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AUDIÊNCIA PÚBLICA
PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL
TRANSCRIÇÃO IPSIS LITTERIS
Central de Tratamento de Resíduos Sólidos de Três Rios / CTDRS - TR
Data: 01 de dezembro de 2015.
Horário: de 19:00h às 21:30h.
Local: Salão de Festas Royal - Meriti.
Endereço: R. Francisca Dantas, 214 – Centro – São João de Meriti
Empreendedor: Prologis CCP
Empresa Consultora do EIA/RIMA: Servec Ecologia
CECA/RJ Comissão Estadual de Controle Ambiental do Estado do Rio de
Janeiro
Sr. Maurício Couto: Boa noite senhoras e senhores, vamos dar início à
Audiência Publica referente ao licenciamento ambiental do Condomínio
Logístico de responsabilidade da Green Park Empreendimentos
Imobiliários, aqui em São João de Meriti.. Meu nome é Maurício Couto, eu sou
Engenheiro Civil e sanitarista da Secretaria de Estado e Meio Ambiente, fui
designado pela Comissão Estadual de Controle Ambiental, a CECA, para
presidir os trabalhos dessa audiência pública. Gostaria de compor a mesa: do
meu lado direito está o Ian Lindsen que é nosso colega da CECA e vai
secretariar os trabalhos da mesa. Convido como representante do INEA, o
Analista Ambiental Marcio Frarah, coordenador do grupo de trabalho,
responsável pela análise de estudo de impacto (fica ali ao lado do Ian). Pela
mesa dos empreendedores e consultores, vou convidar o Fabricio Sapienza
pela empresa e convidar o Sr. Paulo Pizão pela empresa consultora,
responsável pela elaboração do Estudo de Impacto Ambiental.
[composta a mesa, convido a todos a ouvir o Hino Nacional]
Bom, Senhoras e senhores a Audiência Pública referente ao licenciamento
ambiental vai seguir os trâmites da resolução CONEMA, previsto na Resolução
CONEMA Nº 35 de 2011. A Audiência Pública não tem caráter decisório nem
deliberativo, ela faz parte do licenciamento ambiental e da fase preliminar, da
fase de Licença Prévia. Então hoje não vai ser nesta reunião, nesta Audiência
que nós vamos decidir pela emissão ou não da Licença Prévia. Essa
prerrogativa é da Comissão Estadual de Controle Ambiental. Tudo que está
sendo dito aqui vai gravado e transcrito e fará parte dos autos do processo de
licenciamento. A Audiência Pública se divide em duas fases: a primeira fase,
destinada às explanações, onde o INEA iniciará as apresentações com um
pequeno relatório, um pequeno histórico do licenciamento ambiental do
processo, os prazos e algumas manifestações. Posteriormente, a empresa
responsável pelo empreendimento vai apresentar o projeto e, por último, nessa
fase de explanação, a Consultora Servec - responsável pela elaboração do
Estudo de Impacto Ambiental – que vai apresentar os principais impactos
identificados, as medidas mitigadoras e os planos e programas propostos.
Na entrada desta Audiência, vocês receberam um folder e também um
formulário de perguntas. Ao longo das apresentações vocês podem ir
formulando as perguntas, mas eu sugiro que vocês aguardem as
apresentações por que pode ser que alguma dúvida de vocês seja respondida
ao longo das apresentações. Ao fim dessa primeira fase de explanações, nós
faremos um pequeno intervalo de 15 minutos, as perguntas serão
encaminhadas à mesa e serão agrupadas por tema para que de forma mais
célere sejam feitas as respostas aqui pelos representantes da mesa. Quem
quiser fazer uso da palavra pode usar o mesmo formulário, dizendo quero fazer
uso da palavra. Após as perguntas por escrito, encaminhadas à mesa nós
vamos dar a vez para quem quiser fazer uso da palavra e em tempo não
superior a 3 minutos. Esse será o último movimento na segunda fase que é a
fase destina às respostas e a fase de explanações orais.
Muito bem, detalhe, vocês podem se manifestar por que o objetivo da
Audiência é esse, na hora certa junto às perguntas ou na fase oral e como eu
disse está sendo gravado, transcrito, as perguntas vão ser lidas e respondidas
e vocês ainda vão ter mais 10 dias subsequentes agora, do dia primeiro até o
dia onze de dezembro, para encaminhar as manifestações tanto para a CECA
como para o INEA, os endereços estão aqui, os endereços físicos e os
endereços eletrônicos; Coordenação de Estudos Ambientais do INEA, na rua
Sacadura Cabral, nº 103/1ºandar e também a CECA, na Av. Venezuela, 110/5º
andar , os endereços eletrônicos estão aqui no folheto, na última página e
vocês ainda terão 10 dias para apresentarem suas manifestações em relação
ao projeto, em relação à Audiência Publica e em relação ao Estudo de Impacto
Ambiental. Então, dando continuidade à Audiência eu convido agora o
representante do INEA, Dr. Márcio Farah para fazer a apresentação.
Sr. Márcio Farah: Boa noite a todos, meu nome é Márcio Farah sou analista
ambiental do INEA fui nomeado através de portaria do governo do Estado para
coordenar o grupo de trabalho do Estudo de Impacto Ambiental do Green Park
e vou fazer uma breve explanação do histórico do processo. Nº do Processo
510556/2010. Como disse o Maurício Couto, o objetivo da audiência é divulgar
o relatório de impacto, as informações sobre o projeto, recolher opiniões,
críticas e sugestões da população, de modo a contribuir quanto ao
licenciamento. A Licença Prévia, fase do licenciamento atual, neste momento é
apenas para aprovar a localização e a concepção do empreendimento, a
viabilidade ambiental do empreendimento, estabelecendo requisitos básicos às
condicionantes para ser atendido nas próximas fases, licenças de instalação e
operação.
O histórico: o requerimento de licença prévia deu início no dia 19/11/2010.
Criação do grupo de trabalho, através de portaria INEA, da presidência,
11/03/2011, instrução técnica entregue ao requerente dia 06/05/2011, entrega
do EIA/RIMA para aceite 14/12/2011. O INEA não aceitou o EIA/RIMA para
análise em 29/12/2011, o requerente então entregou outro EIA/RIMA revisado
em 06/06/2012, aceite do EIA/RIMA revisado em 12/06/2012. Comprovações
de entrega de cópia do EIA/RIMA às instituições constantes na instrução
técnica 02/08/2012, comprovação de publicidade do aceite do EIA/RIMA para
análise publicados no jornal O Dia, Diário Mercantil, Jornal do Comércio e
Diário Oficial da União 10/09/2012. Solicitação pela empresa para interrupção
das análises para mudança de projeto. Houve nessa ocasião a mudança de
projeto, de empreendimento imobiliário para logístico em 06/03/2013. A análise
parou aguardando a entrega de um novo EIA/RIMA para essa nova tipologia.
Entrega do EIA/RIMA com a alteração do projeto em 25/04/2014. Aceite do
EIA/RIMA atualizado para análise em 29/05/2014 e as comprovações de
entrega do novo EIA/RIMA 01/06/2014, comprovação de publicidade em jornais
de grande circulação O DIA, Diário Mercantil, Jornal do Comércio e Diário
Oficial 26/09/2014, pedido de complementações por parte do grupo de trabalho
do novo EIA/RIMA, 06/10/2014. Entrega do EIA/RIMA com as
complementações solicitadas 31/08/2015. Aceite do EIA/RIMA e suas
complementações 31/08/2015, comprovações de entrega do EIA/RIMA com as
complementações constantes na instrução técnica 22/09/2015. Deliberação
CECA 5.903 autorizando a convocação para esta Audiência Pública
27/10/2015, convocação de Audiência Pública pela CECA 29/10/2015.
Bom, o EIA e o RIMA são entregues com cópia para os seguintes órgãos:
Prefeitura Municipal de São João de Meriti e Câmara Municipal de São João de
Meriti, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Assembleia
Legislativa, IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
IBAMA e a Comissão Estadual de Controle Ambiental – CECA.
As manifestações apresentadas poderão ser incorporadas na análise técnica
final, tendo 10 dias para apresentação que deverão ser encaminhadas à CECA
ou ao INEA, nos seguintes endereços: CEAM- Coordenadoria de Estudos
Ambientais, Rua Sacadura Cabral, nº 103/1º andar, Saúde – Rio de Janeiro e
na CECA – Comissão Estadual de Controle Ambiental, na Av. Venezuela,
110/5º andar, centro, Rio de Janeiro. [Só isso, obrigado e boa noite]
Sr. Maurício Couto: Obrigado, Márcio. Convido agora como representante da
empresa, o Fabrício Sapienza para fazer a apresentação do projeto.
Sr. Fabrício Sapienza: Vou falar do empreendimento Green Park, localizado
em São João de Meriti. A Green Park foi criada com três grandes empresas: a
RJZ, a Sendas e a Prologis CCP a fim de viabilizar um complexo logístico de
alto padrão que vai ser implantado em São João de Meriti. A Prologis CCP será
a responsável por todas as aprovações, construção e operação do
empreendimento imobiliário .
[exibição de vídeo institucional]
Sr. Fabrício Sapienza: Esse foi o vídeo explicando um pouco mais sobre a
Prologis CCP que vai ser a responsável pelo empreendimento. Aqui está a
localização da Green Park em São João de Meriti, mostrando as principais vias
de acesso, a Drutra e a Linha Vermelha. Uma foto aérea do terreno, hoje a
situação atual que ele está, mostrando o acesso principal pela estrada São
João X Caxias, o Shopping Grande Rio e toda vizinhança misturada com
comércio e residência. Essa é uma montagem do projeto que vai ser realizado
no terreno, o acesso principal é pela estrada São João X Caxias. Foi feito um
estudo de tráfego para ver o principal acesso para o empreendimento e agora
vou mostrar um vídeo mostrando um pouco mais sobre o empreendimento
Green Park.
[exibição de vídeo com imagens do detalhamento do projeto – localização
na gravação: de 20:05m a 22:20m]
Sr. Fabrício Sapienza: Bom, as características principais do empreendimento
foram mostradas já no vídeo. Então nós temos, aproximadamente, 660.000m2
de terreno onde vão ser construídos, numa área aproximada de 200.000m2.
Com mais de 35% de área verde que será preservado no terreno, o
empreendimento é voltado para armazenagem de produtos, não sendo
permitida a industrialização no terreno do condomínio. Nós temos um
investimento aproximado de 250 milhões. Como já foi dito no vídeo, empregos
durante a obra são aproximadamente 800 e durante a operação do
condomínio, com seus locatários, uma estimativa de 3.850 empregos, fora os
empregos indiretos como jardinagem, motoristas seguranças e o certificado
LEAD do empreendimento.
Aqui nós temos algumas imagens mostrando mais o projeto e os 4 galpões que
serão construídos como a portaria principal. Cada galpão poderá ter ou não a
sua portaria, uma outra portaria, dependendo do locatário. Então nós temos
toda a volta do terreno tratado, já vou falar um pouco mais sobre a
terraplenagem.
Esse é um empreendimento já realizado em Cajamar. É um empreendimento
parecido com uma movimentação de terra praticamente igual e a gente vai
mostrar como é feito esse trabalho dos taludes que é de importância para o
empreendimento. Essas são placas de tilt-up é uma obra mais limpa, uma obra
rápida. Alguns empreendimentos já existentes, uma área de apoio, uma
portaria principal, as portarias secundárias. [Eu queria passar o microfone para
o Jesus porque ele vai falar um pouco sobre a terraplenagem]
Sr. Jesus: Boa noite a todos, obrigado pela presença. Vou fazer uma breve
explicação da terraplenagem, de como vão ser feitos os trabalhos. Como? A,
desculpe [risos], meu nome é Jesus sou engenheiro civil com especialização
em infraestrutura, obrigado. A nossa terraplenagem tem o objetivo de uma
recuperação daquelas erosões que tanto têm preocupado a população e a
todos, né? E, nosso objetivo é que essa recuperação de área erodida através
de uma terraplenagem, ocupando o próprio solo do terreno e reconstituindo
toda aquela parte de cima e também criando toda a parte de taludes seguros
para que a gente não tenha mais problemas no futuro. Aqui uma breve
apresentação dos equipamentos que são usados e quais as atividades que são
feitas. Dependendo do tipo de atividade no local é destinado um tipo de
equipamento. Aqui, por exemplo, nós temos uma equipe de escavadeiras
hidráulicas com caminhões que é um trabalho feito com bastante rapidez e
segurança e que dá um bom rendimento no desenvolvimento da obra.
Dependendo das condições do terreno, da distância que a gente tenha,
também, usam-se outros equipamentos tais como scrapers que tem uma
característica de grande velocidade no trabalho e com bastante qualidade. Aqui
nós temos uma patrulha onde a gente tem um trator D8 que é essa máquina
que empurra esse outro equipamento na frente e que leva o material e espalha
nas outras camadas, nivelando o terreno e tendo o equilíbrio de massas. Uma
vez transportado todo esse material, ele é homogeneizado, tratado,
compactado para que ele possa receber, no futuro, uma construção e aceitar
peso, tanto de veículos como de carga dentro dos galpões. Todo o material é
homogeneizado como vocês estão vendo ali com as grades aradoras,
espalhado com a motoniveladora, umedecido por caminhões pipas para atingir
um grau de umidade que atenda às normas e que dê, muito importante, a
segurança e a estabilidade para toda a terraplenagem. Uma vez espalhado
esse material, ele é compactado e ele é também acompanhado por equipes de
laboratório, controlado por topografia, onde todas as normas são obedecidas
para sempre garantir a qualidade do trabalho. Uma vez concluídos esses
trabalhos, toda essa terraplenagem é protegida também, através de taludes,
através de gramas nos taludes, através de escadas hidráulicas, bacias de
retenção que são as bacias que recebem águas da chuva e que depois são
destinadas aos rios, ou seja, há uma retenção e depois ela é encaminhada.
Essas bacias são importantes para que você não tenha uma tremenda carga
de água que possa impactar nos córregos e na periferia. Toda a periferia vai
ser atendida com caminhões pipa, onde serão umedecidas as ruas para que
não haja poeira e haja o menor impacto possível para a população local. Esse
é o breve relato da terraplenagem, observando as atividades principais.
Obviamente existem outras, mas são detalhes muito técnicos que pode ser
explanado a hora que quiserem alguma explicação adicional. Aqui nós estamos
vendo uma condição de execução de talude. Os taludes, depois que eles são
aterrados eles são recortados para garantir que haja compactação. No talude
de baixo, a gente já vê que está sendo gramado. Todos esses taludes,
conforme vão sendo executados vão sendo gramados, não podem ficar
expostos para que não haja erosão. E aqui na foto à direita a gente vê uma
obra já executada e a gente mostra alguma coisa semelhante ao que vai ser
feito aqui. Enfim, esse é o breve relato e a gente está à disposição para
qualquer pergunta e resposta no futuro. Agradeço a todos e agora vou pedir
para um colega meu que venha complementar a nossa exposição, o
Engenheiro Paulo Roberto Bressari.
Sr. Paulo Roberto Bressari: Boa noite, meu nome é Paulo, sou engenheiro
civil como o Jesus falou, trabalho no mesmo setor com o Jesus. Vou falar das
ações de proteção do meio ambiente que vamos atender na obra e é um pré-
requisito do LEAD também. Triagem de materiais recicláveis: dentro dos
canteiros de obra vamos criar locais de reciclados, de materiais reciclados e
não vamos somente reciclar materiais de canteiro, papel, essas coisas. E, sim
dos equipamentos, da manutenção dos equipamentos, filtro de óleo, graxa,
óleo lubrificante, todo tipo de material que seja reciclável terá um destino.
Barreira de sedimentos: é uma solução construtiva que evita o transporte de
sedimentos para áreas públicas, rios, lagos, córregos, curso de água ou áreas
verdes protegendo-os de impactos que não ocorreriam naturalmente. Nós
criamos, geralmente com o material da limpeza da camada vegetal umas leiras
e depois das leiras essa barreira de sedimentos que não é nada mais, nada
menos que pontaletes de madeira com filtro geotêxtil e no momento da chuva a
água passa e o filtro retém o solo. Aqui é uma foto de como está sendo
executado, se tem a proteção da área verde no momento da chuva retém.
Terminando o talude, a primeira coisa é gramar. Não pode deixar mais do que
14 dias esses taludes sem proteção, senão pode criar erosão, aumentar a
erosão. Controle de poeira: os equipamentos trafegam nas vias criadas na obra
e geralmente levante poeira. Além da umidificação do solo da terraplenagem
para o controle da umidade, nos caminhos, no percurso dos caminhões tem
que ficar equipamentos, caminhões pipa, umidificando para evitar a poeira,
tanto na área do pessoal dos condomínios, da comunidade e do shopping.
Outras estratégias de contenção são alocar barris, todos em áreas cobertas e
com uma parede para evitar que a chuva transporte esse material, óleo e graxa
para o solo. Também é executada uma caixa separadora de óleo e gordura que
é utilizada, além do canteiro, na parte de lavar rodas que eu vou falar à frente.
Toda água entra na caixa separadora, retira essa gordura, separa no local e
depois dá o destino para uma incineradora. Kit mitigação: aqui mostra a
manutenção de um equipamento e o kit mitigação não é nada mais nada
menos que um recipiente por serragem, serragem ou areia. Deu um vazamento
de óleo, estourou uma mangueira no equipamento, esse kit é levado na hora
para fazer a manutenção. Você coloca a areia ou a serragem no ponto que
vazou o óleo, a serragem puxa o óleo enquanto o próprio mecânico coloca um
balde para pingar o óleo dentro do balde. Enquanto ele faz a manutenção, a
serragem puxou todo o óleo do solo e ele com uma pá guarda esse material,
retira a serragem e se o solo estiver contaminado, também retira o esse solo e
leva para um local que no futuro será levado para uma incineradora. O tanque
de combustível tem que ter sempre uma cobertura e essa cobertura só serve
para proteger a bandeja, bandeja é isso daqui. No momento do vazamento de
óleo, do óleo diesel - em terraplenagem se consome muito óleo diesel - caso
vaze, essa bandeja tem um volume superior a do reservatório. Ele consegue
reservar fazendo com que esse óleo não contamine o solo. Lava Rodas: todo
equipamento - uma vantagem dessa obra é que toda a terraplenagem, limpeza
da camada vegetal, será executada no próprio terreno. Não haverá
necessidade e nem fluxo de caminhão fora da obra, mas temos os caminhões
que precisam entrar na obra como o concreto, como óleo diesel, carros da
própria equipe de execução e todos esses equipamentos ou veículos, na hora
da saída é lavado as rodas e esse lava rodas possui um recipiente que
reaproveita essa água e também o reservatório de uma caixa de óleo e gordura
como naquele outro do canteiro. Então essa água vai e volta, sempre sendo
reaproveitada e outra, uma proteção é nas bocas de lobo e bueiro, isso aqui é
um dreno como se fosse um bidim com brita dentro, ele tem a função de filtro
que caso venha sair algum sedimento da obra em uma galeria ele barra e um
colaborador da empresa vem e retira esse material que ficou barrado e leva
para dentro da obra de novo, isso para evitar impacto na boca de lobo, na
tubulação para que futuramente não assoreie o rio ou que crie algum
alagamento. [obrigado]
Sr. Fabricio Spienza: Então com essa finalizou a parte de terraplanagem. Nós
temos algumas imagens do empreendimento aqui ao lado, no lado esquerdo e
temos algumas lá na parte superior. Se alguém tiver alguma dúvida pode
passar depois.[obrigado]
Sr. Maurício Couto: Tá ok, obrigado Fabrício pela apresentação, ao Jesus e o
outro colega também. Gostaria de registrar a presença do Antônio Marcos
Barreto, Subsecretário do Meio Ambiente aqui do município, Presidente da
LAMA, muito obrigado pela participação. Está convidado a fazer parte da mesa.
Se quiser, assiste a próxima apresentação daí e depois na segunda fase você
vem pra cá. Obrigado pela participação.
Bom, dando continuidade eu convido Paulo Pizão para apresentar a parte
referente aos estudos ambientais.
Sr. Paulo Pizão: Meu nome é Paulo Pizão, sou diretor da empresa Servec
Ecologia, empresa que atua há quase duas décadas na área de gestão,
adequação, licenciamento e estudos ambientais. Eu gostaria de destacar
alguns pontos aqui em relação, antes mesmo de falar da nossa apresentação,
sobre alguns aspectos colocados pelo empreendedor e pela empresa que vai
cuidar da terraplenagem que é um dos maiores problemas, um dos maiores
desafios desse projeto. Primeiro, o tipo de equipamento como Jesus falou que
permite maior agilização da obra. Toda obra sempre causa um transtorno para
a população do entorno e esse tipo de equipamento com certeza vai minimizar
esse tipo de desconforto para a população do entorno. A outra são as medidas
de proteção do lançamento de sedimentos no entorno do empreendimento
como o Paulo explicou e por último a questão da drenagem dessas águas
durante as operações. Então, o que se percebe do que foi colocado, além da
especialização e tradição internacional do grupo que para aqui para a região
que é uma cidade que obtém muito emprego fora da sua região, um grupo
internacional como a Prologis CCP chegando e trazendo um empreendimento
desse porte e vocês tendo certeza que um problema ambiental antigo, uma
poluição da paisagem, uma constante poluição das vias, sujando algumas
áreas e causando insegurança. Com esse projeto de terraplenagem, percebe-
se que se está diante de um projeto que está pensando não só num bom
empreendimento, mas também na população. Que não se incomode com a sua
implantação. [Você está rodando aí? Pode passar.]
A equipe que participou. São 10 profissionais incluindo a minha pessoa e
profissionais qualificados, profissionais de nível. Destacando-se aí o Dr. David
Ziker, coordenador do curso de pós-graduação da UERJ e mais uma série de
pessoas que tem uma tradição muito forte no campo do meio ambiente,
portanto, pessoas experientes que olharam o projeto, não como um serviço,
mas como uma meta de fazer um trabalho de qualidade na área ambiental. [por
favor]
O empreendimento como já foi largamente explicado é um centro de
distribuição marcadamente como o empresário Fabrício falou, a questão do tipo
de carga que será colocada aqui nesses galpões, não há carga poluente,
contaminante, não há processo industrial. Então é um centro de distribuição
como vocês vão ver mais à frente. Observe o mapa, uma taxa de ocupação
bem razoável, um outro ponto da terraplenagem... Por que nós acompanhamos
esse projeto, como vocês viram, há algum tempo. Houve uma troca de projeto
e originalmente havia uma proposta de contenção das encostas com um tipo
de vegetação que penetraria na massa de solo como se fosse um tirante,
economizando terreno em cima. Mas o grupo optou pro diminuir, perder área e
fazer entaludamento que obviamente como Jesus explicou, o entaludamento
reduz um pouco o próprio terreno de cima, você começa a cortar o talude de
cima, mas mesmo assim vê-se que mais um ponto positivo em benefício da
segurança partiu-se para essa solução. [por favor]
Esse é o tipo de empresa, para vocês terem uma ideia e uma confirmação, do
tipo de produto, o tipo de empresa que se utiliza dos centros logísticos da
Prologis CCP. Portanto, caracterizadamente um centro de logística que não
trará problemas do ponto de vista dos produtos que serão armazenados, no
campo ambiental. Esse é o cronograma - em torno de 21 meses - existe uma
boa parte de montagem há um sistema desse dessas paredes que tem um
sistema mais rápido de montagem e vai se permitir ter esse empreendimento
pronto em 21 meses, ou seja, final de 2017. Quando a economia estiver se
recuperando, se Deus quiser, nós teremos o Green Park funcionando. [por
favor]
Aqui são as normas como vocês sabem, a legislação ambiental impõe para a
elaboração de EIA/RIMA num primeiro momento, depois de descrição do
empreendimento, uma parte de enquadramento legal. São as normas
observadas que a lei 6.938 que é basicamente o começo de tudo em termos de
legislação e proteção ambiental, a lei estadual 1.356 que define os casos de
licenciamento que dependem de EIA/RIMA, o Estudo de Impacto Ambiental
mais complexo, exigido e apresentado quando se pede licenciamento para um
empreendimento desse porte com mais de 600.000m2 de área, a resolução
CONAMA 001 que regula também a apresentação dos EIA/RIMA, essa DZ do
INEA é aprovada também pela CECA que regula, também, os
empreendimentos com esse procedimento, o plano diretor da cidade que foi
observado. Isso é uma obrigatoriedade legal, não só para aprovar o projeto
mas para torna-lo legalmente adequado, a lei do estatuto da cidade (lei
federal), a lei das unidades de conservação, embora não tenhamos nenhuma
próximo, as mais próximas estão a mais de 3km. Portanto, fora de uma
obrigatoriedade de uma portaria do IBAMA que quando está a menos de 3km
nos obriga a consultas ao IBAMA sobre essa matéria e isso não vai ser
necessário. Nós estamos a 3km de uma e 15km de outra unidade de
conservação que vou apresentar depois. O código florestal que regula toda a
parte de supressão de vegetação e área de preservação permanente, nós não
temos área de preservação permanente no empreendimento, as únicas
existentes são as encostas com mais de 45º, mas ali não vai haver a
implantação do empreendimento. Serão, como vocês viram, cobertas de
vegetação e objeto do entaludamento e por último a lei de crimes ambientais
que ela destaca a responsabilidade do empreendedor e da empresa de gestão
ambiental que por negligência, falsidade e imperícia podem ser punidos por
essa lei. Além da responsabilidade profissional, do nome do profissional há
hoje em dia de se preservar a segurança de liberdade das pessoas a partir da
observância da norma. [por favor]
Aí as áreas que foram definidas como a legislação solicita que se defina as
áreas diretamente afetadas do empreendimento, a área diretamente afetada é
a área do entorno do empreendimento e a área de influência indireta é a cidade
de São João de Meriti. Esse é um critério que a legislação obriga que seja feito
que você tem diferentes tipos de estudos para cada área, obviamente a área
do empreendimento, a chamada ADA, ela tem um estudo primário em um
estudo mais detido, já as demais áreas você trabalha com dados secundários,
mas todas elas têm uma visão por que o empreendimento não é uma ilha, ele
está colocado dentro de uma cidade. Ele repercute em todos os aspectos da
cidade que a gente vai ver depois. [por favor]
Essa aqui é uma demonstração de como foi colocado nessas áreas, aquela
menorzinha é a área do terreno e a ADA e a área de influência direta que é
todo o terreno e a indireta que é toda cidade de São João de Meriti. [por favor]
Essa é a localização de duas áreas protegidas que são os dois parques,
Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu que está a mais de 3km e o Parque
Natural Jardim Jurema que também está a mais de 3km fora e distante dessa
obrigatoriedade de se fazer essa consulta ao IBAMA. Algumas características
de clima, microclima típico da região litorânea, os ventos são oriundos do setor
sudeste e nordeste com velocidade média de cerca de 5 m/s e o percentual de
calmaria de 41%.
A qualidade do ar - a concentração anual de PTS chega a quase o dobro da
concentração de PTS (Partícula Total em Suspensão) padrão anual, portanto é
um problema importante aqui nessa região, apesar de todas as cautelas que
vocês observaram em termos da lavagem das ruas, da lavagem de pneus, da
manutenção de um procedimento que evite que proliferem essas partículas e
mais a umidade relativa do ar. [por favor]
Aí uma característica da hidrografia, a Baía de Guanabara, a Bacia do Rio
Iguaçu e seus afluentes Sarapuí e Bota. Tanto o Rio Sarapuí quanto o São
João de Meriti possuem quadros ambientais de lançamento de esgoto
doméstico muito sérios, portanto o empreendimento vai diminuir as
contribuições de sedimentos que hoje em dia existe uma área degradada e
totalmente desqualificada em termos de retenção de águas e transporte de
águas para um corpo hídrico que no caso será o canal Pavuna. As águas das
chuvas levam para os rios grande quantidade de carga poluidora orgânica e não existe
poluição agrícola aqui na região, dadas as suas características comerciais e de
serviços públicos. [por favor]
Aqui é o mapa hidrográfico, mostrando aqui embaixo (reto) o canal Pavuna, o
Rio São João e é para esse canal Pavuna que serão lançadas aqui na parte
mais baixa que vão ser lançadas as águas de drenagem do empreendimento.
As águas de esgotos como vocês vão ver a frente, ali terá uma estação de
tratamento de esgoto, portanto não contribuindo de forma alguma com a
poluição dos corpos hídricos com esgoto e mesmo efluente é tratado dentro
dos padrões de 93%, 96% que a estação permite atingir, não serão lançados
no corpo hídrico. Terá um tanque de reuso e esse efluente da estação será
tratado para ser usado na rega dos jardins e complementado com água do
sistema, caso seja insuficiente. Mas não vai haver lançamento de efluentes, o
que lança no canal Pavuna é apenas a água de drenagem de águas das
chuvas. Aí um pouco da geomorfologia declividades acima de 45º, mais nas
áreas de serras, isso não teve uma aplicação direta na questão ambiental
propriamente dita do empreendimento. A questão dos solos, vocês veem aí o
estado que o empreendimento se encontra, quer dizer, você quase não tem ali
um horizonte em algumas áreas, com as camadas próprias de solo, quase não
pode dizer que tem solo. Tem aí uma rocha em decomposição e isso foi, com
certeza, objeto de extração mineral no passado feita de forma desordenada,
sem PCA que levou a esse estado de coisas que, vocês sabem, a paisagem
também é um bem ambiental protegido por lei e essa paisagem havia sido
afetada há muito tempo e vai ser recomposta agora. [por favor]
A vegetação é outro fator importante à época que havia uma discussão sobre
topo de morro, hoje em dia o quadro florestal da lei 12651 estabelece 100m e
também se discutia se era um topo de morro aquele resto de extração mineral
com uma vegetação dessa qualidade, capim colinão basicamente, totalmente
degradada a ADA com capim colonião como já foi dito anteriormente. Então, a
vegetação é paupérrima e em algumas partes da parte mais elevada do terreno
existem, mas coberta com capim colonião. [por favor]
A APP, como já falei é a encosta do terreno, muitas voçorocas nas encostas do
terreno decorrentes do estado de como se tratou esse terreno e você sabe que
um terreno pisoteado, agredido, ele á caminho para a criação de voçorocas e
consequentemente erosões, desmoronamentos. Daí eu me lembro de quando
viemos fazer uma conversa com a população do entorno, nas secretarias do
município, uma das secretárias era moradora do entorno e tinha preocupação
no que ia ser feito aqui e ficou muito esperançosa, pelo menos, por que não viu
ainda, aquela área de encosta hoje em dia o risco vai ser recuperado e
transformado apenas num benefício da paisagem. A fauna também é bastante
pobre como tem poucas áreas com cobertura vegetal, em função do uso do
solo não possui habitat para abrigo de fauna e mesmo que se procurasse na
região – foi feito um estudo primário direto, mas além desse não existe estudos
aqui que pudessem ter sido utilizados. [pode rodar, por favor]
Aí a fauna que foi encontrada, uma fauna sem ameaça de extinção, de pouco
valor ambiental. Então a localização da ADA é estratégica para o
empreendimento em função de estar ao lado de dois grandes centros de
transporte para a área de produção e consumo e a cidade é sabidamente uma
cidade com grande densidade demográfica - são quantos, Célia, por km2 que
você falou? 13 mil e poucos habitantes por km2, a maior densidade
demográfica da América Latina, a maior densidade demográfica das Américas.
Outra questão importante do empreendimento é a infraestrutura. Tem toda
infraestrutura a que ele não tinha está atendendo que é a sua ETE e mesmo
assim a ETE não está provocando nenhum impacto em nenhum corpo hídrico
por que a água toda será reutilizada. Então a energia é com a Light, água com
a Cedae e o esgoto com a ETE, o lixo a prefeitura atende e vai haver também
um sistema da própria empresa de envolver um trabalho adicional à coleta de
lixo e os acessos são os acessos importantes aqui da cidade, da nossa região
metropolitana [por favor]
Aí os benefícios que estão sendo trazidos [passa o outro que fica melhor] estão
sendo trazidos com o novo sistema viário que a empresa está implantando e
estudos foram feitos, então não vai mais haver uma sobrecarga aqui na Dutra e
as pessoas vão estar circulando em vias que estão sendo criadas, evitando
cruzamentos com essas rotatórias e deixando o trânsito, na minha opinião
desde a primeira vez que nós fomos chamados para trabalhar o tráfego, a
questão geológica, as questões mais importantes o novo sistema viário veio a
melhor e muito a condição para operação do empreendimento sem transtorno
para a população ou de quem circula aqui na região [por favor]
Aí está um conjunto de impactos negativos e as medidas as mitigadoras ou
compensatórias. Então a poluição do ar tem uma manta de cobertura, a
aspersão as águas, o risco de poluição sonora tem um conjunto de medidas
mitigadoras que respeitam horários, no caso dos moradores do entorno,
proteção auricular para os empregados que estiverem atuando tanto na
implantação quanto na construção. O projeto paisagístico, complementando o
trabalho de engenharia do entaludamento como instrumento de fixação do solo
para evitar qualquer tipo de erosão. Vai haver áreas reservadas para
separação, não só na fase de obra, mas na fase de operação e uma série de
medidas que reduzam o volume de resíduos ou os adicione de forma que
sejam transportados sem causar transtorno, nem questões prejudiciais à
saúde. Vai haver um programa de atendimento médico para esses empregados
dentro do programa PCSO e os impactos da malha viária que já me referi. [por
favor]
Essa perda de habitat paras as fauna, a captura e afugentamento da fauna e a
solução vai ser fazer a captura daqueles que ainda existirem e leva-los para
essas duas unidades de conservação a que me referi anteriormente. O risco do
aumento de acidente de trabalho é uma série de providências feitas pela CIPA
e normas e alguns programas de atendimento para que sejam evitados e a
utilização de EPIs para quem está trabalhando. [por favor]
Para minorar os impactos no entorno tem os programas de educação
ambiental, implantação da sinalização de segurança e a divulgação das etapas
da obra. Para esse evento mesmo, nós fizemos uma divulgação intensa
durante dois dias ou três dias, bicicletas circularam no entorno do terreno, no
centro da cidade informamos sobre o empreendimento, as rádios locais fizeram
chamadas sobre essa Audiência, foram fixados cartazes em algumas casas de
comércio e vários outros lugares, além das publicações normais, oficiais para
que as pessoas pudessem participar. A intenção, a orientação que nós
passamos e o empreendedor de pronto assimilou é que esse trabalho de
interação com a população do entorno não se dê numa Audiência Publica ou
numa inauguração. Que ele se faça ao longo de todo o período de implantação,
informando sobre a operação com os empresários locais, com as populações,
com as comunidades até porque o empreendimento será importante para a
cidade. Gerar 3.300, 3.800 empregos diretos, fora os empregos indiretos
gerados vai importante vai ser um fato, uma ocorrência importante para a
cidade e obviamente dos empreendedores é de absorver essa mão-de-obra o
máximo possível aqui na cidade. [por favor]
Os impactos positivos: recuperação da vegetação do entorno, arborização de
vias e praças na área do empreendimento, incremento da economia local
(Vamos ter uma massa salarial nova. Façamos uma conta grosseira, 4 mil
empregados se cada um ganhar mil reais são 4 milhões a mais de dinheiro
injetado aqui na cidade para consumo, olhando de uma maneira simplista fora
as atividades que vão gerar empregos, impostos, pessoas vão se fixar aqui que
vão gerar IPTU, pequenas e médias empresas para empreendimentos que vão
gerar ISS, enfim, o impacto na economia com certeza vai ser importante aí o
incremento da economia municipal, aumento da oferta dos postos de trabalho
já falamos, ampliação do sistema de segurança. Hoje em dia quem mora no
entorno daquele resíduo de extração mineral (vamos chamar assim) não vai
ter, não terá no futuro um empreendimento iluminado com seguranças fazendo
a segurança para seus próprios empregados e para os caminhões que chegam
até o empreendimento. Geralmente você tem aí um impacto, em um raio de
1km, 2 km em torno do empreendimento, de benefícios a partir da urbanização
da iluminação e do próprio funcionamento de segurança para a circulação de
pessoas. O grande problema da segurança é o vazio das ruas onde os
problemas de criminosos estão com maior frequência e facilidade. Incremento
da arrecadação tributária também já me referi o ISS, IPTU. Só o
empreendimento, imagine um empreendimento desse porte com investimento
de 250 milhões de reais, embora não tenha relação o valor do investimento
com a receita, mas o que pode gerar de novo arrecadação para a cidade. A
valorização imobiliária, com certeza vai retirar essa agressão visual que é hoje
em dia. No futuro vai haver uma elevação do ambiente para se morar em torno
dessa área. Os programas: programa de controle de emissões atmosféricas
controle da produção de resíduos e efluentes, preservação do solo,
monitoramento da qualidade dos corpos hídricos - apesar de não dentro do
terreno, mas serão monitorados. [por favor]
Resgate e afugentamento de fauna, já falei que vamos levar para as unidades
de conservação e restauração da vegetação que venha a ser mantida pelo
empreendedor, mesmo nas encostas, apesar de estar prevista a grama, mas
pode-se em alguns locais manter uma vegetação mais arbustiva sem prejudicar
os cálculos de segurança previstos. Comunicação social é o que me referi de
manter permanentemente em escolas, associações de moradores, associações
empresariais num trabalho de integração, prevenção de riscos ambientais,
educação ambiental, controle médico, sinalização e prevenção de acidentes
rodoviários. [por favor]
Bom, para finalizar essa é a posição da Servec Ecologia e seus técnicos a
implantação do empreendimento, com aproveitamento de área degradada
impactante à paisagem, com encostas erodidas e riscos à segurança,
promoverá modificações positivas generalizadas, beneficiando a paisagem e a
socioeconomia da região, gerando empregos, incrementando a economia local,
promovendo a segurança geológica e a cobertura vegetal das encostas, além
de uma infraestrutura completa e adequada.
A Servec Ecologia entende se tratar de uma implantação, ambientalmente,
adequada e estratégica em termos socioeconômicos. [obrigado]
Sr. Maurício Couto: Obrigado, Paulo pela apresentação. Seguindo o Rito aqui
da Resolução CONEMA 035 nós vamos fazer um intervalo de 15 minutos, vai
ser servido um lanche ali atrás e quem tiver formulando pergunta, nós aqui da
mesa vamos ficar aqui esperando para depois passar para a segunda fase e se
tiverem perguntas elas vão ser respondidas. Está bom então? 15 minutos de
intervalo, por favor.
[após o intervalo de 15 minutos]
Sr. Maurício Couto: A pergunta você conseguiu concluir? Pode entregar para
ele, por favor. Esse é o colega Mário Oliveira, do INEA, a colega Letícia Moraes
também, da CECA está sentada aqui na frente.
Bom, retomando então agora para a segunda fase nós temos uma pergunta só
encaminhada à mesa tem mais alguém formulando pergunta? A gente
aguarda. Se alguém quiser fazer uso da palavra, também, aproveita o mesmo
papel. Tudo bem, então só temos uma pergunta e depois a gente passa para o
Daniel. Eu vou passar agora para o Antônio Marcos, subsecretário de meio
ambiente aqui do município para fazer sua apresentação.
Sr. Antônio Marcos: Boa noite a todos. Para nós da Prefeitura de São João de
Meriti é um prazer enorme estar numa reunião como esta, é um prazer enorme
estar numa Audiência Pública como esta que envolve um empreendimento
dessa envergadura e ao mesmo tempo, Maurício, nós estamos realmente
impactados, posso dizer assim, por que quando a gente está trabalhando na
área ambiental a gente encontra uma série de fatores importantes, positivos e
negativos, principalmente em empreendimentos, em projetos devido a essa
grande crise que estamos enfrentando, não só na área econômica, mas
também em toda a nossa área ao meio ambiente. Então, quando nós
encontramos um projeto como esse (sério) que é o Green Park e feito o
EIA/RIMA pela Sevec, inclusive eu gostaria, se pudessem, nos encaminhar
uma cópia para nós termos dentro da nossa subsecretaria do ambiente seria
bastante bacana para a gente por que a nossa área ambiental, nosso órgão
ambiental aqui tem hoje técnicos com capacidade. Temos biólogos,
engenheiros ambientais, químicos, um pessoal bastante capacitado e eu tenho
certeza que vão ficar muito felizes em saber que tem um empreendimento
dessa envergadura, com essa responsabilidade ambiental e então nós ficamos
muito felizes e eu gostaria de até colocar essa nossa felicidade em nome do
nosso prefeito Sandro Mattos e está aqui conosco, também, gostaria que
viesse até aqui o nosso Secretário de Obras, o Drigão, nosso popular Drigão
que é o Rodrigo Henriques que acabou de chegar aí, viu Maurício? Trabalha
conosco lá, nosso comandante nessa área de empreendimentos e obras, está
aqui também o João Maltês, nosso subsecretário de Fiscalização de obras,
então a Prefeitura de um modo geral está muito feliz e posso dizer isso que tá
muito tranquila com o que está havendo aqui e nós viemos justamente a pedido
do prefeito para que participássemos e tivéssemos consciência do que está
sendo feito aqui e, realmente, estou muito feliz. Eu tinha uma preocupação que
era a ETE, a gente sempre se preocupa, né? A gente tem um olhar técnico na
coisa, não tem jeito. Mas a gente começa a ver que as soluções são fantásticas
e que existe uma intenção de projeto muito bacana e a gente fica muito feliz.
Eu espero participar efetivamente, colaborando no que for possível, no que
vocês precisarem através da Subsecretaria do Ambiente e falo isso em meu
nome e em nome do Drigão também que é nosso secretário de Obras, o que
vocês precisarem nós vamos estar à disposição para trabalharmos juntos por
que um empreendimento dessa envergadura é interessantíssimo para nossa
cidade vai gerar muitos empregos é um empreendimento socioambiental,
podemos dizer assim, além da grandiosidade na área econômica o que isso vai
gerar para a cidade em geral, não só aqui para São João, mas também para
toda a Região, toda baixada fluminense para Rio de Janeiro, para o Estado é
um grande empreendimento e eu só queria deixar aqui era essa colocação,
esse recado que estamos felizes com isso fiquei feliz em conhecer melhor o
projeto, principalmente essa apresentação do EIA/RIMA e estamos aqui para
colaborar no que for preciso. Ok? Uma ótima noite a todos, obrigado, obrigado
Maurício, obrigado a todos.
Sr. Maurício Couto: Obrigado Antônio Marcos pela participação, então
registrando aqui a presença do João Maltês, Subsecretário de Obras e
Fiscalização, obrigado pela participação e também o secretário de obras, o
Rodrigo Henriques. Também agradecendo a participação do conselheiro
Alberico Martins, conselheiro do CONEMA, o Conselho Estadual de Meio
Ambiente, dentro da CECA, agradecendo também a conselheira Verônica da
Matta, do CONEMA. Bom, nós temos uma pergunta que foi encaminhada à
mesa que foi feita pelo Daniel e dirigido ao Paulo Pizão, mas eu acho que nós
também podemos ajudar. Onde a população poderá acessar o RIMA? Daniel, o
RIMA fica disponível no site do INEA, tem uma cópia que fica na biblioteca do
INEA e acho que aqui do lado, também, por força da Resolução CONEMA 35,
ele é trazido. Durante a Audiência Pública ele fica exposto, com certeza acho
que você quer analisa-lo com mais profundidade, não sei se o Pizão quer
complementar. O que você sugere, Pizão?
Sr. Paulo Pizão: Não tenho nenhuma complementação a fazer. De fato o
Maurício está colocando o que a norma impõe, a disponibilidade lá na
prefeitura à época, Subsecretario, recebeu uma cópia do EIA/RIMA que é
obrigatório essa distribuição para 10 ou 12 entidades, mas é claro que faremos
chegar uma segunda via. Se você tiver alguma dúvida sobre o EIA/RIMA,
agora ou depois eu estou a sua disposição.
Sr. Maurício Couto: Daniel, fica a sugestão dos endereços, você tem aí os
endereços eletrônicos tanto da CECA quanto da CEAM que é a Coordenação
de Estudos Ambientais do INEA e se você tiver dificuldades em acessar o
estudo de impacto ambiental no site do INEA aí você entra em contato com a
gente que a gente providencia para você uma cópia em meio digital. Bom,
senhoras e senhores essa foi a única pergunta encaminhada à mesa,
lembrando aos senhores que nós temos mais 10 dias. Oi? Alguém está
querendo fazer uso da palavra? Desculpe. A Verônica, por favor, um prazer a
Conselheira do CONEMA. Microfone, Verônica. Está sendo gravado e será
transcrito para os autos do processo.
Sra.Verônica Da Matta: Boa noite a todos. São só duas indagações, uma é
sobre a captação da água de chuva. Se será realizada e como será
encaminhada, mais como alternativa de uso e não só da reservação, mas
quanto a utilização dessa água de chuva diante da demanda hídrica que o
Estado vem passando e quanto à cortina arbórea como mitigação de poluição
sonora e poluição atmosférica e se nessa cortina arbórea seriam utilizadas
espécies da mata atlântica que poderia recuperar essa fauna, principalmente
da ornitofauna.
Sr. Maurício Couto: Obrigado, Paulo.
Sr. Paulo Pizão: Com relação ao primeiro ponto, o empreendimento é um
empreendimento LEAD. Vai ser construído sob o enfoque das cautelas
ambientais, a distribuição física dos galpões permite que a questão da
acumulação da água de chuva se faça dentro do planejamento que o
empreendedor vai desenvolver. Houve, como eu falei, havia uma visão sobre a
implantação do empreendimento que economizava, sobrava mais terreno. Essa
solução, obviamente, come um pouco mais de terreno para sair o
entaludamento lá de cima, mas eu acho que essa solução da captação da água
não é difícil de ser adaptada nos galpões e canalizando essa coleta das águas
nos telhados ou em outro lugar para um reservatório com uma bacia de
captação, calhas, não é uma adaptação difícil. É muito prudente a sua
ponderação em função da questão hídrica que o país está vivendo, na Região
Sudeste, no Rio em especial, mas eu entendo que essa...até por que a LEAD é
um processo contínuo de acompanhamento, a LEAD não é um formulário como
você sabe que você preenche e pronto, a LEAD acompanha o empreendedor
ao longo da obra e não será difícil fazer essa adaptação muito oportuna.
Com relação à vegetação, a previsão da empresa que está cuidando do
assunto como foi falado é de gramar as encostas, os taludes. Agora, esse é um
assunto que ainda não se conversou mais detidamente, sobre a possibilidade,
até que ponto que você utilizar uma vegetação arbustiva, dependendo do tipo
de enraizamento como ela pode não interferir, mas acho que esse é um
assunto que vai ter que ser – como eu falei lá na nossa apresentação – vai ser,
depois, desenvolvido um pouco melhor com a cautela devida por que a
prioridade é a segurança, até por que o terreno está muito alto e a
possibilidade de um terreno todo ele coberto de grama a 50m de altura receber
poluição é bem menor que se estivesse no nível da rua, mas de qualquer
maneira a gente vai considerar isso. Eu particularmente acho que se a gente
pudesse cobrir os taludes com vegetação arbustiva daria um visual muito mais
bonito, mas não sei até que ponto que isso pode causar prejuízo à segurança
geológica e técnica do projeto, mas as tuas considerações são muito oportunas
e no lado ambiental eu vou considerar e continuar a conversar com o
empreendedor.
Sr. Maurício Couto: Essa pergunta da Verônica é extremamente pertinente no
dia da apresentação lá na CECA, me recordo que isso também foi levantado e
com certeza o grupo do INEA que está analisando o estudo de impacto
ambiental, além do Marcio Farah que é o coordenador, tem nossos colegas de
da gerência de licenciamento de atividade florestal, a GELAF que também faz
parte do grupo, ela analisa também e faz as condicionantes faz as exigências
para a segunda fase do projeto. Por exemplo, no caso do reflorestamento,
apresentar uma proposta que utilizando espécies nativas, por que essa
intenção de fazer a cortina arbórea eu acho que é interessante tanto para a
empresa quanto, também, para a vizinhança em relação à emissão de ruídos.
Sr. Antônio Marcos: Maurício, eu queria aproveitar por que até pedir
desculpas para o Pizão, realmente pode ser que tenha mas a gente assumiu a
gestão agora, mas eu vou mandar levantar. Se não tiver eu faço contato para a
gente ter isso. É importante nós termos uma...Maravilha! Algo importante,
também, Maurício, há de se destacar não só falando - ele falou sobre o reuso e
isso me lembrou algo importantíssimo que eu preciso destacar aqui, até para o
conhecimento de todos e inclusive sobre essa pergunta por que eu acho que
casa um pouco que é o esgotamento, o esgoto hoje em São João de Meriti,
São João de Meriti é a maior densidade demográfica das américas, isso foi
falado aqui. Realmente nós temos um maior número de pessoas por metro
quadrado é muito difícil a infraestrutura, a gente sofre bastante e agora há
pouquíssimo tempo há cerca de mais ou menos 2 meses foi celebrado o
convênio aonde nós temos a concessão, inclusive a primeira na baixada
fluminense para o tratamento de esgoto, então nós vamos ter agora - nós
temos uma empresa que é a Águas de Meriti que vai começar a tratar o esgoto,
em parceria com a Cedae, então isso dá para a gente, nos deixa muito felizes
por que tudo está acontecendo no mesmo momento e isso vai trazer um
crescimento por que é uma área de saneamento importante e com o
empreendimento se casar os projetos, até para você poder ter uma adequação
melhor e vai ter uma assistência para isso. Dentro de quatro, cinco anos vamos
ter, pelo menos, cerca de 90% da nossa rede tratada, então esse é o
planejamento, essa é a meta. Então isso casa e eu acho que era uma
informação importante para passar para vocês.
Sr. Maurício Couto: Com certeza, Antônio, uma excelente notícia para todos.
Bom, senhoras e senhores como eu disse na abertura da audiência, nós
teremos agora 10 dias para manifestações para serem encaminhadas ao INEA
e para a CECA, o endereço vocês tem na contra capa do folder. Agradecer a
presença de todos. Daniel, você quer falar alguma coisa? Então a gente faz o
seguinte. Passa o microfone para o Daniel por que está sendo gravado, Daniel
vem aqui para frente, só para a gente poder encerrar então.
Sr. Daniel: Eu queria saber se a água que vai ser usada durante a umidificação
do solo durante a construção vai ser água de reuso, ou água potável.
Sr. Paulo Pizão: Como você deve ter visto no decorrer da apresentação, reuso
será dos efluentes da Estação de Tratamento de Esgoto, não sei a dinâmica da
obra, mas imagino que seja antes ou ao final da construção, então não teremos
a estação de tratamento implantada para ter reuso e nós teremos uma obra,
então dificilmente você tem condições numa obra dessa magnitude, com a
terraplenagem desse volume de você fazer algum sistema durante a obra de
reuso. A previsão de reuso é para os efluentes e no caso para a rega da
grama, da vegetação é com os efluentes da estação de tratamento, mas na
fase de implantação não há previsão de reuso até por que a dificuldade é muito
grande dado a terraplenagem que vai ter que ser feita aí.
Sr. Daniel: Não seria viável, por exemplo, usar água de reuso da Cedae?
Sr. Paulo Pizão: Se a Cedae trouxer a água até aqui, com certeza os
empreendedores reutilizariam, mas o problema – a ideia é uma ideia muito boa,
muito pertinente, mas a questão é de custo para trazer a água de onde? Que
locais você imagina que poderiam ser já usadas e trazidas para cá? Como
você imagina que isso seria?
Sr. Daniel: Tem a Estação de Tratamento de Esgoto Alegria, o Caju.
Sr. Paulo Pizão: Naquela região....da Av. Brasil para cá, né?
Sr. Daniel: Fácil acesso.
Sr. Paulo Pizão: Só teria que transportar por caminhões, agora o
empreendedor está fazendo um comentário sobre água de poço. Não sei se a
essa altura, 50 metros de altura como é que a gente vai conseguir fazer, mas é
uma possibilidade de durante esse período a gente usar água subterrânea.
Sr. Maurício Couto: Ok, então. Obrigado pelos esclarecimentos, obrigado
Daniel. Só retomando, nós temos 10 dias para encaminhamento das
manifestações para o INEA e para a CECA, os endereços na parte final do
folheto. Queria agradecer aqui a presença de todos e declaro encerrada essa
Audiência Pública. Obrigado e boa noite.
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