EPAP - Pressão Positiva Expiratória
HUSF - Hospital Universitário São Francisco
IMC - Índice de Massa Corpórea
IR - Incentivador Respiratório
MOS-SF36 - Medical Outcomes Stud 36-item Short-Form
NHP - Nothinghan Heath Profile
OMS - Organização Mundial da Saúde
QV - Qualidade de Vida
RPPI - Respiração com Pressão Positiva nas Vias Aéreas
SF-36 - Rand SF-36 Heath Profile
SIP - Sickness Impact Profile
SUS - Sistema Único de Saúde
UTI - Unidade de Terapia Intensiva
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 15
1.1 Qualidade de vida ..................................................................................... 15
1.2 Questionário de Qualidade de Vida .......................................................... 16
1.3 Cardiopatias e Cirurgia Cardíaca .............................................................. 17
1.4 Reabilitação Cardíaca Fase I................................................................... 20
2. OBJETIVOS ................................................................................................. 25
2.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 25
2.2 Objetivo Específico ................................................................................... 25
3. MÉTODO ................................................................................................... 26
4. RESULTADOS ........................................................................................... 30
5. DISCUSSÃO ............................................................................................... 35
6. CONCLUSÃO ............................................................................................. 39
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 40
APENDICE...................................................................................................... 44
ANEXOS ......................................................................................................... 46
1. INTRODUÇÃO
1.1. Qualidade de Vida
A qualidade de vida (QV) é um importante item considerado no
desenvolvimento da humanidade. É valorizada cada vez mais e visa o prolongamento
do tempo de vida, em condição limitada ou incapacitada, bem como a sobrevida do
indivíuo. A QV refere-se a tudo que cada indivíduo considera importante para viver
bem, ou seja, a qualidade dos serviços de saúde, a segurança que o protege da
violência, o verde que existe nas cidades, a realização profissional e financeira, a
ausência de efeitos colaterais do uso crônico de medicamentos, a qualidade da
moradia, o conforto, o lazer, o amar, assumindo assim um papel importante dentro da
saúde (Nobre, 1995; Dantas et al., 2005).
Na área da saúde, tanto as doenças quanto os tratamentos afetam a QV dos
indivíduos é por isso estudos envolvendo a QV relacionada à saúde (Health-related
quality of life) têm sido muito utilizados. Outro interesse relaciona-se diretamente com
as práticas assistenciais cotidianas dos serviços de saúde, refere-se à QV como um
indicador no aspecto clínico de doenças específicas. Trata-se então, da avaliação do
impacto físico e psicossocial que as patologias, disfunções ou incapacidades podem
acarretar aos doentes, permitindo um maior conhecimento do paciente e de sua
adaptação à condição. Assim, a compreensão da QV do paciente agrega-se ao
trabalho cotidiano dos serviços e influencia decisões e condutas terapêuticas das
equipes de saúde (Seidl e Zannon, 2004; Dantas et al., 2005).
Por não haver um consenso quanto à definição de QV, existe uma
concordância entre vários autores de que, para avaliá-la, é necessário envolver os
domínios físico, social, psicológico e espiritual, com o objetivo de encontrar a
experiência de cada indivíduo. O termo QV é difícil de ser definido e seu conceito,
valor e peso sofrerão evoluções. Nesse sentido, o conceito mais aceito é o da
Organização Mundial da Saúde (OMS) que define a QV como a percepção do
indivíduo sobre sua posição no contexto cultural e no sistema de valores em que ele
vive e também em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações
(Kuyken et al., 1995; Antônio et al., 2010).
Especificamente com pacientes cardiopatas, o processo de avaliação da QV é
uma medida importante diante dos índices favoráveis à morbidade e mortalidade,
gerando interferências em reinternações, medicamentos, desempenho em testes
específicos e no estado psicológico, além de mensurar o sucesso ou insucesso de um
programa de reabilitação (Alexandre et al., 2009).
1.2. Questionário de Qualidade de Vida
Os questionários utilizados para avaliar a QV precisam ser validados,
confiáveis, sensíveis e responsivos. Devem avaliar o paciente, seu prognóstico, a
impressão que o paciente tem do tratamento a que está sendo submetido, diferenciar
pacientes e grupos de pacientes e comparar as terapêuticas similares. Tais
questionários podem esclarecer questões que os pacientes não expõem, mostrando
os aspectos que devem ser tratados com maior ênfase (Gonçalves et al., 2006;
Winkelmann e Manfroi, 2008).
Dentre alguns instrumentos criados a partir de 1980 com o intuito de avaliar a
QV relacionada à saúde, podemos citar: Sickness Impact Profile (SIP) por Beger et al
em 1981, Nothinghan Heath Profile (NHP) por Hunt & McEwen em 1980 e Rand SF-36
Heath Profile (SF-36) por Ware e Sherbourne em 1992. Estes instrumentos são
considerados instrumentos genéricos da avaliação da QV, pois avaliam globalmente
os aspectos mais importantes relacionados à QV do indivíduo, ou seja, com menos
sensibilidade e flexibilidade para lidar com situações específicas de uma determinada
doença (Coelho et al., 2005; Winkelmann e Manfroi, 2008).
Posteriormente, em contraste a estes instrumentos genéricos, foram
desenvolvidos instrumentos específicos com o foco em problemas associados a uma
doença em particular. O Medical Outcomes Stud 36-item Short-Form (MOS SF-36),
considerado um instrumento genérico, é um dos instrumentos de avaliação da QV
mais utilizado, tanto em estudos nacionais quanto internacionais. No Brasil, foi
validado por Cicconelli e col. em 1999, para pacientes portadores de artrite reumatóide
e atualmente é utilizado com muita freqüência em pacientes com doenças pulmonares
crônicas, cardiopatias, entre outras patologias (Coelho et al., 2005; Pagani e Junior,
2006; Dantas et al., 2009).
A versão simplificada do questionário SF-36 (Anexo 1) é uma das maneiras
mais utilizadas para se realizar avaliação da QV da população em geral. É um
questionário contendo 36 itens que avaliam a saúde pela percepção do próprio
paciente, pontuado em oito escalas: 1. percepção geral de saúde (5 itens); 2. função
física (10 itens); 3. limitação por aspectos físicos (4 itens); 4. dor (2 itens); 5. saúde
mental em geral (5 itens); 6. limitações de funções por problemas emocionais (3 itens);
7. vitalidade (4 itens) e 8. funcionamento social (2 itens) (Hemingway et al., 1997).
Cada domínio tem a sua respectiva abrangência: a capacidade funcional
abrange a presença de limitação física, o aspecto físico abrange a limitação nas
atividades de vida diária, a dor abrange a intensidade e limitações, o estado geral da
saúde abrange a autopercepção da saúde, a vitalidade abrange a fraqueza e o
cansaço, o aspecto social abrange relacionamentos, o aspecto emocional a
interferência pessoal e a saúde mental abrange a depressão e a ansiedade.
Os itens são graduados de 0 a 100, sendo que a maior pontuação indica um
melhor estado de saúde. Apenas um item não recebe pontuação, este compara a
percepção do paciente sobre sua saúde atual com a saúde de um ano atrás
(Gonçalves et al., 2006).
Estes tipos de instrumentos ajudam a identificar como a doença atinge a QV do
indivíduo e também pode propor soluções para cada situação (Kuyken et al., 1995).
Figura 1: Domínios e suas respectivas abrangências.
Fonte: TAKIUTI, et al., (2007)
1.3. Cardiopatias e Cirurgia Cardíaca
De acordo com Dutra (2006), “inúmeras pesquisas têm demonstrado que, se,
por um lado, a expectativa de vida do brasileiro cresceu nos últimos dez anos, o índice
de doenças cardiovasculares aumentou”. Sendo um dos grandes problemas de saúde,
acompanhadas de limitações da atividade física e queixas relacionadas à qualidade de
vida (Winkelmann e Manfroi, 2008).
De acordo com a II Diretriz Brasileira de Cardiopatia Grave (2006), em 1952, o
conceito de cardiopatia grave foi exposto por uma equipe multidisciplinar de médicos
como doença que leva, temporária ou permanente, à redução da capacidade funcional
do coração, podendo desenvolver risco à vida ou impedimento do indivíduo de
executar suas atividades.
O termo cardiopatia grave envolve tanto doenças cardíacas crônicas como
agudas. São consideradas cardiopatias graves:
a) cardiopatia aguda: evolui rapidamente e se torna crônica, caracteriza-se por
perda da capacidade física e funcional do coração;
b) cardiopatia crônica: limita, progressivamente, a capacidade física e funcional
do coração mesmo realizando tratamento clínico ou cirúrgico adequado;
c) cardiopatias crônicas ou agudas que apresentam dependência total de
suporte inotrópico farmacológico ou mecânico;
d) cardiopatia terminal: cardiopatia grave em que a expectativa de vida se
encontra extremamente reduzida, geralmente esses pacientes não respondem à
terapia farmacológica máxima ou ao suporte hemodinâmico externo. Esses pacientes
não são candidatos aos procedimentos cirúrgicos para correção do distúrbio de base
ou transplante cardíaco, tamanha a severidade do quadro clínico ou comorbidades
associadas.
As principais cardiopatias graves são: cardiopatia isquêmica, cardiopatia
hipertensiva, miocardiopatias, valvopatias, cardiopatias congênitas, arritmias,
pericardiopatias, aortopatias e Cor Pulmonale crônico (Dutra, 2006).
As doenças cardiovasculares são consideradas uma das principais causas de
mortalidade, sendo a cirurgia cardíaca um procedimento que propicia a diminuição ou
até mesmo a abolição dos sintomas e contribui para o aumento da sobrevida e
melhora da qualidade de vida aos indivíduos cardiopatas (Mendes e Borghi-Silva,
2006).
Dentre os diferentes tipos de cirurgias cardiovasculares, as mais realizadas em
ordem de incidência, são: cirurgias de revascularização miocárdica, cirurgias das
valvas cardíacas, cirurgias para correção das arritmias, representadas principalmente
pelo implante de marcapassos, cardiodesfibriladores ou ressincronizadores para
controle da insuficiência cardíaca e cirurgias para correção de anomalias congênitas
(Lisboa et al., 2010).
A cirurgia cardíaca representa um marco na medicina, pois esse procedimento
pode prolongar a vida dos pacientes e diminuir a morbidade da doença aterosclerótica
coronariana. Nos últimos anos, os avanços dessa cirurgia foram notáveis, o que
determinou uma melhora nos seus resultados e o aumento crescente do número de
pacientes submetidos a esse procedimento (Oliveira et al., 2010).
Nas últimas duas décadas, houve uma mudança significativa no perfil dos
pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, pelo aperfeiçoamento dos métodos
diagnósticos e terapêuticos. A cirurgia de revascularização do miocárdio, por exemplo,
está sendo indicada mais tardiamente ou em pacientes com lesões mais graves,
resultando em maior número de situações de risco como reoperações, doenças
associadas e pacientes mais idosos (Strabelli et al., 2008).
Devido ao crescente custo dos serviços de saúde e do maior número de
opções para o tratamento das cardiopatias, a identificação dos fatores de risco do
paciente para complicações pós-operatórias pode influenciar a decisão sobre a
conduta mais adequada (Strabelli et al., 2008).
No Brasil, as internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) relacionadas à
cirurgia de revascularização do miocárdio totalizaram 1.465 casos em 2001,
representando um acréscimo de 27% em relação aos dados de 1996 (1.157 casos). A
taxa de mortalidade hospitalar média nesse período foi 7,4%. (DATASUS, 2001)
Essa diminuição da mortalidade está relacionada com alterações no perfil
epidemiológico desse procedimento. Atualmente, a população cirúrgica é
caracterizada por idosos, alto percentual de mulheres, presença de condições
cardíacas precárias (angina instável, doença trivascular, revascularização prévia,
disfunção do ventrículo esquerdo) e outras doenças associadas (hipertensão arterial
sistêmica, diabetes mellitus e doença vascular periférica), caracterizando uma
população de maior gravidade (Almeida et al., 2003).
A revascularização do miocárdio é um tratamento superior da angina pectoris,
quando comparada ao tratamento terapêutico convencional (medicamentoso). Com a
revascularização do miocárdio, é possível contornar os segmentos estenosados das
artérias coronárias, substituindo por um enxerto retirado de uma veia ou artéria. A
escolha do enxerto utilizado depende da disponibilidade, facilidade de implante e
permeabilidade em longo prazo, sendo as mais utilizadas: a artéria mamária interna, a
artéria radial e a veia safena (Regenga, 2000).
A esternotomia mediana é a incisão comumente utilizada nessa cirurgia, e na
maioria dos casos, utiliza-se a circulação extracorpórea (CEC). Na circulação
extracorpórea, o coração e os pulmões não participam da circulação, permitindo um
campo cirúrgico com um coração imóvel e pouco sangue. O sangue venoso é drenado
para dentro de um oxigenador, através de cânulas introduzidas nas veias cava
superior e inferior, e uma bomba redireciona o sangue através de uma cânula
colocada na artéria aorta (Regenga, 2000).
A revascularização do miocárdio com CEC é o procedimento padrão para o
tratamento cirúrgico da coronariopatia. Porém a CEC contribui para as complicações
no pós-operatório como atelectasia e infecções pulmonares. O paciente no pós-
operatório de cirurgia cardíaca requer cuidados fisioterapêuticos, seja na prevenção ou
tratamento dessas complicações, para melhorar a reexpansão pulmonar ou a higiene
brônquica. (Regenga, 2000)
1.4. Reabilitação Cardíaca Fase I
A fisioterapia é uma das ferramentas que pode ser utilizada com o objetivo de
melhorar a qualidade de vida, com aumento da capacidade de trabalho, recreação e
atividade física geral, ou seja, normalizar o estilo de vida. A reabilitação dos pacientes
cardíacos deve apresentar atividades necessárias para proporcionar melhores
condições físicas, sociais e mentais, de maneira que eles sejam capazes de retomar a
sua vida afetiva. A intervenção para esses pacientes vai desde exercícios no leito até
exercícios para condicionamento (Regenga, 2000).
Segundo Winkelmann e Manfroi (2008), “a reabilitação cardíaca aumenta a
qualidade de vida por diminuir sintomas específicos, melhorando a capacidade
funcional de indivíduos cardiopatas”. Este é um processo que visa manter as
capacidades físicas, sociais e mentais do paciente, garantindo que ele retorne à
qualidade de vida após uma cirurgia cardíaca. (Gonçalves, et al., 2006).
A reabilitação cardíaca é dividida em 3 fases, sendo que a fase 1 acontece no
ambiente hospitalar, logo no pré-operatório e após estabilidade do paciente no pós
operatório. Essa fase é progredida em estágios (steps), de acordo com a evolução do
paciente, com o objetivo de diminuir os efeitos gerados pelo repouso prolongado como
complicações pulmonares e úlceras de decúbito e de permitir uma alta precoce
(Gonçalves, et al., 2006).
A fisioterapia respiratória tem sido aplicada como tratamento e profilaxia aos
pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, tanto no período pré-operatório quanto no
pós, principalmente na população que apresenta maior risco de desenvolver
complicações pulmonares, pois essas representam uma das causas prevalentes de
alta taxa de mortalidade no pós-operatório. As principais complicações pulmonares
são: atelctasia, pneumonia e retenção de secreção pulmonar (Arcênio et al., 2008;
Renault et al., 2008).
No período pré-operatório, os pacientes devem receber orientações quanto ao
procedimento cirúrgico e devem ser avaliados quanto aos riscos para a cirurgia
cardíaca, pois uma boa recuperação depende de uma boa avaliação. Os principais
fatores de riscos para a cirurgia cardíaca são: características demográficas e
comorbidades dos pacientes: idade maior que 70 anos, tabagismo, doença pulmonar
pregressa, diabetes mellitus, Índice de Massa Corpórea (IMC) maior que 27, função
pulmonar (VEF1 < 75% e VEF1/CVF <70%,); riscos cirúrgicos: tempo de circulação
extra corpórea, indução anestésica e duração da cirurgia. Além desses fatores, a
esternotomia mediana, que é a técnica de incisão utilizada nas cirurgias cardíacas,
contribui para desestabilizar e diminuir a complacência da caixa torácica, reduzindo a
força muscular respiratória, o que afeta os volumes pulmonares (Titoto et al., 2005;
Arcênio et al., 2008; Renault et al., 2008).
No pós-operatório, são utilizadas manobras de higiene brônquica (Figura 2),
padrões ventilatórios, manobras de expansão pulmonar, pressão positiva contínua na
via aérea (CPAP) (Figura 3), pressão positiva contínua em dois níveis pressóricos nas
vias aéreas (BIPAP), pressão positiva expiratória (EPAP), respiração com pressão
positiva intermitente (RPPI), incentivador respiratório (IR) (Figura 4), cinesioterapia
(Figura 5), deambulação precoce, posicionamento e estímulo à tosse. (Romanini et al.,
2007; Arcênio et al., 2008).
Figura 2: À esquerda: manobra de higiene brônquica, denominada ELTGOL (Expiração Lenta Total com a Glote
Aberta). À direita: instrumento utilizado para promover higiene brônquica, o Flutter.
Fonte: SARMENTO. et al., (2009)
Figura 3: Sistema de CPAP: Pressão positiva contínua nas vias aéreas.
Fonte: SARMENTO. et al., (2009)
Figura 4: Incentivador respiratório.
Fonte: SARMENTO. et al., (2009)
Figura 5: Cinesioterapia no âmbito hospitalar.
Fonte: SARMENTO. et al., (2009)
Os exercícios respiratórios melhoram a coordenação, a eficiência dos músculos
respiratórios e a mobilização da caixa torácica. São realizados na forma ativa, com a
orientação e o auxílio do fisioterapeuta. Os exercícios de padrões ventilatórios são
eficazes no tratamento e prevenção de atelectasias refratárias, com melhora na
capacidade vital e complacência pulmonar. Além disso, esses exercícios melhoram o
volume corrente e facilitam a remoção de secreções (Arcênio et al., 2008).
Os inspirômetros de incentivo, tanto os que funcionam a fluxo como a volume,
e o RPPI são técnicas utilizadas para a reexpansão pulmonar, sendo que o RPPI é
uma técnica na qual um aparelho (Bird Mark 7) injeta ar pressurizado nas vias aéreas
do paciente. Os inspirômetros de incentivo caracterizam-se por exercícios respiratórios
que fornecem um estímulo visual do volume inspirado durante cada incursão ativa,
melhorando a capacidade respiratória do paciente (Arcênio et al., 2008).
As manobras de vibração manual associadas à compressão na caixa torácica,
drenagem postural, aceleração do fluxo expiratório, tosse assistida e aspiração
traqueobrônquica são técnicas utilizadas para higiene brônquica, pois com o uso de
anestésicos, drogas narcóticas e a interrupção da ventilação no intra-operatório
durante o período de circulação extracorpórea, associados à dor, levam à diminuição
da função ciliar, limitação do esforço inspiratório e prejuízo da eficácia do reflexo de
tosse, levando ao acúmulo de secreção pulmonar (Arcênio, et al., 2008).
Nesta primeira fase da reabilitação cardiovascular a fisioterapia motora tem a
estratégia de realizar mobilização precoce, de modo a sentar o paciente e o colocar
em posição ortostática assistida e realizar movimentação passiva das articulações. A
redução da capacidade funcional secundária ao repouso no leito é evitada também
com exercícios físicos do tipo aeróbio, mas a atividade física não é intensa (Moraes et
al., 2005).
Esta fase baseia-se em exercícios metabólicos de extremidades para aumentar
a circulação, exercícios ativos para manter a amplitude de movimento, treino de
marcha em superfícies planas e degraus, reduzindo os efeitos deletérios do repouso
prolongado no leito e melhorando a autoconfiança do paciente, podendo ser
subdividida em 3 níveis: o primeiro, com consumo calórico de 2 METS; o segundo,
com 3 a 4 METS e o terceiro, acima de 4 METS (Moraes et al., 2005).
No segundo nível, o tratamento deve basear-se em movimentação ativa de
todas as extremidades, sentar na cadeira conforme a tolerância do paciente,
deambulação assistida no quarto, exercícios ativos de membros superiores e inferiores
(Moraes et al., 2005).
No terceiro e último nível, deve-se acrescentar os seguintes itens: descer um
lance de escadas, retornando de elevador, deambular 165 metros e alongamento ativo
de membros superiores e inferiores (Moraes et al., 2005).
Durante os exercícios, o aparecimento de alguns sinais e sintomas, como por
exemplo: fadiga, dispnéia, cianose, palidez, náuseas, 20 batimentos por minuto acima
da freqüência cardíaca de repouso e pressão sistólica 20 mmHg acima dos níveis de
repouso e escala de Borg (Anexo 2) indicando esforço, indicam necessidade de
interrupção dos exercícios (Moraes et al., 2005).
No momento da alta hospitalar, cabe ao fisioterapeuta informar o paciente
sobre a importância da atividade física (intensidade, duração e freqüência), que deve
ser realizada após a alta hospitalar. A intensidade do exercício inicia-se de forma leve
e após 2 a 3 semanas da alta hospitalar, aumenta-se gradativamente a intensidade
(Regenga, 2000).
Apesar da alta prevalência de pacientes cardíacos cirúrgicos, existem poucos
estudos mostrando o impacto do procedimento cirúrgico e da atuação da fisioterapia
no período intra-hospitalar na qualidade de vida. Portanto faz-se necessário, estudos
que demonstrem o impacto da cirurgia cardíaca e do tratamento fisioterapêutico na
melhora da qualidade de vida.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Avaliar a qualidade de vida dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca por meio do questionário SF 36.
2.2. Objetivos Específicos
Avaliar a interferência do tratamento fisioterapêutico na qualidade de vida dos
pacientes submetidos à cirurgia cardíaca.
Avaliar o conhecimento dos pacientes sobre a atuação da fisioterapia durante a
reabilitação cardíaca.
3. MÉTODO
3.1. Tipo de estudo
Trata-se de um estudo prospectivo e descritivo.
3.2. Local do estudo
O estudo foi realizado na enfermaria de convênios do Hospital Universitário
São Francisco – HUSF, em Bragança Paulista.
3.3. Período de coleta
O período de coleta de dados foi de maio de 2011 a agosto de 2011.
3.4. Caracterização da população
Foram estudados 13 pacientes que possuíam doença cardíaca e necessitaram
passar por procedimento cirúrgico. Foram incluídos pacientes de ambos os gêneros
com idade que variou de 43 a 70 anos, com idade média de 59,84 ± 7,91 anos.
3.5. Critérios de inclusão
O presente estudo teve como critérios de inclusão:
• Pacientes que não possuíam doenças psiquiátricas como demência e esquizofrenia;
• Pacientes com Escala de Coma de Glasgow igual a 15;
• Pacientes que aceitaram participar do estudo assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 3).
• Pacientes maiores de 18 anos e menores de 70 anos.
3.6. Critérios de exclusão
O presente estudo teve como critério de exclusão:
• Pacientes hemodinamicamente instáveis;
• Pacientes que não aceitaram participar do estudo não assinando o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. (Anexo 3)
3.7. Aspectos éticos da pesquisa
O projeto de pesquisa foi enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade São Francisco, tendo sido aprovado (Anexo 4) com o Protocolo CAAE:
0025.0.142.00-11.
Todos os participantes do estudo leram e assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, o qual esclarece a natureza da pesquisa, a
voluntariedade da participação e a garantia do sigilo quanto aos dados obtidos.
3.8. Procedimento para a coleta de dados
Os pacientes foram selecionados de acordo com a agenda de cirurgias
cardíacas do HUSF, porém participaram da pesquisa aqueles que recebiam alta da
UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e permaneciam clinicamente estáveis para a
realização da entrevista. Os dados foram coletados individualmente na enfermaria de
convênios do HUSF.
O tempo entre a data do procedimento cirúrgico e a data da entrevista variou
de 2 a 3 dias. As entrevistas foram conduzidas pelas pesquisadoras, devidamente
treinadas para esse fim.
Os pacientes eram orientados pelas pesquisadoras antes do início da
pesquisa, o questionário era respondido pelo paciente e preenchido pelas
pesquisadoras. Ao final do questionário os pacientes eram orientados quanto a
importância da continuação do tratamento fisioterápico.
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado pelo paciente ou
pelo acompanhante, em três vias de iguais valores, sendo que uma via permaneceu
com o paciente, uma no prontuário do mesmo e a terceira via, com as pesquisadoras.
3.9. Materiais para coleta de dados
Para a coleta de dados foram, utilizados os seguintes materiais:
• Questionário de qualidade de vida SF-36 (Anexo 1)
O SF-36 é um questionário genérico de avaliação de qualidade de vida
composto por oito domínios, sendo eles: capacidade funcional, limitação por aspectos
físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, limitação por aspectos
funcionais e saúde mental. Foi validado no Brasil por Cicconelli e col. em 1999.
Cada domínio tem a pontuação máxima de 100 pontos e mínima de 0, sendo
calculada pela seguinte fórmula: Domínio= Valor obtido nas questões correspondentes
limite inferior x 100/Variação (Score Range). Onde o escore numérico baixo reflete a
má percepção de saúde, a perda da função e a presença de dor. Por sua vez, o
escore numérico alto reflete a boa percepção de saúde, função preservada e ausência
de dor.
• Questionário específico da fisioterapia (Apêndice).
O questionário específico da fisioterapia é um questionário que foi elaborado
pelas pesquisadoras do presente estudo para avaliar o conhecimento dos pacientes
sobre a atuação da fisioterapia no ambiente hospitalar e para orientá-los sobre a
fisioterapia hospitalar e a necessidade da continuação do tratamento após a alta
hospitalar. É um questionário composto por nove questões onde o paciente poderia
apresentar resposta positiva ou negativa, não apresentando pontuações.
3.10. Organização dos dados para análise
Os dados obtidos nas entrevistas foram categorizados e digitados em uma
base de dados do programa Excel, versão do Office 2007, Microsoft 2007.
4.RESULTADOS
A amostra foi composta por 13 pacientes em pós-operatório de cirurgia
cardíaca, sendo 8 pacientes do sexo masculino (61,53%) e 5 pacientes do sexo
feminino (38,46%) (Figura 6).
61,53%
38,46%
Masculino
Feminino
Figura 6: Distribuição percentual referente ao gênero
A idade da amostra variou entre 43 e 70 anos, os valores de média, desvio
padrão e mediana constam na Tabela 1.
Tabela 1: Média, desvio padrão e mediana das idades em anos.
Idade Média Desvio Padrão Median a
Pacientes (n=13) 59,84 7,91 60
A renda familiar da amostra estudada variou entre 0 a 5 salários mínimos.
A maioria dos pacientes estudados apresentava escolaridade informal, ou seja,
não freqüentaram escolas, totalizando 38,46%, 15,38% apresentavam ensino
fundamental incompleto, 15,38% fundamental completo e 15,38% ensino médio
completo cada um, conforme a Figura 7.
0
10
20
30
40
Escolaridade
informal
Ensino
fundamental
incompleto
Ensino
fundamental
completo
Ensino médio
completo
%
Figura 7: Distribuição percentual dos entrevistados referente ao grau de instrução.
Com relação aos procedimentos cirúrgicos realizados, 76,92% dos pacientes
realizaram revascularização do miocárdio, 15,38% realizaram troca de valva cardíaca,
e 7,69% revascularização do miocárdio associada à troca de valva cardíaca, como
mostra a Tabela 2.
Tabela 2: Distribuição das cirurgias cardíacas na amostra estudada.
Tipo de Cirurgia Pacientes
(n)
Freqüência
(%)
Revascularização do miocárdio 10 76,92%
Troca de valva cardíaca 2 15,38%
Revascularização do miocárdio+ Troca de valva
cardíaca
1 7,69%
Total 13 100%
Com relação aos resultados do questionário genérico, o SF-36, o escore de
pontuação dos itens de capacidade funcional, variou de 0 a 95, apresentando média
30,38 ± 24,61 e mediana 25 (quartil 25% 20 e quartil 75% 35). O escore de limitação
dos aspectos físicos foi um dos domínios menos pontuados, apresentando média e
mediana igual a 0.
O escore de pontuação para dor variou de 30 a 90, apresentando média 67,69
± 20,06 e mediana 70 (quartil 25% 60 e quartil 75% 80). O escore de pontuação do
estado geral de saúde variou de 30 a 70, apresentando média 46,53 ± 11,96 e
mediana 45 (quartil 25% 40 e quartil 75% 50).
O escore de pontuação para vitalidade variou de 10 a 100, apresentando média
65,38 ± 21,64 e mediana 70 (quartil 25% 65 e quartil 75% 70). O escore dos aspectos
sociais variou de 12,5 a 70, apresentando média 58,31 ± 25,78 e mediana 70 (quartil
25% 25 e quartil 75% 75).
O escore de limitação por aspectos emocionais também foi um dos domínios
menos pontuados, apresentando média e mediana igual a 0. O escore de pontuação
da saúde mental variou de 32 a 92, apresentando média 52,92 ± 16,74 e mediana 56
(quartil 25% 44 e quartil 75% 60).
Tabela 3: Média, desvio padrão, mediana, quartil 25% e quartil 75% dos domínios do SF-36.
Domínios Média Desvio
Padrão
Mediana Quartil 25%
Quartil 75%
Capacidade Funcional 30,38 24,61 25 20 35
Limitação por Aspectos
Físicos
0 0 0 0 0
Dor 67,69 20,06 70 60 80
Estado Geral de Saúde 46,53 11,96 45 40 50
Vitalidade 65,38 21,64 70 65 70
Aspectos Sociais 58,31 25,78 70 25 75
Aspectos Emocionais 0 0 0 0 0
Saúde Mental 52,92 16,74 56 44 60
Com relação ao questionário específico da fisioterapia, dos pacientes
entrevistados 100% foram atendidos por fisioterapeutas no ambiente hospitalar.
Enquanto que 69,23% (N=8) dos pacientes não tinham conhecimento, antes da
cirurgia que seriam atendidos por fisioterapeutas no período pré-operatório,
representados na Figura 8. E 69,23% (N=*8) foram orientados por esses profissionais
antes do procedimento cirúrgico (Figura 9).
30,77
69,23
Tinham conhecimento
Não tinham
conhecimento
Figura 8: Distribuição percentual dos pacientes que apresentavam conhecimento sobre o atendimento
fisioterápico no ambiente hospitalar.
0
10
20
30
40
50
60
70
Orientados Não orientados
%
Figura 9: Distribuição percentual dos pacientes que foram orientados por fisioterapeutas no período pré -
operatório.
Após a realização da cirurgia 15,38% dos pacientes não sabiam da importância
do tratamento fisioterápico (Figura 9) e 100 % relataram sentir melhora dos sintomas
com o tratamento. Porém 53,84% dos pacientes não sabiam que deveriam continuar a
reabilitação cardiorrespiratória após a alta hospitalar (Figura 10).
85%
15%
Tinham conhecimento
Não tinham
conhecimento
Figura 10: Distribuição percentual de pacientes que tinham conhecimento sobre a importância do tratamento
fisioterápico.
42
44
46
48
50
52
54
%
Sim Não
Figura 11: Distrbuição percentual de pacientes que apresentavam conhecimento sobre a
continuação da reabilitação cardiorrespiratória.
O sexo masculino teve correlação positiva com o domínio saúde mental, ou
seja, apresentou maior pontuação neste domínio.
Em relação à escolaridade, quanto menor o nível de escolaridade, menor foi o
escore no domínio saúde mental.
Em relação à orientação fisioterapêutica, não houve diferença no escore do
domínio vitalidade, entre os pacientes que foram ou não orientados por fisioterapeutas.
5.DISCUSSÃO
Segundo Lafaiete e col. (2008), com o aumento da expectativa de vida dos
brasileiros e do mundo em geral nas últimas décadas e a prevalência de doenças
cardiovasculares entre os idosos, o número de pessoas dessa população que
necessitarão de operação cardiovascular tende a se elevar, inclusive daqueles que
atingiram ou ultrapassaram a expectativa de vida média para o brasileiro que
atualmente é de 72 anos.
No estudo de Ferreira et al., (2004), que foi realizado em um Hospital
universitário de Goiânia, nos mostra que a faixa etária de pacientes submetidos a
cirurgia cardíaca variou de 19 a 82 anos de idade (52,18 ± 14,31), dos quais 51,52%
eram do sexo masculino. No presente estudo a idade média variou de 43 a 70 anos
(59,84 ± 7,91), com predominância de pacientes do sexo masculino (61,53%). Ferreira
et al., mostrou maior número de internações pelo sistema único de saúde, com
68,18% dos atendimentos, indicando pacientes com menor renda, o que também se
mostra presente neste estudo. O que se mostra presente neste estudo, no qual teve
prevalência de pacientes com idade ente 50 e 70 anos (92,30%) e prevalência de
pacientes do sexo masculino.
As cardiopatias são um dos grandes problemas de saúde pública. Sua
incidência aumentou e está acompanhada de restrição da atividade física e várias
queixas nas diferentes áreas da qualidade de vida. (Wilkelman e Manfroi, 2008). Isso
se confirma neste estudo com o questionário SF-36 nas questões relacionadas à
função física e limitação por aspectos físicos, mostrando que 76% dos pacientes
relatam muita dificuldade em realizar atividades rigorosas, que exigem muito esforço,
tais como correr, levantar objetos pesados, participar em esportes árduos e que
apenas 15% relatam pouca dificuldade e 7,69% não relatam dificuldade em realizar
tais atividades.
O presente estudo nos mostra também que 69,23% dos pacientes não referem
dificuldade alguma em tomar banho e que 23,07% referem pouca dificuldade em
realizar esta atividade de vida diária.
Na avaliação das respostas ao questionário SF-36, nos mostrou que o domínio
com menor pontuação foi limitação por aspectos físicos e aspectos emocionais, com
média de 0, para ambos, indicando serem os itens que mais interferem na qualidade
de vida.
No estudo de Takiuti et al. (2007), onde 483 pacientes responderam ao
questionário MOS SF-36 antes e após serem submetidos a cirurgia cardíaca, mostrou
importantes modificações tanto no componente físico quanto no componente mental.
No domínio da capacidade funcional, 104 pacientes (68%) apresentaram melhora, 13
pacientes (8,5%) mantiveram-se na mesma condição enquanto 36 (23,5%) revelaram
piora da capacidade funcional. Após o procedimento cirúrgico No aspecto físico, 74
(48,5%) pacientes apresentaram melhora, 54 (35%) mantiveram-se na mesma
condição e 25 (16,5%) revelaram piora da condição. Em relação à dor, 68 pacientes
(44,5%) relataram melhora, 48 (25,5%) referiram piora e 37 (24%) mantiveram-se na
mesma condição. Na avaliação do estado geral de saúde, 90 pacientes (59%)
apresentaram melhora, 44 pacientes (28,5%) relataram piora, e 19 pacientes (12,5%)
mantiveram a mesma condição. A avaliação do estado vital revelou melhora em 87
pacientes (57 %), piora em 20 pacientes (13%) e manutenção da mesma condição nos
46 pacientes restantes (30%). O aspecto social melhorou em 74 pacientes (49%),
piorou em 40 pacientes (25,5%) e manteve-se inalterado em 39 pacientes (25,5%)
desse domínio. As modificações do aspecto emocional revelaram melhora em 63
pacientes (41%), piora em 33 pacientes (21,5%) e manutenção do quadro em 57
pacientes (37,5%). Em relação à saúde mental, observou-se melhora em 101
pacientes (66%), piora em 42 pacientes (27,5%) e inalterado em 10 pacientes (6,5%).
No estudo de Gonçalves et al., (2006), estudaram a qualidade de vida de 24
pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio e participaram de
um programa de reabilitação cardíaca, através do questionário MOS SF-36 que foi
aplicado antes e 5 dias após a cirurgia revelou minimização das limitações físicas e
emocionais além de melhora nos campos da saúde mental, vitalidade, socialização e
dor quando comparados ao pré-operatório.
Já Gois e col. em 2009, comparou a qualidade de vida antes e seis meses
após a cirurgia de revascularização do miocárdio em 54 pacientes, através do
questionário MOS SF-36, observou-se que, no pós-operatório imediato, quatro
componentes do SF-36 apresentaram valores medianos inferiores a 50, os quais
correspondem à metade do escore máximo para cada componente que é de 100,
demonstrando assim, maior comprometimento nos componentes: aspectos físicos,
aspectos emocionais, capacidade funcional e dor. Esse fato se confirma no presente
estudo mostrando que 100% dos pacientes entrevistados diminuíram o tempo em que
se dedicavam ao trabalho ou outras atividades e realizaram menos tarefas do que
gostariam, ou seja, tiveram sua qualidade de vida prejudicada pelos quatro itens supra
citados.
No estudo de Gois et al., (2009), em que foi aplicado o questionário SF-36 à 54
pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, mostra que a mediana dos aspectos físicos
foi de 0 (17,1 ± 32,5), aspectos emocionais de 33,3 (40,1 ± 42,6), capacidade funcional
de 35 ( 42,5 ± 34,9), dor de 42 (49,1 ± 27,7), saúde mental de 52 (53 ± 22,8),
vitalidade de 55 (53,9 ± 23,3) , aspectos sociais de 62,5 (57,4 ± 31,5) e estado geral
de saúde de 55 (58,1 ± 18,4).
Nogueira e col. em 2008, estudaram a qualidade de vida de 105 pacientes
submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio através do MOS SF-36, onde
relataram que quando analisados os oito domínios entre gêneros, observaram
semelhanças na avaliação da dor, do estado geral de saúde, da vitalidade, do aspecto
social, do aspecto emocional e da saúde mental. Entretanto, em relação à capacidade
funcional, o sexo masculino apresentou resultados significativamente melhores nas
três entrevistas realizadas. Além disso, o sexo masculino apresentou melhora
significativa em relação à percepção do aspecto físico quando comparado com o sexo
feminino.
Ao aplicar o Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Helth Survey (SF-
36), o estudo de Nogueira et al., (2008) observou melhora de todos os componentes,
físico e mental.
De acordo com Arcenio et al., (2008), quanto maior a atenção ao paciente no
período pré-operatório, maior a influència na sua possível e mais rápida recuperação
pós-operatória. Os pacientes devem receber orientações sobre a cirurgia e o pós-
operatório imediato e receber informações sobre a importância dos exercícios
respiratórios e deambulação precoce a ser realizada. Neste estudo, a mediana dos
pacientes que receberam orientações fisioterapêuticas no pré-operatório foi de 1
(53,84%), média de 1.4615 ± 0.5189.
A atuação da fisioterapia em pacientes submetidos à cirurgias cardíacas,
principalmente as de revascularização do miocárdio, permite a remoção do acúmulo
de secreções brônquicas, reinsuflação de áreas atelectasiadas e incremento das
trocas gasosas, melhorando a evolução e minimizando o aparecimento de
complicações pós-operatórias. (Blattner, 2007).
Ainda existe pouca informação sobre o impacto de programas de exercícios
físicos sobre a qualidade de vida em pacientes com cardiopatias, mas, dentre os
benefícios, está o retorno mais precoce para o trabalho e o aumento da capacidade
aeróbica (Wilkelman e Manfroi, 2008).
Até o momento, não existem muitos dados na literatura em relação à melhora
da qualidade de vida com a reabilitação cardíaca. Mas, com o questionário específico
da fisioterapia aplicado no presente estudo, pode-se confirmar que o tratamento
fisioterápico influencia na melhora dos sintomas após a cirurgia, portanto melhora a
percepção da qualidade de vida do paciente.
O presente estudo apresentou limitações, sendo elas a seguintes: o número de
pacientes não foi atingido devido alguns pacientes que foram a óbito no início da
coleta de dados, devido a pacientes que não se encontravam dentro dos critérios de
inclusão e devido ao fechamento temporário da UTI do Hospital Universitário São
Francisco por infecção por bactérias multi-resistentes, impedindo as realizações de
cirurgias.
6. CONCLUSÃO
Conclui-se, portanto, que os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca deste
estudo apresentaram baixa qualidade de vida relacionada às funções físicas, aspectos
emocionais, capacidade funcional e dor. Com relação à fisioterapia, 100% desses
pacientes relataram melhora dos sintomas após as sessões de fisioterapia. Portanto a
fisioterapia interfere na qualidade de vida do paciente, melhorando a mesma. E
aproximadamente 85% dos mesmos sabiam da importância do tratamento
fisioterapêutico em sua reabilitação, logo, faz se necessário, que os profissionais
realizem essas orientações, afim de que o paciente retorne mais rapidamente as suas
atividades de vida diária.
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APÊNDICE
Questionário Específico da Fisioterapia
A) Características Sociodemográicas
01. Sexo: 1. � F 2. � M
02. Faixa etária: 1. � 18 a 59 anos 2. � >60 anos
03. Estado civil: 1. � Solteiro 2. � Casado
04. Escolaridade: 1. � Sem escolaridade formal
2. � Ensino fundamental: 2.1. � Incompleto 2.2. � Completo
3. � Ensino Médio: 3.1. � Incompleto 3.2. � Completo
4. � Ensino superior: 4.1. � Incompleto 2.2. � Completo
05. Renda (Salários Mínimos): 1. � 0 a 3 2. � >3
06. Tempo de internação na UTI (dias): 1. � 1 a 3 2. � >4
08. Tempo de internação hospitalar total: ____________________
09. Qual o procedimento cirúrgico realizado?_________________________________
B) Relação Fisioterapeuta-Paciente
01. Você foi atendendido por fisioterapeutas no hospital? (caso não tenha sido atendido, por favor, ignore este questionário, apenas assinale esta questão)
01. � Positiva 2. � Negativa
02. Você foi atendido por fisioterapeutas enquanto permaneceu na UTI?
01. � Positiva 2. � Negativa
03. Você sabia que iria ser atendido por fisioterapeutas no hospital antes de realizar a cirugia?
01. � Positiva 2. � Negativa
04. Você sabe qual a importância da fisioterapia para o seu tratamento?
01. � Positiva 2. � Negativa
05. Você acha que a fisioterapia está ajudando na melhora dos sintomas?
01. � Positiva 2. � Negativa
06. Você foi orientado por fisioterapeutas no período pré-operatório (antes da cirurgia)?
01. � Positiva 2. � Negativa
07. Você tinha conhecimento, antes da internação da atuação da fisioterapia no ambiente hospitalar?
01. � Positiva 2. � Negativa
08. Você sabe que deve continuar fazendo tratamento fisioterapêutico após a alta hospitalar?
01. � Positiva 2. � Negativa
09. Você foi encaminhado para fisioterapia depois da alta hospitalar?
01. � Positiva 2. � Negativa
ANEXOS
ANEXO 1- Versão Brasileira do Questionário de Quali dade de Vida -SF-36
Nome:______________________________________________ _________________
Idade: _______ Sexo: ________
Função exercida no trabalho: _________________________________________________
Há quanto tempo exerce essa função: _______________ ____
Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos manterão informados de como você se sente e quão bem você é capaz de fazer atividades de vida diária. Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro em como responder, por favor, tente responder o melhor que puder.
1-Em geral você diria que sua saúde é:
2-Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral, agora?
Muito Melhor Um Pouco
Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3-Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso, quando?
Atividades Sim, dificulta muito Sim. Dificulta um pouco
Não, não dificulta de modo algum
c) Levantar ou carregar mantimentos
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim 1 2 3 4 5
Atividades Sim, dificulta muito Sim, dificulta um pouco
Não, não dificulta de modo algum
a) Atividades Rigorosas, que exigem muito esforço, tais como correr, levantar objetos pesados, participar em esportes árduos.
1 2 3
b) Atividades moderadas, tais como mover uma mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa.
1 2 3
d) Subir váirios lances de escada e) Subir um lance de escada f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se g) Andar mais de 1 quilômetro h) Andar vários quarteirões i) Andar um quarteirão j) Tomar banho ou vestir-se
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex. necessitou de um esforço extra).
1 2
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz.
1 2
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?
7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente 1 2 3 4 5
1 2 3 4 5 6
8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)?
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente 1 2 3 4 5
9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime de maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo você tem se sentindo cheio de vigor, de vontade, de força?
1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa muito nervosa?
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo você tem se sentido tão deprimido que nada pode anima-lo?
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo você tem se sentido calmo ou tranqüilo?
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo você tem se sentido com muita energia?
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo você tem se sentido desanimado ou abatido?
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo você tem se sentido esgotado?
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa feliz?
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo você tem se sentido cansado?
1 2 3 4 5 6
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?
11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
Definitivamente verdadeiro
A maioria das vezes verdadeiro
Não sei
A maioria das vezes falso
Definitiva-
mente falso
a) Eu costumo adoecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tão saudável quanto qualquer pessoa que eu conheço
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha saúde vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha saúde é excelente 1 2 3 4 5
Todo Tempo A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
ANEXO 2 - Escala de borg modificada
0 Nenhuma
0,5 Muito, muito leve
1 Muito Leve
2 Leve
3 Moderada
4 Pouco intensa
5 Intensa
6
7 Muito intensa
8
9 Muito, muito intensa
10 Máxima
ANEXO 3 - TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO
TÍTULO DA PESQUISA: Avaliação da qualidade de vida de pacientes em pós-
operatório de cirurgia cardíaca.
Eu,................................... ................................ ........................ ......................................,
RG........................., abaixo assinado, dou meu consentimento livre e esclarecido para
participar como voluntário do projeto de pesquisa supra-citado, sob a responsabilidade
dos pesquisadores Profª. Ft. Aline Maria Heidemann e de Isabela Toledo Silva e
Larissa Pereira dos Passos do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco.
Assinando este Termo de Consentimento estou ciente de que:
1 - O objetivo da pesquisa é avaliar a qualidade de vida dos pacientes submetidos a
cirurgias cardíacas.
2- Durante o estudo responderei apenas dois questionários em um tempo máximo de
15 minutos.
3 - Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente
sobre a minha participação na referida pesquisa;
4- A resposta a este instrumento/ procedimento não causa riscos conhecidos à minha
saúde física e mental, não sendo provável também, que causem desconforto
emocional.
5 - Estou livre para interromper a qualquer momento minha participação na pesquisa,
o que não me causará nenhum prejuízo;
6 – Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos na
pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho, expostos
acima, incluída sua publicação na literatura científica especializada;
7 - Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco
para apresentar recursos ou reclamações em relação à pesquisa pelo telefone: 11 -
24548981;
8 - Poderei entrar em contato com o responsável pelo estudo, Profª. Ft. Aline Maria
Heidemann, sempre que julgar necessário pelo telefone (0xx19) 97329882;
9- Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá
em meu poder e outra com o pesquisador responsável.
Bragança Paulista, ______ de ____________ de 2011
____________________________
ASSINATURA
Isabela Toledo Silva Larissa Pereira dos Passos
Profª. Ft. Aline Maria Heidemann
Orientadora Responsável
Tel. (0xx19) 97329882
Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade São Francisco
tel: (0xx11) 2454-8981/ (0xx11) 2454-8028 e-mail comite.etica@saofrancisco.edu.br.
ANEXO 4- APROVAÇÃO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISAS
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