as estruturas clínicas na contemporaneidade

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Saude Mental

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As Estruturas Clínicas na Contemporaneidade[1].

 

 

Fernando A.R. de Gusmão –

fargusmao@ig.com.br[2]

 

  Resumo: A Psicanálise propõe que, a partir da castração, um dos três modos de negação do Édipo pode surgir e, conseqüentemente, três estruturas clínicas se tornam possíveis: a neurose, a psicose e a perversão. Lacan confirma dois entendimentos clínicos: um estruturalista - descontinuista e categorial; outro borromeano, elástico e baseado sobre uma visão genérica da forclusão. Na clínica borromeana

considera-se a coexistência de fenômenos das diferentes estruturas atuando no sujeito de forma concomitante, com a momentânea evidência de uma delas. Nos últimos anos, novas patologias mentais, entre elas as depressões, o pânico, as adições, as doenças psicossomáticas e os distúrbios da alimentação, estão se fazendo presentes levando ao questionamento quanto a efetivas possibilidades de serem reduzidas às estruturas clínicas clássicas. No entanto, a clínica, ao tratar do homem da contemporaneidade, com seus novos problemas, não pode cogitar de approachs que possam ser produzidos a priori e colocados nas prateleiras para serem vendidos como simulacros dos psicofármacos atuais para uma certa classe de analisantes, rotulados na conformidade da sua estrutura psíquica. 

 

 

Palavras Chaves: Lacan; estruturas;

neurose; psicose; perversão; pós-

modernidade.

 

 

Introdução

 

Entendida como uma

organização, a Estrutura Psíquica

guarda, em geral, um campo dinâmico e

sistemático de elementos, no qual

existem regras, ordem, princípio de

racionalidade e cujas funções e

propriedades se harmonizam.

Enquanto “em psicopatologia, a

noção de estrutura corresponde àquilo

que, em um estado psíquico mórbido ou

não, é constituído por elementos

metapsicológicos profundos e

fundamentais da personalidade, fixados

em um conjunto estável e definitivo”.

(Bergeret, 1998, p. 51)[3], para a

Psicanálise as Estruturas Clínicas

demonstram o modo de relação do

sujeito com o seu desejo.

A Psicanálise preconiza que os

seres humanos podem apresentar três

estruturas clínicas fundamentais: a

Neurose, a Psicose e a Perversão.  Esses

termos têm um sentido específico e

próprio no âmbito da teoria freudiana,

não se expressando da mesma forma que

na Psicopatologia, onde são descritos,

inclusive, como entidades mórbidas.

Bisaccio propõe, em “Variantes

da Escuta”[4], que as Estruturas

Clínicas, “são um modo de responder à

castração, um fato de linguagem, um

particular discurso”. Isso quer dizer que,

para a Psicanálise, os termos neurose,

psicose e perversão, indicam, antes de

tudo, caminhos e/ou escolha subjetivas.

De um ponto de vista dinâmico,

Freud indica que o ser humano se

humaniza a partir da constituição de sua

estrutura psíquica, que, conforme foi

dito, é formada por funções, sistemas,

relações e articulações. O momento

constitutivo dessa estrutura dá-se

quando da inscrição do infante no

universo simbólico. Se não ocorrer sua

inscrição no universo simbólico não

haverá constituição de uma estrutura e a

cria humana não se humanizará. Em se

dando a inscrição no universo

simbólico, ela se fará pela estrutura,

utilizando uma daquelas vias: a neurose,

a psicose, ou a perversão.

Observando mais de perto as

três Estruturas Clínicas estudadas por

Freud, tem-se que, na neurose, o sujeito

separaria o afeto da idéia e negaria a

castração através do mecanismo do

recalque. A idéia “indesejável” seria,

assim, mantida afastada da consciência e

o sintoma neurótico se constituiria

quando do retorno do que houvesse sido

recalcado, através de uma configuração

simbolizada. Já no caso da psicose,

ocorreria, ainda conforme Lacan, a

foraclusão[5] do Nome-do-pai,

mecanismo específico que remeteria à

rejeição desse significante. O eu

rechaçaria ao mesmo tempo a

representação insuportável e o seu afeto

e, desse modo, nenhum traço seria

guardado e a lacuna permaneceria

foracluída. Por sua vez, a perversão é,

também, colocada por Lacan em termos

estruturais e não como um desvio da

pulsão. A perversão surge, então, como

uma defesa contra a angústia de ser

devorado pelo desejo insaciável da mãe.

Portanto, na perversão, o sujeito, em

lugar de negar, desmentiria a castração.

Nessa linha de entendimento

podem ser considerados determinados

aspectos basilares no que diz respeito às

Estruturas Clínicas, a saber:

1) em psicanálise o diagnóstico

é sempre estrutural, fundamentando-se

nos discursos dos analisantes,

articulados à sua narrativa, incluindo-se

aí o analista, através da transferência;

2) a estrutura da linguagem leva

a distintos “efeitos” no sujeito;

3) o sintoma é o elemento de

amarração, ou melhor, uma forma de

amarração através da qual o sujeito se

assenta na estrutura;

4) para que se possa obter um

diagnóstico diferencial dentre as

Estruturas Clínicas – neurose, psicose e

perversão – deve-se conhecer as

prováveis representações das

amarrações do sujeito na estrutura,

sejam elas: o recalque, a foraclusão ou o

desmentido.

 

As Estruturas Clínicas Vistas por

Lacan

 

Freud situou no contexto do

complexo de Édipo as gêneses das

diferentes Estruturas Clínicas. Em

outras palavras, dependendo de como o

sujeito lida com a castração, diferentes

estruturas serão constituídas. Por isso,

para um melhor entendimento quanto às

Estruturas Clínicas no modelo

freudiano, faz sentido analisar os três

tempos do Édipo, conforme a leitura

proposta por Lacan no Seminário V, na

parte "A Lógica da Castração”:

No primeiro tempo do Édipo há

uma imputação fálica do infante pela

mãe, que o adota qual um “objeto de

desejo”. Posta no contexto fálico, a

criança se identifica de modo imaginário

como objeto de desejo da mãe,

procurando atender a esse desejo.

Concomitantemente, a criança vai

exercendo uma responsabilidade fálica

no universo que lhe abraça. A castração

permite ao infante descobrir,

progressivamente, que é um equívoco

tentar abrigar integralmente o desejo da

mãe. Desse modo, se a criança se

identifica ao "ser o falo” para a mãe, é

somente em um momento posterior,

através do Nome-do-Pai[6], que ela terá

acesso à referência fálica.

O segundo tempo é apontado

por Lacan como o “momento privativo

do complexo de Édipo”. Aí, o pai

interfere de modo efetivo como privador

da mãe. O pai surge, nesse instante,

como todo-poderoso, na medida em que

é responsável pela privação da mãe ao

objeto de seu desejo. Dito de outra

maneira, ele torna adequada a relação da

criança com sua mãe. Dessa maneira, a

interdição da mãe em fazer da criança

objeto de seu desejo denota que, nesse

caso, o que é castrado não é o sujeito,

mas, sim, a mãe. Trata-se, por isso, do

estádio nodal do Édipo, pois a Lei do

Pai aparece de forma semi-escondida,

via discurso materno.

O terceiro tempo do Édipo é tão

importante quanto o segundo. Dessa

etapa depende a saída competente da

criança do complexo de Édipo. O pai

tem capacidade de dar o que a mãe

deseja. E pode dar porque o possui.

Sendo potente, no sentido genital da

palavra, ele intervém como aquele que

tem o falo e possibilita, nesse terceiro

tempo, a identificação da criança ao pai.

Por isso, Lacan afirma: “É por intervir

como aquele que tem o falo que o pai é

internalizado no sujeito como Ideal do

Eu – I(A) e que, a partir daí, não nos

esqueçamos, o complexo de Édipo

declina”.

Portanto, o desfecho é distinto

na menina e no menino, sendo que, para

Lacan, o caso da menina é mais simples:

 

“Ela não tem que fazer uma identificação, nem guardar esse título de direito à virilidade (menino). Ela, a mulher, sabe onde ele está, sabe onde deve ir buscá-lo, o que é do lado do pai, e vai na direção àquele que o tem”. [7] 

O menino, por sua vez, se

identifica com o pai como o “possuidor

de pênis” e sua saída do complexo de

Édipo se faz possível pela ameaça de ser

castrado pelo pai. Para Lacan, o “não-

ter” da mulher lhe confere certas

vantagens no amor, situando-a na ordem

da sublimação ou da criação. Essa teria

uma facilidade maior para criar algo em

torno do nada, sendo a sublimação

ligada à capacidade de “elevar o objeto à

dignidade da Coisa”.

A posição feminina é situada por

Lacan no lugar do indecidível entre o

que é “para todo homem” – a castração

possível – e o que lhe advém de sua

“particularidade negativa” – impossível

a castrar –, no sentido de que já é

castrada. A castração é, portanto, uma

função simbólica e real na constituição

do sujeito, encaminhando-o em direção

ao seu desejo. Ou seja: é porque algo

falta ao sujeito, que esse pode vir a

desejar.

Assim, a partir da castração três

modos de negação do Édipo podem ter

lugar e, consequentemente, três

estruturas clínicas se tornam possíveis:

neurose, psicose e perversão. Grant[8],

citando Calligaris, afirma que qualquer

um desses tipos de estruturação do

sujeito é uma estruturação de defesa. “A

operação de defesa implica a

possibilidade da inscrição de uma

operação metafórica, ou seja, uma

significação é construída no lugar da

oferenda do real da carne”.

Cada uma dessas estruturas pode

ser considerada normal ou produtora de

mal-estar. Será normal se seu

funcionamento aparente, em um

determinado sujeito, está equilibrado, de

maneira que os mecanismos de defesa

estejam mobilizados de maneira eficaz e

não perturbadora. Por outro lado, a

estrutura poderá ser entendida como

produtora de mal-estar quando revela

um desequilíbrio em sua maneira de

funcionamento. Nesse caso, os

mecanismos de defesa do sujeito são

mobilizados de maneira perturbadora e

descompensada, manifestando o

sintoma.

Além dessa visão estruturalista,

na qual se admite impossível a

transformação de um tipo de estrutura

para outro, vale evidenciar que no

ensino de Lacan aparecem duas

formalizações da clínica: uma

estruturalista - descontinuista e

categorial -, outra borromeana, elástica e

baseada sobre uma generalização da

forclusão[9]. Nessa clínica borromeana

existe a possibilidade de considerar-se a

coexistência de fenômenos das

diferentes estruturas, atuando no sujeito

de forma concomitante, com a

momentânea evidência de uma delas.

 

As Estruturas Clínicas na Atualidade.

 

A psicanálise atualmente

enfrenta mais um desafio, pois como

salienta Meyer (2007):

“a contemporaneidade é antianalítica, uma vez que o homem contemporâneo não é um homem interessado em sua mente. A sociedade contemporânea construiu um homem que não se interessa pela sua depressão, mas se interessa pelo Prozac. O novo paciente

da psicanálise é o que não procura a psicanálise” [10]. 

Por sua vez, Mayer, em

"Passagem ao ato, clínica psicanalítica e

contemporaneidade"[11], trata dessa

questão e propõe que na clínica

contemporânea há indícios de mutações

nos enquadres e que essas mudanças

apontam para a possibilidade de

inovações nos procedimentos e nos

approachs terapêuticos, defendendo

que, não somente alteraram-se os teores

desses quadros, mas, também, a visão

que se tem hoje sobre eles.

Isso porque, nos últimos anos

tornaram-se conhecidas novas formas de

manifestação da disfunções mentais,

entre elas as depressões, o pânico, as

adições, as doenças psicossomáticas e os

distúrbios da alimentação, que,

eventualmente, não têm como ser

reduzidas às estruturas clínicas

clássicas.

Essas novas formas de mal-estar

decorrem, naturalmente e em grande

parte, das mudanças porque

recentemente vem passando a

Civilização, especialmente após a queda

do Muro de Berlim, marco a partir do

qual ficou firmada a hegemonia do

Capitalismo dos dias atuais. Passou,

então, a ter predominância - sobre tudo e

sobre todos - o Discurso do Capitalista,

como referido por Lacan, onde está

inscrita a “verdade” de que:

“produzindo e consumindo mais e mais

todos serão felizes, muito felizes, e

realizarão todos os seus desejos, até

mesmo de consumo desenfreado”[12],

atingindo o ápice da sua

irresponsabilidade pelas conseqüências

na atual crise dos subprimes.

Assim, o impacto das

modificações sociais e culturais

decorrentes, inclusive, do

neoliberalismo e da globalização, da

velocidade das comunicações, das

exigências de satisfação imediata, vis-à-

vis as relações familiares e sociais, vem

percutindo e repercutindo na formação

da estrutura psíquica infantil,

determinando déficits identificatórios,

pobrezas de representações e

estreitamentos do campo de elaboração,

que explicam o aumento da atuação dos

impulsos nos adolescentes e em alguns

adultos, no lugar de seu processamento

simbólico.

Constata-se, portanto, que um

novo imperativo superegóico – o

mercado - emergiu na

contemporaneidade, substituindo,

inclusive, o imperativo categórico moral

de Kant.   

 Dito de outra forma, o consumo

substituiu o imperativo moral como uma

lei universal – uma transcendência - que

sustentaria um Ideal que serviria para

todos. Para a manutenção desse novo

imperativo tenta-se, até mesmo,

prescindir do Outro, do cúmplice

encarnado, construindo-o segundo um

modelo virtual, de forma a melhor

convir para saciar esse gozo de caráter

autista.

O parceiro vem sendo, assim,

trocado, cada vez mais, pelos artefatos

de consumo da sociedade capitalista,

caracterizados por serem objetos

descartáveis, substituíveis,

contabilizáveis, consumidos e expelidos

em grande quantidade, originando

possíveis novas Estruturas Clínicas -

inclusive as bulimias, as anorexias e a

obesidade – nas quais o sujeito,

estabelecendo uma relação de gozo não

assinalada pela presença da falta

conferida pelo amor, constrói uma

relação de gozo com os objetos de

consumo.

 

Por conta disso, Ahumada

(1997)[13] lembra que:

“se a função da psicanálise, no contexto intelectual vitoriano, foi o resgate da psicossexualidade, hoje, sua função torna-se muito mais ampla e necessária quando precisa promover o resgate do pensar reflexivo a respeito de si e do contato com a emocionalidade profunda, o que impede a elaboração das perdas”.

 

Roudinesco (2000)[14] também

fala sobre esse novo homem,

salientando:

“que ele está com dificuldade para manifestar seu sofrimento, e o ódio e a indignação são recalcados, retornando sob a forma de uma paralisia sem conflitos. Ele evita paixões, revoluções e tende a evitar a experiência subjetiva do contato com o inconsciente, a morte e a sexualidade, incluindo-se aí seus desejos, sentimentos de culpa e conflitos”.  

Conseqüentemente, esse homem

da contemporaneidade utiliza defesas

que vão além da repressão, que são de

caráter rígido e que, por isso, bloqueiam

sua vontade de pensar e de refletir e, por

isso, de mudar.

Para tanto, recebe espetáculo e

espetacular apoio da mídia que, com sua

onisciência e onipresença no tempo e no

espaço, o afasta de uma atitude mais

pessoal e criativa, ao possibilitar que ele

habite, autisticamente, neo-realidades

suplentes, como a televisão, o

computador, os jogos eletrônicos e o

ciberespaço.

Assim, o sujeito da

contemporaneidade cauteriza seu senso

crítico e obscurece suas emoções, com

vistas a, rapidamente, ajustar-se, sem

questionamentos, ao establishment,

adotando um estilo passivo que lhe

propicia receber, como prêmio, os

benefícios de uma ciência cada vez mais

avançada, que lhe promete, pronta, a

felicidade e, mais que isso, a própria

imortalidade. Desse modo, ele, cada vez

mais, consome de maneira autofágica.

A clínica, ao tratar do homem da

contemporaneidade, não pode perder de

vista que transformações, construções e

desconstruções sempre foram - e sempre

serão - próprias e essenciais ao processo

psicanalítico. Alem do mais, também

não pode esquecer que transformações,

construções e desconstruções não

podem ser assumidas como commodities

que possam ser produzidas a priori e

colocadas nas prateleiras para serem

consumidas por uma certa classe de

analisantes, rotulados na conformidade

da sua estrutura psíquica. Um processo

com tais características – oferecer

produtos prêt-à-porter, acondicionados

e standartizados – é o que reside na

matriz dos males do consumismo atual,

como saída para mitigar angústias e

conviver com situações depressivas.

Dito de outra forma, o analista

não tem nem poderá ter como escopo

precípuo abrandar angústias e nem,

tampouco, aliviar tais estados

depressivos. Como via de conseqüência,

se oferecer ao analisante tais

facilitações, estará compactuando com o

mal-estar do sujeito da

contemporaneidade, vendendo a ele um

simulacro dos psicofármacos atuais e

colaborando, ainda mais, para alimentar

o “consumo (me) logo existo”, inibindo,

de vez, seu processo de individuação.

O que ele tem por oferecer, em

toda e qualquer situação analítica,

sempre singular e diferente, é a essência

do método psicanalítico representada

pelo dar palavra ao afeto utilizando,

basicamente, a livre associação, com o

apoio da atenção flutuante.

E o que se espera, portanto, do

analista, hoje, como sempre, – no

efetivo exercício da sua função - é que

ele suporte e reconheça o seu não-saber

da peculiaridade do desejo do

analisante. Isso porque o escopo da

psicanálise não seria o de conferir

sentido ao sintoma, mas, antes, o de

atuar desde a função do analista vis-à-

vis a repetição, com o mal-entendido ou

o equívoco, à espera de que, na palavra

de Lacan, “o Real do sintoma farte-se e

perca a sede”.

 

 

Referências

 

CHAVES, W. O Estatuto do Real em

Lacan: Dos Primeiros Escritos ao

Seminário VII, A Ética da Psicanálise.

Disponível em:

http://www.bdtd.ufscar.br/tde_busca/arq

uivo.php?codArquivo=951. Acessado

em 1/12/2008.

 

CORRÊA, Ivan. A Escrita do Sintoma.

- Recife: Centro de Estudos Freudianos

do Recife.  2006.

 

........................... Nós do Inconsciente.

2ª Edição – Recife: Centro de Estudos

Freudianos do Recife. 2007.

 

DOR, J. Introdução à Leitura de

Lacan: o inconsciente estruturado

como linguagem. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1989.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

[1] Artigo destinado a servir como avaliação da disciplina “Principais aspectos da teoria lacaniana”, do Curso de Especialização em Clínica Psicanalítica, da FAFIRE - Faculdade Frassinetti do Recife, 2008.[2] Fernando A. R. de Gusmão – Engenheiro e Administrador de Empresas. Pós-Graduado em “Psicologia Clínica nas Instituições” pela FAFIRE - Faculdade Frassinetti do Recife.[3] Citado por Greice Caroline das Neves, in “A Espera por um Diagnóstico e os Mecanismos de Defesa” , disponível em http://inf.unisul.br/~psicologia/wp-content/uploads/2008/07/GreiceNevesTCCII20071.pdf, acessado em 9/12/2008.

[4]Disponível em http://www.convergenciafreudlacan.org/Documents/II_VARIANTES_DA_ESCUTA.doc. Acessado em 4/12/2008.[5] Foraclusão: exclusão, privação, banimento, corte, impedimento. Barrar um caminho. Para Lacan, a foraclusão diz respeito àquilo que não foi incluído.[6] Nome-do-pai: locução criada por Lacan em 1953 e definida em 1956, referente ao significante da função paterna. É o significante primordial que expressa a função paterna, que, ademais, barra o acesso ao gozo entre mãe e filho, delimitando uma lei, uma inscrição, que implica em uma subtração do gozo. O sujeito passa então a ser marcado pela falta, pela impossibilidade de ter tudo, de gozar de tudo, o que viabiliza, paradoxalmente, o acesso ao próprio desejo.[7] In “A abertura ao trabalho psicanalítico em uma instituição

pública: Márcia e a dúvida identificatória”. Disponível em http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812007000300007&lng=pt&nrm=. Acessado em 5/12/2008.[8] In “Pesquisa em Psicanálise”, trabalho apresentado no 10º Simpósio de Pesquisa e Intercâmbio Científico da Anpepp, em 2004, em Aracruz, ES.[9] Idem.[10] Citado por Idésio Milani in “O significado da cura na psicanálise: transformações e construções no processo analítico”. Disponível em http://www.febrapsi.org.br/artigos/2007_luso/2007_luso_idesio.doc. Acessado em 9/12/2008 [11] Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-

14982001000200011&script=sci_arttext. Acessado em 6/12/2008.[12] In CORRÊA, Ivan. A Escrita do Sintoma. Recife: CEF 2006 – 4ª Edição, pg 192.[13] Citado por Idésio Milani in “O significado da cura na psicanálise: transformações e construções no processo analítico”. Disponível em http://www.febrapsi.org.br/artigos/2007_luso/2007_luso_idesio.doc. Acessado em 9/12/2008 [14] Idem.

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