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AULA DEMONSTRATIVA
Discursiva para TCU
Olá pessoal,
Eu sou o professor Patrik Loz. Sou Auditor Fiscal do Trabalho e será uma
satisfação estar com vocês nessa batalha pela aprovação no Concurso para Técnico
Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. A banca é o CESPE que
costuma cobrar respostas bem objetivas e diretas. É a mesma banca do meu concurso
para Auditor Fiscal do Trabalho. No concurso que eu fiz foram 08 discursivas. No de
vocês serão apenas 03. Com o estudo do conteúdo e seguindo os ensinamentos que
traremos nas aulas, vocês não terão nenhuma dificuldade na prova. Poderão observar
que elaborar uma excelente discursiva é muito simples.
O edital prevê: 9.1 As provas discursivas P3 e P4 valerão um total de 30,00
pontos e consistirão de: a) prova discursiva P3 – uma questão no valor de 5,00 pontos,
a ser respondida em até 10 linhas, acerca os conhecimentos básicos constantes do
subitem 17.2.1.1 deste edital e uma questão no valor de 5,00 pontos, a ser respondida
em até 10 linhas acerca dos conhecimentos específicos constantes do subitem 17.2.1.2
deste edital; b) prova discursiva P4 – uma peça de natureza técnica no valor de 20,00
pontos, de até 30 linhas, acerca dos conhecimentos específicos constantes no subitem
17.2.1.2 deste edital. 9.2 As provas discursivas serão avaliadas e pontuadas segundo os
critérios estabelecidos no subitem 9.7 deste edital.
Desse item 9.7 destacamos: 9.7.3 As provas discursivas serão avaliadas quanto
ao domínio do conteúdo dos temas abordados – demonstração de conhecimento
técnico aplicado –, bem como quanto ao domínio da modalidade escrita da língua
portuguesa.
A banca não traz maiores detalhes, mas também não há necessidade. Apenas
destaco que o edital diz: demonstração de conhecimento técnico aplicado. Ou seja, o
estudo do conteúdo é extremamente importante. Estudem com mais atenção todos os
normativos constantes no edital. Um normativo é sempre uma excelente fonte de
fundamentação para qualquer discursiva técnica.
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Então serão 02 questões para serem respondidas em até 10 linhas e 01 peça de
natureza técnica em até 30 linhas. Como não é tão comum questões com tão poucas
linhas (10 linhas), iremos adaptar as questões para que sejam respondidas em até 10
linhas. No caso da peça técnica também não é tão comum uma peça técnica com
apenas 30 linhas, então, conforme seja necessário, também faremos as adaptações que
julgue precisar.
No nosso curso seremos ao máximo objetivo, evitando qualquer informação
desnecessária. Então vamos direto a como será o curso. Esse constará de um curso
temático com correções individuais. Digo temático, pois iremos ensinar a como
construir uma discursiva por meio de elaboração de padrões de resposta questões de
provas passadas ou inéditas (conforme necessidade). Mas não apenas elaborando os
padrões de resposta, e sim explicando parágrafo a parágrafo como construir uma
discursiva. Isso facilita o aprendizado, pois o aluno além de aprender a fazer a
discursiva ainda tem disponível o modelo de resposta e o estudo do conteúdo. Por fim,
iremos corrigir 03 discursivas de cada aluno. Na nossa correção, também fazemos as
considerações necessárias ponto a ponto, e não apenas observações gerais.
MAIS UM PONTO DO CURSO É QUE IREI PASSAR VÁRIOS TEMAS
DOS QUAIS VOCÊS ESCOLHERÃO OS QUE IRÃO ENVIAR PARA
CORREÇAÕ. APÓS A CORREÇÃO FAREI MAIS 03 AULAS COM OS PADRÕES
DE RESPOSTAS DE TODOS OS TEMAS QUE ENCAMINHEI
ANTERIORMENTE. QUAL É O DIFERENCIAL DISSO? APESAR DE SEREM
CORRIGIDAS APENAS 03 DISCURSIVAS VOCÊ IRÁ ELABORAR VÁRIAS
DISCURSIVAS E TERÁ OS PADRÕES DE RESPOSTA PARA COMPARAR.
AO FINAL VOCÊ TERÁ FEITO NA VERDADE MAIS DE 20 DISCURSIVAS.
NO ENTANTO, ESSE DIFERENCIAL NÃO TERÁ EFEITO CASO VOCÊ NÃO
ELABORE AS DISCURSIVAS DE TODOS OS TEMAS ENCAMINHADOS E
TAMBÉM APENAS OLHE OS PADRÕES QUE IREI ENCAMINHAR SOMENTE
APÓS TER ELEBORADO A SUA RESPOSTA. ISSO É EXTREMAMENTE
IMPORTANTE. AFIRMO ISSO POIS, COMO DITO, NO MEU CONCURSO
FORAM 08 DISCURSIVAS. EU ELABOREI EM TORNO DE 40 DISCURSIVAS
ANTES DA PROVA. COM ISSO NO DIA DA PROVA RESPONDI TODAS AS
DISCURSIVAS PRATICAMENTE DE FORMA AUTOMÁTICA. JÁ SABIA O
QUE E COMO FAZER.
ENTÃO, APÓS RECEBER A CORREÇÃO E VER AS
OBSERVAÇÕES/CORREÇÕES, ELABORE UMA DISCURSIVA PARA CADA
TEMA PROPOSTO E DEPOIS COMPARE COM OS PADRÕES DE RESPOSTA
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QUE ENCAMINHEI. COMO OS TEMAS SÃO REFERENTES AO CONTEÚDO
ESPECÍFICO, NÃO PENSE QUE A DISCURSIVA É UMA MATÉRIA A MAIS.
VOCÊ APENAS ESTARÁ FAZENDO UMA ESPÉCIE DE RESUMO DO
ASSUNTO ESTUDADO. SERVIRÁ INCLUSIVE PARA CONSOLIDAR O
APRENDIZADO DA PARTE TEÓRICA DA DISCIPLINA.
Destaco que não devem se preocupar em tentar “adivinhar” o que irá cair na
prova. Isso porque em questões discursivas com parecer técnico os fatos fictícios serão
sempre inéditos. Cada narrativa tem a sua própria peculiaridade. Então o importante é
estudar os conhecimentos específicos de forma aprofundada, pois a banca poderá
cobrar qualquer um dos assuntos constantes no edital. Durante o curso vocês notarão
que para se fazer uma excelente discursiva não há necessidade de se criar nada novo,
de abordagens aprofundadas, decorar parágrafos de livros, trazer linguagem com
palavras “bonitas” etc. Todo o texto deve ser muito simples, direto, imediato, objetivo
e claro.
Muito importante destacar que nosso curso não será um curso gramatical. Não
irei fazer correções de gramática. O curso irá elaborar padrões de resposta para temas
de concursos passados (do CESPE, FCC, ESAF e outras bancas quando necessário ou
temas inéditos), ensinado a elaborar uma discursiva por meio de explicações do passo
a passo de como se elaborou o modelo de resposta. Também não fiquem preocupados
se o tema é do CESPE ou de outra banca. Isso porque apenas traremos temas em que o
conteúdo conste no edital e iremos elaborar os padrões de resposta de acordo com a
forma de correção do CESPE (que inclusive não difere muito das outras bancas).
Sem demora, vamos iniciar a aula.
Sendo objetivo, podemos de forma geral observar o seguinte roteiro para
resolução de uma discursiva:
1) Observe atentamente o que cada um dos tópicos está pedindo: atente-se para
cada uma das palavras contidas na pergunta. Às vezes em uma pergunta há mais uma
ou duas contidas nela. Fique atento aos verbos. Ainda note se o examinador pede que
responda com base na legislação ou jurisprudência. Caso ele não fale, sempre
fundamente a resposta na lei ou jurisprudência. Fiquem atentos pois caso ele peça que
responda com fundamento na jurisprudência e você responda com fundamento na
legislação, por melhor que fique a sua resposta com todos fundamentos legislativos
existentes, sua nota será zero.
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2) Siga a sequência determinada pelo examinador nos tópicos. Quando ele for
corrigir tenderá a procurar as respostas na mesma sequência. Isso facilitará a correção,
tendo em vista que ele não precisará procurar as respostas de forma esparsa no texto.
Lembre-se de que o examinador não é um especialista no assunto. Ele apenas tem um
padrão de resposta disponibilizado pela banca e irá “comparar” esse padrão com a sua
discursiva. Então quanto mais próximo sua resposta esteja do modelo maior será a sua
nota.
3) Cada tópico deve ser respondido em parágrafos separados ou se respondidos
no mesmo parágrafo (porque um tópico ocupou poucas linhas) sempre separe bem as
frases e orações, deixando claro qual frase responde qual tópico. Isso é feito usando-se
as palavras chave de cada pergunta. Não misture os assuntos (NO CASO DA
QUESTÃO DE ATÉ 10 LINHAS, A REGRA DOS PARÁGRAFOS SEPARADOS
PODE SER DESCONSIDERADA. APENAS SEPARANDO AS RESPOSTAS POR
PONTO FINAL). Na correção o examinador irá atribuir nota a cada uma das
respostas. Por exemplo, em uma questão valendo 100 pontos na qual contenha 05
tópicos a serem respondidos, cada tópico valerá 20 pontos. Então caso você se esqueça
de responder algum tópico, por menor que seja ou aparentemente sem importância,
você irá perder 20 pontos. Por melhor e mais bem fundamentada na legislação e
jurisprudência que a sua discursiva tenha sido feita.
4) Sempre use nas respostas palavras chave da pergunta, e se possível inicie o
parágrafo com elas. Isso é essencial para a clareza do texto, de forma que fique
evidente a sua resposta. A sua resposta deve ser clara (com o uso das palavras chave
contidas na própria questão), imediata (sem abordagens superficiais e também evite
abordagens históricas, morais, sociais, opinião pessoal etc., exceto caso a questão faça
referência) e direta (não deixe nenhuma resposta implícita, sempre seja explícito e
responda de forma afirmativa – não dê resposta que demonstre algum tipo de dúvida.
Você deve afirmar a sua resposta e nunca deixar de forma implícita. Já na primeira
frase responda o tópico e em seguida traga os argumentos que sustentam a sua
afirmação sempre com base em fontes formais: Constituição, Legislação,
jurisprudência etc.).
5) Fique atento à coerência nas respostas e aos elementos de coesão entre os
parágrafos.
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Destaco que devemos seguir uma estrutura textual com objetividade, ordenação
e clareza de idéias. Por fim, veja se seu texto não ficou confuso. Tente ler como se
você fosse um terceiro e note se as idéias ficaram claras.
As bancas têm favorecido ao candidato que vai direto ao que está sendo pedido,
ao núcleo da questão. O candidato não deve fazer introduções que abordem a questão
de modo superficial e tardar a responder ao núcleo do que está sendo pedido. A
resposta deve ser imediata. As palavras chave de cada tópico devem ser retomadas na
resposta de cada um deles. Estou sendo um pouco repetitivo de forma proposital para
que vocês fixem bem os passos que devem ser seguidos.
O examinador não é um especialista no assunto. Ele terá um padrão de resposta
e irá atribuir pontuação maior para o candidato que mais se aproxime do modelo de
resposta que ele tem. Dessa forma, ele não está procurando texto que o faça chorar de
emoção.
MUITO IMPORTANTE: NA LEITURA DOS PADRÕES DE RESPOSTA,
NÃO FIQUEM ATENTOS APENAS AO CONTEÚDO QUE ESTÁ SENDO
EXPOSTO. OBSERVEM OS DETALHES DE COMO ESTRUTURAMOS A
RESPOSTA. NOTEM TODOS OS PASSOS DO ROTEIRO QUE
TROUXEMOS ACIMA. EM CORREÇÕES VEJO QUE MUITOS ALUNOS
TÊM CONHECIMENTO TÉCNICO MAIS ERRAM NA FORMA DE EXPOR
OU DEIXAM DE RESPONDER TÓPICOS POR FALTA DE ATENÇÃO. EM
UMA PROVA VALENDO 100 PONTOS E QUE CONTENHA, POR
EXEMPLO, CINCO TÓPICOS E VOCÊ ESQUECER DE RESPONDER UM,
VOCÊ PERDERÁ 20 PONTOS. SIMPLES ASSIM. POR EXEMPLO:
CONCEITUE E DÊ EXEMPLOS DE TAL ASSUNTO. NOTE QUE SÃO DOIS
TÓPICOS: UM É CONCEITUAR O OUTRO É DAR EXEMPLOS. POR MAIS
QUE VOCÊ RESPONDA OS OUTROS 5 OU 6 TÓPICOS QUE ELE TENHA
TRAZIDO, CONCEITUE DE FORMA PERFEITA O ASSUNTO, MAS NÃO
DÊ EXEMPLOS, VOCÊ IRÁ PERDER PONTOS PROPORCIONAIS À
QUANTIADE DE PERGUNTAS. SE ERAM 05, E A PROVA VALE 100
PONTOS VOCÊ IRÁ PERDER 20 PONTOS. VEJA TAMBÉM, MAIS SUTIL
AINDA, QUE ELE FALA EXEMPLOS, NO PLURAL. SE VOCÊ DER
APENAS UM EXEMPLO VOCÊ PERDERÁ 10 PONTOS.
Vamos aos temas e padrões de resposta nos quais vocês poderão observar cada
um desses passos.
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TEMA 01 (adaptado)
(2010/Auditor-Fiscaldo Trabalho) O artigo 2.º da Constituição da República
Federativa do Brasil assim dispõe: “São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. A partir do dispositivo
constitucional supra, deve o candidato discorrer sobre o tema INDEPENDÊNCIA E
HARMONIA ENTRE OS PODERES, abordando obrigatoriamente o seguinte:
harmonia entre os poderes – divisão de funções entre os órgãos de poder – princípio da
indelegabilidade de funções – absoluta ou relativa?
PADRÃO DE RESPOSTA
Determina a Constituição Federal de 1988 (CF/88) que são Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Há independência e
HARMONIA ENTRE OS PODERES, acarretando uma DIVISÃO DE FUNÇÕES ENTRE OS
ÓRGÃOS DE PODER. O Executivo é o responsável pela execução das políticas e programas de
governo; o Judiciário em dizer de forma definitiva qual o direito a ser aplicado; e o Legislativo em
fiscalizar e criar as leis.
No atual sistema constitucional brasileiro o PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE de
funções não é absoluto, mas relativo, sendo exemplo disso a possibilidade de o Legislativo delegar
ao Executivo a responsabilidade de legislar determinadas matérias, conforme prevê a CF/88. Vamos
analisar os parágrafos que acabamos de estruturar.
OBSERVE QUE RESPONDEMOS A QUESTÃO COM FUNDAMENTO EM
FONTES “OFICIAIS”. INICIO DEIXANDO MANIFESTO QUE A AFIRMAÇÃO
ESTÁ CONTIDA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 88 (CF/88).
VEJA TAMBÉM AS PALAVRAS EM LETRAS MAIÚSCULAS. SÃO AS
PALAVRAS CHAVE CONSTANTES NA QUESTÃO. DESSA FORMA FICA
FACILMENTE PERCEPTÍVEL AO EXAMINADOR A RESPOSTA
CORRESPONDENTE DE CADA TÓPICO POR ELE SOLICITADO.
UMA DIFICULDADE MUITO COMUM QUANDO ESTAMOS FAZENDO
UMA PROVA DISCURSIVA É COMO INICIAR A QUESTÃO. E AQUI DIGO
QUE É MUITO SIMPLES. INICIE A QUESTÃO COM AS PALAVRAS
CONTIDAS NO PRÓPRIO TEMA PROPOSTO. VOCÊ NÃO PRECISA
INVENTAR ALGO NOVO. VÁ DIRETO AO ASSUNTO. USE PALAVRAS E
EXPRESSÕES JÁ CONSTANTES NO TEXTO TRAZIDO PELO EXAMINADOR.
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COM ISSO SUPERAMOS A FASE INICIAL E PODEMOS PROSSEGUIR COM
MAIS TRANQUILIDADE.
TEMA 02 (ADAPTADO)
(2010/Auditor-Fiscaldo Trabalho) O artigo 2.º da Constituição da República
Federativa do Brasil assim dispõe: “São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. A partir do dispositivo
constitucional supra, deve o candidato discorrer sobre o tema INDEPENDÊNCIA E
HARMONIA ENTRE OS PODERES, abordando obrigatoriamente o seguinte:
independência entre os poderes – absoluta ou relativa?; exceções ao princípio da
divisão dos Poderes – Exemplos
MODELO DE RESPOSTA
A independência entre os Poderes não ocorre de forma absoluta, pois o que de fato acontece
é uma interdependência e harmonia, como bem determina a CF/88, demonstrando que a
independência entre eles é apenas relativa. Um Poder limita o outro na medida em que a própria
CF/88 criou mecanismos de controle de um Poder sobre o outro. Todavia, como já decidiu o STF
inúmeras vezes, essa independência é relativa apenas nas hipóteses constitucionalmente previstas.
Nos casos não previstos na Constituição não pode um Poder interferir no outro.
No sistema brasileiro há várias exceções ao princípio da divisão dos Poderes. Como
exemplo, podemos citar: as medidas provisórias publicadas pelo Poder Executivo; o julgamento do
Presidente da República pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade; a iniciativa de lei aos
tribunais superiores nos casos previstos na CF/88; o exercício da função executiva pelo Judiciário e
Legislativo quando esses organizam seus serviços internos.
O TÓPICO PERGUNTA OBJETIVAMENTE SE A INDEPENDÊNCIA
ENTRE OS PODERES É ABSOLUTA OU RELATIVA. SENDO ASSIM,
RESPONDEMOS DE FORMA OBJETIVA E DIRETA. NOTE QUE JÁ
INICIAMOS RESPONDENDO: “A INDEPENDÊNCIA ENTRE OS PODERES NÃO
OCORRE DE FORMA ABSOLUTA”. NÃO DEMORE A RESPONDER O QUE O
EXAMINADOR PERGUNTOU. SEMPRE QUE POSSÍVEL JÁ RESPONDA NA
PRIMEIRA LINHA. O RESTANTE DO PARÁGRAFO APENAS IRÁ
SUSTENTAR SUA AFIRMAÇÃO. ALIAS VOCÊ DEVE AFIRMAR. NÃO DEIXE
A SUA RESPOSTA SUBENTENDIDA. NOTE AINDA QUE TODO O
PARÁGRAFO É ALICERÇADO EM FONTES “OFICIAIS”. NO CASO,
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SUSTENTAMOS NOSSA RESPOSTA NA CONSTITUIÇÃO E EM DECISÕES DO
STF.
TEMA 03 (ADAPATADO)
CESPE 2008 – MMA
A Constituição de 1988 consagrou uma série de princípios e estabeleceu um
conjunto de regras atinentes à relação entre a administração e os servidores. Um
dos aspectos mais relevantes diz respeito à investidura em cargo ou emprego público,
seja mediante concurso público, seja para os chamados cargos em comissão.
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um
texto dissertativo acerca dos principais princípios da administração pública na
Constituição Federal.
PADRÃO DE RESPOSTA
Os principais princípios da administração pública estão previstos no art. 37 da Constituição
Federal de 1988 (CF/88). São eles a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência. A legalidade determina que a administração deve seguir os ditames constantes na lei; a
impessoalidade está relacionada à isonomia, garantindo a todos iguais direitos e oportunidades; a
moralidade liga-se à ética, à honestidade e à probidade que deve guiar os atos públicos; a
publicidade orienta que os atos da administração devem ser públicos; a eficiência atribui o dever da
administração zelar pela melhor aplicação dos recursos disponíveis.
INICIAMOS O PARÁGRAFO USANDO AS PALAVRAS CHAVE E QUAL
O FUNDAMENTO DA RESPOSTA. DESCREVEMOS CADA UM DOS
PRINCIPAIS PRINCÍPIOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL BEM
COMO EM QUE ARTIGO SE ENCONTRA. RESPOSTA TOTALMENTE
OBJETIVA, IMEDIATA, DIRETA E CLARA. AINDA ACRESCENTO A
SIMPLICIDADE. TUDO MUITO SIMPLES
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TEMA 04 (ADAPTADO)
Considerando sinônimos os conceitos de “Administração centralizada” e
“Administração direta”, bem como a identidade de significado entre os termos
“Administração descentralizada” e “Administração indireta”, descreva 02 (dois)
elementos distintivos entre a descentralização e a desconcentração administrativa e
indique um exemplo de desconcentração administrativa no âmbito da organização da
estrutura administrativa federal brasileira.
MODELO DE RESPOSTA
Um elemento distintivo entre a descentralização e a desconcentração administrativa é que
nessa a distribuição do exercício de funções ocorre dentro do próprio ente ou da mesma pessoa
jurídica. Já na descentralização é criada uma nova pessoa jurídica ou transferida a execução do
serviço à particular por meio de concessão, permissão ou autorização. Outro elemento distintivo é
que na desconcentração há hierarquia direta entre a pessoa jurídica detentora do serviço e os
órgãos desconcentrados. No caso da descentralização não ocorre hierarquia entre a Administração
central e os respectivos entes descentralizados.
Como exemplo de desconcentração administrativa no âmbito da organização da estrutura
administrativa federal brasileira tem-se a desconcentração realizada da União para os Ministérios.
Esse tipo de desconcentração é denominado por matéria e acontece pelo fato de haver uma grande
variedade de serviços a cargo da União.
TEMA 05 (ADAPTADO)
Redija um texto dissertativo, acerca do tema seguinte:
AGÊNCIAS REGULADORAS CRIADAS PELA UNIÃO:
CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES.
Em sua dissertação, devem ser contemplados, necessariamente, os seguintes
aspectos: a) natureza jurídica e b) especialização técnica;
PADRÃO DE RESPOSTA
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A natureza jurídica das agências reguladoras é de autarquia sob o regime especial. Esse
regime ocorre pelo fato de as agências terem maior autonomia, independência e prerrogativas que
as autarquias em geral. (RESPOSTA TÓPICO “A”. INICIANDO COM AS PALAVRAS CHAVE)
As agências reguladoras são dotadas de grande especialização técnica, sendo dotadas de
corpo de funcionários com alta capacidade técnica. Isso ocorre porque as agências são
responsáveis por regular setores da economia que demanda conhecimentos aprofundados do setor
regulado. Dessa forma, seus agentes e seus dirigentes, inclusive, devem possuir grande
conhecimento da atividade regulada pela agência. (RESPOSTA TÓPICO “B”. PALAVRAS CHAVE
PRESENTE JÁ NA PRIMEIRRA LINHA DO PARÁGRAFO: ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA)
TEMA 06
Questão com correção real feita pelo CESPE. Questão com nota máxima na
macro estrutura e conteúdo (houve apenas um desconto por um erro gramatical).
CESPE 2013 – AUDITOR FISCAL DO TRABALHO
Considere que determinada lei tenha conferido ao trabalhador urbano o direito
ao recebimento de seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os
previstos para os trabalhadores rurais. Em face dessa situação, discorra sobre o
tratamento dado pela Constituição Federal de 1988 aos trabalhadores urbanos e rurais
[valor: 10,00 pontos], esclarecendo, à luz do entendimento do Supremo Tribunal
Federal (STF), se há compatibilidade da referida lei com o texto constitucional [valor:
9,00 pontos].
RESPOSTA DO CANDIDATO.
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) assegurou no seu artigo 7º tratamento igualitário,
quanto aos direitos trabalhistas, ao trabalhador urbano e rural. Entre os direitos aplicados de
forma isonômica encontra-se o direito de seguro contra acidente de trabalho a cargo do
empregador. Acrescente-se que a CF/88 foi a primeira das Constituições brasileiras a prever
direitos iguais aos trabalhadores urbanos e rurais.
Quanto ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre lei que confere ao
trabalhador urbano o direito ao recebimento de seguro contra acidente de trabalho em percentuais
maiores que os previstos para os trabalhadores rurais, o STF diz que essa lei é inconstitucional, por
não haver compatibilidade da referida lei com o texto constitucional.
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Vejam a correção do CESPE.
ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
Quesitos Avaliados Faixa de valor Nota
1 Apresenta��o (legibilidade, respeito �s margens e indica��o de
par�grafos) e estrutura textual (organiza��o das ideias em texto
estruturado)
0,00 a 1,00 1,00
2 Desenvolvimento do tema
2.1 Tratamento dado pela Constitui��o Federal de 1988 aos
trabalhadores urbanos e rurais (art. 7.�, XXVIII) 0,00 a 10,00 10,00
2.2 Esclarecimento, � luz do entendimento do STF, quanto �
(in)compatibilidade da referida lei com o texto constitucional 0,00 a 9,00 9,00
RESULTADO
Nota no conteúdo (NC = soma das notas obtidas em cada quesito) 20,00
Número total de linhas efetivamente escritas (TL) 19
Número de erros (NE) 1
NOTA DA PROVA P3 - QUEST�O 3 19,95
COMO PODEM OBSERVAR, A QUESTÃO OBTEVE NOTA MÁXIMA EM
CONTEÚDO E TEVE UM ERRO DE PORTUGUÊS.
A RESPOSTA DO CANDIDATO FOI SIMPLES, CLARA (COM O USO
DAS PALAVRAS CHAVE), OBJETIVA (RESPONDEU APENAS O QUE O
EXAMINADOR PERGUNTOU), IMEDIATA (SEM ABORDAGENS
DESNECESSARIAS) E FUNDAMENTOU (NA CF). COMO JÁ DITO, AS
BANCAS TEM PONTUADO MELHOR OS CANDIDATOS QUE SEGUEM
ESSAS REGRAS SIMPLES.
TEMA 07 (ADAPTADO)
Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: Fiscalização Contábil, Financeira e
Orçamentária - Tribunais de Contas
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Qual é o papel dos Tribunais de Contas? Quais são os objetos de fiscalização?
Quais são as formas de controle administrativo?
NOTEM QUE O EXAMINADOR TROUXE PERGUNTAS CLARAS E
OBJETIVAS. DESSA FORMA, APENAS RESPONDA CADA UMA DAS PERGUNTAS
DE FORMA DIRETA E OBJETIVA E USANDO AS PALAVRAS CHAVE PARA
INICIAR A RESPOSTA OU O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.
PADRÃO DE RESPOSTA
Conforme determina a Constituição Federal no seu artigo 70 em conjunto com o artigo 75, o
papel dos Tribunais de Contas é a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial do Poder Executivo e das entidades da administração direta e indireta. Por sua vez, são
objetos de fiscalização a legitimidade, legalidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncias de receitas. Estarão sujeitos à fiscalização dos Tribunais de Contas quaisquer pessoas
físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União, Estados e Municípios respondam, ou que,
em nome destes, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Quanto às formas de controle administrativo, no âmbito da União, dos Estados e dos
Municípios essas podem ser: a. Externo: realizado pelo Poder Legislativo das várias esferas de
Governo, com auxilio dos respectivos Tribunais de Contas; b. Interno: realizado pelos próprios
Poderes da Federação em relação aos seus servidores e órgãos.
ANALISEMOS O PADRÃO DE RESPOSTA. VEJAM QUE INICIAMOS CADA
UM DOS PARÁGRAFOS COM AS PALAVRAS CHAVE CONTIDAS NAS
PERGUNTAS FEITAS PELO PRÓPRIO EXAMINADOR. DESSA FORMA, NÃO
PERDEMOS TEMPO PENSANDO EM COMO INICIAR E ABORDAR CADA
RESPOSTA E AINDA DEIXAMOS CLARO QUAL PARÁGRAFO RESPONDE CADA
PERGUNTA. POR FIM, OBSERVE QUE NO INÍCIO DO SEGUNDO PARÁGRAFO
USAMOS O ELEMENTO DE COESÃO: QUANTO ÀS...
TEMA 08 (ADAPTADO)
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Atos Administrativos
Defina o que significa a convalidação de ato administrativo? É cabível em casos
de ato com desvio de finalidade? Dê exemplo.
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PADRÃO DE RESPOSTA
Convalidação é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um ato ilegal,
com efeitos retroativos à data em que este foi praticado. A convalidação está prevista na Lei 9.784
que assim preconiza: em decisão na qual evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela
própria administração.
Quando o ato administrativo for praticado com vício de finalidade não é possível a
convalidação. Isto porque se o ato foi praticado contra o interesse público ou com finalidade diversa
da que decorre da lei, não é possível a sua correção. Exemplo: a finalidade do ato que interdita um
prédio sem condições de segurança é a segurança pública. Assim, a interdição de um prédio em
condições de uso, por motivos de inimizade política, constitui desvio de finalidade e não pode ser
convalidada.
TEMA 09 (ADAPTADO)
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Ato Administrativo
Em que difere o ato administrativo vinculado do ato administrativo
discricionário.
NO CASO DE QUESTÕES COMO ESSA QUE PEDEM QUE DIFERENCIE
DOIS INSTITUTOS, RECOMENDO QUE NÃO APENAS CONCEITUE OS DOIS,
MAS TAMBÉM DEIXEM EVIDENTE A DIFERECIAÇÃO. TODAVIA, HÁ
QUESTÕES QUE A SIMPLES CONCEITUAÇÃO DOS INSTITUTOS JÁ SÃO
SUFICIENTES PARA ISSO. DEPENDERÁ DA ANÁLISE DO CANDIDATO. NESSA
QUESTÃO EU FIZ A DIFERENCIAÇÃO APÓS O CONCEITO.
PADRÃO DE RESPOSTA
Os atos vinculados são aqueles que têm o procedimento limitado por disposição de lei,
enquanto os discricionários são aqueles em que o dispositivo normativo permite certa margem de
liberdade para a atividade pessoal do agente público, especialmente no que tange à conveniência e
oportunidade, elementos do chamado mérito administrativo. A discricionariedade como poder da
Administração deve ser exercida consoante determinados limites, não se constituindo em opção
arbitrária para o gestor público, razão porque, desde há muito, doutrina e jurisprudência repetem
que os atos de tal espécie são vinculados em vários de seus aspectos, tais como a competência,
forma e fim. Dessa forma, o que difere o ato administrativo vinculado do ato administrativo
discricionário é a margem de liberdade que o agente tem no ato discricionário e não tem no
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vinculado, que tem todos os seus requisitos – competência, finalidade, forma, motivo e objeto –
determinados pela lei.
TEMA 10 (ADAPTADO)
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Administração Direta e Indireta –
Sobre as duas espécies de empresas estatais reconhecidas pelo ordenamento
jurídico vigente, esclareça: a) a natureza jurídica e o enquadramento das mesmas no
âmbito da Administração Pública; b) as características comumente presentes nessas
espécies.
PADRÃO DE RESPOSTA
As duas espécies de empresas estatais reconhecidas pelo ordenamento jurídico são as
empresas públicas e as sociedades de economia mista. A natureza jurídica dessas empresas é de
direito privado e se enquadram como entidades dotadas de personalidade jurídica própria,
integrantes da Administração Pública indireta dos entes que as instituem.
Como características das empresas públicas podemos destacar: são instituídas pelo poder
público mediante autorização de lei específica;são constituídas sob qualquer forma jurídica, como
limitada ou sociedade anônima, por exemplo; seu capital é exclusivamente público. Por sua vez, as
características das sociedades de economia mista são: instituídas pelo poder público mediante
autorização legal; são constituídas sob a forma de sociedade anônima; possuem capitais públicos e
privados.
Até a próxima.
Att.
Patrik Loz
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