ats e qualificação dos prestadores em saúde josé cechin ans julho 2009

Post on 19-Apr-2015

103 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

ATS e qualificação dos ATS e qualificação dos

prestadores em saúdeprestadores em saúde

José CechinANS julho 2009

2

Incorporação de

tecnologia e crescimento

de custos

Incorporação de

tecnologia e crescimento

de custos

3

Gasto em saúde - % PIB

US

UK

22

30

GEGE

CACA

JA

FRFR

4

Fatores determinantes do aumento dos gastos

• Incorporação de novas tecnologias

•Aumento das rendas

•Envelhecimento aumento das crônicas

•Transição epidemiológica

•Outros

• Estilos de vida

• Risco do risco: erro médico e medicina defensiva

• Estímulo errado: pagar pela quantidade e não qualidade

5

Perfil etário dos gastos com Cuidados Curativos - UE

Fonte: Westerhout e Pellikaan (2005: pg.8)

6

Rumos da saúde suplementar

Japão: Gastos projetados com saúde, segundo fatores - 2035

Gastos em 2005 33.1

Tecnologia médica 23.7

Renda 16.8

Envelhecimento 10.6

Mudanças de protocolos 9.4

Gasto estimado em 2035 93.6

Trilhões de yens.

6,6% PIB

13,5% PIB

39,2

27,8

17,5

15,5

7

Avaliação de Tecnologia

em Saúde – posição das

OPS

Avaliação de Tecnologia

em Saúde – posição das

OPS

8

SS e Incorporação – passiva/reativa

Conforme Rol da ANS (Lei 9.656)Última atualização em abril/2008ANS promete atualizações bianuaisCâmara Técnica para discutir incorporação

Por pressão dos beneficiários, prestadores e judiciárioAdotadas pioneiramente por prestadores (concorrência)Demandadas por empresas contratantes Inicialmente não reconhecidas e negadas, masCom aumento da frequência da demanda e com

possíveis decisões judiciais as OPS identificam como parte da cobertura incorporam e as ANS inclui no rol.

9

Visão da SS

A SS apóia o processo de ATS

• Tomar decisão com base em informação

• Evitar o uso de tecnologias não efetivas

• Evitar o uso de tecnologias com potencial de gerar mais riscos do que benefícios

• Evitar gastos desnecessários

• Melhorar a qualidade da assistência

10

Surgimento da ATS

ATS surgiu nos anos 1980

2003 GT Permanente para ATS (GT-ATS, MS e MCT)

2005 Comissão para Elaborar Política Nacional de Gestão de Tecnologia em Saúde

2008: Portaria Nº 2.587/GM reestrutura a Comissão de Incorporação de Tecnologia em Saúde

11

Avaliação do problema

A ATS deve estabelecer:

• População para a qual a tecnologia deve ser considerada

• Tecnologia de interesse

• Alternativa tecnológica, quando existente

• Resultado ou desfecho de interesse

12

Desafios a serem implementados

1. Definir as prioridades do sistema de saúde de forma clara e explícita - tudo para todos não bem prioridade

2. Reconhecer as limitações metodológicas do processo de ATS.

3. Educar os atores do sistema de saúde sobre os métodos e técnicas do processo de ATS.

4. Reconhecer que muitas das decisões precisarão ser tomadas e baseadas no bom senso e na pouca informação disponível.

13

Ameaças à implementação

1. Indefinição ou falta de clareza no objetivo a cerca do processo de avaliação de tecnologias

2. Insuficiência de dados locais ou nacionais sobre a potencial efetividade das intervenções nas comunidades

3. Ausência de dados sobre o consumo de recursos com e sem a intervenção da tecnologia proposta e ausência de custos associados ao processo de cuidar utilizando essa tecnologia

14

Ameaças à implementação

4. Parcialidade no processo por não considerar na plenitude todos os aspectos envolvidos na avaliação de novas tecnologias;

5. Falta de recursos humanos capacitados para realizar e validar o processo de avaliação de forma ampla, na velocidade e com a qualidade mínima desejada, dada a rapidez com que novas tecnologias são geradas e disponibilizadas;

6. Dificuldade de identificar interesses específicos no processo de avaliação, que influenciam decisões não alinhadas com os interesses coletivos.

15

Efetivar avaliação de tecnologia

• Dinamizar órgãos responsáveis pela ATS

• Criar listas de tecnologias custo-efetivas

• Tecnologias custo-efetivas seriam de utilização pelo SUS e constariam do Rol da SS.

• Orientaria decisões judiciais

16

José Cechin

INSTITUTO DE ESTUDOS DE SAÚDE SUPLEMENTAR

jcechin@iess.org.br

www.iess.org.br

55 11 3706.9747

17

Indivíduo como fim último

das ações de saúde

Indivíduo como fim último

das ações de saúde

18

Aspirações do indivíduo

• Vida longa, prazerosa, saudável, sem dor

• Diagnóstico rápido e preciso (com as melhores técnicas)

• Tratamento na medida certa para recuperação segura, rápida e sem sofrimento, com as melhores técnicas

– Gastar o mínimo com a melhor tecnologia– Não confundir a técnica mais recente, sofisticada e cara com a

melhor técnica para cada caso

• Promoção da saúde e prevenção da doença– Em tese, deseja– Na prática sucumbe às tentações do prazer imediato ás custas do

amanhã

19

Tendência crescente

• A busca de valor, mas ...– Estamos usando mais serviços médicos – mais

cuidado, mais diagnósticos e mais prescrições mais saúde?

– Terceiro pagador – mascara a relação custo-efetividade para o paciente, ignora custo-efetividade, induz ao sobre uso, pressiona custos

20

Remunerações

• Alinhar incentivos para– ter oferta adequada

• prestador estrangulado financeiramente não investe• excesso de capacidade induz demanda

– promover eficiência, qualidade, melhores escolhas do consumidor

– reduzir nível de conflito entre prestador e operadora

– conter custos será resultado, caso• prevaleçam práticas custo-efetivas• se evitem o “over-” e o “under-treatment” - “tratamento

na medida certa”

21

P4P - Pagamento por Desempenho

• Novidade – para atender a perspectiva do consumidorNovidade – para atender a perspectiva do consumidor

• Prestadores são pagos por atingirem metas acordadas de Prestadores são pagos por atingirem metas acordadas de desempenho e eficiênciadesempenho e eficiência

• Pagamento negado quando há consequências negativas do Pagamento negado quando há consequências negativas do dos cuidados, como erros ou elevação de custosdos cuidados, como erros ou elevação de custos

• Essência do P4P: Value for moneyEssência do P4P: Value for money• Porter - “Repensando sistemas de saúde”Porter - “Repensando sistemas de saúde”• Institute for Business Value da IBM “Saúde 2015 ....”Institute for Business Value da IBM “Saúde 2015 ....”

• Foco no resultado - o preço refletiu valor?Foco no resultado - o preço refletiu valor?

22

P4P

• Eficiência, efetividade ... são critérios insuficientesEficiência, efetividade ... são critérios insuficientes

• Não basta saber se paciente sobreviveu ou não ao Não basta saber se paciente sobreviveu ou não ao procedimento, se foi feito com eficiência, se foi efetivoprocedimento, se foi feito com eficiência, se foi efetivo

• Precisa verificar Precisa verificar • se o procedimento era necessáriose o procedimento era necessário• que alternativas havia que alternativas havia • sobrevida após intervençãosobrevida após intervenção• qualidade de vida depois comparada com antesqualidade de vida depois comparada com antes• se atendeu as expectativas do paciente (o paciente se atendeu as expectativas do paciente (o paciente

voltou a enxergar depois da cirurgia de catarata)voltou a enxergar depois da cirurgia de catarata)

• Pagamento com base no valor .... mas o que é valor?Pagamento com base no valor .... mas o que é valor?

23

Valor – “Value for money”

24

Responsabilização do Responsabilização do

indivíduoindivíduo

Responsabilização do Responsabilização do

indivíduoindivíduo

25

Responsabilização do indivíduo

• O Indivíduo é sempre o pagador em última instância

• Mas nem sempre é isso que lhe parece

• Racionalidade individual difere da coletiva

– Tende a consumir em excesso, pressionando custos

– Menospreza a adoção de hábitos saudáveis de vida

– Consequência de hábitos inadequados afeta a ele no futuro e afeta também toda a coletividade

26

Exemplo – obesidade nos Estados Unidos

2007

top related