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Apresentação utilizada no minicurso Recursos educacionais abertos: material didático, produção colaborativa e autoria na era da informação.

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RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS:

material didático, produção colaborativa e autoria na

era da informação

Bianca Santana

FE-USP

Instituto Educadigital

Apresentar conceitos e princípios dos chamados Recursos Educacionais Abertos (REA) e dos fundamentos da cultura digital e da cultura livre.

Discutir novos modelos na produção, disseminação e uso de recursos didáticos digitais e impressos partindo de noções sobre licenças e termos de uso flexíveis, padrões e protocolos abertos.

Refletir sobre como os REA pode contribuir para repensar as relações na Educação.

Objetivo do minicurso:

Breve história da medicinaDoutor, tenho uma dor de ouvido:

2000 a.C. Coma esta raiz.1000 d.C. Raiz é remédio pagão. Faça eta oração.1850 d.C. Essa oração é superstição. Beba essa poção.1917 d.C. Esta poção é fajuta, engula este comprimido.1985 d.C. Este comprimido é ineficaz, tome esse antibiótico2000 d.C. Este antibiótico não funciona, coma esta raiz(Anônimo, retirado de AMIEL, 2012)

REA não são revelações, nem solução para resolver os problemas da educação.

“Esse movimento emergente de educação combina a tradição de partilha de boas ideias com colegas educadores e da cultura da Internet, marcada pela colaboração e interatividade. Esta metodologia de educação é construída sobre a crença de que todos devem ter a liberdade de usar, personalizar, melhorar e redistribuir os recursos educacionais, sem restrições. Educadores, estudantes e outras pessoas que partilham esta crença estão unindo-se em um esforço mundial para tornar a educação mais acessível e mais eficaz”

DECLARAÇÃO DA CIDADE DO CABO PARA A

EDUCAÇÃO ABERTA, 2007

* Variadas configurações de ensino-aprendizagem (Taylor, Iiosh e Kumar, Amiel)

* Relacionada à liberdade de o estudante decidir onde estudar; estudar por módulos; autodidatismo certificado; isenção de pagamentos; acessibilidade a portadores de alguma deficiência física, provisão de REA (Santos, 2012)

EDUCAÇÃO ABERTA

professores alunosMaterial didático

REA sãoconforme definição da Unesco/ COL (2012):

“...materiais de ensino, aprendizado, e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros (...)

“(...) O uso de formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos recursos publicados digitalmente. Podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento.”

02/29/12

Shneiderman, 2002. Apud Amiel, 2012

BUSCAR USAR

BUSCAR RELACIONARCOMPARTILHARCRIAR

Objeto de aprendizagem/ material didático

REA

Para saber mais: www.rea.net.br

Todos os direitos reservados

Alguns os direitos reservados

Best and worst everhttp://bestandworstever.blogspot.com.br

De onde vieram?

Arquiteturas de rede

Internet

1. Arquitetura de interconexão ilimitada, descentralizada, distribuída e multidirecional;

2. abertura de todos os protocolos de comunicação e suas implementações, permitindo distribuição e modificação;

3. governança em consonância com os princípios de abertura e cooperação

(CASTELLS, 2003).

“Ninguém disse a Beners-Lee que projetasse a www e, na verdade, ele teve de esconder sua verdadeira intenção por algum tempo porque estava usando o tempo de seu centro de pesquisa para objetivos alheios ao trabalho que lhe fora atribuído. Mas teve condições de fazer isso porque pôde contar com o apoio generalizado da comunidade da Internet, à medida que divulgava seu trabalho na rede, e foi ajudado e estimulado por muitos hackers do mundo inteiro. “

Ao adaptar usos e valores, os usuários são os principais produtores de quaisquer tecnologias

(Castells, 2003)

Ética hacker (1 de 2)

Segundo Eric Raymond, cinco são as atitudes típicas de um hacker:

1) o mundo está cheio de problemas fascinantes esperando para serem resolvidos;

2) um problema nunca deveria ser resolvido duas vezes;

3) tédio e trabalho enfadonho são maléficos;

4) a liberdade é boa;

5) a atitude não substitui a competência. (Silveira, 2009:9)

Seis princípios (Pretto, 2010, citando Steven Levy)):

1. o acesso a computadores e ―qualquer outra coisa que pudesse ensinar a você alguma coisa sobre como o mundo funciona deveria ser total e ilimitado;

2. toda informação deveria ser livre e gratuita porque "se você não tem acesso à mesma, não terá como consertar as coisas";

3. desconfiar da autoridade;

4. julgar os hackers pela qualidade do que efetivamente fazem e não por critérios falsos, como escolaridade, idade, raça ou posição;

5. a possibilidade de criar arte e beleza num computador;

6. a crença de que os computadores podem melhorar a vida

Ética hacker (parte 2 de 2)

A intensidade e o ritmo acelerado das mudanças permite afirmar que estamos vivendo uma revolução tecnológica, saindo de uma era industrial para uma era informacional (CASTELLS, 1999, p. 21).

Industrialismo: a principal fonte de produtividade é a introdução de novas fontes de energia e a capacidade de descentralizar o uso da energia ao longo dos processos produtivos

No mundo informacional, a principal fonte de produtividade é a tecnologia de geração de conhecimentos, de processamento de informação e de comunicação de símbolos.

Em vez da maximização da produção, o informacionalismo busca a acumulação de conhecimentos e maiores níveis de complexidade no processamento da informação (CASTELLS, 1999).

Era da informação

A cultura digital é a cultura da contemporaneidade. Como bem lembrou o Ministro-hacker Gilberto Gil, em 2004, em uma aula magna na USP, “cultura digital é um conceito novo. Parte da idéia de que a revolução das tecnologias digitais é, em essência, cultural. O que está implicado aqui é que o uso de tecnologia digital muda os comportamentos. O uso pleno da Internet e do software livre cria fantásticas possibilidades de democratizar os acessos à informação e ao conhecimento, maximizar os potenciais dos bens e serviços culturais, amplificar os valores que formam o nosso repertório comum e, portanto, a nossa cultura, e potencializar também a produção cultural, criando inclusive novas formas de arte.”

(Silveira et all, 2007)

Cultura Digital

A rede permite novas formas de atividade produtiva:

em larga escala,

com colaboração distribuída,

com produção entre pares,

baseada no commons,

que gera inovação social,

não-rival, não-excludente,

com custo marginal perto de zero,

sem necessidade de intermediação.

Yochai Benkler,

2006, The Wealth of Networks

Obrigada!

Bianca Santana (biancasantana@gmail.com)

FE-USP

Instituto Educadigital

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