audiência pública do rima

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de São João da Barra Distrito Industrial Uma empresa do Grupo EBX de São João da Barra Distrito Industrial Relatório de Impacto Ambiental RIMA - Relatório de Impacto Ambiental RIMA - - Distrito Industrial de São João da Barra Uma empresa do Grupo EBX Engenharia Consultiva Ecologus Agrar Infraestruturas do Infraestruturas do Engenharia Consultiva Ecologus Agrar

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A intenção do texto é apresentar o RIMA

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Page 1: Audiência Pública do RIMA

de São João da BarraDistrito Industrial

Uma empresa do Grupo EBX

de São João da BarraDistrito Industrial

Relatório de Impacto AmbientalRIMA -R

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Uma empresa do Grupo EBX

Engenharia Consultiva

Ecologus

Agrar

Infraestruturas doInfraestruturas do

Engenharia Consultiva

Ecologus

Agrar

Page 2: Audiência Pública do RIMA

Apresentação

Descrição o Empreendimento

Legislação

Planos e Programas Colocalizados

Definição da Área de Influência

Diagnóstico Ambiental

Impactos Ambientais

Prognóstico Ambiental

Programas Ambientais

Avaliação Estratégica

Conclusão

Glossário

Equipe Técnica

Identificação do EmpreendedorO que é o DISJB?

Meio FísicoMeio BióticoMeio Socioeconômico

Espaços Territoriais Protegidos ePatrimônio Histórico-arqueológico

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambientali

ÍndiceÍndice

01

05

22

23

27

35

50

59

65

90

94

101

104

107

116

maio/2011

Page 3: Audiência Pública do RIMA
Page 4: Audiência Pública do RIMA

ApresentaçãoApresentação

Praia do Atafona

Relatório de Impacto Ambiental

O Relatório de Impacto Ambiental - RIMA é odocumento previsto na legislação ambiental brasileirapara apresentar de forma resumida e de fácilentendimento, os resultados do Estudo de ImpactoAmbiental (EIA). De acordo com as resoluções doConselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) n°01/86 e 237/97, o licenciamento ambiental deempreendimentos que possam gerar impactossignificativos no meio ambiente ou na população deve serbaseado em um Estudo de Impacto Ambiental cujosresultados devem ser divulgados ao público por meio doRIMA.

Este RIMA e seu respectivo EIA foram elaborados pelaempresa ECOLOGUS Engenharia Consultiva Ltda. emassociação com a AGRAR Consultoria e Estudos TécnicosS/C Ltda. Ambos têm o objetivo de auxiliar no processo delicenciamento ambiental para emissão da Licença Prévia

(LP) para construção e operação das

Seguindo a organização do estudo, o RIMA contém adescrição do projeto, a caracterização das áreas quepoderão ser afetadas pelos impactos do empreendimentosobre a qualidade do ar, solo, água (meio físico), animaise vegetais (meio biótico) e atividades sociais eeconômicas (meio socioeconômico); além daidentificação e avaliação dos impactos decorrentes daconstrução e operação do empreendimento e as açõespropostas para ajuste e controle destes impactos.

Este empreendimento prevê investimentos da ordem de 3bilhões de reais, sendo estimada a geração de 9.700novos postos de trabalho no pico da obra de implantaçãodas infraestruturas de uso comum do Distrito e cerca de300 empregados para a fase inicial de sua operação.

Infraestruturas doDistrito Industrial de São João da Barra (DISJB).

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental01

Page 5: Audiência Pública do RIMA

Apresentação

Qual a localização e acessos ao empreendimento?

02

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Page 6: Audiência Pública do RIMA

Apresentação

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental03

O foi criado pelo Governo do Estado do Rio deJaneiro para receber empresas atraídas pela presença doPorto do Açu. A implementação de distritos industriais é deresponsabilidade do governo estado através da Companhiade Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro(CODIN).

Foi firmado memorando de entendimentos entre o governodo estado do Rio de Janeiro e a empresa LLX Açu OperaçõesPortuárias S/A, cabendo a esta última, implantar as

DISJB infraestruturas de uso comum do Distrito Industrial de SãoJoão da Barra, sendo também responsável pelolicenciamento ambiental do empreendimento. Assim, sãoempreendedores do DISJB a LLX Açu e a CODIN.

A LLX Açu Operações Portuárias S/A, criada em 2007, éuma subsidiária da LLX Logística S.A, empresa do GrupoEBX que irá operar os terminais portuários do Açu, em SãoJoão da Barra, e Sudeste, em Itaguaí, ambos no Estado doRio de Janeiro.

Quem é o empreendedor?

Page 7: Audiência Pública do RIMA

O DISJB - Distrito Industrial de São João da Barra é umagrande área próxima da costa com 7.036 hectares, vizinha àZona Industrial do Porto do Açu - ZIPA. O conjunto deempreendimentos em andamento na ZIPA mais osplanejados para o DISJB formam o Complexo Logístico eIndustrial do Porto do Açu - CLIPA. No Distrito pretende-seimplantar um loteamento para receber indústrias atraídaspela proximidade do Porto, pela disponibilidade do minériotrazido do Estado de Minas Gerais por mineroduto, assimcomo pela oferta de energia que estará disponível a partirdas usinas termoelétricas que serão instaladas na área doPorto.

se priorizar a atração de duas indústrias siderúrgicas.

Considerando a produção das siderúrgicas foramplanejados outros tipos de indústrias, tais como:

Unidade de construção naval ;

Fábrica de automóveis;

Fábricas de cimento;

Fábricas de peças pré-moldadas de concreto;

Indústrias mecânicas;

Fábricas de máquinas e equipamentos;

Fábricas de autopeças e eletrodomésticos;

Outras fábricas e serviços associados às atividadesindustriais e atividades portuárias;

Apresentação

Para permitir a instalação de indústrias nos lotes do Distritoé necessário que sejam construídas infraestruturas deabastecimento de água, esgoto e drenagem, bem comoruas, vias e estradas internas para acesso aos lotes e aoPorto do Açu.

Para projetar as infraestruturas de maneira adequada eprever como será administrado o Distrito foi realizado umestudo de planejamento que identificou os tipos deindústrias a serem atraídas para a área. Para isto, pensou-se na vantagem da disponibilidade de minério e dasfacilidades decorrentes da presença do Porto, o que levou a

Indústrias já interessadas em se instalar no DISJB incluemuma Unidade de Construção Naval e uma UsinaSiderúrgica, estando ambos os empreendimentos em fasede licenciamento ambiental. Também estão emlicenciamento ou já licenciadas duas Usinas Termelétricasna área do Porto e um novo Terminal Portuário que ampliaráa capacidade do Porto do Açu.

Assim, as infraestruturas de uso comum, que são objetodeste licenciamento, foram projetadas para atender ao

Industria Automotiva

Industria Naval

conjunto de empreendimentos planejados para se instalarnos lotes do Distrito. Com as infraestruturas implantadas,os lotes serão vendidos para indústrias interessadas, quepara operarem deverão realizar seus próprioslicenciamentos ambientais.

No futuro o DISJB operará estas infraestruturas comuns eadministrará o condomínio industrial (o conjunto dasindústrias implantadas), onde definirá regras a seremcumpridas por estas indústrias para o bom funcionamentodo Distrito Industrial e o controle de seus impactosambientais.

04

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O que é o DISJB?

Page 8: Audiência Pública do RIMA

O empreendimento ora em licenciamento compreende aconstrução e operação das seguintes infraestruturas :

Descrição do EmpreendimentoDescrição do Empreendimento

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental05

� Loteamento e arruamento

O loteamento do Distrito foi planejado pela Companhia deDesenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro(CODIN) e contemplará quadras e lotes de 80 a 1300hectares, agrupados em 8 áreas. No presente licenciamentoprevê-se o aterro, terraplenagem e arruamento interno dasÁreas 1 e 5, situadas no lado norte do DISJB. Essas áreasserão subdivididas em pequenas quadras para implantaçãodas infraestruturas necessárias aos empreendimentosindustriais e de serviços que serão implantadosgradativamente. A preparação do terreno e a implantaçãodas infraestruturas dentro das demais áreas serão objeto delicenciamento próprio de cada indústria que venha a seinstalar no Distrito.

O que será construídoe licenciado no DISJB?

Page 9: Audiência Pública do RIMA

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Descrição do Empreendimento

Page 10: Audiência Pública do RIMA

� Rodovias, vias de acesso e ferrovias na área internado DISJB

As vias internas do DISJB foram projetadas não só paraatender as necessidades de fluxo de veículos, dotando-aspara tanto, de faixas, acostamentos e passeios, mas tambémde alocar faixas destinadas à ciclovia e dutos para diversasfinalidades industriais.

As vias rodoviárias terão pavimento asfáltico e serãocompostas por duas pistas com canteiro central de larguravariável conforme a via. Estão previstos aproximadamente132 km de vias no DISJB, com cerca de 9.400.000 m³ deaterro. Ao longo destas vias existirão 44 interseções e 8viadutos.

Todos os lotes serão atendidos por vias rodoviárias.Complementando o sistema de circulação, na malha viária doDISJB também será incluída circulação de trens (ferroviária)para acesso às indústrias cimenteiras, siderúrgicas e para asáreas dos terminais rodoviários e de caminhões. As viasinternas do Distrito, assim como as rodovias de acessos àárea podem ser visualizados na figura a seguir.

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental07

Descrição do Empreendimento

Page 11: Audiência Pública do RIMA

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Descrição do Empreendimento

Page 12: Audiência Pública do RIMA

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental07

Descrição do Empreendimento

� Rodovias, vias de acesso e ferrovias na área internado DISJB

As vias internas do DISJB foram projetadas não só paraatender as necessidades de fluxo de veículos, dotando-aspara tanto, de faixas, acostamentos e passeios, mas tambémde alocar faixas destinadas à ciclovia e dutos para diversasfinalidades industriais.

As vias rodoviárias terão pavimento asfáltico e serãocompostas por duas pistas com canteiro central de larguravariável conforme a via. Estão previstos aproximadamente132 km de vias no DISJB, com cerca de 9.400.000 m³ deaterro. Ao longo destas vias existirão 44 interseções e 8viadutos.

Todos os lotes serão atendidos por vias rodoviárias.Complementando o sistema de circulação, na malha viária doDISJB também será incluída circulação de trens (ferroviária)para acesso às indústrias cimenteiras, siderúrgicas e para asáreas dos terminais rodoviários e de caminhões. As viasinternas do Distrito, assim como as rodovias de acessos àárea podem ser visualizadas no mapa a seguir.

Page 13: Audiência Pública do RIMA

A infraestrutura do DISJB inclui a toda a rede drenagem dasvias internas e áreas comuns do Distrito. As redes dedrenagem dentro dos lotes industriais deverão fazer partedos licenciamentos de cada indústria. A infraestrutura dedrenagem do DISJB inclui rede, composta de tubulações de600, 800, 1.000 e 1.200 mm, suas galerias e valetas, bemcomo canais de macrodrenagem que receberão econduzirão as águas provenientes dessas redes.

O arranjo dos canais de macrodrenagem do DISJB foiconcebido de tal forma que as águas pluviais livres depoluição industrial, sejam conduzidas da seguinte forma:para o Canal Quitingute (existente), para o canal da Unidadede Construção Naval (UCN) projetado e licenciado, oudiretamente ao Canal Campos-Açu, que integra o objetodeste licenciamento.

�Rede de drenagem do Distrito

Descrição do Empreendimento

� Canal Campos-Açu no trecho Quitingute até o Canalda UCN

O Canal Campos-Açu integra o projeto do Governo doEstado para macrodrenagem da Baixada Campista. Estecanal foi projetado para ser implantado em vários trechos,vindo desde o canal Coquieros, em Campos dosGoytacazes, até o mar, cortando em seu trajeto o canal SãoBento e o Canal Quitingute. O seu trecho final, entre oCanal Quitingute e o mar será construído como parte dasobras previstas neste licenciamento. Este trecho comaproximadamente 7 km, se desenvolve ao longo do limitesul do DISJB e seu deságüe no mar será feito através doCanal da UCN. A rede de canais projetada para o Distritopode ser visualizada no mapa a seguir.

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental09

Canal do Quintigute

Page 14: Audiência Pública do RIMA

Descrição do Empreendimento

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Page 15: Audiência Pública do RIMA

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental11

Descrição do Empreendimento

� Sistema de reservação, tratamento e distribuiçãode água

O Centro de Reservação contará com três reservatórios quereceberão a água proveniente do Rio Paraíba do Sul. Parteda água será conduzida para uma Estação de Tratamento deÁgua - ETA, sendo destinada a consumo humano. Orestante da água será destinado às industriais, queprovidenciarão as formas de tratamento adequadas a seusrespectivos processos.

�Sistema de captação e adução de água

A água que abastecerá as indústrias do DISJB será captadano rio Paraíba do Sul por uma estrutura de tomada d'água eelevatória, seguindo por adutora em traçado paralelo àrodovia RJ-240 até o centro de reservação e distribuiçãodentro do Distrito.

Page 16: Audiência Pública do RIMA

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Descrição do Empreendimento

Também serão construídas duas estações para tratamentodos esgotos sanitários produzidos pelo DISJB e suasindústrias. Os esgotos tratados serão dispostos no mar poremissário submarino. Os efluentes industriais serãotratados nas próprias indústrias e serão dispostos em redecoletora do DISJB específica para este fim, sendoconduzidos ao mar pelo emissário submarino, juntamentecom os esgotos sanitários tratados. Para tanto serãoimplantadas redes coletoras, destinadas às coletas,separadamente, dos efluentes industriais e dos esgotossanitários. O ponto de lançamento do emissário submarinositua-se a uma distância 4,6 km da costa.

Sistema de esgotamento sanitário e de efluenteslíquidos industriais

� Rede elétrica, distribuição e iluminação

Está prevista para o Distrito a implantação de redes dedistribuição aéreas com um total de 92,5 km de extensão.Quanto à iluminação pública, esta totalizará 114,5 km e seráinstalada no canteiro central das vias de circulaçãorodoviária do Distrito, fixadas em postes de aço.

� Projeto urbanístico e paisagístico.

O projeto paisagístico do empreendimento incluirá aimplantação de corredores verdes em várias áreas doDISJB. O projeto terá objetivos de natureza funcional,ecológica e paisagística. Assim, o projeto visará areutilização do solo que será gerado nas operações deescavação e movimentação de terra com vistas àrecuperação das áreas degradadas já existentes e das queserão modificadas pelas obras.

Rede Elétrica

Estação de Tratamento de Esgoto

Page 17: Audiência Pública do RIMA

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental13

Descrição do Empreendimento

Page 18: Audiência Pública do RIMA

Descrição do Empreendimento

Na escala regional, a localização do novo distrito respondeuà perspectiva expressa na Constituição Estadual de que sepromova a desconcentração espacial da indústria e omelhor aproveitamento das potencialidades locais eregionais do território estadual. Assim, seu planejamentolocacional procurou considerar alternativas fora da RegiãoMetropolitana do Estado.

Além deste aspecto, a decisão locacional tomou emconsideração fatores logísticos e de viabilidade ambiental.

No que diz respeito à logística, o Rio de Janeiro oferecevantagens comparativas em relação a outros estados, pelapossibilidade de ter pólos industriais próximos aos portos,facilitando os fluxos de matérias primas e produtos das

ALTERNATIVA

FORA

DARMRJ

ÁREA DERETROPORTO

DISPONIBILIDADEÁGUA

SUPRIMENTODE ENERGIA

BACIA AÉREAVIÁVEL

Porto de Angra sim não não sim não

Porto de Sepetiba não não sim sim não

Porto do Rio deJaneiro

não não não sim não

Porto do Açu sim sim sim sim sim

Análise Regional de Alternativas Locacionais

Na escala local, a análise considerou as alternativas delocalização existentes nas proximidades do Porto do Açu.

Considerando-se a posição do porto e dos núcleos urbanosconsolidados de São João da Barra, as possibilidades delocalização do Distrito ficaram restritas ao polígonolimitado pela faixa costeira, bairro de Grussaí, localidade deBarra do Açu e canal Quitingute.

A primeira alternativa considerada para assentamentoindustrial em torno do Porto foi a área localizada entre estee o bairro de Grussaí. Nesta área havia a disponibilidade daFazenda Caruara, vizinha ao Porto, com cerca de 5 milhectares. Esta, tinha como principal atrativo a vizinhançaimediata do Porto, e a grande dimensão em uma únicapropriedade. Contudo, os estudos preliminares realizadosmostraram se tratar de área com grande sensibilidadeambiental por abrigar os mais expressivos remanescentes

indústrias. Por isso um novo pólo industrial no estadodeveria considerar a proximidade aos porto existentes.

Quanto à viabilidade ambiental analisou-se no estudo dasalternativas, principalmente, a disponibilidade de grandesáreas de retroporto para implantação das indústrias, comdisponibilidade de recursos hídricos e suprimento deenergia e capacidade de suporte ambiental, especialmentede bacia aérea.

Analisando-se os portos existentes do Rio de Janeiroverifica-se que a localização junto ao Porto do Açu é a queatende com maior propriedade aos fatores de decisãolocacional acima enumerados, conforme sintetizado noquadro a seguir.

de vegetação de restinga da região.

Em vista disto, esta área foi descartada para fins deimplantação de indústrias, tornando-se destinada aimplantação de uma Unidade de Conservação da Natureza.Com isto, a escolha recaiu basicamente sobre áreassituadas atrás dos terrenos do Porto e da Fazenda Caruara,entre estes e o canal Quitingute.

Porto do Açú

Por que São João da Barrafoi escolhido para o DISJB?

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Page 19: Audiência Pública do RIMA

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental15

Descrição do Empreendimento

Mapa de Localização do DISJB e seu Entorno

Page 20: Audiência Pública do RIMA

Para as necessidades de água do Distrito, cuja vazãomáxima será de 10 m /s, foram estudadas três fontesalternativas de abastecimento: água subterrânea, água domar e água superficial.

Para este consumo, os resultados dos estudosapresentados no EIA demonstraram que a utilização de águasubterrânea comprometeria o aqüífero local. No caso deutilização de água do mar, embora seja disponível emgrande quantidade, a análise concluiu que para o processode dessalinização (remoção de sal da água) haveria altoconsumo de energia e conseqüentemente maiores custospor metro cúbico de água, adicionado ao alto custo deinvestimento do processo. Assim sendo, estas duas fontesde abastecimento foram descartadas.

Verificou-se, por outro lado, que a necessidade desuprimento do distrito é 35 vezes menor que adisponibilidade de água do rio Paraíba do Sul no ponto decaptação, o que confere segurança operacional para ofuncionamento do DISJB.

Assim, o suprimento do DISJB por este rio foi avaliadocomo a melhor alternativa a ser adotada, considerando asegurança de fornecimento para as futuras indústrias, oscustos de implantação/operação e a manutenção daqualidade ambiental.

3

Dado o grande volume de material requerido paraconstituição dos aterros necessários à implantação dasinfraestruturas do DISJB, aproximadamente 44 milhões demetros cúbicos, a avaliação das alternativas tecnológicaspara a sua construção levou em consideração a obtenção devolume de tal magnitude em áreas terrestres e marítimas.

Assim sendo, para o projeto do Distrito Industrial de SãoJoão da Barra, a utilização do material escavado do canal daUnidade de Construção Naval –UCN, cujo licenciamentoencontra-se em curso, foi a alternativa consideradaprioritária para obtenção de material para o aterro, tendo emvista que a construção desse canal implicará na escavaçãode um volume de 65,2 milhões de metros cúbicos. Destaforma será evitada a importação de materiais de outraslocalidades, o que geraria novos impactos sociais eambientais, como interferências com o tráfego, riscos deacidentes ou pressões adicionais sobre jazidas. Ressalta-se que, se necessário, o aterro do Distrito poderá sercomplementado com material escavado do canal Campos-Açu e/ou material arenoso proveniente de dragagemmarítima.

Rio Paraíba do Sul

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Descrição do Empreendimento

Por que utilizar águado rio Paraíba do Sul ?

Que alternativas foram avaliadaspara construção do aterro?

Page 21: Audiência Pública do RIMA

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental17

A implantação do DISJB ocorrerá em etapas ao longo de 4,5anos, iniciando pelas obras de construção da adutora quecaptará a água de abastecimento para o Distrito. Nos anosseguintes serão construídas as infraestruturas internas e ocanal Campos-Açu.

As áreas do DISJB serão liberadas para início de obrasomente após a emissão das licenças ambientais. Ostrabalhos serão iniciados pela limpeza do terreno, comretirada de vegetação, seguido de terraplanagem eaterramento.

Serão construídos canteiros de obras, prevendo-se umCanteiro Central, que ficará situado dentro do Distrito; umCanteiro de Apoio, próximo a adutora; e Pátios paraEstocagem de material e estacionamento de máquinas.

Para a execução dos canteiros, serão instaladosprovisoriamente contêineres que servirão de apoio para o

desenvolvimento dos serviços de construção dos canteirosdefinitivos. Os canteiros provisórios estarão equipados combanheiros químicos para tratamento dos efluentessanitários que serão esgotados por caminhão limpa fossa.

O Canteiro Central conterá a central de concreto, usina deasfalto, fábrica de pré-moldados, escritórios, cozinha erefeitório, área de depósito de resíduos, estações detratamento de água e esgoto, etc. Esse canteiro terásuprimento de água industrial feito por caminhões pipa epoço artesiano. O suprimento de água potável serárealizado com a utilização de garrafões de água mineralnatural. O sistema de comunicação será feito por meio detelefonia celular e rádio de comunicação.

Todos os canteiros serão implantados em áreaspreviamente aterradas com elevações que possam garantira segurança quanto a possíveis inundações e serãoprovidos de alimentação elétrica por geradores a diesel.

Descrição do Empreendimento

Como será feita a implantação das infraestruturas do DISJB?

Page 22: Audiência Pública do RIMA

�Gestão Ambiental do DISJB

CondomínioIndustrial.

Conselho de AdministraçãoEnte Gestor

Marco

A gestão ambiental da fase de operação doempreendimento será vol tada ao controle eacompanhamento dos impactos gerados pelo uso dasinfraestruturas comuns do DISJB, por parte das indústriasque venham a se instalar no mesmo. Além disto, serávoltada ao controle e acompanhamento dos efeitoscombinados da operação das futuras indústrias,estabelecendo para as mesmas exigências tecnológicas eregulamentos operacionais, que garantam o bomdesempenho ambiental DISJB como um todo.

Para que as ações de gestão possam ser realizadas, o DISJBserá administrado na forma de um

Tão logo esse Condomínio seja constituído,será criado um e instituídoum do Condomínio.O Conselho serácomposto por representantes do governo, pela LLX e outrasempresas As relações que se estabelecerão entre asfuturas indústrias e o Ente Gestor para a gestão ambientaldo Condomínio Industrial serão orientadas por um

Descrição do Empreendimento

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Ecologus Agrar

Como o DISJB será Operado?Regulatório Ambiental – MRA que fará parte daconvenção condominial.

Assim, o MRA estabelecerá diretrizes a serem plenamenteobservadas, sob funções de compromissos assumidaspelas futuras indústrias, inicialmente perante LLX Açu e,quando instituído, perante o Ente Gestor do DISJB, bemcomo perante os órgãos públicos competentes.

Entre outras, são propostas pela LLX Açu as seguintesdiretrizes para compor o MRA:

Promover o máximo de reutilização dos resíduos nospróprios processos industriais;

Otimizar a demanda por matérias primas, água eenergia;

Reduzir a devolução de resíduos à natureza(efluentes, resíduos e emissões);

Reduzir o impacto ambiental dos sistemasindustriais, integrando-os ao ambiente;

Priorizar o uso das melhores práticas e tecnologiasde controle ambiental disponíveis.

Page 23: Audiência Pública do RIMA

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental19

Descrição do Empreendimento

� Gestão da Qualidade do Ar, EmissõesAtmosféricas e Sistemas de Controle

As infraestruturas do DISJB não possuem por si só,características de geração de emissões atmosféricas.Assim, as emissões atmosféricas na fase de operação doDistrito estão associadas basicamente à operação dasindústrias que venham a se instalar no mesmo.

O sistema de gestão da qualidade do ar prevê a implantaçãoprogressiva de uma rede de monitoramento de qualidade doar e meteorologia, que permita verificação dastransformações na região, à medida que evolua a ocupaçãodo DISJB. A este sistema deverão integrar-seprogressivamente, os sistemas de controle emonitoramento de emissões a serem implantados eoperados pelas indústrias.

Além do monitoramento integrado caberá ao Distrito acoordenação de ações preventivas relacionadas ao tráfegonas vias internas, de maneira a reduzir problemas depoluição atmosféricas, originados por emissão veicular,arrasto de particulado no transporte de cargas, entre outros.

Equipamento de Amostragem de Poluentes do Ar

�Emissões Sonoras e Sistemas de Controle

As infraestruturas do DISJB não possuem por si só,características relevantes de geração de ruídos. Portanto,as emissões sonoras associadas à fase de operação doDistrito referem-se basicamente à operação das indústriasque venham a se instalar no mesmo.

Quando de seus respectivos licenciamentos ambientais asindústrias deverão prever a emissão de ruídos de seusequipamentos e avaliar os impactos destas nas áreasexternas de maneira a adequar seus projetos aos requisitosda Norma Brasileira e da legislação ambiental.

O DISJB contará com um sistema de monitoramento deruídos que permitirá avaliar o desempenho global doDistrito sobre o nível de ruídos das áreas adjacentes.

Equipamento de medição de ruído

Page 24: Audiência Pública do RIMA

Descrição do Empreendimento

�Recebimento dos Efluentes Líquidos Industriais

Os efluentes industriais serão previamente tratados pelasindústrias para disposição no sistema coletor do DISJB,especifico para este tipo de efluente, sendo conduzido paradisposição oceânica pelo emissário submarino do Distrito.

Para que este sistema opere em condições de perfeitaconformidade ambiental prevenindo impactos de qualidadeno corpo receptor, o recebimento dos efluentes industriaisserá gerenciado segundo protocolo de verificação egarantia da qualidade dos efluentes tratados, antes do seulançamento na rede coletora.

�Qualidade do Efluente Industrial para Lançamento

O tratamento dos efluentes industriais constitui obrigação eresponsabilidade das indústrias geradoras, sendonecessário que o efluente tratado atenda aos padrõesestabelecidos para descarte de efluentes em corpo receptormarinho, em conformidade com a legislação vigente.

Os efluentes de qualquer indústria somente poderão serdescartados através do emissário submarino, sendovedada qualquer outra forma de descarte.

Estação de Tratamento de Efluentes Industriais

A ETE do Distrito será operada de forma que seus efluentesatendam a norma NT-202-R10, sendo monitoradas quantoà eficiência de tratamento, conforme DZ-942-R7.

Os esgotos tratados serão encaminhados ao emissáriosubmarino para descarte juntamente com os efluentesindustriais tratados.

Tendo em vista que os esgotos sanitários não serão tratadosnas indústrias, não se prevê que estas contemplem em seusprojetos premissas de reuso dos mesmos. Contudo, estapremissa poderá ser incorporada ao sistema de esgotossanitários operada pelo DISJB, uma vez que talprocedimento se mostre viável ao longo da consolidação daocupação do distrito.

� Esgoto Sanitário

A operação do sistema de esgoto sanitário do DISJBatenderá tanto as instalações administrativas do Distrito,como as unidades industriais nele instaladas.

O sistema contará com rede coletora independente, tiposeparador absoluto, que receberá o esgoto produzido pelasindústrias. Para garantir a independência entre os sistemasde esgotos sanitários e demais sistemas de efluentesdentro das instalações fabris, estas deverão submeter seusprojetos a administração do Distrito e serão inspecionadasna fase de implantação. Alem disso, os fluxosencaminhados ao sistema do DISJB terão registrosistemático de volumes, que permitira a detecção deanormalidade em relação às vazões típicas de cada unidadeindustrial.

Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário

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Page 25: Audiência Pública do RIMA

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental21

�Drenagem de Águas Pluviais

A captação e o tratamento das águas pluviais contaminadasnas áreas industriais serão de atribuição de cadaempreendimento integrante do condomínio industrial. Aresponsabilidade neste tema integrará os compromissos aserem assumidos pelas futuras indústrias quecondicionarão sua admissão no condomínio industrial,conforme diretrizes a serem fixadas no do MarcoRegulatório Ambiental - MRA do DISJB.

As futuras indústrias deverão projetar seus sistemasinternos de drenagem pluvial, de modo a separar as águascom possibilidade de contaminação das nãocontaminadas. Deverão dotar os sistemas águas sujeitas àcontaminação de dispositivos para a retenção temporáriada drenagem, de forma a possibilitar o controle emonitoramento dos fluxos quanto ao grau de contaminaçãoeventual.

As águas pluviais em áreas sujeitas à contaminação poróleo deverão ser obrigatoriamente encaminhadas a caixasseparadoras de água e óleo (SAO), com a devida remoçãoda fração de óleo separada, e a transferência da fraçãoaquosa para tratamento na Estação de Tratamento deEfluente Industrial própria.

A água pluvial coletada nas demais áreas não sujeitas àcontaminação, poderá também ser contida de forma a serutilizada como água de processo, contribuindo assim pararedução do consumo de água industrial proveniente do rioParaíba do Sul.

Para prevenir a descarga de águas pluviais contaminadasdas indústrias no sistema de macrodrenagem do distrito, ossistemas de drenagem pluvial destas, serão inspecionadospela administração durante a fase de instalação eesporadicamente em auditorias na fase de operação.

�Gestão de Resíduos Sólidos

A gestão dos resíduos sólidos gerados pela operação dasinfraestruturas comuns do DISJB será realizada pelo EnteGestor, que para tanto adotará políticas de redução,reciclagem e reuso além de executar todos osprocedimentos mandatórios de gestão resíduos, previstona legislação.

Não está prevista na concepção do Distrito infraestruturaspara tratamento ou destinação final de resíduos. A gestãodestes pressupõe a terceirização de serviçosespecializados de coleta seletiva, transporte e destinaçãodos resíduos de responsabilidade do Condomínio. Nesteprocesso o gerenciamento de resíduos do distritoprivilegiará destinações para empresas de reciclagem ereuso, implementando assim as linhas de sua políticaambiental.

As empresas gerenciarão seus respectivos resíduos, dentrode seus sistemas próprios de gestão ambiental,observando protocolos a serem estabelecidos pelo MarcoRegulatório Ambiental - MRA, quando da criação doCondomínio Industrial. Ao DISJB caberá a supervisão dossistemas de gestão de resíduos das indústrias.

Descrição do Empreendimento

Tubulação de Drenagem

�Operação do Sistema de Abastecimento de Água

O DISJB será responsável pela operação da captação deágua no rio Paraíba do Sul. Será captada uma vazão de10m³/s. O Distrito será responsável também pela operaçãoda estação de tratamento e pela distribuição às indústrias.A gestão do DISJB focalizara diretrizes e regulamentos paraque as indústrias adotem tecnologias eficientes para o usoracional da água.

Page 26: Audiência Pública do RIMA

LegislaçãoLegislação

O exame da legislação ambiental mostra que sobre oempreendimento incidem diretamente mais de 50diplomas legais, entre leis, decretos e resoluções da esferafederal, estadual e municipal.

Pode-se observar também que a maior parte das leisincidentes sobre o empreendimento foram promulgadasdepois do ano 2000, o que indica a existência de umambiente legal/institucional mais atualizado e melhorcapacitado para lidar com o licenciamento de umempreendimento como o Distrito Industrial de São João daBarra.

O Distrito Industrial de São João da Barra foi instituído peloDecreto Estadual nº 41.585/2008. De acordo comzoneamento e uso do solo estabelecidos na Lei do PlanoDiretor Municipal editada em 2008, a área de implantaçãodo empreendimento está integralmente inserida em Zonade Expansão Industrial.

Para a atual fase do empreendimento, na qual estáocorrendo o seu licenciamento ambiental, ressaltam-sealgumas normas de grande importância que devem serobservadas:

A Lei Federal nº 6.938/81, que estabelece a PolíticaNacional de Meio Ambiente;

As Resoluções CONAMA 01/86 e 237/97 que regulamos procedimentos e definem as responsabilidades dolicenciamento ambiental para todo o Brasil;

Lei Estadual nº 42.159/2009, que estabelece oSistema de Licenciamento Ambiental.

Lei Estadual nº 1.356/88, que dá regras para olicenciamento ambiental no Estado do Rio de Janeiro,

inclusive sobre a elaboração, análise e aprovação doEIA/RIMA.

Deliberação da Comissão Estadual de ControleAmbiental - CECA/CN 4.888/07, que define a forma deg r a d a ç ã o d o s i m p a c t o s a m b i e n t a i s d oempreendimento identificados no EIA/RIMA, paracálculo da Compensação Ambiental;

Plano Diretor do Município de São João da Barra - LeiMunicipal nº 050/2006, revisado pela Lei Municipal n°115/2008, que estabelece o zoneamento do territóriomunicipal de acordo com as perspectivas do municípiopara o desenvolvimento do uso do solo.

A Resolução CONAMA nº 428/2010, que trata daautorização do órgão responsável pela administraçãode Unidades de Conservação para licenciamento deempreendimentos nas Zonas de Amortecimento dasUCs.

Assim, para que haja concordância plena doempreendimento com o interesse público é necessário quetodas as fases do seu desenvolvimento, desde oplanejamento e licenciamento ambiental, até suaimplantação e operação levem em consideração as normasambientais aplicáveis, vigentes no país, no estado e nomunicípio.

É importante ressaltar que a responsabilidade de conduzir oprocesso de licenciamento ambiental do DISJB cabe aoInstituto Estadual do Ambiente (INEA). Isto se deve ao fatode os impactos ambientais serem limitados ao território doestado e não se tratar de tipo de empreendimento cujacompetência de licenciamento é privativa da União.

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Corredor Logístico

O Corredor Logístico (CL), planejado pelo governo doEstado do Rio de Janeiro, pode ser considerado um dosprincipais empreendimentos futuros para a região. Suaimplantação é indispensável para melhorar a logística detransportes na região e permitir a plena operação do CLIPA,criando uma articulação independente entre a BR-101 e aárea, desafogando assim as vias locais e agilizando osfluxos de transporte. Corresponde a uma faixa de 400m delargura e 38 km de extensão entre a BR-101 e o DISJB, comárea total de 1.667 hectares, onde estarão incluídas arodovia, a ferrovia, as linhas de transmissão de energiaelétrica, o gasoduto e outras utilidades.

Embora tal obra não possua ainda início previsto, o caráterde urgência da mesma nos planos governamentais estáexplicitado no Artigo 4º do Decreto nº 42.676. Estudos

Planos e Programas ColocalizadosPlanos e Programas Colocalizados

preliminares indicam que o Corredor Logístico poderia serconstruído em aproximadamente três anos, sendo que suasrodovias poderiam ficar disponíveis em prazo menor, decerca de 18 a 24 meses. De qualquer sorte, com base noArtigo 3º, alínea II do Decreto 42.653 de 08/10/2010, aimplantação de Corredores Logísticos no Estado do Rio deJaneiro depende de licenciamento ambiental, o qual aindaserá iniciado.

15m

UTILIDADES

15m

UTILIDADES 12

2%3%

12

12

2%

12

GASODUTO

53.875m30m30m10.625m

FERROVIA

7.125m

FERROVIA

230m

100m

LT 500kVLT 345kV

60m

LT 138kV

20m

Limite de Faixa deDesapropriação

42.875m

Limite de Faixa deDesapropriação

3%

170m

Consolidação do CLIPA

Na região considerada está prevista a instalação de diversosempreendimentos que farão parte de um ComplexoIndustrial (CLIPA), que contará com tipos diversificados deatividades como Usinas Siderúrgicas (duas), UsinasTermoelétricas (uma a gás e a outra a carvão), umMineroduto e o Porto do Açu com seu Pátio Logístico.Também fará parte desse Complexo Industrial, o DistritoIndustrial de São João da Barra (DISJB), objeto desteestudo, e um Corredor Logístico ligando o DISJB a Camposdos Goytacazes.

Entre os planos e projetos governamentais que incidemsobre a Área de Influência, podem ser destacados:

Melhorias em Rodovias Federais

Melhorias em Rodovias Estaduais

Na região do empreendimento há duas rodovias federais, aBR-101 (norte-sul do Brasil), e a BR-356. Para a BR-101Norte (Rio-Campos) está prevista melhoria na estrada,instalações de mais praças de pedágio, além deduplicações em trechos específicos. Já na BR-356 sãoprevistas intervenções como a construção de acostamento,recapeamento e manutenção e a construção de uma pontesobre o rio Paraíba do Sul em Campos dos Goytacazes.

Pavimentação ou melhorias operacionais de trechos dealgumas rodovias estaduais como a RJ-178, RJ-196, RJ-204, RJ-224 e RJ-158.

Aeroporto do Farol de São Tomé

Atualmente o Heliporto de São Tomé já opera com asua capacidade total. Concluiu-se que a melhorsolução é a construção de um aeroporto no Farol deSão Tomé, com uma pista de pousu e decolagem(1500 x 30m) para aviões e quatro helipontos quepermitam dois pousos e duas decolagenssimultaneamente.

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental23

Page 28: Audiência Pública do RIMA

Reativação da Ferrovia Rio-Vitória

Ferrovia Transcontinental (EF 354)

Depois de três anos desativada, a linha tronco da antigaRede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), que liga os portos doRio de Janeiro e Vitória, passando por Campos, a FerroviaCentro Atlântica (FCA), foi reativada em junho de 2010. Areativação desta ferrovia se deu em função das demandaspor cargas para a indústria da construção civil.

As obras da Ferrovia Transcontinental, também chamada deEF 354, que dará acesso ao Oceano Pacífico, a partir de SãoJoão da Barra, devem começar em 2012, e a previsão é queterminem em um período de até quatro anos.

A construção dessa linha férrea atenderá aos interesses doagronegócio brasileiro de escoar a produção até o Pacíficoe, quando estiverem concluídos, os trechos serão licitadose ficarão sob responsabilidade da iniciativa privada.

Planos e Programas Colocalizados

PAC da Baixada Campista

O Projeto de Recuperação e do Plano de Administração,Operação e Manutenção do Sistema de Canais deDrenagem e Irrigação da Baixada Campista, tambémconhecido como PAC da Baixada Campista, é um relevanteprojeto de pesquisa e desenvolvimento na área dehidrologia e meio ambiente, realizado pela FundaçãoCOPPETEC para o Estado (INEA/COPPETEC, 2009). Asobras já iniciaram e são necessárias para a recuperação dossistemas de drenagem e irrigação da Baixada Campista,com objetivo de controle de cheias na região.

Estes sistemas de canais foram construídos a partir dadécada de 1930, pelo extinto Departamento Nacional deObras e Saneamento (DNOS) e, atualmente, encontram-seem situação precária de conservação com diversasobstruções, áreas assoreadas e dificuldades de operação.

Os sistemas de drenagem que compõem o projeto sãoMacaé-Campos, São Bento e Vigário, onde ocorrerãointervenções localizadas. Tais intervenções são voltadaspara a reversão do quadro de degradação dos corposhídricos, e são previstas obras de macro e mesodrenagem,que serão executadas tendo como metas a melhoria dascondições de fluxo dos cursos d'água e o controle decheias. Com isto espera-se beneficiar uma população deaproximadamente 530 mil habitantes, residente nosmunicípios de Campos dos Goytacazes, São João da Barra,Quissamã e São Francisco de Itabapoana.

Máquinas do PAC Campista no Canal de São Bento

Ferrovia Transcontinental (EF 354)

Existe uma perspectiva de serem conduzidas as obras daFerrovia Transcontinental, também chamada de EF 354, quedará acesso ao Oceano Pacífico, a partir de São João daBarra,

A construção dessa linha férrea atenderá aos interesses doagronegócio brasileiro de escoar a produção até o Pacíficoe, quando estiverem concluídos, os trechos serão licitadose ficarão sob responsabilidade da iniciativa privada.

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Planos e Programas Colocalizados

Criação do Parque Estadual da Lagoa do Açu

APA de Grussaí

Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN

O INEA pretende criar um parque estadual para protegeralagados rasos, na parte ao sul da lagoa do Açu. A áreaprevista para o parque possui 5.915 hectares e perímetrode 41,6 km. As localidades em seu entorno são: Babosa,Ponte do Trilho, Folha Larga, Quixaba, Xexé e Farol de SãoTomé. O heliporto de Farol de São Tomé é o vizinho ao sul.

A Área de Proteção Ambiental de Grussaí (APA) englobaem seus limites as lagoas do Taí, Salgada, Grussaí eIquipari.

Planeja-se a criação de uma Reserva Particular doPatrimônio Natural (RPPN) pela LLX na Fazenda Caruara.Esta área da abriga importantes remanescentes do

ecossistema de restinga no Norte Fluminense, sendotambém composta por trechos de restinga em regeneraçãoe por áreas antropizadas (em geral pastagens desativadas).Essa categoria de Unidade de Conservação permite oacesso público para atividades de recreação e turismo debaixo impacto.

As faixas marginais de proteção (FMPs) de rios, lagos,lagoas e reservatórios d'água são faixas de terra necessáriasà proteção, à defesa, à conservação e operação de sistemasfluviais e lacustres. Sua demarcação é competência doINEA.

As lagoas de Grussaí e Iquipari já foram demarcadas em2009; as demais - Taí, do Veiga, do Açu e Salgada, deverãoter as faixas marginais demarcadas em futuro próximo.

Demarcação de FMPs de Lagoas e Canais

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental25

Lagoa de Iquipari Vista a Partir da Fazenda Caruara

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Planos e Programas Colocalizados

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Page 31: Audiência Pública do RIMA

Definição dasÁreas de Influência

A Área de Influência do empreendimento correspondeàqueles locais que podem ser afetados pelos impactosambientais decorrentes da atividade do empreendimentoem suas diferentes fases.

Assim, foram definidas, de acordo com a legislaçãoambiental:

No entanto, o diagnóstico ambiental do EIA, incluiu umaárea mais abragente com objetivo de avaliar tambémquestões estratégias ligadas ao cenário futuro do DISJB.

Por isto, as áreas caracterizadas no EIA abrangem a BaixadaCampista até o litoral, incluindo o sistema de canais elagoas costeiras desta região, o baixo curso do rio Paraíbado Sul (próximo ao litoral) e a área marítima litorânea daRegião Norte Fluminense.

Para o meio socioeconômico, adotou-se como área deestudo os municípios de São João da Barra, Campos dosGoytacazes e São Francisco do Itabapoana, com ênfase emsuas localidades mais próximas ao empreendimento ousujeitas a influências específicas.

Área Diretamente Afetada (ADA) -

Área de Influência Direta (AID)

Área de Influência Indireta (AII)

onde ocorrem as intervenções(obras).

- onde ocorrem impactos diretos.

- onde ocorrem impactosindiretos.

Áreas terrestres

Áreas marítimas

O terreno onde serão implantadas as infraestruturas doDistrito Industrial de São João da Barra e as áreas A1 eA5, com aproximadamente 2.100 ha;

O traçado da adutora a partir do rio Paraíba do Sul até oDISJB, com extensão de aproximadamente 23 km;

O traçado do emissário para lançamento dos efluentesindustriais tratados, com aproximadamente 5,85km (naárea terrestre).

O fundo marinho na área de empréstimo marítimo(material para aterro – “jazida”);

O ponto de instalação da estrutura de conexão parabombeamento da areia para o terreno;

O fundo marinho, onde será implantado o emissáriosubmarino, com uma extensão de 4,73km (na áreamarinha);

Definição dasÁreas de Influência

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental27

Área Diretamente Afetada (ADA)

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MAPA DAS ÁREAS DIRETAMENTE AFETADAS - ADA

Definição dasÁreas de Influência

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Praia do Atafona

Áreas Terrestres

Áreas Marinhas

Áeas onde podem ocorrer interferências devido àimplantação e operação do sistema de drenagem, ruídos eemissões atmosféricas geradas pelo tráfego de veículos emovimentação de materiais:

Terrenos vizinhos delimitados ao norte pela rodoviaBR-356 e pela localidade de Grussaí, a oeste pelocanal do Quitingute, a leste pela SB-16 (paralela àpraia) e ao sul pela lagoa do Açu abrange o sistemalagunar inserido nesta área;

Para os impactos de ruído considerou-se o entornoimediato do terreno do Distrito que se econtrainserido na área acima;

·Esta delimitação geográfica também insere oimpacto das emissões atmosféricas (poeira e gases)da instalação e operação das infraestruturas doDISJB. No entanto foi considerada uma área maisampla, de 45 por 45km ao redor do DISJB, pois estaárea foi foco de um estudo do comportamento dedispersão das emissões associadas à operação dasfuturas indústrias no DISJB, para fins de avaliaçãoestratégica.

Áreas onde podem ocorrer impactos em decorrência deobras de dragagem, descarga de drenagem pluvial e aoperação de emissário submarino:

Em torno da área de empréstimo marítimo, na qualse dará a dispersão da pluma de sedimentos,durante a dragagem para exploração de areia;

Área de segurança marítima, delimitada por umafaixa de 500 metros de largura em torno da área deempréstimo marítimo;

Rota de deslocamento da draga nas obras;

Área de retorno da água do aterro hidráulico, duranteas obras;

Definição dasÁreas de Influência

Área em torno do ponto de descarga do emissáriosubmarino que conduzirá ao mar, após tratamento,os efluentes líquidos produzidos pelo DISJB aolongo de sua operação.

Foram considerados os impactos indiretos decorrentes dasintervenções do empreendimento no sistema demacrodrenagem da porção sul da Baixada Campista:

O espaço que abrange territórios delimitados aonorte pelo rio Paraíba do Sul, a oeste pelos canais doCacomanga e Campos-Macaé, a leste para estradamunicipal SB-16 (paralela a praia) e ao sul pelalagoa Feia;

O baixo curso do rio Paraíba do Sul onde será acaptação de água para suprimento do DistritoIndustrial;

Área de ocorrência do Aquífero São Tomé II: Planícelitorânea da Baixada Campista entre a margem direitado rio Paraíba do Sul e a região da Barra do Açu.

Foram considerados potenciais desdobramentos daconstrução e operação do emissário submarino, além deeventual atividade de dragagem e de bombeamento de areiapara o terreno do empreendimento:

O espaço litorâneo entre a foz do rio Paraíba do Sul eo Farol de São Tomé;

O espaço marítimo entre a linha de costa e a região,onde se insere a área de empréstimo marítimo.

Áreas Terrestres

Áreas Marinhas

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental29

Área de Influência para o Meio Físico

Área de Influência Direta (AID)

Área de Influência Indireta (AII)

Page 34: Audiência Pública do RIMA

Definição dasÁreas de Influência

Áreas Terrestres

Ecossistemas Aquáticos Interiores

Áreas Marinhas

As áreas já delimitadas para o meio físico abrangem ascaracterísticas necessárias para constituirem área deinfluência da fauna e flora. Isto é principalmente relevantepara a fauna terrestre que pode vir a se utilizar destas áreascomo refúgios (remanescentes de matas e lagoas/canais).

Foram considerados os ambientes lagunares e fluviaissuscetíveis às interferências: lagoa do Taí; lagoa de Grussaí;lagoa de Iquipari; lagoa Salgada; lagoa do Veiga; e lagoa doAçu, com seus ambientes rurais e trechos de vegetaçãonativa, assim como o canal Quitingute

.

Em torno da área de empréstimo marítimo na qual se daráa atividade de dragagem para remoção de areia, durante aobra;

Área marítima em torno do ponto de descarte da água deretorno do aterro hidráulico durante as obras;

Rota de deslocamento da draga entre a área deempréstimo marítimo e a costa , durante a dragagem;

A área marítima em torno do ponto de descarga doemissário submarino, durante a operação.

Foi definida, a mesma área descrita para o Meio Físico,delimitada ao norte pelo rio Paraíba do Sul, a oeste peloscanais do Cacomanga e Campos-Macaé, a leste pelarodovia municipal SB-16 e ao sul pela lagoa Feia. Destaforma, foi incluída a rede hidrográfica (canais e lagoas)existente

Considerou-se como área de estudo o espaço marítimolitorâneo da Região Norte Fluminense desde a foz do rioParaíba do Sul até o Farol de São Tomé e a área marinhaadjacente até a distância de, aproximadamente, 32 km dacosta.

Áreas Terrestres e Aquáticas Interiores

Áreas Marinhas

Canal do Quitingute

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Área de Influência para o Meio Biótico

Área de Influência Direta (AID)

Área de Influência Indireta (AII)

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Definição dasÁreas de Influência

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Rima - Relatório de Impacto Ambiental31

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Page 37: Audiência Pública do RIMA

Definição dasÁreas de Influência

além da alteração do ambiente social rural naslocalidades com potencial de atraírem e terem em sifixados grandes contigentes populacionais, comdestaque para todas as localidades de São João daBarra e dos Distritos de Mussurepe e São Sebastião,em Campos dos Goytacazes.

Compreende os municípios de Campos dos Goytacazes,São João da Barra e São Francisco de Itabapoana, que,futuramente com a plena ocupação do DISJB,sentirão astransformações sociodemográficas, produtivas eurbanísticas provocadas a partir da dinamizaçãoeconômica e da atração populacional esperadas. Taistransformações ocorrerão a partir da dinamizaçãoeconômica e da atração populacional, gerandocrescimento do emprego e da renda assim como pressãosobre a infraestrutura urbana.

Nota-se que o grau de transformação ao qual estarásubmetido São Francisco de Itabapoana dependediretamente da conclusão da ponte entre este município e ode São João da Barra.

Foram consideradas algumas localidades de São João daBarra, Campos dos Goytacazes e São Francisco deItabapoana onde poderão ocorrer transformaçõessocioeconômicas associadas ao empreendimento, taiscomo:

Mudanças no uso dos recursos naturais e alteração deatividades de sobreviência tradicionais econsolidadas, como a pesca e agricultura, comdestaque para as localidades de Atafona (em São Joãoda Barra); Farol de São Tomé (em Campos dosGoytacazes); e Gargaú, Guaxindiba e Barra deItabapoana (em São Francisco de Itabapoana) e ascomunidades agrícolas do 5° Distrito de São João daBarra;

Convívio mais intenso e contínuo com as atividades deconstrução e operação do DISJB ,devido àproximidade com destaque para as localidadesvizinhas ao empreendiemnto do 5° e do 6° Distritos deSão João da Barra;

Aumento da competição pelo uso de recursosterritoriais e de infraestrutura de serviços públicos,

Lagoa de Iquipari

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental33

Área de Influênciapara o Meio SocioeconômicoÁrea de Influência Direta (AID)

Área de Influência Indireta (AII)

Page 38: Audiência Pública do RIMA

Definição dasÁreas de Influência

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Page 39: Audiência Pública do RIMA

A região avaliada no EIA vem sendo intensamenteinvestigada desde 2006. Milhares de informações vêmpossibilitando um conhecimento aprofundado dosdiversos atributos naturais e socioeconômicos da região,incluindo os ecossistemas marinhos.

É oportuno destacar os seguintes estudos mais recentes:

Estudo de Impacto Ambiental da Unidade deConstrução Naval do Açu (2010);

Estudo de Impacto Ambiental da Siderúrgica TerniumBrasil (2010);

Estudo de Impacto Ambiental da Usina TermoelétricaPorto do Açu II (2010);

Estudo de Impacto Ambiental da Linha de Transmissãode 345 kV – Porto do Açu/SE Campos (2009);

Estudo de Impacto Ambiental da Usina TermoelétricaPorto do Açu I (2008);

Estudo de Impacto Ambiental do Pátio Logístico eOperações Portuárias Porto do Açu. (2008);

Estudo de Impacto Ambiental do Porto do Açu (2006);

Estudo de Impacto Ambiental do Mineroduto Minas-Rio (2006);

Relatório Ambiental Simplificado das Obras deDrenagem e Dragagem dos Canais da BaixadaCampista(2010).

Diagnóstico AmbientalDiagnóstico Ambiental

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental35

Page 40: Audiência Pública do RIMA

Panorama Geológico Regional

A Região Norte Fluminense é constituída por rochascristalinas do embasamento Pré-Cambriano, pelaFormação Barreiras e por depósitos colúvio-aluvionares,depósitos praiais eólicos, marinhos e lagunares edepósitos flúvio-lagunares.

A Planície Costeira do rio Paraíba do Sul, conhecida porBaixada dos Goytacazes ou Baixada Campista, que dominaa região, é composta por terrenos arenosos de terraçosmarinhos, cordões arenosos e campos de dunas. Suasuperfície tem ondulações suaves formadas porsedimentos que são trazidos pelo mar ou pelo vento.

Na AII do Distrito Industrial predomina a unidade geológicaDepósitos Praias Eólicos, Marinhos e Lagunares..

Potencial Mineral

O município de Campos apresenta substâncias como: águamineral, areia, argila, brita, diatomita, feldspato, gipsita,gnaisse, granito, mármore, magmatito, ouro, pegmatito,quartzo, saibro e turfa. Já o município de São João da Barrapossui substâncias como: brita, calcário, grafita, ilmenita,minerais pesados, monazita, rutilo, turfa e zirconita.

A produção da cerâmica vermelha concentra o maiornúmero de empresas e o maior volume de produção noEstado, situando-se em torno da rodovia RJ-216, que une acidade de Campos à vila de Farol de São Tomé. Há olarias ecerâmicas nas localidades rurais, destacando-se PoçoGordo, São Sebastião, Saturnino Braga, Barbosa eMussurepe.

Minério

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Geologia, Geomorfologia e Solos

Qualidade do Ar - Atualmente, a área de estudo possuiníveis satisfatórios de qualidade do ar para todos ospoluentes.

Como a região do DISJB que faz divisa com a ZIPA éconsiderada “Área Predominantemente Industrial” osruídos não devem ultrapassar os valores de 70 dBA paraperíodo diurno e de 60 dBA para período noturno. Já nasoutras partes do DISJB, por serem áreas de expansãourbana, os limites de ruído são de 60 dBA para períododiurno e de 55 dBA para período noturno.

Ruídos

maiores no verão, em torno de 27ºC, e menores no inverno,em torno de 21°C.

- A circulação atmosférica favorece predomínio deventos de NE no verão e ENE no inverno.

A umidade relativa do ar mantém-segeralmente elevada durante todo o ano, com média anualde 80%.

A média anual registrada nasestações MPX-Água Preta e Campos são semelhantes comvalores de 1016 e 1015 hPa, respectivamente. Na estaçãoPresidente Kennedy os valores são inferiores (média de1005 hPa).

Ventos

Umidade Relativa -

Pressão Atmosférica -

Clima e Qualidade do Ar

O clima da região é tropical quente e semi-úmido.

Observa-se na região umtotal de chuvas da ordem de 1.200mm e a ocorrência deaproximadamente 130 dias de chuva por ano. A estação daschuvas ocorre normalmente entre novembro e janeiro.

A temperatura média apresentapequena oscilação ao longo dos meses do ano, variandoem torno de 6°C do mês mais quente (fevereiro) ao mêsmais frio (junho). As médias mensais da temperatura são

Precipitação Pluviométrica -

Temperatura do Ar -

Meio FísicoMeio Físico

Page 41: Audiência Pública do RIMA

Observando-se uma área mais abrangente, na qual estáinserida a Baixada Campista, considera-se que essa regiãoé constituída por três grandes províncias geomorfológicas(que podem ser entendidas como as feições da superfícieda terra encontradas em uma dada área), são elas: RegiãoSerrana, Tabuleiros Terciários e Planície Quaternária.

A primeira é caracterizada pela serras que ficam ao fundo dapaisagem da Baixada Campista, a segunda pelas áreasplanas mais elevadas que fazem a transição entre as serras ea baixada, já a terceira é representada pela baixada e suasplanícies costeiras.

A área do DISJB está localizada na denominada ProvínciaQuaternária. Nesta província ocorrem as duas unidadesgeomorfológicas a saber:

ocupa a porção costeira da área e compreendeuma sucessão de feixes de restingas resultantes doempilhamento de cristas de cordões arenososlitorâneos de origem marinha e fluvial. Essas unidadesocorrem a sul e a norte da desembocadura do rioParaíba do Sul.

é representada pelos sistemas derelevo denominados Planícies Colúvio-Alúvio-Marinhas e Planícies Flúvio-Lagunares. É caracterizadapor sedimentação de interface entre ambientescontinentais e marinhos e/ou transicionais. A BaixadaCampista é uma baixada flúvio-lagunar isoladado dooceano pelas planícies costeiras, que juntas compõema planície deltaica do rio Paraíba do Sul.

Os solos encontrados na AID do Distrito Industrial sãoformados por cordões arenosos, sendo que o lençol deágua superficial (chamado de ‘livre’) é bastante raso - entre1,5 e 2,5 metros.

Os resultados das amostras de solo coletadas na área doDISJB mostram que ele é composto predominantemente

Feixes de Cordões Arenosos do Rio Paraíba do

Sul:

Baixada Campista:

Solos

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental37

Meio Físico

por areia média e fina, com baixas concentrações dematéria orgânica. Os resultados, que foram avaliados à luzda Resolução CONAMA 420/2009, também mostram que osolo está livre de contaminação. Os parametros que foramencontrados em maiores concetrações (alumínio, ferro,manganês e magnésio) são comumente encontrados emsolo similares. Isto tem relação com o fato de que a áreavem sendo utilizada para atividades agropecuárias, depequena escala, com ausência de fontes de contaminaçãoindustrial.

À medida que há um afastamento da linha de costa, há umadiminuição da presença de sedimentos arenosos nascamadas superficiais dos solos. Nas margens dos rios,onde se concentram os gleissolos, recomenda-se que seevite a urbanização, obras viárias ou disposição de resíduossólidos.

A região possui vulnerabilidade ambiental em relação àerosão dos solos ainda variando de baixa a alta, sendo maisbaixa conforme se aproxima da linha de costa e mais alta namedida em que se afasta. Apesar do relevo da área deestudo não ser favorável à ocorrência de movimentos demassa, a perda de solo se faz presente através da erosãoeólica (ventos) e fluvial (rios).

A quantidade de material que pode carrear depende daintensidade do vento, do tamanho das partículas e dosmateriais superficiais da área sobre a qual ele sopra. Nomunicípio de São João da Barra os ventos mais frequentessão os moderados e fortes, o que potencializa a erosão defato nesta área, tem-se a presença de dunas migratórias queocasiona problemas de soterramento e assoreamento daszonas litorâneas de São João da Barra. A migração daspequenas dunas é agravada ainda mais devido à intensaerosão que ocorre em Atafona e a deposição dossedimentos na praia de Grussaí. A velocidade da erosão deAtafona e deposição de sedimentos em Grussaí, variam deacordo com o período do ano, sendo mais intensa entrenovembro e março.

Processos Erosivos

Panorama Geomorfológico Regional

Page 42: Audiência Pública do RIMA

água doce e salobra (salinidade superior a 0,5 e inferior a30) como resultado da influência do mar.

Os canaisCacomanga e de Tócos apresentaram águas de péssimaqualidade, contaminação fecal e com grande quantidade delixo. É imprópria a balneabilidade nesses corpos hídricos.

Os resultados indicaram baixos teores deoxigênio dissolvido. Os canais São Bento I e II apresentaramáguas de baixa qualidade, com grande quantidade de lixo.Já nos canais Cambaia e Coqueiro as águas são de péssimaqualidade. Nos quatro canais a balneabilidade é imprópria.

O rio Doce/canaldo Quitingute se encontra na maior parte assoreado. Nocanal do Quitingute foi detectada a presença de óleos egraxas e também teor elevado de arsênio, o que pode estarrelacionado ao uso de pesticidas na região. Os canaisDegredo, Doce e Quitingute apresentaram águas em geralboas, embora com concentrações de arsênio acima doslimites. A balneabilidade é própria, mas com restrições.

Canais do Sistema Macaé-Campos -

Canais São Bento I, São Bento II, Cambaíba e

Coqueiro -

Canais Degredo, Doce, Quitingute -

Hidrografia (água superficial) – a Situação Atual e asMelhorias Projetadas

Qualidade da Água Superficial

Com a extinção do DNOS em 1989, a manutenção doscanais na Baixada Campista foi abandonada e as enchentespassarem a ser mais frequentes, gerando uma série detranstornos à população. Também foram potencializadosconflitos pelo uso da água dos canais. A rede de canais daBaixada Campista é frágil e complexa, pois apesar dasgrandes extensões dos canais primários (em média 50 km).

Para reduzir estes efeitos, o Governo do Estado, com apoiode recursos federais, está implementando o “PAC daBaixada Campista” já citado neste RIMA.

A qualidade da água dos canais e lagoas da área de estudoforam avaliados em relação à Resolução CONAMA357/2004

As águas dos canais apresentaram, de maneira geral,condições de água doce (contendo salinidade menor que0,5), enquanto as lagoas oscilaram entre condições de

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Meio Físico

Lagoa de Grussaí

Hidrografia, Hidrologia,Qualidade das ÁguasSuperficiais e Subterrâneas

Page 43: Audiência Pública do RIMA

Lagoa do Taí -

Lagoa de Grussaí -

Lagoa de Iquipari -

Lagoa Salgada -

Lagoa do Açu -

Foram detectados níveis elevados demanganês e zinco e de óleos e graxas. Suas águas são emgeral boas e a balneabilidade é própria, mas comrestrições.

É a lagoa com a qualidade da águaem pior situação. Concentrações de óleos e graxas foramdetectadas acima das concentrações recomendadas. Suabalneabilidade é imprópria.

Foram observados teores de nãoconformidade para alumínio, boro, cobre e ferro. Próxima afoz, a lagoa apresenta eventual não conformidade decoliformes termotolerantes devido à atividade turística. Suabalneabilidade é própria, mas com restrições.

Foram observados teores de nãoconformidade para boro, e cobre e ferro dissolvido, evalores detectáveis de arsênio, antimônio e lítio. Suaságuas em geral são boas e a balneabilidade é própria, mascom restrições.

A remoção da vegetação de restinga paraampliar o espaço urbano da Vila de Barra do Açu temaumentado o depósito de sedimentos no interior da lagoa,produzindo o assoreamento de seu leito. As suas águas são

Lagoa do Tai

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental39

Meio Físico

em geral boas, embora com concentrações de boro acimados limites de orientação. A balneabilidade é própria, mascom restrições.

Foram detectados valores de nãoconformidade para manganês e alumínio e ferro dissolvido.Também foi detectado um valor bastante elevado dearsênio. Suas águas são de péssima qualidade,apresentando contaminação fecal e grande quantidade delixo. Por isso a balneabilidade é imprópria.

�Lagoa do Veiga -

Lagoa do Açú

Page 44: Audiência Pública do RIMA

Caso seja necessário para aterro do terreno, a área deempréstimo marítimo localiza-se a cerca de 32 Km dacosta. Os resultados das análises realizadas nas amostrascoletadas na região demonstram que a área é livre decontaminação para todos os parâmetros previstos naResolução CONAMA nº 344/04. Antes da operação dedragagem na área de empréstimo para retirada da areia, serárealizada uma campanha de caracterização de sedimentos.

A temperatura varia de 15,5°C a28,5°C, apresentando pouca variação entre o verão einverno4.

A coluna de água apresentouprofundidade de penetração de luz variando em tornode 1,8 a 0,2 m.

A maré no litoral NorteFluminense é semidiurna, isto é, ocorrem duaspreamares e duas baixamares ao longo de um dia.

Devido à variação do alinhamentoda costa na região, a região como um todo podereceber ondas oriundas de sudeste até nordeste. Amaioria das ondas possui altura entre 1,0 e 2,0 m. .

A área apresenta uma variação desalinidade numa faixa de 32 – 36 e sem variaçõessazonais expressivas. Os baixos valores de salinidaderegistrados nesta área indicam que há uma influênciada descarga do rio Paraíba do Sul.

Os valores para a turbidez na área emanálise são baixos e com pouca variação.

Não foram observados valores acima dorecomendado

Temperatura -

Transparência -

Regime de Marés -

Regime de Ondas -

Salinidade -

Turbidez -

Coliformes -Medição - Qualidade da Água

Meio Físico

Qualidade do Ar

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Qualidade dos SedimentosMarinhos na Área deEmpréstimo Marítimo

Características das ÁguasMarinhas na Região

Page 45: Audiência Pública do RIMA

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental41

A Vegetação Original

Cobertura Vegetal e Uso Atual da Terra na Área deInfluência Indireta – AII

No século XVI, a baixada dos Goytacazes era coberta pormatas, grandes extensões de campos periodicamenteinundados, lagoas e extensa vegetação de restinga. Aregião de serras, colinas e tabuleiros era quase queintegralmente revestida por florestas.

A vegetação da baixada dos Goytacazes, é hoje uma dasmais descaracterizadas do Estado do Rio de Janeiro,devido ao histórico de ocupação por atividadesagropastoris e outras interferências causadas pelo homem.A paisagem atual é marcada por espaços agrícolas,pastagens, áreas urbanas, remanescentes dosecossistemas de restinga, brejos, canais artificiais e praias.

Os terrenos arenosos têm pouca aptidão agrícola, devido àscaracterísticas físicas dos solos. Mesmo assim, notam-sepastos e lavoura tradicional de reduzida produtividade. Jánas áreas de terreno mais baixo, úmido e com depósito dematéria orgânica, costuma-se cultivar olerículas,capineiras e frutíferas .

Ao longo da estrada RJ-240 são produzidos quiabo,maxixe, aipim, abóbora, pimentão, batata, berinjela,beterraba, milho, abacaxi, goiaba, coco e outros.

Nas divisas de propriedades e em meio ao pasto é comum aformação de cercas vivas com o plantio do aveloz ou

gaiolinha e com o crescimento espontâneo de jamelão,micume, capororoca, jenipapo e calombo.

Nas bordas e em alguns braços de rio ou lagoastransformadas em brejo, a presença da taboa é marcante, jáque as suas “fitas” são usadas para fins artesanais. Asmargens do canal do Quitingute são ocupadas em grandeparte por gramíneas e algumas palustres. Exceção a estapaisagem é um pequeno remanescente localizado ao fundoda localidade de Mato Escuro, onde há a presença marcantede Quixabeiras, o Ingá mirim, Figueira de pelo e algumaslianas.

Embora a agropecuária seja prática constante em toda aregião da restinga de São João da Barra desde o períodoColonial Brasileiro, remanescentes da cobertura vegetaloriginal e outros habitats importantes podem serencontrados. Estima-se que ainda existam cerca de 30% darestinga original, em diferentes estgios de conservação. Porexemplo, dentre os remanescentes de restingacaracterizados no EIA, a Fazenda Caruara localizada entre asLagoas de Grussaí e Iquipari apresenta o melhorremanescente de restinga da região, com diferentescompartimentos fisionômicos da restinga, brejos sazonaise duas lagoas (Iquipari e Grussaí) formadas por antigosbraços de rio. Outras áreas podem ser citadas como a áreano entorno do Porto do Açu, junto à margem da LagoaSalgada, canal e margens do Quitingute, incluindo a lagoado Tai, dentre outras.

Fitas de Taboa Secando ao Sol

Meio BióticoMeio Biótico

Vegetação

Page 46: Audiência Pública do RIMA

Cobertura Vegetal e Uso Atual das Terras na Área doDISJB

A cobertura vegetal na área onde se planeja instalar o DISJBé um mosaico de vegetação nativa em diferentes estágios deconservação alternados com áreas de cultivo e áreasabandonadas.

Cerca de 70% da área projetada para o DISJB está sobutilização agropecuária, dividida em dois modelos, umsobre cordões arenosos e outro na várzea do Quitingute comseus braços de rio, lagoas e brejos.

A fruticultura e a olericultura, quando presentes circundamas moradias ocupando o que localmente chamam dequintais, onde é comum o plantio de quiabo, maxixe, aipim,pimentão, entre outras. Em alguns períodos do ano podehaver, também, o cultivo de abacaxi, quiabo, mandioca, ououtra cultura que tenha resultado financeiro melhor.

A fruticultura, quando em áreas distantes das residências,está concentrada em duas espécies, abacaxi e o coco anão.

Sobre os solos de aluvião da várzea do Quitingute é comum oplantio de grandes áreas de milho, feijão, abóbora e maxixe.

Pequena Cultura de Quiabo

Plantação de abacaxi

Meio Biótico

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Rima - Relatório de Impacto Ambiental43

Na área do DISJB os remanescentes da cobertura vegetaloriginal de restinga estão concentrados no trecho ao longoda estrada do Cajueiro, normalmente isolado em meio acampos de pasto. É uma área com aproximadamente1.100ha (15% da área total do DISJB), em diferentesestágios de conservação, onde se encontra:

O componente herbáceo inundável ébastante comum nesta restinga. São frequentementeusados como pasto. São espécies comuns nestecompartimento capins ou grama como o tiriricão. Apresença de espécies exóticas de gramíneas é marcante,como o capim estrela.

São moitasconstituídas de arbustos, arvoretas e árvores entre 1,5m à8m. Seus frutos são muito apreciados pela avifauna. Nesteaspecto o micume tem papel destacado.

Apresenta umatransição entre o tipo arbustivo aberto não inundável e oherbáceo inundável. São características as moitas dediferentes dimensões e formas. No espaço entre as moitas,

Tipo Herbáceo:

Tipo Arbustivo Aberto não Inundável:

Tipo Arbustivo Aberto Inundável:

Meio Biótico

o solo é coberto por uma densa camada de gramíneas eciperáceas como o tiriricão e de pequenos arbustos como aflor roxa e o papagaio.

Na atualidade a planta mais utilizada é a taboa, seguido dasfrutas nativas tais como pitanga, guabiroba, araçá,bacopari.

Análise Conservacionista

Uso Local da Flora

Plantas Invasoras

Espécies Ameaçadas de Extinção:

Casuarina –

Flor de seda –

Jacquinia brasiliensis Mez, Theophrastaceae -

pode ser encontrada, cultivada ouespontaneamente, junto às praias, podendo ser vista emáreas de dunas, cordões arenosos e até em bordas debrejos, lagoas e rios.

pode ser encontrada nos domínios daFormação Reptante.

ocorrena restinga aberta não inundável.

Vegetação herbácea Inundavél

Page 48: Audiência Pública do RIMA

Panorama dos Habitats da AII

Em áreas bem estudadas, é possível determinar as espéciesda fauna de provável ocorrência através da análise doshabitats, observando-se o tipo de vegetação remanescente,o clima e a topografia e a altitude.

A área do Distrito Industrial é formada por manchas devegetação de restinga, entremeada por pastagens e plantiosde canaviais, maxixe, abacaxi, entre outros.

As transformações na paisagem no decorrer de mais dequatro séculos contribuiu para reduzir o contingentepopulacional da fauna silvestre na região.

Uso do Habitat e Composição da Fauna na AID

Restinga e Fauna Associada

Vista como um mosaico de habitats, a restinga ocorre emvariações que vão desde estrato herbáceo aberto afisionomias florestais abertas. Do ponto de vista faunísticoé impossível se dissociar a restinga da Mata Atlântica, umavez que, salvo os escassos endemismos, as espécies sãosimilares.

A restinga possui diversos casos de endemismos de hábitatpara o grupo dos anfíbios. Anuros típicos destes habitatssão o sapo-da-restinga, as pererecas-de-capacete e aspererecas-de-bromélia.

Os répteis são estrutural e fisiologicamente mais adaptados

ouriço-caixeiro - Sphiggurus villosus

Falsa Coral - Oxyrhopus trigeminus

Papa Vento - Polychrus marmoratus

Meio Biótico

aos ambientes da restinga. Na região, as espécies maiscomuns foram: lagarto-das-pedras ou calango, lagarto-lisoe o lagarto verde, entre outros. Do grupo das serpentes,jáforam descritas espécies como a boipeva, a corre-campo efalsa-coral.

Dentre os mamíferos registrados na área de restinga os maiscomuns foram o rato-do-mato e o ouriço-caxeiro.

Para a avifauna é comum a ocorrência das espécies: anu-preto, sabiá-do-campo, além de urubu, quero-quero,garça-vaqueira, asa-branca, ananaí, bem-te-vi e tico-tico-do-campo-verdadeiro.

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Fauna Terrestre

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Rima - Relatório de Impacto Ambiental45

Fragmentos Florestais e Fauna Associada

Originalmente, estes habitats abrigavam a maiordiversidade faunística, atualmente, as florestas estãopraticamente ausentes na planície aluvial, restandopequenos remanescentes servindo como refúgio paraanimais nativos que exploram os campos e as lavouras aoredor.

Foi observado o despejo de resíduos sólidos próximo àspropriedades rurais do local, o que contribui para que acomposição da fauna seja formada por espéciesgeneralistas, como as espécies urubu e gamb, dentreoutras.

Foram identificadas 61 espécies de aves. As espécies maiscomuns foram quero-quero, anu-branco e anu-preto,urubu, coruja-buraqueira, joão-de-barro, bem-te-vi,caminheiro-zumbidor e pardal.

Para mastofauna a capivara, ratazana, além do gambá-de-orelha-preta são comuns na região.

Há diferentes tipos de morcegos na região, sendo quealguns se alimentam de sangue (hematófagos), néctar,frutas, insetos e peixes. Algumas das espécies maiscomuns encontradas na região são o morcego-vampito-

Meio Biótico

comum, o morcego de cauda curta, morcego preto,morcego caçador, entre outros.

Com relação à herpetofauna as espécies maisrepresentativas foram a rã-cachorro, a rã-assobiadora, osapo-granuloso e a jibóia.

Entre o grupo dos anfíbios encontrados nesta área figuramespécies insetívoras noturnas como o sapo-cururu e a rã-assobiadora.

Nessas regiões de campo aberto é comum a ocorrência depequenos mamíferos, como os ratos e a preá. Outra espéciecomum na região é o ouriço-caxeiro.

A presença de lixo em algumas áreas atrai espéciessinantrópicas como o gambá e a ratazana. A presença deroedores fornece condições ideais para a jararaca e para ajibóia.

As áreas mais abertas com solo exposto e pequenas moitasde gramíneas são ocupadas pelo caminheiro-zumbidor, acoruja-buraqueira e o quero-quero.

Ambientes Campestres e Fauna Associada

Perereca Verde - Hipsyboas albomarginatus

Coruja Buraqueira - Athene cunicularia

Page 50: Audiência Pública do RIMA

Áreas Alagadas e Fauna Associada

A região do empreendimento possui uma grandequantidade de canais, brejos e lagoas. Nestes habitats sãoencontradas aves características. Os habitats alagados jápercorridos na região foram lagoa do Açu, lagoa Salgada,lagoa do Veiga e lagoa de Iquipari.

Entre as aves, podem-se relacionar as seguintes deocorrência registrada e provável na região.

podicipediformes (biguás, tesourão)

ciconiiformes (garças e socós)

anseriformes (patos e marrecos)

gruiformes (saracuras e frangos d´água)

charadriiformes (jaçanã, batuíras, maçaricos egaivotas)

falconiformes (falcões, gaviões e águias)

Canaviais e Fauna Associada

Um canavial é um habitat bastante inconstante, devido aoscortes periódicos da planta, forçando uma ocupação sazonalda fauna.

Exemplos de fauna associada a este ambiente são: preá,cachorro-do-mato, cutia, rato-do-mato e gambá.

Além disso, é registrada a ocorrência das espécies de avescomo rolinhas, juritis, anu-branco, anu-preto e o lagarto-teiú.

Sabiá - Turdus rufiventris

Gambá - Didelphis aurita

Meio Biótico

Hábitats Urbanos

Os espaços urbanos fornecem abrigos/refúgios a espéciesoportunistas e de grande plasticidade comportamental.

Podem ser citados exemplos de aves e morcegos que seadaptaram em ambientes rurais, como é o caso do anu-preto, anu-branco, quero-quero e o morcego-vampiro.

A arborização com espécies de figueiras assegura alimentotanto para sanhaços e sabiás, quanto para morcegos.

Em algumas regiões também é frequente a presença degambás que normalmente são atraídos pelos restos decomida.

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Espécies Relevantes para a Conservação

A seguir serão apontadas espécies da fauna consideradasrelevantes de acordo com seus atributos ecológicos e/oueconômicos:

perereca-de-capacete, perereca-verde e rã-manteiga -foram registradas em seis restingas, inclusive arestinga de Iquipari - São João da Barra;

lagarto-do-rabo-verde (incluído na lista de espécies dafauna brasileira ameaçada de extinção), o cágado-amarelo, jacaré-do-papo-amarelo e lagartixa-da-areia(incluídos na lista da fauna ameaçada do Estado do Riode Janeiro)

No grupo das serpentes, foram registradas na regiãotrês espécies de interesse médico: corre-campo, ejararaca;

A avifauna apresenta o falcão-peregrino, os maçaricos,a batuíra-de-bando, o baituruçu-de-axila-preta e aandorinha-de-bando;

Algumas espécies como a cateto (incluída na categoriadevulnerável na lista estadual) e o tatu-de-rabo-mole(incluída na lista estadual do Estado do Rio de Janeiro)são de provável ocorrência na região.

lagarto do rabo verde - Cnemidophorus littoralis

Meio Biótico

Eventos Responsáveis pela Redução da FaunaSilvestre

A região do empreendimento está inserida em áreas,originalmente, de restinga, que sofreram diversasalterações ao longo do tempo, de acordo com a ocupaçãohumana na região.

Os principais usos do solo destacados para regiãoforam:

Pastagens para criação de gado bovino, equino,caprino e ovino;

Cultivos de coco;

Lavouras temporárias de variadas culturas (porexemplo, o maxixe);

Plantios silviculturais de eucalipto e algumas poucasculturas de jamelão.

O predomínio nesta paisagem é de uma matriz depastagens, fato que contribuiu para modificação dacomposição das espécies de fauna, ao longo dos anos.Portanto, atualmente, existe o predomínio de espéciesgeneralistas, que se adaptaram à nova dinâmica impostapelo ambiente.

Page 52: Audiência Pública do RIMA

Na seção marinha caracterizada no presenteempreendimento os organismos que apresentam maiorrepresentatividade são crustáceos e poliquetas. Também seobserva uma comunidade fitoplanctônica tipicamentetropical. Na fauna marinha da região são observados gruposde cetáceos, quelônios e cardumes de peixes de grandeimportância para a pesca local.

- Em uma comunidade fitoplanctônicacaracterística de regiões tropicais, as diatomáceasapresentaram-se como o grupo mais representativo nasestações de coleta.

Os resultados indicaram os copépodascomo o grupo de maior frequência nas estações de coleta.

Observou-se a ocorrência das seguintesfamílias, espécies de peixes consideradas importantesrecursos pesqueiros para a região:

Engraulidae (manjubas e anchovas);

Haemulidae (cocorocas e roncadores); e

Scianidae (corvina).

- A Classe Bacillariophyceae (diatomáceas)apresentou a maioria dos registros.

- O grupo dos copépodos foi o maisfrequente nas amostras analisadas.

- Entre os valores de densidade totalregistrados para o ictioplâncton, 99 % foram relativos aovos de peixes, enquanto apenas 1 % dos valores foireferente a larvas de peixes. A família Scianidae foi a maisnumerosa.

Na área correspondente ao Rio de Janeiro, os grupos maisrepresentativos foram os crustáceos e poliquetas. A maioriados grupos ali registrados ocorreu principalmente entre100-200 m de profundidade.

Fitoplâncton

Zooplâncton -

Ictioplâncton -

Fitoplâncton

Zooplâncton

Ictioplâncton

Comunidade Planctônica na Área de EmpréstimoMarítimo

Comunidade Bentônica

Cocoroca - Haemulon plumieri

Corvina - Argyrosomus regius

Meio Biótico

Comunidade Bentônica na Área de EmpréstimoMarítimo

Peixes Ósseos

Pequenos e Médios Pelágicos

A classe Polychaeta foi o grupo mais abundante em númerode espécies e a classe Bivalvia caracterizou-se pelo maiornúmero de indivíduos nas estações de coleta.

Durante os estudos, o batipelágico Maurolicus stehmannifoi à espécie mais abundante com cerca de 25 % do totalcapturado, seguida pelo peixe-espada. Apesar de não haverespécies de peixes pelágicos em risco de extinção,algumas espécies de pequenos e médios pelágicos estãocorrendo sérios riscos de sobre-explotação, tais como asardinha-verdadeira, o pargo, a tainha e a anchova.

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Comunidades Marinhas

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Rima - Relatório de Impacto Ambiental49

Grandes Pelágicos

Peixes Cartilaginosos

Recursos Pesqueiros

Para o litoral norte do Rio de Janeiro são encontradas asseguintes espécies de grandes pelágicos: dourado,espada-preto, agulhão-branco, peixe-lua, dentre outros.

Há apenas uma espécie de grande pelágico, a albacora-laje(Thunnus albacares), classificada como espécie com“baixo risco/quase ameaçada”.

Na área de inserção do empreendimento, ocorrem asseguintes espécies de elasmobrânquios: raia-viola, cação,tubarão-azul, tubarão-martelo, entre outros.

Os recursos pesqueiros podem ser explorados, tanto deforma artesanal pelas populações ribeirinhas, como deforma profissional, utilizando barcos e equipamentosespecializados.

A área de estudo do empreendimento inclui diversos pontosde desembarque de relevância regional, como São João daBarra, São Francisco de Itabapoana e Campos dosGoytacazes na região Norte Fluminense.

Colônia de Pescadores

Boto-cinza - Sotalia guianensis

Meio Biótico

Destacam-se o peroá, a corvina, a pescadinha, o dourado, opargo-rosa e os cações como as principais categorias depeixes comercialmente explorados na região. No trecho decosta entre Farol de São Tomé e a foz do rio Itabapoana, énotável a abundância de espécies de camarão,principalmente, o camarão-rosa e o camarão-sete-barbas,o mais comum na área de estudo.

Tartaruga Cabeçuda - Caretta caretta

Tartarugas

Conservação de Quelônios Marinhos na Região

Cetáceos

Na costa brasileira, a tartaruga-cabeçuda ou amarela( ) é a espécie predominante. Sua desova estácompreendida principalmente na região costeira dosEstados do Rio de Janeiro até Alagoas.

Há uma base do Projeto TAMAR próxima aoempreendimento, no Farol de São Tomé (Campos dosGoytacazes/RJ), que é ativa apenas durante a temporadareprodutiva. Esta base monitora atualmente 100 km de praiae protege cerca de 900 desovas por ano.

As principais espécies ocorrentes na região doempreendimento são: o golfinho-nariz-de-garrafa, o boto-cinza e o golfinho-de-dentes-rugosos.

Caretta caretta

Page 54: Audiência Pública do RIMA

Meio Socioeconômico

Contexto Regional

A Região Norte Fluminense experimenta uma fase demudanças em seu dinamismo econômico que estáredefinindo seu papel no Estado do Rio de Janeiro, emvirtude das atividades de exploração e produção depetróleo na Bacia de Campos.

Os primeiros efeitos da instalação dos empreendimentosque irão compor o Complexo Logístico e Industrial do Açujá se fazem sentir no município em que será instalado - SãoJoão da Barra - e nos vizinhos Campos dos Goytacazes eSão Francisco de Itabapoana.

A implantação de um novo pólo de desenvolvimentoeconômico atrai a atenção de diversos setores de uma zonahistoricamente marcada por ciclos econômicos de declínio(com a consequente diminuição das oportunidades detrabalho) e pela evasão dos seus habitantes, especialmenteos das áreas rurais, em direção a centros urbanos

Meio Socioeconômico

extrarregionais.

A análise das dinâmicas socioeconômicas da AID (Área deInfluência Direta) permite identificar cinco subespaçossemelhantes sob o ponto de vista das relaçõesestabelecidas entre os recursos naturais e as atividadeshumanas, configurando cada um deles uma paisagemgeográfica distinta.

Na imagem da página seguinte, podem ser visualizados oslimites destes subespaços, bem como a distribuição sobreeles das localidades da AID e do sistema viário que asinterliga. Verifica-se também, nesta figura, a sobreposiçãodas área do Distrito Industrial ao território da AID, podendo-se observar que, em termos territoriais, o “Núcleo Agrícola”é a zona mais impactada pelo empreendimento.

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Meio Socioeconômico

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Rima - Relatório de Impacto Ambiental51

Page 56: Audiência Pública do RIMA

Núcleo Agrícola

É justamente nessa zona da AID que está prevista aimplantação do DISJB. De acordo com o Plano DiretorMunicipal de São João da Barra, uma grande zona do 5°Distrito daquele município – que forma expressiva partedeste subespaço – foi destinada ao uso industrial, uma vezque já se previa a instalação de uma área portuária eempreendimentos industr ia is na propr iedadetradicionalmente denominada “Fazenda Saco Dantas”.

De acordo com o censo demográfico de 2000, o 5° Distritode São João da Barra - que constitui parte expressiva doterritório do “Núcleo agrícola da AID” - possuía umapopulação total de 5.777 pessoas, dentre as quais 4.664residentes em áreas rurais e 1.113 em áreas urbanas. Issorepresentaria cerca de 80% de população assentada nomeio rural. De fato, as transformações em curso na regiãoainda não resultaram na mudança desse padrão. Ainda seobserva uma paisagem bastante rural nessas áreas ondeestão as seguintes localidades:

Campo da Praia

Campo de Areia

Cazumbá

Mato Escuro

Água Preta

Amparo

Bajuru

Barra do Jacaré

Palacete

Pipeiras

Sabonete

Vila Abreu

Azeitona

Capela São Pedro

Córrego Fundo

Quixaba

Segundo dados do último Censo Agropecuário (2006), o 5°Distrito de São João da Barra é formado por 1.480propriedades rurais de até 30 ha e 165 de tamanho maior.Isso indica um padrão de ampla distribuição, com cerca de80 % de propriedades médias e pequenas. As grandespropriedades são destinadas proncipalmente à pecuária,enquanto nas pequenas e médias o cultivo é maisdiversificado (abacaxi, quiabo, maxixe, aipim). Tambémsão relevantes as atividades extrativistas de aroeira, taboa ea pesca em lagoas.

O serviço de abastecimento de água consiste em um dosprincipais problemas estruturais do Núcleo Agrícola, pois

Campo de Areia

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Meio Socioeconômico

Mato Escuro

as localidades não contam com rede de abastecimentopúblico. A qualidade da água disponível, que vemprincipalmente de poços caseiros, é definida pelapopulação como ruim, apresentando cor amarelada echeiro desagradável.

O esgotamento sanitário é feito por meio da descarga doefluente em fossas. Esta zona segue a tendência nacionalno quesito do saneamento ambiental, isto é, suasdebilidades estão mais concentradas na coleta e tratamentode resíduos líquidos, enquanto já se encontra um poucomais estruturada na questão da coleta de lixo.

Alguns serviços públicos são disponíveis em apenasalgumas localidades, como agência dos correios e postode saúde. Alguns carecem de iluminação pública e ofertade telefones públicos, o que é agravado pelo fato de que hápoucos telefones fixos e que a área é precariamentecoberta por sinal de telefonia celular. O transporte coletivo,com itinerários e frequência insuficientes, também é umacarência importante desta região.

Page 57: Audiência Pública do RIMA

Faixa Costeira

Marcada pela posição geográfica junto ao mar e pelaexpressiva presença de sistemas lagunares e/ou alagadiçoslitorâneos, a faixa costeira tem localidades cuja formação econsolidação foram predominantemente determinadaspela atividade pesqueira. Ainda hoje, a pesca ocupaposição importante na base econômica e social destaregião, gerando numerosos empregos e uma atividadecomercial intensa nos locais de desembarque junto ao mar,além de atividades de subsistência relevantes em corposhídricos interiores que compõem o ecossistema costeiro.

A pesca marinha se desenvolve sob os tipos artesanal eindustrial, explorando mais de uma centena de espécies. Asprincipais espécies capturadas são o camarão sete-barbas,pargo, cações, dourado e anchova e as principais técnicasempregadas são o arrasto duplo, a rede de deriva “caída”, arede de espera de fundo “mijuada”, o espinhel, a vara comisca viva e a linha de fundo.

A pesca continental é por sua vez divida entre pesca desubsistência e artesanal. Esta pesca ocorre principalmentenas lagoas de Grussaí, Iquipari, Açu, Salgado e Taí e érealizada com o auxílio de pequenas embarcaçõesutilizando tarrafa e rede de espera.

Posteriormente, recebendo conexões viárias com centrosmais populosos (principalmente a cidade de Campos), estelitoral atraiu um desenvolvimento imobiliário intenso evoltado para a expansão de bairros de “casas de praia” –ocupados predominantemente por habitações de famíliasde média e baixa renda. Esta fase “veranista” dodesenvolvimento da zona hoje se sobrepõe, na paisagemurbana, ao pacato passado de “vilas de pescadores” daslocalidades costeiras, trazendo novas oportunidades econflitos em um quadro no qual sobressai a intensavariação sazonal da população presente, sendo o verãomarcado por uma população flutuante que ocupa asnumerosas casas de veraneio existentes.

Pescadores

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental53

Meio Socioeconômico

Page 58: Audiência Pública do RIMA

De um modo geral as localidades da faixa costeira sãoservidas pelo ensino público em todos os ciclos até oensino médio até mesmo em função de seu significativoporte populacional médio (no contexto regional).

A estrutura de atendimento à saúde é, no geral, consideradadeficiente pelos habitantes das localidades da faixacosteira, obrigando ao recurso frequente aos serviçosmédicos de média e alta complexidade somentedisponíveis nos hospitais de Campos dos Goytacazes.

Todas as localidades desta faixa contam pelo menos emparte com abastecimento público domiciliar de água,proveniente de sistemas de poços profundos e redesdistribuidoras, o que acontece em face não só de seu portepopulacional como também da importância econômicaregional da atividade turística. Contudo, há relatos de quesão usuais os episódios de falta de água nos períodos demaior população flutuante. Repetindo o padrãogeneralizado da AID, nenhuma localidade da faixa costeiraconta com rede de esgoto, que é direcionado na maioria dasedificações para fossas – limpas periodicamente pelasprefeituras municipais.

Atafona

Barra do Açu

Farol de São Tomé

Grussaí

Guaxindiba

Santa Clara

Gargaú

As seguintes localidades fazem parte da faixa costeira

Posto de Saúde em Gargaú

Atafona

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O ritmo de vida desta orla, que já adquire características dezonas urbanizadas, é motivo de preocupações dascomunidades locais com relação a temas como asegurança e as deficiências de infraestrutura em geral,notadamente nas temporadas de veraneio. A repercussãolocal das questões conflituosas envolvendo a pesca e osempreendimentos que interferem com o ambiente marinhotambém são motivos de preocupação. Igualmente o são,especificamente em Barra do Açu, as incertezasdecorrentes da falta de informação sobre asdesapropriações para implantação do DISJB, que afetamnegativamente a dinâmica do mercado imobiliário local.Pressões especulativas que encarecem os imóveis tambémsão localmente relatadas, principalmente em Atafona eGrussaí, aparecendo associadas ao Porto de Açu.

Page 59: Audiência Pública do RIMA

Zona da Sede Municipal de São João daBarra

A capital sanjoanense foi fundada no início do século XVII eexperimentou um apogeu em meados do século XIX, emgrande parte motivado por sua posição de sítio portuário eentreposto comercial na navegação que ligava o baixoParaíba do Sul aos demais portos da costa brasileira. Hoje,em seu perímetro e adjacências estão concentrados aadministração pública e as principais unidades dosserviços públicos (educação e saúde), comércio e serviçosprivados do município.

Além da sede municipal, segunda maior localidade da AID(menor apenas do que Campos dos Goytacazes),pertencem a este subespaço as localidades de Cajueiro,Degredo e Caetá, todas próximas ao traçado da BR-356 -principal via de acesso ao distrito-sede. Apesar deapresentarem traços em parte rurais, estas outraslocalidades são fortemente articuladas à capital municipal,da qual depende a principal parte de suas dinâmicassocioeconômicas. A zona da sede municipal de São Joãoda Barra possui 10.720 habitantes.

Concentrando a maior parte dos serviços públicos domunicípio, esta região tem na sede municipal atendimentoem todos os ciclos do ensino até o nível médio. Na saúde asituação não é diferente, estando concentrados nesta zonaos principais recursos hospitalares do município:Policlínica de São João da Barra, Santa Casa deMisericórdia, Posto de Urgência e uma Unidade Móvel deSaúde (UTI resgate). Além disto, a sede municipal contacom uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e um núcleo do

Centro de São João da Barra

Estação das Artes em São João da Barra

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental55

Meio Socioeconômico

PSF (Programa de Saúde da Família). Em Cajueiro hátambém uma UBS.

Esta região tem ainda situação favorável, no contexto daAID, em termos de suprimento hídrico, já que apenas alocalidade de Caetá não conta com água encanada de boaqualidade em nenhum de seus domicílios. Cajueiro eDegredo são quase inteiramente atendidos por redes deabastecimento de água, assim como a sede municipal. Acoleta e disposição de esgotos segue o padrão de virtualausência observado na AID, estando presente apenas emum restrita área da sede municipal.

O comércio e os serviços são as principais atividadeseconômicas desta área, e também as maiores geradoras deempregos.

Page 60: Audiência Pública do RIMA

Zona do Cinturão Canavieiro e Ceramista

Este subespaço, situado na parte leste da BaixadaCampista, teve sua ocupação consolidada de formafortemente ligada à atividade sucroalcooleira. Aslocalidades que compõem esse subespaço são asseguintes:

Babosa

Baixa Grande

Baltazar

Beira do Taí

Cambaíba

Campo Novo

Espinho / Olhos d'Água

Marrecas

Martins Laje

Mineiros

Mussurepe

Poço Gordo

Santo Amaro

São Sebastião

Saturnino Braga

Venda Nova / Montenegro

Baixa Grande e Saturnino Braga, situadas à beira da RJ-216, são localidades centralizadoras da dinâmica destesubespaço. Baixa Grande, Cambaíba e Barcelos destacam-se pela sua origem ligadas à usinas de açúcar e álcool.

Traço desta recente herança econômica é a presença aindahoje de vastas porções de canaviais que, intercaladas comsuperfícies de pastagens, dominam a paisagem da região,conforme se percebe visualmente percorrendo as estradaslocais.

Cambaiba

Canavial

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Com o fechamento de três das quatro usinas situadasdentro e em torno deste subespaço, e aproveitando apresença na mesma zona de boas jazidas de argila paraprodução de cerâmica vermelha, prosperou nas últimasdécadas um setor ceramista que conta com mais de 100unidades produtivas.

Os empregos remanescentes na agricultura canavieira e,agora, nas cerâmicas, são as principais fontes de renda dapopulação desta região, que também está ocupada, emparte expressiva, nos estabelecimentos comerciais e deserviços das localidades maiores, centralizadoras dasfunções urbanas.

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Page 61: Audiência Pública do RIMA

Na metade norte deste subespaço, onde se encontra amaioria das localidades, três pólos centralizam os serviçosde educação, oferecendo todos os níveis do ensino pré-universitário e sendo referência para os demais núcleos:Barcelos, São Sebastião e Saturnino Braga. Nesta região,apenas as pequenas localidades de Espinho e Baltazar nãocontam com estabelecimentos do primeiro ciclo do ensinofundamental. Campo Novo, Venda Nova e Poço Gordo têmescolas que atendem alunos até a 9ª série e são referênciasintermediárias para suas vizinhanças imediatas. Na metadesul, que tem povoamento mais disperso, Baixa Grande é alocalidade com maior centralidade no ensino, oferecendotodas as séries até o ensino médio e sendo referência paraas demais localidades em torno.

Esta região conta com abastecimento de água por redepública nas localidades de Barcelos, São Sebastião, PoçoGordo, Saturnino Braga, Baixa Grande e Santo Amaro,Cambaíba e Olhos d'Água (parcial). Em localidades comoBaixa Grande e Poço Gordo, a rede pública não atende todosos domicílios, muitos dos quais são obrigados a recorrer apoços caseiros. De modo geral, o serviço de abastecimentode água parece não atender adequadamente àsnecessidades da população e não há redes de esgoto.

O apreço à tranquilidade da vida, sem as pressões e odistanciamento interpessoal do ambiente urbano-metropolitano é um valor manifestado na maioria doscontatos locais mantidos, neste sub-espaço.

Ocupação Atual da ADA

Como se sabe, o terreno do futuro Distrito Industrial écaracterizado de maneira geral por uma vasta área plana

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental57

formada, em sua quase totalidade, por pastagens epequenas áreas de agricultura familiar, abrangendo trêslocalidades: Campo da Praia, Saco Dantas e Água Preta.

Na imagem da página seguinte pode ser observada aposição do perímetro do DI em relação às comunidades deseu interior e arredores, bem como ao sistema viárioexistente. São destacadas nesta imagem as concentraçõesmaiores e menores dos aglomerados rurais que constituemestas localidades, porém existem também ocupaçõesisoladas ou em agrupamentos muito pequenos fora destaszonas.

Já foi feito pela LLX na área um cadastramento fundiário esocioeconômico pela LLX que identificou um total de 581famílias ocupantes na área do distrito, entre proprietários delotes urbanos, possuidores de lotes rurais, moradoresinquilinos ou ocupantes de casas cedidas. A estruturafundiária do perímetro do futuro DISJB é composta por 389imóveis rurais, ocupando 6.876 hectares, o que significauma área média de 17,7 hectares por imóvel. Apesar dabaixa área média, a posse da terra na zona do DISJB érelativamente concentrada.

Na área de estudo é possível notar a atuação deorganizações sociais que se dedicam ao enfrentamento deuma grande diversidade de questões socioambientais, taiscomo: trabalho e renda, pobreza, ausência de infraestruturaurbana e de serviços públicos, meio ambiente, educação ecultura, esporte e lazer.

Organização Social

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Page 62: Audiência Pública do RIMA

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Page 63: Audiência Pública do RIMA

Unidades de Conservação

Todas estas UCs estão fora da Área de Influência doempreendimento.

As unidades de conservação da região, situadas maispróximas ao local do empreendimento, são as seguintes:

Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba –Quissamã

Parque Estadual do Desengano - Campos dosGoytacazes

Estação Ecológica de Guaxindiba - São Francisco deItabapoana

Parque Natural Municipal do Taquaruçu - Camposdos Goytacazes

Área de Proteção Ambiental da Lagoa de Cima -Campos dos Goytacazes

Área de Proteção Ambiental do Lagamar - Camposdos Goytacazes

Área de Proteção Ambiental da Lagoa da Ribeira –Quissamã

Área de Proteção Ambiental CEHAB (em Atafona) -São João da Barra

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Rima - Relatório de Impacto Ambiental59

Antes do início de qualquer atividade de construção noterreno do empreendimento, deve-se pesquisar apossibilidade da existência de sítios arqueológicos, quesão locais que apresentam vestígios de ocupação humanacomo estrutura de fogueiras, restos alimentares ecerâmicas, entre outros.

A pesquisa é importante para que, na eventualidade dadescoberta de qualquer vestígio arqueológico, oempreendedor possa estabelecer, antes de iniciar aconstrução, um Programa de Resgate Arqueológico.

A região considerada neste estudo abrange todo omunicípio de São João da Barra e parte de Campos dosGoytacazes, além de áreas de outros municípios próximos,situadas a uma distância aproximada de até 100 km doDISJB.

Entre as áreas protegidas estão as Unidades deConservação (UC), que podem assumir diferentestipologias, de acordo com sua função, as Áreas dePreservação Permanente (APP) e as Faixas Marginais deProteção (FMP), bem como os Criadouros de Animaispotencialmente afetados pelas atividades de implantação eoperação do empreendimento.

Espaços Territoriais Protegidos

Parque Estadual do Desengano

Espaços Territoriais Protegidos e

Patrimônio Histórico-arqueológico

Espaços Territoriais Protegidos e

Patrimônio Histórico-arqueológico

Por que Estudar aspectos arqueológicos da Área deConstrução?

Page 64: Audiência Pública do RIMA

Áreas Protegidas

Reserva da Biosfera

Área Natural Tombada da Foz do Rio Paraíba do Sul -

Áreas de Preservação Permanente (APP) -

Formações de Restingas

Manguezal

- Sua área abrange as florestas damata atlântica em 13 estados litorâneos. O ecossistema-tipo é caracterizado pela floresta úmida tropical, comcomponentes costeiras marinhas. A área deste estudo estáinserida no perímetro da Reserva da Biosfera nosmunicípios de São João da Barra e Campos dosGoytacazes.

Situada na divisa dos municípios de São Francisco deItabapoana e São João da Barra, com aproximadamente64ha, compreende a foz do rio Paraíba do Sul, incluindotodo o manguezal, bem como a Ilha da Convivência e asoutras ilhas vizinhas

estabelecidas por regulamentos específicos como oCódigo Florestal Brasileiro (Lei Federal nº 4.771/65), e asResoluções CONAMA 302/02 e 303/02. Neste estudo asAPPs referem-se às formações de restinga, aosmanguezais, às lagoas naturais e aos locais de reproduçãoda fauna silvestre.

- abrangendo a faixa mínima de300 metros, medidos a partir da linha de preamar máxima etambém quando recoberta por vegetação com funçãofixadora de dunas.

- Na região próxima ao empreendimento,

Desembocadura do Rio Paraíba do Sul

destaca-se o manguezal da foz do rio Paraíba do Sul.

- As margens das lagoas do Tai,Grussai, Iquipari, Salgada, Veiga e Açu constituem Áreas dePreservação Permanentes.

regulamentadaspelas Portarias da Superintendência Estadual de Rios eLagoas (SERLA) 261/97 e 324/03; se destina a proteger ocorpo hídrico.

A demarcação das FMP margeando os corpos d'água éatribuição do INEA. Nesse sentido a LLX, mediante atoadministrativo do INEA, demarcou as FMPs das lagoas deGrussaí e de Iquipari. Nestas áreas de FMP demarcada nãoserá realizada qualquer tipo de construção, e serárecuperada a vegetação, caso necessário.

Sendo a praia de Iquiparie outras, criadouros naturais de tartaruga, as mesmasencontram-se protegidas pelo próprio efeito da Lei Federalnº 5.197/1967, que dispõe sobre a proteção à fauna. Ogrupo EBX vem realizando monitoramento de tartarugas naregião há vários anos, criando um importante banco dedados.

- é a porção de floresta a ser mantida our e c o m p o s t a , e m c a d a p r o p r i e d a d e r u r a l ,independentemente da conservação das florestas e demaisformas de preservação permanente. Este espaço territorialprotegido foi criado em 1989 pela Lei 7.803.

Margens de Lagoas

Faixas Marginais de Proteção (FMP) -

Áreas de Desova de Tartaruga -

Reserva Legal

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Patrimônio Histórico-arqueológico

Page 65: Audiência Pública do RIMA

Patrimônio Paleontológico

Patrimônio Arquitetônico

Na AID do Distrito Industrial está situada a lagoa Salgadaque abriga as raras ocorrências de estromatólitos, que sãoum dos vestígios de vida mais antigos na Terra, construídaspor ação de bactérias em mares rasos e quentes. Destaforma constitui um sítio com natural vocação para apreservação e para pesquisa científica.

Pela grande importância destas ocorrências, a região dalagoa Salgada em breve deverá ser incluída pelo DRM/RJno Projeto de Caminhos Geológicos, que visa divulgarelementos da geologia do Rio de Janeiro dignos depreservação e de interesse para a pesquisa e estudoscientíficos.

O Norte Fluminense é uma das regiões de ocupação maisantiga do país, com um acervo de bens e locais históricosque vêm desde os primórdios da colonização, enriquecidoscom o período áureo da exploração canavieira.

Possui uma formação histórica rica e cheia dos maisdiversos acontecimentos tais como o movimento doabolicionismo, as visitas do imperador D. Pedro II, a lutarepublicana e a descoberta de petróleo na bacia campista.

A grandeza da agricultura canavieira encontra-sematerializada na paisagem do município através doscasarões e sedes destas fazendas.

O aparecimento da ferrovia, em 1837, transformou omunicípio em centro ferroviário da região.

São João da Barra apresenta importantes construçõeshistóricas, na qual se destaca a arquitetura religiosa.

Lagoa Salgada

Igreja em São João da Barra

No século XVII foi construída a Igreja Matriz de São JoãoBatista, a mais antiga igreja da cidade, na área central domunicípio.

No século XVIII, intensificou-se o transporte fluvial entre avila de Campos e o porto da Bahia, o que deu origem a umdesenvolvimento urbanístico na vila. A antiga Cadeia eCâmara, localizada no centro do município, se configuracomo único prédio remanescente do período colonial domunicípio de São João da Barra. O prédio é tombado peloInstituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(IPHAN) desde 1967. São João da Barra ainda possuiigrejas do século XIX

O Solar do Barão de Barcelos, localizado em Barcelos,construído em meados do século XIX, o Cais do Imperador,local onde desembarcou D. Pedro II e sua comitiva em 1847e 1883, e o Prédio do Fórum Municipal, localizado nocentro do município, são importantes prédios quetestemunham o desenvolvimento de São João da Barradurante o século XIX, na condição de escoadouro natural daprodução açucareira regional.

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Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental61

Espaços Territoriais Protegidos e

Patrimônio Histórico-arqueológico

Page 66: Audiência Pública do RIMA

A análise integrada foi desenvolvida com base noconhecimento gerado sobre os diversos temas quecompõem o EIA. Este item objetiva analisar a paisagem sobdimensão ecológica, geográfica e cultural e, desta formaidentificar os fatores mais relevantes, obtendo umacontextualização espacial de processos ecológicos e ainfluência do homem sobre o ambiente.

Assim, a seguir, é apresentada uma síntese sobre adinâmica dos ecossistemas, bem como a relação destescom o homem.

A região de estudo é delimitada por duas grandes unidadesgeotécnicas, denominadas restingas e alagadiços.

Vários canais de drenagem foram abertos no passado, natentativa de regularizar as frequentes inundações queocorriam na região e, ao mesmo tempo, em busca de umamelhor drenabilidade dos solos, transformando charcos empastos para o gado. Hoje, grande parte destes terrenosapresenta-se coberto por pastagens, culturas perenes ou

O Ambiente Continental

Caracterista da Região: Abundância de lojas, rios e canais

Análise Ambiental IntegradaAnálise Ambiental Integrada

temporárias e com ocupação urbana, incrementada massem infraestrutura adequada.

Sob o aspecto hidrológico, destaca-se a presença de variaslagoas muitas das quais são responsáveis pelodesenvolvimento da vegetação local.

A influência do sistema lagunar sobre as formaçõesvegetais é evidenciada na ocorrência de vegetação arbóreamais desenvolvida em trechos de maior disponibilidadehídrica.

De modo geral, a fauna associada às formações vegetaispresentes na área tende a ser homogênea, ou seja, asespécies encontradas são comuns à toda a área doComplexo Logístico - Industrial do Porto do Açu (CLIPA).

A biota aquática presente nos canais e lagoas da regiãotambém é caracterizada pela baixa diversidadeprincipalmente em função da eutrofização que ocorre namaioria dos corpos d'água, resultando na presença de algasque afetam o uso da água e contribuem para oassoreamento.

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Page 67: Audiência Pública do RIMA

O Ambiente Marinho

A importância do ambiente marinho para a presente análiseestá associada à área de empréstimo marítimo paraconstituição de aterro hidráulico e ao entorno do emissáriosubmarino.

Um fator importante na conformação do padrão desedimentação do fundo marinho é determinado pelosaportes continentais, especialmente os do rio Paraíba doSul. Os sedimentos fluviais lançados na costa,especialmente em períodos de grande vazão deste riodepositam-se ao longo de extensas áreas formando fundos

Análise Ambiental Integrada

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental63

lamosos próximos à linha de costa, que se entendem até aregião de Farol de São Tomé. Já na seção marinha, maisdistante da costa, é comum a presença de areias.

A fauna marinha está intimamente relacionada com apresença de águas de diferentes origens (salgada e doce –continental) e tipo de fundo.

Também ocorrem cetáceos e quelônios, que utilizam a regiãocomo parte de suas rotas migratórias. Igualmente comcaracterísticas migratórias observam-se cardumes de peixesmigratórios e de grande importância para a pesca local.

Características da água do mar na desembocadura dorio Paraíba do Sul (turva, devido aos sedimentos continentais

Page 68: Audiência Pública do RIMA

Interface Homem e Ambiente

A Região Norte Fluminense, onde se insere a área deinfluência do empreendimento é caracterizada por umadinâmica própria que a distingue das demais regiõesgeoeconômicas do Estado do Rio de Janeiro, tanto por suaevolução histórica como pela estrutura socioeconômicaque possui atualmente.

Os municípios de São João da Barra, Campos dosGoytacazes e São Francisco de Itabapoana, que configurama área de influência do empreendimento, sãohistoricamente articulados e interdependentes.

Campos dos Goytacazes sempre concentrou a riqueza daregião, mas a São João da Barra (que na época incluía oterritório de São Francisco de Itabapoana) era reservado umpapel destacado, de cidade portuária que sediavarepartições públicas associadas à atividade e residênciasprincipais ou de veraneio de inúmeras famílias importantesda elite canavieira.

Embora municípios de características agrícolas, ambostêm hoje como principal fonte de receita, a participação nadistribuição de royalties do petróleo produzido na bacia deCampos, à exceção de São Francisco de Itabapoana (quepossui o segundo menor IDH no Estado do Rio de Janeiro).

A diferença de porte entre os três municípios, seja na áreade seus territórios ou na magnitude de suas populações, faz

Olaria

Análise Ambiental Integrada

com que São João e São Francisco sejam fortementepolarizados pela cidade de Campos, à qual a populaçãosanjoanense e sanfranciscana recorre para grandevariedade de serviços, dentre os quais serviços médicos,comércio diversificado, educação técnica e superior entreoutros.

A relação das comunidades da área de influência com omeio ambiente possui cinco vertentes principais, quaissejam: uso agrícola, atividade ceramista, atividadepesqueira, turismo e uso urbano.

Na área onde hegemonizam as atividades agrícolas, nota-seque o ambiente é predominantemente modificado,ou seja,a paisagem natural encontra-se substituída por plantaçõese pela pecuária. Mas ainda é possível observar aspectosnaturais preservados.

Nas áreas ceramistas, a introdução das olarias modifica apaisagem, dando a elas um aspecto menos rural e maisindustrial. O ambiente circundante ainda lembra, todavia,as paisagens rurais observadas nos núcleos agrícolas,sendo seu solo cavado uma marca registrada da presençadas olarias.

A grande extensão do litoral e a presença do rio Paraíba doSul e das lagoas costeiras deram a esta região, condiçõespara o desenvolvimento de uma importante atividadepesqueira. Ocupando tradicionalmente a região litorânea,as comunidades de pescadores têm convividorecentemente com o fenômeno do turismo, que, por suavez, imprimem às localidades costeiras uma dinâmicasazonal de ganhos econômicos e perdas na qualidade devida pela pressão excessiva na infraestrututra urbana eserviços públicos.

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�Alteração da Qualidade do Ar

As emissões atmosféricas mais significativas acontecerãodurante a fase de implantação do DISJB e serão formadaspor material particulado e gases dos motores,movimentação de máquinas, veículos e equipamentos parapreparação do terreno, terraplenagem, aterros, além dotransporte de equipamentos.

A emissão de partículas se dará, basicamente, através doarraste pelo vento de materiais depositados sobresuperfícies expostas, e pelo trânsito de veículos. Já osgases serão emitidos pelos veículos e equipamentosacionados por motores de combustão interna.

As ações a serem tomadas para diminuir esse impacto nafase de implantação são principalmente preventivas,conforme descritas no Plano Ambiental de Construção -

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental65

NÍVEL CRITÉRIO (RUÍDO MÁXIMO ADMISSÍVEL) NBR10151/2000 PARA AS DIFERENTES ZONAS, EM DB(A).

Tipos de Áreas Diurno Noturno

Área mista, com vocação recreacional

70 60Áreas predominantemente industriais

60

55

Área mista, com vocação comercial e administrativa 55

65

Tipos de Áreas

Área estritamente residencial urbana ou de hospitaisou de escolas

45

Área mista, predominantemente residencial

35

55

Áreas de sítios e fazendas

50

40

50

Impactos AmbientaisImpactos Ambientais

PAC, especificamente no componente Conservação daQualidade do Ar.

Para garantia da eficiência das medidas propostas, tambémserá realizado o monitoramento das áreas vizinhas aoscanteiros ou junto às rotas de transporte (Programa deMonitoramento Meteorológico e de Qualidade do Ar).

Os critérios legais sobre os níveis de ruído são dados pelaResolução CONAMA nº 001/90, que estabelece que "sãoprejudiciais à saúde e ao sossego público, os ruídos comníveis superiores aos considerados aceitáveis pela NormaNBR 10.151, da Associação Brasileira das NormasTécnicas - ABNT", conforme o quadro a seguir.

�Alteração dos Níveis de Ruídos

Descrição dos ImpactosSobre o Meio Físico

Page 70: Audiência Pública do RIMA

O terreno do DISJB está situado na Área de Expansão Industrialdefinida pelo zoneamento municipal (Lei Municipal Nº115/2008 -São João da Barra). Todas as áreas ao redor do DISJB apresentam-se hoje sem ocupação residencial, sendo ocupadas por lotes ruraiscom pequena atividade agropecuária.

Durante a fase de implantação, a geração de ruídos resulta dautilização de equipamentos/veículos, como bate-estacas,retroescavadeira, motoniveladora, tratores. Este impacto estáassociado à realização de serviços de terraplanagem, construçõesdo canteiro de obras, montagem e instalação dos equipamentos,construção de infraestruturas, e tráfego de veículos.

Pelos estudos realizados até o momento, pode-se dizer que aregião do entorno do empreendimento convive, ocasionalmente,com níveis de ruídos elevados, vindos de fontes naturais, comovento e mar. Não é esperado que as obras do DISJB gerem impactosacústicos significativos nas localidades situadas no entorno, sendoportanto um impacto de baixa magnitude.

Já os ruídos da fase de operação do DISJB estão associados àsfuturas indústrias que se implantarão no Distrito. Para que as fontes

sonoras operem com níveis de desempenho ambiental iguais ou melhores do que aqueles considerados na avaliação doEIA, devem ser implementadas medidas de manutenção de veículos e equipamentos, bem como cumpridosprocedimentos operacionais que reduzam os níveis de ruído dos equipamentos. A eficácia das medidas de mitigação econtrole referidas deverá ser verificada através do Programa de Monitoramento e Controle de Ruídos a ser implementadonas fases de implantação e operação do empreendimento.

Barra do Açu

Impactos Ambientais

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Equipamento de Medição

Page 71: Audiência Pública do RIMA

�Perda de Solo Superficial (Top Soil)

Na preparação do terreno, a limpeza e a supressão davegetação são acompanhadas, por vezes, da remoção dacamada de solo superficial, chamada de top soil, em funçãode questões geotécnicas. Nesta hipótese prevê-se que osolo seja estocado para uso futuro, por exemplo, empaisagismo ou revegetação.

Os procedimentos previstos para as obras podem levar àperda desse material devido ao aterramento direto semremoção prévia da camada e/ou remoção inadequada,misturando camadas mais profundas com a camada de solosuperficial.

Para diminuir esta perda prevê-se algumas medidas,tais como:

Transportar e empilhar o material somente nas vias eáreas autorizadas;

Remover o top soil com maquinário apropriado paraeste fim;

Aproveitar as sementes e o material orgânicoexistentes para recomposição de ambientesdegradados.

Reduzindo assim a perda deste recurso ambiental, torna-seeste impacto de baixa magnitude.

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental67

�Indução de Processos Erosivos

A fase de implantação do empreendimento demandará umasérie de atividades que modificarão as condições atuais do

Caracteristica do terreno, baixa declividade

Impactos Ambientais

terreno. Essas atividades referem-se à limpeza da área comretirada da cobertura vegetal, obras de terraplanagem paraconstrução do aterro e para abertura de vias de acessos,instalação do canteiro de obras, escavação de fundaçõesetc.

O terreno do DISJB apresenta uma estrutura arenosa, combaixa declividade, o que favorece a infiltração das águaspluviais. Estas características naturais indicam uma baixavulnerabilidade do terreno a processos erosivos. Porém,com a remoção da vegetação que cobre atualmente o solo ecom o andamento das obras poderá ocorrer odesencadeamento de processos erosivos e transporte dematerial para cursos d'água.

De qualquer maneira, esses efeitos tendem a ocorrer nasimediações das áreas expostas, sendo facilmente evitadoscom medidas de controle durante as obras.

Espécie de cacto típica de restingas

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Interferência com Drenagens Naturais

Interferências na Drenagem da ADA

Interferências na Drenagem da AID

Durante a execução de aterros, linhas de drenagem (cursosd'água) poderão ser interceptadas, ocasionandorepresamentos de água das chuvas ao longo dos corpos deaterro.

Para evitar este impacto, os aterros no interior do DISJBserão munidos de estruturas provisórias de drenagem paradirecionar adequadamente os fluxos de água entre as áreasbaixas, de maneira a evitar a formação de áreas alagadas.

Além disto, o sistema de drenagem será projetado de modoa proteger os terraplenos contra erosão, garantir atrafegabilidade das vias, assim como manter as áreas decanteiro de obras e frentes de serviço em boas condiçõesoperacionais, coletando e conduzindo essas águas deforma segura até o corpo receptor, ou linhas de drenagemnaturais.

Após a implantação do DISJB, extensões de terreno serãoimpermeabilizadas devido à implantação de pavimentos,construção de edificações etc. Também os aterros poderãoimplicar na supressão de caminhos naturais de drenagemde chuvas.

Por estes motivos, as modificações permanentesestabelecidas pela implantação do Distrito irão modificar o

Impactos Ambientais

padrão atual de drenagem da área, aumentando avelocidade do escoamento das chuvas a partir das áreasimpermeabilizadas, concentrando e intensificando asvazões que irão atingir os corpos hídricos.

Dada a grande área de drenagem das bacias da região, oencaminhamento das águas de chuva para o canalQuitingute poderia ocasionar a sobrecarga deste, gerandoáreas de alagamento a jusante dos pontos de descarga, masum estudo realizado pela COPPETEC (INEA/COPPETEC,2009), mostrou que o canal Quitingute, somado ao trechofinal a ser construído do canal Campos-Açu, temcapacidade para escoar adequadamente as vazõesacrescidas pelo aporte do Distrito, mesmo em condiçõesde grandes chuvas. Portanto, não são esperados impactosda implantação do Distrito sobre as condições de drenagemde suas áreas de entorno.

O projeto de macrodrenagem do Distrito abrange amitigação de impactos sobre os sistemas de drenagemlocais. Contudo cabe ressaltar que a condição básica paratal mitigação é a implantação do trecho final do canalCampos - Açu, que além de promover a melhoria dascondições de drenagem em toda a bacia do Quitingute,viabiliza o recebimento de parte das descargas pluviais doDISJB.

Por este motivo, a implantação deste trecho final de canal,previsto no projeto do Governo do Estado, será realizadapelo empreendimento do DISJB, e terá papel mitigador paraeste impacto.

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Tubulação

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Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental69

�Movimentação do Solo Durante a Limpeza ePreparação do Terreno, Escavações para Construçãodo Canteiro de Obras e Demais Estruturas

Ainda na fase de instalação as intervenções no solo doDISJB e sua consequente desagregação mecânica, apesarda baixa vulnerabilidade da região a processos erosivos esua topografia plana, pode resultar em carreamento de solopara os cursos d'água durante a ocorrência de chuvas. Talocorrência poderia modificar temporariamente a qualidadede sua água aumentado a turbidez, além de contribuir para oassoreamento dos corpos hídricos.

Para prevenir tal impacto os terraplenos conformadosdurantes as obras de aterros e terraplanagem serão dotadosde dispositivos de proteção para encaminhamento daságuas de chuva, reduzindo com isto a erosão dos taludes.

Os efeitos descritos tendem a ocorrer nas imediações dasáreas expostas, sendo assim facilmente evitados commedidas de controle durante as obras. Entre as medidas,cita-se:

Garantir que as atividades ocorram somente nosl o c a i s d e f i n i d o s p a r a a c o n s t r u ç ã o ,estabelecendobarreiras físicas em possíveis áreas derecebimento de aterro;

Evitar que os materiais oriundos da área doempreendimento extravasem para áreas conservadas;

Promover plantio de gramíneas nos taludes e cortesem solo como medida preventiva de processoserosivos.

Na fase de operação do empreendimento, o possívelimpacto sobre corpos hídricos está associado aoencaminhamento das drenagens pluviais conforme projetode macrodrenagem concebido para o DISJB.

O arranjo da rede de drenagem do CLIPA foi elaborado de talforma a conduzir o escoamento das diferentes bacias dedrenagem das seguintes formas:

Diretamente para o oceano através da lagoa do Veigae sua interseção com o canal da UCN;

Impactos Ambientais

Para o canal Quitingute, em três pontos a montante daconfluência com o trecho final do canal Campos-Açu,que deságua no mar através do canal da UCN;

Diretamente na calha do trecho final do canal CamposAçu.

Com esta configuração o sistema de drenagem não possuiligação com as lagoas Grussaí e Iquipari. Cada uma dasbacias possui uma saída independente, tornando sua redede drenagem isolada das demais.Portanto, em situaçõesnormais de operação, não são esperados impactos naqualidade das águas dos corpos receptores do sistema demacrodrenagem do DISJB.

Os impactos sobre a qualidade de tais corpos hídricosseriam de caráter potencial, uma vez que estariamcondicionados ao bom desempenho dos sistemas decontrole internos às indústrias ou às áreas de uso comumdo Distrito.

O acompanhamento da qualidade dos corpos hídricosdeverá seguir as orientações do Programa deMonitoramento dos Ecossistemas Aquáticos e Aquífero.

Preparação do Terreno

Page 74: Audiência Pública do RIMA

Alteração de Qualidade da Água Superficial (corposde água) e Subterrânea (lençol de água e aquífero)

Geração de Efluentes Líquidos, Oleosos, ResíduosSólidos e Esgotos Sanitários

Na fase de instalação, durante as rotinas do canteiro deobras, prevê-se a geração de resíduos oleosos nasatividades de manutenção dos equipamentos e veículospesados. Por isto, estas deverão ser realizadas em áreas dedrenagem controlada e observando-se os cuidadosdescritos no Plano Ambiental de Construção e Programa deGerenciamento de Resíduos e Efluentes. Estas áreassujeitas à contaminação serão dotadas de separadores deágua e óleo e caixas de decantação, sendo que os efluentestratados poderão ser reutilizados.

Ainda durante as obras, até que se tenha concluído aimplantação dos canais de macrodrenagem, os fluxos dedrenagem de águas pluviais livres de contaminação serãoconduzidos para as linhas de drenagem naturais do terreno.

Portanto, nesta fase, só ocorrerá algum impacto sobre aqualidade de corpos hídricos caso ocorra um vazamentoacidental.

Os efluentes da Estação de Tratamento de Esgotos docanteiro serão reutilizados para atender a demandas deágua de serviços da obra, tendo seu excedente, livre dequalquer contaminação, conduzido para descarte no canal

Quitingute. Por isto, não são esperadas alterações naqualidade de água do canal Quitingute em decorrência dodescarte dos efluentes sanitários tratados

Além da importância dos dois programas anteriormentecitados para evitar impactos, será realizado oacompanhamento da qualidade da água dos corpos de águado entorno do empreendimento, através do Programa deMonitoramento dos Ecossistemas Aquáticos e Aquífero,como forma de verificar a eficiência dos sistemas decontrole.

Outra questão que foi estudada no EIA, foi o risco devazamento de contaminantes pois poderia também causaralteração do lençol de água (aqüífero superficial), já que selocaliza próximo à superfície. Ou ainda, através dele, afetara qualidade das águas superficiais dos canais e lagoas quecircundam o terreno do Distrito Industrial.

Para avaliar este risco de contaminação do lençol de água,foi realizada uma modelagem em computador baseada emdiversos estudos de campo que vem sendo realizados deste2006. Os resultados indicaram que a velocidade detransporte de um contaminante no lençol de água é

Impactos Ambientais

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Estação de Tratamento

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Rima - Relatório de Impacto Ambiental71

Impactos Ambientais

extremamente lenta, o que possibilitaria tomar medidas decontenção e remediação bastante eficientes, casoocorresse algum vazamento acidental. Isto indica mais umavez a relevância de um sistema de detecção ágil através demonitoramento ambiental.

No que diz respeito ao aquífero confinado (fundo) não seespera risco de contaminação já que este se encontraseparado no lençol de água superficlal através de umaexpessa camada de argila impermeável. Mesmo assim, omonitoramento incluirá sua avaliação sempre quenecessário.

Na fase de operação o manuseio de produtos químicos,resíduos do tratamento de água (ETA) e do tratamento deesgotos (ETE), assim como a geração de efluentes líquidosda lavagem de filtros da ETA são aspectos que podemocasionar impactos de poluição acidental do solo e daságuas subterrâneas. Além disso, as atividades de coleta etransporte dos resíduos das unidades de tratamento sãotambém aspectos com potencial de contaminaçãoacidental.

Para mitigar este impacto são previstos alguns dispositivose procedimentos operacionais, como:

Operações envolvendo manuseio de produtosqu ím icos se r ão rea l i z adas em á reasimpermeabilizadas e dotadas de bacia decontenção;

Locais sujeitos a presença de resíduos oleososserão dotados de separadores de água e óleo(SAOs) de forma e impedir que fluxoscontaminados se dispersem sobre o terreno ousejam encaminhados para a drenagem pluvial;

Sistemas de acompanhamento;

Áreas pavimentadas e/ou cobertas, paraarmazenamento temporário com procedimentos degestão e controle de acordo com as normasespecíficas para a atividade.

Além destas medidas de prevenção de impactos, tambémdeverão ser seguidas as diretrizes ambientais do PlanoAmbiental de Gestão além da execução do Programa deMonitoramento dos Ecossistemas Aquáticos e Aquífero.

Trabalho de campo para o estudo do aquífereo

Page 76: Audiência Pública do RIMA

�Descarga de Água Salina do Aterro Hidráulico

Para a constituição do aterro será necessário o aporte degrande volume de material, estimado em aproximadamente44 milhões de metros cúbicos.

Uma opção viável, sob o ponto de vista ambiental e deengenharia, é o uso de material a ser escavado para aimplantação do canal da Unidade de Construção Naval(UCN). Outra possível fonte para aterro mecânico é omaterial a ser escavado para a construção do canal Campos-Açu.

Mesmo sob esta perspectiva, é possível que este aterro sejacomplementado por dragagem marítima. Esta alternativa deaterro hidráulico implicaria no lançamento sobre o terreno,de areia com considerável quantidade de água do mar.

Apesar dos dispositivos previstos no projeto para retornohidráulico da água para o mar logo após o lançamento doaterro, poderá haver infiltração de água salina no lençol deágua superficial, o que poderia provocar uma alteraçãotemporária na salinidade, assim como na qualidade de águados corpos hídricos. Estes impactos serão monitoradosdurante a obra conforme diretrizes proposta no Programa deMonitoramento dos Ecossistemas Aquáticos e Aquífero.Ressalta-se que o lençol de água e os corpos hídricos, comoas lagoas de Iquipari, Grussaí e Açu, apresentam variação desalinidade para condições de água doce e salobra, sendo

Impactos Ambientais

este, por si só, um fator que minimiza o eventual impactodescrito.

Uma das intervenções previstas na instalação do DISJB é aconstrução do trecho final do canal Campos-Açu. Por seconstituir em uma nova linha de drenagem, escavada emárea de lençol freático elevado, com sua cota de fundoabaixo do nível deste lençol, sua presença deveráestabelecer uma nova tendência no fluxo de escoamento doaquífero livre nas áreas vizinhas.

Para simular o comportamento da hidrodinâmica doaquífero livre com a construção do canal, este foiintroduzido em um modelo numérico de fluxo subterrâneo(simulação de computador). Pelos resultados dessassimulações é possível identificar que a abertura do canalinduzirá uma inversão no sentido de escoamento doaquífero na porção situada entre o canal e a lagoa Salgada.

Para que tal tendência seja controlada, o projeto prevê aconstrução de uma estrutura de controle de níveis, no pontode deságue deste na bacia da unidade de construção naval,que comunica-se com o mar.

Portanto, com a adoção deste mecanismo, não é esperadoque a construção do trecho final canal Campos Açuprovoque impactos relevantes de rebaixamento no nível doaquífero livre.

�Alteração na Hidrodinâmica do Aquífero Superficial

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Canal Campos Açu

Resultado do Modelo Mostrando o Padrão de Fluxo Sem e Com Influência do Canal Campos Açu

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Para o acompanhamento das condições hidrodinâmicas doaquífero livre e principalmente do nível de água da lagoaSalgada, deverá ser instalado sistema de medição de nívelnesta lagoa e rede piezométrica na área sujeita a inversão dosentido de fluxo, conforme orientações do Programa deMonitoramento dos Ecossistemas Aquáticos e Aquífero.

Este impacto refere-se à geração de pluma (mancha)decorrente de sedimentos de dragagem em área deempréstimo marinha (jazida), para o aterro hidráulico.

Ressalta-se que este impacto é avaliado contando-se com apossibilidade de utilização de alternativa de dragagemmarítima, mas que esta não é a alternativa prioritária noprojeto.

De forma geral, este impacto se manifesta na forma de umamancha de concentração variável de sólidos finos emsuspensão, que se forma durante o processo de dragagem,numa etapa conhecida como overflow.

Ressalta-se que a ressuspensão dos sedimentos durante aoperação de overflow vem sendo minimizada, pois asdragas modernas possuem um controle maior sobre estaoperação.

Para avaliar este impacto foram analisados os resultados deestudo de modelagem hidrodinâmica, cujos resultadosmostram que a dispersão das plumas de sedimentos ficarestrita basicamente à região da área de empréstimo, nasdiversas situação de ventos.

Tendo em vista a grande distância da costa (35 km) e apequena extensão e duração das plumas considera-se queeste processo não seja capaz de gerar impactos expressivosna qualidade das águas costeiras.

�Aumento da Turbidez na Coluna d'Água

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Rima - Relatório de Impacto Ambiental73

Impactos Ambientais

O controle dos procedimentos operacionais das atividadesde dragagem, será realizado através das diretrizes doPrograma de Controle das Atividades de Dragagem.

Para a operação do DISJB o sistema de tratamento previstopara efluentes industriais e esgotos domésticoscompreende a disposição oceânica conjunta, através deemissário submarino, após tratamento.

Serão instaladas duas redes receptoras destinadas àscoletas separadas dos esgotos domésticos para tratamentoe dos efluentes industriais a serem gerados nas instalaçõesfabris e nos prédios administrativos a serem implantados.Cada uma destas redes será provida de elevatórias de rede,ao longo de toda sua extensão.

Conforme previsto nas diretrizes do Programa de GestãoOperacional do DISJB, os sistemas de gestão de efluentesdas futuras indústrias deverão ser dotados de recursos quepermitam o controle de sua qualidade antes do lançamentona rede coletora do Distrito, de maneira que a entrada nareferida rede seja precedida de protocolo de verificação deconformidade.

Considerando o comportamento hidrodinâmico da área dedescarte, não se prevê interferência da zona de diluição deefluentes com a zona de balneabilidade. Para estaavaliação, foi realizada no EIA, uma modelagemmatemática.

Para verificar e controlar ao longo do tempo o desempenhodo sistema proposto, deverão ser adotadas medidas demonitoramento de qualidade da água na zona marítima deinfluência do ponto de lançamento, conforme diretrizesapresentadas no Programa de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e Aquífero.

A garantia das condições operacionais será provida pelaimplementação do Programa de Gestão AmbientalOperacional do DISJB. Este Programa configurará aoperacionalização do Marco Regulatório Ambiental – MRAsendo sua implementação de responsabilidade do EnteGestor do DISJB.

�Alteração da Qualidade de Água do Mar

Draga

Page 78: Audiência Pública do RIMA

Perda de Habitats e Espécimes Vegetais

Afugentamento da Fauna (Animais) Terrestre

O impacto sobre a vegetação ocorrerá como consequênciadas atividades de limpeza do terreno para implantação decanteiro de obras, terraplanagem e aterros.

A maior parte da área a ser suprimida para instalação dasinfraestruturas do DISJB e lotes 1 e 5, encontra-seantropizada (áreas ocupadas por pasto, cultivo de coco,eucalipto, lavouras) e apenas uma pequena parte é cobertapor tipologias de maior importância ecológica. Dos2.100ha de área, 300ha é de vegetação nativa de restingaem bom estado de conservação.

Como medidas de mitigação, são relevantes as atividadesde acompanhamento ambiental da supressão e o resgate deflora seguido de plantios de reposição de vegetação nativaem área localizada na região. Ações de controle ambientalconstantes no Plano Ambiental de Construção também sãorelevantes para conservação da fauna e flora.

As atividades de retirada de vegetação promoverão ainda aperda de habitats para os animais silvestres da região, alémda geração de ruídos que poderão afetar a fauna, conformeexplicado no próximo item.

As atividades necessárias para a implantação do DISSJpodem resultar no afugentamento da fauna devido àredução de habitats, bem como devido aos ruídos geradosna movimentação de maquinário pesado e pessoal.

De forma geral, a supressão de vegetação tem comoconsequência a modificação de ambientes necessáriospara o estabelecimento de populações de animais (fauna).Mesmo que a retirada da vegetação seja feita de maneiraseletiva e gradual, efeitos negativos podem ser sentidos

Tamanduá-mirim - tamandua tetradactyla

pela fauna, especialmente para aquelas espécies commenor poder de deslocamento ou mais sensíveis aperturbações.

As características dos ambientes (presença de pasto,culturas variadas etc) presentes no DISJB contribuem paraa modificação das espécies de animais que ali vivem.Portanto, atualmente, existe o predomínio de animais quese adaptaram a este ambiente modificado Já nas partesmenos degradadas é importante considerar a existência deespécies de importância ecológica.

Por isto, os animais serão relocados ou resgatados antesque a área seja suprimida. Alguns indivíduos, comoaqueles de espécies com menor mobilidade ou aqueles demaior importância ecológica, serão deslocados para áreasde soltura com características adequadas para suasobrevivência. Estas áreas serão monitoradascontinuamente, conforme procedimentos do Programa deResgate e Manejo da Fauna.

Impactos Ambientais

Tipo Herbáceo usado como Pasto

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Descrição dos ImpactosSobre o Meio Biótico

Page 79: Audiência Pública do RIMA

Afugentamento e/ou Atropelamento da Fauna(Animais) Terrestre

As atividades da fase de implantação do DISJB exigirão otransporte de pessoas e equipamentos que elevarão ovolume de tráfego, inclusive de veículos pesados, nas viasde acesso ao empreendimento.

O aumento do tráfego poderá ocasionar interferências sobreos animais terrestres, causando afugentamento e,eventualmente, aumento no número de atropelamento dafauna.

Considerando a existência de impactos à fauna terrestredevidos à retirada de vegetação, as ações de mitigação eacompanhamento devem ser realizadas de forma integrada,para proporcionar maior eficiência.

Prevê-se a realização de sinalização e organização dotráfego de caminhões, pessoas e maquinários, bem como ocercamento das vias (alambrados) de maneira a diminuirinterferência sob a fauna local. Também estão previstasações de acompanhamento (Programa de Resgate eManejo da Fauna Terrestre).

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Rima - Relatório de Impacto Ambiental75

Resgate da Fauna

Impactos Ambientais

Alteração da Biota Aquática

A geração de efluentes no canteiro de obras ou deoperações nas estações de tratamento da fase operacionalpoderá gerar efeitos sobre o ambiente aquático e, porconsequência, sobre sua biota aquática.

Na fase de implantação, os canteiros de obra contarão combanheiros químicos e uma ETE, o que garante os padrõesestabelecidos pela legislação ambiental, tornando oefluente gerado próprio para reutilização como água deserviço. O impacto real, neste caso, é decorrente dolançamento no canal do Quitingute de excedente deefluente tratado.

Já na fase de operação o impacto é potencial, uma vez queestá relacionado com riscos de acidentes durante omanuseio de produtos químicos, geração de efluentes dalavagem de filtros da ETA e de lodos da ETA e ETE.

Na fase de implantação, para assegurar a adequadaoperação dos sistemas de tratamento de efluentes, sãoprevistas ações específicas no Plano Ambiental deConstrução relacionadas ao seu Programa deGerenciamento de Resíduos e Efluentes.

Já para a fase de operação, para a avaliação do desempenhodos sistemas de tratamento e de armazenamento e descartede sólidos faz-se necessário a Programa de GestãoAmbiental Operacional do DISJB.

Ainda, deve ser realizado o acompanhamento da qualidadeda água dos corpos de água do entorno do empreendimentoe da biota, através do Programa de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e Aquífero.

Page 80: Audiência Pública do RIMA

Modificação na Estrutura das ComunidadesPlanctônica e Bentônica

Na fase de implantação do empreendimento, alterações naconcentração do material em suspensão podem sercausadas durante atividades pela dragagem ou pelasatividades de instalação da tubulação de recalque eemissário submarino.

Já na fase de operação, a disposição de efluente líquido(sanitário e industrial) tratado por emissário submarino e olançamento de drenagem em corpos hídricos (canalCampos-Açu, canal Quitingute, lagoa do Veiga e para omar) também podem influenciar a biota aquática presentenos corpos d'água considerados.

De forma geral, o aumento de turbidez ocasionado pelapluma (mancha) de sólidos em suspensão, bem como pelapresença de restos orgânicos, relacionadas com a entradade efluentes sanitário e industrial, poderá causar umasubstituição temporária das espécies planctônicas maissensíveis por espécies mais resistentes, conduzindo aalterações temporárias em termos de riqueza e abundânciade espécies.

O impacto físico, provocado pela dispersão de partículassólidas, também reduz a incidência de luz no ambiente, epode gerar alterações nos ciclos de vida dos organismos doplâncton. Por outro lado, o material em suspensão podetransportar nutrientes que beneficiam a produtividadeprimária.

Com relação às comunidades bentônicas, sua estruturaçãodepende de diferentes fatores, incluindo energia doambiente, morfologia do fundo e, principalmente, texturados sedimentos. No caso do empreendimento proposto,destaca-se que as principais interferências sobre essegrupo são relativas às alterações nas característicassedimentares de fundo, nos processos de sedimentação, na

Impactos Ambientais

hidrodinâmica local, e também na qualidade da água.

A colocação dos tubos para a instalação da tubulação derecalque poderá também ocasionar redução de organismosbentônicos por soterramento. As condições originais domeio serão alteradas de forma a proporcionar umareordenação no padrão de distribuição e abundância deorganismos, podendo gerar distúrbios a nível populacional.

Devem ser consideradas as medidas mitigadoras contidasno Plano Ambiental de Construção e Programa de Controlede Dragagem. Além destes controles e acompanhamentosoperacionais, propõe-se a realização de monitoramentoconforme Programa de Monitoramento dos EcossistemasAquáticos e Aquífero.

Durante a atividade de dragagem ocorrerá aumento namovimentação da coluna d'água e geração de ruídos peladraga. Estes fatores e as interações entre organismos dafauna nectônica e a embarcação poderão causar alteraçõescomportamentais, como afugentamento temporário dafauna nectônica.

Como medida principal, deve-se garantir que as operaçõesde dragagem ocorram somente nas áreas definidas. Esta eoutras condições são representadas no Plano Ambiental deConstrução e Programa de Controle de Dragagem.

Considerando a sensibilidade ecológica dos gruposcetáceos e quelônios, durante a fase de dragagem serãorealizadas as rotinas de acompanhamento, conformedeterminado no Programa de Monitoramento de FaunaAquática.

Para a área continental, o Programa de Monitoramento deFauna Aquática irá monitorar as comunidades de peixesque vivem nas lagoas e canais, determinando,periodicamente, a situação populacional de determinadasespécies.

Afugentamento Temporário da Fauna Nectônica

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Rima - Relatório de Impacto Ambiental77

Cultivo de Grãos ao lado da Margem do Quitingute

Impactos Ambientais

Alteração do Modo de Vida da População Local e dasFormas de Apropriação e Uso da Terra

A área do DISJB é atualmente ocupada por pequenas,médias e grandes propriedades agrícolas, e porresidências. Toda essa área, que compreendeaproximadamente 7.036 hectares está sendo objeto dedesapropriação, seguida de indenização e/ou realocação.

Segundo os estudos da LLX, na área há atualmente 581famílias proprietárias ou inquilinas de lotes, os quais sãoutilizados para fins residenciais e/ou produtivos.

Resumidamente, o impacto sobre os modos de vida eeconomia local encontram-se circunscritos pelo:

Rompimento de relações de vizinhança e comunitáriaexistentes;

Desestruturação de relações simbólicas dapopulação com o lugar;

Desestabilização da estrutura agrária local pelamudança dos padrões de apropriação da terra;

Interrupção de práticas locais de produção e desubsistência.

Como medida de mitigação inicial devem serestabelecidas ações de comunicação social, integradas aum Programa de Comunicação Social e Divulgaçãoparalelamente ao processo de negociação com osproprietários.

Já o processo de realocação deverá ser orientado por umPlano de Deslocamento, previsto no Programa deDeslocamento da População Ocupante das Terras Situadasna Área do Distrito Industrial, que contém premissas para arealização do processo com o menor impacto possível.

No geral, as expectativas geradas por empreendimentos danatureza do DISJB são variadas, gerando impressões tantopositivas quanto negativas.

As impressões positivas são associadas às oportunidadesabertas pelo empreendimento, principalmente geração deempregos e aumento da arrecadação tributária, com oconsequente aumento da renda local e regional, commelhorias na qualidade de vida da população residente.

Já as expectativas negativas estão relacionadas àsdesapropriações e relocações, aumento da pressão sobreos serviços públicos e sobre a dinâmica social, e piora dascondições de segurança pública, devido à atração de umgrande número de pessoas para a região.

Com relação à comunidade pesqueira, as principaispreocupações estão focadas na possibilidade de perda oude restrição de áreas de pesca, e também no risco deacidentes com embarcações e a consequente perda demateriais e instrumental de trabalho.

Em geral, estas expectativas negativas poderão sermitigadas pela implantação de um Programa deComunicação Social e Divulgação.

Geração de Expectativas Negativas para asComunidades Locais

Descrição dos Impactos Sobreo Meio Socioeconômico

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Impactos Ambientais

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�Geração de Emprego e Renda

A implantação do DISJB representará a consolidação deuma nova trajetória de desenvolvimento regional para oNorte Fluminense, respondendo à Política de Pólos deDesenvolvimento do Governo do Estado do Rio de Janeiro.Além de gerar empregos diretos nas obras, a simplesconstrução do DISJB poderá auxiliar na consolidação deempreendimentos locais que vêm começando a surgir emfunção do desenvolvimento industrial que se prenuncia nomunicípio de São João da Barra.

Para a fase de implantação do Distrito Industrial, encontra-se prevista a geração de até 9,7 mil empregos diretos nopico da obra (previsto inicialmente para julho de 2014).Somando-se ainda o potencial de geração de empregosindiretos, estima-se um impacto extremamente relevanteda oferta de postos de trabalho associadas aoempreendimento.

Portanto, a geração destes postos de trabalho representaum importante benefício para as populações locais e, parapotencializá-lo, alguns pontos devem ser observados, taiscomo:

Dar preferência a contratação de mão de obra local,conforme estabelecido no Programa de Mobilização,Capacitação e Desmobilização da Mão de Obra;

Promover parcerias com instituições de educaçãotécnica e superior em Campos e São João da Barra;

Divulgar previsões de médio prazo do perfil deemprego para orientação dos jovens em suasescolhas de áreas de formação, através do Programade Comunicação Social e Divulgação.

�Aumento do Fluxo Migratório

Devido ao tempo de duração das obras do Porto do DISJB,alguns operários costumam mudar-se com suas famíliaspara perto do local de trabalho. Geralmente passam amoranas localidades mais próximas à obra e, na falta deordenamento territorial e urbano, podem ocuparinformalmente áreas sem infraestrutura urbana. Esseprocesso pode ser ainda agravado pela chegada de pessoasatraídas pelo anúncio de um novo empreendimento e que,por não terem a qualificação necessária ou simplesmenteser em número maior que as vagas abertas, terminam pornão ser absorvidas no mercado de trabalho.

A principal medida de controle deste impacto é aimplementação do Programa de Mobilização, Capacitaçãoe Desmobilização da Mão de Obra, com vistas a elevar acontratação de membros da população local e, assim,divulgar a notícia de que as vagas estão sendo preenchidasde forma direcionada, desestimulando as migrações para aregião.

Uma outra estratégia é dar preferência à admissão depessoal qualificado pelas instituições de Ensino Superior eCursos Profissionalizantes existentes em Campos dosGoytacazes, bem como pela Escola Municipal de ensinoprofissionalizante que a Prefeitura de São João da Barrapretende construir.

Por fim, o Programa de Comunicação Social e Divulgaçãodeverá esclarecer a população sobre as reais oportunidadesoferecidas pelo empreendimento, assim como sobre apolítica de emprego do empreendedor, que deveráprivilegiar a contratação de mão de obra previamentecadastrada na Área de Influência, em especial osmunicípios de São João da Barra e Campos dosGoytacazes, de forma articulada com o Programa deMobilização, Capacitação e Desmobilização da Mão deObrar

Page 83: Audiência Pública do RIMA

Pressão sobre a Oferta de Serviços Públicos eInfraestrutura

Incremento de Ocupação Irregular

Outro possível efeito do aumento populacional de São Joãoda Barra é o aumento da demanda pelos serviços públicosde saúde, educação e infraestrutura urbana.

Se, por um lado, o aumento populacional e da demanda poresses serviços representa uma pressão sobre um quadro jáhoje deficiente de serviços do município, por outro, achegada de novos empreendimentos pode contribuir, alongo e médio prazos, para viabilizar investimentospúblicos nessas áreas.

Em curto prazo, entretanto, o quadro de maior significado éo de intensificação das demandas.

Para minimizar este impacto negativo, novamente éimportante a ênfase na capacitação e contratação prioritáriada mão de obra local conforme definido no Programa deMobilização, Capacitação e Desmobilização da Mão deObra.

Caso se confirme o aumento da migração para a região emfunção do empreendimento, espera-se a intensificação doprocesso de ocupação irregular do solo, pois a chegadadeste contingente populacional tende a induzir umadensamento da malha urbana do município. Caso este

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental79

Escola Municipal em São João da Barra

DPO de Poço Gordo

Impactos Ambientais

processo não venha acompanhado de medidas deordenamento do uso do solo, poderá gerar ou agravar asdistorções típicas do crescimento acelerado das cidades.

Estas circunstâncias, aliadas à presença no município degrandes terrenos desocupados, facilitam a ocupação doespaço municipal de forma desordenada, podendo levar aocrescimento dos loteamentos irregulares e ocupaçõessubnormais (favelas).

As medidas mitigadoras consistem no desenvolvimento deações do Programa de Comunicação Social e Divulgação eEducação Ambiental, visando divulgar o estágio doempreendimento e as reais oportunidades de trabalho.

Priorizar contratação de mão de obra local no âmbito doPrograma de Mobilização, Capacitação e Desmobilizaçãoda Mão de Obra, também pode contribuir neste processo,além da realização de estudos de ordenamento equalificação de áreas urbanas, conforme o Programa deInserção Regional.

DPO de Poço Gordo - PMERJ

Aumento dos Riscos Sociais

A intensificação do processo de imigração e a eventual faltade oportunidades e perspectivas para toda a populaçãomigrante, são fatores que podem contribuir para o aumentode problemas como a prostituição, o consumo e o tráfico dedrogas, intensificando situações de violência ecriminalidade.

Para diminuir os riscos de ocorrência deste impacto, deve-se dar ênfase na contratação de mão de obra local, de modo

Page 84: Audiência Pública do RIMA

Impactos Ambientais

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Uma empresa do Grupo EBXEngenharia Consultiva

Ecologus Agrar

Interferências no Desenvolvimento Agrícola Local

Aumento de Preços e Aluguéis de Imóveis

A implantação do DISJB tende a intensificar a urbanizaçãodas áreas em seu entorno, deslocando atividades e usosagrícolas da terra.

Durante os levantamentos de campo, moradores da regiãoapontaram como fator de preocupação em relação ao futuroda agricultura local dois aspectos relacionados à chegadado empreendimento: o receio dos efeitos sobre atransformação das áreas agrícolas e a redução do interessedos jovens em trabalhar na agricultura.

Contudo, cabe lembrar que a dinamização econômica e ocrescimento da população do município têm como efeito oaumento da demanda local por alimentos. Este fator podeser favorável ao desenvolvimento agrícola, se gerenciadode maneira a concentrar benefícios na produção local.

Além disto, contribuiria para o aprimoramento técnico ecomercial do segmento agrícola,estabelecer convênioscom órgãos especializados – EMATER, Secretaria deAgricultura e SEBRAE - para a capacitação dosagropecuaristas locais em técnicas de produção,administração e comercialização e, ainda, noaprimoramento e formalização das relações trabalhistas.

E, por fim, o estabelecimento do programa de assistênciatécnica agrícola, integrado ao Programa de Fortalecimentoda Agricultura, contribuiria para minimizar esse impacto.

O empreendimento tem potencial para criação de um efeitopositivo de valorização imobiliária na região, já que o perfil

de ocupação das casas do litoral está mudando de umaocupação predominantemente sazonal, ligada ao veraneio,para uma ocupação permanente. Ademais, foi observadoque houve um aumento significativo do valor de casas,terrenos e aluguéis em algumas localidades.

Assim, a população do entorno do empreendimento sujeitaao impacto da perda das características de seu ambientecotidiano poderá, ao mesmo tempo, beneficiar-se pelavalorização econômica de suas terras, estabelecendoeventualmente um efeito de compensação entre os doisimpactos.

Por outro lado, pode acontecer um processo de expulsão depopulações de baixa renda das áreas mais valorizadas,fazendo com que elas se desloquem para locais maisdistantes e com infraestrutura e serviços piores. Cabemonitorar este processo, através de ações essas previstasno Programa de Acompanhamento das ComunidadesVizinhas.

a evitar a intensificação da imigração de trabalhadores,conforme Programa de Mobilização, Capacitação eDesmobilização da Mão de Obra.

Por garantia, deve-se realizar o monitoramento dos índicesde segurança pública no âmbito do Programa deAcompanhamento das Comunidades Vizinhas, de modo aidentificar possíveis aumentos nos índices decriminalidade e violência em geral, como subsídio paramedidas corretivas ainda no início deste processo.

�Dinamização da Economia Local

Durante a implantação do DISJB espera-se umadinamização da economia dos municípios próximos(principalmente São João da Barra e Campos dosGoytacazes), tanto em decorrência da geração de empregose renda quanto do aumento da arrecadação municipal e dademanda por bens e serviços. Este efeito serápotencializado pela inter-relação com os outrosempreendimentos em implantação, já licenciados ou emfase de licenciamento, como o Porto do Açu, seu PátioLogístico, a Unidade de Tratamento de Petróleo (UTP), duasusinas termoelétricas, o Estaleiro OSX e a SiderúrgicaTernium.

Para potencialização deste impacto prevê-se no contexto doPrograma de Mobilização, Capacitação e Desmobilizaçãoda Mão de Obra, o desenvolvimento de cursos decapacitação de trabalhadores e pequenos empresários.

Além disso, serão realizados estudos e ações deordenamento e qualificação de áreas urbanas, conformeespecificado no Programa de Inserção Regional.

Page 85: Audiência Pública do RIMA

ANOSR$ 1.000

CUSTO DAS OBRAS ISS GERADO

Até 2010 5.000 125

2011 295.218 7.380

2012 632.152 15.804

2013 883.654 22.091

2014 883.654 22.091

2015 292.259 7.306

Total 2.991.937 74.798

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental81

INVESTIMENTOS NA IMPLANTAÇÃO DA INFRAESTRUTURA DODISJB E RECOLHIMENTO PREVISTO DE ISS Fonte: LLX.

Impactos Ambientais

�Aumento do Risco de Acidentes de Trânsito

Os acessos utilizados nas atividades da fase de implantaçãodo DISJB serão principalmente rodovias já existentes. Oacesso principal será pela BR-101 até a cidade de Camposdos Goytacazes, depois pela RJ-238 (Estrada dosCeramistas), em seguida pela RJ-216 (Campos-Farol)entre Donana e Hipódromo, pela BR-356 até oentroncamento com a RJ-240 e daí para o terreno doDistrito Industrial.

A circulação de pessoas demandada pelas obras daconstrução do empreendimento e o aumento do transportede mercadorias tendem a produzir um aumento do númerode acidentes.

Somando-se a isso o mau estado de conservação esinalização de algumas vias que serão utilizadas, sobretudono que diz respeito à proteção do pedestre, considera-senecessária a execução de medidas de segurança no trânsitoe prevenção de acidentes de acordo com o Programa deControle do Transporte e Tráfego.

Aumento da Arrecadação Municipal

A realização das obras de implantação do DISJBrepresentará imediatamente o acréscimo aos cofres de SãoJoão da Barra da arrecadação do ISS incidente sobre asfaturas pagas às empresas construtoras. Os valoresprevistos dos investimentos e do ISS direto a ser recolhido(2,5% do valor das obras, segundo a alíquota vigente emSão João da Barra) são apresentados a seguir. ).

Além dessa arrecadação imediata, outros efeitos deexpansão da arrecadação ocorrerão pela implantação doDISJB, tanto de forma direta, por conta da redistribuição detributos estaduais (ICMS), quanto de forma indireta atravésdo aumento do consumo pessoal e seus reflexos emcadeia na economia local (recolhimento de ISS),

Para potencializar este impacto positivo, deve-se informar àPrefeitura Municipal de São João da Barra sobre aperspectiva de aumento da arrecadação durante as obras,incentivando-a a aproveitar estes recursos para realizarinvestimentos em estudos, projetos e ações deordenamento e qualificação de áreas urbanas e outrosespaços de interesse, conforme especificado no Programade Inserção Regional.

Em setores no entorno das lagoas da região, os vestígiosmateriais (cerâmicas e material lítico) observados parecemcorresponder a ocupações pré-históricas temporárias,indicando a restinga como local de pousada e trânsito paracaptação de recursos. Assim, essas áreas próximas àslagoas são indicadas como de alto potencial arqueológico.

Em função disto, conforme determinado pelo IPHAN, asobras deverão ser antecedidas por um Programa deProspecção e Resgate do Patrimônio Arqueológico noterreno do empreendimento. Este impacto tem potencial deocorrer durante a fase de implantação do empreendimento,pelas atividades de terraplenagem, escavação, etc.

�Sobrecarga nas Vias de Acesso

As atividades previstas na fase de implantação do DISJBdemandarão o transporte não só de pessoas como deinsumos e materiais de construção para as obras, através deveículos de transporte coletivo e de carga de diferentescapacidades e pesos, pressionando o tráfego nestas vias epodendo resultar em retenções no fluxo local de veículos.

Há que se considerar ainda que, durante as obras,segmentos de estradas municipais inseridas na área doDISJB não mais atenderão aos deslocamentos dapopulação local, alterando temporariamente asinterligações atuais até que o novo sistema viário doempreendimento esteja concluído e, desta forma, sejamrefeitas as articulações viárias necessárias para atender aestes fluxos.

Todavia, este impacto poderá ser mitigado com oadequado planejamento das obras e da implantação doPrograma de Controle do Transporte e Tráfego.

Page 86: Audiência Pública do RIMA

Impactos Ambientais

� Interferência com a Pesca

A operação de dragagem para formação do aterro hidráulicodeverá resultar no estabelecimento de áreas de exclusãopara a atividade pesqueira em função das restrições de usodo espaço marítimo em torno das dragas e das faixas deassentamento das tubulações de recalque e retornohidráulico. Ademais, o trânsito da draga entre a área dedragagem e a bóia de recalque também se constitui emelemento restritivo a práticas pesqueiras, uma vez que otrânsito da draga, por ser uma embarcação maior, éprioritário em relação às embarcações pesqueiras.

As restrições ao uso do espaço marítimo são medidas desegurança que visam prevenir danos às tubulaçõessubmersas, assim como visam evitar danos aos petrechos eembarcações de pesca, além de acidentes que representemriscos de segurança pessoal. As áreas sujeitas a esteregime não são muito representativas se comparadas àtotalidade das áreas de pesca utilizadas pelos pescadores.

Já se encontra em curso a implementação de medidas deacompanhamento, mitigação e compensação dirigidas àatividade pesqueira. Especificamente para lidar com osimpactos gerados pelas atividades de dragagem, propõe-se as seguintes medidas:

Durante as operações de dragagem as áreas deexclusão deverão ser sinalizadas, bem como o trajetodas tubulações de recalque;

Adoção de ações de comunicação (Programa deComunicação Social e Divulgação) junto àscomunidades afetadas;

Ações de educação ambiental, tanto para os

pescadores - Programa de Educação Ambiental,quanto para os trabalhadores da draga - Programa deEducação Ambiental de Trabalhadores.

Informar regularmente à Capitania dos Portos sobre asáreas de exclusão durante as obras; este fluxo dein fo rmações é necessá r i o pa r a comporadequadamente o “Aviso aos Navegantes”.

A fase de obras do DISJB irá gerar novos postos de trabalhoem uma região que apresenta um quadro de desemprego esubemprego. Desta forma, a geração de postos de trabalhorepresenta um importante benefício para as populaçõeslocais.

Contudo, a abertura de postos de trabalho não ocorrerá deforma linear e constante ao longo do tempo. Prevê-se, apartir do 35º mês, uma redução progressiva da demandapor mão de obra para a instalação do DISJB, gerandodesmobilização da mão de obra contratada e istorepresentará uma situação negativa para a economia e asociedade regionais..

Como medida mitigadora sugere-se implementar oPrograma de Mobilização, Capacitação e Desmobilizaçãoda Mão de Obra, no intuito de privilegiar a mão de obra locale capacitar a força de trabalho com fins de ampliação daempregabilidade após a desmobilização.

Por fim, após o término da fase construtiva, devem serplanejadas medidas que favoreçam a absorção na operaçãodas futuras indústrias do DISJB da maior proporçãopossível de trabalhadores que atuaram durante as obras.

�Dispensa de Mão de Obra

82

Uma empresa do Grupo EBXEngenharia Consultiva

Ecologus Agrar

Page 87: Audiência Pública do RIMA

Impactos Ambientais

Melhoria das Condições de Acessibilidade Local eRegional

Utilização de Recursos Hídricos

Com a implantação do DISJB, diferentes vias de acessoreceberão melhorias em termos de pavimentação esinalização. Também serão implantados outros acessosrodoviários que possibilitarão acesso mais facilitado apartir da Estrada do Cajueiro (SB-24), passando peloentono ao Distrito em direção a Barra do Açu e tambéminterligando a SB-24 com a RJ-240.

Desta forma, sobretudo para a população de São João daBarra, será proporcionado um ganho em relação àacessibilidade entre as localidades do interior e entre estase a sede municipal, pois atualmente as vias de acesso seencontram em mau estado de conservação.

Como medida potencializadora, está previsto manter asestradas do sistema viário interno do DISJB abertas àpopulação em condições adequadas de trafegabilidade.

Entre as opções para abastecimento de água para o DISJB,que incluíam uso do aquífero subterrâneo (lençol freático),da água do mar e a água superficial, a mais viável, tanto doponto de vista econômico quanto ambiental, foi aalternativa de captação de água do rio Paraíba do Sul.

Portanto, considerando-se a vazão de 353,77m3/s

disponível do Paraíba do Sul (identificada em estudoshidrológicos) e a demanda de todo o empreendimento(correspondente a 10 m /s), a necessidade de suprimentode água para o empreendimento é 35 vezes menor do que avazão disponível no rio.

Ressalta-se que, mesmo prevendo-se um crescimento alongo prazo de população urbana da ordem de 700 milhabitantes para a região, tal crescimento representaria umconsumo adicional de água de 2,5 m3/s, perfeitamentesuportável pelas vazões do rio Paraíba do Sul já seconsiderando a captação realizada para o DISJB.

As indústrias que se instalarem no Distrito estarãocomprometidas com diversas premissas e condições deoperação, em especial a de garantir um uso eficiente daágua, o que impõe às mesmas a adoção de tecnologiaseficientes para o seu uso racional..

O Ente Gestor do DISJB estabelecerá os procedimentos quepermitirão monitorar e avaliar o desempenho ambientalcom relação ao consumo de água industrial e potável e àgeração de efluentes industriais coletados e tratados nasinstalações do DISJB, por meio do Programa de GestãoAmbiental do DISJB.

A gestão das águas deverá pautar-se nos padrões definidosno Marco Regulatório Ambiental, baseados em ações epráticas de prevenção e controle ambiental.

3

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental83

Page 88: Audiência Pública do RIMA

Avaliação de Impactos D e s c r i ç ã o

Descontínua:a alteração ocorre uma vez, ou em intervalos de tempo não regulares.

Cíclica: a alteração ocorre em intervalos de tempo regulares e previsíveis.

Natureza

Duração

Positiva (P): a ação resulta na melhoria da qualidade de um fator ou parâmetroambiental.Negativa (N): a ação resulta em dano à qualidade de um fator ou parâmetroambiental.

Temporária (T): quando os efeitos apresentam duração determinada.Permanente (P): quando os efeitos não cessam num horizonte temporal conhecido.

Reversibilidade

Abrangência Territorial

Relevância

Ocorrência

Incidência

Reversível (R): quando o fator ou parâmetro ambiental, cessada a ação, retorna àscondições originais.Irreversível (I): quando, uma vez ocorrida a ação, o fator ou parâmetro ambientalafetado não retorna às suas condiçõesoriginais em um prazo previsível.

Irrelevante (I): a alteração não é percebida ou verificável;Moderadamente relevante (M): alteração é verificável e ou passível de ser medida,sem, entretanto, caracterizar ganhos e/ou perdas na qualidade ambiental da área deabrangência considerada, se comparados à situação original;Relevante (R): alteração é verificável e/ou passível de ser medida, caracterizandoganhos e ou perdas na qualidade ambiental da área de abrangência considerada, secomparados à situação original;Muito Relevante (MR): alteração é verificável e/ou passível de ser medida,caracterizando ganhos e ou perdas expressivos na qualidade ambiental da área deabrangência considerada, se comparados à situação original.

Real: quando o impacto não depende de condições excepcionais para ocorrer eestá associado aos aspectos ambientais correntes do empreendimento.Potencial: é a alteração passível de ocorrer, porém não prevista em situaçõesnormais de operação.

Direta (D): alteração que decorre de uma atividade do empreendimento.Indireta (I): alteração que decorre de um impacto direto.

Curto Prazo: alteração que se manifesta imediatamente após a ocorrência daatividade, ou do processo, ou da tarefa que a desencadeou.Médio a Longo Prazos: alteração que demanda um intervalo de tempo para quepossa se manifestar (ser verificada), o qual deve ser definido em função dascaracterísticas particulares do empreendimento.

Pontual (P): alteração se reflete apenas na área do empreendimento;Local (L): alteração se reflete apenas no próprio sítio e suas imediações;Regional (R): alteração se reflete além das imediações do sítio da ação.

Temporabilidade

ManifestaçãoContínua: a alteração ocorre de forma ininterrupta.

Magnitude

Desprezível: decorre obrigatoriamente de impactos irrelevantes, cujo valor é zero (0);Baixa: produto dos valores atribuídos aos critérios de valoração igual a 1 ou 3;Moderada: produto dos valores atribuídos aos critérios de valoração igual a 5, 9 ou 15;Alta: produto dos valores atribuídos aos critérios de valoração igual a 25, 27, 45 ou 75.

Impactos Ambientais

84

Uma empresa do Grupo EBXEngenharia Consultiva

Ecologus Agrar

Page 89: Audiência Pública do RIMA

Matriz de impactos Ambientais e

Medidas Para o Meio Físico

MEIO FÍSICOFA

SES

IMP

AC

TOS

IMPACTO AMBIENTAL

Avaliação de Impactos MEDIDAS ASSOCIADAS

Nat

urez

a

Dur

ação

Man

ifest

ação

Oco

rrên

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Inci

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ia

Tem

pora

lidad

e

Reve

rsib

ilida

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Abra

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cia

Rel

evân

cia

Mag

nitu

de

DESCRIÇÃO

Impl

anta

ção

1 Alteração da Qualidade do Ar (N) (T) (D) (R/P) (D) (CP) (R) (L) (R) (M)Programa de MonitoramentoMeteorológico e de Qualidade do Ar

2 Alteração dos Níveis de Ruído (N) (P) (D) (R) (D) (CP) (R) (L) (M) (B) Programa de Monitoramento de Ruído

3 Perda de Solo Suérficial (Top Soil) (N) (P) (D) (R) (D) (CP) (I) (P) (M) (B)Programa de Supressão Vegetal eResgate de Flora

4 Indução de Processos Erosivos (N) (T) (D) (P) (D) (CP) (R) (P) (M) (B) Plano Ambiental de Construção

5 Interferênc ias com Drenagens Naturais (N) (P) (C) (R) (D) (CP) (I) (P) (M) (B) Plano Ambiental de Construção

6Alteração da Qualidade dos Corpos

Hídricos(N) (T) (D) (P) (D) (MP) (R) (L) (M) (B)

Plano Ambiental de ConstruçãoPrograma de Gerenciamento deResíduos e Efluentes na ImplantaçãoPrograma de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e AquíferoLivre

7Alteração na Qualidade do Aquífero

(Geração de esgoto doméstico, efluentesoleosos e resíduos sólidos)

(N) (T) (D) (P) (I) (MP) (R) (L) (R) (M)

Plano Ambiental de ConstruçãoPrograma de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e AquíferoLivrePrograma de Gerenciamento deResíduos e Efluentes na Implantação

8Alteração na Qualidade do Aquífero(Descarga de água salina no terreno

durante o aterro hidáulico)(N) (T) (D) (P) (D) (CP) (R) (L) (M) (B)

Programa de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e AquíferoLivre

9Alteração na Hidrodinâmica do Aquífero

Superf icial(N) (P) (C) (R) (D) (MP) (I) (L) (M) (M)

Programa de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e AquíferoLivre

10 Aumento da Turbidez na Coluna d'Água (N) (T) (D) (R) (D) (CP) (R) (L) (M) (B)Programa de Controle das Atividadesde Dragagem

Ope

raçã

o

11 Interferênc ias com Drenagens Naturais (N) (P) (C) (R) (D) (CP) (I) (L) (M) (M)Programa de Gestão Ambiental doDISJB

12 Alteração da Qualidade dos CorposHídricos

(N) (P) (C) (P) (D) (CP) (R) (L) (R) (M)

Programa de Gestão Ambiental doDISJBPrograma de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e AquíferoLivre

13 Alteração na Qualidade do Aquífero (N) (T) (C) (P) (I) (MP) (R) (L) (R) (M)

Programa de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e AquíferoLivrePrograma de Gestão Ambiental doDISJB

14Alteração na Hidrodinâmica do Aquífero

Superf icial (N) (P) (C) (R) (D) (MP) (I) (L) (M) (M)Programa de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e AquíferoLivre

15 Alteração da Qualidade de Água do Mar (N) (P) (C) (P) (D) (CP) (R) (L) (M) (B)

Programa de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e AquíferoLivrePrograma de Gestão Ambiental doDISJB

Matriz de impactos Ambientais e

Medidas Para o Meio Físico

Natureza do Impacto

(P) Positivo

(N) Negativo

Magnitude

(A) Alta

(M) Moderada

(B) Baixa

Legenda

Legenda coresAtributos Qualitativos e

Quanti tativos Natureza Duração Manifestação Probabilidade deOcorrência Incidência

Classificações (P) Positiva(N) Negativa

(T) Temporária(P) Permanente

(C)Contínua(D) Descont ínua

(R) Real(P) Potencia l

(D) Direto(I) Indireto

Atributos Qualitativos eQuanti tativos Temporalidade Reversibilidade

AbrangênciaTerritorial Relevância Magnitude

Classificações(CP) Curto Prazo(MP) Médio Prazo(LP) Longo Prazo

(R ) Reversível(I) Irreversível

(P) Pontual(L) Local

® Regional

(I) Irrelevante(M) Moderada(R) Relevante

(MR) Muito Relevante

(A) Alta(M) Moderada

(B) Baixa

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental85

Page 90: Audiência Pública do RIMA

MEIO BIÓTICO

FASE

S

IMP

AC

TOS

IMPACTO AMBIENTAL

Avaliação de Impactos MEDIDAS ASSOCIADAS

Nat

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Man

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ação

Oco

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Inci

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Rev

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bilid

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Abr

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Rel

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cia

Mag

nitu

de

DESCRIÇÃO

Impl

anta

ção

1 Perda de Habitats e Espécimes Vegetais (N) (P) (D) (R) (D) (CP) (I) (L) (R) (M) Plano Ambiental de Construção

2 Afugentamento da Fauna Terrestre (N) (T) (D) (R) (D) (CP) (I) (R) (R) (A)

Programa de Resgate e Manejo deFauna TerrestrePlano Ambiental de ConstruçãoPrograma de Reposição Vegetal eManejo da Biodivesridade

3 Alteração da Biota Aquática (N) (T) (D) (R) (D) (CP) (R) (L) (R) (M)

Programa de Gerenciamento deResíduos e Efluentes na ImplantaçãoPrograma de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e Aquífero Livre

4 Modificação na Estrutura dasComunidades Planctônica

(N) (T) (D) (R) (D) (CP) (R) (L) (M) (B)

Programa de Monitoramento de FaunaAquáticaPrograma de Controle das Ativ idades deDragagem

5 Modificação na Estrutura dasComunidades Bentônica

(N) (P) (D) (R) (D) (CP) (I) (L) (M) (M) Programa de Monitoramento de FaunaAquática

6Afugentamento Temporário da Fauna

Nectônica(N) (T) (D) (R) (D) (CP) (R) (R) (M) (M)

Plano Ambiental de ConstruçãoPrograma de Controle das Ativ idades deDragagemPrograma de Monitoramento de FaunaAquática

Ope

raçã

o

7Afugentamento e/ou Atropelamento da

Fauna Terrestre(N) (P) (C) (R) (I) (CP) (I) (L) (M) (A)

Programa de Resgate e Manejo daFauna Terrestre

8 Alteração da Biota Aquática (N) (T) (D) (P) (D) (CP) (R) (L) (R) (M)

Programa de Gestão Ambiental doDISJBPrograma de Monitoramento dosEcossistemas Aquáticos e Aquífero Livre

9Modificação na Estrutura das

Comunidades Planctônica(N) (P) (C) (R) (D) (CP) (R) (L) (M) (B)

Programa de Monitoramento de FaunaAquática

10Modificação na Estrutura das

Comunidades Bentônica(N) (P) (C) (R) (D) (MP/LP) (I) (L) (M) (M)

Programa de Monitoramento de FaunaAquática

Natureza do Impacto

(P) Positivo

(N) Negativo

Magnitude

(A) Alta

(M) Moderada

(B) Baixa

Atributos Qualitativos eQuanti tativos Natureza Duração Manifestação Probabilidade de

Ocorrência Incidência

Classificações (P) Positiva(N) Negativa

(T) Temporária(P) Permanente

(C)Contínua(D) Descont ínua

(R) Real(P) Potencia l

(D) Direto(I) Indireto

Atributos Qualitativos eQuanti tativos Temporalidade Reversibilidade

AbrangênciaTerritorial Relevância Magnitude

Classificações(CP) Curto Prazo(MP) Médio Prazo(LP) Longo Prazo

(R ) Reversível(I) Irreversível

(P) Pontual(L) Local

® Regional

(I) Irrelevante(M) Moderada(R) Relevante

(MR) Muito Relevante

(A) Alta(M) Moderada

(B) Baixa

Legenda

Legenda cores

Matriz de impactos Ambientais e

Medidas Para o Meio Biótico

Matriz de impactos Ambientais e

Medidas Para o Meio Biótico

86

Uma empresa do Grupo EBXEngenharia Consultiva

Ecologus Agrar

Page 91: Audiência Pública do RIMA

MEIO SOCIOECONÔMICO

FASE

S

IMPA

CTO

S

IMPACTO AMBIENTAL

Avaliação de Impactos MEDIDAS ASSOCIADAS

Nat

urez

a

Dur

ação

Man

ifest

ação

Oco

rrên

cia

Inci

dênc

ia

Tem

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lidad

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bilid

ade

Abr

angê

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Rele

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ia

Mag

nitu

de

DESCRIÇÃO

Plan

ejam

ento 1

Alteração do Modo de Vida daPopulação Local e das Formasde Apropriação de Uso da terra

(N) (P) (C) (R) (D) (CP) (I) (L) (MR) (A)

Programa de Comunicação Social eDivulgaçãoPrograma de Desapropriação e Relocaçãoda População Ocupante das Terras Situadasna Área do Distrito IndustrialPrograma de Fortalecimento da AgriculturaFamiliar

2Geração de Expectativas

Negativas para asComunidades Locais

(N) (T) (C) (R) (D) (CP) (R) (R) (R) (M)Programa de Comunicação Social eDivulgação

Impl

anta

ção

3 Aumento do F luxo Migratório (N) (P) (D) (R) (D) (CP) (I) (R) (MR) (A)

Programa de Mobilização, Capacitação eDesmobilização da Mão de ObraPrograma de Comunicação Social eDivulgaçãoPrograma de Educação Ambiental

4Pressão Sobre a Oferta de

Serviços Públicos eInfraestrutura

(N) (P) (D) (R) (I) (LP) (R) (L) (MR) (M)

Programa de Mobilização, Capacitação eDesmobilização da Mão de ObraPrograma de Acompanhamento dasComunidades Vizinhas

5Interferências no

Desenvolvimento Agrícola Local(N) (P) (C) (P) (I) (LP) (R) (L) (MR) (M) Programa de Fortalecimento da Agricultura

Familiar

6 Aumento dos Riscos Sociais (N) (P) (C) (P) (I) (LP) (R) (L) (MR) (M)

Programa de Mobilização, Captação eDesmobilização da Mão de ObraPrograma de Comunicação Social eDivulgaçãoPrograma de Acompanhamento dasComunidades Vizinhas

7 Dinamização da EconomiaLocal

(P) (P) (C) (R) (I) (MP) (I) (R) (R) (A)Programa de Mobilização, Captação eDesmobilização da Mão de ObraPrograma de Inserção Regional

8 Aumento dos Preços deAluguéis e Imóveis

(P) (P) (C) (R) (D) (MP) (I) (R) (MR) (A) Programa de Acompanhamento dasComunidades Vizinhas

9 Sobrecarga nas Vias de Acesso (N) (T) (D) (R) (D) (CP) (R) (R) (R) (M) Programa de Controle de Transporte eTráfego

10 Interferência com a Pesca (N) (T) (D) (R) (D) (MP) (R) (R) (MR) (A)

Programa de Comunicação Social eDivulgaçãoPrograma de Educação AmbientalPrograma de Educação Ambiental dosTrabalhadores

11Interferências sobre Patrimônio

Arqueológico(N) (P) (C) (P) (D) (CP) (I) (L) (R) (A)

Programa de Prospecção e Resgate doPatrimônio Arqueológico

12Geração de Emprego e Renda(Contratação de mão de obra)

(P) (T) (D) (R) (D) ((MP/LP) (I) (R) (M) (M)Programa de Mobilização, Captação eDesmobilização da Mão de ObraPrograma de Comunicação Social eDivulgação

Matriz de impactos Ambientais e

Medidas Para o Meio Socioeconômico

Matriz de impactos Ambientais e

Medidas Para o Meio Socioeconômico

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental87

Page 92: Audiência Pública do RIMA

13Geração de Emprego e Renda(Demanda por bens e serviços) (P) (T) D) (R) (D) (MP/LP) (I) (R) (M) (M)

Programa de Mobilização, Captação eDesmobilização da Mão de ObraPrograma de Comunicação Social eDivulgação

14 Dispensa de Mão de Obra (N) (T) (D) (R) (D) (LP) (I) (R) (R) (A)Programa de Mobilização, Captação eDesmobilização da Mão de ObraDesmobilização da Mão de Obra

15Incremento de Ocupação

Irregular(N) (P) (D) (R) (I) (LP) (I) (R) (R) (A)

Programa de Comunicação Social eDivulgaçãoPrograma de Educação AmbientalPrograma de Mobilização, Captação eDesmobilização da Mão de ObraPrograma de Inserção Regional

16Aumento do Risco de Acidentes

de Trânsito (N) (P) (C) (R) (I) (LP) (R) (L) (MR) (M)Programa de Controle de Transporte e TráfegoPrograma de Educação AmbientalPrograma de Comunicação Social eDivulgação

17 Aumento da ArrecadaçãoMunicipal

(P) (P) (C) (R) (D) (CP) (R) (L) (MR) (M)Programa de Inserção RegionalPrograma de Mobilização, Capacitação eDesmobilização da Mão de Obra

18 Aumento do Fluxo Migratório (N) (P) (D) (R) (D) (CP) (I) (R) (MR) (A)

Programa de Mobilização, Capacitação eDesmobilização da Mão de ObraPrograma de Comunicação Social eDivulgaçãoPrograma de Educação Ambiental

19Pressão Sobre a Oferta de

Serviços Públicos eInfraestrutura

(N) (P) (D) (R) (I) (LP) (R) (L) (MR) (M)

Programa de Mobilização, Capacitação eDesmobilização da Mão de ObraPrograma de Acompanhamento dasComunidades Vizinhas

20 Utilização de Recursos Hídricos (N) (P) (C) (R) (D) (CP) (I) (L) (R) (A) Programa de Gestão Ambiental do DISJB

21Interferências no

Desenvolvimento Agrícola Local(N) (P) (C) (P) (I) (LP) (R) (L) (MR) (M) Programa de Fortalecimento da Agricultura

Familiar

22 Aumento dos Riscos Sociais (N) (P) (C) (P) (I) (LP) (R) (L) (MR) (M)

Programa de Mobilização, Captação edesmobilização da Mão de ObraPrograma de Comunicação Social eDivulgaçãoPrograma de Acompanhamento dasComunidades Vizinhas

23 Dinamização da Economia Local (P) (P) (C) (R) (I) (MP) (I) (R) (R) (A)Programa de Mobilização, Captação eDesmobilização da Mão de ObraPrograma de Inserção Regional

24 Aumento dos Preços de Aluguéise Imóveis

(P) (P) (C) (R) (D) (MP) (I) (R) (MR) (A) Programa de Acompanhamento dasComunidades Vizinhas

25 Sobrecarga nas Vias de Acesso (N) (T) (D) (R) (D) (CP) (R) (R) (R) (M) Programa de Controle de Transporte e Tráfego

26Geração de Emprego e Renda(Contratação de mão de obra) (P) (T) (D) (R) (D) ((MP/LP) (I) (R) (M) (M)

Programa de Mobilização, Captação eDesmobilização da Mão de ObraPrograma de Comunicação Social eDivulgação

Matriz de impactos Ambientais e

Medidas Para o Meio Socioeconômico

Matriz de impactos Ambientais e

Medidas Para o Meio Socioeconômico

88

Uma empresa do Grupo EBXEngenharia Consultiva

Ecologus Agrar

Page 93: Audiência Pública do RIMA

Natureza do Impacto

(P) Positivo

(N) Negativo

Magnitude

(A) Alta

(M) Moderada

(B) Baixa

Atributos Qualitativos eQuanti tativos Natureza Duração Manifestação Probabilidade de

Ocorrência Incidência

Classificações (P) Positiva(N) Negativa

(T) Temporária(P) Permanente

(C)Contínua(D) Descont ínua

(R) Real(P) Potencia l

(D) Direto(I) Indireto

Atributos Qualitativos eQuanti tativos Temporalidade Reversibilidade

AbrangênciaTerritorial Relevância Magnitude

Classificações(CP) Curto Prazo(MP) Médio Prazo(LP) Longo Prazo

(R ) Reversível(I) Irreversível

(P) Pontual(L) Local

® Regional

(I) Irrelevante(M) Moderada(R) Relevante

(MR) Muito Relevante

(A) Alta(M) Moderada

(B) Baixa

Legenda

Legenda cores

(MR)Incremento de Ocupação

Irregular (N) (P) (D) (R) (I) (LP) (I) (R) (R) (A)

Programa de Comunicação Social eDivulgaçãoPrograma de Educação AmbientalPrograma de Mobilização, Captação eDemobilizaçõa da Mão de ObraPrograma de Inserção Regional

28Melhoria das Condições de

Acessibilidade Local eRegional

(P) (P) (C) (R) (D) (MP/LP) (I) (L) (R) (A)-

29Aumento do Risco deAcidentes de Trânsito

(N) (P) (C) (R) (I) (LP) (R) (L) (M)

Programa de Controle de Transporte eTráfegoPrograma de Educação AmbientalPrograma de Comunicação Social eDivulgação

Matriz de impactos Ambientais e

Medidas Para o Meio Socioeconômico

Matriz de impactos Ambientais e

Medidas Para o Meio Socioeconômico

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental89

Page 94: Audiência Pública do RIMA

O prognóstico ambiental consiste em prever cenáriosambientais alternativos considerando-se as tendências dasatividades que podem transformar a região onde se insereo empreendimento.

A finalidade de se fazer essa avaliação é permitir avisualização, mesmo que aproximada, das alternativas decenários ambientais futuros para a região.

Neste caso, consideram-se as tendências de transformaçãodo ambiente e das atividades humanas que podem ocorrerna região, em virtude da implantação do empreendimento ena hipótese de que este não venha a ser implantado.

Essa previsão das tendências da qualidade ambientalcompreende o conhecimento do projeto do DISJBjuntamente com o diagnóstico ambiental da área emquestão, prevendo-se, na forma de cenários as situaçõesfuturas.

Para a realização desta análise serão apresentados doiscenários ambientais: o Cenário Sem o Empreendimento,ou Cenário Tendencial, prevê transformações futurasunicamente em função da ação natural e da evolução dasatividades antrópicas hoje existentes na região; já o Cenário

Prognóstico AmbientalPrognóstico Ambiental

Com o Empreendimento ou Cenário Alvo, projeta de formaintegrada as transformações da área de influência doempreendimento, considerando seus impactos ebenefícios em presença das ações de controle, redução deimpactos negativos e maximização de impactos positivos.

Cenário Sem o Empreendimento

A alternativa da não realização do empreendimento,em uma primeira análise, poderia ser visualizadacomo um cenário de manutenção das condiçõesatuais. Contudo, a área desapropriada para instalaçãodo DISJB consta no Plano Diretor do Município de SãoJoão da Barra como Área de Expansão Industrial,localizando-se em torno da Área Industrial do Porto doAçu.

Atualmente, estão em construção nesta última área, oPorto do Açu, a estrutura de chegada do minerodutoque trará o minério até o porto, o pátio pararecebimento de minério e suas obras correlatas.Também estão já licenciados para serem implantadosna Área Industrial do Porto do Açu: duas usinas

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Page 95: Audiência Pública do RIMA

Prognóstico Ambiental

termoelétricas, um pátio logístico para movimentaçãode cargas e uma unidade para tratamento de petróleo.

Na Área de Expansão Industrial já está licenciada aUnidade de Construção Naval – UCN e em fase delicenciamento a Usina Siderúrgica Ternium Brasil e oTerminal Sul do Porto do Açu.

A presença do Porto, suas facilidades logísticas e osprojetos já definidos na área, devem alavancar a regiãoestimulando seu desenvolvimento e transformação.

Assim, entende-se que a hipótese de não implantaçãodo DISJB não implicaria na manutenção da atualpaisagem, modo de vida e de ocupação do solo daregião. Poderia, contudo, retardar o início dastransformações previstas, o que retardaria também asmelhorias infraestruturais associadas a essastransformações.

O terreno do Distrito Industrial e do complexo do Portodo Açu é constituído por terras baixas, mal drenadas,com lençol bastante superficial, e por isto sujeito ainundações. A elevação da cota dos terrenos seránecessária em qualquer um dos lotes em que venhama ser estabelecidos novos projetos.

Dessa forma, pode-se prever que a área, mesmo sem aimplantação das infraestruturas e da gestão do DISJB,

passará por transformações associadas à implantaçãode aterros com materiais de escavação ou dragagem.O mesmo acontece com a construção do emissáriosubmarino, uma vez que o Porto do Açu e a SiderúrgicaTernium consideram a utilização de estruturassimilares.

As alterações da qualidade do ar ocorrerão na regiãoem virtude da presença das indústrias licenciadas ouem licenciamento, sem que se disponha de umsistema condominial de gestão integrada da qualidadedo ar, demandando maiores esforços de controle porparte do poder público.

Como os fatores de disponibilidade existentes na áreasão especialmente propícios à atração de outrasindústrias (presença do Porto do Açu; disponibilidadede energia, de minério e de água; grandes espaçospara ocupação industrial; população rarefeita noentorno e bacia aérea com grande capacidade dedispersão de poluentes), é de se esperar que a área doprojeto, mesmo sem a infraestrutura e o condomínioindustrial, venha a sofrer transformações na suaqualidade ambiental.

No tocante ao Meio Biótico, é possível antever quemesmo na ausência da implantação do Distrito osterrenos desapropriados e desocupados ficariam

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental91

Page 96: Audiência Pública do RIMA

Prognóstico Ambiental

disponíveis para ocupação industrial ou mesmo paraocupação urbana ou rural desordenada e, neste caso,os remanescentes de vegetação, incluindo restingas,seriam da mesma forma suprimidos ao longo dotempo, pelo desmatamento para ocupação das áreasou extração de lenha, assim como a fauna silvestre aíexistente estaria susceptível à caça e perda de habitat.

Em que pese estar prevista a supressão de vegetaçãopara implantação das infraestruturas do DI e a futuraocupação dos lotes, na ausência do empreendimentoesta supressão não contará com um plano integradode resgate e manutenção de biodiversidade, maiseficaz na mitigação dos impactos da perda habitatsnaturais.

No meio marinho, mesmo que não haja a implantaçãodeste empreendimento, os outros empreendimentosem processo de licenciamento ou de implantaçãoestabelecerão impactos sobre a biota marinha naregião do Açu.

A interação entre os municípios de São João da Barra eCampos dos Goytacazes é típica de suas própriasdinâmicas internas. Existe uma relação desubordinação da dinâmica socioeconômica dosegundo em relação ao primeiro. Campos dosGoytacazes é caracterizado como pólo regional deserviços e São João da Barra apresenta deficiênciasem termos de oferta destes, o que não deve se alterarem um cenário tendencial de curto ou médio prazo.

Entretanto, a implantação dos empreendimentos jálicenciados para a região do Açu poderá, mesmo naausência do DISJB, induzir mudanças na dinâmicalocal capazes de alterar as perspectivassocioeconômicas de São João da Barra.

O aumento da oferta de empregos e da arrecadação detributos, principalmente durante as obras deimplantação destes projetos, irá gerar um impactopositivo no ritmo de desenvolvimento econômico do

município. Contudo, a ausência do DISJB, com suasfacilidades e infraestrutura, retardaria a concretizaçãode uma transformação mais ampla e de mais longoprazo, representada pela atração de uma cadeiadiversificada de produção de bens e serviços

Em relação ao uso do solo, a não implantação doDISJB pode desencadear dois processos distintos.Uma primeira abordagem seria de ocupação irregular,podendo ocorrer uma expansão da ocupação urbanaprevista pelo Plano Diretor para a área contígua. Estaocupação, mesmo irregular, levaria a umaespeculação imobiliária informal, em um processoestimulado pela tendência dos trabalhadores atraídospelas oportunidades de emprego nas obras e naoperação das empresas de se fixarem próximo ao Portodo Açu e demais projetos.

Outra perspectiva seria que, estando esta áreadesignada à expansão industrial, mesmo nãoocorrendo a implantação do DISJB a área venha a serocupada por indústrias.

CENÁRIO COM O EMPREENDIMENTO

O empreendimento consiste na implantação dasinfraestruturas e do sistema de gestão do DISJB e écompatível com a Política de Pólos de Desenvolvimento doGoverno do Rio de Janeiro. A implantação do DISJB aceleraa inserção regional do complexo do Porto do Açu, gerandoatrativos para a implantação de indústrias complementares.

A concepção de infraestruturas de uso comum, paraatendimento as todas as indústrias que se pretende atrairpara o complexo do Açu, tem como vantagem concentrarem sistemas projetados de maneira a alcançar maioreficiência com menor impacto de implantação e operação.

Em especial o sistema de macrodrenagem, pelascaracterísticas naturais da área, requer concepçãointegrada, o que não seria possível mediante soluçãoindependente para todas as indústrias. Além da concepçãointegrada de projeto, este sistema demanda uma operaçãounificada e orientada por objetivos regionais, o que se torna

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Page 97: Audiência Pública do RIMA

Prognóstico Ambiental

possível com a administração centralizada dasinfraestruturas comuns do Condomínio Industrial. Comesta modalidade de gestão a operação do sistema beneficianão só a área do Distrito, mas também as áreas vizinhas sobinfluência da rede de canais, a qual estará integrada amacrodrenagem do Distrito.

Consideração semelhante pode ser feita com relação aosistema viário. O planejamento das vias, integradointernamente e articulado externamente com a malha viáriado município, atende não só à demanda das indústrias deforma mais eficiente, como também aprimora aacessibilidade numa ampla região do município de SãoJoão da Barra. Além disso, a gestão do sistema viário porparte do condomínio prevê mecanismos de resposta aemergências e manejo de fluxos de tráfego, aumentando asegurança, reduzindo o risco de acidentes ambientais e ocontrole de emissões atmosféricas em situações especiais.

O suprimento unificado de água contribui para o usoracional do recurso e minimiza o impacto de implantaçãoda rede de distribuição. Da mesma forma, a utilização deemissário submarino para lançamento coletivo de efluentespropicia uma gestão mais eficaz em termos econômicos eambientais.

Os principais recursos ambientais do Meio Físicopotencialmente afetados pelas infraestruturas para aocupação industrial da área , são os mananciais, o ambientemarinho, os corpos hídricos e o lençol freático. Porém, comas infraestruturas e a gestão do DISJB implantadas comoprevisto neste estudo, pode-se antever que:

O uso dos mananciais hídricos, se dará de formaotimizada, sem conflitos de disponibilidade;

Os descartes de efluentes no ambiente marinho serãofeitos de maneira unificada, contando com rigorososcontroles e monitoramento de qualidade do corporeceptor;

A operação da macrodrenagem, além de preservar onecessário controle de níveis para evitar impactos aosistema de drenagem e irrigação da região, contará commonitoramento de qualidade nas zonas de influência de

seus deságues nos corpos receptores canal doQuitingute, canal Campos-Açu e o mar;

As áreas comuns do Distrito, sujeitas à contaminação,serão dotadas de sistemas de controle e prevenção depoluição, bem como de sistema de monitoramento da águasubterrânea.

A supressão da vegetação, gerando perda de habitats eafastamento da fauna, decorrente da implantação deinfraestruturas industriais será, com o projeto do DISJB,objeto de programa unificado de Reposição Vegetal eManejo da Biodiversidade, cujos resultados serãomaximizados, pela ação conjunta decorrente da adesão dasfuturas indústrias. Mais benefícios poderão ser obtidos pelaunificação de esforços em programas de Monitoramentodos Ecossistemas e da Fauna Aquática.

Conforme anteriormente mencionado, a área de retroportodo Açu por suas potencialidades logísticas,disponibilidade de terrenos e capacidade de suporteambiental, é propícia para um desenvolvimento industrial.A concepção planejada para ocupação do DISJB inclui,além dos lotes para abrigar um núcleo base de grandesindústrias, espaços destinados a um cinturão de pequenase médias empresas que forma o núcleo potencial.

Além de maior eficiência na formação de cadeiasintegradas, o que favorece a competitividade, a presença depequenas e médias empresas tem maior capacidade degeração de empregos, já que em geral estas utilizamprocessos produtivos menos mecanizados. Por outro lado,a presença de empreendimentos de menor investimentoatrai a participação do empreendedorismo regional,favorecendo assim que maiores benefícios permaneçam naeconomia da região.

A presença de um Condomínio Industrial organizado facilitaa instalação dos empreendimentos e desta forma atraiempreendedores de forma mais rápida e eficaz.

Por fim, o compartilhamento das infraestruturas reduzcustos e, assim, torna as empresas mais eficientes emtermos econômicos, portanto menos sujeitas aosdesequilíbrios financeiros que poderiam inviabilizarinvestimentos em programas sociais e ambientais.

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental93

Prognóstico Ambiental

Page 98: Audiência Pública do RIMA

Os Programas Ambientais foram definidos para que asações capazes de controlar, mitigar ou compensar osimpactos negativos, bem como potencializar os impactospositivos gerados pela implantação e operação doempreendimento possam ser executadas de formaplanejada e estruturada. Desta forma estará sendoassegurado, simultaneamente, o atendimento à legislaçãoambiental vigente, a qualidade do ambiente na região daobra e, ainda uma boa gestão ambiental doempreendimento.

Neste item são apresentadas as ações de gestão previstas

Programas AmbientaisProgramas Ambientais

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DO DISJBFASE

Inst Oper

MITIGAÇÃO

PLANO AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO: x

Programa de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes x

Programa de Supressão Vegetal e Resgate da Flora x

Programa de Resgate e Manejo da Fauna Terrestre x

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas x x

Programa de Controle de Transporte e Tráfego x

Programa de Controle das Atividades de Dragagem x

Programa de Mobilização, Capacitação e Desmobilizaçãoda Mão de Obra

x

Programa de Educação Ambiental de Trabalhadores x

Programa de Desapropriação e Relocação da População Ocupantedas Terras Situadas na Área do DISJB

x x

Programa de Prospecção e Resgate do Patrimônio Arqueológico

Programa de Educação Ambiental x x

Programa de Reposição Vegetal e Manejo da Biodiversidade x x

Programa de Comunicação Social e Divu lgação x x

Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar x x

Programa de Gestão Ambiental Operacional x

Programa de Gestão de Riscos x

MONITORAMENTO

Programa de Monitoramento Meteorológico e da Qualidade do Ar x

Programa de Moni toramento de Ruídos x x

Programa de Monitoramento dos Ecossistemas Aquáticos eAquíferos Livres

x x

Programa de Monitoramento de Fauna Aquática x x

Programa de Acompanhamento das Comunidades Vizinhas x x

COMPENSAÇAOAMBIENTAL

Programa de Fortalecimento de Unidades de Conservação x x

INSERÇÂOREGIONAL

Programa de Inserção Regional x x

Programas de Gestão Ambiental

para o DISJB, abordadas em planos e programas que, porsua vez, estão divididos em Programas de Mitigação,Programas de Monitoramento e Programa deCompensação Ambiental.

É importante destacar que as ações descritas neste RIMArepresentam o primeiro passo na gestão e planejamentoambiental do DISJB, e deverão ser detalhadas e ampliadasao longo de todo o processo de licenciamento ambiental,durante a implantação e operação do empreendimento. Oconjunto de programas aqui propostos configura umSistema de Gestão Socioambiental do Empreendimento,como sintetizado no quadro a seguir.

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Page 99: Audiência Pública do RIMA

Programa de Mitigação

PLANO AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO - PAC

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS EEFLUENTES NA IMPLANTAÇÃO

Indicar medidas e técnicas construtivas para garantiro padrão de desempenho ambiental doempreendimento.

Orientar os trabalhadores das obras quanto àproteção da fauna, da flora, do ar, do solo, das águassuperficiais e subterrâneas, e orientá-los quanto aosaspectos de segurança e saúde;

Es tabelecer requis i tos mín imos para ogerenciamento, por parte das empreiteiras, dosresíduos sólidos e líquidos gerados;

Evitar ou controlar as consequências de possíveisderramamentos acidentais de poluentes durante osserviços.

Manter o cont ro le , cole ta , segregação,armazenamento, transporte, tratamento e/oudestinação final de todos os resíduos gerados, deacordo com as normas ambientais pertinentes;

Resgate e manejo da Fauna

Programas Ambientais

PROGRAMA DE SUPRESSÃO VEGETAL E RESGATE DAFLORA

PROGRAMA DE RESGATE E MANEJO DE FAUNATERRESTRE

Assegurar que as atividades de retirada de vegetaçãoocorram somente nos locais definidos para tal;

Estabelecer procedimentos metodológicos para asupressão da vegetação e manejo e destinação domaterial lenhoso e não lenhoso;

Recuperar espécimes da vegetação nativa; parareaproveitamento na revegetação da RPPN da FazendaCaruara e de outras áreas;

Monitorar a supressão vegetal e, consequentementeos espécimes a serem transplantados.

Dar suporte técnico à condução do afugentamentodirecionando, antes e durante as intervenções desupressão de vegetação;

Executar o salvamento, resgate, translocação oudestinação de espécies (prioritariamente animaisameaçados/endêmicos) para as áreas de soltura pré-selecionadas com características semelhantes dehabitat;

Aproveitar cientificamente os animais encontradosmortos, sem possibilidade de recuperação ou quedemandem a coleta científica;

Monitorar os grupos de fauna na área de influência doempreendimento.

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental95

Resgate e manejo da Flora

Page 100: Audiência Pública do RIMA

PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREASDEGRADADAS

PROGRAMA DE CONTROLE DE TRANSPORTE ETRÁFEGO

PROGRAMA DE CONTROLE DAS ATIVIDADES DEDRAGAGEM

Reduzir a degradação ambiental provocada pelasintervenções do empreendimento;

Retomar os aspectos originais da paisagem local;

Controlar e/ou evitar processos erosivos decorrentes daimplantação da obra, que possam desestabilizar oterreno.

Desenvolver medidas preventivas, corretivas,mitigadoras e de sinalização;

Aumentar a segurança dos usuários, lindeiros esistemas ecológicos;

Reduzir riscos de acidentes e promover o ordenamentodo tráfego local;

Fiscalização e supervisão ambiental para ocumprimento das ações e diretrizes estabelecidas.

As atividades de dragagem deverão seguir aspremissas, diretrizes ambientais e técnicas descritas noPlano de Dragagem;

Informar as coordenadas da área e período de dragagemà Autoridade Marítima para divulgação do Aviso aosNavegantes;

Programas Ambientais

Manter a adequada gestão de resíduos sólidos eefluentes líquidos durante a atividade de dragagem.

Divulgar informações a respeito das vagas de trabalhooferecidas, para facilitar o acesso aos postos detrabalho gerados pelo empreendimento;

Cadastrar trabalhadores com interesse em ocupar ospostos de trabalho;

Oferecer cursos de capacitação e profissionalizantes;

Priorizar a contratação de fornecedores locais deinsumos e serviços;

Promover medidas de acompanhamento e suporte paraa fase de desmobilização, de modo a possibilitar aotrabalhador sua rápida alocação em outro projeto.

Estabelecer vínculos e promover articulação permanentecom o Programa de Educação Ambiental e o Programa deComunicação Social e Divulgação;

Estabelecer ações de treinamento rotineiro e diálogosdiários de segurança, saúde, meio ambiente eresponsabilidade social;

Promover o conhecimento das característicassocioculturais e ambientais da área de influência doempreendimento.

PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO, CAPACITAÇÃO EDESMOBILIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DOSTRABALHADORES

Viveiro

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Page 101: Audiência Pública do RIMA

PROGRAMA DE DESLOCAMENTO DA POPULAÇÃOOCUPANTE DAS TERRAS SITUADAS NA ÁREA DODISTRITO INDUSTRIAL

PROGRAMA DE PROSPECÇÃO E RESGATE DOPATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

PROGRAMA DE REPOSIÇÃO VEGETAL E MANEJO DABIODIVERSIDADE

Os processos de desapropriação e realocaçãodeverão ser orientados por diretrizes que garantam atransparência e a participação das comunidades,além de assegurar a manutenção ou a melhoria dopadrão de vida da população a ser realocada.

Realizar investigação arqueológica e registrofotográfico para identificação e delimitação desítios;

Realizar sondagens e escavação para resgate dosvestígios;

Realizar tratamento e análise do material coletado nafase de resgate.

Estabelecer vínculos com entidades envolvidas ematividades de Educação Ambiental do Município;

Promover integração das linhas de educaçãoambiental com as questões de interesse dacomunidade, identificadas no contexto doPrograma de Comunicação Social e Divulgação;

Implantar um viveiro para produção de mudasempregando mudas resgatadas na área diretamenteafetada;

Recuperar áreas degradadas com as mudas acimamencionadas e com a aplicação de top soil combanco de sementes trazido da área do DISJB;

Programas Ambientais

Soltar animais resgatados em habitats pré-existentes e habitats provisórios simulandocondições naturais no interior da RPPN;

Monitorar os animais relocados e efeitos darelocação nos residentes, bem como da fauna noentorno do DISJB.

Mapear os públicos de interesse, identificando deforma sistematizada informações a respeito dosmesmos;

Criar uma mensagem-chave e um documento deperguntas e respostas com a participação dasdiversas áreas envolvidas, apresentando oposicionamento oficial da empresa sobre diversosassuntos;

Contratar agentes locais (quando necessário), paraapoiarem as ações de comunicação buscandogarantir o acesso e uma melhor divulgação dasinformações.

Efetuar o planejamento, com participação dacomunidade interessada, de projetos decapacitação técnica e administrativa paraaprimoramento de suas atividades agrícolas eextrativistas tradicionais e fortalecimento de seusmeios de comercialização;

Articular ações com as linhas de suporte à atividadeagrícola previstas no Programa de Desapropriação eRelocação da População Ocupante das Terras doDISJB.

É um dos instrumentos mais relevantes para o, pois consolida o Sistema de Gestão

Ambiental, incluindo ações deplanejamento daestrutura e organização da gestão ambiental, alémdas efetivas ações para prevenir impactos,controlar e acompanhar a eficiência dos sistemasde controle ambiental utilizados pelas empresas.

PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL EDIVULGAÇÃO

P R O G R A M A D E F O R TA L E C I M E N T O D AAGRICULTURA FAMILIAR

PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL OPERACIONALDO DISJB

DISJB

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental97

Page 102: Audiência Pública do RIMA

É responsável pela coordenação técnica dos demaisprogramas da fase operacional que estão relacionados:com o desempenho ambiental do DISJB, a qualidadeambiental da área de influência, as relações com acomunidade e a gestão de riscos ambientais.

Supervisiona o avanço dos demais programas e osresultados, estrutura um banco de dados, consolidarelatórios, avalia a eficácia das estratégias adotadas emcada programa e, caso necessário, propõe ações derealinhamento.

Este Programa envolve a formulação de linhas de ação paraa gestão de riscos relacionados às estruturas comuns,assim como diretrizes que deverão ser seguidas pelasindústrias a serem instaladas na área do DISJB.

Ações voltadas ao fortalecimento da cadeia produtiva dapesca;

Apoio às prefeituras em obras de infraestrutura urbana;

Desenvolvimento da agricultura familiar e da pescaartesanal local;

Programas de capacitação de mão de obra paraindústrias e demais atividades do CLIPA.

O monitoramento da qualidade do ar e das condições

PROGRAMA DE GESTÃO INTEGRADA DE RISCOS

PROGRAMA DE INSERÇÃO REGIONAL DOEMPREENDIMENTO

PROGRAMAS DE MONITORAMENTO

P R O G R A M A D E M O N I T O R A M E N T OMETEOROLÓGICO E DA QUALIDADE DO AR

Programas Ambientais

meteorológicas abrange o acompanhamento das variaçõesdos níveis de poluentes na atmosfera, de maneira que sepossa estimar o grau de risco ao qual os habitantes dessasáreas estarão expostos.

Promover o acompanhamento da qualidade acústica doslocais próximos aos empreendimentos, por meio demonitoramento do ruído nas fases de implantação e deoperação, de acordo com a norma NBR 10.151, da ABNT, aqual é incorporada na Resolução CONAMA nº 01/90.

De acordo com a legislação vigente (Lei Federal n°9.985/2000, art.36) “ao órgão ambiental licenciadorcompete definir as unidades de conservação a serembeneficiadas, considerando as propostas apresentadas noEIA/RIMA e ouvido o empreendedor, podendo inclusive sercontemplada a criação de novas unidades deconservação”.

Tendo em vista este fato, recomenda-se investir os recursosde compensação ambiental do empreendimentoexclusivamente na implantação e criação de unidades deconservação que protejam habitats de restinga e de mataaluvial da Baixada dos Goytacazes, priorizando:

Parque Estadual da Lagoa do Açu;

APA de Grussaí.

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE RUÍDOS

PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

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Page 103: Audiência Pública do RIMA

Programas Ambientais

P R O G R A M A D E M O N I T O R A M E N T O D O SECOSSISTEMAS AQUÁTICOS E AQUÍFERO LIVRE

Este Programa abrange a investigação da eficiência dasmedidas mitigadoras sobre ecossistemas aquáticos eaquífero livre ao longo da implantação e operação doempreendimento.

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FAUNAAQUÁTICA

PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DASCOMUNIDADES VIZINHAS

O Programa visa observar, quantificar e qualificar ascomunidades ictiofaunísticas (peixes) que vivem naslagoas e canais potencialmente afetadas peloempreendimento, por meio de monitoramento específico.

Caso se confirme a necessidade de dragagem, serárealizado o monitoramento de tarrtaruga e mamíferosmarinhos.

Este Programa visa acompanhar o comportamento dapopulação que vive na Área de Influência Direta (AID) doempreendimento de modo a registrar mudanças napopulação e interferências relacionadas à qualidade devida.

Desta forma, pretende-se identificar áreas que precisam denovos planejamentos e investimentos, tanto por parte doPoder Público quanto por parte do empreendedor.

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental99

Coleta para estudos de ictiofauna - peixes

Equipamento de Monitoramento de Plancton

Page 104: Audiência Pública do RIMA

Programas Ambientais

PROGRAMA DE INSERÇÃO REGIONAL

O empreendimento do DISJB, pela capacidade de atração de grandes indústrias para São João da Barra, traz em sioportunidades de desenvolvimento social e econômico para o município e para a região de entorno.

Atualmente estão em curso as seguintes ações com potencial de contribuição para a inserção regional dosempreendimentos do Complexo Logístico-Industrial do Porto do Açu (CLIPA):

Ações voltadas ao fortalecimento socioinstitucional e da cadeia produtiva da pesca.

Apoio à Prefeitura de São João da Barra em obras de infraestrutura urbana (drenagem e reciclagem de lixo);

Estudos para futura implantação de um novo bairro integrado à malha urbana do Distrito de Grussaí, como alternativapara fixação de população .

Programa de desenvolvimento de fornecedores eda cadeiade serviços demandada pelos novos empreendimentos.

Programas de capacitação de mão de obra para indústriase demais atividades do CLIPA.

Essas linhas de ação somadas a outras que venham a serdesenvolvidas poderão potencializar a consecução dosobjetivos de inserção regional desse complexo portuário eindustrial.

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Page 105: Audiência Pública do RIMA

Avaliação EstratégicaAvaliação Estratégica

Aspectos Socioambientais do Cenário dePlena Ocupação

OS ESTUDOS

Além dos estudos ambientais realizados para olicenciamento das infraestruturas do DISJB, sintetizadosneste RIMA, foram realizados estudos para planejamento dafutura ocupação do distrito. Os estudos incluíram além dasindústrias, o Porto do Açu com seus diferentes terminais, asduas usinas termelétricas já licenciadas na área vizinha aoPorto, além do Corredor Logístico, planejado pelo Governo.

Os estudos consideraram aspectos socioambientais que setornam estratégicos quando analisados para o conjunto dosempreendimentos. Seus resultados permitiram ter umavisão preliminar da sinergia dos impactos e benefícios dosfuturos empreendimentos, de maneira antecipar a definiçãode ações de gestão ambiental integrada do DISJB, bem

como o planejamento de políticas públicas para preparar aregião para as transformações e o desenvolvimento para elaprojetado. Apresenta-se, a seguir, a relação entre osaspectos e os impactos estratégicos associados ao cenáriode ocupação plena do DISJB.

Efeitos sobre a qualidade do ar das emissõesatmosféricas das futuras indústrias e demaisempreendimentos, bem como do tráfego associados àsua operação;

Efeitos sonoros nas vizinhanças do DISJB e ao longo dotraçado previsto para o projeto do Corredor Logístico;

Aumento de tráfego associado à implantação eoperação das futuras indústrias;

Avaliação preliminar de riscos;

·Projeções de crescimento populacional e demandasurbanas até o ano de 2025, quando se prevê a plenaocupação do DISJB;·

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental101

Page 106: Audiência Pública do RIMA

Avaliação Estratégica

Geração de empregos e de impostos decorrentes daimplantação e operação das futuras indústrias doDISJB;

Aumento no nível de atividade econômica associadoà plena ocupação do DISJB;

Transformações na forma de uso e ocupação do soloda região;

Aumento no tráfego marítimo e sua potencialinterferência com a atividade pesqueira;

Perda de vegetação nativa na totalidade da área doDISJB e do Corredor Logístico;

Geração de resíduos e criação de oportunidades denegócios ligadas à gestão de resíduos industriais;

Viabilização de oferta de gás para a região de SãoJoão da Barra, pela previsão de abastecimento doDISJB por um futuro gasoduto, que integra o projetodo Corredor Logístico.

Os estudos de impacto estratégicos mostraram ser viávela presença do conjunto de empreendimentos planejados,considerando que os mesmos adotarão modernastecnologias de produção e controle ambiental, as quaisserão detalhadas em seus respectivos licenciamentosambientais.

Como resultados dos estudos sobre o desenvolvimentoeconômico e o crescimento da população associados àocupação do DISJB, espera-se para 2025, ano previstopara sua plena ocupação, os indicadores do quadro aseguir:

Os indicadores apontam uma tendência de maior

IndicadoresCampos dosGoytacazes São João da Barra

PopulaçãoTotal em 2025 834 mil habitantes 410 mil habitantes

Crescimento 2012-2025 3,9% a.a. 17,8% a.a.

PIB

Total em 2025 US$ 27,8 bilhões US$ 19,7 bilhões

Crescimento 2012-2025 26,9% a.a5,2% a.a

Per capita 2025 US$ 33,4 mil/hab./ano US$ 48,1 mil porhabitante/ano

equilíbrio nas forças de centralidade regional entreCampos e São João da Barra.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estimadopara São João da Barra representará uma valorizaçãoeconômica importante no contexto regional edemarcando uma nova posição para o município emtermos de produtividade econômica do trabalho nocontexto estadual.

O crescimento econômico e populacional dos municípiostraz consigo novas necessidades em termos deinfraestruturas. As principais necessidades adicionais deinfraestrutura previstas são:

Sistema de captação, tratamento e distribuição de0,7 m3/s de água para abastecimento humano deSão João da Barra e de 2,1 m3/s para suprir oshabitantes de Campos;

Construção de 123 mil novas casas em São João daBarra e de 103 mil em Campos.

Em contrapartida, a geração de impostos tem grandepotencial de crescimento, principalmente – mas nãoexclusivamente - no município de São João da Barra,aumentando as chances de que as administrações locaispossam fazer frente adequadamente aos importantesencargos adicionais previstos para ordenamento territoriale provimento de infra-estruturas . Estima-se que aarrecadação anual da Prefeitura de São João da Barratenha um acréscimo devido aos empreendimentosplanejados para a região do Açu de R$ 290 milhões até2025, aumento previsto para ser da ordem de R$ 50milhões anuais para a Prefeitura de Campos dosGoytacazes.

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Page 107: Audiência Pública do RIMA

AS RECOMENDAÇÕES

No cenário de plena ocupação do DISJB são relevantes ocompromisso ambiental de cada uma das indústrias aserem instaladas no DISJB e a continuidade do Programade Gestão Ambiental do DISJB, apresentado no item deProgramas Ambientais.

Também, por conta do grande potencial que a ocupaçãofutura do DISJB tem de induzir transformações na região, eque estas transformações podem significar um salto dedesenvolvimento para a região Norte Fluminense, foramelaboradas recomendações aos poderes públicos -estadual e dos municípios da área de influência. Estas

Avaliação Estratégica

recomendações visam preparar a região para o crescimentopopulacional e econômico.

Estas recomendações visam o fortalecimento de setores dogoverno e a priorização de ações específicas dentro daspolíticas publicas, gerando condições para que odesenvolvimento esperado para a área ocorra de formaorganizada, e em bases sustentáveis do ponto de vistaambiental, social e econômico.

O Quadro a seguir apresenta uma relação dos temasabordados no EIA

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental103

RECOMENDAÇÕES AOS PODERES PÚBLICOS

Implantação do Corredor Logístico e melhorias em outras vias;

Avaliação da demanda e criação de estruturas para oferta de gás;

Revisão dos instrumentos de ordenamento territorial;

Prevenção, proteção e mitigação de enchentes;

Revitalização de rios canais e lagoas;

Fortalecimento do sistema público de gestão de resíduos sólidos;

Ampliação da capacidade de defesa civil;

Gestão do conhecimento regional e monitoramento do território;

Planejamento do Desenvolvimento regional e fortalecimento institucional.

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O empreendimento ora analisado compreendeu aimplantação e operação das infraestruturas do DistritoIndustrial de São João da Barra (DISJB) e abrange osseguintes aspectos:

Relativos à Instalação:

Liberação de uma área de 7.036 ha para implantaçãodo DISJB, de acordo com o Decreto Estadual nº41.585/2008;

Atividades de preparo do terreno, visando àimplantação das infraestruturas de uso comum doDISJB: sistema de abastecimento de água eesgotamento sanitário e industrial, macrodrenagem,rede viária, distribuição de energia elétrica, captaçãono rio Paraíba do Sul e sistema de distribuição,emissário submarino e projeto urbanístico epaisagístico;

Possível atividade de dragagem de área deempréstimo marítimo para prover material para aterrodo DISJB.

Relativos à Operação:

Operação do sistema de abastecimento de água,adução, tratamento e distribuição de água para oDISJB e demais áreas do Complexo LogísticoIndustrial do Porto do Açu (CLIPA);

Operação do sistema de coleta e tratamento de esgotosanitário das indústrias, com disposição final poremissário submarino;

ConclusãoConclusão

Operação do sistema de coleta de efluentes industriaistratados e disposição final por emissário submarino;

Operação do sistema de macrodrenagem comdestinação de águas pluviais para o canal Quitingute(existente), para o canal da Unidade de ConstruçãoNaval (UCN) projetado e licenciado, ou diretamente aoCanal Campos-Açu, que integra o objeto destelicenciamento;

Operação do sistema de resíduos das atividadesrelacionadas a tratamento de água e esgotos e demaisprestações de serviços do DISJB.

Os estudos ambientais focalizaram duas abordagens,sendo uma no nível das intervenções objeto dolicenciamento e a outra no nível estratégico.

Abordagem no nível das intervenções:

O sistema de drenagem das áreas do DISJB foiconcebido de forma a garantir a segurança da áreaindustrial contra inundações, estando compatibilizadocom a macrodrenagem da região.

Para minimizar os impactos devidos a supressão devegetação prevê-se remover e reservar para reuso, osolo superficial de todas as áreas que contenhamvegetação nativa, aproveitando-se assim o acúmulo desementes e material orgânico para processo posteriorde recomposição de ambientes naturais. São previstasatividades de acompanhamento de supressão eresgate de flora, as quais são relevantes formas demitigação de impactos além de replantios dereposição através de metodologias adequadas para oambiente de restinga.

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Page 109: Audiência Pública do RIMA

Vinculada a questão de supressão há de se atentarpara os efeitos sobre a fauna terrestre, basicamenterelativos ao afugentamento e perda de habitat. Nestec a s o s e r ã o re a l i z a d a s a t i v i d a d e s d eresgate/salvamento e monitoramento das áreas desoltura.

Verificou-se pelos estudos que a necessidade desuprimento de água do distrito é 35 vezes menor quea disponibilidade de água do rio Paraíba do Sul noponto de captação, o que confere segurançaoperacional para o funcionamento do DISJB. Alémdisso, a captação não afetará negativamente oatendimento da população do entorno, mesmotendo em vista o crescimento esperado dapopulação urbana.

A geração de empregos em uma região que careceda oferta de oportunidades de trabalho consiste emum impacto bastante relevante. Para a fase deimplantação do Distrito Industrial prevê-se quesejam gerados, em média, 3,8 mil empregos/ano aolongo de 4,5 anos (tempo de obra) alcançando até9,7 mil empregos diretos no pico da obra.Computando-se ainda o potencial de geração deempregos indiretos, estima-se um impactoextremamente relevante da oferta de postos detrabalho associadas ao empreendimento.

O aumento esperado na demanda por serviçospúblicos e infraestruturas, acarretará nanecessidade de ações concretas para reverter talquadro, tendo em vista a atual carência de taisserviços na área de influência.

A geração de impostos com a implantação do DISJBé um impacto positivo, na medida em que mesmodurante a fase de implantação de infraestruturas doDistrito haverá um incremento substancial naarrecadação de ISS, refletindo diretamente nomunicípio de São João da Barra.

Considerando a demanda de transporte de pessoal,materiais e equipamentos durante a instalação doempreendimento, o impacto de incremento de

tráfego é relevante no contexto da qualidade de vidada população local e deve ser manejado de formaeficiente e controlada para evitar maioresinterferências negativas como acidentes de trânsito.

Abordagem no nível estratégico:

·Para avaliação dos aspectos socioeconômicos maisrelevantes para o estudo de impactos no nívelestratégico, foi considerada a plena ocupação doDISJB, incluindo também o conjunto deempreendimentos em instalação ou emlicenciamento, a saber, Porto de Minério com suaretroárea, Siderúrgica da Ternium, Unidade deTratamento de Petróleo - UTP, Unidade deConstrução Naval – UCN, terminal portuário –Terminal Sul – TSUL, Usinas Termelétricas.

Conclusão

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Page 110: Audiência Pública do RIMA

Além destes empreendimentos, a plena ocupaçãoincluiu o Corredor Logístico planejado pelo governodo Estado do Rio de Janeiro, uma vez que suaimplantação é indispensável para permitir a plenaoperação do Complexo Logístico e Industrial doPorto do Açu - CLIPA, criando uma articulaçãoindependente entre a BR-101 e a área, desafogandoassim as vias locais e agilizando os fluxos detransporte para o CLIPA.

· Propõe-se um Programa de Monitoramento deQualidade do Ar integrado a um Programa de GestãoAmbiental do DISJB, em função da variedade defontes de emissão atmosférica

· Prevê-se que seja incorporado à área de entornodo DISJB um Programa de Monitoramento deRuídos com vistas a registrar conformidade daoperação além de orientar medidas de controle ouredução de ruídos quando necessárias àmanutenção desta conformidade.

· Os estudos socioeconômicos realizadossinalizam para um grande crescimento da regiãocom geração de empregos, renda e aumentosignificativo de impostos para os municípios de SãoJoão da Barra e Campos de Goytacazes,representando ainda uma real alternativa parac resc imen to da reg i ão não v incu l adaexclusivamente ao setor de petróleo e gás.

Conclui-se, assim, que o empreendimento éambientalmente viável dentro das técnicas eestratégias de execução descritas e avaliadas nesteEIA, devendo para tanto serem implementadas asmedidas e programas de mitigação, controle emonitoramento conforme proposto. Também sãorelevantes as recomendações aos poderes públicosapresentados neste EIA no sentido de mitigar osefeitos negativos e potencializar os benefíciosadvindos da implantação do empreendimento.

Conclusão

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Page 111: Audiência Pública do RIMA

Abiótico:

Acostagem:

Água Bruta

Amostragem:

Amplitude de maré:

Antrópico/Antropizada(o):

Antropização:

Aquífero:

Área de Preservação Permanente:

Arqueológico:

:

Lugar ou processo caracterizadopela ausência de vida.

ato de acostar um navio(aproximar, arrimar, encostar, pôr junto de). Ex.: uma lanchaacostou ao navio.

Água que ainda não recebeu tratamento.Ambiente: Todos os fatores (vivos e não-vivos) que de fatoafetam um organismo ou população determinados, emqualquer ponto do ciclo de vida.

Operação que consiste em extrair amostrasde solo, rocha, ar ou água de um local para análises física,química e/ou bacteriológica individuais.

Variação da altura da maré medidaentre o ponto de maré baixa até a maré alta.

Amplitude de onda: Metade da altura de onda.

Relativo à ação do serhumano no meio ambiente.

Modificações do ambiente em decorrênciade ações humanas.

Porção do subsolo capaz de armazenar efornecer água.

Área protegida nostermos dos artigos 2º e 3º da Lei nº 4.771/65 (CódigoFlorestal) e Resolução CONAMA 303/02, coberta ou nãopor vegetação nativa, com a função ambiental de preservaros recursos hídricos, a paisagem, a estabilidadegeológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora,proteger o solo e assegurar o bem-estar das populaçõeshumanas.

Sítio arqueológico, local arqueológico ouestação arqueológica é um local ou grupo de locais ondeficaram preservados testemunhos e evidências de

AAspecto Ambiental:

Aterro:

Avaliação de Impacto Ambiental:

Avaliação de Risco:

Avifauna:

Qualquer intervenção direta ouindireta das atividades e serviços de uma organização sobreo meio ambiente, quer seja adversa ou benéfica.

o de elevação de uma superfície por deposição desedimentos. Acúmulo de areia ou de terra causada porenchentes ou construções.

Espaço destinado à deposição final de resíduossólidos gerados.

Audiência Pública: (1) Consulta à população sobre umproblema ambiental ou sobre um projeto que pode causarproblemas ao meio ambiente. (2) Exposição à comunidadeinteressada ou afetada por um empreendimento ou políticaa ser implantada, previamente à implantação, da propostae, ao Meio Ambiente (RIMA), diminuindo dúvidas erecolhendo críticas e sugestões a respeito. A audiênciapública pode ser solicitada por entidade civil, peloMinistério Público ou por cinquenta ou mais cidadãos.Quando houver pedido de audiência pública, qualquerlicença concedida sem sua realização não terá validade. (3)Procedimento de consulta à sociedade, ou a grupos sociaisinteressados em determinado problema ambiental ou queestejam potencialmente afetados pelo projeto. A audiênciapública faz parte dos procedimentos, como canal departicipação da comunidade nas decisões em nível local.

Estudo realizado paraidentificar, prever e interpretar, assim como, prevenir asconsequências ou efeitos ambientais que determinadasações, planos, programas ou projetos podem causar àsaúde, ao bem estar humano e ao entorno.

Processo pelo qual os resultados daanálise de riscos são utilizados para a tomada de decisão(Sánchez, 2006).

Conjunto das aves existentes em uma região

GlossárioGlossário

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental107

Page 112: Audiência Pública do RIMA

Bacia aérea:

Bacia hidrográfica:

Baixamar:

Balneabilidade:

Batimetria:

Batipelágico:

Bentônica:

Biodiversidade:

O relevo, a cobertura dosolo e as características do clima de uma

região definem áreas homogêneas emrelação aos mecanismos responsáveis pela dispersão depoluentes no ar. Essas áreas, delimitadas pela topografia eos espaços aéreos vertical e horizontal, constituem umabacia aérea. O conceito de bacia aérea vem sendo utilizadona gestão da qualidade do ar.

(1) Área limitada por divisores deágua, dentro da qual são drenados os recursos hídricos,através de um curso de água, como um rio e seus afluentes.A área física, assim delimitada, constitui-se em importanteunidade de planejamento e de execução de atividadessócio-econômicas, ambientais, culturais e educativas. (2)Toda a área drenada pelas águas de um rio principal e deseus afluentes. (3) Área total de drenagem que alimentauma determinada rede hidrográfica; espaço geográfico desustentação dos fluxos d´água de um sistema fluvialhierarquizado.

Nível mínimo de uma maré vazante.

Balanço Hídrico: Resultado da quantidade de água queentra e sai de uma certa porção do solo em determinadointervalo de tempo.

Capacidade que um local tem depossibilitar o banho e atividades esportivas em suas águas,ou seja, é a qualidade das águas destinadas á recreação decontato primário.

Determinação da profundidade e da topografiade áreas submersas. A batimetria é expressacartograficamente por curvas batimétricas que são curvasque unem pontos de mesma profundidade comequidistâncias verticais, à semelhança das curvas de níveltopográfico.

animais aquáticos que nadam livrementeem águas de grandes profundidades, correspondentes àzona batial.

Seres marinhos que durante a vida apresentamalguma dependência ecológica do fundo do mar.

Representa a diversidade decomunidades vegetais e animais que se interrelacionam econvivem num espaço comum, que pode ser um

ecossistema ou um bioma.

Espécie ou grupo de espécies que reflete oestado biótico ou abiótico de um ambiente, o impactoproduzido sobre um habitat, comunidade ou ecossistema.

Conjunto de vida (vegetal e animal) definida peloagrupamento de tipos de vegetação contíguos eidentificáveis em escala regional, com condiçõesgeoclimáticas similares e história compartilhada demudanças, resultando em uma diversidade biológicaprópria. Biomas são as grandes 'paisagens vivas' existentesno planeta, definidas em geral de acordo com o tipodominante de vegetação. A Caatinga, o Cerrado e a FlorestaAtlântica são exemplos de biomas.

Quantidade total de matéria viva existente numecossistema ou numa população animal ou vegetal.

É o conjunto de seres vivos de um ecossistema, oque inclui a flora, a fauna, os fungos, os protistas (algasunicelulares e protozoários) e as bactérias

Bioindicador:

Bioma:

Biomassa:

Biota:

B

Cais de Atracação:

Certidão de Uso de Solo:

Cobertura Vegetal:

Contaminação:

Cordões Arenosos:

Local que, à beira deum rio ou porto, serve para embarque e

desembarque de pessoas e mercadorias.

Documento com informaçõessobre as atividades permissíveis ou toleradas, eparcelamento do solo no município.

Expressão usada no mapeamento dedados ambientais para designar tipos ou formas devegetação, natural ou plantada, que recobrem uma certaárea.

Aumento das concentrações normais dealgum microorganismo patogênico (bactérias, etc), ouelemento químico, cujas altas concentrações podem serdanosas à saúde não só de seres humanos, mas de outrosorganismos.

Terrenos arenosos praticamenteplanos com pequenas elevações aproximadamenteparalelos em relação à costa. Estes cordões formam arcosabertos voltados para o litoral com direções próximas anorte-sul, originando uma planície costeira comaproximadamente 30 km de largura.

Glossário

C

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Page 113: Audiência Pública do RIMA

Degradação ambiental: Alteraçãoimprópria às características do meio

ambiente.DDiagnóstico ambiental:

Doca elevatória:

Dragagem:

Drenagem:

É a avaliação da área deinfluência de um determinado empreendimento.

Plataforma flutuante suscetível de seralagada e, depois, esgotada, destinada a erguerembarcações da água.

Método de amostragem, de exploração derecursos minerais, de aprofundamento de vias denavegação (rios, baías, estuários, etc.) ou dragagem dezonas pantanosas, por escavação e remoção de materiaissólidos de fundos subaquosos.

Remoção natural ou artificial de águasuperficial ou subterrânea de uma área determinada; feiçãolinear negativa, produzida por água de escorrência, quemodela a topografia de uma região.

Glossário

Corpos d'água: Qualquer coleção de águas interiores.Denominação mais utilizada para águas doces, abrangendorios, igarapés, lagos, lagoas, represas, açudes etc.(Glossário MUNIC/IBGE, 2002).

Ecologia Industrial:

Ecologia da paisagem:

Ecossistema:

Efluente:

ramo das ciênciasambientais que visa analisar o sistema

industrial de modo integrado, e tendo emconta a sua envolvência com o meio biofísico envolvente,assim como do ecossistema em que se insere.

Enfatiza as paisagens naturais ouas unidades naturais da paisagem para aplicação dosconceitos de ecologia visando a conservação e manejo dosrecursos naturais e da diversidade biológica para a soluçãode problemas ambientais.

Comunidade de espécies vegetais, animaise microrganismos de um habitat que, em conjunto com oselementos abióticos do ambiente, interagem como umsistema estável e clímax.

Qualquer tipo de água ou líquido, que flui de umsistema de coleta, ou de transporte, como tubulações,canais, reservatórios, e elevatórias, ou de um sistema detratamento ou disposição final, com estações de tratamentoe corpos de água receptores. (Dicionário de Meio Ambientedo IBGE).

E

EIA/RIMA:

Emissão:

Empreendimento:

Endemismo:

Entorno:

Espécies Sinantrópicas:

ETA -

ETE -

Estratégia:

Estudo de Impacto Ambiental (EIA):

Eólico:

Instrumento Legal do LicenciamentoAmbiental, é uma exigência constitucional para a instalaçãode obra ou atividade potencialmente poluidora designificativa degradação do meio ambiente.

Ação de emitir ou expelir de si.

Toda e qualquer ação física comobjetivos sociais ou econômicos específicos, seja decunho público ou privado, que cause intervenções sobre oterritório, envolvendo determinadas condições deocupação e manejo dos recursos naturais e alteração sobreas peculiaridades ambientais.

Isolamento de uma ou mais espécies em umespaço geográfico, após uma evolução genética diferentedaquelas ocorridas em outras regiões.

Área que circunscreve um território.

Pertencente ou relativo ao vento.

São aquelas que vivempróximas às habitações humanas devido à disponibilidadealimento e abrigo, servindo-se de frestas em paredes eforros de telhado, ou mesmo objetos empilhados emquintais para se abrigar. Entre eles estão ratos, pombos,baratas, mosquitos, entre outros.

Estação de Tratamento de Água: É a parte do sistemade abastecimento de água onde ocorre o tratamento da águaatravés de processo físicos e químicos, para que esta fiqueem condições adequadas para consumo e posteriormentedistribuição à população.

Estação de Tratamento de Efluentes: é a unidadeoperacional do sistema de esgotamento sanitário queatravés de processos físicos, químicos ou biológicosremovem as cargas poluentes do esgoto, devolvendo aoambiente o produto final, efluente tratado, emconformidade com os padrões exigidos pela legislaçãoambiental.

Habilidade de aplicar os meios disponíveiscom vista à consecução de objetivos específicos.

Estudo detalhadodestinado a identificar e avaliar todas as alterações quedeterminada atividade poderá causar ao meio ambiente.

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

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Page 114: Audiência Pública do RIMA

Fauna:

Fitofisionomias:

Fitoplâncton:

Fitossociologia:

Flora:

Fluvial:

Conjunto de espécies animais deuma determinada região.

Classificação dos tipos devegetação observados em diferentes regiões

do planeta (exemplo: caatinga, cerrado, savana, florestaombrófila e etc.).

Fitogeografia: Ramo diferenciado da Botânica, que trata domodo de distribuição das plantas no globo e das razõesdessa distribuição.

Conjunto dos organismos aquáticosmicroscópicos que têm capacidade fotossintética e quevivem dispersos flutuando na coluna de água.

Ciência que trata das comunidadesvegetais quanto à origem, estrutura e relações com o meio.

Conjunto de espécies vegetais (plantas, árvores,etc.) de uma determinada região ou ecossistemaespecífico.

Relativo a rio. Que vive nos rios, próprio dos rios.Produzido pela ação dos rios.

F

Geologia:

Geomorfologia

Georreferenciamento:

Ciência que estuda a históriada Terra utilizando as rochas como

ferramentas.

: É a ciência que estuda e interpreta asformas do relevo terrestre e os mecanismos responsáveispela sua modelação.

Tornar coordenadas conhecidasnum dado sistema de referência.

G

Gleissolo:

Geotécnica:

Granalha:

Granel sólido:

Granel líquido:

Tipos de solos constituídos por areia fina eargila, oriundos de antigos brejos assoreados. Geralmenteestão associados à paleocanais, distribuídos entre ascolinas aplainadas. Este tipo de solo é aproveitado paraagricultura, pois são ricos em matéria orgânica.

Ramo da geologia que utiliza a informaçãogeológica como subsídio para elaboração de projetos eexecução de obras de engenharia.

Pequenos fragmentos, em forma de grânulos oude palhetas, a que se reduz o metal fundido.

Todo líquido transportado diretamente nosporões do navio, sem embalagem e em grandesquantidades, e que é movimentado por dutos por meio debombas.

Todo sólido fragmentado ou grão vegetaltransportado diretamente nos porões do navio, semembalagem e em grandes quantidades.

Habitat:

Hidrodinâmica:

Hidrocarboneto:

Ambiente que oferece umconjunto de condições favoráveis para o

desenvolvimento, a sobrevivência e areprodução de determinados organismos.

Parte da Mecânica dos Fluidos queestuda o escoamento dos fluidos. Estuda os fluidos sujeitosa forças externas que induzam movimento. Uma vez que osfluidos não apresentam resistência quando submetidos aforças de cisalhamento, a ação de forças externas, sejamforças de contato ou forças gravitacionais, induzmovimento sobre fluidos ou parte de fluidos não contidospor recipientes (como a superfície dos oceanos e rios).

É um composto químico constituídoessencialmente por átomos de carbono e de hidrogênio.Hidrocarbonetos geralmente líquidos geologicamenteextraídos são chamados de petróleo (literalmente “óleo depedra”) ou óleo mineral, enquanto hidrocarbonetosgeológicos gasosos são chamados de gás natural.

H

Ictiofauna:

Ictioplâncton:

Conjunto das espécies depeixes que existem numa determinada

região biogeográfica.

Componente do ambiente planctônicocomposto pelos primeiros estágios de vida de peixes.

I

Glossário

Deve ser elaborado apenas para as atividades capazes deprovocar impactos significativos.

São todos e quaisquer estudosrelativos aos aspectos ambientais relacionados àlocalização, instalação, operação e ampliação de umaatividade ou empreendimento, apresentado como subsídiopara a análise da licença requerida, tais como: relatórioambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatórioambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano demanejo, plano de recuperação de área degradada e análisepreliminar de risco. (Resolução Conama nº 237/97).

Estudos Ambientais:

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Page 115: Audiência Pública do RIMA

Geralmente são os ovos e larvas de peixes teleósteos. Sãomais comuns no ambiente marinho.

Fato que pode ocorrer a qualquer momento.

Impacto Ambiental: Qualquer alteração das propriedadesfísicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causadapor qualquer forma de matéria ou energia resultante dasatividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam asaúde, a segurança e o bem-estar da população, asatividades sociais e econômicas, a biota, as condiçõesestéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dosrecursos ambientais.

Ação resultante em danos àqualidade de um fator ou parâmetro ambiental.

Impacto ambiental direto queocorre dentro dos limites territoriais do município.

É todo e qualquer impactoambiental que diretamente (área de influência direta doprojeto), no todo ou em parte, o território de dois ou maisEstados. (Resolução Conama nº 237/97).

Estabelecer, inaugurar.

Indicadores: São índices de medida que nos ajudam acompreender uma determinada situação. Por exemplo: onúmero de árvores por habitante de um município indica asua cobertura vegetal e é um dos indicadores de suaqualidade ambiental. Este número pode ser comparado aorecomendável e usado para decidir se é necessário plantarmais árvores. Depois, este mesmo indicador servirá paramedir o sucesso ou fracasso de um programa dereflorestamento.

Combinação de fatores de produção, diretos(matérias-primas) e indiretos (mão de obra, energia,tributos), que entram na elaboração de certa quantidade debens ou serviços.

Essencial; inseparável; próprio einerente.

Ação ou efeito de introduzir-se, contra o direitoou as formalidades, de proceder como intruso. No estudoem questão, representa o ingresso de águas salinas, pordesbalanço hidrológico do aquífero subterrâneo.

Iminente:

Impacto Ambiental Adverso:

Impacto Ambiental Local:

Impacto Ambiental Regional:

Implantar:

Insumos:

Intrinsecamente:

Intrusão:

Lençol Freático:

Lêntico:

Licença Ambiental:

Depósito subterrâneode água situado a pouca profundidade.

Refere-se a habitats aquáticoscaracterizados por águas calmas e paradas.

(ex. lagos, poças).

Ato administrativo pelo qual o órgãoambiental competente estabelece as condições, restriçõese medidas de controle ambiental que deverão serobedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica,para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentosou atividades utilizadoras dos recursos ambientaisconsideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ouaquelas que, sob qualquer forma, possam causardegradação ambiental. (Resolução Conama nº 237/97).

L

Licença Prévia (LP):

Lixiviação:

Lótico:

É o documento que deve sersolicitado na fase preliminar de planejamento da atividade,correspondente à fase de estudos para definição dalocalização do empreendimento.

Licenciamento Ambiental: Procedimento administrativopelo qual o órgão ambiental competente licencia alocalização, instalação, ampliação e a operação deempreendimentos e atividades utilizadoras de recursosambientais, consideradas efetiva ou potencialmentepoluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possamcausar degradação ambiental, considerando asdisposições legais e regulamentares e as normas técnicasaplicáveis ao caso. (Resolução Conama nº 237/97).

Processo que sofrem as rochas e solos, aoserem lavados pelas águas das chuvas. Nas regiõesequatoriais e nas áreas de clima úmido verifica-se commaior facilidade os efeitos da lixiviação.

Refere-se a habitats aquáticos caracterizados poráguas correntes. (ex. rios, riachos).

Macrófitas:

Manancial:

Planta geralmente deespécie aquática (ex.: agarapé) de

tamanho macroscópico.

São as fontes, superficiais ou subterrâneas,utilizadas para abastecimento humano e manutenção deatividades econômicas.

M

Glossário

Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra

Rima - Relatório de Impacto Ambiental111

Page 116: Audiência Pública do RIMA

tóxicos aos animais e às plantas. Esses metais acumulam-se no organismo ao invés de se degradarem ou dissiparem,causando diversas doenças degenerativas. Dois elementosnão-metálicos, o arsênico e o selênio, também integram ogrupo. Embora o alumínio não seja um metal pesado,também é tóxico para as plantas.

Sistema de tubulações por onde setransportam minérios a longas distâncias.

Ministério do Meio Ambiente.

A modelagemcomputacional é a área que trata da simulação de soluçõespara problemas científicos, analisando os fenômenos,desenvolvendo modelos matemáticos para sua descrição,e elaborando códigos computacionais para obtençãodaquelas soluções.

Conjunto de fórmulas, equações erepresentações gráficas que expressam numericamentesituações ideais que simulam as condições naturais.

Estrutura marítima enraizada em terra, e que podeservir de quebra-mar ou cais acostável.

Trata-se do ato de acompanhar ocomportamento de determinado fenômeno ou situaçãocom o objetivo de detectar riscos e oportunidades.

Procedimento destinado averificar a variação, ao longo do tempo, das condiçõesambientais em função das atividades humanas.

Mineroduto:

MMA:

Modelagem computacional:

Modelo numérico:

Molhes:

Monitoramento:

Monitoramento ambiental:

Nível freático:

Nectônica:

Normativo:

Refere-se à profundidadeem que se encontra a água de subsuperfície,

ou zona de saturação e/ou água subterrânea.

Organismos aquáticos flutuantes capazes denadar por movimentos próprios como os peixes, baleias, etc.

Que tem a atribuição de estabelecer normas.

N

Organossolo: É um tipo de solo orgânicopouco evoluído de coloração preta, cinzenta

muito escura, ou marrom, e com elevadosteores de carbono orgânico. São solos fortemente ácidos,com baixa saturação em base.

O

Glossário

Manejo ambiental:

Mata Ciliar:

Material Orgânico:

Matriz de planejamento:

Meio ambiente:

Meio biótico:

Meio Físico:

Meio Socioeconômico:

Metais pesados:

Medidas mitigadoras:

Ato de intervir no meio natural combase em conhecimentos científicos e técnicos, com opropósito de promover e garantir a conservação da natureza.

Formação vegetal localizada nas margens dosrios, córregos, lagos, represas e nascentes

Todos os elementos vivos e não vivosdo solo que contêm compostos de carbono,ou seja, eleserve para fertilizar o solo

Utilizada para expressar deforma clara e concisa as intervenções propostas pararesolver determinado problema. Na matriz estãorelacionadas as possíveis estratégias para alcançar osresultados desejados, juntamente com as atividades,insumos, custos, responsáveis pelas ações e meios para severificar se o que foi proposto de fato ocorreu e atingiu osobjetivos originais.

São aquelas destinadas a prevenirimpactos negativos ou a reduzir sua magnitude. É preferívelusar a expressão “medida mitigadora” em vez de “medidacorretiva”, uma vez que a maioria dos danos ao meioambiente, quando não pode ser evitada, pode apenas sermitigada ou compensada.

Conjunto dos agentes físicos, químicos,biológicos e dos fatores sociais susceptíveis de exerceremum efeito direto ou mesmo indireto, imediato ou a longoprazo, sobre todos os seres vivos, inclusive o homem.(Dicionário de Meio Ambiente, IBGE).

Conjunto de todos os agentes biológicosque compõem o meio ambiente como um todo.

Conjunto de todos os agentes Físicos(Geologia, Relevo, Solos, Clima etc.), que compõem omeio ambiente como um todo.

Conjunto de todos os agentessociais que caracterizam as condições humanas,econômicas e culturais de determinada área.

Grupo de metais de peso atômicorelativamente alto. Alguns, como zinco e ferro, sãonecessários ao corpo humano, em pequeníssimasconcentrações. Outros, como chumbo, mercúrio, cromo ecádmio, mesmo em baixas concentrações costumam ser

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Page 117: Audiência Pública do RIMA

Planície Aluvial:

Paleontologia:

Parâmetros:

Pelágico:

Planctônica:

Plano de Controle Ambiental (PCA):

Plano Diretor:

Plataforma continental:

Pluvial:

Poluição:

São terrenos baixos eplanos junto aos cursos d'água e são

formadas por sedimentos erodidos etransportados principalmente pelos rios.

Ciência natural que estuda a vida dopassado da Terra e o seu desenvolvimento ao longo dotempo geológico, bem como os processos de integração dainformação biológica no registo geológico, isto é, aformação dos fósseis.

Significa o valor de qualquer das variáveis deum componente ambiental que lhe confira uma situaçãoqualitativa ou quantitativa. Valor ou quantidade quecaracteriza ou descreve uma população estatística. Nossistemas ecológicos, medida ou estimativa quantificável dovalor de um atributo de um componente do sistema.

Zona pelágica ou domínio pelágico é a regiãooceânica onde vivem normalmente seres vivos que nãodependem dos fundos marinhos (o bentos e os organismosdemersais).

Conjunto de organismos aquáticos queflutuam na superfície ao sabor das correntes. Em sua maioriasão seres microscópicos.

Estudo ambientalque, além da apresentação do empreendimento, identificaos impactos gerados, suas magnitudes e as diversasmedidas mitigadoras, tudo dentro de planos e programasambientais.

Instrumento básico de planejamento de umacidade e que dispõe sobre sua política de desenvolvimento,ordenamento territorial e expansão urbana.

Porção dos fundos marinhos quecomeça na linha de costa e desce com um declive suave atéao talude continental (onde o declive é muito maispronunciado). Em média, a plataforma continental desce atéuma profundidade de 200 metros, atingindo as baciasoceânicas.

Relativo à chuva; que provém da chuva. Águaspluviais, águas de chuva.

É a degradação da qualidade ambiental resultantede atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a

Psaúde, a segurança e o bem-estar da população, criemcondições adversas às atividades sociais e econômicas,afetem desfavoravelmente a biota, afetem as condiçõesestéticas ou sanitárias do meio ambiente, e lancemmateriais ou energia em desacordo com os padrõesinternacionais estabelecidos.

Nível máximo de uma maré cheia.

: Projeção da provável situaçãofutura do ambiente potencialmente afetado caso a propostaem análise (projeto, plano, programa ou política) sejaimplementada.

Preamar:

Prognóstico ambiental

QQualidade da água: Características

químicas, físicas e biológicas relacionadascom o seu uso para um determinado fim.

RRecuperação ambiental:

Recurso natural:

É uma série deatitudes visando devolver ao ambiente suas

características, a estabilidade e o equilíbriodos processos atuantes naquele determinado ambientedegradado.

Toda matéria e energia que ainda nãotenha sofrido um processo de transformação e que é usadadiretamente pelos seres humanos para assegurar asnecessidades fisiológicas, socioeconômicas e culturais,tanto individuais quanto coletivas.

Relatório de Impacto Ambiental (RIMA):

Resíduo:

Risco ambiental:

Documentoque reflete as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental,redigido em linguagem acessível, de modo que se possaentender as vantagens e desvantagens de um projeto, bemcomo todas as consequências ambientais de suaimplementação.

Material descar tado, individual oucoletivamente, pela ação humana, animal ou porfenômenos naturais, que pode ser nocivo à saúde e ao meioambiente quando não reciclado ou reaproveitado.

Potencial de realização deconseqüências adversas para a saúde ou vida humana, parao ambiente ou para bens materiais. (Segundo Society forRisk Analysis).

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Page 118: Audiência Pública do RIMA

TTeores de não conformidade:

Valores/concentrações acima do limitedefinido por uma norma de qualidade de água

ou sedimento, por exemplo

UUnidades de Conservação:

Usina Termoelétrica:

Porções doterritório nacional com características de

relevante valor ecológico e paisagístico, dedomínio público ou privado, legalmente instituídas pelopoder público com limites definidos sob regimes especiaisde administração, aos quais se aplicam garantiasadequadas de proteção. Exemplo: Parque Nacional,Reservas Biológicas, Estações Ecológicas.

Instalação industrial usada parageração de energia elétrica/eletricidade a partir da energialiberada em forma de calor, normalmente por meio dacombustão de algum tipo de combustível renovável ou nãorenovável.

Vazão:

Vegetação:

Certo volume transportado em umintervalo de tempo (Ex.: litros por segundo,

metros cúbicos por segundo).

(1) Conjunto de vegetais que ocupam umadeterminada área; tipo da cobertura vegetal; ascomunidades das plantas do lugar; termo quantitativocaracterizado pelas plantas abundantes. (2) Quantidade totalde plantas e partes vegetais como folhas, caules e frutos queintegram a cobertura da superfície de um solo. Algumasvezes o termo é utilizado de modo mais restrito para designaro conjunto de plantas que vivem em determinada área.

V

Glossário

Salinidade:

Sanção:

Sazonal:

Serviços ambientais:

Sinergia:

SISNAMA:

Software:

Susceptíveis:

Supressão vegetal:

É a medida da quantidade desais existentes em massas de água naturais -

um oceano, um lago, um estuário ou umaquífero. A água dos oceanos da Terra tem uma salinidademédia aproximada de 35.

Medida repressiva infligida por uma autoridade.

Relativo à estação do ano, próprio de umaestação.

Serviços prestados pelosecossistemas em estado natural ou pouco alterados, taiscomo conservação e oferta de água, regulação do clima,conservação do solo e controle de enchentes.

Conceito derivado da Química. Indica umfenômeno no qual o efeito obtido pela ação combinada deduas substâncias diferentes é maior do que a soma dosefeitos individuais dessas mesmas substâncias. O empregodesse termo indica, portanto, a potencialização dosprocessos de cooperação.

Sistema Nacional de Meio Ambiente,constituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados,do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bemcomo as fundações instituídas pelo Poder Público,responsáveis pela proteção e melhoria da qualidadeambiental. Tem como principais funções: (i) implementar aPolítica Nacional do Meio Ambiente; (ii) estabelecer umconjunto articulado de órgãos, entidades, regras e práticasresponsáveis pela proteção e pela melhoria da qualidadeambiental; e (iii) garantir a descentralização da gestãoambiental, através do compartilhamento entre os entesfederados (União, Estados e Municípios).

Qualquer programa ou conjunto de programasde computador.

Que pode receber certas modificações,impressões, qualidades.

Extinção, eliminação, desaparição dacobertura vegetal.

STermo de Referência (TR):

Terraplenagem:

Topografia:

Tramitação:

Turbidez:

Conjunto de critériosexigidos para a realização de determinada atividade.

Ato de planificar, alinhar o terreno paraexecutar uma obra. É a preparação do terreno para seconstruir algo, ou seja, deixá-lo livre de ondulações efalhas.

Ciência que estuda todos os acidentesgeográficos definindo a situação e a localização deles podeficar em qualquer área. Tem a importância de determinaranaliticamente as medidas de área e perímetro, localização,orientação, variações no relevo, etc. e ainda representá-lasgraficamente em cartas (ou plantas) topográficas.

Sequência de procedimentos para sealcançar um efeito ou objetivo.

Grau de interferência com a passagem da luzatravés da água – aparência turva, não tranparente.

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Page 119: Audiência Pública do RIMA

Glossário

Vertente: Declive de montanha, por onde derivam aságuas pluviais.

Zoneamento ambiental:

Zoogeografia:

Trata-se daintegração harmônica de um conjunto de

zonas ambientais com seu respectivo corponormativo. Possui objetivos de manejo e normasespecíficas, com o propósito de proporcionar os meios e ascondições para que todos os objetivos da Unidade possamser alcançados. É instrumento normativo do Plano deGestão Ambiental, tendo como pressuposto um cenárioformulado a partir de peculiaridades ambientais diante dosprocessos sociais, culturais, econômicos e políticosvigentes e prognosticados para uma determinada área deestudo e sua região.

ramo da biogeografia que estuda adistribuição geográfica das espécies animais.

Z

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Equipe TécnicaEquipe Técnica

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Equipe Técnica

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