a atuaÇÃo da guarda civil metropolitana do municÍpio de ... · caps centro de atenção...
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Rua Maria Cândida, 1813 – Vila Guilherme – São Paulo/SP - CEP 02071-013
Telefone: 55 -11-2967-9076 / 55 -11-2967-9110 / 55 -11-2967-9126
e-mail: ppgacl.uniban@anhanguera.com
UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PROGRAMA MESTRADO PROFISSIONAL ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI
A ATUAÇÃO DA GUARDA CIVIL METROPOLITANA DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO EM RELAÇÃO AO
ADOLESCENTE ENVOLVIDO EM ATO INFRACIONAL
SÃO PAULO 2013
Rua Maria Cândida, 1813 – Vila Guilherme – São Paulo/SP - CEP 02071-013
Telefone: 55 -11-2967-9076 / 55 -11-2967-9110 / 55 -11-2967-9126
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PROGRAMA MESTRADO PROFISSIONAL ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI
Dissertação apresentada à banca
examinadora como exigência parcial
dos requisitos do Mestrado
Profissional Adolescente em Conflito
com a Lei, da Universidade
Anhanguera de São Paulo (UNIAN),
para a obtenção do título de Mestre
em Adolescente em Conflito com a
Lei. Professor Orientador: Dr.
Fernando Salla.
SÃO PAULO 2013
Rua Maria Cândida, 1813 – Vila Guilherme – São Paulo/SP - CEP 02071-013
Telefone: 55 -11-2967-9076 / 55 -11-2967-9110 / 55 -11-2967-9126
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PROGRAMA MESTRADO PROFISSIONAL ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI
PAULO ROGÉRIO DE SOUZA
A ATUAÇÃO DA GUARDA CIVIL METROPOLITANA DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO EM RELAÇÃO AO
ADOLESCENTE ENVOLVIDO EM ATO INFRACIONAL
Dissertação apresentada à banca
examinadora como exigência parcial
dos requisitos do Mestrado
Profissional Adolescente em Conflito
com a Lei, da Universidade
Anhanguera de São Paulo (UNIAN),
para a obtenção do título de Mestre
em Adolescente em Conflito com a
Lei. Professor Orientador: Dr.
Fernando Salla.
Banca Examinadora:
Prof.
Prof.
Prof.
4
RESUMO
A dissertação tem por objet ivo apresentar uma proposta de
alteração no curso oferecido pelo Centro de Form ação em
Segurança Urbana (CFSU) para a Guarda Civil Metropolitana de
São Paulo (GCM/SP), capaz de sanar as insuficiências e tensões
que por vezes se manifestam na intervenção cotidiana dos
prof issionais que atuam junto aos adolescentes em confli to com a
lei, sempre considerando os padrões dos direitos humanos . O
trabalho indica os processos de formação e aperfeiçoamento dos
guardas, especialmente em relação ao adolescente em conflito
com a lei. São também comentadas as grades curriculares
empregadas pelo Centro de Formação da GCM/SP e a Matriz
Curricular Nacional elaborada pela Secretaria Nacional de
Segurança Pública (Senasp). As pesquisas, de natureza
bibl iográf ica e documental, beneficiadas pela ampla experiência
do autor que já atuou inclusive na região central da capital,
abordam ainda aspectos da competência legal da GCM/SP e seu
lugar no Sistema de Garantia de Direitos. O presente estudo traz
um levantamento de natureza exploratória que expõe registros de
ocorrências da GCM/SP envolvendo crianças e adolescentes.
Foram analisadas, a part ir dessas ocorrências, as situações que
envolvem o adolescente em conflito com a lei capazes de impor
dif iculdades para a atuação dos guardas, segundo as diretr izes
normativas e os padrões de direitos humanos. Como resultado
principal são apresentadas algumas propostas de capacitação e
aperfeiçoamento dos servidores da GCM, pontualmente em
relação a situações que envolvem o adolescente em conflito com
a lei.
Palavras-chave:
Guarda civi l metropolitana – segurança pública – adolescente em
conflito com a lei – aperfeiçoamento prof issional .
5
ABSTRACT
The dissertation aims to present a proposal for a change in
course offered by the Center for Urban Security Training (CFSU)
to Metropolitan Civil Guard of São Paulo (GCM/SP), able to
remedy the shortcomings and tensions that sometimes manifest
themselves in daily intervention of professionals who work with
adolescents in conflict with the law, always conside ring the human
rights standards. The dissertation indicates the processes of
formation and improvement of the guards, especial ly in relation to
the young offenders. I discuss also the curricula employed by the
Training Centre GCM/SP and the National Curriculum Matrix
prepared by the National Department of Public Security. The
research, bibliographic and documentary nature, benefited from
the extensive experience of the author who has worked in the
central region including the capital of São Paulo, even on aspects
of the legal competence of the GCM/SP and its place in the
Guarantee System of Rights. This study presents a survey of
exploratory nature that exposes records of occurrences of
GCM/SP involving children and adolescents. From these
occurrences were analysed situations involving young offenders
capable of causing hardship to the performance of the guards,
according to regulatory guidelines and standards of human rights.
The main result of some proposed training and development of the
GCM servers, punctually regarding situations involving
adolescents in conf lict with the law are presented.
Keywords :
Metropolitan Civil Guard - Public Security – young offenders
- professional development .
6
LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS
Tabela 1 - Planilha de atos infracionais - Fevereiro/2012 . ... ... .43
Tabela 2 - Planilha de atos infracionais - Abri l/2012 ..... ... .... .. .44
Tabela 3 - Planilha de atos infracionais - Dezembro/2012 ...... .46
Gráfico 1 - Ocorrências: distr ibuição por unidade .... ....... ..... .. .48
Gráfico 2 - Idades dos infratores X quantidade de autuações .. .50
7
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AMA Assistência Médica Ambulatorial
CAPS Centro de Atenção Psicossocial
CET Companhia de Engenharia de Tráfego
Cetel Central de Telecomunicações e Vídeo-Monitoramento
CF Constituição Federal
CFSU Centro de Formação em Segurança Urbana
CMDA Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
Conanda Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
Conseg Conferência Nacional de Segurança Pública
Contru Departamento de Controle do Uso de Imóveis
CPP Código de Processo Penal
CRAS Centro de Referência de Assistência Social
CREAS Centro de Referência Especial izado de Assistência Social
CRECA Centro de Referência da Criança e do Adolescente
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente
GM Guarda Municipal
GCM Guarda Civil Metropolitano
GCM/SP Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Limpurb Departamento de Limpeza Urbana
MCN/GM Matriz Curricular Nacional para Guardas Municipais
MP Ministério Público
PM Polícia Mil itar
POP Procedimento Operacional Padrão
PUC Pontif ícia Universidade Catól ica
Senasp Secretaria Nacional de Segurança Pública
SIOPM Sistema de Informações Operacionais da Polícia Mil itar
SGD Sistema de Garantia de Direitos
SMADS Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social
SMSU Secretaria Municipal de Segurança Urbana
SNJ Secretaria de Negócios Jurídicos
8
SPTrans São Paulo Transporte
STJ Superior Tribunal de Justiça
9
SUMÁRIO
RESUMO.... ........ .. ............ ........ ........ ........ .... ... ..... ........ ...... .04
ABSTRACT...... ... .. ..... ....... ........ ........ ......... ... ........ ........ ..... .05
1. INTRODUÇÃO............... ........ ........ ......... ... ........ ........ ...... .10
2. SEGURANÇA PÚBLICA...... ........ .. ........... . ........ ........ ....... .14
3. SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS...... ......... ..... ........ .19
4. GUARDA CIVIL METROPOLITANA............. ... ..... ........ ...... .23
4.1 Formação / Matriz Curricular ......... .......... .. ........ ..... .25
4.2 Competências: Breves Considerações .......... . ....... .. . .29
4.3 Observações Quanto à Atuação da GCM ........ ......... .34
5. O ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI E A GCM..... .37
5.1 Relatórios da GCM/SP de Ocorrências Cometidas por
Crianças e Adolescentes ......... .... ..... .. ............ ...... .. ..... .42
5.2.1 Resultados ... .... ........ ........ ........ ............ ...... .48
6. PROPOSTA DE ALTERAÇÕES NA FORMAÇÃO DO GCM.. .52
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.... ........ ....... ..... ........ ........ ....... .54
ANEXOS......... ...... ............ ........ ........ ..... ....... ........ ........ ..... .56
ANEXO 1 – GCM: Grade de Treinamento ............ ...... .. ... ....... .57
ANEXO 2 – Curso de Formação GCM 3ª Classe ... ... ..... .. . ...... .70
ANEXO 3 – Curso de Formação GCM 3ª Classe Proposto ...... .76
ANEXO 4 – Portaria 441/09 - Procedimento Operacional
Padrão/001 Proposto ........... . ........ ..... ............ ... . .81
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.... ....... ..... ........ ........ ....... .88
10
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo principal apresentar
uma proposta de formação específ ica orientada a capacitar o Guarda
Civi l Metropolitano (GCM) do município de São Paulo, a atender
ocorrências envolvendo crianças e adolescentes. Para tanto, mostra-
se essencial indicar as competências atribuídas pela legislação para
tais integrantes da segurança pública.
Paralelamente, é observada a part icipação esperada da GCM
no Sistema de Garantia de Direitos da criança e do adolescente
(SGD), criado a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), possibil itado pela Constituição de 1988 (art. 227) .
Fato é que, cot idianamente, são inúmeras as ocorrências que
exigem a intervenção do GCM junto à criança e ao adolescente, cuja
atuação por vezes pode se mostrar insatisfatória do ponto de vista do
respeito aos direitos dos mesmos. Ademais, revela-se no
desenvolvimento do trabalho que o GCM tem sido envolvido em
polêmicas relat ivas à competência ju rídica, ou mesmo falta de
habil idade em algumas de suas atuações.
Dessa forma, após breve descrição da evolução histórica da
GCM/SP, serão considerados alguns aspectos de sua competência
legal a part ir da Constituição de 1988, indicando o previsto em leis,
decretos e portarias estaduais e municipais , como a lei nº 13.396, de
26 de julho de 2002, que cria a Secretaria de Segurança Urbana,
entre outras.
Considera-se também relevante analisar a matriz curricular
para a formação e aperfeiçoamento dos servidores da GCM de São
Paulo, estabelecida pelo Centro de Formação em Segurança Urbana
(CFSU), assim como a Matriz Curricular Nacional para Guardas
Municipais (MCN/GM), publicada pela Secretaria Nacional de
Segurança Pública (Senasp) .
11
Para melhor i lustrar a atuação presente da GCM/SP sobre a
problemática do adolescente infrator, após pesquisa bibl iográf ica
relacionada à temática sugerida, são apresentados e analisados
dados relativos a ocorrências realizadas em SP em três meses do
ano de 2012 (fevereiro/abril /novembro). Tais registros indicam, a
título de exemplo, a demanda operacional exigida dos servidores da
GCM/SP, expondo-se algumas dif iculdades enfrentadas em termos
de encaminhamento inst itucional.
A f inalidade é ter acesso a um maior embasamento a ser
empregado na formulação das referidas propostas de capacitação
por meio de pontuais inserções na matriz da CFSU, além de cursos e
outras atividades capazes de aperfeiçoar o desempenho dos GCMs
em suas ações cotidianas junto às crianças e adolescentes, mais
especif icamente em relação aos adolescentes em conflito com a lei.
Com isso, objet iva-se ainda contribuir com o preconizado no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu Título I (das
Disposições Preliminares), art igo 4°:
“Ar t . 4º . É dever da famíl ia, da comunidade, da sociedade em geral e do poder públ ico assegurar , com absoluta pr ior idade, a efet ivação dos d ire itos referentes à v ida, à saúde, à a l imentação, à educação, ao espor te, ao lazer , à prof iss ional ização, à cultura, à d ignidade, ao respei to, à l iberdade e à convivênc ia famil iar e comunitár ia” (gr ifo nosso )
O estudo procura ser capaz de analisar o tema para a
apreciação da academia estabelecendo não só um debate sobre ele e
seus diversos aspectos mas procura também propor a introdução de
matéria específ ica já no curso de formação do guarda civi l
metropolitano.
Por f im, considera-se fundamental explicitar que o autor desta
pesquisa de fato vivencia os problemas apontados aqui, o que
favorece a apresentação de uma proposta de intervenção, ou
atualização na matriz curricular. Para melhor esclarecer tal af irmação
faz-se necessário introduzir uma breve biograf ia do referido autor,
que busca através desta instituição realizar um mestrado com base
acadêmica, e oferecer uma pesquisa com resultados de caráter
prof issional.
12
Atuou na área de segurança patrimonial desde 1988, até ser
efetivado por mérito de concurso (nível superior) como 2º Inspetor da
Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, em maio de 2003.
Este integrante da Segurança Pública sempre demonstrou
extremo interesse no aperfeiçoamento contínuo dentro de sua
prof issão. Desde que assumiu o cargo na GCM, realizou cerca de 34
cursos de aperfeiçoamento e participou de 19 palestras, congressos
e seminários; inclusive já foi palestrante desenvolvendo os temas
“Desarmamento”, em 2005, e “O papel do município na segurança
publica”, em 2013 . Também atuou como professor convidado da
Pontif ícia Universidade Católica (PUC), nas of icinas de “métodos,
resoluções pacif icas de conflitos ”.
O aprendizado, assim como a dedicação proporcionaram, ao
longo dos anos, o exercício de diferentes cargos oferecidos pela
corporação: iniciou em maio de 2003 com a colocação de Assistente
Técnico Operacional, e então assumiu a função de Inspetor Chefe
Regional em agosto do mesmo ano.
Após cumprir tal posto, intercalando com o de Inspetor Chefe
de Grupamento em diferentes unidades, como na região da Luz,
Praça da Sé, Republica, e Avenida Nove de Julho, conhecidos locais
onde se encontram crianças e adolescentes em situação de risco
(assim como infratores), atualmente é Diretor da Central de
Telecomunicações e Vídeo-Monitoramento (CETEL).
Ao longo do tempo, além de contribuir com o estabelecime nto
de condutas a serem seguidas pela corporação, como os
procedimentos operacionais na sentinela, armaria, e administrativos
da unidade de M. Boi Mirim, ou a atuação da GCM na Zeladoria
Urbana na unidade da Sé, entre outros, também foi responsável pela
criação de cursos, dentre os quais cabe aqui destacar o
Procedimento Operacional Padrão 001 (POP 001) - Criança e
Adolescente, explicitado no desenvolvimento deste estudo .
Ainda participou diretamente na elaboração de algumas ações
na área da Nova Luz, conhecida popularmente como cracolând ia, e
13
na elaboração do manual do conselheiro tutelar da cidade de são
Paulo, publicado pela Secretaria de Negócios Jurídicos (SNJ), 2012.
14
2. SEGURANÇA PÚBLICA
A Constituição Federal (CF) de 1988, Título V, logo no início da
redação do Capítulo III (da Segurança Pública), ressalta que:
“Ar t . 144 - A segurança pública, dever do Estado, d irei to e responsabi l idade de todos, é exerc ida para a preservação da ordem públ ica e da incolumidade das pessoas e do patr imônio, ( . . . ) ”
Certamente, a guarda municipal (GM) pode ser descrita como
um dos agentes ativos que compõem o quadro da Segurança Pública
no país. E conforme a Constituição Federal (CF) determina, é
impossível negar a obrigação de qualquer um de seus agentes em
preservar a ordem pública e o patrimônio, assim como a
incolumidade das pessoas.
Na CF de 1988, mais precisamente no art. 144, §8º, encontra -
se a garantia da possibi l idade de se constituir a GM em cada
município do território nacional:
“Parágrafo 8º - Os Municíp ios poderão const i tu ir guardas munic ipais dest inadas à proteção de seus bens, serviços e insta lações, conforme dispuser a le i” .
Vê-se que o parágrafo 8º introduz como competência direta da
GM tão somente a proteção dos bens, serviço s e instalações
munícipes.
A Constituição Federal de 1988 dedica apenas um parágrafo à
GCM, incluindo-a ao escopo da Segurança Pública, onde deixa claro
que deve ela ser regida “conforme dispuser a lei”. Porém, tal lei
federal específ ica ainda aguarda ter sua redação redigida e
promulgada.
Mesmo sem regulamentação específ ica , a partir do §8 do art.
144, que encarrega a GCM da proteção de bens, serviços e
instalações, autores como Ramos (2010), entendem que dentre todos
os bens corpóreos e incorpóreos existentes no município, o mais
importante certamente é a vida de seus cidadãos.
A Lei também deixa claro que o município possui grande
responsabil idade em garantir a segurança pública, não somente
devido à proximidade com a população, vivenciando seus maiore s
15
problemas de segurança no espaço urbano, mas também, conforme
Mariano (2004), porque as soluções art iculadas dependem
basicamente da estrutura municipal. Af inal, as ações preventivas dos
GMs precisam ser combinadas com ações sociais urbanas.
“Desenha -se, no âmbito do poder públ ico munic ipal, uma nova perspect iva no enfrentamento da v io lênc ia. Trata -se de atuar sobre as c ircunstânc ias a e la assoc iadas, de enfrentar suas causas objet ivas e subjet ivas e de reduzir os fatores de r isco, prevenindo a ocorrênc ia.” (Mar iano, 2004, p.82)
Kruchin (2013) acrescenta que os estudiosos consideram
fundamental a participação dos municípios na segurança pública,
porém existem inúmeras teorias sobre o assunto. Conforme a autora,
para alguns o município é essencial na gestão de polít icas de
prevenção à violência, outros acreditam que deve o município
assumir tão somente o papel de integrador, ou então precisa agir em
conjunto com as polícias e art icu ladamente com o governo federal,
ou ainda se defende que a lém de prevenir, tem por obrigação atuar
nas polít icas repressivas em conjunto com as polícias estaduais.
Também são diversos os fatores que impulsionam o processo
de participação dos municípios na segurança pública. Kruchin (2013)
indica alguns:
Altas taxas de criminalidade e a consequente preocupação da
população;
A força policial passou a perceber que o problema não é só o
crime cometido, envolvendo também as especif icidades do local
em que ele ocorre;
O tamanho do país e a quantidade de tarefas do Estado
propiciam a abertura de um espaço de atuação preventiva por
parte dos municípios.
Apesar da possibil idade de todos os municípios de criar sua
guarda municipal, Lima (2009) exibe números publicados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE), indicando que
até 2006, apenas 28,7% dos municípios de São Paulo possuíam
guardas municipais, contra uma média nacional ainda menor, de
14,1%.
16
Oliveira (2013) ressalta que diversos autores entendem que os
municípios devem exercer um papel cada vez mais bem deline ado e
incentivado na segurança pública de prevenção da violência, pois a
execução de estruturas que atendam às atuais polít icas
cooperativistas é de competência deste ente federativo.
Para se promover a segurança das comunidades , Lima (2009)
acredita que cabe ao governo municipal acionar medidas como
iluminar espaços públicos, l impar terrenos abandonados ou baldios,
implementar projetos sociais, oferecer espaços de convivência e,
investir na criação e aperfeiçoamento de guardas municipais.
Dentre as principais polít icas adotadas pelos municípios nesse
sentido, Lima (2009) destaca de modo simplif i cado a criação das
guardas municipais, a institucionalização de conselhos, secretarias,
e planos municipais de segurança.
A CF de 1988, no art. 144, estabelece que seja o governo do
Estado o ente federativo responsável único pelas Polícias Civil e
Militar eximindo, em sua redação, os governos municipais e o federal
de atuarem na manutenção da segurança pública. Exceções são o
controle da Polícia Federal , pelo governo federal, e a criação de
guardas municipais pelas administrações municipais.
Kruchin (2013) lembra que acadêmicos e administradores
públicos defendem mudanças nessa estrutura de responsabil idade
única dos Estados pela segurança pública, pois as novas polít icas e
estudos exigem o tratamento multidiscipl inar do crime e da
criminalidade.
“A ideia de paradigma diz respeito a um novo entendimento sobre o contro le do cr ime e da v io lênc ia e remete à responsabi l ização de toda estrutura federat iva no t ratamento dessas questões, a lém de cons iderar um enfoque no papel dos municíp ios como instânc ia de implementação de polí t icas públicas de segurança. Ou seja, pressupõe-se o rompimento com o modelo vigente.” (Kruchin, 2013, p.48)
Lima (2009) esclarece que, de acordo com a CF, a segurança
pública em sentido estrito (atuação policial), é realmente de
competência de governos estaduais, f icando a cargo dos municípios
proteger seus patrimônios. O autor acredita que o aumento da
17
criminalidade desde a década de 1980 e 1990 está mudando a lógica
relacionada à prevenção contra o crime e a violência:
“ Isso, aparentemente, provocou uma mudança de o lhar, do repress ivo para o prevent ivo, e des locou a visão do cr ime para a da v iolênc ia, em que medidas e intervenções no cenár io urb ano ser iam a senha para al terar o quadro de insegurança.” (Lima, 2009, p.14)
Mariano (2004) ressalta que, na prática, a maioria dos guardas
municipais atua fundamentalmente no policiamento preventivo em
escolas, no trânsito, e em parques públicos. Porém, p or vezes algum
servidor extrapola sua função exercendo um indesejável policiamento
ostensivo-repressivo.
Kruchin (2013) sal ienta outra questão importante, trazida à tona
por algumas resoluções da Conferência Nacional de Segurança
Pública (Conseg), de 2009, e abordada em capítulos posteriores
deste estudo: a necessidade de regulamentação legal para uma
definição do papel dos municípios no âmbito da segurança pública.
Conforme Kruchin (2013, p.11) “É ponto de comum acordo a
necessidade de regulação das at ividades das guardas municipais,
que realizam tarefas totalmente diversas e muitas vezes conflitantes
com as atividades policiais”.
Fato é que, assim como estabelece a CF de 1988, os guardas
municipais são uma realidade vinculada à Segurança Pública e,
portanto, se torna imperativo estabelecer uma regulamentação de
seu perf i l e atr ibuições.
“Não se trata apenas de inclu ir as guardas c iv is munic ipais no s is tema de segurança públ ica. Trata -se de estabelecer o perf i l de uma nova pol íc ia com novo formato, pautad a na legal idade democrát ica, na mediação de conf l i tos , na interação com a soc iedade, na interd iscipl inar idade, na valor ização prof iss ional e na convicção de que pol ic iamento preventivo é essenc ial para qualquer s is tema de segurança públ ica democrát ico.” (M ar iano, 2004, p.121)
O autor ainda explica que a atuação integrada da GM com
órgãos federais, estaduais e municipais precisa ter caráter
permanente, pois sua importância é inquestionável.
Mariano (2004) esclarece que a GCM de SP, assim como todas
as outras do país, apresenta carências fundamentais, como leis
ainda não criadas, comandos comissionados e uma estrutura
18
regulamentada por decretos. Tais fatos mantêm a instituição sem
identidade e, em alguns casos, sem orientação. Tal tema será mais
bem exposto em capítulo adiante desenvolvido.
19
3. SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS
Como recorda Nascimento (2013), a promulgação da
Constituição de 1988, mais especif icamente em seu art. 227, abriu
caminho para a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), estabelecido pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. O
referido estatuto nasceu de movimentos populares e de juristas,
contemplando as necessidades adequadas a seu presente, buscando
primordialmente retirar as crianças e adolescentes das mais
diferentes formas de violação a que eram submetidas.
Breier (2012) comenta que o ECA trouxe grandes mudanças
para as crianças e adolescentes em relação à legislação de 1979,
então chamada de “Código de Menores”, comumente considerada
extremamente discriminatória. Diferentemente, o ECA fez crianças e
adolescentes passarem a ser considerados cidadãos, com direitos
garantidos, permit indo e incentivando as esferas federal, distr ital,
estadual e municipal a implementar polít icas públicas para este s
segmentos da sociedade. O até então pejorat ivo termo “menor” foi
banido, e substituído por “criança e adolescente”.
É interessante citar, como percebeu Sposati (1998) , a
dif iculdade que muitos apresentaram (alguns ainda apresentam) em
abandonar a denominação “menor” em troca de “criança e
adolescente ”. Para a autora, tal fato revela o quanto a cultura de
culpabilidade das crianças foi (e ainda é) inf luente neste país.
O ECA signif icou uma real mudança nos preceitos sustentados
pelo Direito por longa data, agora não mais regidos pela noção de
situação irregular, mas sim pela doutrina de proteção integral,
contemplando a sociedade com o conceito de responsabil idade
comparti lhada.
Conforme Salla et al (2006):
“O Estatuto da Cr iança e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990, fo i o resultado de um amplo processo de cr í t ica aos modelos punit ivos que ex ist iram no Brasi l desde o f inal do século XIX.” (Sal la et a l , 2006, p.4)
20
Frasseto (2006) adiciona que o ECA também inovou ao conferir
cidadania às crianças e adolescentes, con ferindo às crianças e
adolescentes acusados de prát ica infracional um processo na justiça
com direito de defesa.
Araújo (2010) lembra que a intenção da legislação de 1990 é
assegurar a proteção integral à criança e ao adolescente de tal forma
que, se a privação de l iberdade se faz absolutamente necessária o
agente da lei, como é o caso do GCM, deve observar r igorosamente
os direitos e garantias previstos no Estatuto da Criança e do
Adolescente.
O art. 230 do ECA instrui:
"Art . 230. Pr ivar a cr iança ou o adolescente de sua l iberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em f lagrante de ato inf rac ional ou inex is t indo ordem escr i ta da autor idade judic iár ia competente:
Pena - detenção de seis meses a dois anos. Parágrafo único. Inc ide na mesma pena aquele q ue procede à
apreensão sem observânc ia das formal idades legais . "
Portanto, o adolescente em questão somente pode ser
apreendido pelo GCM se estiver em f lagrante ato infracional ou por
ordem escrita e fundamentada expedida por autoridade judiciária
competente. Não podem ser apreendidas crianças com até 12 anos
de idade incompletos, mas sim apenas os adolescentes.
Nesse sentido, nota-se que o ECA, além de garantir os direitos
dos adolescentes, lhes imputou pela primeira vez a responsabil idade
pelos atos inf racionais que cometem, a serem observados pelos
agentes da lei .
Porém, para que medidas socioeducativas sejam efetivadas, é
imprescindível a operacionalização do Sistema de Garantia de
Direitos da Criança e do Adolescente (SGD), que, como bem indicam
Graciani e Graciani (2013), corresponde a um conjunto de princípios,
pressupostos e diretrizes cuja f inalidade é propor prát icas e ações
que devem se organizar como um sistema.
A definição original para SGD está impressa na resolução 113
do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
(Conanda), de 19 de abri l de 2009, cujo art. 1º descreve:
21
“ ( . . . ) const i tu i -se na art icu lação e integração das ins tânc ias públ icas governamentais e da soc iedade civ i l , na apl icação de instrumentos normativos e no funcionamento dos mecanismos de promoção, defesa e controle para a efet ivação dos d ire itos humanos da cr iança e do adolescente, nos níveis Federal, Estadual, Dis tr i ta l e Munic ipal .”
Teixeira (2013) explica que o Sistema de Garantia de Direitos
está distribuído em três eixos estratégicos. De maneira resumida,
consistem em:
Eixo de Promoção de Direitos - Seus principais atores são as
instâncias governamentais e a sociedade civi l, como ministérios
do governo federal, secretarias estaduais ou municipais,
fundações, ONGs, etc.
Eixo de Defesa - Atuam conselhos tutelares, Ministério Público
Estadual e Federal, Judiciário, Defensoria Pública do Estado e
da União, e órgãos da Segurança Pública, como a GM, polícia
civil, mil itar, federa l, ouvidorias, corregedorias e centros de
defesa de direitos, etc.
Eixo de Controle Social - Deve ser realizado principalmente
pela sociedade civi l e por meio de instâncias públicas
colegiadas, como os conselhos.
Na promoção de direitos, a GCM atua na proteção e
encaminhamento, participando da rede de proteção do município
para criança e adolescente, ou para v ítimas de violência doméstica.
Na defesa, age na repressão qualif icada, coibindo o trabalho
infantil em ações integradas nos faróis e logradouros públicos, bem
como autuando atos infracionais. No controle social, trabalha junto
ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
(CMDA), participa ativamente em programas de prevenção ao uso de
álcool e drogas, e também como mediador de conflitos, em especial
nas esferas familiares.
Porém, é fundamental que suas ações sejam integradas com
outras esferas para que o SGD funcione como o esperado para todos
os adolescentes que dela necessitem.
Souza (2012) acredita que dentre as dif iculdades encontradas
para a efetivação de uma polít ica de proteção social para a
22
população em situação de rua, por exemplo, estão os diferentes
governos, alguns tratando o assunto como tema estritamente social,
policial, ou com ações isoladas. Souza (2012) entende que censos
confiáveis, ou mesmo informações que sejam capazes de ajudar a
definir polít icas públicas, não existem.
E cabe ao Poder Público, através de seus agentes, a obrigação
de priorizar a efetivação de direitos básicos como vida, saúde,
educação, al imentação, dignidade, cultura, laze r, convivência
familiar, entre outros.
Para Muniz (2008), certamente para esse poder/dever de
resguardar a incolumidade das crianças e adolescentes o Estado
precisa estender sua ação a diversos de seus agentes como, por
exemplo, aos integrantes da GCM. O guarda civi l metropolitano, em
constante contato com a população, precisa atuar continuamente não
na repressão aos adolescentes, mas sim na prevenção de atos
infracionais.
Pode-se entender que, apesar da característica dif iculdade
imposta por entraves pol ít icos no país, é preciso reconhecer que o
ECA oferece a possibi l idade de o agente aplicador da lei, no caso o
GCM, exercer um trabalho ef icaz junto aos adolescentes em situação
de risco ou infratores.
23
4. GUARDA CIVIL METROPOLITANA
Ramos (2010) indica que já em 1842, pelo Regulamento Geral
nº191, padronizou-se a atuação, patentes e uniformes das guardas
municipais permanentes no Brasil.
Conforme a Prefeitura de São Paulo (2013), a história d e sua
Guarda Civi l Metropolitana (GCM) começou em 22 de outubro de
1926, sob a força da Lei n° 2.141. Denominada “Auxil iar da Força
Públ ica, mas sem caráter mil itar”, tal precursora da GCM foi criada
pelo governo do Estado em razão da preocupação com a segurança
pública, à época constantemente envolvida em movimentos
revolucionários.
“O perf i l desta guarda tentava seguir o modelo da pol íc ia londr ina por meio do pol ic iamento prevent ivo da capi ta l , f iscal ização no trâns i to, serviço de radiopatru lha para o contro le da cr iminal idade, proteção de escolas, repart ições p úbl icas em geral e pol ic iamento fazendár io nas c idades de Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba, Bauru, Marí l ia, Pres idente Prudente, Jundiaí, Mogi das Cruzes, Piracicaba e São Car los.” (Prefei tura de São Paulo, 2013)
Em 1970, após quase 40 anos de existência, com o Decreto-Lei
nº 217 a GCM, já removida da Constituição do Estado de São Paulo,
foi of icialmente anexada à Força Pública, tornando-se integrante da
recém criada Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Até que, em 1988, uma nova Constituição Federal trouxe de
volta a possibi l idade de cada município do país reimplantar a Guarda
Municipal.
Porém, pouco antes da promulgação da CF, em 1986, a GCM
havia sido novamente of icial izada, nos moldes em que hoje atua, na
gestão do então prefeito Jânio da Silva Quadros, apoiado na lei
municipal nº 10.115, de 15 de setembro do mesmo ano.
“A pr imeira turma, composta por 150 guardas, se reunia no prédio onde func iona hoje o Setor de RH da Secretár ia de Ass istência e Desenvolvimento Soc ial na Rua Pedro de Toledo, já que o Comando não t inha sede própr ia. Lá, e les recebiam as ordens do d ia e seguiam para seus postos de trabalho a pé ou de ônibus.” (Prefei tura de São Paulo, 2013)
Conforme ensina Ramos (2010), desde 1988 a Constituição
Federal faculta e encoraja os munic ípios, através de seu Art. 144,
§8º, a criar suas próprias guardas municipais. Afinal, parte-se do
24
pressuposto de que o gestor municipal está mais próximo de sua
comunidade, que por sua vez sofre os mais diversos problemas de
segurança dentro do município em que reside.
A Lei nº 13.396/2002, responsável pela criação da Secretaria
Municipal de Segurança Urbana (SMSU), em seu art. 4º transfere
para a SMSU a Guarda Civi l Metropolitana. O parágrafo único do art.
4º institui que a GCM é o principal órgão de execução da polít ica
municipal de segurança urbana. O art. 15º acrescenta “(. ..) como
princípio que a função da Guarda Civi l Metropolitana é preventiva,
comunitária e de promoção dos direitos humanos fundamentais”.
Ramos (2010) atenta que, com vistas à regulamentação do art.
144 §8º da CF, e mesmo pela ampliada interpretação que vem sendo
seguida, e também devido ao anseio natural dos servidores, o
Governo Federal e os municípios investiram somas consideráveis no
aumento de seus efetivos e reestruturação de insti tuições,
procurando implantar modelos de gestão administrativa com
responsabil idade social.
Como o número de delitos nos municípios cresce e a ação dos
guardas municipais se faz cada vez mais necessária, por vezes
legisladores tomam medidas para que a GCM/SP possa também
auxil iar em atribuições da polícia mili tar , como a atuação em escolas
municipais e no trânsito em seu entorno . Dessa forma, a PM poderia
direcionar sua atenção ao combate aos crimes.
Ramos (2010) relaciona algumas diretr izes que seriam
necessárias à corporação, aprovadas na 1ª Conferência Nacional de
Segurança, que resumidamente se refere a :
Regulamentar as Guardas Municipais como Polícias Municipais;
Definir suas atribuições constitucionais;
Regulamentar a categoria;
Garantir direitos estatutários: Jornada de trabalho; Plano de
carreira; Aposentadoria; Assistência f ísica e mental;
Mariano (2004) cita também a importante proposta da GCM/SP
em criar superintendências de áreas específ icas que ref litam as
prioridades preventivas e comunitárias da corporação. A primeira
25
superintendência é a de trânsito, dedicada a amparar a Companhia
de Engenharia de Tráfego (CET) e a Polícia Mil itar (PM) . Outra
superintendência se refere à guarda de parques públicos e áreas de
proteção ambiental. A cidade de São Paulo possui 32 parques e duas
áreas de proteção. A terceira superintendência se dedicaria à
f iscalização de posturas municipais, mediação de conflitos e
gerenciamento de crises, atuando tanto em programas como o Psiu
(silêncio urbano), como na f iscalização de ambulantes, entre outros.
“Desde as novas or ientações das d isc ip l inas operac ionais – que cuidam das abordagens e do compor tamento, na rua e em uma viatura – até as novas d isc ip l inas teór icas ( . . . ) , todas têm como perspect iva a necess idade de os guardas c iv is metropol i tanos (de todos os níveis hierárquicos) pensarem prevent iva e comunitar iamente, para que suas ações prát icas reproduzam a nova f i losof ia que se pretende inser ir no s istema de segurança públ ica munic ipal. ” (Mar iano, 2004, p. 98)
Mariano (2004) acrescenta que a criação da Secretaria
Municipal de Segurança Urbana de São Paulo exigiu ainda a
implantação de uma base de dados e informações; além de
padronizados, os registros de ocorrências da GM de 39 municípios
da região metropolitana de SP são totalmente informatizados. O
sistema é capaz de oferecer respostas precisas e imediatas.
4.1 Formação / Matriz Curricular
O primeiro curso de formação para a GCM, segundo dados da
Prefeitura de São Paulo (2013), t inha duração de 30 dias, co m
explicações técnicas e práticas dos objetos do dia a dia. Atualmente,
a duração do curso estabelecida pelo Centro de Formação em
Segurança Urbana (CFSU) é de 600 h/aula.
O CFSU hoje oferece o suporte técnico especializado para o
curso de GCM. Sua real função é a formação, qualif icação e
aperfeiçoamento dos integrantes da Secretaria Municipal de
Segurança Urbana (SMSU). Por sua vez, o CFSU está subordinado à
SMSU, responsável por estabelecer as polít icas, diretrizes e
programas de segurança no município de São Paulo.
O CFSU, criado em 26 de julho de 2002 por meio da lei nº
13.396:
26
“Tem como missão pr imordia l formar, capac i tar e promover o apr imoramento dos integrantes do Quadro da Guarda Civ i l Metropol i tana, bem como dos servidores munic ipais que atuam em inst i tu ições e programas relac ionados à Segurança Urbana.” (Prefe i tura de São Paulo, 2013).
Por sua vez, a Secretaria Nacional de Segurança Pública
estabeleceu a Matriz Curricular Nacional para Guardas Municipais
(MCN/GM), como um instrumento que serve de base para os cursos
de formação dos agentes da GM nos diversos municípios do país.
Empregando como base a Matriz Curricular Nacional, o CFSU
elaborou o Curso de Formação Específ ico de Capacitação para
Guarda Civi l Metropolitano. Em 2010, as alterações levaram à
inclusão das disciplinas “Mobil ização Comunitária” e “Prevenção,
Mediação e Resolução de Conflitos”.
Pereira (2010) adiciona que também foram estabelecidas para a
GCM de São Paulo aulas voltadas para os cinco programas
prioritários da SMSU: proteção escolar; proteção ambiental; controle
do espaço público e f iscalização do comércio ambulante; proteção a
agentes públicos e ao patrimônio público, e; proteção a pessoas em
situação de risco.
O portal da Prefeitura de São Paulo (2013) confirma que a
GCM/SP, aplicando seu perf i l de segurança preventivo e comunitário
- com efetivo a pé e motorizado - se faz presente em todas as
regiões da cidade, e tem como principais at ividades: Proteção
Escolar, Proteção Ambiental, Proteção de Pessoas em Situação de
Risco, Proteção ao Agente Público e Patrimônio Público, proteção ao
Espaço Público e Fiscalização ao Comércio Ambulante.
A atuação da GCM na proteção das pessoas em situação de
risco está autorizada, mas precisa estar al inhada à busca por um
novo modelo social almejado pela Prefeitura de SP, repelindo todas
as formas de violência: f ísica, psicológica, econômica e social. Aqui,
a solução certamente passa por cursos de capacitação e
aperfeiçoamento que devem ser rotineiramente oferecidos aos
integrantes da GCM.
27
A proteção de pessoas em situação de risco consta no
Programa de Pessoa Cidadã, sendo matéria estruturada na matriz
curricular apresentada pela CFSU.
O conteúdo da Matriz Curricular Nacional para a formação de
Guardas Municipais (MCN/GM) referente a gestão de conflitos,
situação delicada quando crianças e adolescentes surgem
envolvidas, abrange (VI.6):
“Concei tuação de espaço públ ico e legis lação relat iva à sua ut i l ização;
Conf l i tos no espaço públ ico munic ipal : tarefas da Guarda Munic ipal, tarefas da Pol íc ia;
Mediação de conf l i tos: pr incíp ios , técnicas e procedimentos; Preparação ps icológica e emocional do “gerenc iador” de
conf l i tos; Tomada de dec isão em situações de conf l i to; Uso legal e progress ivo da força, da arma de fogo e defesa
pessoal – leg i t im idade e l im ites : formas, responsabi l idade e ét ica; Responsabi l idade do(a)s apl icadores da le i; Art icu lação/ integração com a comunidade na gestão de conf l i tos.”
Importante matéria indicada na MCN/GM se refere à ética,
direitos humanos e cidadania, onde o servidor da GCM aprende
sobre a garantia de direitos, com noções legais voltadas para a
criança e o adolescente, entre outros grupos.
Já em “Cultura e Conhecimentos Jurídicos” , o aluno ganha
noções sobre legislações especiais aplicáveis no âmbito da
Segurança Pública, onde se vê incluso o Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Importante relatar que a MCN/GM, entre as ações preventivas,
propõe que os servidores da GM compreendam como ensinar
crianças e adolescentes a atuarem como multipl icadores da paz .
Entre as “Técnicas e Procedimentos Operacionais” descritos na
MCN/GM, estão incluídas as crianças e adolescentes em situação de
risco, e adolescentes em conflito com a lei.
Na matéria “Violência e Segurança Pública ” (MCN/GM), além de
propostas de intervenção a partir de ações preventivas, seria salutar
incluir ações orientadas a casos de f lagrante delito perpetrado por
adolescente.
O Curso de Formação Específ ico elaborado pelo CFSU insere
aulas que trazem noções sobre: postura frente a criança ou
28
adolescente em situação de abandono; o ECA, e; crianças e
adolescentes em situação de risco .
Ressalta-se que a MCN/GM aprovada pela Senasp deixa
espaço para o prof issional da GM desenvolver suas habil idades, ou
seja, realizar contínuos aperfeiçoamentos em sua capacit ação, como
descrito no Capítulo VII do referido instrumento: “ Desenvolver e
transformar progressivamente suas capacidades intelectuais e
afetivas para o domínio de conhecimentos, habil idades, hábitos e
atitudes pertinentes para o desempenho prof issional.”
É sempre bom lembrar que a educação continuada é
fundamental para a formação e atuação do GCM. Nas palavras de
Souza (2012), após a GCM/SP ganhar certo conforto jurídico para
suas ações, deve-se então selecionar equipes com perf i l adequado e
capacitação continuada, preparadas para a aproximação, abordagem
e encaminhamento da criança e adolescente em situação de risco e
vulnerabil idade, como descrito no art. 98 do ECA.
É preciso reconhecer também que a GCM/SP passa por
avanços notórios, porém trata-se de um processo que precisa ser
ininterrupto, pois ainda existem certas desigualdades entre a teoria e
a prática. Por tal motivo, a capacitação in icial e continuada deve ser
insistentemente incentivada pelos gestores e promotores de direitos
ligados à corporação.
4.2 Competências - Breves Considerações
Citam-se a seguir alguns dispositivos legais capazes de
embasar juridicamente a atuação da GCM no município de São
Paulo. Dessa forma são expostas leis, decretos, entre outros , com a
f inalidade de identif icar as ações esperadas do GCM, principalmente
quando em casos de f lagrante delito envolvendo qualquer cidadão,
seja adolescente ou adulto.
De imediato, cita-se que o art. 88 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) apresenta como diretr iz básica a municipal ização
do atendimento ao adolescente.
O art.86 do ECA conceitua:
29
“A pol í t ica de atendimento dos d ire itos da cr iança e do adolescente far -se-á através de um conjunto ar t icu lado de ações governamentais e não-governamentais , da União, dos Estados, do Dis tr i to Federal e dos Municíp ios.”
Conforme Costa (2008) a municipalização do atendimento à
criança e ao adolescente em confli to com a lei se al inha ao princípio
da descentral ização e da integração operacional, introduzidos pela
polít ica de atendimento do ECA. Na realidade, as redes locais de
atendimento, seja para medidas protetivas ou sócio educativas,
podem ser entendidas como a linha de frente estabelecida pelos
municípios para a atuação da Justiça da Infância e da Juventude.
Com base na CF, a Prefeitura de São Paulo, através da SMSU,
assume como principais at ividades dos integrantes da GCM, como já
se apontou acima, os seguintes programas: Proteção Escolar;
Recuperação e Controle de Espaços de uso Público; Proteção
Ambiental; Proteção aos Agentes Públicos e Patrimônio Público;
Proteção às Pessoas em Situação de Risco; operações e programas
ligados à gestão integrada da segurança pública.
Para estar apto a realizar suas mais básicas obrigações como,
por exemplo, abordar pessoas em f lagrante delito, faz -se
fundamental “Compreender a complexidade das situações de trabalho
e das práticas de Segurança Pública, identif icando rotinas e riscos
das decisões tomadas;” (MCN/GM, Cap.VII, p.22)
A Prefeitura Municipal de São Paulo, com o Decreto 50.525, de
26 de março de 2009, estabelece os deveres e direitos dos
servidores do quadro da Guarda Civil Metropolitana. Entre outros,
assim dispõe:
“Art. 3º . São atr ibuições do cargo de Guarda Civi l Metropol i tano - 3ª Classe: I - executar a proteção c idadã, de modo prevent ivo e ostensivo, inib indo e repr imindo atos que atentem contra os bens, serviços e insta lações munic ipais , promovendo, em espec ia l : a) a proteção escolar; b) o contro le do espaço de uso públ ico, notadamente quanto: 1. à f iscal ização do comércio ambulante nas v ia s e logradouros públ icos; 2. à proteção e encaminhamento de pessoas em si tuação de r isco;”
A proteção e encaminhamento de pessoas em situação de risco
– e naturalmente o adolescente, infrator ou não, é um indivíduo – faz
30
parte da proteção cidadã, preventiva e ostensiva, que o município
assume para sua GCM.
O mesmo disposit ivo, no art. 8º, §III , estipula que o agente da
GCM deve manter-se dil igente em relação a grupos vulneráveis,
incluindo pessoas em situação de risco (como crianças e
adolescentes, idosos, entre outros), protegendo-os contra ato de
violência.
Já a Portaria 404/2009 da SMSU estabelece no Capítulo II, §2º,
que a abrangência da atuação do GCM engloba o atendimento à
criança e o adolescente em situação de violência, drogadição, abuso
e exploração sexual ou econômica nas ruas, que atentem contra sua
saúde física e emocional, o adolescente em prática infracional, e o
adolescente em conflito com a lei.
Além da obrigação do GCM em salvaguardar a criança e o
adolescente de qualquer r isco, deve também coibir os atos que eles
praticam de vandalismo ou depredação contra o patrimônio público.
“Sobre as pr isões em f lagrante del i to , o Código de Processo Penal, em seu Art . 301, d iz que qualquer do povo poderá e as autor idades pol ic ia is e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em f lagrante del i to. Ou seja, qualquer pessoa pode prender no caso de f lagrante, e o GM, ins t i tuído de uniforme, v iatura, armamento e tre inamento tem o dever de prender em f lagrante, conduzindo o preso à presença da a utor idade pol ic ial , is to é, o delegado de pol íc ia, inc lus ive com o uso da força moderada para vencer a resis tência do preso caso haja necess idade.” (Frei tas, 2011)
À luz do Art. 301 do Código de Processo Penal (CPP), qualquer
do povo pode, e as autoridades policiais e seus agentes têm o dever
de prender aquele cidadão que seja encontrado em f lagrante delito.
A redação do referido artigo não deixa margem para dúvidas.
No caso de um adolescente surpreendido em f lagrante delito na
prática de algum ato infracional, é incisiva a redação da portaria
441/2009 (POP 001/2009), conforme disposto no item 5, dedicado
aos Procedimentos:
“5.9 No caso de adolescente surpreendido na prát ica de ato inf rac ional , deverá ser o mesmo encaminhado para o Dist r i to Pol ic ia l cuja autor idade or ientará os demais encaminhamentos, observadas as or ientações anter iores nos casos da Ass istênc ia Soc ia l ou Saúde;”
31
Ou seja, na verdade o agente da GCM tem o dever de
encaminhar o adulto que prat ica ato il ícito, ou o adolescente que
esteja cometendo um ato infracional a um distr ito policial, onde a
autoridade competente determinará o correto atendimento.
A atuação dos integrantes da GCM na proteção de pessoas em
situação de risco se encontra estabelecida no art. 23 da Lei
14.879/2009, que estabelece ao GM ações de segurança urbana. O
Decreto 50.448/2009 define técnicas e atribuições.
E no mesmo sentido está a decisão do Superior Tribunal de
Justiça (STJ):
“A Guarda Munic ipal uma pol íc ia adminis trat iva, com funções previs tas no ar t .144, § 8º da Cons t i tu ição da República, sendo o del i to de natureza permanente, pode e la efetuar a pr isão em f lagrantes e a apreensão de objetos do cr ime que se encontrem na posse do agente inf rator, nos termos do ar t . 301 do CPP.” (HC109592/SP).
Além da legislação pertinente, autores e juristas apresentam
argumentos pretendendo esclarecer a questão da competência das
guardas municipais e do poder de polícia dos seus servidores.
Cretella Jr. (1989) indica que as atividades da Guarda
Municipal e da Polícia Mil itar na verdade são paralelas, e não
conflitantes. Ambas as organizações têm como dever fundamental
combater o crime. Telles (1996) compreende que a polícia municipal
é a legítima polícia comunitária. Ainda para a autora, a GM deve ser
transparente, inclusive colaborando com a f iscalização a ser exercida
pela sociedade.
Moraes (1995) comenta que se os problemas se manifestam no
município, deve uma moderna polícia municipal prestar um bom
serviço, identif icando-se com a população, expondo sua legalidade e
just if icando-se econômica, polít ica e socialmente.
Soares (2013) conclui que:
“Se a segurança públ ica é interesse local, não é, evidentemente, in teresse exc lus ivo do Municíp io, nem é interesse pr ivat ivo da local idade, mas se manifes ta d ireta e imediatamente na v ida munic ipal, logo os Municíp ios tem uma responsabi l idade com o serviço de segurança públ ica como qualquer outro serviço públ ico. ”
Apesar de tais interpretações, relativas ao disposto no Art.144
da CF/88, e mesmo com a adição de inúmeros disposit ivos
32
pertinentes ao assunto, é certo que a base dos conflitos envolvendo
a atuação da GM esteja realmente na falta de uma lei federal
definit iva que imprima uma clara identidade à corporação.
Ainda quanto às competências da GCM/SP estabelecidas com o
intuito de padronizar sua atuação junto à população, dentre os 31
parágrafos do art. 1º do Decreto 50.525/2009 promulgado pelo então
prefeito Gilberto Kassab, é possível destacar:
I - respeitar a dignidade humana, a c idadania, a just iça, a legal idade democrát ica e a coisa públ ica ;
[ . . . ] V - por tar armamento, munição ou equipamentos autor izados e
não d isparar arma de fogo ou fazer uso de qualquer outro t ipo de armamento desnecessar iamente;
[ . . . ] VI I I - ac ionar a centra l de rádio e seus super iores caso
necess ite de apoio decorrente de f lagrantes ou demandas que entenda re levantes;
[ . . . ] XVI II - comportar -se de forma a não maltratar pessoa det ida
ou sob sua guarda ou responsabi l idade, bem como não permit ir que os det idos conservem em seu poder objetos não permit idos;
XIX - l iberar pessoa det ida ou d ispensar parte da ocorrênc ia somente com atr ibuição legal;
[ . . . ] XXIV - ze lar pela economia do mater ia l do Munic ípio e pela
conservação do que for conf iado à sua guarda ou ut i l ização; ”
Nas citações acima se observa que o município espera que o
GCM realize detenções em casos de f lagrante delito, sem maltratar a
pessoa detida, e respeitando a dignidade humana, a cidadania, e a
just iça.
Já o conteúdo do art. 3º do referido diploma se destina às
atribuições do cargo de GCM 3ª Classe, servidor que efetua
constante patrulhamento junto à população. Dos 13 parágrafos, o
presente estudo ressalta o §1º, o qual esclarece que cabe ao guarda,
em primeiro lugar, a proteção cidadã, de forma preventiva e
ostensiva.
Uma leitura rápida pelo diploma já perm ite entender que deve o
GCM se preocupar com praticamente todos os espaços do município,
ressalta-se, protegendo tanto o patrimônio, assim como o agente
público e as pessoas em situação de risco.
33
O art. 3º do Decreto 50.525/2009 também ordena a prevenção e
repressão a ações predatórias e procedimentos irregulares, assim
como a dil igência em relação a grupos vulneráveis ( idosos, crianças
e adolescentes, entre outros), protegendo-os contra atos de violência
e afastando-os de locais impróprios e/ou de risco.
A Portaria 105/2010 da SMSU, responsável por regulamentar o
programa de proteção às pessoas em situação de risco, acrescenta
que deve o GCM diminuir e evitar a permanência de pessoas em
situação de risco em vias e áreas públicas da cidade e em locais
impróprios, abordando-as e encaminhando-as.
Já a Portaria 441/09 aprova o Procedimento Operacional
Padrão (POP) 001/2009 (Anexo 4), cujo conteúdo estabelece
condutas e medidas de proteção à criança e ao adolescente. A
abrangência da aplicação da Portaria 441 inclui não somente as
crianças e adolescentes em situação de rua, drogadição exploração
sexual e trabalho escravo, assim como as que estão em conflito com
a lei ou em prática de ato infracional.
A Portaria 441 inclui diretr izes objet ivas:
4.4 A adminis tração públ ica e part icularmente a GCM tem também o dever de proteger e zelar pelo bom uso do espaço público, do patr imônio públ ico, coib indo atos de vandal ismo, depredações e outros que caracter izam a desordem urbana e que favoreçam a v iolênc ia e a cr iminal idade.
Vê-se acima que a Lei espera do GCM ações capazes de
prevenir e impedir atos que levem à violência ou criminalidade.
O POP 001/2009 instrui os procedimentos básicos em caso de
resistência do adolescente infrator, onde desautoriza qualquer t ipo
de agressão, apenas o uso progressivo da força física conforme a
necessidade.
Além de exigir prof issionalismo e respeito do servidor da GCM,
a Portaria 441 também ressalta detalhes no atendimento às crianças
e adolescentes, como o procedimento para a identif icação do detido,
o que fazer com seus objetos pessoais, a quem informar as
ocorrências, entre outros. No capítulo a seguir, observa -se o
34
procedimento frente a crianças e adolescentes e situação de risco
e/ou vulnerabilidade, e aqueles em conflito com a Lei.
É certo, conforme Mariano (2004), que a f i losofia de
policiamento preventivo e comunitário apregoada por novas regras,
estrutura, códigos, e até pelo conceito de gestão part icipativa
integrada, precisam ser assimilados por todos os integrantes da
inst ituição, desde a base até os setores superiores de comando.
4.3 Observações Quanto à Atuação da GCM
Certamente, o vácuo deixado pela falta de arcabouço jurídico
em esfera federal enseja contradições relat ivas a algumas ações da
GCM, mesmo que legit imadas por leis, decretos ou portarias
estaduais e municipais.
Um exemplo de tais objeções legais se extrai da ação civi l
pública (processo 3VFP-0029468-30.2012.8.26.0053) promovida pelo
Ministério Público (MP) contra a Prefeitura Municipal de São Paulo ,
contestando a ação da GCM no Largo São Francisco, conhecida
como “Operação Espantalho”.
A referida operação ocorreu em 09 de setembro de 2012,
iniciada em atendimento a denúncia de pichação do prédio da
Faculdade de Direito do Largo São Francisco, patrimônio histórico
tombado. Na ação, ocorreu a ret irada de moradores de rua que
permaneciam no Largo São Francisco, oferecendo condições para
imediatos serviços de manutenção do espaço públ ico.
Alderon Costa (2012) comenta que na referida operação os
guardas civis metropolitanos expulsaram moradores de rua da frente
da Faculdade São Francisco, no Largo São Francisco.
Por sua vez, a publicação do Instituto Terra, Trabalho e
Cidadania Pastoral (2012), comenta:
“Chama a atenção não apenas o fato de um órgão a que se outorga a proteção do patr imônio do Estado (art igo 144, par . 8o da Const i tu ição Federal de 1988) proceder à real ização de pr isões, a espec ialmente de homens do centro da capi ta l , mas sobretudo o caráter v io lento de sua ação. ( ITCC, p.39, 2012)
No processo o MP alega que a GCM empregou incorreta
abordagem junto aos moradores de rua uti l izando -se de meios
35
violentos, chegando mesmo a ferir o princípio constitucional d a
dignidade humana. O processo ainda está em andamento.
A capacidade para a GCM abordar a população em si tuação de
rua foi, como já se observou acima, pela primeira vez estabelecida
pela Lei Municipal nº 14.879/2009, a qual, por meio de seu art. 23,
incluiu o inciso XI ao artigo 1º da Lei nº 13.866/2004, f ixando a
atribuição de: “atuar na proteção de pessoas em situação de risco,
encaminhando e apoiando as ações sociais, em conformidade com os
programas e ações integradas”.
O ocorrido no Largo São Francisco encontra respaldo na
recente Portaria 105/2010 da SMSU, que impõe ao GCM a
responsabil idade em diminuir e evitar a permanência de pessoas em
situação de risco em vias e áreas públicas da cidade e em locais
impróprios.
O processo aponta a existência de ordens superiores
orientando os GCMs a impedir a presença de cidadãos em situação
de rua em determinados per ímetros da cidade.
O promotor entende que a GCM exerceu atividade de caráter
social, no caso, abordagem e encaminhamento da população de rua,
ato que não se coaduna com as atribuições constitucionais criadas
para a entidade.
Ao longo do processo do MP, cita-se que o disposit ivo
constitucional (art. 144, §8, CF/88) l imita os guardas municipais à
proteção de bens, serviços e instalações municipais .
Em relação ao art. 144, § 8º da CF/88, o Portal da Guarda Civi l
(2009) atesta que, mesmo sendo realizada uma interpretação l iteral,
gramatical, da referida Lei, o GCM pode exercer proteção à pessoa
se a incolumidade pública est iver sendo vulnerada, e acrescenta que
o município tem responsabilidade em atuar contra algo que perturba
os munícipes.
Em defesa dessa atuação encontra-se na Matriz Curricular para
Guardas Civis Metropolitanos, publicada pelo SMSU: “É pelo t ipo de
tratamento dado a estas situações (conflitos), a mediação, que a
36
Guarda Municipal vai se diferenciar das missões próprias da Polícia
Militar e af irmar a sua identidade” (Portal da Guarda Civil , 2009).
Ou seja, a GCM e a Polícia Mil itar se dist inguem pela
responsabil idade da primeira em resolver situações de conflito
empregando a mediação, sempre que possível.
Para Soares (2013), os problemas começam realmente com o
Art. 144 da CF/88, cujos supostos equívocos e falhas são apontados
por diversos estudiosos do tema. Cita o autor que as instituições
policiais não foram reformadas após o f im da Ditadura , e que a
polícia ferroviária federal não tem atualmente importância real que
just if ique ser ela legalizada no texto da Constituição Federal,
podendo ter sido regulada por lei federal.
Ademais, continua Soares, o Senado Federal, Câmara dos
Deputados e casas legislat ivas constituem suas próprias polícias
internas, mesmo não sendo contempladas no Art. 144 da CF/88.
Coube também às constituições estaduais preencher lacunas
deixadas pela CF/88 criando, por exemplo, polícia penitenciária,
metroviária, técnica, entre outras. E tudo indica que:
“ ( . . . ) submet ido aos lobbies corporat ivos dos pol ic ia is e à pressão das Forças Armadas, o governo federal ins is te em manter o s istema de duas políc ias estaduais.( . . . ) ins t i tucional izar essa integração num único corpo pol ic ia l é a solução para uma pol íc ia sem adjet ivos, nem mil i tar nem judic iár ia ( . . . ) ” (Soares, 2013, p.45)
Enquanto os GMs de todo o país esperam por uma
regulamentação federal, cidades como São Paulo uti l izam a Câmara
Municipal para sancionar inúmeras leis e decretos, suplementando a
legislação, disciplinando a matéria de baixo para cima.
Tramita Proposta de Emenda Constitucional n° 534,
apresentada no ano de 2002 pelo senador Romeu Tuma que
acrescenta para as guardas municipais a competência de cuidar de
suas populações, além dos espaços públicos.
37
5. O ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI E A GCM
Cientes que a GCM é acionada pelo cidadão , comumente pelo
número telefônico 153 (Central de Telecomunicações), para atender
ocorrências que também envolvem crianças e adolescentes, a seguir
descreve-se o procedimento do sistema, aproveitando a experiência
deste servidor à frente do citado departamento.
A CETEL – Central de telecomunicação e vídeo monitoramento
da GCM/SP, tem como objetivo atuar de forma integrada com imputs
ativos e passivos, permit indo tomadas de decisões e intervenções
rápidas, ana l isando as “não conformidades”, encaminhando/
despachando o pedido da ação necessária através do sistema
operacional ou da telefonia para as unidades operacionais, agentes,
viaturas, ou outros órgãos e instituições a quem comp ete o
saneamento do feito.
A Central possui três setores:
I – Central de vídeo monitoramento ou vídeo proteção: desde
2006 em operação, a central de vídeo monitoramento da GCM inic iou
com 35 câmeras, e hoje se visualizam 1.400 pontos, abrangendo o
centro expandido da cidade e locais estratégicos e de interesse
público, protegendo parques, praças, cemitérios, e scolas, ruas e
locais de grande movimentação de veículos e pessoas O objetivo é
atuar dentro dos programas determinados e colaborar com os demais
órgãos de segurança da cidade, assim contribuindo com a segurança
pública.
A Central de vídeo proteção está integrada com a central de
vídeo monitoramento da Policia Mil itar, compartilhando ou
visualizando, alem das câmeras da PM, as de outros órgãos, como
SPTrans, CET, Defesa Civil, e ainda com termo de cooperação com a
iniciat iva privada.
A central ut i l iza câmeras Dome com resolução de 4 CIF’s , a 30
quadros por segundo, Agent VI (Vídeo Inteligente), e software
38
programado para detectar “não confo rmidades” (ações e atos
infracionais), capaz de disparar sinais de alerta para o operador.
II – Central de atendimento – Call Center 153: A Guarda Civi l
Metropolitana passou a contar em 2008 com uma central de
atendimento pelo numero 153, integrada ao sistema da Policia Militar
(190), e Prefeitura da cidade de São Paulo (156), com vistas a se
unir progressivamente aos demais órgãos públicos. A central é
equipada com 22 cabines de atendimento com capacidade de
120.000 chamado/mês, onde se efetua encerramento de ocorrência,
elaboração de relatórios e execução da proteção telefônica em
postos municipais.
O Call Center prioriza o atendimento das demandas
relacionadas aos seis programas da GCM: 1 – Proteção Escolar, que
atua na segurança e proteção aos docentes e discentes da s
unidades, e na segurança do perímetro escolar no município; 2 –
Proteção Ambiental, atua na segurança e proteção dos parques,
áreas de interesse ambiental da cidade; 3 – Proteção ao Patrimônio
Público, atua na segurança e proteção de bens, instalações, e
equipamentos públicos, priorizando os municipais, como centros
esport ivos, culturais, de saúde, pontes, cemitérios, e monumentos; 4
– Proteção de Agentes Públicos, atua na proteção integrando-se com
os agentes públicos em suas atividades ou ações de f isca lização,
CONTRU, PSIU, SMADS, SPTrans, f iscais da prefeitura , Limpurb,
entre outros; 5 – Proteção do Espaço Público e Combate ao
Comércio Irregular, atua inibindo o comércio desregulamentado e o
uso e ocupação irregulares dos espaços públicos, orientando quanto
às posturas municipais adequadas; 6 – Proteção a pessoas em
situação de rua e risco, atuando como agente promotor de direitos,
orientando e encaminhando pessoas para os serviços da rede de
proteção da municipalidade e serviços especial izados, sobretudo
crianças e adolescentes. As demandas que chegam através da
central de atendimento 153 são resolvidas pela atuação direta dos
agentes da GCM, ou encaminhas para os órgãos parceiros.
39
O Call Center possui tecnologia digital com monitoramento das
ocorrências e backup dos atendimentos efetuados. Os prof issionais
empregam procedimentos operacionais padrão, com agentes
(bi l íngües) devidamente treinados em mediação de conflito.
III – Central de Radiocomunicação e Despacho: A central de
radiocomunicação possui sistema de radio transmissão, cobrindo
100% da área da cidade de São Paulo, com equipamentos de
transmissão digital e criptografada, servidores e repetidoras
redundantes, com plataforma expansível e modular. As viaturas são
equipadas com GPS (sistema de rádio navegação via satélite), e o
efetivo a pé leva consigo rádios Ht’s de comunicação digital e
criptografada.
A Central de rádio/despacho possui sete (07) cabines
operacionais e duas (02) de supervisão, cuja tecnologia proporciona
rapidez e confiabil idade para o atendimento da demanda,
aperfeiçoando o tempo de pronta resposta. Os prof issionais são
capacitados e treinados após uma seleção do perf i l adequado.
As demandas são oriundas da: Central de vídeo monitoramento,
Call Center 153, SIOPM, Policia Mil itar ou das próprias viaturas e
agentes da GCM em suas atividades na rua.
Independente da origem da demanda, se o agente da GCM
chegar ao local e se deparar com uma situação de possível infração,
deve ele fazer a aproximação, abordagem e revista pessoal
minuciosa, se for o caso. Posteriormente, o agente precisa efetuar os
encaminhamentos necessários seja para o Centro de Referência da
Criança e do Adolescente (CRECA), o Centro de Referência
Especializado de Assistência Social (CREAS), o Centro de
Referência de Assistência Social (CRAS), a Assistência Médica
Ambulatorial (AMA), o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), o
Distr ito Policial ou para o Conselho Tutelar.
Por padrão, a equipe de patrulhamento da GCM/SP é composta
por 02 prof issionais, que por vezes precisa atender uma ocorrência
em que está presente número superior de possíveis contraventores,
diminuindo sua capacidade, de efetuar uma abordagem qualif icada.
40
Desse modo, por vezes o GCM acaba se vendo obrigado a agir
fora do padrão que a sociedade deseja . A energia aplicada pelo
agente ao se envolver em determinadas ocorrências pode ultrapassar
o limite razoável, conforme a situação exigir .
A freqüência em que o agente enfrenta tal situação pode ser
constatada pelo número de casos definidos como desacato , abuso de
autoridade, ou lesão corporal cont ra o GCM, relacionados no cap.
5.1.
Para melhor descrever o procedimento empregado por agentes
da GCM em situações diversas, são resumidos a seguir três registros
de ocorrência cedidos pela corporação, sem a indicação de detalhes
com o intuito de preservar as partes envolvidas:
1 – Unidade Casa Verde – 22/08/2012 – Policiamento à pé;
guarnição do programa de Proteção Escolar - Duração da ocorrência:
06h. Bairro: Vi la Nova Cachoeirinha. Localizados em posto de
policiamento f ixo defronte à escola municipal Professor Gilberto
Dupas, os servidores foram avisados pela diretora da mesma sobre
possibil idade de agressão entre alunas. Os GCMs foram ao local
(uma agente feminina e um agente masculino) . A mãe da aluna
surgiu e, descontrolada, ameaçou a diretora da escola. A citada
aluna causou danos a patrimônios da escola (bebedouro e
computador), além de desferir golpes contra outra aluna . Também
agrediu a inspetora e um professor, que não quiseram registrar
ocorrência. A atuação dos GCM’s no tipo de policiamento f ixo ,
(preventivo) evitou um mal maior, sendo necessária a contenção e
encaminhamentos das partes ao distrito policial, bem como para o
exame de corpo de deli to. Os outros part icipantes foram
encaminhados à delegacia a f im de registrar a ocorrência, na 4ª sec.,
onde a infratora f icou privada de liberdade . Esta unidade escolar não
sofreu interrupção de suas aulas, e por um período a GCM
permaneceu com policiamento f ixo a f im de atender o anseio dos
pais, alunos, e servidores do estabelecimento.
2 – Unidade Casa Verde – 30/08/2012 - Policiamento em
viatura; guarnição designada à proteção de patrimônio - Duração da
41
ocorrência: 06h28. Bairro: Cachoeirinha. Solicitada via Cetel a
comparecer a escola municipal Zilka Salaberry de Carvalho, onde
ocorria uma briga de alunos na saída do período matutino. A vít ima,
visivelmente agredida com um soco no nariz, foi conduzida ao pronto
socorro Vila Nova Cachoeirinha, onde se constatou lesão corporal. A
mesma foi conduzida ao 38º DP, onde foi elaborado boletim de
ocorrência. O agressor evadiu do local e não foi localizado pela
guarnição. Nesta situação, podemos registrar que o pronto
atendimento através da chamada 153 - central de telecomunicações -
colaborou na proteção da vítima e na coleta de testemunhas, assim
efetuar uma proteção continuada nesta unidade escolar.
3 – Unidade Casa Verde – 31/08/2012 – Policiamento em
viatura; guarnição do programa de Proteção Escolar - Duração da
ocorrência: 05h38. Bairro: Vila Santa Maria. Servidores foram
acionados via rádio pela base Casa Verde a comparecer em escola
municipal 07 de Setembro, pois populares desejavam invadir o local
a f im de localizar dois pintores que realizavam reforma na mesma,
acusados de aliciar uma estudante. Ambos, maiores de idade, foram
localizados no interior da escola . Uma testemunha confirma os fatos
narrados pela menina: ambos a importunaram, chegando a abraçá -la
pela cintura, mas sem passar as mãos pelo seu corpo. Os dois
suspeitos foram conduzidos à Central de Flagrantes 4ª Sec. Neste
caso as art iculações comunitárias, juntamente com a pronta resposta
das equipes da GCM, colaboraram para o resultado, onde a vit ima foi
prontamente assist ida, e os infrato res detidos e encaminhados para a
delegacia de polícia.
O ECA precisa ser um orientador para diversas atuações do
GCM. Como exemplo, Araújo (2010) indica que a detenção em
f lagrante do adolescente é regulada pelo ECA, no Título VI, Capítulo
III, seção V.
Segundo o art. 172 do ECA, o adolescente apreendido em
f lagrante ato infracional deverá ser encaminhado, adequada e
condignamente, à autoridade policial competente. Inexistindo órgão
42
especializado, no caso na área de patrulhamento dos integrantes da
GCM, deverá o adolescente ser apresentado ao delegado comum.
Porém:
“A pr imeira medida de praxe é levar o adolescente inf rator ao Ins t i tuto Médico Legal . Is to garante os d ire i tos do adolescente, mas também ao pol ic ia l que o apreendeu.” (Conselho Nac ional dos Dire itos da Cr iança e do Adolescente, 2013)
Um detalhe inst ituído pelo ECA no Título III, Capítulo II, art .
106, § único, deve ser observado pelos agentes da GCM no
cumprimento de seu dever: “O adolescente tem direito à identif icação
dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca
de seus direitos.”
Defende-se aqui que a GCM sempre exerça ações ef icazes,
capazes de garantir a segurança pública, sem deixar de respeitar os
direitos expressos pela CF e ECA em relação às crianças e
adolescentes, observando como referência os papéis impostos pelo
Sistema de Garant ia de Direitos.
A atuação de todos os atores do SGD se revela cada dia mais
urgente, como é o caso da GCM, que convive diariamente com
crianças e adolescentes expostos a situações de risco, e/ou em
situação de rua, muitas vezes vítima/vit imizadora, sofren do
indignidades e/ou cometendo atos infracionais.
Adiante são tabulados alguns relatórios de ocorrências
perpetradas por crianças e adolescentes, atendidas por servidores
da GCM, procurando assim i lustrar : a situação em que se encontram
inúmeros adolescentes do município de São Paulo , e; as dif iculdades
enfrentadas pelos agentes da GCM nessas intervenções.
5.1 Relatórios da GCM/SP de Ocorrências Cometidas por
Crianças e Adolescentes
A seguir, são exibidas tabelas que revelam informações sobre
ações tomadas por guardas civis metropolitanos na cidade de São
Paulo em relação a adolescentes em conflito com a lei. Os dados
foram obtidos diretamente de registros efetuados pela GCM.
43
Muitas ocorrências foram atendidas por GCM’s que patrulhavam
a cidade da São Paulo e então se depararam com crianças e /ou
adolescentes prat icando atos infracionais .
O que se pode perceber de imediato é a grande quantidade de
autuações registradas em curtos períodos de tempo, fato que indica
a necessidade da participação da GCM.
Tabela 1 - Planilha de atos infracionais - Fevereiro/2012
RDO NATUREZA IDADE VITIMA UNIDADE DP RESPONSÁ
VEL OBS
74 Dirigir Sem Habilitação
16 Anos
IR-MB /
COS 47º
Mãe
75 Ocorrência com Entorpecente
16 Anos
IR-R25 /
COC 3º Genitora
76 Roubo 17
Anos
IR-CS / COS
101º
Fundação Casa
apreenssão de uma arma
calibre 38, marca
Taurus, oxidada de numeração
raspada
76 Ameaça 16
Anos
IR-IP / COOC
16º
Genitora
78 Localização / Apreensão de Objeto
15 Anos
IR-CS / COS
101º
Pai
16 ependorfs
de cocaína, 16 pedras de crack e
14 trouxinhas
de maconha
84 Lesão Corporal 16 e 17 Anos
J.CM. S IR-CL / COS
89º
Educador do Abrigo
88 Roubo Ambos
17 Anos
IR-R25 /
COC 8º
Fundação Casa
88 Desobediência / Desacato
14, 15 e 17 Anos
IR-VP /
COL 49º
Responsáveis
89 Lesão Corporal / Furto
15 e 16 Anos
IR-FÓ / CON
20º
Responsáveis
92 Furto 15
Anos
IR-AS / COS
26º
Responsável
92 Roubo em Estabelecimento Comercial
15 e 16 Anos
IR-EM /
COL 24º
Fundação Casa
94 Porte de Entorpecente
17 e 16 Anos
IR-LA / COOC
49º
Responsável e
Fundação
44
Casa
94 Receptação 16
Anos
IR-IT / COL
50º
Mãe
94 Lesão corporal / Desacato
17 Anos
C.H. R.S. (16 anos)
IR-PE / COL
10º
Vara da Infância e
da Juventude
96 Injuria / Desacato 17
Anos
IR-VM / COOC
26º
Fundação Casa
98 Roubo Ambos
15 Anos
L.. B. SS. (13 anos)
IR-R25 / COC
8º Fundação
Casa
102 Entorpecentes 17
Anos
IR-CT / COL
53º
Responsável
04 pinos de cocaína, R$ 40,00 reais em
espécie, 40 frascos de plásticos
vazios para acondicion
ar lança perfume, 30 pinos vazios
104 Roubo Tentado 16 e 14 Anos
IR-R25 /
COC 8º
Fundação Casa
106 Dano 11 e 15 Anos
IR-SM /
COL 49º
Mãe e Fundação
Casa
108 Tentativa de Roubo
IR-CL / COS
37º
Apreensão do revolver
de brinquedo
114 Arma de Fogo / Roubo Veiculo
16 Anos
IR-PJ / CON
33º
Fundação Casa
Apreenssão de uma replica de
pistola automática
115 Furto 16
Anos
IR-CA / COS
101º
Apreendido
116 Lesão Corporal Culposa / Furto
14 Anos
IR-LA / COOC
91º
Fundação Casa
117 Porte e Uso de Entorpecente
13 e 12 Anos
IR-VP /
COL 31º
Mães
Fonte: Segurança Urbana – GCM.
Tabela 2 - Planilha de atos infracionais - Abri l/2012
RDO NATUREZA IDADE VITIMA UNIDADE DP RESPONSÁVEL OBS
188 Uso de entorpecentes
15 Anos IR-EM /
COL 63º Mãe
188 Roubo 17 Anos IR-EM /
COL 26º Fundação Casa
45
188 Dirigir sem Habilitação
16 e 14 Anos
IR-EM /
COL 24º Responsáveis
190 Injuria / Vias de fato
IR-BT / COOC
8º Mãe
192 Direção de veiculo sem habilitação
15 Anos IR-VP /
COL 31º Pai
192 Ameaça 13 Anos IR-IQ / COL
49º Fundação Casa
192 Roubo / Formação de Quadrilha
16 Anos IR-FÓ / CON
20º Hospitalizado
Troca de tiro com a GCM
196
Direção de veiculo sem habilitação / Apreensão de Veículo
17 Anos IR-PE /
COL 24º Mãe
202 Furto Qualificado 16 e 17 Anos
IR-R25 /
COC 8º Fundação Casa
203 Lesão Corporal 10 e 14 Anos
IR-IP / COOC
26º Mãe e Prima
204 Receptação 17 e 16 Anos
IR-PR / CON
91º Mães
208 Roubo / Formação de quadrilha e ou bando consumado
IR-FO / CON
20º
216
Localização e Apreensão de Veículo / Usurpação de Função Pública
16 e 14 Anos
IR-SM /
COL 49º Mães
218 Ameaça IR-VP /
COL 31º Mãe
220 Roubo 17 Anos O. K. L. D.
S. (13 anos)
IR-PJ / COOC
91º
228 Tráfico de Entorpecente
13 Anos IR-SA / COS
26º Genitora
230 Dirigir sem habilitação/Direção perigosa
15 Anos IR-PR / CON
91º Mãe
233 Roubo IR-SM /
COL 50º Fundação Casa
233 Furto 13 e 14 Anos
IR-CL / COS
89º Responsáveis
236 Furto 16 e 14 Anos
IR-VP /
COL 49º Responsável
242 Uso e tráfico de Entorpecente
16 Anos IR-CA / COS
91º Fundação Casa
Fonte: Segurança Urbana – GCM.
Tabela 3 – Planilha de atos infracionais - Novembro/2012
RDO NATUREZA IDADE VITIMA UNIDADE DP RESPONSÁVEL OBS
620 Lesão corporal 15 Anos IR-PR / CON
46º Liberado
46
620 Roubo 15 e 17 Anos
E. O. F. (15 anos)
IR-LA / COOC
91º Responsáveis
622 Roubo 15 Anos IR-CP / COC
2º Fundação Casa
624 Furto 14 e 13 Anos
A. C. L. (15 anos)
IR-PJ / CON
87º Genitoras
624 Lesão corporal 13 Anos IR-PJ / CON
20º Responsável
625 Entorpecente Droga para Consumo Pessoal
15 Anos IR-MO /
COC 31º Responsável
625 Lesão Corporal M. A. S. IR-PJ / CON
74º Dispensados
625 Veículo Localizado
15 Anos IR-EM /
COL 63º Mãe
628 Ameaça 17 Anos IR-BR / COC
2º Responsável uma faca
de cozinha
628 Lesão corporal 13 Anos IR-VP /
COL 41º
628 Dano ao Patrimô-nio Público
13 Anos IR-CS / COS
11º Responsável
629 Furto de Celular 13 Anos L. B.de S.
S. (17 Anos)
IR-AP / COC
2º Curador
630 Entorpecentes Ambos 17 Anos
IR-CP / COC
2º Fundação Casa
631 Veiculo Localizado
15 Anos IR-MP /
COL 63º Padrasto
640 Localização e Apreensão de Objeto
15 e 17 Anos
IR-MP /
COL 63º Responsáveis
dois simulacros de arma de fogo
calibre.40
640 Dano ao Patrimô-nio Público
17 Anos IR-CP / COC
2º Responsável
640 Tentativa Furto IR-PE /
COL 10º Responsável
641 Dano ao Patrimô-nio Privado
16 e 18 Anos
IR-CP / COC
DPPC Dispensados
643 Ocorrência com Entorpecentes
17 e 16 Anos
IR-SM /
COL 49º Responsável
647 Roubo 17 Anos P.H.P. e W. P. da
C.
IR-MO / COC
31º Fundação Casa
01 simulacro de uma pistola
648 Desacato e Dano Qualificado
17 Anos IR-GN /
COL 68º
651 Ocorrência com Entorpecente
16 Anos IR-SÉ / COC
1º Curadora
651 Furto 10 anos IR-PJ / CON
3º Genitora
653 Perturbação do trabalho ou do sossego alheio
13, 14 e 15 Anos
IR-VP /
COL 49º Responsáveis
654 Direção de Veículo Sem Habilitação
16 Anos IR-SM /
COL 49º Mãe
656 Desinteligência 15 Anos IR-MO / 57º Responsável
47
COC
656 Furto 12 e 14 Anos
IR-SA / COS
11º Genitoras
658 Lesão Corporal 15, 16 e 17 Anos
IR-BR / COC
2º Liberados
659 Dano Material 14 Anos IR-MP /
COL 63º Genitor
661 Lesão Corporal 11 e 14 Anos
IR-IQ / COL
32º Responsáveis
662 Roubo 16 Anos E. M. C.
(12 anos) IR-IPI / COOC
26º Responsável
662 Furto 15 e 13 Anos
IR-CL / COS
89º Fundação Casa
662 Roubo 16 Anos ICAM / COC
8º Fundação Casa
663 Lesão Corporal 12 Anos IR-VP /
COL 31º Genitora
664 Roubo 12 Anos IR-BR / COC
2º Apreendido uma faca
de cozinha
667 Simulacro de arma de fogo
Todos 12 Anos
IR-CS / COS
101º Responsáveis
um simulacro de arma de fogo e
04 munições de festim
668 Lesão corporal 15 e 14 Anos
IR-CL / COS
89º Responsáveis
668 Ocorrência com Entorpecente / Trafico
17 e 16 Anos
IR-CP / COC
2º Liberados
670 Apreensão de Objeto / Não Criminal
Todos 17 Anos
IR-PJ / CON
91º Responsáveis
670 Desacato 16 Anos IR-PE /
COL 63º Mãe
670 Apreensão de Adolescente
Ambos 17 Anos
IR-AP / COC
78º Fundação Casa
Fonte: Segurança Urbana – GCM.
5.2.1 Resultados
Nas páginas anteriores estão tabuladas as 86 ocorrências
envolvendo a GCM, crianças e adolescentes na cidade de São Paulo
nos meses de fevereiro, abril e novembro de 2012. A pequena
amostra revela três meses de 2012 escolhidos aleatoriamente , de
forma que não se dê preferência a períodos de maior ou menor
número de atendimentos, ou que sejam mais relevantes por sua
gravidade, entre outros, mostra os t ipos de ocorrências, envolvendo
48
somente crianças e adolescentes em atos infracionais, motivando a
intervenção da GCM.
A maioria das autuações foi apresentada pelo Comando
Operacional Leste (30). Acompanhe no gráf ico a segui r a distr ibuição
geográfica dos registros. Acompanhe a seguir resultados mais
detalhados.
Gráfico 1 – Ocorrências: distr ibuição por unidade
30
20
15
12
9
Leste Centro Sul Norte Oeste
Dentre as ocorrências realizadas pelos integrantes da GCM
encontra-se todo o tipo de ato infracional. Desde desacato, passando
por furto, roubo, receptação, uso e tráf ico de entorpecente, lesão
corporal, formação de quadri lha, entre outros.
Quanto à natureza dos atos infracionais, registra -se:
Roubo – 18;
Lesão Corporal – 14;
Furto – 12;
Entorpecente – Porte/Tráf ico 05 – Uso 08;
Dirigir sem habilitação/Direção perigosa – 08;
Dano Material – 06;
Desobediência/Desacato/Injúria/Perturbação – 05;
49
Ameaça – 04;
Receptação – 02;
Formação de quadrilha – 02;
Apreensão – 02;
Usurpação de função pública – 01;
Nota-se que 07 armas apreendidas eram simulacros, uma
inclusive com munições de festim/espoleta, ao passo que 01 arma
apreendida era real, um Taurus calibre 38, empregado em tentati va
de roubo. Das 07 armas falsas, 03 foram empregadas em roubos .
Duas armas brancas – facas – também foram apreendidas, uma em
ocorrência de roubo, outra em ocorrência registrada como ameaça.
A resistência, por vezes, pode se mostrar extremamente
violenta: em um dos casos de roubo com formação de quadri lha (ou
bando consumado), houve troca de tiros com os servidores da GCM.
Dentre os infratores atendidos, 09 estavam entre os 10 e 12
anos de idade, portanto considerados crianças pelo ECA, e 101 deles
tinham entre 13 e 17 anos de idade, os adolescentes. A maior
incidência de atos infracionais ocorreu com adolescentes entre 15 e
17 anos de idade: 75. Vinte das 86 ocorrências levaram o
responsável pelo infrator a Fundação Casa.
Informações mais detalhadas sobre a distr ibuição etária dos
infratores estão expostas no gráf ico a seguir.
Gráfico 2 – Idades dos infratores X quantidade de autuações
50
0
4
8
12
16
20
24
28
10 anos11 anos
12 anos13 anos
14 anos15 anos
16 anos17 anos
Tem-se a acrescentar que, logo quando o(a) GCM chega ao
local da ocorrência, por vezes encontra dif iculdade para estabelecer
um diálogo. Ainda mais se considerarmos que alguns adolescentes
têm ciência da necessidade de uma abordagem diferenciada,
inclusive no uso de algemas.
Alguns números cedidos pela Secretaria Municipal de
Segurança Urbana, relativos às ocorrências registradas no ano de
2012, exemplif icam os problemas citados acima, enfrentados pelo
GCM no atendimento a adolescentes infratores:
Desacato/Ameaça/Resistência/Lesão: 44 ;
GCM ameaçado com arma de fogo: 06;
Atropelamento proposital do GCM: 02;
Ferimento à bala: 01;
Tentativa de subtra ir arma do GCM: 01;
Ataque à viatura: 01.
Ademais, nas delegacias, as autoridades não se sentem
confortáveis para efetuar o atendimento das ocorrências envolvendo
adolescentes, pois quando a situação não exige a privação de
liberdade, a atuação do GCM se resume em solicitar um responsável
para buscar o adolescente. Enquanto isso, o servidor da GCM
51
permanece na delegacia preenchendo documentação referente à
ocorrência. Tal situação, por vezes é frustrante para as equipes da
GCM, e até mesmo para as autoridades envolvidas, como a polícia
civil, por exemplo.
Ainda em muitos casos, pouco tempo após os adolescentes que
cometeram algum ato infracional serem conduzidos à delegacia de
polícia, eles são encontrados nos mesmo locais. Portanto, em
diversas situações, pode o GCM encaminhar o adolescente inúmeras
vezes à autoridade policial , que o mesmo é colocado em l iberdade.
Ademais, a rede de proteção na cidade de São Paulo não
segue um padrão, pois cada região tem seu modelo. Não fora
estabelecida uma carti lha indicando possíveis procedimentos, e
endereços das entidades por região, o que também atrapalha as
atividades.
Porém, existe o Procedimento Operacional Padrão 001 (POP
GCM-001), composto por medidas de proteção à criança e ao
adolescente, cujo conteúdo fora criado pelo autor deste estudo e
homologado pela Portaria 441/09. Infelizmente, tal disposit ivo não
surge como material obrigatório a ser ministrado na formação do
GCM.
Por fatores jurídicos ou sociais, e também por falha na
formação, alguns GCM’s não reconhecem que são integrantes da
rede de proteção do município, e acabam sem saber o que fazer.
Determinados servidores chegam mesmo a "prevaricar", ou seja,
dispensam o adolescente em situação de infração . Mesmo quando a
autoridade de plantão libera o adolescente, o GCM não tem para
onde o levar.
Considerando-se os fatos aqui destacados, f ica claro que a
formação do GCM precisa ser revista, modernizada, principalmente
em relação às ocorrências que ele vivencia em atendimentos
envolvendo adolescentes infratores.
52
6. PROPOSTA DE ALTERAÇÕES NA FORMAÇÃO DO GCM
Com base nas dif iculdades vivenciadas pelos guardas em sua
atuação cotidiana junto aos adolescentes, e também na pouca
formação específ ica proporcionada pelo CFSU em relação aos
problemas que surgem desse atendimento, apresenta-se abaixo uma
proposta simples e certamente ef icaz a ser vinculada à grade
curricular do curso de formação da GCM/SP.
A capacitação, baseada na matriz curricular do Curso de
Formação Específ ico de Capacitação para Guarda Civil (SMSU ),
precisa:
1 – Inserir na íntegra as orientações descritas no POP/GCM-
001 (Portaria 441/09-SMSU), dentre as quais se destacam os
parâmetros divulgados pelo SGD, tornando o estudo do disposi tivo
obrigatório no curso de formação do GCM. Para a alteração, propõe-
se a seguinte redação a ser introduzida no capítulo 3 do referido
documento: “Considerar-se, na ação e encaminhamento, a aplicação
dos instrumentos normativos e mecanismos dispostos pelo Sistema
de Garantia de Direitos (SGD) da Criança e do Adolescente,
observando suas orientações acerca da articulação e integração dos
organismos públicos nos níveis federal, estadual, distr ital e
municipal, assim como da sociedade civil. Devem-se compreender,
prioritariamente, os seguintes eixos: Eixo de defesa – Criado para
cessar as violações de direitos, assim como responsabil izar o autor
da violência. Entre seus principais atores, está a Guarda Municipal;
Eixo de promoção – Refere-se à polít ica de atendimento articulado
dos direitos de crianças e adolescentes, tendo como principais
responsáveis, por exemplo, conselhos de direitos; Eixo de controle -
Responsável pelo acompanhamento, avaliação e monitoramento das
ações de promoção e defesa dos direitos humanos de crianças e
adolescentes, realizados através de instâncias públicas colegiadas
próprias.”;
53
2 – Aumentar a carga horária na discipl ina de Direi tos
Humanos;
3 – Mapear a rede de proteção à criança e ao adolescente ,
quantif icando e qualif icando os serviços por região;
4 – Introduzir cursos de aperfeiçoamento que abordem as
diversas características do tema “adolescente em conflito com a lei ”;
5 – Encaminhar o POP/GCM-001 para a Secretaria Nacional de
Segurança Pública (Senasp), indicando-o como inspiração para
alterações na Matriz Curricular Nacional para a GM.
É possível visualizar a sugestão proposta no Anexo 3, onde a
matriz curricular elaborada pelo CFSU/CP foi adequada somente nas
matérias que entende-se necessárias.
O primeiro passo seria reduzir a quantidade de horas/aula de
tópicos já existentes:
Na matéria Instrução Operacional I, modif icam-se as aulas
de: 1-Técnicas Operacionais, que passariam de 40 h/a para 36 h/a;
2-Util ização e Operação de Equipamentos de Comunicação, de 14
h/a para 12 h/a; 3-Registro de Ocorrências, de 10 h/a para 08 h/a.
Na matéria Tiro Defensivo de Prevenção, as aulas de Prática
de Tiro Defensivo de Proteção à Vida, passariam de 50 h/a para 46
h/a.
Dessa forma propõe-se que, com o saldo de horas/aula
poupado, seja inserida na matéria de Direitos Humanos, aulas de
Conduta no Atendimento a Crianças e Adolescentes Infratores,
contemplando um total de 12 h/a.
Além do que foi proposto acima o presente estudo destaca
também a necessidade do aperfeiçoamento continuado, pois para
atuar em situações naturalmente delicadas, especialmente junto a
crianças e adolescentes, precisa o GCM estar sempre apto a
compreender a extensão de sua complexidade. A formação e o
aperfeiçoamento devem capacitar o servidor a tomar decisões que
sempre promovam os direitos de todos, demonstrando uma cultura de
não violência.
54
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base na interpretação do art. 144, § 8º da CF/88, foi
entendimento no presente estudo que o servidor da GCM não pode
fugir à responsabil idade de proteger o cidadão, assim como a
integridade da incolumidade pública quando esta estiver sendo
violada por atos de terceiros.
O ECA trouxe mudanças fundamentais à legislação dedicada às
crianças e adolescentes, que passaram a ser considerados cidadãos
com direitos garantidos, regidos pela doutrina da proteção integral, e
não mais pelo princípio da situação irregular.
A atuação da GCM/SP junto a adolescentes em conflito com a
lei tem sido orientada pela Portaria 441/09, que aprova o POP
001/2009, que por sua vez regulamenta e instrui as ações a serem
exercidas, inclusive em casos de f lagrante delito.
O SGD, aqui considerado fundamental para que o poder público
seja capaz de promover ações ef icazes junto às crianças e
adolescentes com problemas, corresponde a um conjunto de
princípios, pressupostos e diretr izes que propõem como se deve
organizar um sistema articulado de proteção integral destinado à
criança e ao adolescente. Porém, o sistema ainda não está
devidamente implantado, carecendo ainda de fortalecimento e
estruturação, não só estatal como também social .
Sendo a responsabil idade do CFSU criar uma matriz curricular
alinhada ao SGD e, de forma geral, ao tema adolescente em conflito
com a lei, incluindo tais diretr izes na formação, qualif icação e
aperfeiçoamento dos integrantes da GCM, e de todos os servidores
que participam do SGD, considera-se a proposta indicada neste
estudo como capaz de suprir tal carência encontrada na corporação.
A necessidade da atuação integrada da Guarda Civi l
Metropolitana de São Paulo como prevê o SGD, é relevante pelo fato
de ela representar o principal órgão de execução da polít ica
55
municipal de segurança urbana. Quanto mais presente o SGD,
maiores as chances de as leis serem cumpridas a contento.
As tabelas e gráf icos apresentados com os atos infracionais
cometidos por crianças e adolescentes , e atendidos pela GCM do
município de São Paulo mostram a urgência da situação, uma vez
que em três meses do ano de 2012, oitenta e seis (86) atos
infracionais foram autuados pela GCM.
É fato que é poder/dever de qualquer guarda municipal agir ao
se deparar com um f lagrante delito, seja ele prat icado por adulto ou
adolescente. Afinal, sendo o GCM um servidor dotado de farda e
armamento, não se pode conceber que ele cruze os braços frente a
um crime que esteja sendo consumado.
Entretanto, acredita-se que um posicionamento mais claro
sobre a atuação da GCM na segurança pública virá quando a
Secretaria Nacional de Segurança Pública conceber a
regulamentação prevista no parágrafo 8º do art igo 144 da
Constituição Federal de 1988, publicando lei federal exclusiva que
venha a estabelecer, entre outros, as competências de atuação da
GM, desenvolvendo uma identidade específ ica para os servidores
das guardas municipais.
Revisto tal tema, será promovido o bem estar pessoal e
patrimonial de todos: dos GCM’s, por ter garantidos seus direitos e
estabelecidos seus deveres; da população, que saberá exatamente
como ajudar, e o que exigir de seus agentes municipais.
A segurança pública não é um bônus, ou um mero benefício
oferecido pelo poder público, mas sim um dever Estatal, e acima de
tudo, uma exigência social.
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ANEXOS
57
ANEXO 1 - GCM: GRADE DE TREINAMENTO
58
PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA CENTRO DE FORMAÇÃO EM SEGURANÇA URBANA CURRÍCULO CURSO ESPECÍFICO DE CAPACITAÇÃO PARA CLASSES DISTINTAS JUSTIFICATIVA:
Em atendimento a Lei nº 13.768, de 26 de janeiro de 2004, que dispõe sobre a
organização do Quadro da Guarda Civil Metropolitana – QGC, da Prefeitura do
Município de São Paulo e que instituiu o atual plano de carreira, o Centro de Formação
em Segurança Urbana, CFSU, órgão responsável pelo gerenciamento da política de
ensino da Coordenadoria de Segurança Urbana, apresenta o presente currículo,
destinado a capacitação de servidores titulares de cargos de Guarda Civil
Metropolitano – 1ª Classe, aprovados em concurso de acesso para os cargos de
Guarda Civil Metropolitano – Classe Distinta, observado o disposto nos artigos 14 a 16
da citada Lei.
OBJETIVO GERAL DO CURSO:
Capacitar o aluno para desempenhar, com eficiência, destreza e competência, as
atividades pertinentes à função de Classe Distinta;
Desenvolver habilidades voltadas para a área operacional;
Padronizar conduta, postura e atitude do servidor GCM - Classe Distinta na prestação
de um serviço com qualidade;
Estabelecer um perfil profissional consciente, em prol do interesse público.
OBJETIVOS PARTICULARES DAS MATÉRIAS: Matéria 1 – Administração Pública e Estrutura da SMSU OBJETIVO:
- Capacitar o Classe Distinta a:
Conhecer a estrutura e organização da SMSU e GCM, a fim de ser capaz de
posicionar-se profissionalmente, dentro dos limites de suas competências;
Aplicar as leis, normas e diretrizes administrativas no exercício de suas funções;
Auxiliar o Inspetor no gerenciamento das rotinas administrativas e disciplinares;
Auxiliar o Inspetor, dentro de suas competências, na Gestão de Serviços Públicos
na área de Segurança Urbana.
Matéria 2 – Direitos Humanos e Ações Preventivas OBJETIVO:
- Capacitar o Classe Distinta a:
Rever, aplicar e fazer aplicar os princípios fundamentais de Direitos Humanos,
objetivando a preservação dos direitos básicos e a dignidade da pessoa humana;
Refletir sobre a violação dos Direitos Humanos no âmbito interno da Corporação, a
fim de coibir ações contrárias a este.
Rever, atualizar e aplicar as legislações sociais quanto à proteção à Criança, ao
adolescente à ao idoso.
Matéria 3 – Relações Sociais OBJETIVO:
- Capacitar o Classe Distinta a:
Rever, aplicar e supervisionar para que sejam praticados os princípios
fundamentais de proteção específica quanto às relações de gênero, violência
doméstica, discriminação racial e das portadoras de deficiências;
Refletir sobre as violações que podem ocorrer no exercício profissional, a fim de
evitá-las e coibi-las;
59
Promover a cultura da paz, objetivando a integração da Instituição com a
sociedade paulistana.
Matéria 4 – Legislação Penal OBJETIVO:
- Capacitar o Classe Distinta a:
Rever e reconhecer a posição da Instituição no Sistema Brasileiro de Segurança
Pública;
Rever, atualizar e aplicar a legislação penal, processual penal e o Estatuto do
desarmamento, dentro dos limites de sua competência funcional.
Matéria 5 – Direito Constitucional OBJETIVO:
- Capacitar o Classe Distinta a:
Rever, atualizar e aplicar e fazer com que se aplique os Princípios Constitucionais,
dentro dos limites de sua competência funcional;
Rever, reconhecer e aplicar a Constituição Estadual e a Lei Orgânica do Município,
no que tange a Guarda Civil metropolitana e atendimento do cidadão.
Matéria 6 – Instrução Operacional OBJETIVO:
- Capacitar o Classe Distinta a:
Aplicar técnicas de defesa pessoal e contenção de pessoas quando necessário o
uso da força na atividade da GCM;
Utilizar as armas letais e não letais de uso da GCM, observado o uso progressivo
da força;
Reconhecer, aplicar e fazer aplicar as leis, normas e diretrizes relacionadas ao uso
de armas letais, não letais e força física;
Conhecer, aplicar e fazer aplicar as diretrizes relacionadas ao porte de arma
funcional;
Supervisionar o efetivo sob sua responsabilidade nas questões relacionadas ao uso
de armamento letal e não letal;
Conhecer os procedimentos relacionados ao sistema de comunicação e
monitoramento da GCM;
Conhecer e aplicar as normas pertinentes ao registro de ocorrência atendida pela
GCM;
Conhecer, aplicar e orientar quanto aos princípios de Polícia Comunitária,
promovendo a integração entre a GCM e a comunidade onde atua;
Adotar como postura profissional a promoção dos princípios éticos e morais que
norteiam a Instituição.
Matéria 7 – Programas da GCM OBJETIVO:
- Capacitar o Classe distinta a:
Conhecer, orientar, aplicar e supervisionar os princípios e diretrizes estabelecidas
nos programas da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, relacionados a:
Proteção Escolar, Controle do Espaço Público e Fiscalização do Comercio
Ambulante, Proteção aos Agentes e Patrimônio Público, Proteção Ambiental e
Proteção a Pessoas em Situação de Risco;
Agir de forma conjunta a Defesa Civil, na preservação e proteção das pessoas; Matéria 8 – Postura e Atitude OBJETIVO:
- Capacitar o Classe Distinta a:
Conhecer, aplicar e fazer aplicar os valores e princípios básicos da hierarquia e
disciplina adotados pela Instituição;
60
Conhecer, aplicar e fazer aplicar o Regulamento de Continência. Honra, Sinais de
Respeito e Cerimonial da GCM, valores e princípios básicos da hierarquia e
disciplina adotados pela Instituição;
Auxiliar o Inspetor nas atividades relacionadas a desfiles, formaturas e solenidades
onde haja emprego de efetivo formado;
Aplicar nas atividades diárias os princípios fundamentais de Chefia e Liderança;
Conscientizar-se e promover ações voltadas a qualidade de vida. Atividades Pedagógicas OBJETIVO:
* Aplicação de verificação de aprendizagem com o conteúdo ministrado nas matérias
que compõem o curso;
* Atividades suplementares de palestras, visitas e treinamentos, relacionadas às
funções desempenhadas pelo Inspetor, objetivando complementar as informações de
interesse do curso, não contempladas nas matérias de forma específica. METODOLOGIA:
Aulas expositivas e dialogadas.
Aulas práticas, com ou sem manuseio de equipamentos.
Palestras.
Visitas e Treinamentos.
PÚBLICO ALVO:
Servidores titulares de cargos de Guarda Civil Metropolitano – 1ª Classe, aprovados
em concurso de acesso para o cargo de Classe Distinta observado o disposto nos
artigos 14 a 16 da Lei nº 13.768/04 indicados pela Divisão Técnica de Recursos
Humanos da Coordenadoria de Administração e Finanças, da Secretaria Municipal de
Segurança Urbana.
Alunos por turma - Situação Atual: 56 alunos
Situação Ideal: Mínimo 20 alunos por Turma
Máximo 40 alunos por Turma Nº de Turmas: 01 Turma
Início do Curso: 01/02/2010.
Previsão de término do curso: 05/04/2010. RECURSOS MATERIAIS:
Retro-projetor;
Data-Show;
Vídeos-DVD’s;
Videos Institucionais;
Apostilas e Trabalhos Manuais; INSTRUTORES:
Instrutores capacitados, indicados da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, pelo
Coordenador do Centro de Formação em Segurança Urbana ou pelo Comando Geral da
Guarda Civil Metropolitana, com formação acadêmica, conhecimentos técnico ou
notório saber.
AVALIAÇÃO APRENDIZAGEM:
O corpo discente será avaliado através de verificações baseadas no rol de matérias,
expressas em notas que variarão de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), aproximadas a décimos e
conceitos, conforme a tabela abaixo:
NOTA CONCEITO
0,0 a 4,9 Insuficiente
5,0 a 6,9 Regular
7,0 a 8,4 Bom
8,5 a 9,5 Muito Bom
61
9,6 a 10,0 Excepcional
CRITÉRIO DE APROVAÇÃO:
Será considerado aprovado o servidor que obtiver em cada matéria, nota igual ou
superior a 7,0 (sete), nos termos do artigo 12 da Portaria nº. 68/2008/SGM.
FREQUÊNCIA MÍNIMA:
Para aprovação no curso, será exigida a freqüência efetiva de no mínimo, 80% da
carga horária do curso (Portaria nº. 68/2008/SGM).
AVALIAÇÃO DOS INSTRUTORES:
O Instrutor será avaliado pelos alunos através de pesquisas de satisfação ao término
do curso, contendo os seguintes critérios;
Domínio dos Conteúdos;
Didática;
Técnicas de Ensino;
Planejamento de Aula;
Pontualidade e Assiduidade. UNIFORME:
De acordo com o Decreto nº 40.001 de 27/10/2000.
Carga horária: 300 horas/ aulas
Local: Centro de Formação em Segurança Urbana
CONTEÚDO:
1.1 - Organograma da SMSU e Estrutura Organizacional da GCM:
Reestruturação da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e da GCM. Apresentação e leitura da Legislação pertinente; (02 h/a)
Discussão, Reflexão e Conclusão; Avaliação. (02 h/a)
INSTRUTOR: INSPETOR --- SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA 04 h/a
1.2 – Conceitos e Princípios do Programa de Qualidade*
Visão atual sobre Gestão; (02 h/a)
Critérios de excelência. (02 h/a)
INSTRUTORA: --- /SMSP 04 h/a
1.3 - Noções de Administração Pública e Recursos Humanos (Legislação GCM, decretos e portarias*)
Concurso Público: Posse e Início de Exercício; Configuração da carreira: Formas de Acesso; Cargo em Comissão: Nomeação, Designação e substituição(04 h/a)
Gratificação de Gabinete; Licenças para tratar de Interesse Particular ( LIP ); Licenças: Nojo, Gala, Paternidade e Gestante; (02 h/a)
Reassunção de Função; Exoneração apedido. (02 h/a)
INSTRUTOR: CLASSE DISTINTA --- DIVISÃO TÉCNICA DE RECURSOS HUMANOS 08 h/a 1.3.1 - Controle de almoxarifado
Legislação; Layout; (02 h/a)
Sistema Supri; (02 h/a)
Requisição de materiais; Controle.(02 h/a)
INSTRUTORA: INSPETORA --- / DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO E LOGÍSTICA 06 h/a
1.3.2 - Administração de Verbas 08 h/a
LEI nº 13.396, de 26 de Julho de 2002 – Criação da Secretaria Municipal de
Segurança Urbana - SMSU. Ações, convênios e parcerias com entidades nacionais ou estrangeiras que exerçam atividades de interesse em segurança urbana. (02h/a)
62
Convênio firmado com o Ministério da Justiça – Secretaria Nacional de Segurança
Pública. Convênio 260/2007 – Implantação do Observatório de Segurança; Convênio
352/2007 – Reestruturação e ampliação do Centro de Formação em Segurança Urbana. (02h/a)
Convênio 226/2008 – Modernização das ações de Segurança Publica na Cidade de São Paulo; Regime de adiantamento: Passos para requisição; Solicitação formal do
Chefe da Unidade para o seu Comando que encaminhará a quem de direito; As requisições formalizadas por: SUPLAN; DML; (02h/a)
Os materiais a serem adquiridos se classificam em: de consumo; Permanente;
Serviços; Especiais e emergenciais de materiais: Assinar a Nota Fiscal e encaminhar
de imediato para o DML, Arquivar uma cópia, Informar a DTAS – Divisão Técnica de Administração e Suprimentos, as ocorrências. (02h/a).
INSTRUTOR: --- / DIRETOR DA DIVISÃO TÉCNICA DE ORÇAMENTOS E FINANÇAS / ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO, ORÇAMENTO E FINANCIAS PÚBLICAS. 1.3.3 - Redação Oficial
Revisão Gramatical (Nova Ortografia); Ofício; Relatório; Correio Eletrônico (e-mail); (02h/a).
Informação; Despacho; Estrutura; (02h/a).
Modelo; Exercícios.(02h/a).
INSTRUTOR: INSPETOR CHEFE DE AGRUPAMENTO ... / COC 1.4 - Corregedoria Geral e Normas Disciplinares
Apresentação, definição do tema: Corregedorias e Normas Disciplinares; Princípios
Constitucionais da ADM Pública; Tipos de Órgãos de controle (Federal, Estadual e
Municipal).Deveres funcionais nos Estatutos dos servidores, Fundamento Legal da
Corregedoria da GCM; Corregedoria e Ouvidora – Diferença; Estrutura da SMSU e CGCM. (02 h/a)
Atribuições da Corregedoria da GCM, Atribuições: Corregedor Geral e Corregedor
Adjunto e das Divisões Técnicas da Corregedoria Geral (DTPCIFD, DTSA e DTPAD).
Suporte Legislativo; Regulamento Disciplinar da GCM (Princípios gerais e Abrangência) Hierarquia e Disciplina; (02 h/a)
Deveres Funcionais do GCM, Direito de Petição, Definição de Infração Disciplinar no
RDGCM, Classificação das Infrações Disciplinares, Sanção Disciplinar, Recursos; Tipos
de Procedimento Disciplinar, Recursos Prescrição da falta Disciplinar e bibliografia Recomendada.(02 h/a)
INSTRUTOR --- / CGGCM 2.1 - Direitos Humanos *(CFSU)
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (abordagemhistórica).(02 h/a)
Os Direitos Humanos e a GCM.(02 h/a)
INSTRUTOR --- / PARTICIPAÇÃO DA COORDENADORIA DE DIREITOS HUMANOS
INSTRUTOR --- / PARTICIPAÇÃO DA COORDENADORIA DE DIREITOS HUMANOS
2.2 – DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS DO CIDADÃO*(CFSU)
Análise do artigo 5º e incisos da Constituição Federal (06 h/a)
INSTRUTOR --- /PARTICIPAÇÃO DA COORDENADORIA DE DIREITOS HUMANOS
INSTRUTOR --- / PARTICIPAÇÃO DA COORDENADORIA DE DIREITOS HUMANOS 2.3 – ESTATUTO DO IDOSO
Defesa dos Direitos Humanos, previstos no Estatuto do Idoso; Conselho do Municipal
do Idoso abrange: Campos no Governo, Habitação, Saúde, Transporte, Assistência Social, Segurança e Cultura. (02 h/a)
Orientação à População Idosa sobre Direitos e Deveres Junto à Administração Pública.(02 h/a)
63
INSTRUTOR: --- / PRESIDENTE GRANDE CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO – COORDENADORIA DO IDOSO. 2.4 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE/POLÍTICAS PÚBLICAS
Breve abordagem sobre juventude; (01 h/a)
Desafios da juventude e garantia de Direitos; (01 h/a)
Vulnerabilidade juvenil; (01 h/a)
Tribos juvenis e o papel da Coordenadoria da Juventude; (01 h/a)
INSTRUTORA: --- / COORDENADORIA DA JUVENTUDE 3.1 – Mediação da cultura da paz*
Os atores Socioambientais do Município de São Paulo; A Cultura da violência X A cultura de Paz; Comunicação não Violente / negociação, diálogo, acordos, etc. (02h/a).
Geração Espontânea de conflitos; o que é conflitos; Identificação e Gestão de Conflitos (02h/a);
Conflitos no contexto da GCM, como lidar com eles. Como proceder no sentido de gerar uma cultura de Paz. (02h/a).
INSTRUTORA: --- / SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E VERDE –UMAPAZ 3.2 – Portador de Necessidades Especiais
Paradigma da Inclusão e Acessibilidade; Pessoa com deficiência (PCD características
e qualidades); Estabelecer correlações entre temas e conceitos já abordados e a
temática da Deficiência, para desmistificar conceitos vigentes e facilitar o processo de inclusão digital; (02h/a)
Tipos de deficiência; Atendimento correto e incorreto; Legislação Referente aos Portadores de Necessidades Especiais (Direitos e Deveres);(02h/a)
INSTRUTORA: --- / ASSOCIAÇÃO PARA DEFICIENTES DA ÁUDIO-VISÃO – ADEFAV 3.3 – Gênero, Discriminação e Diversidade Sexual
Preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação; Conceitos e Composição da Sexualidade; Transformações Sociais; As diferentes Minorias Sexuais; (02h/a)
A Evolução do Movimento LGBT; Atendimento correto à População LGBT;
Legislação. (02h/a)
INSTRUTORES: --- / --- / --- / COORDENADORIA DE ASSUNTOS DA DIVERSIDADE SEXUAL –CADS. 3.4 - Violência Doméstica
Filme “Marcas do Silêncio” – Sensibilizador; (01h/a).
Análise do filme e aula expositiva abordando: Violência – Conceito; Violência Doméstica e Familiar; Enfoque na Violência contra Crianças, Adolescentes e Mulher; (01h/a).
Lei 10.778 de 24/11/2003 e Lei 11.340/2006 (Maria da Penha); (02h/a)
INSTRUTOR: --- / IR – LA 3.5 - Ações Afirmativas De Igualdade Raciais
Responsabilidade Social e a Prática no Brasil; Promoção da verdadeira inclusão social, o amplo e universal respeito aos direitos humanos fundamentais; (02h/a).
Discriminação: papel individual de cada cidadão neste processo;
Relacionamentos (atendimento) e Respeito às regras sociais e ao meio ambiente. (02h/a).
INSTRUTORA: --- / PROFESSORA DA COORDENAÇÃO DA POPULAÇÃO NEGRA – CONAE
64
4.1 - Sistema Brasileiro de Segurança Pública
O ARTº 144 da Constituição Federal; A Estrutura do Sistema Brasileiro de Segurança
Pública; O Sistema único de Segurança Pública – SUSP; (02h/a).
O Papel da GCM na Segurança Pública; Segurança Urbana; Avaliação / Feedback (02h/a).
INSTRUTORES: INSPETORA --- / IR-VM 4.2 - Noções de Direito Penal
Comentários sobre as diferenças entre Apropriação indébita e Peculato (02h/a);
Dos Crimes contra a Liberdade Sexual (04h/a);
Art. 274 – CP corrupção ou poluição de água potável / Crimes contra a Paz Pública (02h/a);
Crimes contra a fé Pública. (Principais Tipos Penais).(02h/a);
Da Falsidade de Títulos e outros papéis Públicos (Principais Tipos Penais) (02h/a);
Crimes Praticados por Funcionários Públicos (Principais Tipos Penais).(02h/a);
INSTRUTOR: INSPETOR --- / CORREGEDORIA GERAL DA GCM. 4.2.1 - Estatuto do Desarmamento
Conceito Histórico da Segurança Pública no Brasil; Criação da GCM; Constituição
Federal de 1988; Direitos Humanos e o Estatuto do Desarmamento (01h/a);
A Lei Federal 10.826/03 – Estatuto do Desarmamento; Decreto nº 5.123/04 –
Regulamentação do Estatuto do Desarmamento; Lei Federal 11.706/06 – altera e
acresce dispositivos a Lei Federal 10.826/03; Portaria nº 365/06 – Departamento Geral de Polícia Federal (1h/a)
Ordem de Serviço nº 001/ Comando/09; Portaria nº 272/SMSU/09 Capacitação Psicológica. (1h/a)
Portaria nº394/SMSU/09 – Uso de armas não Letais; Portaria nº 438/SMSU/09 –
Armas Cauteladas e Empréstimo de Bem Material Móvel – Armamento, munição, algema, colete, gás pimenta e Colete Balístico. (1h/a)
INSTRUTOR: INSPETOR --- / CFSU 4.3 - Noções de Direito Processual Penal ( CFSU)
Princípios Processuais Penais.. (02h/a);
Inquérito Policial. (02h/a)
Das Provas. (02h/a)
INSTRUTOR: --- / CORREGEDORIA 4.4 – Noções de Criminalística (CFSU)
Conceito. (1h/a)
Organização - Superintendência da policia Técnico – Cientifica (1h/a)
Analise Criminalística (1h/a)
Preservação do local do Crime (1h/a)
INSTRUTOR: DRª --- 5.1 – Princípios Constitucionais (CFSU)
Conceito. (02h/a)
Aplicação dos Princípios na atividade diária da GCM. (02h/a)
INSTRUTOR: INSPETOR --- / COC 5.2 - Constituição Estadual e Lei Orgânica do Município (CFSU)
A Constituição Estadual (artigo 1º ao 8º, 139, 144, e 147 ) (02h/a)
Lei Orgânica – Titulo I ( artigo 1º ao 4º ) Titulo 4º (02h/a)
65
INSTRUTOR: INSPETOR --- / COC 6.1 - Técnicas Operacionais
Pesquisa – Tema: Poder de Polícia (01h/a); O Poder de Polícia e o domicílio á Luz da
Jurisprudência do STF (01h/a); Lei 11.343/2006 SISNAD – Art. 27, 28, 31, 32,33
(01h/a); Policiamento – Definição (01h/a);
Legislação Peculiar ao serviço do GCM (02h/a); O papel do graduado: Comandante de
Grupo (01h/a); Prática Operacional (05h/a).
INSTRUTOR: INSPETOR --- / COC / INSPETORA --- / IR – VM 6.2 – Armamento e Tiro Defensivo de Proteção a Vida
Regras Gerais e Específicas; Observação e Cuidados; Tipos de Instrução; Prática no
estande da Teoria. (02h/a); Técnicas de Utilização em veículos de 02 e 04 rodas; alça
de mira, visada, prática em estande da Teoria; Olho visor, visada, silhueta humanóide; (prática). (02h/a); Entrega e recebimento da arma, Observação;
municiando, posição do cabide em pé e agachado (prática). Ação Dupla e Simples, engatilhando e desengatilhando (prática). (02h/a);
Técnicas de saque; empunhadura simples e acompanhamento, acionamento de tecla
de gatilho (prática). (02h/a);
Posição Sul, Alerta; Posições de tiro (em pé); tiro ajoelhado alto e baixo, tiro deitado, barricado, posições isósceles e wiwer. (02h/a); Recarga emergencial;
realimentação tática; troca de munição tática para destros e canhotos; (prática);
Pistas de aplicação; ambientes desconhecidos; progressão em corredores; portas e
janelas; preparo da arma para iniciar o serviço; prática em estande do aprendido. (02h/a); Treino de tiro - adotando-se todo o conhecimento adquirido – 20 tiros; treino
de tiro II – distância de 7 metros – 30 tiros, adotando-se conhecimento adquirido; Aferição de conhecimento teórico. (02h/a) Aferição de habilidade em tiro real – 10 tiros;
Observações finais. (02h/a)
INSTRUTORES: INSPETOR CHEFE REGIONAL --- / IR-MG CANIL / INSPETOR CHEFE REGIONAL --- / IR – SIF. 6.2. 1 – Normas de Segurança para o Uso do Armamento
Apresentação do curso na preservação da vida; Método Geraldi, Definição/ Tipos /
Identificação / Informações / Técnicas de Arma e Munição, Mecanismos de Segurança;
Funcionamento da Arma de Tiro, Nomenclatura, Componentes do Cartucho; cuidados
no manuseio / transporte (de serviço e folga); utilização do armamento: Observação,
Transporte e Utilização em veículos de 04 e 02 rodas; Regras de Segurança dentro das Unidades da GCM e limpeza.(02h/a)
INSTRUTORES: INSPETOR CHEFE REGIONAL --- / IR-MG CANIL / INSPETOR CHEFE REGIONAL --- / IR – SIF. 6.3 – Uso de Armas Não Letais (CFSU)
Conceito de Armas Não Letais.(1h/a)
Uso Progressivo da Força e as Armas Não Letais.(2h/a)
Tipos de Armas Não Letais de Uso da GCM e Legislação Especifica. (3h/a)
INSTRUTOR: INSPETOR --- / IOPE 6.4 – Postura e Ética própria e dos comandados (CFSU)
A correlação entre os aspectos fundamentais da ética e a pratica profissional (2h/a)
Analise e discussão critica a cerca da vocação profissional e da responsabilidade
social do GCM enquanto servidor público(2h/a)
Ética profissional nas relações entre pares e para com os subalternos.(2h/a)
INSTRUTOR: --- / SOP
66
6.5- Registro de Ocorrência
Conceito e finalidade do Registro de Ocorrência. (2 h/a)
Recomendações, histórico e terminologia do R.O. (2 h/a)
Preenchimento do Registro de Ocorrência (2 h/a)
Prática de elaboração do Registro de Ocorrência. (2 h/a)
INSTRUTOR: --- / COORDENADORIA DE PROGAMA DE PROTEÇÃO ESCOLAR. 6.6- Comunicação e Monitoramento
Apresentação da Central de Telecomunicações e Videomonitoramento; Recursos dos
equipamentos e critérios utilizados no planejamento prévio para instalação dos equipamentos (02h/a);
Serviço integrado de monitoramento nas Escolas Municipais, com a PM-SP, com a Defesa Civil e serviço desenvolvido pelo efetivo (02h/a);
Atendimento 153, suas finalidades e objetivos; sistema SIAD – GCM, serviço Integrado de Acompanhamento e Despacho (04h/a);
INSTRUTOR: INSPETOR --- / SUBCOMANDO DA GCM 6.7 -Policiamento Comunitário e Resoluções de Problemas
Conceito de Policia Comunitária; (01h/a);
Relação Comunitária; (02h/a);
Procedimentos Operacionais para policiamento comunitário; (02h/a);
Conceito de crise; (02h/a);
Objetivos fundamentais do gerenciamento de crise; (02h/a);
Elementos operacionais essências: Executivo polícia e negociador; (02h/a);
Princípios básico de negociação.(01h/a);
INSTRUTOR: INSPETORA --- / IR – VM 7.1 – Programa de Proteção Escolar
Atribuições da Coordenação do Programa de Proteção Escolar; Histórico da Proteção
escolar e Implementação do POP 1 – Policiamento Escolar através de Rondas e
Permanências, planejado com antecedência (01h/a); Legislação Geral e Específica;
Exemplificar o preenchimento e Meios de acompanhamento das execuções das
permanências planejadas, através do monitoramento via GPS.
INSTRUTOR: --- / SUPLAN 7.2– Programa de Controle de Espaço Público e Fiscalização do Comercio Ambulante (CFSU)
Planejamento de ações estratégicas de regularização do espaço público e atuação
preventiva para evitar as transgressões da lei e manter as áreas municipais regularizadas e sob domínio do poder público. (06h/a)
INSTRUTORA: INSPETORA --- 7.3– Programa de Proteção aos Agentes Públicos e Patrimônio Público
Atribuições da Coordenação do Programa de Proteção a agentes Públicos e ao
Patrimônio; Histórico da Proteção aos Agentes Públicos e ao Patrimônio Público e atribuições da GCM na Proteção aos agentes e ao Patrimônio Público. (01h/a)
Legislação Geral e Específica, Exemplificar o preenchimento das planilhas de coletas
de dados e Ilustração através de Matérias jornalísticas sobre as condutas e posturas voltada ao tema das aulas. (01h/a)
INSTRUTORES: INSPETORA CHEFE REGIONAL --- / INPETOR SUPLENTE --- / CPPAPPP
67
7.4– Programa de Proteção às Áreas Ambientais
Lei Federal 9.605 – 12 de fevereiro de 1998(Lei dos Crimes Ambientais) “Dispõe sobre as
sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências”. (01h/a)
Decreto Federal 6.514 – 22 de julho de 2008 (Dispõe sobre as infrações e sanções
administrativas ao meio ambiente, estabelecem o processo administrativo federal para
apuração destas infrações). Resolução CONAMA 307 – 05 de julho de 2002 (Estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão da construção civil.). Resolução SMA 41 – 17 de Outubro de 2002 (Dispõe sobre procedimentos para o
licenciamento ambiental de aterros de resíduos inertes e da construção civil no Estado de São Paulo.). (01h/a)
Lei Municipal 10.315 – 30 de abril de 1987 (Disciplina as atividades destinadas ao
recolhimento e disposição dos resíduos sólidos produzidos no Município de São Paulo e
a manutenção do estado de limpeza das áreas urbanizadas.). Decreto Municipal 42.217, de 24 de julho de 2002 (Regulamenta o uso de áreas destinas
ao transbordo e triagem de resíduos de construção civil e resíduos volumosos ( 01h/a)
Lei nº. 13.478, de 30 de dezembro 2002 – artigos 160 a 162, e 164;
Decreto nº. 46.594, de 03 de Novembro de 2005 –artigos 127 e 1287; (01h/a) INSTRUTOR: INSPETORA CHEFE REGIONAL --- / SUPLAN 7.5 –Defesa Civil
Programa de Proteção a Pessoas em Situação de Risco, conceitos de riscos sociais e
prevenção, características de pessoas em situação de rua “ Adulto, Idoso, Criança e Adolescente” (02h/a)
Apresentação da rede de proteção que atuam com pessoas em situação de risco,
com destaque as Secretarias: SMADS, SMPP, SMS e outras organizações das esferas
públicas municipais, estaduais e federais, somando-se ONGS governamentais e não
governamentais que atuam direta ou indiretamente na proteção a pessoas em situação de risco (02h/a)
POP – Procedimento Operacional Padrão, Criança Sob Nossa Guarda, abordagem e encaminhamento de crianças e adolescentes em situação de risco (02h/a) INSTRUTOR: SRº --- / DEFESA CIVIL 7.6- Programa de Proteção de Pessoas em Situação de Risco
Programa de Proteção a Pessoas em Situação de Risco, conceitos de riscos sociais e
prevenção, características de pessoas em situação de rua “Adulto, Idoso, Criança e Adolescente” (02h/a)
Apresentação da rede de proteção que atuam com pessoas em situação de risco,
com destaque as Secretarias: SMADS, SMPP, SMS e outras organizações das esferas
públicas municipais, estaduais e federais, somando-se ONGS governamentais e não
governamentais que atuam direta ou indiretamente na proteção a pessoas em situação de risco (02h/a)
POP – Procedimento Operacional Padrão, Proteção a Criança e Adolescente, abordagem e encaminhamento de crianças e adolescentes em situação de risco (02h/a) INSTRUTORA: INSPETORA REGIONAL --- / SUPLAN 7.7 – Observatório de Segurança Pública e Criminalidade
Observatório da Violência e Criminalidade, com vistas à utilização das informações
dos órgãos de segurança pública e demais informações e estatísticas no planejamento
das ações de prevenção, repressão e reabilitação em favor da segurança na Cidade de São Paulo;(06h/a)
INSTRUTOR: INSPETOR --- / SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA / INSPETOR --- / SOP
68
7.8- Infocrim (CFSU)
Objetivos e finalidades do INFOCRIM. (1 h/a)
Histórico da expansão do INFOCRIM no estado São Paulo. (1 h/a)
Vantagens do INFOCRIM como sistema eletrônico de informação. (1 h/a)
INFOCRIM na cidade de São Paulo(1 h/a)
Importância do INFOCRIM para a Secretaria Municipal de Segurança Urbana. (2 h/a)
INSTRUTOR: INSPETOR --- / SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA / INSPETOR --- / SOP 8.1 – Princípios de Hierarquia e Disciplina
Conceito e objetivos e nomenclatura da Ordem Unida.(02h/a)
Instrução Individual e Comandos da Ordem Unida (02h/a)
Formações e movimentos da Ordem Unida e sua aplicação em Formaturas Eventos e Solenidades (04h/a)
INSTRUTOR: INSPETOR --- / CFSU / CLASSE DISTINTA --- / CFSU 8.2 – Chefia e Liderança
Conceitos Básicos: Chefia, Liderança, Poder, Autoridade, Líderes Dissonantes, Líderes Ressonantes, Qualidade de chefia, Defeitos de Chefia (01h/a); Tipos de chefia:
Democrática, Autoritária e Liberal, Liderança e Comunicação, a Importância do Feedback, Relacionamento Interpessoal do Líder e liderados, Auto-Imagem. (01h/a);
Clareza de expressão, Ouvir, Capacidade de lidar com sentimentos de contrariedade, Transparência, Comunicação não Verbal, Comunicação em Equipe. (01h/a); Motivação,
Hierarquia das Necessidades, Motivação Intríseca, Extrínseca, Tipos de Motivação, e em equipe, Processando de Socialização (01h/a); Criação de vínculos, empatia,
Mediação de Conflitos, Situações vivenciais e as Importâncias (01h/a); Lideranças em
Atividades (02h/a); Realizar diagnóstico, atividade e liderança gradual das equipes
(01h//a); Discussões das situações vivenciadas com aplicação dos conceitos e
conhecimentos adquiridos (02h/a).
INSTRUTOR: INSPETOR CHEFE REGIONAL --- / CFSU 8.3-Regulamento de Continência, Honra, Sinais de Respeito e Cerimonial da CGM
Finalidades e objetivos do Decreto 40002/00.(02h/a)
Estudo do decreto 40002/00 face a Lei 13768/04.(04h/a)
Sistematização do estudo do decreto 40002/00.(02h/a)
INSTRUTOR: INSPETOR --- / CFSU / CLASSE DISTINTA --- / CFSU 8.4 - Qualidade de Vida
Histórico da educação Física no Brasil, o que é, quais são e como prevenir as doenças
associadas ao sedentarismo.(01h/a);
Como iniciar a atividade física; (01h/a);
Apresentação do Departamento de Esportes e Cultura; (01h/a);
O.S 054/Subcomando/2009. (01h/a);
INSTRUTOR: INSPETORA --- /DEPARTAMENTO DE ESPORTES E CULTURA [CURSO ESPECÍFICO DE CAPACITAÇÃO PARA CLASSE DISTINTA Matérias Carga/Horária Matéria 1 – Administração Pública e Estrutura da SMSU 42 horas
1.1 - Organograma da SMSU e Estrutura Organizacional da GCM 04
1.2 – Conceitos e Princípios do Programa de Qualidade* 04 1.3 - Noções de Administração Pública e Recursos Humanos 08 1.3.1 - Controle de almoxarifado 06 1.3.2 - Administração de Verbas 08
69
1.3.3 - Redação Oficial 06 1.4 - Corregedoria Geral e Normas Disciplinares 06
Matéria 2 – Direitos Humanos e Ações Preventivas 18 horas
2.1 - Direitos Humanos 04 2.2 – Direitos e Garantias Individuais do cidadão 06 2.3 - Estatuto do Idoso 04 2.4 - Estatuto da Criança e do Adolescente/Políticas Públicas 04 Matéria 3 – Relações Sociais 22 horas
3.1 – Mediação e cultura da paz 06 3.2 – Portador de Necessidades Especiais 04 3.3- Gênero, Discriminação e Diversidade Sexual 04 3.4 - Violência Doméstica 04 3.5 - Ações Afirmativas De Igualdade Raciais 04 Matéria 4 – Legislação Penal 32 horas
4.1 - Sistema Brasileiro de Segurança Pública 04 4.2 - Noções de Direito Penal 14
4.2.1 - Estatuto do Desarmamento 04 4.3 - Noções de Direito Processual Penal 06 4.4 – Noções de Criminalística 04 Matéria 5 – Direito Constitucional 08 horas
5.1 – Princípios Constitucionais 04 5.2 - Constituição Estadual e Lei Orgânica do Município 04 Matéria 6 – Instrução Operacional 70 horas
6.1 - Técnicas Operacionais 12
6.2 – Armamento e Tiro Defensivo de Proteção a Vida 16 6.2. 1 – Normas de Segurança para o Uso do Armamento 02 6.3 – Uso de Armas Não Letais 06 6.4 – Postura e Ética própria e dos comandados. 06 6.5- Registro de Ocorrência 08 6.6- Comunicação e Monitoramento 08
6.7 -Policiamento Comunitário e Resoluções de Problemas 12 Matéria 7 – Programas da GCM 48 horas
7.1 - Programa de Proteção Escolar 06 7.2– Programa de Controle de Espaço Público e Fiscalização do Comercio Ambulante 06 7.3– Programa de Proteção aos Agentes Públicos e Patrimônio Público 06
7.4– Programa de Proteção as Áreas Ambientais/ Guarda Ambiental 06 7.5 –Defesa Civil 06 7.6- Programa de Proteção de Pessoas em Situação de Risco 06 7.7 – Observatório de Segurança Pública e Criminalidade 06 7.8- Infocrim 06 Matéria 8 – Postura e Atitude 30 horas
8.1 - Princípios de Hierarquia e Disciplina 08 8.2 – Chefia e Liderança 10 8.3-Regulamento de Continência, Honra, Sinais de Respeito e Cerimonial da CGM 08 8.4 - Qualidade de Vida 04 Atividades Pedagógicas 30 horas
Avaliação de Aprendizagem 15 Palestras, Visitas e Treinamentos 15
Total da Carga Horária 300 horas
ELABORAÇÃO:
CENTRO DE FORMAÇÃO EM SEGURANÇA URBANA E COMANDO DA GUARDA CIVIL
METROPOLITANA.
70
ANEXO 2 - CURSO DE FORMAÇÃO GCM 3ª CLASSE
71
Tipo do Documento
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
PADRÃO PARA CURSOS DO CENTRO DE FORMAÇÃO EM SEGURANÇA
URBANA
SMSU
PAP/0001/DFP
Emitente DIRETORIA DE FORMAÇÃO
PROFISSIONAL Revisão:
00 Pág.
71/94
Título do Documento:
CURRICULO DO CURSO DE FORMAÇÃO ESPECÍFICO
DE CAPACITAÇÃO PARA GUARDA CIVIL METROPOLITANO 3ª CLASSE
Registro das Revisões
Revisão nº Item Data Síntese da Revisão
A revisão deverá ser realizada anualmente, salvo necessidade extraordinária, por meio de
reunião do Comitê Central de Gestão pela Qualidade e aprovado pela Alta Direção.
Nome Data Visto
Elaboração CFSU – pelo Edital de Concurso
Coordenação
Pedagógica Núcleo Téc. Pedagógico – CFSU
Assessoria
Jurídica
Aprovação do
Secretário
72
JUSTIFICATIVA
O Curso de Formação Específico de Capacitação para Guarda Civil
Metropolitano 3ª Classe, estribado nos Princípios de Direitos Humanos, das Garantias
Individuais e Coletivas e da Participação Social, objetiva:
Transmitir conhecimentos técnicos e científicos voltados para a preservação da
vida humana e segurança cidadã;
Capacitar física e tecnicamente o futuro Guarda Civil Metropolitano no uso e
manuseio dos equipamentos de defesa pessoal;
Estreitar os vínculos com a comunidade paulistana, propiciando uma maior
sensação de segurança.
OBJETIVO
I. Capacitar o aluno GCM para desempenhar, com eficiência, destreza e
competência, as atividades pertinentes à função;
II. Capacitar o aluno na aplicação do Direito, como parâmetro para bem
desempenhar suas missões constitucionais;
III. Desenvolver habilidades voltadas para a área operacional;
IV. Proporcionar conhecimentos que o capacite, técnica e fisicamente, no uso e
manuseio de equipamentos de defesa pessoal;
V. Padronizar conduta, postura e atitude do Guarda Civil Metropolitano na
prestação de um serviço com qualidade;
VI. Estabelecer um perfil profissional consciente, em prol do interesse público.
ESTRUTURA CURRICULAR:
Matéria 01 – Conhecimento Institucional I 36 h/a
1.1. Organograma da S.M.S.U. e Estrutura Organizacional da GCM 04 h/a
1.2 Plano de Carreira da Guarda Civil Metropolitana 04 h/a
1.3 O Papel Constitucional da GCM 04 h/a
1.4 História da GCM 04 h/a
1.5 Direitos e Deveres 08 h/a
1.6 Regulamento Disciplinar – Lei 13.530/03 08 h/a
Avaliação – (1.1, 1.2, 1.3 e 1.4) 02 h/a
Avaliação – (1.5 e 1.6) 02 h/a
Matéria 02 – Conhecimento Institucional II 46 h/a
2.1 Noções de Ética e Normas de Conduta 06 h/a
2.2 Símbolos Nacionais 06 h/a
2.3 Ordem Unida e Práticas de Hierarquia e Disciplina 28 h/a
Avaliação – (2.1, 2.2) 02 h/a
Avaliação – (2.3 – Prática) 04 h/a
73
Matéria 03 – Noções de Direito 54 h/a
3.1 Noções de Direito Constitucional 06 h/a
3.2 Direitos e Garantias Individuais e Coletivas 08 h/a
3.3 Sistema Brasileiro de Segurança Pública 06 h/a
3.4 Noções de Direito Penal 20 h/a
3.5 Noções de Processo Penal 10 h/a
Avaliação – (3.1, 3.2 e 3.3) 02 h/a
Avaliação – (3.4 e 3.5) 02 h/a
Matéria 04 – Noções de Legislação Especial 18 h/a
4.1 Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/1990) 04 h/a
4.2 Estatuto do Idoso. (Lei 10.741/2003) 04 h/a
4.3 Violência Doméstica - Lei Maria da Penha 04 h/a
4.4 Portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida 04 h/a
Avaliação – (4.1, 4.2, 4.3 e 4.4) 02 h/a
Matéria 05 – Direitos Humanos 32 h/a
5.1 Direito da Cidadania 04 h/a
5.2 Convenções Internacionais de Direitos Humanos 06 h/a
5.3 Conduta Ética e Legal na Aplicação da Lei 06 h/a
5.4 Relação de Gênero 06 h/a
5.5 Ações afirmativas da igualdade racial 06 h/a
Avaliação – (5.1, 5.2 e 5.3) 02 h/a
Avaliação – (5.4 e 5.5) 02 h/a
Matéria 06 - Programas da GCM 26 h/a
6.1 Programa de Proteção Escolar 04 h/a
6.2 Programa de Proteção aos Agentes Públicos 04 h/a
6.3 Programa de Controle do Espaço Público e Fiscalização do Comércio
Ambulante
04 h/a
6.4 Programa de Proteção ao Patrimônio Público Municipal 04 h/a
6.5 Programa de Proteção às Áreas Ambientais 04 h/a
6.6 Programa de Proteção às Pessoas em Situação de Risco 04 h/a
Avaliação – (6.1 a 6.6) 02 h/a
Matéria 07 – Procedimento Operacional Padrão 30 h/a
7.1 POP – Proteção Escolar 04 h/a
7.2 POP – Controle de Espaço Público e Fiscalização do Comercio
Ambulante
04 h/a
7.3 POP – Proteção ao Agente Público 04 h/a
7.4 POP – Proteção do Patrimônio Público 04 h/a
7.5 POP – Proteção às Áreas Ambientais 06 h/a
7.6 POP – Proteção de Pessoas em Situação de Risco 06 h/a
Avaliação – (7.1 a 7.6) 02 h/a
Matéria 08 – Trânsito e Condução de Veículos Oficiais 30 h/a
8.1 Noções de Trânsito 10 h/a
74
8.2 Condução de Veículos Oficiais 08 h/a
8.3 Direção Defensiva 10 h/a
Avaliação – (8.1 e 8.3 – Teórica ) 02 h/a
Matéria 09 – Instrução Operacional I 80 h/a
9.1 Técnicas Operacionais 40 h/a
9.2 Utilização e Operação de Equipamentos de Comunicação 14 h/a
9.3 Registro de Ocorrências 10 h/a
9.4 Proteção Comunitária com Resolução de Problemas 10 h/a
Avaliação – (9.1 – Prática) 04 h/a
Avaliação – (9.2, 9.3 e 9.4) 02 h/a
Matéria 10 – Instrução Operacional II 16 h/a
10.1 Uso de Equipamento de Proteção Individual 04 h/a
10.2 Mediação de Conflitos e Gerenciamento de Crise 04 h/a
10.3 Uso de Equipamentos Não Letais 04 h/a
Avaliação – (10.1 e 10.2) 02 h/a
Avaliação – (10.3 ) 02 h/a
Matéria 11 - Atendimentos Emergenciais 26 h/a
11.1 Noções Básicas de Primeiros Socorros 14 h/a
11.2 Segurança Física de Equipamentos e Edificações 04 h/a
11.3 Noções Básicas de Brigada de Incêndio 06 h/a
Avaliação – (11.1, 11.2, 11.3 Avaliação Teórica) 02 h/a
Matéria 12 – Conhecimento Específico 32 h/a
12.1 Noções de LIBRAS 10 h/a
12.2 Prevenção ao Uso de Drogas Ilícitas 06 h/a
12.3 Redação Oficial 10 h/a
Avaliação – (12.1, 12.2 e 12.3) 02 h/a
Avaliação – (12.1 – Prática) 04 h/a
Matéria 13 – Tiro Defensivo de Prevenção 70 h/a
13.1 Prática de Tiro Defensivo de Proteção à Vida 50 h/a
13.2 Normas de Segurança para Uso do Armamento 04 h/a
13.3 Armamento: Leis, Normas e Procedimentos. 06 h/a
13.4 Cautela e Empréstimo Diário de Armamento e Equipamentos
Correlatos
04 h/a
Avaliação – (13.1, 13.2, 13.3 e 13.4 Teórica) 02 h/a
Avaliação – (13.1 Prática – Manuseio de Armas de Fogo) 04 h/a
Matéria 14 – Condicionamento Físico 78 h/a
14.1 Educação Física 42 h/a
14.2 Técnicas de Defesa Pessoal 28 h/a
Avaliação – (14.1 Teste de Capacitação Física – TAF) 04 h/a
Avaliação – (14.2 - Prática) 04 h/a
Atividades complementares 26 h/a
Palestras e Visitas 26 h/a
75
Total 600 h/a
76
ANEXO 3 - CURSO DE FORMAÇÃO GCM 3ª CLASSE PROPOSTO
77
Tipo do Documento
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PADRÃO PARA CURSOS DO CENTRO
DE FORMAÇÃO EM SEGURANÇA URBANA
SMSU
PAP/0001/DFP
Emitente DIRETORIA DE FORMAÇÃO
PROFISSIONAL Revisão:
00 Pág.
77/94
Título do Documento:
CURRICULO DO CURSO DE FORMAÇÃO ESPECÍFICO DE CAPACITAÇÃO PARA GUARDA CIVIL
METROPOLITANO 3ª CLASSE
Registro das Revisões
Revisão nº Item Data Síntese da Revisão
A revisão deverá ser realizada anualmente, salvo necessidade extraordinária, por meio de
reunião do Comitê Central de Gestão pela Qualidade e aprovado pela Alta Direção.
Nome Data Visto
Elaboração CFSU – pelo Edital de Concurso
Coordenação
Pedagógica Núcleo Téc. Pedagógico - CFSU
Assessoria
Jurídica
Aprovação do
Secretário
78
JUSTIFICATIVA
O Curso de Formação Específico de Capacitação para Guarda Civil
Metropolitano 3ª Classe, estribado nos Princípios de Direitos Humanos, das Garantias
Individuais e Coletivas e da Participação Social, objetiva:
Transmitir conhecimentos técnicos e científicos voltados para a preservação da
vida humana e segurança cidadã;
Capacitar física e tecnicamente o futuro Guarda Civil Metropolitano no uso e
manuseio dos equipamentos de defesa pessoal;
Estreitar os vínculos com a comunidade paulistana, propiciando uma maior
sensação de segurança.
OBJETIVO
VII. Capacitar o aluno GCM para desempenhar, com eficiência, destreza e
competência, as atividades pertinentes à função;
VIII. Capacitar o aluno na aplicação do Direito, como parâmetro para bem
desempenhar suas missões constitucionais;
IX. Desenvolver habilidades voltadas para a área operacional;
X. Proporcionar conhecimentos que o capacite, técnica e fisicamente, no uso e
manuseio de equipamentos de defesa pessoal;
XI. Padronizar conduta, postura e atitude do Guarda Civil Metropolitano na
prestação de um serviço com qualidade;
XII. Estabelecer um perfil profissional consciente, em prol do interesse público.
ESTRUTURA CURRICULAR:
Matéria 01 – Conhecimento Institucional I 36 h/a
1.1. Organograma da S.M.S.U. e Estrutura Organizacional da GCM 04 h/a
1.2 Plano de Carreira da Guarda Civil Metropolitana 04 h/a
1.3 O Papel Constitucional da GCM 04 h/a
1.4 História da GCM 04 h/a
1.5 Direitos e Deveres 08 h/a
1.6 Regulamento Disciplinar – Lei 13.530/03 08 h/a
Avaliação – (1.1, 1.2, 1.3 e 1.4) 02 h/a
Avaliação – (1.5 e 1.6) 02 h/a
Matéria 02 – Conhecimento Institucional II 46 h/a
2.1 Noções de Ética e Normas de Conduta 06 h/a
2.2 Símbolos Nacionais 06 h/a
2.3 Ordem Unida e Práticas de Hierarquia e Disciplina 28 h/a
Avaliação – (2.1, 2.2) 02 h/a
Avaliação – (2.3 – Prática) 04 h/a
Matéria 03 – Noções de Direito 54 h/a
3.1 Noções de Direito Constitucional 06 h/a
79
3.2 Direitos e Garantias Individuais e Coletivas 08 h/a
3.3 Sistema Brasileiro de Segurança Pública 06 h/a
3.4 Noções de Direito Penal 20 h/a
3.5 Noções de Processo Penal 10 h/a
Avaliação – (3.1, 3.2 e 3.3) 02 h/a
Avaliação – (3.4 e 3.5) 02 h/a
Matéria 04 – Noções de Legislação Especial 18 h/a
4.1 Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/1990) 04 h/a
4.2 Estatuto do Idoso. (Lei 10.741/2003) 04 h/a
4.3 Violência Doméstica - Lei Maria da Penha 04 h/a
4.4 Portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida 04 h/a
Avaliação – (4.1, 4.2, 4.3 e 4.4) 02 h/a
Matéria 05 – Direitos Humanos 32 h/a
5.1 Direito da Cidadania 04 h/a
5.2 Convenções Internacionais de Direitos Humanos 06 h/a
5.3 Conduta Ética e Legal na Aplicação da Lei 06 h/a
5.4 Relação de Gênero 06 h/a
5.5 Ações afirmativas da igualdade racial 06 h/a
5.6 Conduta no atendimento a Crianças e Adolescentes Infratores 12 h/a
Avaliação – (5.1, 5.2 e 5.3) 02 h/a
Avaliação – (5.4 e 5.5) 02 h/a
Matéria 06 - Programas da GCM 26 h/a
6.1 Programa de Proteção Escolar 04 h/a
6.2 Programa de Proteção aos Agentes Públicos 04 h/a
6.3 Programa de Controle do Espaço Público e Fiscalização do Comércio
Ambulante
04 h/a
6.4 Programa de Proteção ao Patrimônio Público Municipal 04 h/a
6.5 Programa de Proteção às Áreas Ambientais 04 h/a
6.6 Programa de Proteção às Pessoas em Situação de Risco 04 h/a
Avaliação – (6.1 a 6.6) 02 h/a
Matéria 07 – Procedimento Operacional Padrão 30 h/a
7.1 POP – Proteção Escolar 04 h/a
7.2 POP – Controle de Espaço Público e Fiscalização do Comercio
Ambulante
04 h/a
7.3 POP – Proteção ao Agente Público 04 h/a
7.4 POP – Proteção do Patrimônio Público 04 h/a
7.5 POP – Proteção às Áreas Ambientais 06 h/a
7.6 POP – Proteção de Pessoas em Situação de Risco 06 h/a
Avaliação – (7.1 a 7.6) 02 h/a
Matéria 08 – Trânsito e Condução de Veículos Oficiais 30 h/a
8.1 Noções de Trânsito 10 h/a
8.2 Condução de Veículos Oficiais 08 h/a
8.3 Direção Defensiva 10 h/a
80
Avaliação – (8.1 e 8.3 – Teórica ) 02 h/a
Matéria 09 – Instrução Operacional I 80 h/a
9.1 Técnicas Operacionais 36 h/a
9.2 Utilização e Operação de Equipamentos de Comunicação 12 h/a
9.3 Registro de Ocorrências 08 h/a
9.4 Proteção Comunitária com Resolução de Problemas 10 h/a
Avaliação – (9.1 – Prática) 04 h/a
Avaliação – (9.2, 9.3 e 9.4) 02 h/a
Matéria 10 – Instrução Operacional II 16 h/a
10.1 Uso de Equipamento de Proteção Individual 04 h/a
10.2 Mediação de Conflitos e Gerenciamento de Crise 04 h/a
10.3 Uso de Equipamentos Não Letais 04 h/a
Avaliação – (10.1 e 10.2) 02 h/a
Avaliação – (10.3 ) 02 h/a
Matéria 11 - Atendimentos Emergenciais 26 h/a
11.1 Noções Básicas de Primeiros Socorros 14 h/a
11.2 Segurança Física de Equipamentos e Edificações 04 h/a
11.3 Noções Básicas de Brigada de Incêndio 06 h/a
Avaliação – (11.1, 11.2, 11.3 Avaliação Teórica) 02 h/a
Matéria 12 – Conhecimento Específico 32 h/a
12.1 Noções de LIBRAS 10 h/a
12.2 Prevenção ao Uso de Drogas Ilícitas 06 h/a
12.3 Redação Oficial 10 h/a
Avaliação – (12.1, 12.2 e 12.3) 02 h/a
Avaliação – (12.1 – Prática) 04 h/a
Matéria 13 – Tiro Defensivo de Prevenção 70 h/a
13.1 Prática de Tiro Defensivo de Proteção à Vida 46 h/a
13.2 Normas de Segurança para Uso do Armamento 04 h/a
13.3 Armamento: Leis, Normas e Procedimentos. 06 h/a
13.4 Cautela e Empréstimo Diário de Armamento e Equipamentos
Correlatos
04 h/a
Avaliação – (13.1, 13.2, 13.3 e 13.4 Teórica) 02 h/a
Avaliação – (13.1 Prática – Manuseio de Armas de Fogo) 04 h/a
Matéria 14 – Condicionamento Físico 78 h/a
14.1 Educação Física 42 h/a
14.2 Técnicas de Defesa Pessoal 28 h/a
Avaliação – (14.1 Teste de Capacitação Física – TAF) 04 h/a
Avaliação – (14.2 - Prática) 04 h/a
Atividades complementares 26 h/a
Palestras e Visitas 26 h/a
Total 600 h/a
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ANEXO 4 – PORTARIA 441/09 - PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO 001 PROPOSTO
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SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA, aos 03 de novembro de 2009.
EDSOM ORTEGA MARQUES, Secretário Municipal de Segurança Urbana.
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - P.O.P. GCM
Proteção a Criança e ao Adolescente
1. OBJETIVO
1.1 Este Normativo tem por objetivo estabelecer os procedimentos padronizados a
serem adotados na atuação da Guarda Civil Metropolitana - GCM na abordagem e
encaminhamento de crianças e adolescentes em Situação de Risco, em
conformidade com as determinações legais vigentes sobre a matéria e diretrizes do
Gabinete de Segurança e da Secretaria Municipal de Segurança Urbana - SMSU,
observadas as políticas públicas setoriais, particularmente da Assistência e
Desenvolvimento Social, e do Sistema de Garantia de Direitos - SGD.
1.2 Visa orientar as ações integradas da GCM com outras organizações
públicas municipais, estaduais e da sociedade que atuam direta ou indiretamente
na Proteção a Pessoas em Situação de Risco, buscando alcançar uma melhoria
contínua nos resultados das ações de proteção às Crianças e Adolescentes em
situação de desamparo e o uso adequado do espaço de uso público.
2. ABRANGÊNCIA DE APLICAÇÃO
2.1 O presente P.O.P. destaca as seguintes situações de vulnerabilidade:
2.1.1 Crianças e adolescentes em situação de rua;
2.1.2 Crianças e adolescentes em situação de drogadição (uso ou tráfico de
drogas);
2.1.3 Crianças e adolescentes em situação de violência, abuso e exploração sexual
ou econômica nas ruas;
2.1.4 Crianças e Adolescentes em situação de Trabalho Infantil;
2.1.5 Adolescente em prática de ato infracional;
2.1.6 Criança em conflito com a lei;
2.2 A área prioritária de aplicação deste P.O.P. é a região do Comando Centro da
GCM, nos perímetros e circuitos prioritários conforme diretrizes da SMSU e do
Comando Geral da GCM, devendo suas diretrizes ser aplicadas em todos os demais
Comandos com as especificidades de cada região.
3. CONCEITOS
3.1 Considera-se para aplicação desde Procedimento Operacional (art. 2o. ECA):
- criança: pessoa até 12 anos de idade incompletos;
- adolescente: pessoa entre 12 e 18 anos de idade.
3.2 Consideram-se crianças e adolescentes em situação de rua e de risco aquelas
que estiverem com seus direitos ameaçados e/ou violados, encontradas de forma
injustificada no espaço público, praças, logradouros ou equipamentos públicos, em
estado de abandono e desamparo, ou com evidências de envolvimento em situação
de abuso e exploração sexual; corrupção de menores; trabalho infantil, inclusive
pela prática de mendicância; venda e consumo de drogas; atos infracionais, entre
outras, que atentem à sua integridade física e mental.
3.4 Considera-se ato infracional toda conduta descrita como crime ou contravenção
penal praticada por adolescente. (art. 103, ECA)
3.5 Considera-se criança ou adolescente ameaçada ou com direito violado, dentre
outras situações, por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável ou em razão
da sua conduta. (art. 98, II e III, ECA)
3.6 Considerar-se, na ação e encaminhamento, a aplicação dos instrumentos
normativos e mecanismos dispostos pelo Sistema de Garantia de Direitos (SGD) da
Criança e do Adolescente, observando suas orientações acerca da articulação e
integração dos organismos públicos nos níveis federal, estadual, distrital e municipal,
assim como da sociedade civil. Devem-se compreender, prioritariamente, os seguintes
eixos:
3.6.1 Eixo de defesa – Criado para cessar as violações de direitos, assim como
responsabilizar o autor da violência. Entre seus principais atores, está a Guarda
Municipal;
83
3.6.2 Eixo de promoção – Refere-se à política de atendimento articulado dos direitos
de crianças e adolescentes, tendo como principais responsáveis, por exemplo,
conselhos de direitos;
3.6.3 Eixo de controle - Responsável pelo acompanhamento, avaliação e
monitoramento das ações de promoção e defesa dos direitos humanos de crianças e
adolescentes, realizados através de instâncias públicas colegiadas próprias.
4. DIRETRIZES
4.1 As ações dos agentes da Guarda Civil Metropolitana devem estar respaldadas
pela legalidade orientada nesta norma, devendo sempre ser avaliado o binômio
necessidade-proporcionalidade, contribuindo na promoção da segurança e o
respeito aos direitos fundamentais do cidadão.
4.2 Tendo em vista tratar-se de um poder-dever de proteção à criança e ao
adolescente, a responsabilidade do Poder Público é a de assegurar, em casos de
risco, ameaça ou violação, com absoluta prioridade, a efetivação dos seus direitos,
pondo-os a salvo de qualquer risco, promovendo o seu encaminhamento em
conformidade com o previsto na lei e neste normativo. (cf. art. 70 ECA)
4.3 Todas as ações previstas neste procedimento devem pautar-se no tratamento
com respeito e dignidade a criança e ao adolescente, sem deixar de assegurar o
encaminhamento que promova a sua efetiva proteção.
4.4 A administração pública e particularmente a GCM tem também o dever de
proteger e zelar pelo bom uso do espaço público, do patrimônio público, coibindo
atos de vandalismo, depredações e outros que caracterizam a desordem urbana e
que favoreçam a violência e a criminalidade.
4.5 A GCM deverá também promover a segurança e garantir a integridade física
dos agentes da municipalidade e dos cidadãos, durante a realização das
abordagens e encaminhamentos.
4.6 A GCM deve informar a criança e adolescente as razões da sua atuação, o
encaminhamento que lhe será dado, assim como informar as autoridades e
organismos competentes da sua atuação em favor da proteção da criança e do
adolescente, conforme o caso.
5. PROCEDIMENTOS
5.1 Ao deparar-se com as situações de Criança e Adolescente que tiver seus
direitos ameaçados e/ou violados, o Guarda Civil Metropolitano deverá agir visando
garantir a proteção às crianças e adolescentes nos termos desta Norma.
5.2 Em caso de criança ou adolescente em situação de abandono sem ameaça
aparente à integridade física ou mental:
5.2.1. Encaminhar a criança ou adolescente à rede de Centros de Referência da
Criança e do Adolescente – CRECA;
5.2.2 Não sendo possível a identificação civil, providenciar a identificação junto ao
Distrito Policial, verificando se a mesma consta no cadastro de pessoas
desaparecidas;
5.2.3. Após medidas cabíveis, os mesmos deverão ser encaminhados à rede de
proteção da Municipalidade, preferencialmente um CRECA, conforme acordado com a
Secretaria Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS (listagem em
anexo), também acessível na CETEL – Central de Telecomunicação da GCM;
5.2.4 Acionar um agente de proteção social da SMADS para acompanhar, e ou
tomar ciência do procedimento, através da CETEL.
5.2.5. Dar conhecimento ao Conselho Tutelar através da CETEL.
5.3 Em caso de criança ou adolescente em situação de abandono com visível
comprometimento à integridade física ou mental:
5.3.1 Encaminhar a criança ou adolescente a serviço de saúde adequado,
preferencialmente ao Centro de Atendimento PsicoSocial - CAPS Infantil ou Hospital
Menino Jesus, ou local orientado pela CETEL em entendimento com a Secretaria
Municipal da Saúde - SMS.
5.3.2 Havendo grave comprometimento à saúde acionar o SAMU;
5.3.3 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência
do procedimento, através da CETEL.
84
5.3.4 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar através da CETEL.
5.4 Em caso de criança ou adolescente em situação de trabalho infantil:
5.4.1 Quando em trabalho relacionado ao comercio ambulante, devera ser
apreendida a mercadoria nos moldes da legislação aplicável e encaminhar a criança
ou adolescente para o Centro de Referencia da Assistência Social - CRAS/ Centro de
Referencia da Criança e do Adolescente - CRECA;
5.4.2 Tratando-se de produtos ilegais, envolvendo adolescente, deverá ser
realizado o seu encaminhamento ao Distrito Policial;
5.4.3 Caso localizado os responsáveis pela exploração do trabalho infantil, deverão
ser encaminhados para o Distrito Policial;
5.4.4 Quando em trabalho relacionado com a prestação de serviços ou de qualquer
outra natureza, devera a criança ou adolescente ser encaminhado a rede de
proteção da Municipalidade: CRAS / CRECA
5.4.5 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência
do procedimento, através da CETEL.
5.4.6 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar através da CETEL
5.5 Em caso de criança ou adolescente em situação de risco sem ameaça aparente
à integridade física ou mental, acompanhado da família:
5.5.1 Conduzir a família para o Centro de Referência da Assistência Social – CRAS,
para posterior encaminhamento aos serviços de acolhida de famílias;
5.5.2 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar por meio da CETEL.
5.6 Em caso de criança ou adolescente em situação de risco com visível
comprometimento à integridade física ou mental, acompanhado da família:
5.6.1 Encaminhar a criança ou adolescente acompanhado da família a serviço de
saúde adequado, preferencialmente ao CAPS Infantil ou Hospital Menino Jesus;
5.6.2 Havendo grave comprometimento à saúde acionar o SAMU;
5.6.3 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência
do procedimento.
5.6.4 Se houve evidencias de exploração pelo familiar ou descaso na sua proteção,
encaminhar o adulto para o Distrito Policial, acompanhada da criança ou do
adolescente em situação de risco, como vítima.
5.6.5 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência
do procedimento, por meio da CETEL.
5.6.6 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar por meio da CETEL.
5.7 Em caso de criança ou adolescente em situação de drogadição, na presença de
adultos:
5.7.1 Encaminhar os responsáveis pela corrupção de menores ao Distrito Policial;
5.7.2 Encaminhar a criança ou adolescente, na condição de vítima, para o Distrito
Policial, sempre em viatura separada dos responsáveis pela infração;
5.7.3 Com autorização da autoridade policial, encaminhar a criança ou adolescente
a serviço de saúde adequado, preferencialmente ao CAPS Infantil ou Hospital
Menino Jesus, ou outro orientado pela CETEL conforme entendimentos com SMS;
5.7.4 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência
do procedimento.
5.7.5 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar por meio da CETEL.
5.8 Em caso de criança ou adolescente em situação de drogadição:
5.8.1 Encaminhar a criança ou adolescente a serviço de saúde adequado,
preferencialmente ao CAPS Infantil ou Hospital Menino Jesus, ou outro orientado
pela CETEL conforme entendimentos com SMS;
5.8.2 Se for adolescente e estiver em situação que caracterizar ato infracional
encaminhar para o Distrito Policial, onde a autoridade avaliará o encaminhamento a
ser dado;
5.8.3 Se o encaminhamento for para serviço de saúde, proceder como item 5.7.3.
Se for para assistência social agir como previsto no item 5.5.
5.8.4 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência
do procedimento.
5.8.5 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar por meio da CETEL.
85
5.9 No caso de adolescente surpreendido na prática de ato infracional, devera ser o
mesmo encaminhado para o Distrito Policial cuja autoridade orientará os demais
encaminhamentos, observadas as orientações anteriores nos casos da Assistência
Social ou Saúde;
5.10 Em todos os casos no Relatório de Ocorrência deverá ser anexado a
documentação que comprove a entrega da criança ou do adolescente a serviço ou
autoridade responsável (CRECA, Serviço de Saúde, Distrito Policial, etc.).
5.10.1 Em todos os casos deverá ser consultado, via CETEL, o cadastro de pessoas
desaparecidas assim como o cadastro de evasão escolar.
5.11 O encaminhamento de criança ou adolescente ao CRECA ou CAPS, nos casos
de solicitação da autoridade policial, deverá ser feito por meio de ofício da
autoridade requisitante.
5.12 Todas as ocorrências envolvendo crianças e adolescentes deverão ser
informadas à CETEL, que deverá concentrar as informações das distintas regiões da
Cidade e repassá-las para a Coordenação do Programa de Proteção a Pessoas em
Situação de Risco da SUPLAN, que manterá cadastro atualizado visando subsidiar a
instauração de medidas judiciais apropriadas de responsabilização por abandono de
incapazes, e ou solicitação judicial de internação compulsória para tratamento
especializado, entre outras.
5.13 Atentar para que objetos pessoais tais como documentos, roupas, remédios,
atestado médico, dinheiro não se extraviem e permaneçam sob a guarda de seu
proprietário. Em caso de documentos e objetos perdidos, entregar no setor de
achados e perdidos do Metrô mais próximo, anotando o fato no Relatório de
Ocorrência.
5.14 Atuar com profissionalismo e respeito, não aceitar provocações da pessoa que
está sendo abordada ou de terceiros, dar todas as informações pertinentes aos
envolvidos, preservando a autoridade do integrante da GCM e o respeito a sua
Corporação.
5.15 Em caso de resistência, adotar os seguintes procedimentos:
5.15.1 – Utilizar se de técnicas de persuasão, esclarecendo os procedimentos legais
que estão sendo considerados, a articulação e integração com diferentes
organismos públicos municipais, estaduais e da sociedade.
5.15.2 – Se preciso acionar reforço apropriado com equipamentos adequados para
a contenção em relação a qualquer desdobramento agressivo;
5.15.3 – O uso progressivo da força, quando necessário conforme treinamentos,
não autoriza nenhuma espécie de agressão, física ou verbal.
5.15.4 – É proibido o uso de algema para contenção de criança, devendo-se utilizar
de força moderada para sua contenção, acompanhando a mesma no banco traseiro
da viatura.
5.15.5 – O uso de algemas em adolescente ou infrator maior deverá se ater ao
enunciado da súmula vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal, pela qual só é
lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, justificada a excepcionalidade por
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente.
5.16 No caso de atuação da GCM em operações conjuntas com outros organismos
do município ou do estado, observar a adaptação necessária considerando a
orientação do planejamento conjunto realizado, observadas as diretrizes previstas
neste normativo.
5.16.1 A GCM poderá encaminhar a criança ou o adolescente a entidade da rede de
proteção ou mesmo até sua residência, conforme o caso e orientação do órgão
especializado, como CRAS, CRECA, Distrito Policial, entre outros, com vistas a
assegurar a sua melhor proteção, contatando previamente a CETEL para confirmar
o deslocamento, inclusive fora da sua área de jurisdição, se preciso.
5.17 Participar, com a urgência necessária, ao Chefe da Unidade, as ordens
extraordinárias que receba de autoridade superior, bem como das ocorrências
verificadas durante o serviço e que exijam seu imediato conhecimento,
independente das providências tomadas a respeito;
86
5.18 A Superintendência de Operações, articulado com o Centro de Formação -
CFSU deverá assegurar a orientação e o treinamento necessários aos GCMs
participantes diretamente destas operações assim como dar conhecimento aos
demais integrantes da Corporação e entidades públicas ou não que atuam com os
mesmos propósitos.
5.19 Mensalmente será encaminhado relatório dos resultados dos trabalhos
realizados ao Comando Geral da GCM, ao gabinete do SMSU, apontando eventuais
aprimoramentos necessários.
5.20 Nos casos omissos devem ser consultados o Comando da GCM e ser for o
caso, o gabinete da SMSU.
6. CONTATOS
GUARDA CIVIL METROPOLITANA – GCM - Tel: 3396-5900/ 153 (CETEL)
CONSELHO TUTELAR DA REGIÃO CENTRAL Tel: 3259-9292/ 3259-9282/ 9991-
4268/ 7283-6593/ 9617-6041
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÉDICO DE URGÊNCIA – SAMU - Tel: 3396-7556/ 192
HOSPITAL MUNICIPAL INFANTIL MENINO JESUS – Tel. 3253-5200
Rua dos Ingleses nº 258
CAPE – CENTRAL DE ATENDIMENTO PERMANENTE – Atenção a Morador e Família
em Situação de Rua.
TEL.: 3397-8860 / 3397-8868 ou cape@prefeitura.sp.gov.br
CRECA Centro – Tel. 3331-8159/3333-5592
Rua Fortunato nº 119 - Centro
CRECA Taiguara – Tel. 3241.3146
Rua Vicente Prado, 93 – Bela Vista
CRECA Dom Bosco – Tel. 3337-4562
Rua dos Italianos nº 1264
CAPS Infantil - Tel 3104-3210/3101-0156
Rua Frederico Alvarenga nº 259
CRAS SÉ - Tel. 3396-3500/3396-2114
Av. Tiradentes, 749
AMA SÉ – Tel: 3101-8833
Rua Frederico Alvarenga, 259 – Pq. Dom Pedro
AMA BORACÉA – Tel: 3392-1854/ 3392-1944
Rua Ribeiro de Almeida, 14 – Barra Funda
COORDENADORIA MUNICIPAL DE DEFESA CIVIL – Tel: 199
7. LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA:
* Constituição da República Federativa do Brasil;
* Constituição do Estado de São Paulo – art. 277 e 278, inciso V;
* Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90);
* Lei Municipal nº 11.123/91 e Decreto nº 31.319/92 – Dispõe sobre a política
Municipal de atendimentos aos direitos da criança e do adolescente, e dá outras
providências.
* Lei Municipal nº 12.316/1997 e Decreto nº 40.232/2001 – Dispõe sobre a
obrigatoriedade do Poder Público a prestar atendimento à população de rua;
* Lei Municipal nº 11.123/1991 e Decreto nº 31.319/1992 – Dispõe sobre a política
municipal de atendimento aos direitos da criança e adolescente.
* Decreto nº 42.119/2002 e Portaria nº 674/2009/PREF – Dispõe sobre a atenção,
em caráter emergencial e no âmbito da Defesa Civil, a população em situação de
rua, quando da ocorrência de Operação de Frentes Frias ou de Baixas Temperaturas
durante o período do inverno;
* Decreto nº 50.448/2009 – Dispõe sobre a reorganização da Guarda Civil
Metropolitana, vinculada à Secretaria Municipal de Segurança Urbana.
* Procedimentos de Abordagem à População em situação de Rua - Orientação
Técnica (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social –
outubro/2008);
* Padronização das atividades de zeladoria urbana (Nota de Instrução nº 003/IRSÉ/
2007)
87
* Portaria nº 414/2009/SMSU – Pessoas desaparecidas.
* Lei Municipal nº 13.866/2004 – art. 7º e ss. – Comércio Ambulante
88
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