a importância do projeto comercial de supermercados e a ... a norma que rege o projeto para escadas...
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A importância do projeto comercial de supermercados e a influência nos usuários que o frequentam
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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015
A importância do projeto comercial de supermercados e a
influência nos usuários que o frequentam
Deivid de Souza Da Rós – deividsd@gmail.com
Master em Arquitetura
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Florianópolis, SC, 10/11/2014
Resumo:
O objetivo principal é analisar a importância do projeto comercial de supermercados e a
influência nos usuários que o frequentam, na cidade de Criciúma, Santa Catarina sob visão
dos empresários do ramo - a começar com uma pesquisa com oito empresários –
fundamentado por pesquisas bibliográficas sobre o assunto. Este tema revelou-se após a
constatação da falta de aplicabilidade dos projetos setorizados do supermercado
(demonstrado pela pesquisa), espera-se que o estudo incentive os empresários a refletir que o
projeto individual dos setores é pertinente para estimular suas vendas. Fundamentado em
referencial teórico e pesquisas qualitativas, foi elaborado um questionário contendo 18
questões pertinentes à importância que o projeto de arquitetura comercial possui para os
entrevistados, abordando público alvo, influência no cliente, projetos dos setores e fluxos. Os
resultados do trabalho revelam que o projeto comercial é considerado essencial para os
entrevistados, embora todos disponham de um projeto arquitetônico, mas em sua maioria não
contemplam um projeto dos setores específicos e a um desconhecimento de suas influências
sobre as pessoas que o frequentam. Conclui-se que nem todos os empresários tem o
conhecimento completo sobre os benefícios e as influências de um projeto comercial
apropriado a cada necessidade do ambiente que qualifica sua loja e melhora o atendimento
ao cliente e impacta nas suas vendas.
Palavras-chave: Arquitetura. Supermercado. Influência.
1. Introdução
O estudo proposto está introduzido na área de Projeto Comercial para Supermercados. O
interesse em explorar esse tema surgiu da necessidade de revelar a importância do projeto
comercial para um supermercado, estimular os empresários a estudarem o seu planejamento e
potencializar sua loja. O tema se insere no ramo supermercadista na cidade de Criciúma, em
Santa Catarina no ano de 2014.
A questão a ser identificada pela pesquisa é mensurar o conhecimento dos empresários sob a
importância do projeto comercial e sua influência no desempenho da loja. Os empresários
apresentam conhecimento da importância do projeto arquitetônico comercial e dos setores do
supermercado para um melhor desempenho da sua loja?
É relevante esclarecer que com essa pesquisa qualitativa e os referenciais bibliográficos
poderemos revelar que com o projeto arquitetônico comercial adequado visando à loja como
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um todo e seus setores individuais, poderão qualificá-la, melhorando suas vendas e a imagem
perante os clientes.
O objetivo geral é mostrar aos empresários do ramo supermercadista e esclarecer a
necessidade da aplicação de um projeto comercial bem planejado para o desenvolvimento da
empresa. De acordo com Bitner, a habilidade do ambiente físico em influenciar
comportamentos e criar uma imagem positiva[...] Diante disso é possível afirmar
que um ambiente projetado de maneira correta pode colaborar com o sucesso de um
negócio, bem como um ambiente mal planejado pode levá-lo ao fracasso.
(BITNER,1992:57)
Segundo Turley e Milliman (2000), a atmosfera do lugar pode ter mais influência que o
produto em si na decisão de compra. Pode-se verificar que mesmo em décadas diferentes os
autores têm conhecimento que o ambiente bem projetado possui uma ampla influência na
decisão da compra do cliente. Mesmo o conceito sendo antigo, atualmente, muitas vezes não é
dado o valor necessário deixando de ser utilizado e assim afetando o bom funcionamento do
seu negócio.
2. Supermercado
Para um melhor entendimento o estudo foi dividido em dois grandes grupos e seus subgrupos
de maneira a proporcionar uma melhor compreensão do mesmo.
Supermercados são grandes organismos complexos com multi tarefas que devem ser
realizadas de maneira exímia para que nenhuma atividade seja comprometida. Para que se
possa entender melhor o seu funcionamento e necessidades será dividido em dois grandes
grupos, primeiramente os setores com “Acesso Livre” a todos os usuários e o segundo de
“Acesso Restrito” aos clientes ficando apenas a cargo de funcionários transitarem nestes
setores. Revela-se, assim, a importância da investigação de como os segmentos diferem do
todo e de qual é a melhor estratégia para atendê-los, considerando suas necessidades
singulares e oferecendo produtos e serviços projetados especialmente para esse
grupo específico (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005).
2.1. Acesso Livre
Este setor traz a vida para o Supermercado, pois é onde se faz toda a interação entre clientes,
funcionários e produtos. Esta interação acontece em vários ambientes desde o seu acesso
sendo pelo estacionamento ou entradas exclusivas para pedestres todos convergem no
corredor ou mall com lojas ou quiosques que são usados de maneira a trazer mais movimento
ou supermercado e comodidade para os clientes oferecendo outros produtos ou serviços que
não são oferecidos pelo mesmo.
O salão de vendas do supermercado é onde ocorre a maior inteiração entre clientes,
funcionários e outros, e por isso deve ser bem dimensionado de forma que não prejudique
quem está comprando, fiscalizando ou repondo mercadorias assim tornando-se um ambiente
planejado de forma que todos transitem de forma fluida no supermercado. Neste ambiente da
loja um trabalho bem feito se converte em vendas.
Turley e Chebat (2002) propõem um modelo que estabelece cinco categorias:
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- Exterior, ou seja, tamanho e forma da loja, fachada, estacionamento e
vizinhança;
- Interior geral, o qual inclui iluminação, música, cores, odores, temperatura e
limpeza;
- Layout e design, considerando-se o fluxo de pessoas, agrupamento de produtos,
móveis e disposição dos check-outs;
- Decoração e material de ponto-de-venda, que correspondem aos displays e
quiosques;
- Fatores humanos, dentre os quais se destaca, segundo Baker, Grewal e
Parasuraman (1994), a quantidade de profissionais existentes, o uso de
uniformes, boa aparência, higiene, educação e cortesia.
As necessidades humanas são à base de todo o marketing moderno, onde o sucesso
de qualquer empresa está na sua habilidade de conhecer e satisfazer as necessidades
e desejos dos consumidores, melhor e antes que a concorrência os faça
(SCHIFFMAN; KANUK, 2000).
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Figura 1 - Esquema de fluxo do Supermercado
Fonte: O autor (2014)
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2.1.1. Fachadas
A Fachada do Supermercado é o primeiro contato visual do cliente com o empreendimento,
podendo gerar antes mesmo do seu acesso uma simpatia ou antipatia com o mesmo em sua
primeira impressão. Preferencialmente as fachadas devem mostrar os valores e cores da
marca, valorizando-a de maneira a causar um bom primeiro impacto no cliente, pois uma
fachada convidativa pode atraí-lo inicialmente por curiosidade para ver o seu interior e assim
podendo ter a chance de conquistar um novo cliente se internamente condizer com o que a
fachada transmitiu para o mesmo.
Para Vera Zafarri, a fachada da loja é o cartão de visitas. De nada adianta ter um
vasto mix de produtos e funcionários bem treinados se a fachada da sua loja não
consegue atrair os clientes para dentro dela. Seja por excesso de informação ou falta
de identidade, o ponto de venda não pode deixar de ser notado pelos consumidores –
ou, por outro lado, espantá-los. Artifícios e ferramentas para tornar uma fachada
funcional, eficiente e que mostre a personalidade e potencial da loja não faltam no
mercado.
A Fachada,“Pode ser de frente reta (fachada fica paralela à rua, calçada ou corredor
de shopping center. Tendo como vantagem o melhor aproveitamento do espaço
interior da loja e como desvantagem a menor atratividade e certa monotonia); frente
angulada para fora (fachada e vitrina formam pequeno triângulo com a rua ou com o
corredor do shopping. Tendo como vantagem maior visibilidade, chamando mais
atenção e como desvantagem diminui a área interna da loja) e frente arcada para
dentro (fachada com entradas e vitrinas em recuo. Tendo como vantagem o maior
espaço para exposição externa e maior conforto para o consumidor e, como
desvantagem a redução do espaço interno das lojas).” A placa com a logomarca do
varejista é frequentemente a primeira sinalização que o consumidor percebe. Ela
deve ter tamanho, forma, cor e iluminação que ajudem a despertar interesse e
convidar o consumidor a entrar na loja (PARENTE, 2000)
2.1.2. Acessos
Fator determinante que influencia muito na perspectiva do cliente se deve entrar ou não no
Supermercado, é a facilidade no acesso tanto para quem entra de carro como para o pedestre.
Estes acessos devem estar muito bem demarcados para agilizar a entrada do cliente
preferencialmente dando mais de uma opção de entrada e saída em ruas diferentes para que o
tráfego não fique sobrecarregado ocasionando filas nos acessos e saídas de veículos.
Outro ponto importante se faz na acessibilidade desde vagas para portadores de necessidades
especiais e idosos, para que tenham um acesso seguro até a entrada do Supermercado e nestes
espaços tenham equipamentos de proteção e apoio como corrimões, guarda corpo, elevador,
esteira ou rampa rolante, sinalização nas escadas, pisos ante derrapantes.
A plena acessibilidade ao edifício, prevista na NBR 9050 (ABNT, 2004).
A norma que rege o projeto para escadas e esteiras rolantes é a NBR NM195 (ABNT, 1999).
Seu uso é recomendado para escoamento de grande número de pessoas em percursos curtos.
A norma que rege o projeto de elevadores, está prevista na NBR 13994 (ABNT, 2000).
Este conjunto de elementos torna o acesso mais seguro a todos os usuários e convidativo para
transitar por ele, pois o psicológico por mais imperceptível que seja transmite segurança e
confiança no local, assim que se adentra no ambiente, sem problemas.
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2.1.3. Estacionamento
A partir desde ponto, o cliente que acessou o Supermercado, onde a maior demanda pelo
acesso ocorre com o carro, o mesmo já começa a analisar e julgar o espaço que lhe é
apresentado. A existência de cancelas ou seguranças monitorando o estacionamento, se ele é
todo coberto ou há trechos descobertos, se neles existem alguma proteção para o sol ou chuva,
para o cliente e o carro. A localização das vagas deve ser de fácil visualização, existem zonas
do estacionamento ou sinalizador de vagas livres ou ocupadas eletronicamente através de
luzes, se existe um sentido demarcado no estacionamento ou pode-se circular livremente,
existe um corredor de passagem e espaço adequado para a manobra de entrar e sair da vaga.
Estes elementos são importantes para uma boa percepção do cliente e ele ainda nem desceu do
carro. Após estacionar, ele se junta aos demais pedestres que estão acessando a loja pelo
estacionamento ou pessoas que estão saindo com compras para os seus carros. Para esse
trânsito, deve existir uma demarcação como a faixa de pedestres para orientar o fluxo, uma
boa iluminação diurna quando necessária e noturna adequada, se existem indicações de acesso
à loja, são pequenos detalhes que influenciam no bem estar do cliente. Quando se trata de um
estacionamento coberto e a loja estiver acima do mesmo, deve-se ater a vários detalhes visuais
como iluminação adequada, pé direito razoável, que não sufoque o cliente ou lhe transmita
uma sensação de compressão. As tubulações de água, esgoto, incêndio, e refrigeração devem
estar distribuídas e isoladas de maneira correta quando necessárias para evitar vazamentos que
causam uma péssima impressão para o empreendimento.
Segundo código de Obras de Criciúma – SC o empreendimento deve ter 1 (uma) vaga para
cada 25m² de área computável.
Considerando o disposto no Decreto n° 5.296, de 02 de dezembro de 2004, que regulamenta a
Lei n° 10.098/00, para, no art. 25, determinar a reserva de 2 % (dois por cento) do total de
vagas regulamentadas de estacionamento para veículos que transportem pessoas portadoras de
deficiência física ou visual, desde que devidamente identificados, resolve:
Considerando a Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto
do Idoso, que em seu art. 41 estabelece a obrigatoriedade de se destinar 5% (cinco por cento)
das vagas em estacionamento regulamentado de uso público para serem utilizadas
exclusivamente por idosos.
2.1.4. Iluminação
A iluminação quando bem definida no projeto, dá vida e transforma os ambientes, no
Supermercado tem-se diferentes tipos de iluminação com o intuito de ter uma visão clara de
todo o salão de vendas com uma iluminação geral adequada.
Uma boa iluminação em uma loja envolve mais que uma simples iluminação do
espaço. A boa iluminação é responsável por clarear o ambiente, destacar
mercadorias, decorar espaços especiais e acompanhar o estilo e a personalidade da
loja. Além de transmitir uma sensação de limpeza, ambientes bem iluminados
tornam-se agradáveis, atraindo o consumidor. A iluminação destaca partes atrativas
da loja e disfarça partes visualmente desagradáveis que não podem ser mudadas.
Sendo que, O tipo de iluminação [...] precisa ser estudado com atenção, para não
modificar as cores reais das mercadorias (BLESSA, 2001, p. 48).
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Existem várias iluminações específicas que devem ser trabalhadas de maneira a valorizar os
setores, em especial (Padaria, Frutas e Legumes, Adega, Refrigeração de Carnes e Frios,
Perfumaria e Produtos especiais) podem dar o destaque aos produtos de forma que ajudem as
vendas dos mesmos. Pode-se usar;
– A iluminação localizada é uma iluminação pontual. As luminárias são colocadas
em alturas que possibilitem uma iluminação geral. Este tipo de iluminação dificulta
a mudança de layout, podendo ser necessárias mudanças das luminárias e até
complementação da iluminação geral.
– A iluminação de destaque como o próprio nome diz, usa-se um sistema que produz
destaque a um objeto, com o escopo de chamar a atenção do olhar do cliente.
– A iluminação de efeito é a luz como objeto principal, fachos de luz, contrastes
entre luz e sombras, tirando partido dos elementos arquitetônicos, tais como:
texturas, sancas, corrimões, volumetria.
– A iluminação combinada é o tipo de iluminação mais inteligente, pois agrega
diversas necessidades laborativas e é a mais democrática em relação ao seres
humanos na medida em que tornam iguais os desiguais. Também existe a
possibilidade de modular a intensidade da luz através da dimerização, que se
caracteriza pela possibilidade de aumentar a intensidade da iluminação, adaptando o
ambiente as necessidades momentâneas ou permanentes, tais como o nível de
precisão e o tempo necessário para a realização da tarefa, a idade do usuário e o
controle de ofuscamento. (OSRAM, 2011)
Segundo Vera Zaffari “Uma loja bem iluminada faz com que o cliente fique mais tempo e,
quanto mais tempo gasto, maior é o tíquete médio.”.
Para André Ferreira “[...] IRC (Índice de Reprodução de Cor) mede a fidelidade com o qual a
luz da lâmpada ira refletir nas cores do ambiente. O IRC baixo distorce as cores. Por isso é
importante trabalhar sempre com IRC alto nos supermercados, pois ele trará mais fidelidade à
cor do produto exposto.”.
“Um projeto de iluminação leva em conta que 80% da percepção de mundo do ser humano se
dá pela visão, tornando a iluminação uma aliada extremamente importante na hora das vendas
e é por isto que vem sendo largamente utilizada pelos empresários” (SÍLVIA BIGONI, 2008).
Para Miriam Gurgel (2010) “Uma iluminação inadequada pode ser totalmente prejudicial a
uma empresa, impedindo vendas e até mesmo ‘expulsando’ a clientela”.
Pode-se comprovar que para os mais diversos autores é unânime a sua opinião que a
iluminação é essencial para o sucesso da loja e aumento de suas vendas.
2.1.5. Circulação
As circulações de um supermercado devem ser bem dimensionadas, pois podem influenciar
muito nas vendas. Um cliente insatisfeito por não conseguir transitar, limita o seu trajeto ou
compra o mínimo para sair do ambiente o mais rápido possível. A decisão pela análise dos
fatores ambientais partiu do pressuposto de que 81% da compra feita pelo consumidor em
supermercados e hipermercados é decidida dentro da loja, ou seja, sem prévia intenção de
aquisição do produto (POPAI, 2004).
Pode-se separar as circulações em;
* Frente de caixa, que fica a frente da linha de check-outs (caixas);
* Caixas, que é a distância entre o caixa e a linha de gôndolas;
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* Corredor central, é o corredor entre duas linhas de gôndolas;
* Corredor de acesso, como o próprio nome já diz é onde se acessa à loja.
Podemos constatar que se o espaço estiver mal dimensionado o cliente pode não dar a atenção
necessária para os produtos.
Sobre a atenção normalmente fixada em um objeto, Blessa explica que esta dura de
2 a 10 segundos. Durante a compra em um supermercado, por exemplo, o tempo de
decisão em frente à prateleira não ultrapassa, em média, 5 segundos, considerando
que são segundos “em movimento”, devido ao percurso do carrinho. Logo, o tempo
entre a parada do carrinho e a busca com os olhos pelas gôndolas por determinada
categoria de produto, marca e preço, não ultrapassa 15 segundos. Ou seja, se nesse
meio tempo a atenção for desviada por Avaliação dos sentidos humanos na
percepção Paladar, Tato, Olfato, Audição, Visão outras embalagens, etiquetas de
preço ou material promocional, o cliente despenderá mais alguns segundos para
comparar as mercadorias, até escolher o produto definitivo. O cérebro, impulsionado
pela visão, em poucos segundos envia a mão ao produto certo (BLESSA, 2003,
p.30).
2.1.6. Comunicação Visual
A comunicação visual traz vida e informação para o supermercado. Quando bem projetada e
definida pelo arquiteto e equipe de marketing ela ajuda na localização espacial dos usuários
no Supermercado, a alavancar as vendas dos setores, seja com banners promocionais, preços
em destaque, cores e decorações dos espaços.
Visual Merchandising é a Técnica de trabalhar o ambiente do ponto-de-venda
criando identidade e personificando decorativamente todos os equipamentos que
circundam os produtos. O merchandising visual usa o design, a arquitetura e a
decoração para aclimatar, motivar e induzir os consumidores à compra.
decoração para aclimatar, motivar e induzir os consumidores à compra. Blessa
(2001)
Parente, Limeira e Barki (2008) apontam que o varejista preocupa-se também com questões
referentes a ações promocionais, atendimento ao cliente e riscos inerentes ao negócio. Sendo
assim, apesar de exercer uma função de intermediário, Parente (2000) percebe que o varejista
assume, cada vez mais, um papel proativo na identificação das necessidades do consumidor e
na definição de estratégias para atender às expectativas do mercado.
2.1.7. Layout
O layout de cada uma das lojas de supermercados tem suas peculiaridades que envolvem
desde terreno, formato da loja, acessos que podem vir a influenciar no seu layout.
Dependendo da sua área podem ter algumas variações, mas que em sua maioria, o layout
funciona desta maneira:
- Os caixas ficam dispostos à frente do acesso a loja onde o cliente pode estar acessando por
uma das laterais ou pelo centro dos caixas;
- Logo no acesso comumente encontra-se setores de bazar e perfumaria;
- Padaria e Açougue tendem a ficar em pontos opostos e nas extremidades a fim de induzir o
usuário a transitar em toda a loja para que visualize outros produtos;
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- Bebidas normalmente tendem a serem expostas nas paredes, em uma das laterais ou em
fundo de maneira, a fazer circular o usuário por outros setores até encontrar os produtos
desejados.
Um Layout bem definido e estudado auxilia nas vendas e na agilidade do cliente em encontrar
o que está procurando e influenciando a compra de outros produtos seja por indução,
marketing, impulsão ou venda casada. Por isso, cada lojista programa uma maneira diferente
de layout que lhe favoreça em suas vendas e o perfil do usuário do seu Supermercado.
O layout da loja “[...] é a organização interior de mobiliário e equipamentos, iluminação,
pontos de vitrines e displays e disposição de mercadorias dentro da loja” (MORGADO e
GONÇALVES, 2001, p. 106). Seu planejamento é importante, pois, “O layout influencia a
percepção do cliente em relação ao estilo e ao posicionamento de mercado de cada loja”
(PARENTE, 2000, p. 301). Sendo o layout “[...] determinado pelo tipo de loja, pelo nível de
prestação de serviços desejado, pelo objetivo de segmentação de mercado e/ou pelo perfil do
consumidor, consequentemente pelos planos de marketing” (MORGADO e GONÇALVES,
2001, p. 106).
Os principais tipos de layout adotados segundo Parente (2000) são:
Grade: O equipamento de exposição está disposto de forma retangular, em
linhas paralelas, formando ângulo reto com a fachada e o fundo da loja. Tende a
direcionar o fluxo de consumidores ao longo dos corredores principais,
deixando as demais áreas da loja com menor movimento.
Fluxo livre: Os equipamentos e corredores estão dispostos em padrões que
permitem um fluxo não direcionado dos clientes. Adota uma variedade de
equipamentos com diferentes tamanhos e formatos que criam um arranjo
informal e uma atmosfera descontraída para o consumidor. Facilita a
movimentação em qualquer direção, estimulando o passeio pela loja e compras
por impulso. Os equipamentos de exposição são baixos, permitindo a
visibilidade e estimulando as compras nos outros departamentos.
Butique: Cada departamento ou categoria ocupa um espaço bem definido, semi-
separado. Cada um desses espaços tem sua própria identidade, incluindo cores,
estilos e atmosfera. Muitas dessas lojas são especializadas em um estilo de vida
ou apresentam exclusivamente produtos de uma mesma marca ou designer.
Pista: Apresenta um corredor principal, que começas na entrada da loja e leva os
consumidores a circular ao longo do perímetro da loja. Os departamentos e
categorias estão dispostos de frente para esse corredor, facilitando a sua
identificação e localização.
Importante elemento que influencia as reações e comportamento dos consumidores,
o layout de uma loja deve ser projetado para facilitar a movimentação dos clientes,
auxiliar na exposição dos produtos e na criação de uma atmosfera específica. Por
exemplo, a posição dos corredores influência o fluxo do tráfego que, por sua vez,
relacionado à localização dos itens, pode influenciar o índice de vendas de maneira
notável. Nesse contexto, o objetivo geral do layout é aumentar a lucratividade da
loja com base no crescimento de vendas proporcionado por um projeto que
apresente bom custo-benefício (MOWEN; MINOR, 2006).
2.1.8. Climatização A climatização é extremamente importante em um Supermercado, pois ela influencia
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diretamente no bem estar dos usuários, sejam compradores ou funcionários. Em um ambiente
com muitas pessoas circulando, gerando calor, somando-se ao calor externo, principalmente
com clima de Criciúma, que costuma ter dias muito quentes, as pessoas se sentiriam
incomodadas e pouco assistidas pela empresa, muitas vezes deixando de fazer as suas
compras e algumas vezes nem voltando mais por não querer ter mais esse incômodo
novamente. A todo lugar que as pessoas vão fica marcado no subconsciente as impressões do
local e cada vez que é lembrado ou se regressa o subconsciente lembra das impressões,
podendo influenciar em muito a escolha em retornar ou não para determinado Supermercado.
[...] no Brasil, na maioria das regiões e dos meses do ano, faz calor. Os varejistas
brasileiros vêm, cada vez mais, oferecendo lojas climatizadas com ar condicionado
para atrair e reter seus consumidores. É importante estar sempre atento à
temperatura, para que ela não esteja nem abaixo, nem acima do padrão considerado
agradável, espantando os clientes. Parente (2000, p. 300)
[...] a climatização é um dos pontos fundamentais em um empreendimento voltado
para o varejo. O ambiente deve estar em uma temperatura de acordo com as normas
técnicas calculando conformo o número de clientes que frequentam a loja. Além
disso, o ideal é que os consumidores não sintam a circulação de ar, pois pode causar
desconforto. São estes pequenos detalhes que interferem na preferência das pessoas.
Henrique Rocha (2013)
2.1.9. Refrigeração
A Refrigeração em praticamente todos os supermercados é uma faca de dois gumes, pois as
áreas de estoque, manipulação e exposição gastam em torno de 70% a 80% da energia
consumida pelo Supermercado no inverno, quando normalmente não é ligada a climatização
da loja, já no verão com a utilização do ar condicionado, este consumo fica entre 50 a 55% do
consumo mensal de energia da loja. Além desta questão, o custo de funcionamento da
refrigeração, pode influenciar de maneira positiva ou negativa pelos usuários se certos fatores
não forem observados. A regulagem da temperatura, influi diretamente na apresentação do
produto e qualidade, pois se o mesmo não estiver bem dimensionado e regulado pode
deteriorar o produto, causar vazamentos de água, encobrir a visão em áreas com vidros, criar
cristais de gelo. Outro fator, este mais cognitivo sensorial, acontece nos corredores ou áreas
com um grande acúmulo de balcões refrigerados, principalmente com mulheres e pessoas
mais sensíveis ao frio, sentem-se desconfortáveis, muitas vezes desviando seu trajeto para não
passar nestas áreas ou passando o mais rápido possível para pegar o que precisa e sair deste
espaço. Isso acaba afetando o psicológico do usuário causando um incômodo e também
muitas vezes fazendo com que o mesmo não observe os outros produtos, pois está focado na
compra apenas do que ele necessita comprar e mal olha para os lados apenas pensando em
sair deste setor.
Essa questão pode ser resolvida de uma maneira simples e ainda recente no Brasil, mas já
vem sendo implementada em vários Supermercados, são balcões e ilhas refrigerados com
portas, assim todos os usuários podem transitar por esta área sem mais essa sensação de
incômodo, assim podem observar melhor os produtos que estão no seu percurso até o produto
desejado. Esta atenuação do ambiente favorece o Supermercado também, pois com portas
limitando que a refrigeração escape dos balcões acaba gerando uma economia para o mesmo
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na conta de energia, que pode ser de 5% a 15% dependendo do tamanho e tipo de
refrigeração.
“A disponibilidade de refrigeradores e de congeladores ao longo de toda a cadeia alimentar,
incluindo os domicílios, melhorou consideravelmente a qualidade dos produtos resfriados,
refrigerados e congelados” (PEREDA, 2005).
2.1.10. Sonorização - Acústica
O Supermercado é composto com muitas áreas e algumas delas geram constantes ruídos, que
são incômodos tanto para funcionários quanto para clientes. Para isso, deve-se locar muito
bem estes pontos geradores de ruídos a certa distância da área de vendas, os geradores como a
casa de máquinas, refrigeração e ar condicionado devem ser considerados como geradores de
ruídos constantes e devem ser atenuados com paredes e revestimentos acústicos, todos estes
aspectos dever ser definidos no projeto arquitetônico.
O tipo de sonorização difere entre os Supermercados de acordo com seu plano de marketing,
alguns trabalham com músicas, rádio interna ou anunciam produtos e promoções. Mas quase
que um consenso geral, a sonorização da área de vendas deve ambientar e atenuar o tempo
que o cliente passa dentro do supermercado.
Conforme Bateson e Hoffman (2001), um exemplo comum de apelo sonoro é a música, o que
comprova que artifícios quase invisíveis são poderosos estímulos de vendas, de modo que
vêm tornando-se uma estratégia muito eficaz para os ambientes varejistas.
Segundo PARENTE (2000, p. 298), a apresentação externa, o layout, a iluminação, a
temperatura, as cores e o aroma, o som pode acrescentar ou depreciar a imagem de uma loja.
Lojas de moda direcionadas para segmentos com certos estilos de vida procuram
reforçar a característica da atmosfera com músicas de preferência de seus
segmentos”. A música pode ser usada também, para “[...] controlar o ritmo de
tráfego da loja, criar uma imagem e atrair ou distanciar a atenção dos consumidores
(LEVY e WEITZ, 2000, p. 491).
“Um dos apelos sonoros mais utilizados pelos profissionais de marketing é a música, uma vez
que pode causar um efeito poderoso nas percepções e no comportamento dos consumidores,
mesmo que em volume quase imperceptível” (LOVELOCK; WIRTZ, 2006).
Para especialistas, a música ambiental afeta as vendas de duas maneiras.
Primeiramente, a música de fundo eleva a percepção do cliente da atmosfera da loja,
exercendo forte influência na disposição do consumidor. Em segundo lugar, este
elemento influência significativamente a quantidade de tempo gasto em lojas. Ainda,
estudiosos revelam que os estabelecimentos com música ambiental são considerados
mais preocupados com a sua clientela. Uma vez que influencia diretamente o
comportamento do consumidor, pode-se afirmar que a música exerce um impacto
significativo na escolha de produtos em ambientes varejistas (BATESON;
HOFFMAN, 2001).
2.1.11. Frente de Caixa
Após fazer as compras e passar pelo caixa o cliente está em uma área com múltiplas funções
no mercado que acabam se instalando neste espaço, por isso o mesmo deve ser muito bem
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dimensionado porque terá o fluxo dos clientes saindo com as compras, funcionários e clientes
que ainda não iniciaram suas compras. Dentro desta área é comum encontrar o Balcão
Central, Crediário, Guarda Volumes, Sala de Cobrança, Sala Gerente, Sala Prevenção da
Loja, Financeiro e Balcão de Presentes.
A socialização entre funcionários e clientes tem como objetivo projetar uma imagem
positiva e consistente para o público consumidor. Contudo, uma empresa só mantém
uma imagem positiva quando seus funcionários transmitem uma boa imagem ao
interagir com o público (BATESON; HOFFMAN, 2001)
“Logo, se ao entrar em um estabelecimento o estado emocional do cliente é ativado pelas
características sensoriais do ambiente, é fato que a visão, a audição, o tato e o olfato são os
principais canais para a atmosfera de loja” (KOTLER, 1973).
Para manter um cliente fiel é importante saber quais são suas necessidades e seus desejos,
utilizando essas informações para estreitar o relacionamento e conhecê-los cada vez mais. Isso
dá à empresa um diferencial e cria barreiras de confiança tornando inconveniente a migração
para um concorrente, porque o novo relacionamento do zero, sem nenhum conhecimento de
ambas as partes se torna pouco viável.
Para Kotler, os consumidores que estiverem apenas satisfeitos estarão dispostos a
mudar quando surgir uma melhor oferta. Os plenamente satisfeitos estão menos
dispostos a mudar. A alta satisfação ou o encanto cria afinidade emocional com a
marca, não apenas preferência racional O resultado é a alta lealdade do consumidor
(KOTLER 1998, p 53).
2.2. Acesso Restrito
Todo este setor, mais conhecido como retaguarda do supermercado, faz com que tudo
aconteça. Só sendo permitido a entrada de funcionários ou pessoas autorizadas, é feito a
estocagem, produção e manipulação dos produtos. Devem ser respeitadas várias normas e
legislações para o bom funcionamento do Supermercado. Para isso, este setor pode ser
subdividido em outros menores, assim pode-se mostrar suas relações e importâncias na
influência e no comportamento dos usuários deste espaço.
2.2.1. Depósito
O depósito para um melhor funcionamento e organização na hora de armazenar e distribuir as
mercadorias deve ser setorizado, onde deve ser locado cada tipo de produto, áreas
determinadas para os porta paletes e com uma circulação livre para a empilhadeira poder fazer
as manobras.
“As empresas vêm presenciando nestes últimos anos um aumento no grau de exigências do
mercado consumidor e também no nível de competitividade do comércio” (ALVES, 2000).
A busca para a melhoria do nível de serviço junto a logística continua sendo um dos
grandes desafios gerenciais, ao qual a gestão da armazenagem é um fator
preponderante na geração de custos e níveis de eficiência e eficácia dos objetivos
que se deseja alcançar junto aos clientes (GAPSKI, 2003).
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Segundo Sousa (2002), as empresas que não alcançam um bom sistema de logística interna
estão suscetíveis a perderem sua colocação no mercado pela avaliação que os clientes irão
fazer sobre os serviços prestados por seus funcionários quando falta algum material no seu
atendimento. Para Moura (1998), a logística interna trata de todo o gerenciamento do
processo interno de abastecimento, armazenamento, transporte e distribuição das mercadorias
dentro da organização, ou seja, para atender suas demandas.
Com a evolução das técnicas de gestão de estoques e principalmente com a evolução da
filosofia do just in time - manutenção de quantidades de estoques suficientes para
proporcionar a diminuição dos custos de armazenagem, espaço, pessoal e obsolescência do
capital, a gestão de armazenagem de mercadorias exige uma sincronização entre a oferta e a
demanda, de maneira a tornar a manutenção desnecessária.
Analisando conjuntamente a necessidade de altos níveis de serviço logístico a um
custo adequado e a redução de desperdícios, a armazenagem se destaca devido ao
aumento da variedade de produtos, lotes menores com entregas mais frequentes,
menores tempos de atendimento e menor tolerância a erros de separação de pedidos
(FLEURY et al., 2000).
A armazenagem é uma das áreas mais tradicionais de suporte ao processo logístico, que
segundo Pozo (2002), são as que dão apoio ao desempenho das atividades primárias
propiciando às empresas sucesso, mantendo e conquistando clientes com pleno atendimento
do mercado e com remuneração satisfatória para o acionista. Envolve a administração dos
espaços necessários para manter os materiais estocados que podem ser na própria fábrica,
como também em locais externos (centros de distribuição). Essa atividade envolve
localização, dimensionamento, arranjo físico, equipamentos e pessoal especializado,
recuperação de estoque, projeto de docas ou baías de atracação, embalagens, manuseio,
necessidade de recursos financeiros e humanos, entre outros.
As atividades envolvidas no processo de armazenagem são: recebimento, inspeção,
endereçamento, estocagem, separação, embalagem, carregamento, expedição,
emissão de documentos e inventários, que, agindo de forma integrada, atendem às
necessidades logísticas, evitando falhas e maximizando os recursos, afirmam
Guarnieri et al. (2006).
A atividade de picking - responsável pela coleta do mix correto de produtos, em suas
quantidades adequadas na área de armazenagem - é uma atividade crítica no processo devido
à necessidade de um trabalho manual e movimentação intensiva de materiais e pela redução
do tempo de ciclo. No sistema de picking, é traçada uma estratégia para a coleta e separação
de produtos de modo a atender as exigências de produtividade e flexibilidade do sistema.
O objetivo do armazenamento é utilizar o espaço nas três dimensões (comprimento, largura e
altura) de maneira eficaz. As instalações do armazém devem propiciar a movimentação ágil
de suprimentos desde o recebimento até a expedição.
2.2.2. Padaria
- Área Física para recepção e recebimento;
“A recepção das matérias-primas, dos ingredientes e das embalagens deve ser realizada em
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área protegida e limpa. Devem ser adotadas medidas para evitar que esses insumos
contaminem o alimento preparado” (BRASIL, 2004).
O recebimento de matéria-prima constitui a primeira etapa de controle higiênico-sanitário na
empresa e deverão ser feitas as seguintes verificações que devem estar explícitas no rótulo dos
produtos: data de fabricação e de validade, nome, composição do produto, lote, número de
registro no órgão oficial, se for um produto especial, número do CGC (Cadastro Geral de
Contribuintes), endereço do fabricante e do distribuidor, condições de armazenamento e peso
líquido do produto (CNI, 2001).
- Estocagem / Armazenamento;
O armazenamento é o conjunto de tarefas e requisitos para a correta conservação de insumos e
produtos terminados (BRASIL, 1997b). No local de armazenamento de produção, as
matérias-primas devem ser armazenadas em condições que garantam a proteção contra a
contaminação e reduzam ao mínimo os danos e deteriorações (BRASIL, 1997b).
As áreas de armazenamento devem ser definidas de acordo com os produtos
estocados, identificadas e isoladas por barreiras físicas, de modo a prevenir a
contaminação cruzada e de maneira que não haja possibilidade de armazenamento
associado de produtos incompatíveis. As áreas de armazenamento de matérias-
primas, ingredientes e embalagens devem ser distintas daquelas destinadas ao
armazenamento dos produtos finais (SANTOS JUNIOR, 2012).
- Área Física para a manipulação dos alimentos;
As edificações e as instalações devem ser projetadas de forma a possibilitar um
fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas de preparação de alimentos e
a facilitar as operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. O
acesso às instalações deve ser controlado e independente, não comum a outros usos
(BRASIL, 2004).
A Resolução RDC 216/2004 (BRASIL, 2004) apenas preocupou-se em estabelecer que as
instalações físicas, como piso, parede e teto, devem possuir revestimento liso, impermeável e
lavável, devendo ser mantidas íntegras e conservadas e livres de rachaduras.
- Equipamentos;
Todos os equipamentos e utensílios nas áreas de manipulação de alimentos, que possam entrar
em contato com estes, devem ser de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores
nem sabores, e sejam não absorventes e resistentes à corrosão e capazes de resistir a repetidas
operações de limpeza e desinfecção. “Deve ser evitado o uso de madeira e outros materiais
que não se possa limpar e desinfetar adequadamente” (BRASIL, 1997b).
- Higiene dos manipuladores de alimentos;
A direção do estabelecimento deverá tomar medidas para que todas as pessoas que
manipulem alimentos recebam instruções adequadas e contínuas em matéria de manipulação
higiênica dos alimentos e higiene pessoal (BRASIL, 1997b).
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Além disso, a Portaria 368/97 do Ministério da Agricultura ainda estabelece que
toda pessoa que manipule alimentos deve manter-se em apurada higiene pessoal,
uniformizado, protegido, calçado adequadamente e com os cabelos cobertos, não
pode conter ferimentos e deverá lavar as mãos de forma frequente e cuidadosa, com
agentes de limpeza autorizados e em água fria ou quente potável (BRASIL, 1997b).
- Higienização dos equipamentos;
As instalações, os equipamentos, os móveis e utensílios devem ser mantidos em condições
higiênico-sanitárias apropriadas. As operações de higienização devem ser realizadas por
funcionários comprovadamente capacitados e com frequência que garanta a manutenção
dessas condições e minimize o risco de contaminação do alimento (BRASIL, 2004).
2.2.3. Câmaras Frias
De acordo com a EMBRAPA (2000, p. 9), “o armazenamento compreende a manutenção de
produtos e ingredientes em um ambiente que proteja sua integridade e qualidade”.
Dando ênfase no armazenamento a frio, vale conceituar os alimentos que fazem parte dessa
cadeia, que são aqueles denominados perecíveis. Silva Júnior (1997) ressalta que, os
alimentos perecíveis são todos os alimentos que propiciam uma rápida multiplicação
microbiana, devendo ser armazenados sob-resfriamento, refrigeração ou congelamento, para
que suas características microbiológicas, sensoriais, físico-químicas e nutricionais
permaneçam viáveis até o prazo de validade determinado.
Os alimentos perecíveis passam períodos variáveis de tempo estocados em câmaras
frias em determinadas temperaturas. O tempo máximo de estocagem varia de acordo
com o grau de perecibilidade do produto e com o tipo de armazenagem, devendo
este período estar, rigorosamente, de acordo com as especificações dos alimentos
estocados (GERMANO, 2001).
Os supermercados e demais fornecedores de produtos alimentícios utilizam a aplicação do
frio, para a conservação dos alimentos perecíveis, em suas três importantes vertentes: o
resfriamento, a refrigeração e o congelamento. Esses três processos baseiam-se na redução da
temperatura dos alimentos para prolongar o seu período de conservação, o que, segundo
Pereda (2005), permite o prolongamento da vida útil dos alimentos, sejam eles frescos ou
processados, durante períodos de tempo relativamente longos, com repercussão mínima em
suas características nutritivas e organolépticas.
Embora o resfriamento, a refrigeração e o congelamento baseiem-se na redução da
temperatura dos alimentos para prolongar seu período de conservação, há grandes diferenças
entre ambos.
Os resfriados e refrigerados constituem os métodos mais suaves de conservação. Pereda
(2005, p. 156) salienta que, “os alimentos resfriados e refrigerados geralmente são
considerados como frescos e de boa qualidade, sendo essa a razão de sua grande aceitação
pelos consumidores”.
O processo de resfriamento difere dos demais processos de frio pelos graus de
temperatura utilizados, que são considerados graus mais elevados comparando-se ao
outros dois métodos. Sendo assim, os resfriados consistem em produtos
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armazenados em temperaturas compreendidas entre 6ºC até 10ºC (EVANGELISTA,
2008).
“O processo de refrigeração difere do processo de frio anterior, pelos graus de temperatura
mais baixos utilizados, que estão compreendidos entre -1ºC a 8ºC” (EVANGELISTA, 2008).
O congelamento é o tratamento de frio destinado aos alimentos que necessitam
maior período de conservação. Este processo, pelo largo tempo de armazenamento
que faculta ao alimento, tem nítida primazia sobre os demais meios de conservação.
A temperatura ideal para o armazenamento de congelados compreende entre -10ºC a
-18ºC (EVANGELISTA, 2008).
2.2.5. Segurança
Uma série de recursos pode ser utilizada na segurança eletrônica, mas todos devem ser
integrados ao sistema físico ou ao corpo de vigilância. Uma forma mais elaborada de
utilização de recursos eletrônicos seria o sistema de monitoramento integrado com centrais
capazes de acionar unidades de vigilância, polícia, ambulância ou bombeiros para dirigirem-
se com agilidade aos locais de ocorrências.
Dentre os insumos utilizados nos sistemas modernos de segurança eletrônica, estariam os
sistemas de Circuitos Fechados de Televisão (CFTV); sistemas de controle de acesso através
de abertura e fechamento de portas; sistemas automáticos de iluminação; sistema de detecção
de invasões e roubos (com a detecção de movimentos por infravermelhos, variações de
luminosidade, impactos, mudanças em campos magnéticos, sonoros, de calor, barreiras de
micro-ondas). O ressurgimento da segurança privada, deve ser interpretado como uma mudança
nas relações entre propriedades, de forma que a propriedade privada torna-se
provedora desses espaços comunais protegidos pelo policiamento privado. As
alterações nas relações de propriedade, por sua vez, seriam fruto de mudanças mais
amplas na política e na economia. KEMPAET AL. (2004)
A capacidade de exclusão é essencial em novas formas de provisão de espaços coletivos,
podendo ser esta exclusão conseguida através de impedimentos de acesso, como nos
condomínios, ou, como em shoppings centers, através de uma grande capacidade de
monitoramento de indivíduos, que agiliza a reação às ocorrências de delitos e impede danos
às propriedades. Estes tipos de espaços comunais apresentam um estatuto particular que
atende a interesses específicos, diferentemente de locais públicos nas mãos do Estado. Ele
estabelece um sistema de segurança disponível para todos os membros de uma coletividade,
atendendo necessidades específicas com ganhos de escala. Nesses espaços monitorados, o
fluxo livre de pessoas não traz grande ameaça às propriedades, tornando-os propícios ao
desenvolvimento de transações.
2.2.6. Áreas Técnicas
As recomendações para o projeto do sistema predial de água fria são regidas pela NBR 5626
(ABNT, 1998) e as regras da concessionária local. As interfaces que este sistema tem com o
início do projeto arquitetônico resumem-se a quatro de seus subsistemas: sistema de
alimentação, sistema de reservação, sistema de distribuição e sistema de medição.
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Para o projeto do sistema de água pluvial são regidas pela norma NBR 10844 (ABNT, 1989).
Para o projeto de sistemas de esgotos sanitários são regidas pela norma NBR 8160 (ABNT,
1999). O Objetivo desta norma é estabelecer as exigências e recomendações para atendimento
dos requisitos mínimos de higiene, segurança e conforto dos usuários.
Para o Sistema de Incêndio
As recomendações para projeto de instalações elétricas nos edifícios são regidas pelas normas
NBR 5410 (ABNT, 2004), para baixa tensão, e NBR 14039 (ABNT, 2005), para média
tensão, prerrogativas da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), além de regras da
concessionária de energia local.
2.2.7. Áreas Administrativas
Salas de gerente, líder, cobrança, financeiro, RH (Recursos Humanos), DP (Departamento
Pessoal) e T.I. (Tecnologia da informação), são o coração administrativo do supermercado
onde orientam e delegam funções e organizam para que todas as tarefas sejam compridas
pelos colaboradores e o supermercado funcione de maneira correta e os clientes tenham um
atendimento e produtos de qualidade. Os mesmos são responsáveis em motivar e estruturar
de maneira adequada os ambientes e o psicológicos dos trabalhadores para que eles deem o
seu melhor durante o horário de trabalho.
Senzi (2003) defende que a cor da luz também interfere na produtividade, ressaltando que a
luz fria aumenta o rendimento, ao passo que a amarelada faz a produtividade cair entre 40% e
60%.
2.2.8. Áreas de Apoio
A norma regulamentadora para sanitários é a NR 24.1 Instalações sanitárias. As instalações
sanitárias deverão ser separadas por sexo (NR-24, 1993).
A norma regulamentadora para vestiários é a NR 24.2. Em todos os estabelecimentos
industriais e naqueles em que a atividade exija troca de roupas, ou seja, imposto o uso de
uniforme ou guarda-pó, haverá local apropriado para vestiário dotado de armários individuais,
observada a separação de sexos (NR-24, 1993).
A norma regulamentadora para refeitório é a NR 24.3 Refeitórios. Nos estabelecimentos em
que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários, é obrigatória a existência de refeitório, não
sendo permitido aos trabalhadores tomarem suas refeições em outro local do estabelecimento
(NR-24, 1993).
3. Metodologia de Pesquisa
A opção metodológica adotada teve duas fontes de informações, uma pesquisa bibliográfica
com vários autores e matérias voltadas para áreas comerciais, espaços, psicologia sensorial e
ambiental a fim de elucidar alguns aspectos relacionados ao tema proposto e coleta de
informações com empresários do ramo Supermercadista, em que se usou como instrumento
de abordagem pesquisas qualitativas. Foi desenvolvido um questionário contendo 18 questões
relativas a importância que um projeto de arquitetura comercial tem para os entrevistados,
abordando público-alvo influência no cliente, projetos dos setores, fluxos, projeto
luminotécnico e o nível de conhecimento quanto à importância de um projeto bem
desenvolvido e o seu impacto nas vendas do seu supermercado. As entrevistas ocorreram
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entre os meses de outubro e novembro de 2014, de acordo com a agenda de cada um dos
empresários supermercadistas da região de Criciúma, Santa Catarina.
4. Resultados Obtidos
Constatou-se na entrevista com os empresários, que 75% dos entrevistados sabem da
importância do projeto de arquitetura comercial para o supermercado. Apenas 37% têm
conhecimento da psicologia sensorial e ambiental do espaço e a influência que ela exerce no
cliente. Todos têm um projeto comercial básico sem muitas informações, mas apenas 37%
têm projetos comerciais específicos dos setores de maneira à influenciar melhor as vendas do
supermercado. Embora todos acreditassem que os projetos específicos influenciem para
melhorar suas vendas e demonstrem que 50% acreditam que poderiam planejar melhor suas
lojas. Todos os entrevistados se preocupam em manter o estabelecimento atualizado para
atrair mais clientes, mas 62,5% não fazem um projeto comercial completo por dois motivos,
não acreditaram que o custo benefício fosse eficaz e por falta de conhecimento da sua
influência na decisão de compra do cliente.
Outro fato relevante que foi levantado é o pouco conhecimento da importância de um
fluxograma para as tarefas do supermercado e dos clientes, 37,5% tinham conhecimento, mas
não aplicavam em todo o empreendimento, os demais não tinham o conhecimento e nem
sobre a sua influência no projeto e no funcionamento geral do supermercado.
Todos os entrevistados possuem um planejamento para redução do consumo de energia nas
compras para iluminação da loja, 50% leva em consideração a relação custo x benefício, 25%
por serem econômicos, 12,5% indicação do profissional e 12,5% pela beleza dos produtos.
[...] a obsessão pelo cliente é nada menos que o fator primordial para o sucesso de
um empreendimento. A prioridade fundamental de qualquer negócio é cativar e
manter o cliente. A incompetência nisso significa ausência de lucros, de
crescimento, de emprego, enfim, não há negócios. BARRIE (1995)
5. Conclusão
Analisando os resultados das pesquisas abordadas neste trabalho, foi possível concluir que os
empresários da região de Criciúma – SC priorizam apenas o projeto principal do
supermercado. Em sua maioria não faz os projetos individuais dos setores por falta de
conhecimento da influência que este tipo de ambiente pode causar no seu cliente, com um
projeto especializado do setor valorizando os produtos e sua exposição pode alavancar suas
vendas e fidelizar o cliente.
É visível que todos os empresários estão sempre atentos ao gasto de energia, mas muitas
vezes não tomam decisões acertadas na fase do projeto, e na compra dos equipamentos por
falta de um projeto mais detalhado e específico dos setores para conseguir a economia
desejada. O fato de que um projeto específico e bem elaborado, com utilização de bons
produtos e uma lógica de funcionamento refletiria em ganhos mais significativos, pois todos
os setores trabalhando com um fluxo correto se ganha produtividade e assim gerando maiores
lucros.
Com as informações encontradas neste artigo, confirmam a influencia exercida pelos diversos
setores do supermercado, sendo assim transmitindo as sensações desejadas e podendo
oferecer um ambiente confortável e diferenciado aos clientes e funcionários, que são questões
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primordiais na busca pelo sucesso da loja.
Fato importante ao desenvolver este artigo foi à constatação que os empresários entrevistados
mesmo não sendo de conhecimento de todos, o poder da influência da psicologia sensorial
nos ambientes, foi constatado que todos são preocupados em manter a loja atualizada para o
seu cliente.
Essa atitude dos empresários de sempre querer evoluir as suas lojas deve andar junto com os
projetos específicos dos setores, assim valorizando a classe dos arquitetos, e potencializando
os investimentos em atualizações das lojas.
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Anexo
Anexo 1 – Questionário Aplicado
1- Você conhece a importância do projeto de Arquitetura comercial para uma
Supermercado?
a. Sim, tenho conhecimento da importância e sei como funciona.
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b. Sim, tenho conhecimento da importância mais desconheço como funciona.
c. Não considero importante.
2- Você sabe que o Psicológico do cliente em relação ao espaço da loja (Psicologia
sensorial/ ambiental) podem afetar as vendas?
a. Sim, tenho conhecimento.
b. Não desconheço.
3- Sua empresa possui uma linha de público alvo? Quais são?
a- Classe A.
b- Classe B e C.
c- Classe D e E.
4- Você conhece as diferenças de cada público em relação a influencia de compra?
a- Sim.
b- Não.
5- Sua loja possui projeto comercial?
a- Sim.
b- Não.
6- Por qual motivo procuraram um profissional da arquitetura para fazer o projeto?
a- Porque era obrigatório para aprovar na prefeitura.
b- Para obter uma loja bem planejada onde ajuda a aumentar as vendas, além de ser
confortável e ergonômico para o cliente.
c- Contratei apenas um decorador.
d- Não utilizamos nenhum método para desenvolver a loja.
7- Sua loja possui projeto comercial especifico de algum setor? Se sim qual?
a- Sim.
b- Não.
o Frente de Caixa
o Bazar
o Mercearia
o Adega
o Refrigeração
o Padaria
o Depósito
o Administrativo
o Áreas de Apoio
o Estacionamento
o FLV
8- Se possuir, acredita que isso possa influenciar nas vendas?
a- Sim.
b- Não.
c- Desconheço.
9- Se não possui, acredita que a falta de um planejamento em sua loja afeta nas
vendas?
a- Sim.
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b- Não.
c- Desconheço.
10- Tem conhecimento de todos os ambientes que se subdivide um supermercado para
que ele possa atender os clientes de forma ergonômica e confortável?
a- Sim, muito conhecimento.
b- Sim, pouco conhecimento.
c- Não, desconheço.
11- O supermercado possui um fluxograma das atividades internas e fluxo dos clientes
previamente estudado no projeto?
a- Sim.
b- Não.
c- Não, desconheço.
12- Se não, sabe a importância do planejamento de fluxo e como pode resolver
problemas futuros no desenvolvimento das atividades do supermercado?
a- Sim
b- Não
c- Desconheço
13- A empresa possui um planejamento para diminuir custos com energia?
a- Sim.
b- Não.
14- Foi feito um projeto de luminotécnico especifico para os diversos ambientes do
Supermercado?
a- Apenas um projeto geral da loja.
b- Apenas locação dos pontos de iluminação.
c- Foi trabalhado um projeto para cada necessidade lux e temperatura de cor para
os ambientes.
d- Não, desconheço.
15- Dos produtos adquiridos para a iluminação da loja, qual foi à preocupação ao
compra-los?
a- Indicação do profissional.
b- São bonitos, chamam atenção pela beleza.
c- São baratos.
d- São econômicos.
e- Tem boa relação custo x benefício.
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16- Você se preocupa em manter o estabelecimento sempre atualizado, moderno para
atrair clientes?
a- Sim.
b- Não.
c- Indiferente.
17- Você está satisfeito com a situação atual do seu Supermercado?
a- Sim, ele foi bem planejado.
b- Não, ele foi pouco planejado.
c- Não, não foi planejado nada.
18- Se não foi planejado, o que lhe impede de planejar seu supermercado com um
projeto de arquitetura comercial?
a- Falta de investimentos.
b- Não acredito que o custo x benefício seja eficaz.
c- Não acho que modifique as vendas ou os lucros da empresa.
d- Como não tinha conhecimento, não sabia dessa necessidade.
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