apresentação epistemologia - aprendizagem baseada em problemas
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DAS CIÊNCIAS
NÍVEL DOUTORADO
IVONEIDE MENDES DA SILVA
A IMPLEMENTAÇÃO DA APRENDIZAGEM BASEADA EM
PROBLEMAS EM DISCIPLINAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
E DA COMUNICAÇÃO EM CURSOS DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Brito Carneiro Leão
Coorientadora: Profa. Dra. Walquíria Castelo Branco Lins
Recife
2015
Questão de Pesquisa
Como a implementação da aprendizagem baseada em problemas,
em disciplinas de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC)
de cursos de Licenciatura em Química pode contribuir para que os
alunos alcancem os seus objetivos educacionais, ou seja,
conhecimentos, habilidades e atitudes?
Objetivo Geral
Investigar a viabilidade de implementação da aprendizagem
baseada em problemas em disciplinas de Tecnologia da Informação
e da Comunicação (TIC) em Cursos de Licenciatura em Química de
Universidades Públicas.
Sujeito
Pragmático
Ser prático
Dotado de vontade,
ativo
Não é um ser pensante,
teórico
Intelecto a serviço do
seu querer e agir
Se relaciona com o objeto de maneira
utilitária
Especialmente para a vida em
sociedade
Hessen, 1999
Sujeitos da Pesquisa
Discentes que estão
matriculados em
disciplinas de
Tecnologia da
Informação e da
Comunicação (TIC) de
Cursos de Licenciatura
em Química ofertados
em Universidades
Públicas.
Contexto histórico do Pragmatismo
• Sendo a Inglaterra o berço do empirismo, de Francis Bacon e John Locke,
as colônias inglesas da América do Norte eram consideradas a “Nova
Inglaterra”;
• Pode-se dizer que considerando o pragmatismo como um novo
empirismo, ou um “empirismo reformado”, ele é, em parte, expressão
desse processo colonizador sofrido pelos Estados Unidos;
• O pragmatismo surge nos Estados unidos no final do século XIX;
• Período pós-guerra civil americana, fase de desenvolviment0 e
consolidação do capitalismo industrial;
• Pragmatismo (do grego prágma, ação);
• Fundado por William James (+1910), também tem como representantes
Charles Pierce e John Dewey, entre outros;Hessen (1999); Souza (2012)
John Dewey
O filósofo da experiência
humana
tribes.com
O pensamento de Dewey
• Para Dewey, o valor de qualquer filosofia só pode ser apreciado em
virtude das suas consequências relevantes para a prática educativa;
• É necessário pensar a filosofia educativamente, conceber a educação
como o laboratório decisivo das ideias filosóficas.
• As proposições de Dewey tem por preocupação central o processo de
construção de conhecimentos verdadeiros;
Souza (2012)
EPISTEMOLOGIA PRAGMÁTICA PENSAMENTO DE DEWEY
Os objetos estão inter-relacionados, a partir da lógica
(indagação, reflexão), no processo de construção do
conhecimento;
O universo é um conjunto infinito de elementos, que se
relacionam de maneira a mais diversa possível;
A conexão de um objeto com o outro, é o que levaria à
aplicabilidade pragmática, uma vez que conhecer se
trata de perceber essas conexões que ligam os objetos
com um fim útil;
Pode-se dizer que tudo existe em função dessas
relações mútuas, pelas quais os corpos agem uns sobre
os outros, modificando-os reciprocamente.
O conhecimento se dá na continuidade da experiência e
não apenas em sua fragmentação;
Esse agir sobre outro corpo e sofrer de outro corpo uma
reação, é o que se chama de Experiência;
O pragmatismo retira o conhecimento do plano
metafísico e o coloca nas mãos dos indivíduos,
vinculando-o ao plano pragmático, útil à vida;
Experiência é uma fase da natureza, é uma forma de
interação, pela qual os dois elementos que nela entram :
situação e agente – são modificados;
Os critérios de utilidade e praticidade defendidos, nada
mais é que a vida, como experiência humana, ou seja, a
aplicabilidade do conhecimento à vida prática;
Concebia o conhecimento e o seu desenvolvimento
como um processo social-integrando os conceitos de
sociedade e indivíduo;
Ex.: A árvore que era apenas objeto de minha
experiência visual, passa a existir de modo diverso, se
entre mim e ela outras experiências se processarem,
pelas quais eu a venha conhecer em outros aspectos.
A escola não deve ser a oficina isolada onde se prepara
o individuo, mas o lugar onde, numa situação real de
vida, indivíduo e sociedade constituam uma unidade
orgânica.
Souza (2012); Dewey (1978)
Processo da Experiência
Situação
Agente
Novo agente
Nova situação
A Percepção, torna a
experiência mais significativa,
podendo levar à aquisição de
conhecimentos
“Vida, experiência e aprendizagem – não se podem separar”.
Dewey (1978)
Reconstrução da experiência
1. A criança tenta alimentar-se por si mesma com uma colher.
2. Encontra dificuldade. Falta-lhe a habilidade necessária. Seu organismo não tem o “comportamento” necessário àquele ato. Tem várias outras habilidades e hábitos. Sabe segurar a colher; sabe apanhar o alimento.
Falta-lhe, porém, alguma coisa para poder alimentar-se por si.
3. Experimenta novamente, sob a direção da mãe. Experimenta, depois, sozinha, de um modo, depois, de
outro.
4. Afinal acerta, acha e aplica a habilidade que lhe faltava.
5. A atividade começada em 1, detida por uma dificuldade em 2, prossegue agora seu caminho. A criança alimenta-se por si
mesma.
De
we
y (1
97
8)
Desenvolvida no final dos anos 60
por Harold Barrows e colegas da
McMaster University (Canadá)
Algumas razões que motivaram a PBL
Insatisfação com o ensino (Curso de Medicina);
Grande quantidade de conceitos irrelevantes;
A falta de habilidade de se aplicar os conceitos
estudados em uma situação real de vida.
Pode ser em diferentes formatos:
Original, híbrido ou parcial
(March 28, 1928 – March 25, 2011)
fhs.mcmaster.caBarrows (1986)
Princípios PBL
1. Sugere que a aprendizagem precisa ser centrada no aluno;
2. A aprendizagem necessita ocorrer em pequenos grupos com um tutor no
papel de orientador;
3. O educador deve agir apenas como um facilitador;
4. Existe a necessidade de se estabelecer problemas autênticos (do mundo
real) em uma seqüência de aprendizado sem preparativos prévios;
5. Os problemas são instrumentos para apreender conhecimentos e
habilidades;
6. A aprendizagem precisa ser auto direcionada.
• A ênfase na aprendizagem por meio de problemas relevantes à futura
atuação profissional dos alunos é considerada como “o núcleo
absolutamente irredutível da PBL”. Barrows (1996)
Alguns fundamentos que norteiam a PBL
PBLMotivação epistêmica
Integração com a vida
real
Metacognição
Construção do
conhecimento
Interação social
Ribeiro, 2010
FASES DA EXPERIÊNCIA DE DEWEY
1.Perplexidade frente ao problema
2. Tentativa de Interpretação
3. Exploração e análise com
o intuito de esclarecê-la
4. Refinamentoe reelaboração das hipóteses
iniciais
5. Aplicação e verificação das hipóteses por
meio da ação na realidade
ETAPAS DA METODOLOGIA PBL
Adaptado de Hmelo-Silver (2004)Dewey (1978)
Como os sujeitos dialogam?
Sujeito pragmático Sujeito na PBL
Dotado de vontade, ativo Autônomo, com responsabilidade sobre a
aprendizagem
Intelecto a serviço do seu querer e agir O pensamento reflexivo trabalha em prol do
processo investigativo
Se relaciona com o objeto de maneira utilitária As oportunidades de aprendizagem devem ser
relevantes aos alunos, tendo como motivação
um problema relacionado com a sua prática
profissional
Ser prático Necessidade de saber fazer
Interação social Atuação em pequenos grupos
Não é um ser pensante, teórico Não fica só no campo das ideias, mas parte para
ações que associem a teoria e a prática
Refletindo.....
• Considerado os pressupostos da PBL, verifica-se a existência de uma
coerência direta com os apontamentos de John Dewey, em especial
quanto ao pensamento reflexivo e ao processo de investigação.
Como a implementação da aprendizagem baseada em problemas, em disciplinas de
Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC) de cursos de Licenciatura em
Química pode contribuir para que os alunos alcancem os seus objetivos educacionais,
ou seja, conhecimentos, habilidades e atitudes?
• Verifica-se, alguns elementos que correlacionam-se com a PBL e a visão
pragmática, principalmente na caracterização dos seus sujeitos.
Referências• ARAÚJO, F. U.; SASTRE, G. (Orgs.). Aprendizagem baseada em problemas no ensino
superior – 2 ed. – São Paulo: Summus, 2009.
• BARROWS, H. S. A taxonomy of Problem-basead learning methods. Medical Education,
20,1986.
• BARROWS, H. S. Problem-Based Learning in Medicine and Beyond: A Brief Overview, New
directions for Teaching, and Learning, n. 68, 1996.
• DEWEY, J. Vida e educação; Tradução e estudo preliminar por Anísio S. Teixeira. – 10. ed. – São
Paulo: Melhoramentos: Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Material Escolar, 1978.
• HESSEN, J. Teoria do conhecimento. Tradução João Vergílio Galierani Cuter. São Paulo:
Martins Fontes, 1999.
• HMELO-SILVER, C. E. Problem-Based Learning: What and How do Students Learn?.
Educational Phychology Review, vol. 16, N. 3 September, 2004.
• RIBEIRO, L. R. C. Aprendizagem baseada em problemas (PBL): uma experiência no ensino
superior. São Carlos, EDUFSCAR, 2010.
• SOUZA, R. A. Os fundamentos da pedagogia de John Dewey: uma reflexão sobre a
Epistemologia Pragmatista. Revista Contrapontos – Eletrônica, vol. 12 – n. 2, 2012.
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