apresentação para décimo primeiro ano, aula 8

Post on 15-Apr-2017

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A propósito dos verbetes neologísticos

infinitivos são sempre agudos:

andarfazer

Na cabeça de um verbete de verbo, não haverá acento, já que palavras agudas com -r final não levam acento.

sinónimo de ...

pedira abonações

etimologia não era obrigatória, mas...

para étimos latinos:

-ARE-U(M)-A(M)

num trabalho destes, espera-se que a abordagem não seja económica

60 = sessenta1.º = primeiro3 = três

14 = catorze

fizemosdissemosquisemospudemos (vs. podemos)

a alentejana

o Alentejo

No caso dos verbos, pode haver acento em palavras graves, se for necessário distinguir duas formas que seriam homógrafas:

pôde (Perfeito)pode (Presente)

andámos (Perfeito)andamos (Presente)

falámos (Perfeito)falamos (Presente)

outrem

Uma aposta falhada

Em Braga, todos os concertos desiludiram

Terminou no passado sábado, com um desmotivante concerto do quarteto de Steve Wilson e da cantora Carla Cook, o Braga Jazz 2004, que se revelou uma aposta sem consistência.

Esta edição terá mesmo sido, talvez, a mais pobre dos últimos anos, com a apresentação de uma série de concertos que tiveram sempre equívocos e falhas técnicas.

No primeiro dia, com o quarteto de Ugonna Okegwo, surgiu um jazz incipiente com músicos ultrapassados, com destaque para o saxofonista soprano Sam Newsorne,

que, com um timbre desajustado, desperdiçou, nas composições de Okego e de Monk, a força tantas vezes associada ao instrumento.

O concerto duplo do dia seguinte teve alguns aspectos caricatos. Primeiro, a incompetência dos músicos portugueses comandados por Mário Barreiros,

que, embora tendo como matéria prima uma música sem surpresas, conseguiram revelar o seu amadorismo.

No quinteto de Christophe Schweizer, se o trombonista líder pareceu melhor organizador do que improvisador, o saxofonista Dave Binney e o baterista Dan Weiss revelaram uma insuficiência técnica e uma insensibilidade ao ritmo absolutamente risíveis.

O concerto final do Max Nagal Big Four mostrou quanto a ignorância da tradição do jazz pode ser perversa,

embora uma certa elegância da execução coexistisse com momentos de emoção.

Exactamente o que não aconteceu com Steve Wilson e o seu quarteto, sobretudo depois da aparição da cantora Carla Cook, uma mulher que tem os blues, o soul e o jazz no seu próprio umbigo,

que foi capaz de rechaçar o já raro público, sobretudo num «espiritual» a lembrar os trágicos acontecimentos de Madrid, ele próprio um acontecimento também trágico.

A relação que há entre os dois verbos «mofar» cujos verbetes (do Grande Dicionário, Porto Editora) te apresento é de homonímia. São palavras homónimas, como se conclui do facto de terem origem diferente.

O étimo de «mofar» é o germânico «mupfen» (‘estar mal-humorado’), enquanto «mofar» virá de «mofo» + «ar».

A estas palavras, que, tendo étimos diferentes, vieram a coincidir (mas apenas na aparência gráfica e fonética), chamamos convergentes.

Este processo nada tem que ver com o da polissemia: aí, temos uma mesma palavra original, que ganha vários sentidos (várias acepções), num fenómeno de enriquecimento semântico (seja por extensão do sentido inicial, seja por redução, etc.).

Quanto a «mofo» e «bafio», são palavras polissémicas. Aliás, têm uma acepção comum a ambas, ‘bolor’, e uma outra em que o sentido aparece reportado precisamente ao outro elemento do par de aqui se trata.

(Há depois uma acepção popular, coloquial, de «mofo», correspondente a ‘coisa grátis, borla’, mas já distante das outras.)

Ou seja, a diferença que no sketch se queria encontrar não está dicionarizada: a diferença percepcionada pelos amigos dever-se-ia apenas a uma conotação, de ordem puramente subjectiva.

mofo De mofar (por derivação regressiva)

mofar De mofo + -ar

Vejamos um outro tipo de dicionário, o de sinónimos (também da Porto Editora).

As palavras que podem ser sinónimas de «bafio» ou de «mofo» não são exactamente as mesmas. Há três vocábulos comuns aos dois verbetes — «mofo», «ranço», «sito» —,

mas figuram como sinónimos de «mofo» três palavras que não vemos em «bafio»: «aleurisma», «borla», «molagem». Pelo menos os dois ultimos destes sinónimos de «mofo» são privativos da acepção popular (‘borla’).

Nos verbetes de «maniatar» e de «bloquear» reconhecemos a acepção em que o político usava as duas palavras; a acepção n.º 3 de «maniatar» e a n.º 4 de «bloquear». No entanto, as pessoas que ouvem o discurso parecem atribuir a «maniatar» conotação diferente da que dão a «bloquear».

É provável que a aversão a «maniatar» se relacione com o facto de esta palavra ter entre a suas outras acepções palavras do campo lexical da ‘polícia’: «algemar», «prender». A multidão interpretaria a palavra nesse outro sentido, mais desagradável.

Trabalho para ir fazendo durante este mês

Microfilme de publicidade à Escola Secundária José

Gomes Ferreira

Objectivo da mensagem [o que se pretende inculcar no público, mas não slogan]

– ESJGF (‘é bom andar na ESJGF’); – Voz activa (‘vale a pena ser leitor,

colaborador, do Voz Activa); – CRE e leitura (‘é bom e útil ler; na

escola há bons sítios para ler, incluindo CRE’);

– José Gomes Ferreira (‘é autor que vale a pena ler; cuja coragem devíamos imitar’).

[aceitarei outro tema, se adequado às celebrações do dia da escola (20/11)]

Formato e regras básicas

WMP. / Máximo de três minutos (mas admito que o tamanho médio dos filmes este ano seja mais pequeno do que o dos microfilmes feitos o ano passado). / Máximo de 100 MB. / Entregar até 3-7 de Novembro. / Pode haver trabalhos em dupla, se intervierem oralmente ambos os autores.

Conselhos vários

Estilo será mais de clip do que anúncio muito «matraqueado». Evitar elogio ingénuo e menções demasiado explícitas («ESJGF é ...») e apelos directos. Não afirmar dados discutíveis. Preferir que seja o espectador a inferir (mais do que usar o tal estilo insistente da publicidade artesanal). Não é obrigatório mostrar a escola.

Tem de haver voz (pode não percorrer todo o vídeo, mas, note-se, na maioria dos anúncios de televisão acaba por haver bastante preenchimento com texto).

Se houver dizeres escritos, zelar para que não haja erros ortográficos.

Proximamente, será útil analisar boa publicidade, para retirar o máximo de ensinamentos para o vosso caso; em GdN, ver os melhores bibliofilmes e microfilmes do ano passado; ver outros exemplos que ainda possa pôr.

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