aula de reanimação pediatrica
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Reanimação Pediátrica
Dra Maria Cristina de Souza Néto
Médica Pediatra e Intensivista
Introdução
• Objetivo:– Capacitar o maior número possível de
profissionais da saúde no reconhecimento de situações com risco de vida, causadas pelo trauma ou por doenças agudas, e nas técnicas de ressuscitação cardiorespiratória da criança.
Sociedade Brasileira de Pediatria
Introdução
“ A criança não é um adulto em miniatura”
09/10/2010
• Morbidade e mortalidade em adultos → doenças cardiovasculares
• Morbidade e Mortalidade e crianças → doenças respiratórias
Introdução
• Pals:
Pediatric Advanced Life Support → curso teórico-prático
Introdução
• É essencial:– Saber reconhecer um quadro de
insuficiência respiratória e a falência respiratória;
– Reconhecer sinais de choque;– Determinar as condutas de reanimação
evitando a PCR.
Sistema de degraus
Reconhecer falência respiratória
Dividir previamente as funções
Manter via aérea pérvia e estabilizar cervical
Ventilar adequadamente
Manter circulação adequada
Preparar as drogas
Exames
Dar apoio neces-sário a famíliatodo o tempo
Organização da PCRPrimeiro Degrau
• Enfermeira:– Auxilia na ventilação e massagem;– Efetivação do acesso;– Esvaziamento gástrico;– Fixação do Tubo*;– Administra medicações.
O acesso venoso periférico
é tao adequado quanto o central
• Técnico 1:– Identifica o risco ou a parada e solicita auxílio;– Posiciona a criança;– Aspiração de VA;– Aquecimento e monitorização *.
• Técnico 2– Dilui e alcança medicações, equipamentos e
materiais;– Administra fármacos;– Providencia maca de transporte se for
necessário.
• Médicos:– Punção intra-óssea;– Massagem;– Determina Drogas e exames;– Intubação se necessário.
Intra-óssea
• Locais:– Tibia– Maléolo Medial– Esterno– Crista Ilíaca– Clavícula– Fêmur– Úmero– Calcâneo
Para crianças
“ A parada não é um evento instantâneo em Pediatria. Geralmente é um resultado final de uma deterioração progressiva!”
Insuficiência cardiovascular
Insuficiencia respiratória choque
Parada Cardiopulmonar
morterecuperação
Sequelas neurologicas
Recuperação total
Por que?
Pequeno diâmetro das vias aéreas; Função muscular intercostal e diafragmática
menos maduras; Poros de ventilação colateral pobremente
desenvolvidos; Caixa torácica mais complacente; Incoordenação toracoabdominal durante o
sono REM.
O que fazer ????
Sinais Vitais Segundo degrau
• Freqüência Respiratória:
– RN 40 a 60
– Lact 24 a 40
– Pré-esc 22 a 34
– Escolar 18 a 30
– Adolesc 12 a 16
• Freqüência Cardíaca Dormindo:
– RN/3 m:80 a 160
– 3m/24: 75 a 160
– 2 a 10: 60 a 90
– + 10: 50 a 90
Sinais Vitais
• Freqüência cardíaca acordada
– RN/3m:80 a 205
– 3/24m:100 a 190
– 2/10a: 60 a 140
– +10a: 60 a 100
• Temperatura:
– Hipotermia < 35
– Hipertermia > 38
• Pressão Sistólica:
– Idade x 2 +70
Sinais Vitais
• Perfusão Tecidual:– Pulso– Enchimento capilar– Temperatura– Diurese– Nível de consciência (AVDN):
• Alerta• Responsiva a voz• Responsiva a dor• Não responde
Sinais de Risco para Parada
Sinais Vitais• Risco iminente
– Alterações da FR e ausculta respiratória;
– Alteração do nível de consciência;
– Incapacidade de reconhecer as pessoas e ausência de reação a dor;
– Alteração na FC;
– Tônus muscular diminuído;
– Hipotermia;
– Hipoglicemia;
– Sangramento;
– Cianose;
– Crises convulsiva.
Via AéreaTerceiro degrau
• Avaliação:– Observar se paciente com objetos em
cavidade oral;– Observar posicionamento adequado do
paciente;– Se trauma estabilizar coluna;– Aspirar vias aéreas.
• Cânula de Guedel
VentilaçãoQuarto Degrau
• Observar:– Frequência respiratória;– Movimento torácico;– Sons respiratórios;– Estridor;– Sibilos;– Retrações;– Gemidos;– Coloração.
• Bolsa Valva Máscara Manual– Tamanho neonatal → 250 ml – A termo, lactente e criança → 450 a 500 ml
Conferir nos carrinhos de parada se os ambus tem reservatório ese encaixam adequadamente nos mesmos.
• Um fluxo mínimo de 10 a 15 litros é necessário para manter um volume de oxigênio adequado no reservatório de do ressucitador pediátrico
Ventilação
• Ventilação:
Perguntas mais freqüentes:– Freqüência das ventilações: 8 a 10 por
minuto em PCR e se somente para respiratória 12 a 20;
– Sincronizar massagem e ventilação ?– Massagem/ventilação: 30:2 // 15:2;– O que é mais importante: massagem ou
ventilação.
Ventilação
• Perguntas mais freqüentes:– A ventilação com ambu pode causar
distensão abdominal e dificultar a ventilação? → passar sonda gástrica!
– Máscaras laríngeas são tão eficientes quanto intubação? Sim, mas devem ser passadas somente por profissional experiente.
– Uso de balonete?– Hiperventilar ? Somente se PIC elevada
Ventilação
• Tamanho do Tubo:
com balonete (mm) = idade/4 + 3
sem balonete (mm) = idade/4 +4*RN 3,5
* 1 ano 4,0
* Utilizar o tamanho proximo ao 5o. dedo
Idade Diametro interno do Tubo (mm)
Prematuro < 1 kg 2,5
Prematuro entre 1 e 1,5kg 3,0
Neonato ate 6 meses 3 a 3,5
Lactente entre 6 meses e 1 ano
3,5 a 4
Lactente entre 1 ano e 2 anos 4 a 5
Alem de 2 anos (Idade + 16) /4
traqueostomia
cricotireoidostomia
Via áerea dificil!
Recreio!!!!
Circulação
• Observar:– Freqüência cardíaca– Pressão Sanguínea– Pulsos Distais– Perfusão da pele– Temperatura– Coloração e Pele Marmórea– Perfusão do SNC
Circulação
• Vias de acesso:
Venoso periférico 3x ou 90 segundos
Intra-óssea (abaixo de 6 anos)
Via IT = ANEL (atropina/naloxone/epinefrina/lidocaina)
Circulação• Tempo para verificar pulsos = 10 seg
– Braquial em lactente– Femoral em criança maior
• FC menor que 60 com sinais de baixo débito
• Local: metade inferior do esterno (cuidado com processo xifoide)– Lactentes e crianças menores: envolver
o tórax entre os polegares– Comprimir um terço do diâmetro
• Parada Cardiaca súbita: geralmente secundária a fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso
• Desfibrilar (automáticos podem ser usados em maiores de 1 ano)
• Pás pediátricas para menores de 10 Kg• Após desfibrilar:– Massagear– Após 2 minutos verificar o pulso
Região superior direita de tórax (abaixo da clavicula) e região precordial (mamilo esquerdo)
• Ritmos não chocáveis:
AESP e assistolia: RCP e epinefrina• Ritmos chocáveis
FV e TV sem pulso: RCP e desfibrilação (2j/kg)
• Assistolia
• Taquicardia ventricular e fibrilação ventricular
Taquicardia ventricular ou Fibrilação ventricular
Sem pulso Com pulso
0,5 a 1j/kg
amiodarona
2 a 4j/kg
epinefrina
amiodarona
Drogas
• Manter diluída a dose durante a parada;• Identificar cada seringa com o nome da
medicação;• Lavar a linha sempre que administrar
cada medicação;• Registrar cada medicação administrada
com dose.
Drogas• Oxigênio• Adrenalina: 1 ml de adrenalina + 9 ml
AD (0,1mg/kg) IV, IO e IT• Atropina: sem diluir dose mínima é 0,5
ml e máxima 1 ml IV, IO e IT• Bicarbonato de sódio: correspondente
ao peso com igual volume de AD• Lidocaina: 1 ml da droga + 9 ml AD IV,
IO e IT• Calcio: 0,8 ml/kg de GlicCa10%
Drogas
• Glicose: hipoglicemia pode levar a dano neurológico e depressão miocárdica
• Amiodarona: 5 mg/kg em 30 minutos• Midazolam:0,1mg/kg/dose• Fentanil:1mcg/kg/dose lento• Vecurônio:diluir 1ml em 3 ml AD e
administrar0,1ml/kg
Exames
• Serão determinado pela equipe:– Gasometria– Hemograma, hemocultura– Ureia, creatinina– Rx de tórax– Entre outros
Prognóstico Pós-parada
• Não existe uma determinação clara de quando a parada deve ser interrompida
Análise Crítica das nova recomendações para Reanimação Cardiopulmonar
J. Pediatr. (Rio J.) vol.83 no.2 suppl.0 Porto Alegre May 2007
Presença da Família
• Ainda não é recomendação.
Permitir a entrada de familiar com uso de um facilitador deve ser pensado
Conclusão
• Podemos observar por este estudo que é essencial:– Interesse– Organização– Treinamento– Atenção
Caso 1
1 – Paciente 6 meses, mãe refere que paciente mamou rapidamente e depois ficou cianotico. O que fazer?
Tempo de 5 minutos para separar o material
Caso 2
• Paciente necessitando de acesso central devido a desidratação. Médico opta por pegar acesso em jugular e durante a punção inicia com queda de saturação e em seguida bradicardia. O que fazer?
Tempo de 5 minutos para separar o material
Caso 3
• Pai de paciente chega correndo na emergência com a filha no colo que parece morta e avisa que a mesma é cardiopata (um dos médicos esta entubando uma criança e o outro esta com diarreia)
Tempo para separar de 5 minutos
BOA SORTE !
“ Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher
aquilo que plantamos.” Provérbio Chinês
Bibliografia1 - Khine HH, Corddry DH, Kettrick RG, Martin TM, McCloskey JJ, Rose JB, et al. Comparison of cuffed and uncuffed endotracheal tubes in young children during general anesthesia. Anesthesiology. 1997;86:627-31
2 - Newth CJ, Rachman B, Patel N, Hammer J. The use of cuffed versus uncuffed endotracheal tubes in pediatric intensive care. J Pediatr. 2004;144:333-7
3 - Deakers TW, Reynolds G, Stretton M, Newth CJ. Cuffed endotracheal tubes in pediatric intensive care. J Pediatr.
1994;125:57-62
4 – Zorzela L, Garros D, Caen. Análise Crítica das novas recomendações. J. Pediatr. (Rio J.) vol.83 no.2 suppl.0 Porto Alegre May 2007
5 – Lane J K, Guimarães HP. Acesso Venoso pela Via Intra-Óssea em Urgências Médicas. RBTI, 2008:20:1:63-67
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