urinÁlise slide

29
URINÁLISE

Upload: patricia-grasielly

Post on 02-Dec-2015

323 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: URINÁLISE slide

URINÁLISE

Page 2: URINÁLISE slide

IntroduçãoO exame de urina é um exame não invasivo que fornece uma variedade de informação úteis no que concernem as doenças envolvendo os rins e o trato urinário inferior. Pode ser utilizado para diagnosticar de distúrbios funcionais (fisiológicos) e estruturais (anatômicos) dos rins e trato urinário inferior, bem como monitorar o progresso destas doenças no organismo, acompanhar a eficácia do tratamento e ainda constatar a cura. A urina contem aproximadamente 96% de água e 4% de substâncias diversas provenientes da alimentação e do metabolismo normal.A composição da urina varia: com a dieta do individuo; com o estado nutricional; atividade física; metabolismo orgânico; função endócrina; estado geral do organismo; estado da função renal.

Page 3: URINÁLISE slide

Coleta

Page 4: URINÁLISE slide

A coleta da urina deve ser feita observando todas as assepsias determinadas para obtenção de um exame correto. É muito importante estar bem informado sobre a maneira adequada de se proceder a coleta da amostra de urina. Algumas regras são comuns em quase todos os laboratórios de analises clinicas, tais como: o frasco para a coleta de amostra deve ser limpo e seco; a amostra deverá ser entregue imediatamente ao laboratório e analisada dentro de 1hora. Caso isto não seja possível, deve-se manter a amostra identificando, contendo nome, data e horário; deve-se coletar uma amostra de 20 a 100 ml; o paciente deve sempre realizar a assepsia antes de coletar a amostra; coletar o jato médio de urina por micção espontânea, ou seja, desprezar a 1° porção da urina antes de coletar a amostra , dessa forma evita possíveis contaminações.• Outros tipos de coleta de urina: amostra de 24 horas; amostra

colhida por caráter; punção supra púbica; amostra pediátrica.

Page 5: URINÁLISE slide

EXAME FÍSICO: volume; cor; aspecto; densidade; odor.

Page 6: URINÁLISE slide

A urinálise corresponde ao exame físico, químico e microscópico da urina.EXAME FÍSICO: volume; cor; aspecto; densidade; odor.• VOLUME: O determinante principal do volume urinário é a ingestão hídrica. Volume varia também com a perda de fluidos por fontes não renais (transpiração), variação na secreção do hormônio antidiurético e necessidade de excretar grandes quantidades de soluto.A determinação do volume se faz através de provetas graduadas rigorosamente limpas. Na analise, o volume só tem valor clinico se o volume total da urina for colhido nas 24 horas.Valor de referencia: 600 a 2000 ml em 24 horas.• COLORAÇÃO: A cor da urina é devido a um pigmento denominado urocromo que é um produto do metabolismo endógeno produzido em velocidade constante. A coloração indica de forma grosseira o grau de hidratação e o grau de concentração de solutos. É um caractere físico de extrema importância através dele pode-se ter uma ideia do funcionamento normal ou de uma disfunção e ate mesmo presença de uma patologia.Observar macroscopicamente a coloração da urina. A cor da urina é variável podendo ser amarelo citrino, amarelo claro e amarelo ouro em condições normais.Condições que alteram a coloração da urina:Presença anormal de bilirrubina: amarelo-escuro ou âmbar (com espuma amarela);Doenças hepáticas: amarelo-esverdeado, castanho ou esverdeado;Urina com hemácias : desde rosa, vermelho (observar em urinas de mulher, se a paciente não se encontra no período menstrual); medicamentos• ASPECTO: Refere-se a transparência da amostra de urina. A urina normal, recém eliminada, geralmente é límpida, podendo apresentar certa opacidade devido á precipitação de cristais, presença de filamentos de muco e células epiteliais.

Page 7: URINÁLISE slide

ASPECTO: Refere-se a transparência da amostra de urina. A urina normal, recém eliminada, geralmente é límpida, podendo apresentar certa opacidade devido á precipitação de cristais, presença de filamentos de muco e células epiteliais.Observar a amostra homogeneizada num ambiente de boa iluminação.Aspecto da urina pode ser transparente (límpida), opaca (ligeiramente turva) ou tuva.Substancias que provocam turvação: cristais, leucócitos, hemácias, bactérias, sêmen, linfa, lipídios, células epiteliais, muco e contaminantes externos ( talcos, medicamentos).DENSIDADE: Avalia a capacidade de reabsorção renal. O complexo processo de reabsorção muitas vezes é a primeira função renal a se tornar deficiente. O volume de urina excretada e sua concentração de solutos variam para a manutenção da homeostase dos fluidos corporais e eletrônicos. O valor da densidade medida na amostra é influenciado pelo o numero de partículas químicas dissolvidas bem como pelo tamanho das mesmas.CHEIRO: A urina normal tem odor característico, “sui generis”, devido a presença de certos ácidos voláteis, que são eliminados por ela.Odores anormais acorrem devido a uma conservação ou armazenamento impróprios. Ao envelhecer, a urina adquire odor forte de amoníaco, devido a transformação bacteriana da ureia, resultando em formação de amônia. O cheiro pútrido indica a presença de infecção urinária. A urina de pacientes com excessos de corpos cetônicos apresenta odor característico de cetona ou de frutas.

Page 8: URINÁLISE slide
Page 9: URINÁLISE slide

Exames químicos:REAÇÃO DE pH

Os pulmões e os rins são os principais reguladores do equilíbrio ácido-base do organismo. A determinação do pH urinário é importante por ajudar a detectar possíveis distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória, por indicar algum distúrbio resultante da incapacidade renal e produzir ou reabsorver ácidos ou bases, por permitir a identificação dos cristais observados durante o exame microscópico do sedimento urinário e por auxiliar no tratamento de problemas urinários que exijam que a urina esteja em um determinado pH.

O controle do pH é feito principalmente com dieta, embora possam ser usados alguns medicamentos.

Urina normal: pH 5,0 a 6,0.A reação da urina é verificada pela fita- reagente que mede o

pH em variações de 1 unidade entre 5 e 9.

Page 10: URINÁLISE slide

PROTEÍNAO teste com a fita reagente é sensível a albumina e o teste de precipitação

acida é sensível a todas as proteínas, indicando a presença tanto de globulinas quanto de albumina. Portanto, quando o resultado das fita for positivo, deve ser confirmado com o reagente de Robert (método de turvação).

Resultado: Negativo, Traços, Positivo (+1,+2,+3,+4)Interferentes:Falso positivo: detergentes, compostos de amônio quaternário, urinas muito

alcalinas, Clorexidina.Falso negativo: grande concentração de sais, presença, em grande

quantidade, de outras proteínas que não a albumina.Proteinúria: Lesão da membrana glomerular ( complexos imunes, agentes

tóxicos), distúrbios que afetam a reabsorção tubular das proteínas filtradas, mieloma múltiplo, proteinúria ortostatica, hemorragia, febre, fase aguda de varias doenças. Pessoas saudáveis podem apresentar proteinúria após exercício extenuante ou em caso de desidratação. Mulheres grávidas podem apresentar proteinúria nos últimos meses, podendo indicar uma preá-eclampsia.

Page 11: URINÁLISE slide

CETONAOs chamados corpos cetônicos são o ácido acetoacético, o acido β-hidroxibutírico e a

acetona.Eles, normalmente, não são encontrados na urina. A presença destes corpos cetônicos

na urina avalia o metabolismo geral e não a função renal. Os corpos cetônicos são produtos normais do metabolismo das gorduras e são convertidos a dióxido de carbono e água. Em determinadas situações, com aumento de catabolismo de gorduras, eles são formados em maior quantidade, produzindo a cetonemia, com concomitante cetonúna, quadro denominado de cetose.

O teste com a fita utilizada a reação do nitroprussiato de sódio que ira reagir com acido acetoacético e a acetona em meio alcalino produzindo coloração púrpura, não detecta o beta-hidroxibutórico. O resultado positivo pode ser confirmado pelo reagente de Rothera.

Resultado: Negativo, Traços, Positivo (+1,+2,+3,+4)Interferentes:Falso Positivo: substancias coradas eliminadas pela urina (Bromossulfaleína,

Fenolsulfoftaleóna, Feno sulfonftaleína, Fenilcetonas), urina com alta densidade, presença de matabolitos da Levodopa e de compostos contendo grupos sulfidrila, tais como o acido 2-mercaptoetanosulfônico ou acetilcisteina.

Falso negativo: estocagem da urina, pois permite a evaporação da acetona.Cetonúira: diabetes mellitus, fome, inanição, dietas, febres, após exercios intensos e

exposição ao frio intenso.

Page 12: URINÁLISE slide

BILIRRUBINAA bilirrubina, é um produto da decomposição da hemoglobina. A bilirrubina não conjugada

presente no sangue, não é capaz de atravessar a barreira glomerular nos rins. Quando a bilirrubina é conjugada com p acido glicurônico, formando o glicuronídeo de bilirrubina, ela se torna hidrossolúvel, sendo capaz de atravessar os glomérulos renais, aparecendo na urina. A urina do adulto contem cerca de 0,02mg de bilirrubina por decilitro que não é detestada pelos os testes usuais.

A presença de bilirrubina conjugada na urina sugere obstrução do fluxo biliar; apresentando urina escura e com espuma amarela. A bilirrubina está associada com um nível sérico elevado de bilirrubina conjugada, icterícia, e fezes acólicas (descoradas pela ausência de pigmentos de derivados da bilirrubina).

O teste para bilirrubina é baseado numa reação diazotação,a reação baseia-se na conjugação da bilirrubina com o sal diazóico em meio acido. A urina deve ser recente, pois a bilirrubina é um composto instável a luz, o que provoca sua oxidação e conversão em biliverdina, apresentando resultado falso-negativo.

Resultado: Negativo, Positivo (+1,+2,+3)Interferentes:Falso positivo: substancias coradas eliminadas pela urina (Bromossulfaleina, Fenosulfonftaleína,

Fenilcetonas, Piridium), Clorpromazina, Clorexidina, Indoxil sulfato, Indols.Falso Negativo: estocarem da urina, principalmente com exposição ´as luz, pois permite a

degradação da bilirrubina, acido ascórbico (concentração superior a 25 mg/dl), nitrito em concentração elevada.

Bilirrubinúria: obstrução do ducto biliar, lesão hepática (hepatite, cirrose), câncer, doenças na vesícula biliar.

Page 13: URINÁLISE slide

GLICOSEEm circunstancias normais, quase toda a glicose formada pelos glomérulos é

reabsorvida pelo túbulo proximal através de transporte ativo e, por isso, a urina contém quantidades mínimas de glicose. O limiar renal é de 180 mg/dl. Um paciente com diabetes mellitus apresenta uma hiperglicemia, que pode acarretar uma glicosuria quando p limiar renal para a glicose é excedido.

Testes com fitas reativas utiliza o método da glicose oxidase, peroxidase e tampão para produzir uma reação enzimática dupla seqüencial. As fitas diferem em relação ao cromógeno utilizado. O teste de glicose oxidase é especifico para a glicose, não reage com lactose, gelactose, frutose ou metabólitos redutores de drogas. A reação positiva deve ser confirmada com o reagente de Benedict.

Resultado: Negativo, Traços, Positivo (+1,+2,+3,+4)Interferentes:Falso positivo: peróxidos, detergentes oxidantes, deixar as tiras expostas ao ar.Falso negativos: acido ascórbico, acido homogentísico, aspirina, Levodopa,

corpos cetônicos, densidade alta com pH baixo, fluoreto de sódio, em urinas resfriadas, o frio pode inibir as enzimas.

As enzimas glicolíticas das células e bactérias interferem do resultado por reduzirem os níveis de glicose urinária, por isso é essencial a realização do exame logo após a coleta, ou deve-se manter a amostra refrigerada.

Page 14: URINÁLISE slide

UROBILINOGÊNIO

Pigmento biliar resultante de degradação da hemoglobina. É produzido no intestino a partir da redução da bilirrubina pela ação das bactérias intestinais. A bilirrubina livre no intestino é reduzida em urobilinogênio e estercobilinogênio, e a maioria do pigmento é excretado nas fezes como estercobilinas.

O teste com fita regente utiliza um sal de diazônio estável que produz em presença do urobilinogênio um composto azóico que varia de rosa a vermelho. O resultado positivo deve ser confirmado pelo reagente de Erlich. Devido à sensibilidade da luz, as amostras devem ser analisadas imediatamente ou guardadas em ambiente escuro. O teste com fita não consegue determinar a ausência de urobilinogênio, que é importante na obstrução biliar.

Resultado: Normal, Positivo (+1,+2,+3)Interferentes:Falso positivo: substancias coradas eliminadas pela urina, substancias que

reagem com o regente de Ehrlich.Falso negativo: estocagem da urina, principalmente com exposição á luz, pois

permite a conversão do urobilinogênio a urobilina, acido ascórbico; grande quantidade de nitrito, urina muito pigmentada.

Urobilinogênio na urina: hepatopatias, distúrbios hemolíticos.

Page 15: URINÁLISE slide

NITRITO: Útil na detecção da infecção inicial da bexiga (cistite), pois muitas vezesd os

pacientes são assintomáticos, ou tem sintomas vagos. Quando cistide não é tratada, pode evoluir para pielonefrite, uma complicação freqüente, que acarreta lesão dos tecidos renais, hipertensão e ate septicemia. Pode ser usado para avaliar o sucesso da antibioticoterapia, para acompanhar periodicamente as pessoas que tem infecção recorrentes, diabéticos, e mulheres grávidas que são considerados de alto risco para infecção urinaria.

A base bioquímica do teste é a capacidade que têm certas bactérias de reduzir o nitrato, constituinte normal da urina, em nitrito, que normalmente não aparece na urina.

Resultado: Negativo, Positivo.Interferentes:Falso positivo: contaminação por bactérias devido a coleta imprópria ou

estocagem da amostra urinaria, cor de determinados pigmentos ou medicamentos excretados pela urina.

Falso negativo: não observação do tempo mínimo de incubação das bactérias na bexiga para que ocorra a redução no nitrito a nitrito, este é o tempo de, no mínimo 4 horas, acido ascórbico ( menor 25 mg/dl), pH urinário inferior a 6 e uso de antibióticos.

Page 16: URINÁLISE slide

SANGUE:O sangue pode estar na urina na forma de hemácias íntegras (hematúria) ou

de hemoglobina livre produzida por distúrbios hemolíticos ou por lise no trato urinário. O exame microscópico do sedimento urinário mostrara a presença de hemácias íntegras, mas não de hemoglobina, portanto a analise química é o método mais preciso para determinar a presença de sangue na urina.

A analise química da fita para detecção de sangue utiliza a atividade da peroxidase da hemoglobina. Existem duas escalas cromáticas separadas para hemácias e hemoglobina. Na presença de hemoglobina livre aparecera cor uniforme, em contraposição, na presença de hemácias íntegras, elas são lisadas ao entrarem em contato coma área da tira que determina a presença ou ausência de sangue, a hemoglobina é liberada, produzindo uma reação isolada que resulta na formação de pequenas manchas (traços). A analise da fita estabelece a diferença de hemoglobinúria e hematúria e não sua quantificação. Quando for positivo para hemácias, sua quantificação é realizada na câmara de Newbauer

Resultado: Negativo, Traços, Positivo (+1,+2,+3)Interferentes:Falso positivo: agentes oxidantes, peroxidases bacterianas e de vegetais,

contaminação por fluxo menstrual, mioglobinúria*.Falso negativo: acido ascórbico, urina com alta densidade, nitrito (menor

10mg/dl), tratamento com Captopril.

Page 17: URINÁLISE slide

LEUCÓCITOS:

A pesquisa de leucócitos é utilizado para detectar a presença de infecções em todo otrato urinário. A presença destes elementos pode ser detectada também pelo exame microscópico. Em muitas vezes, devido a atividade fagocitária destas células, elas são lisadas ou destruídas na urina, não aparecendo no exame microscópico. A pesquisa química detecta a presença de células intactas ou lisadas. A urina normal contem ate 0 leucocitos por campo (aumento de 400X).

Quando a fita apresenta resultado positivo para leucócitos , a sua quantificação será realizada na câmara de Newbauer.

Resultado: Negativo, Traços, Positivo (+1, +2,+3).Interferentes:Falso positivo: presença de oxidantes fortes como formalina.Falso negativo: glicose (>3g/dL), densidade alta, acido oxálico, albumina ( >

500mg/dL), acido ascórbico, medicamentos ( Nitrofurantoína, Cefalexina, ;cefalotina,Tetraciclina, Gentamicina) e qualquer substancia que possa causar coloração anormal na urina.

Piúria: todas as doenças reanis e do trato urinário. Também podem estar aumentados transitoriamente durante estados febris e exercícios severos.

Page 18: URINÁLISE slide

EXAME MICROSCÓPICO• Exame Qualitativo e Quantittivo do sedimento urinário:

hemácias, leucócitos, cilindros, células epiteliai, bactérias leveduras, parasitas, muco, espermatozoide, cristais e artefatos.

Page 19: URINÁLISE slide
Page 20: URINÁLISE slide

HEMÁCIAS:Aparecem como discos incolores tendo cerca de 7um de diâmetro.

Na urina concentrada, as células encolhem e aparecem como discos crenados (células pequenas com bordas onduladas), enquanto na urina alcalina, elas incham e se lisam rapidamente, liberando dua hemoglobina, permanecendo só a membrana, denominadas células fantasmas. Em certas ocasiões, as hemácias, podem ser confundidas com gotículas de óleo ou células leveduriformes, entretanto, as gotículas e óleo apresentam grande variação de tamanho e são altamente refrigentes, e as células de leveduras presentam brotamento.

Significado clínico: seu aparecimento tem relação com lesões na membrana glemerular ou nos vasos do sistema urogenital. Uma grande quantidade de hemácias decorre de glmerulonefrite, mas também são observada em casos de infecção aguda, reações toxicas e imunológicas, neoplasias e distúrbios circulatórios que rompem a integridade dos capilares renais. Hemácias de tamanho variáveis, com protusões celulares fragmentadas são chamadas dismorficas, e estão associadas principalmente a hemorragia glomerular, cálculos renais, infecções e exercícios físico intenso.

Page 21: URINÁLISE slide

CÉLULAS EPITELIAIS São vistos três tipos de células epiteliais na urina, classificadas quanto ao seu local de origem no sistema geniturinário:• Células escamosas: revestimento interno da viagem e porções inferiores da

uretra masculina e feminina. Quando aparece em grande quantidade, representa contaminação vaginal.

• Células epiteliais transicionais ou caudadas: originam-se do revestimento da pelve renal, da bexiga e da porção superior da uretra. São menores, esféricas, caudadas ou poliédricas, com núcleo central. Quando presente em grande numero e com morfoligia alterada, deve-se suspeitar de carcinoma renal.

• Células dos túbulos renais: são redondas, possuem um núcleo redondo e excêntrico. Apresentam em doenças que causam lesão tubular: pielonefrite, reações toxicas, infecções virais, rejeição de transplantes, efeitos secundários da glomerulonefrite. Quando ocorre passagem de lipídeos pela membrana glomerular, como ocorre na síndrome nefrótica, as células do túbulo renal absorvem lipídeo, ficam altamente refringentes e são denominadas de corpos adiposos.

Page 22: URINÁLISE slide

LEUCÓCITOS

Aparecem como esferas granulosas de 12um de diâmetro, possuem granuos citoplasmáticos e núcleos lobulados. São rapidamente lisadas na urina hipotônica (diluída) ou alcalina, aproximadamente 50 % são perdidos numa urina em repouso á temperatura ambiente, portanto, a realização de um exame imediato após a coleta é fundamental. Denomina-se leucócito, aos glóbulos brancos que conservam suas características morfológicas intactas, reservando o termo piocitos aos elementos degenerados presentes nas infecções purulentas. Podem estar presentes na urina devido a uma lesão glomerular ou capilar, mas também são capazes de migrar de forma ameboide através dos tecidos, indo para locais de inflamação ou infecção.

Piúria: infecções bacterianas (pielonefrite, cistite, prostatite, e uretrite), litíase, glomerulonefrite, lúpus eritematoso sistêmico, tumores.

Page 23: URINÁLISE slide

CILINDROS:

Os cilindros são formados na luz do túbulo contornado distal e ducto coletor. Suas formas são representativas da luz do túbulo, consistindo de lados paralelos e extremidades arredondadas. O tamanho depende da área de sua formação. O principal componente é a proteína de Tamm-Horsfakk, uma glicoproteína excretada pela porção grossa ascendente da alça de Henle e pelo túbulo distal. Nas doenças renais, eles estão presentes em grande quantidade e sob varias formas.

A quantidade aumentada de cilindros indica que a doença renal está disseminada, que vários néfrons encontram-se envolvidos. Também podem estar presente em indivíduos normais após um exercícios físico severo. Os cilindros são classificados de acordo com sua matriz, tipo de inclusão e tipo celular presente no seu interior.

Classificação quanto a matriz: Cilindro Hialino, Cilindro Céreo, Cilindros Granulosos, Cilindros Adiposos.

Classificação quanto tipo presente no seu interior: Cilindros Hemáticos, Cilindro Leucocitário, Cilindro de Células Epiteliais, Cilindro Célular Misto, Cilindro Largo.

Page 24: URINÁLISE slide

BACTÉRIAS:

A presença de bactérias podem ou não ser significativa, dependendo do método de coleta urinaria e quanto tempo se passou entre a coleta e a realização do exame. Bactérias com forma de bastonetes são comumente observadas em virtude dos microrganismos entéricos serem os mais frequentes encontrados nas infecções do trato urinário. Se as infecções estiver presente, muitos leucócitos são visualizados no sedimento.

Page 25: URINÁLISE slide

LEVEDURAS:

• Célula leveduriformes, Cândida albicans, podem ser observadas na urina de pacientes com diabetes melitus e em mulheres com candidiase vaginal.

Page 26: URINÁLISE slide

PARASITAS:

Parasitas e seus ovos podem ser observados como resultado de contaminação fecal ou vaginal. O parasita encontrado com mais frequência é Trichomonas vaginalis, devido a contaminação vaginal.

Este organismo é flagelado, sendo facilmente identificado por seu movimento rápido, porem quando imóvel pode ser confundido com leucócito.

Page 27: URINÁLISE slide

MUCO:

• O muco é um material proteico (mucin ou fibrina) produzido por glândulas e células epiteliais do trato urogenital. Na microscopia, aparecem estruturas filamentos com baixo índice de refração, exigindo observação em luz de baixa intensidade. Não é considerado clinicamente significativo.

Page 28: URINÁLISE slide

CRISTAIS:

É comum encontrar cristais na urina. Deve-se proceder á identificação para ter certeza de que não representam anormalidades. São formados pela precipitação dos sais de urina submetidos a alterações de pH, temperatura ou concentração que afeta a solubilidade. Um pré-requisito para a identificação de cristais é o conhecimento do pH urinário.

Cristais encontrados na urina em pH ácido: Uratos amorfos, Uratos cristalinos, Acido úrico, Oxalato de cálcio, Fosfato amorfo, Fosfato cristalino, Carbonato de cálcio.

Page 29: URINÁLISE slide

ARTEFATOS:

Podem ser observados contaminantes de todos os tipos, principalmente em amostras colhidas em condições improprias ou em recipientes sujos. Pode-se observar gotículas de óleo, grânulos de amido, grãos de pólen, pelos ou outras fibras. O que mais causa duvidas são as gotículas de óleo e grânulos de amido por parecerem com hemácias, contudo são mais refringentes e, com adição de acido acético diluído, as hemácias se dissolvem deixando as gotículas de óleo intactas.