apresentação curso urinálise
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Dr. Thiago C. Silva
Curso de Urinálise
FISIOLOGIA, PATOLOGIA E ANÁLISE DE URINA
Dr. Thiago C. Silva
História
Foram encontradas indicações detalhadas sobre a interpretação da urina em placas de cerâmica dos sumérios e babilônicos de, aproximadamente, 4.000 anos a. C.
Em antigos textos hindus a descrição da urina do diabético, com referências ao seu adocicado sabor e à atração que exercia sobre as formigas.
Hipócrates, médico grego (460-377 a C.), foi o primeiro a afirmar que a urina se formava por filtração do sangue nos rins.
Dr. Thiago C. Silva
Dr. Thiago C. Silva
História
Sendo assim o exame de urina é a forma de análise mas antiga que se tem registro e aprimorada dorante os séculos.
Dr. Thiago C. Silva
História
A invenção do microscópio foi um dado definitivo para a pesquisa dos fluidos humanos. Com esse novo aparelho, os pesquisadores puderam estudar de forma mais completa a urina e documentar as alterações associadas a estados mórbidos. Iniciava-se assim a microscopia médica.
Dr. Thiago C. Silva
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Sistema Urinário
Dr. Thiago C. Silva
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Os Rins
Cada rim humano tem cerca de 200 a 300g. Possui uma borda convexa e outra côncava,
é nesta que se encontra o hilo, região que contêm os vasos sangüíneos, nervos e cálices renais.
Dr. Thiago C. Silva
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Os Rins
Os rins são divididos em 2 zonas:– zona cortical, a mais externa, onde ocorrem as
etapas iniciais de formação e modificação da urina;
– zona medular, a mais interna. É nesta zona que se encontra de 10 a 18 estruturas cônicas denominadas pirâmides de Malpighi.
Dr. Thiago C. Silva
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Anatomia do rim
Dr. Thiago C. Silva
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Anatomia do rim
Dr. Thiago C. Silva
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Anatomia do rim
Dr. Thiago C. Silva
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Introdução
O rins participam como:
– Órgãos excretores– Substâncias em excesso ou nocivas
– Órgãos reguladores– Volume e composição dos líquidos corporais
– Órgãos endócrinos – Renina, eritropoetina e 1,25-diidroxicolecalciferol
Dr. Thiago C. Silva
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Rim Endócrino
Função endócrina:– Secreção de renina – Secreção de eritropoetina – 1,25-dihidroxicolecalciferol(1,25DHCC)
Dr. Thiago C. Silva
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Secreção de Renina
Sistema Renina - Angiotensina - Aldosterona
Dr. Thiago C. Silva
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Ação de vasoconstrição das arteríolas eferentes no rim aumentando a filtração glomerular.
Ação sobre o córtex da adrenal levando à produção de aldosterona.Esta, por sua vez, age estimulando a retenção e absorção de sódio.A água também tem sua absorção aumentada.
( volemia hipertensão) arterial. Ação sobre as células do glomérulo de forma a
contraí-las. Então haverá diminuição da área de filtração glomerular conseqüentemente redução da taxa de filtração glomerular (TGF).
Secreção de Renina
Dr. Thiago C. Silva
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Secreção de 1,25-dihidroxicolecalciferol(1,25DHCC)
É a forma ativa da vitamina D. É importante na absorção de cálcio nos
túbulos renais e no deposito de cálcio nos ossos
Dr. Thiago C. Silva
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Secreção de Eritropoetina
Essa enzima é uma fator de crescimento com ação única e especifica de estimular a medula óssea a a produzir novos eritrócitos. E tem sua produção aumentada em condições de hipóxia.
Dr. Thiago C. Silva
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Rim Homeostático.
Manutenção de um volume hídrico adequado (tonicidade)
Manutenção de uma concentração de ions como sódio, potássio, cloretos, bicarbonato, magnésio e fosfato
Manutenção do pH, com ajuda do pulmão. O controle do pH no sangue deve-se à capacidade do rim de escretar H+ e reabsorver HCO-3.
Dr. Thiago C. Silva
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Rim excretor
Formação da Urina– Filtração (urina primária)– Reabsorção (túbulos proximais)– Secreção Tubular
Dr. Thiago C. Silva
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Formação da Urina
Filtração– A formação da urina inicia-se no glomérulo, onde
cerca de 20% do plasma que entra no rim através da artéria renal são filtrados. Após sua formação, o filtrado glomerular caminha pelos túbulos renais e sua composição e volume vão sendo modificados através da reabsorção e secreção tubular existentes ao longo do néfron.
Dr. Thiago C. Silva
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Formação da Urina
Tanto os capilares renais como os extra-renais permitem a passagem de molécula pequenas como as da água (2Å de diâmetro), uréia (3,2 Å , sódio (4 Å ), cloreto (3,5 Å ) e glicose (7 Å ). Porém, não permitem a passagem de partículas grandes como os eritrócitos (80000 Å ) e/ou a maioria das proteínas plasmáticas.
Dr. Thiago C. Silva
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Filtração Glomerular
Dr. Thiago C. Silva
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Filtração Glomerular
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REGULAÇÃO DA FG
De um modo geral, o aumento da pressão arterial sistêmica, a vasodilatação da arteríola aferente e a vasoconstrição de arteríola eferente são capazes de aumentar a taxa de filtração renal.
Dr. Thiago C. Silva
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REGULAÇÃO DA FG
SISTEMAS REGULADORES– Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona– Retroalimentação tubuloglomerular– Reflexo miogênico– Fatores extra-renais
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REGULAÇÃO DA FG
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona – Vasoconstrição da arteríola aferente.
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REGULAÇÃO DA FG
RETROALIMENTAÇÃO TUBULOGLOMERULAR
– As células da mácula densa, localizada entre as arteríolas aferentes e eferentes adjacentes a região mesangial, são sensíveis à baixa concentração de Na+ e Cl- no fluido tubular que sofreu maior reabsorção destes íons em face da menor velocidade de fluxo. Ocorre a dilatação da arteríola aferente com aumento do fluxo e da pressão hidrostática com aumento conseqüente da taxa de filtração glomerular.
Dr. Thiago C. Silva
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REGULAÇÃO DA FG
REFLEXO MIOGÊNICO – Resposta das arteríolas glomerulares frente ao
aumento na tensão da parede arteriolar, tendo como resultado uma constrição arteriolar imediata
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Variações na filtração glomerular
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Variações na filtração glomerular
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Variações na filtração glomerular
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Reabsorção tubular renal
Reabsorção tubular renal é o processo de transporte de uma substância do interior do túbulo para o sangue que envolve o túbulo.
Dr. Thiago C. Silva
Reabsorção tubular renal
Túbulo proximal: reabsorção de 80% de água filtrada; reabsorção de 70% do Na+ filtrado; reabsorção de potássio, bicarbonato, fosfato, magnésio, uréia e ácido úrico; reabsorção total de glicose (tipicamente por um processo acoplado ao gradiente de Na+)e aminoácidos filtrados; secreção ativa de H+, que livra o organismo de sua produção diária de ácidos fixos e recupera o bicarbonato filtrado que será convertido em CO², que se difunde novamente para os capilares peritubulares.
Dr. Thiago C. Silva
Reabsorção tubular renal
Alça de Henle:– Ramo descendente: reabsorção de água;
secreção passiva de sais e uréia. – Ramo ascendente: impermeável à água; elevada
reabsorção de sais; segmento responsável pela regulação e excreção renal de magnésio.
Dr. Thiago C. Silva
Reabsorção tubular renal
Túbulo Distal convoluto: reabsorção de pequena fração do Na+ filtrado; segmento responsável pela regulação e excreção renal de cálcio.
Ducto Coletor: reabsorção de NaCl; sem ADH - impermeável à água, dilui a urina; com ADH - permeável à água, concentra a urina; secreta hidrogênio e amônia.
Dr. Thiago C. Silva
Determinação da GFR
Usando o conceito de Clearance, a GFR é determinada pela medição da excreção urinária de uma substância marcadora X cuja quantidade filtrada é igual à quantidade excretada.
Dr. Thiago C. Silva
Clearance
A substância marcadora ideal da taxa de filtração seria uma substância não absorvida nem segregada pelos túbulos renais e não metabolizada nem produzida pelos rins.
Dr. Thiago C. Silva
Clearance
Inulina - é uma polifrutose exógena; tem que ser ministrada por via endovenosa para ser utilizada como marcador de filtração (uso clínico limitado); teoricamente é a substância ideal porque nem é reabsorvida nem excretada.
Creatinina - é uma substância endógena formada por desidratação irreversível da creatina ou fosfocreatina; é a mais usada na prática clínica apesar de ser ligeiramente excretada por secreção.
Dr. Thiago C. Silva
Clearance
Depuração renal é o volume de plasma inteiramente depurado de uma substância, pelos rins, por unidade de tempo.
Dr. Thiago C. Silva
Formação da Urina
1. Zona glomerular (arteriolas)2. Cápsula3. 4. Zona contornada5. Zona reta6. Tubo de ligação7. Canal coletor cortical8. Canal coletor medular9. Ansa de Henlé10. Ramo ascendente11. Ramo descendente
Dr. Thiago C. Silva
Formação da Urina
Dr. Thiago C. Silva
Formação da Urina
Dr. Thiago C. Silva
Secreção Tubular
Secreção de H+: dá-se ao nível de todos os tubos constituintes do néfron, permitindo a regulação do equilíbrio ácido-base do organismo. Alterações na secreção deste íon podem levar a situações graves de acidose ou alcalose no organismo;
Dr. Thiago C. Silva
Secreção Tubular
Secreção de K+: dá-se essencialmente ao nível do tubo distal e coletor, de forma regulável, estando esta secreção acoplada à reabsorção de Na+ na bomba Na+/K+, dependente de energia, no lado basolateral das células tubulares.
Dr. Thiago C. Silva
Filtração, Reabsorção,Secreção Tubular
Vídeo
Dr. Thiago C. Silva
Algumas doenças do Sistema Urinário
Cistites– Infecções na bexiga que provocam dificuldade na
micção e ao mesmo tempo uma maior necessidade de urinar. Em casos muito graves esta doença pode originar úlceras na bexiga.
Dr. Thiago C. Silva
Algumas doenças do Sistema Urinário
Infecções do trato urinário– Este tipo de infecções é provocado por bactérias que
muitas vezes habitam no intestino onde não provocam qualquer problema. Contudo quando estas são transportadas para bexiga ou mesmo os rins, podem causar problemas graves.Dado o sexo feminino possuir uma uretra de menor comprimento, está mais vulnerável a este tipo de infecções. Além das bactérias intestinais podem surgir outros tipos de infecções provocadas por vírus ou outros agentes que debilitem o sistema imunitário de tal forma que os produtos tóxicos resultantes sejam nocivos aos rins.
Dr. Thiago C. Silva
Algumas doenças do Sistema Urinário
Enurese– Problema que afeta as crianças por volta dos
cinco anos. Caracteriza-se por perda de urina quer diurna como noturna. É considerada um sintoma e não uma doença. Este problema pode estar associado a um subdesenvolvimento do diafragma pélvico levando à perda incontrolada de urina.
Dr. Thiago C. Silva
Algumas doenças do Sistema Urinário
Insuficiência Renal Crônica– Estado em que o rim perdeu todas as suas
capacidades funcionais. Pode ter inúmeras causas, desde infecções a acidentes vasculares. Nesta situação podem ocorrer problemas como anemia, hipertensão arterial, acumulação de uréia… Normalmente os doentes nesta situação necessitam recorrer à hemodiálise para sobreviver.
Dr. Thiago C. Silva
Algumas doenças do Sistema Urinário
Insuficiência Renal Aguda– É causada por uma agressão repentina ao rim,
por falta de sangue ou pressão para formar urina ou obstrução aguda da via urinária. Pode estar associado a problemas circulatórios ou problemas no controlo da pressão glomerular. A principal característica é a total ou parcial ausência de urina.
Dr. Thiago C. Silva
Algumas doenças do Sistema Urinário
Hematúria– Não é propriamente uma doença mas sim uma
manifestação que poderá ter várias origens. Caracteriza-se pela cor avermelhada da urina, sendo na maior parte dos casos devida à presença de sangue.
Dr. Thiago C. Silva
Algumas doenças do Sistema Urinário
Proteínuria - Albuminúria– Presença de proteínas no sangue. O caso mais
freqüente é o da albumina.Este fenômeno indica que há uma permeabilidade excessiva nos glomérulos.Quando os valores de concentração de proteína na urina são acima do normal mas abaixo de determinadas concentrações considera-se a doença como microproteínuria.
Dr. Thiago C. Silva
Tipos de coleta da urina:
amostra de 24 horas amostra colhidas por catéter punção suprapúbica jato médio de micção espontânea amostras pediátricas ( uso de coletores de
plástico).
Dr. Thiago C. Silva
Cuidados que devem ser observados na coleta do material:
O recipiente para a coleta da amostra deve ser limpo e seco; A amostra deverá ser entregue imediatamente ao laboratório, e
analisada dentro de l hora, caso isto não seja possível, deve-se manter a amostra refrigerada, por no máximo 24 horas;
O recipiente contendo a amostra deverá estar corretamente identificado, contendo: nome, data e horário;
Deve-se coletar uma amostra de 20 a 100 ml; Ao coletar a amostra por jato médio, os pacientes devem ser
orientados para realizar a assepsia antes de coletar a amostra, e sempre desprezar a 1° porção da urina.
Dr. Thiago C. Silva
Observação
O exame do primeiro jato da urina é recomendado quando o objetivo é a investigação do trato urinário inferior, mais especificamente a uretra. A urina de primeiro jato carreia células e bactérias presentes na uretra, tornando-a uma boa amostra indireta para outras avaliações, como as uretrites com pouca secreção. A diferença de celularidade encontrada entre o primeiro e segundo jatos auxilia a localizar a origem do processo.
Dr. Thiago C. Silva
Urina Tipo I - Elementos Anormais e Sedimento.
- Avaliação da amostra,- Análise física,- Análise química,- Análise microscópica do sedimento.
Dr. Thiago C. Silva
Exame Físico
Volume Cor Aspecto Densidade.
Dr. Thiago C. Silva
Volume da Urina
A determinação do volume se faz através de provetas graduadas rigorosamente limpas. Na análise, o volume só tem valor clínico se o volume total de urina for colhido nas 24 horas.
Valor de referência: 600 a 2000 ml em 24 horas.
Dr. Thiago C. Silva
Alterações no Volume Urinário
Poliúria: aumento do volume urinário. Ocorre em diabetes melitus, diabetes insípidos, esclerose renal, rim amiloíde, glomerulonefrite, uso de diuréticos, cafeína ou álcool que reduzem a secreção do hormônio antidiurético.
Oligúria: diminuição do volume urinário. Ocorre em estados de desidratação do organismo, vômitos, diarréias, transpiração, queimaduras graves, nefrose, fase de formação de edemas.
Anúria: volume inferior a 50 ml em 24 h. Ocorre em obstrução das vias excretoras urinárias, lesão renal grave ou diminuição do fluxo sanguíneo para os rins (insuficiência renal aguda).
Dr. Thiago C. Silva
Coloração da Urina
Amarelo-claro Amarelo-citrino Amarelo-escuro Âmbar
Dr. Thiago C. Silva
Condições que alteram as colorações da urina.
Presença anormal de bilirrubina: amarelo-escuro ou âmbar (com espuma amarela)
Doenças hepáticas: amarelo-esverdeado, castanho ou esverdeado.
Urina com hemáceas: desde rosa, vermelho (observar em urinas de mulher, se a paciente não se encontra no período menstrual).
Urina com hipúria ou quilúria: branco (está relacionado com a obstrução linfática e ruptura dos vasos linfáticos).
Dr. Thiago C. Silva
Medicamentos
Laranja – fanazpiridina, (pirydium), fenindiona (hedulin)
Vermelha – sene e ruibarbo (laxantes a base de antraquinona), levodopa ( L-dopa) , fenolsulfonftaleína (corante para teste de função renal),
Castanho – nitrofurantoína (furadantin), metronidazol (flagyl), sorbitol de ferro, furazolidona (furaxone),
Verde – metocarbamol (robaxin),
Dr. Thiago C. Silva
Aspecto da Urina
Refere-se a transparência da amostra de urina. limpo ligeiramente turvo turvo acentuadamente turvoSubstâncias que provocam turvação: cristais,
leucócitos, hemáceas, bactérias, sêmen, linfa, lipídios, células epiteliais, muco, e contaminantes externos ( talcos, medicamentos).
Dr. Thiago C. Silva
Densidade da Urina
O complexo processo de reabsorção muitas vezes é a primeira função renal a se tornar deficiente. O valor da densidade medida na amostra, é influenciado pelo número de partículas químicas dissolvidas bem como pelo tamanho das mesmas.
Dr. Thiago C. Silva
Procedimentos
Existem vários métodos disponíveis para medir a densidade específica: fitas reagente, refratômetro, e o urinomêtro (hidrômetro).
Valor normal: 1.014 a 1.030
Dr. Thiago C. Silva
Exames Químicos
pH PROTEÍNA GLICOSE CETONAS BILIRRUBINA SANGUE UROBILINOGÊNIO NITRITO LEUCÓCITOS
Dr. Thiago C. Silva
Reação de pH
O controle do pH é feito principalmente da dieta, embora possam ser usados alguns medicamentos.
O conhecimento do pH urinário, é importante também na identificação dos cristais observados durante o exame microscópico do sedimento urinário, e , no tratamento de problemas urinários que exija que a urina esteja em um determinado pH.
Dr. Thiago C. Silva
Interferentes
O crescimento bacteriano em uma amostra, pode tornar o pH alcalino, devido ao fato da uréia ser convertida em amônio. Deve-se ter o cuidado de não umedecer excessivamente a fita, para que o tampão ácido da proteína não escorra na placa do pH, tornando esse laranja.
Dr. Thiago C. Silva
Interpretação
Urinas ácidas: dietas rica em proteínas, acidose metabólica ou respiratória, alguns medicamentos.
Urinas alcalinas: dieta rica em frutas e verduras, ingestão de medicamentos com caráter alcalino, após vômitos repetitivos, alcalose metabólica ou respiratória.
Dr. Thiago C. Silva
Proteína
A urina normal contém quantidades muito pequena de proteínas, em geral, menos de 10 mg/dl ou 150 mg por 24 horas. Esta excreção consiste principalmente de proteínas séricas de baixo PM (albumina ) e proteínas produzidas no trato urogenital (Tamm – Horsfall ).
Dr. Thiago C. Silva
Procedimento
O teste com fita reagente é sensível a albumina , e o teste de precipitação ácida é sensível a todas as proteínas indicando a presença tanto de globulinas quanto de albumina, portanto, quando o resultado da fita for positivo, deve ser confirmado com o método ácido sulfossalicílico( método de turvação).
Dr. Thiago C. Silva
Interferentes
Quando a urina é muita alcalina, anula o sistema de tamponamento, produzindo uma elevação do pH e uma mudança da cor, dando um resultado falso positivo. Resultados falso negativo ocorrem com a contaminação do recipiente da amostra com detergente.
Dr. Thiago C. Silva
Proteinúria
Lesão da membrana glomerular (complexos imunes, agentes tóxicos), distúrbios que afetam a reabsorção tubular das proteínas filtradas, mieloma múltiplo, proteinúria ortostática, hemorragia, febre, fase aguda de várias doenças.
Pessoas saudáveis podem apresentar proteinúria após exercício extenuante ou em caso de desidratação. Mulheres grávidas, podem apresentar proteinúria, nos últimos meses, podendo indicar uma pré – eclâmpsia.
Dr. Thiago C. Silva
PESQUISA DE PROTEÍNA PELO MÉTODO ÁCIDO SULFOSSALICÍLICO
coloque 1,0 ml de urina limpa (sobrenadante da urina após centrifugação)
acrescente 6,0 ml de ácido sulfossalicílico a 3% agitar suavemente e deixar em repouso por 5
minutos quando positivo, haverá turvação do líquido
diretamente proporcional a quantidade de proteína na urina.
Dr. Thiago C. Silva
PESQUISA DE PROTEÍNA DE BENCE JONES
Pessoas com mieloma múltiplo apresentam um aumento dos níveis séricos desta proteínas. È um distúrbio proliferativo dos plasmócitos produtores de imunoglobulinas.
As proteínas de Bence Jones podem ser identificadas pelo fato de se precipitarem quando a mesma é aquecida à 40 ou 60°C, dissolvendo-se quando a temperatura atinge 100°C. O precipitado volta a ser formado com o resfriamento.
Dr. Thiago C. Silva
Corpos Cetônicos
Cetonúria engloba três produtos intermediários do metabolismo das gorduras:
acetona 2% ácido acetoacético 20% ácido beta-hidroxibutírico 78%
Dr. Thiago C. Silva
Procedimento
Teste com fita; Teste de Imbert.
Obs: A presença de cetonúria indica deficiência no tratamento com insulina no diabete melito, indicando à necessidade de regular a sua dosagem, e, provoca o desequilíbrio eletrolítico, a desidratação e se não corrigida a acidose, que pode levar ao coma.
Dr. Thiago C. Silva
Interferentes
Podem ocorrer reações falso-positivas, após a utilização de fitaleínas, fenilcetonas, conservante 8- hidroxiquinolona, ou com metabólicos de L-dopa. Reações falso-negativos podem ocorrer, devido à drogas anti-hipertensivas.
A ação das bactérias, degrada o ácido acetoacético in vivo
como in vitro. A acetona (volátil) é perdida em temperatura ambiente, mas isso não ocorre se a amostra estiver num recipiente fechado e refrigerado. Portanto, se a amostra não poder ser examinada de imediato, ela deve ser resfriada.
Dr. Thiago C. Silva
Bilirrubina
A bilirrubina, é um produto da decomposição da hemoglobina , formado nas células retículo-endoteliais do baço, fígado, medula óssea e transportado ao sangue por proteínas. A bilirrubina não conjugada no sangue, não é capaz de atravessar a barreira glomerular nos rins. Quando a bilirrubina é conjugada no fígado, com o ácido glicurônico, formando o glicuronídeo de bilirrubina, ela se torna hidrossolúvel e é capaz de atravessar os glomérulos renais, na urina.
Dr. Thiago C. Silva
Interferentes
Destruição da bilirrubina por exposição da amostra à luz, presença de pigmentos urinários.
Dr. Thiago C. Silva
Glicose
Em circunstâncias normais, quase toda a glicose filtrada pelos glomérulos é reabsorvida pelo túbulo proximal, através de transporte ativo, e por isso a urina contém quantidades mínimas de glicose. O limiar renal é de 160 a 180 mg/dl.
Um paciente com diabetes melitus apresenta uma hiperglicemia, que pode acarretar uma glicosúria quando o limiar renal para a glicose é excedido.
Dr. Thiago C. Silva
Interferentes
Ácido ascórbico, aspirina, levodopa, e agentes de limpeza fortemente oxidantes utilizados nos frascos de urina, causam leitura falso positivo, porque interferem nas reações enzimáticas. A alta densidade específica, diminui o desenvolvimento da cor na fita.
Dr. Thiago C. Silva
PESQUISA DE GLICOSE PELO REATIVO DE BENEDICT
Colocar 5 ml do reativo de Benedict num tubo de ensaio;
Juntar 8 a 10 gotas de urina; Ferver por 2 minutos.
Resultado: • azul ou verde sem precipitado - Negativo• verde com precipitado amarelo - Positivo +• verde oliva - Positivo ++ • marron laranja - Positivo +++• vermelho tijolo - Positivo ++++
Dr. Thiago C. Silva
UROBILINOGÊNIO
Pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina. É produzido no intestino a partir da redução da bilirrubina pela ação das bactérias intestinais
Dr. Thiago C. Silva
Interferentes
Grande quantidade de nitrito, urina muito pigmentada, degradação do urobilinogênio por exposição à luz.
Dr. Thiago C. Silva
Nitrito
Útil na detecção da infecção inicial da bexiga ( cistite ), pois muitas vezes os pacientes são assintomáticos, ou tem sintomas vagos, e quando a cistite não for tratada, pode evoluir para pielonefrite, que é uma complicação freqüente da cistite, que acarreta lesão dos tecidos renais, hipertensão e até mesmo septicemia.
Dr. Thiago C. Silva
Procedimento
A base bioquímica do teste é a capacidade que têm certas bactérias de reduzir o nitrato, constituinte normal da urina, em nitrito, que normalmente não aparece na urina. Para a determinação de nitrito, a urina deve permanecer na bexiga, por pelo menos 4 horas, para que a população vesical converta o nitrato urinário em nitrito, e o tratamento com antibiótico deve ser suspenso pelo menos 3 dias antes do teste.
Dr. Thiago C. Silva
Interferentes
leveduras e bactérias gram-positivas que não reduzem o nitrato, tempo de contato entre o nitrato e as bactérias, presença de ácido ascórbico, uso de antibióticos, amostras não recentes (bactérias contaminantes produzirão nitrito).
Dr. Thiago C. Silva
Interpretação
PRESENÇA DE NITRITO : cistite, pielonefrite, avaliação da terapia com antibióticos, seleção da amostras para culturas.
Resultados positivos devem ser acompanhados de uma bacterioscopia, por coloração de Gram.
Dr. Thiago C. Silva
Sangue
O sangue pode estar na urina na forma de hemáceas íntegras (hematúria) ou de hemoglobina livre produzida por distúrbios hemolíticos ou por lise de hemáceas no trato urinário (hemoglobinúria). O exame microscópico do sedimento urinário, mostrará a presença de hemáceas íntregas, mas não de hemoglobina, portanto, a análise química é o método mais preciso para determinar a presença de sangue na urina.
Dr. Thiago C. Silva
Procedimento
As análises químicas da fita para detecção de sangue, utilizam as atividade da peroxidase da hemoglobina.
A análise da fita, estabelece a diferença de hemoglobinúria e hematúria e não sua quantificação. Quando for positivo para hemáceas, sua quantificação é realizada na câmara de Newbauer.
Dr. Thiago C. Silva
Interpretação
HEMATÚRIA: cálculos renais, glomerulonefrite, tumores, traumatismos, pielonefrite, exposição a drogas.
HEMOGLOBINÚRIA: lise das hemáceas no trato urinário, hemólise intravascular (transfusões, anemia hemolítica, queimaduras graves, infecções).
Dr. Thiago C. Silva
Interferentes
Falso negativo: ácido ascórbico, nitrito(infecção urinária), densidade específica alta, pH ácido;
Falso positivo: contaminação menstrual, mioglobinúria, peroxidase de vegetais e por enzimas bacterianas.
Dr. Thiago C. Silva
Proteína Muscular - Mioglubinúria
Produz reação positiva para sangue, como produz coloração vermelha na urina. Deve-se suspeitar mioglobinúria, em pacientes com destruição muscular, traumas, coma prolongado, convulsões, doenças musculares atróficas e exercício físico severo.
Dr. Thiago C. Silva
Leucócitos
Piúria: indica uma possível infecção do trato urinário.
Dr. Thiago C. Silva
Procedimento
O teste com fita reagente, utiliza as esterases presentes nos granulócitos. Possui uma sensibilidade de 81% a 94%, e uma especificidade de 69% a 83%.Quando a fita apresentar resultado positivo para leucócitos, a sua quantificação será realizada na câmara de Newbauer.
Dr. Thiago C. Silva
Exame Químico
As interpretações dos exames químicos são feitos através da reação colorimétrica da fita reagente, os resultados devem ser interpretados na forma de +
Todos os indícios indicados no exame da fita devem corresponder a microscopia, caso não aconteça deve-se investigar interferentes e historia clínica do paciente.
Dr. Thiago C. Silva
Exame Microscópico
O exame microscópico do sedimento urinário, tem a finalidade de detectar e identificar os elementos insolúveis que acumulam na urina durante o processo de filtração glomerular e a passagem do líquido através dos túbulos renais e trato urinário inferior.
Dr. Thiago C. Silva
Metodologia
As amostras examinadas, deve, ser recentes ou corretamente conservadas;
Homogeneizar a urina, por inversão Em um tubo cônico medir 10 ml; Passar a fita reagente, mergulhando dentro do tubo cônico Com um papel absorvente enxugar o excesso e ler o resultado. Centrifugar a urina a 1.500 rpm por 5 minutos; Retirar 9 ml do sobrenadante Após deixar 1ml, agitar o sedimento vigorosamente. Posicionar a lamínula sobre a câmara Retirar uma alíquota de 0,5 ml com a pipeta. Preencher o reticulo de Newbauer. Focalizar de modo a visualizar os quadrantes e fazer as contagens.
Dr. Thiago C. Silva
Metodologia
Dr. Thiago C. Silva
Componentes do Sedimento Urinário
Os elementos são : Hemáceas Leucócitos Cilindros Células epiteliais Bactérias
Leveduras Parasitas Muco Espermatozóide Cristais Artefatos
Dr. Thiago C. Silva
Hemáceas
Aparecem como discos incolores tendo cerca de 7um de diâmetro. Na urina concentrada, as células encolhem e aparecem como discos crenados( células pequenas com bordas onduladas), enquanto na urina alcalina, elas incham e se lisam rapidamente, liberando sua hemoglobina, permanecendo só a membrana, essas células são denominadas células fantasmas.
Dr. Thiago C. Silva
Hemáceas
Dr. Thiago C. Silva
Significado Clínico
Seu aparecimento tem relação com lesões na membrana glomerular, ou nos vasos do sistema urogenital. Uma grande quantidade de hemáceas costuma decorrer de glomerulonefrite, mas também é observada em casos de infecção aguda, reações tóxicas e imunológicas, neoplasias e distúrbios circulatórios que rompem a integridade dos capilares renais .
Dr. Thiago C. Silva
Significado Clínico
As disfunções renais podem ser classificadas em: 1-Glomerulares: glomerulonefrites agudas; glomerulonefrite
proliferativa focal, glomerulonefrite rapidamente progressiva, glomerulonefrite membranosa; nefrite lúpica; hematúria familiar benigna, etc..
2- Não glomerulares: nefroesclerose secundária à hipertensão, infarto renal, trombose da veia renal, tuberculose, pielonefrite, doença policística, nefrite intersticial, necrose papilar, necrose cortical, trauma, etc..
3- Pós renal: cálculos, periureterites secundárias a patologias extra-renais, tumores do sistema urinário inferior, cistites, prostatites, epididimites, hiperplasia prostática, obstrução, endometriose, etc..
4- Falsas hemorragias: ingestão de alimentos que dão cor vermelha à urina, hemoglobinúria, drogas, etc..
Dr. Thiago C. Silva
Células Epiteliais
Células escamosas Células epiteliais transicionais ou caudadas Células dos túbulos renais
Dr. Thiago C. Silva
Células Escamosas
Revestimento interno da vagina e porções inferiores da uretra masculina e feminina. Quando aparece em grande quantidade, representa contaminação vaginal.
Dr. Thiago C. Silva
Células Escamosas
Dr. Thiago C. Silva
Células epiteliais transicionais ou caudadas
Originam-se do revestimento da pelve renal, da bexiga e da porção superior da uretra. São menores, esféricas, caudadas ou poliédricas, com núcleo central. Quando presente em grande número, e com morfologia alterada, deve-se suspeitar de carcinoma renal.
Dr. Thiago C. Silva
Células epiteliais transicionais ou caudadas
Dr. Thiago C. Silva
Células dos túbulos renais
São redondas, possuem um núcleo redondo e excêntrico. Aparecem em doenças que causam lesão tubular: pielonefrite, reações tóxicas, infecções virais, rejeição de transplantes, efeitos secundários da glomerulonefrite.
Dr. Thiago C. Silva
Células dos túbulos renais
Dr. Thiago C. Silva
Leucócitos
Aparecem como esferas granulosas, com cerca de 12um de diâmetro, possuem grânulos citoplasmáticos e núcleos lobulados. São rapidamente lisados na urina hipotônica (diluída), ou alcalina, aproximadamente 50% são perdidos após 2 a 3 horas na urina em repouso e em temperatura ambiente, portanto, a realização de um exame imediato após a coleta é fundamental.
Dr. Thiago C. Silva
Leucócitos
Podem estar presentes na urina devido a uma lesão glomerular ou capilar, mas também são capazes de migrar de forma amebóide através dos tecidos, indo para locais de inflamação ou infecção.
Piúria: infecções bacterianas (pielonefrite, cistite, prostatite, e uretrite), litíase, glomerulonefrite, lúpus eritrematoso sistêmico, tumores.
Dr. Thiago C. Silva
Leucócitos
Dr. Thiago C. Silva
Exame Quantitativo
VALORES NORMAIS: até 10.000 células/ ml de urina até 7.000 leucócitos/ ml de urina até 5.000 hemáceas/ ml de urina
Dr. Thiago C. Silva
Cilindros
Os cilindros são formados no interior da luz do túbulo contornado distal e ducto coletor, suas formas são representativas da luz do túbulo, consistindo de lados paralelos e extremidades arredondadas, o tamanho, depende da área de sua formação. O principal componente é a proteína de Tamm-Horsfall, uma glicoproteína excretada pela porção grossa ascendente da alça de Henle e pelo túbulo distal.
Dr. Thiago C. Silva
Cilindros
Nas doenças renais, eles estão presentes em grande quantidade e sob várias formas, a quantidade aumentada de cilindros, indica que a doença renal é disseminada e que vários néfrons encontram-se envolvidos. Também podem estar presente em indivíduos normais, após um exercício físico severo.
Os cilindros são classificados de acordo com sua matriz, tipo de inclusão e tipo celular presente no seu interior.
Dr. Thiago C. Silva
Anatomia Glomerular
1. Zona glomerular (arteriolas)2. Cápsula3. 4. Zona contornada5. Zona reta6. Tubo de ligação7. Canal coletor cortical8. Canal coletor medular9. Ansa de Henlé10. Ramo ascendente11. Ramo descendente
Dr. Thiago C. Silva
Matriz
Cilindro Hialino: são transparentes à microscopia, constituídos quase inteiramente por proteína de Tamm-Horsfall . São encontrados na doença renal e transitoriamente após exercício severo, insuficiência cardíaca congestiva, estados febris e uso de diuréticos.
Dr. Thiago C. Silva
Cilindro Hialino
Dr. Thiago C. Silva
Matriz
Cilindro Céreo: representam um estágio avançado do cilindro hialino, é altamente refringente. São freqüentemente observados em pacientes com insuficiência renal crônica (estase do fluxo urinário ), durante a rejeição aguda ou crônica de um aloenxerto renal.
Dr. Thiago C. Silva
Cilindro Céreo
Dr. Thiago C. Silva
Inclusões
Cilindros Granulosos: o aparecimento de cilindros granulosos grosseiros e finos é representativo da desintegração dos cilindros celulares ou leucocitários que permanecem nos túbulos como resultado de estase urinária. Também pode ser de origem bacteriana, de cristais (uratos) ou agregados protéicos.Os cilindros granulosos são observados em estase do fluxo urinário, infecção do trato urinário, estresse, e exercício severo.
Dr. Thiago C. Silva
Cilindro Granuloso
Dr. Thiago C. Silva
Inclusões
Cilindros Adiposos : é produzido pela decomposição dos cilindros de células epiteliais que contém corpos adiposos ovais. As células do epitélio tubular renal absorvem lipídeos que entram nos túbulos através dos glomérulos. Estes são altamente refringentes e contém gotículas de gordura amarelo-castanhas. Os cilindros adiposos são observados na síndrome nefrótica.
Dr. Thiago C. Silva
Celulares
Cilindros Hemáticos: contém hemáceas emaranhadas ou ligadas à matriz das proteínas de Tamm-Horsfall, sua coloração é vermelho-laranja, porém quando o cilindro envelhece começa a lise celular, liberando hemoglobina, apresentando coloração marron-amarelada. A presença de cilindros hemáticos, indica sangramento proveniente do interior dos nefróns, glomerulonefrite aguda, nefropatia pela IgA, e infarto renal.
Dr. Thiago C. Silva
Cilindro Hemático
Dr. Thiago C. Silva
Celulares
Cilindro Leucocitário: os leucócitos penetram na luz tubular a partir do interstício, entre as células epiteliais tubulares. Os cilindros são refringentes, aparecem grânulos, e, se não iniciou sua desintegração, serão observados núcleos multilobulados. A presença de cilindros leucocitários significa inflamação ou infecção dentro do néfron, porém podem estar presentes em razão do efeito quimiostático do complemento, aparecendo na glomerulonefrite e síndrome nefrótica.
Dr. Thiago C. Silva
Cilindro Leucocitário
Dr. Thiago C. Silva
Celulares
Cilindro de Células Epiteliais: na formação do cilindro, a proteína de Tamm-Hosfall, se agrega às fibrilas protéicas das células tubulares. Quando ocorre lesão tubular, as células são facilmente removidas do túbulo durante a dissolução do cilindro, pois as células estão intimamente aderidas a proteína de Tamm-Hosfall. Os cilindros de células epiteliais são muitas vezes observados em conjunto com cilindros de hemáceas e leucócitos, pois, tanto a glomerulonefrite quanto a pielonefrite, produzem lesão tubular. Aparecem também em doenças virais, exposição à várias drogas, intoxicação por metal pesado, e rejeição aguda de aloenxerto.
Dr. Thiago C. Silva
Celulares
Cilindro Celular Misto: quando dois tipos celulares distintos estão representados na matriz protéica do cilindro, o híbrido resultante é chamado cilindro misto.
Dr. Thiago C. Silva
Celulares
Cilindro Largo: são aqueles que possuem um diâmetro duas a seis vezes maior que os cilindros normais. Qualquer tipo de cilindro pode ser largo. Eles indicam uma dilatação tubular ou extrema estase do fluxo urinário no ducto coletor distal. São encontrado na urina de pacientes com insuficiência renal crônica, e seu achado representa um mau prognóstico.
Dr. Thiago C. Silva
Bactérias
A presença de bactérias pode ou não ser significativa, dependendo do método de coleta urinária e quanto tempo se passou entre a coleta e a realização do exame. Bactérias com forma de bastonetes são as mais comuns observadas, em virtude dos microrganismos entéricos serem os mais freqüentemente encontrados nas infecções do trato urinário. Se a infecções estiver presente, muitos leucócitos são visualizados no sedimento.
Resultado: deve ser confirmado através de bacterioscopia, pela coloração de Gram.
Dr. Thiago C. Silva
Leveduras
Célula de leveduras, Candida albicans, pode ser observada na urina de pacientes com diabetes melito, e mulheres com candidíase vaginal. Resultado é expresso objetiva de 40 x.
Resultado: • 1 a 2 por campo ( + )• 3 a 5 por campo ( ++) • > 5 por campo (+++)
Dr. Thiago C. Silva
Candida sp.
Dr. Thiago C. Silva
Hifas
Dr. Thiago C. Silva
Parasitas
Parasitas e ovos de parasitas, podem ser observados como resultado de contaminação fecal ou vaginal. O parasita encontrado com mais freqüência é Trichomonas vaginalis, encontrado devido a contaminação vaginal. Este organismo é flagelado, sendo facilmente identificado por seu movimento rápido, porém quando imóvel, pode ser confundido com leucócito. Resultado é expresso objetiva de 40 x.
Resultado: 1 a 2 por campo ( + ) 3 a 5 por campo ( ++) > 5 por campo (+++)
Dr. Thiago C. Silva
Filamentos de Muco
O muco é um material protéico (mucina ou fibrina), produzido por glândulas e células epiteliais do trato urogenital. Na microscopia, aparecem estruturas filamentosas com baixo índice de refração, exigindo observação em luz de baixa intensidade. Não é considerado clinicamente significativo.
Resultado: a quantificação de muco, é dada em cruzes
Dr. Thiago C. Silva
Cristais
É comum encontrar cristais na urina. Deve-se proceder à identificação para ter certeza de que não representam anormalidades. São formados pela precipitação dos sais de urina submetidos a alterações de pH, temperatura, ou concentração que afeta a solubilidade. Um pré-requisito para a identificação de cristais, é o conhecimento do pH urinário.
Dr. Thiago C. Silva
Cristais encontrados na urina em pH ácido:
Uratos amorfos: aparecem como pequenos grânulos amarelo-castanhado.
Uratos cristalinos: pequenas esferas marrons ou agulhas incolores.
Ácido úrico: possuem quatro lados, são achatados, amarelos ou vermelhos-acastanhados. Pode-se apresentar com outra forma, mas não são incolores
Oxalato de cálcio: são octaedros incolores que lembram envelope.
Dr. Thiago C. Silva
Urato Amorfo
Dr. Thiago C. Silva
Ácido Úrico
Dr. Thiago C. Silva
Oxalato de Cálcio
Dr. Thiago C. Silva
Cristais encontrados na urina em pH alcalino:
Fosfato amorfo: grânulos amorfos incolores que aparecem aglomerados.
Fosfatos cristalinos (triplo): apresentam variação de tamanho, aparecem como prismas incolores com extremidade oblíquas, formas planas(samambaia), ou flocos incolores.
Carbonato de cálcio: pequenos grânulos ou esferas incolores.
Dr. Thiago C. Silva
Fosfato Amorfo
Dr. Thiago C. Silva
Fosfato Triplo
Dr. Thiago C. Silva
Carbonato de Cálcio
Dr. Thiago C. Silva
Cristais encontrados na urina anormal
Deve-se verificar o tratamento medicamentoso que o pacienteestá fazendo, quando cristais incomuns são encontrados. Cistina: são lâminas hexagonais incolores e refringentes,
encontrados em pH ácido. Tirosina: agulhas finas arranjadas em grumos ou feixes,
especialmente após refrigeração. Leucina: são raros, são esferas amarelas com aspecto oleoso
e com estrias radiais e concêntrica. Contraste radiográfico: observados em pH ácido, aparecem
como lâminas achatadas incolores ou retângulos finos. Sua presença deve estar correlacionada com densidade específica alta.
Dr. Thiago C. Silva
Artefatos
Podem ser observados contaminantes de todos os tipos, principalmente em amostras colhidas em condições impróprias, ou em recipientes sujos. Pode-se observar: gotículas de óleo, grânulos de amido, grãos de pólen, pêlos ou outras fibras.
O que mais causa dúvida, são as gotículas de óleo e os grânulos de amido, por se parecerem com hemáceas, contudo, são mais refringentes, e com adição de ácido acético diluído, as hemáceas se dissolvem, deixando as gotículas de óleo intactas.
Dr. Thiago C. Silva
Bibliografia
STRASINGER, S. K; Uroanálise e fluídos biológicos. 2º ed. São Paulo: Panamericana, 1991
VALLADA, E. P. Manual de Exame de Urina. 4º ed. Atheneu: Rio de Janeiro, 1988
HENRY, B. J.; Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratoriais. 19º ed. Manole, 1999
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