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Rua Maria Cândida, 1813 – Vila Guilherme – São Paulo/SP - CEP 02071-013 Telefone: 55 -11-2967-9076 / 55 -11-2967-9110 / 55 -11-2967-9126 e-mail: [email protected] UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA MESTRADO PROFISSIONAL ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI A ATUAÇÃO DA GUARDA CIVIL METROPOLITANA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO EM RELAÇÃO AO ADOLESCENTE ENVOLVIDO EM ATO INFRACIONAL SÃO PAULO 2013

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Telefone: 55 -11-2967-9076 / 55 -11-2967-9110 / 55 -11-2967-9126

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

PROGRAMA MESTRADO PROFISSIONAL ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI

A ATUAÇÃO DA GUARDA CIVIL METROPOLITANA DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO EM RELAÇÃO AO

ADOLESCENTE ENVOLVIDO EM ATO INFRACIONAL

SÃO PAULO 2013

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

PROGRAMA MESTRADO PROFISSIONAL ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI

Dissertação apresentada à banca

examinadora como exigência parcial

dos requisitos do Mestrado

Profissional Adolescente em Conflito

com a Lei, da Universidade

Anhanguera de São Paulo (UNIAN),

para a obtenção do título de Mestre

em Adolescente em Conflito com a

Lei. Professor Orientador: Dr.

Fernando Salla.

SÃO PAULO 2013

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Telefone: 55 -11-2967-9076 / 55 -11-2967-9110 / 55 -11-2967-9126

e-mail: [email protected]

UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

PROGRAMA MESTRADO PROFISSIONAL ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI

PAULO ROGÉRIO DE SOUZA

A ATUAÇÃO DA GUARDA CIVIL METROPOLITANA DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO EM RELAÇÃO AO

ADOLESCENTE ENVOLVIDO EM ATO INFRACIONAL

Dissertação apresentada à banca

examinadora como exigência parcial

dos requisitos do Mestrado

Profissional Adolescente em Conflito

com a Lei, da Universidade

Anhanguera de São Paulo (UNIAN),

para a obtenção do título de Mestre

em Adolescente em Conflito com a

Lei. Professor Orientador: Dr.

Fernando Salla.

Banca Examinadora:

Prof.

Prof.

Prof.

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RESUMO

A dissertação tem por objet ivo apresentar uma proposta de

alteração no curso oferecido pelo Centro de Form ação em

Segurança Urbana (CFSU) para a Guarda Civil Metropolitana de

São Paulo (GCM/SP), capaz de sanar as insuficiências e tensões

que por vezes se manifestam na intervenção cotidiana dos

prof issionais que atuam junto aos adolescentes em confli to com a

lei, sempre considerando os padrões dos direitos humanos . O

trabalho indica os processos de formação e aperfeiçoamento dos

guardas, especialmente em relação ao adolescente em conflito

com a lei. São também comentadas as grades curriculares

empregadas pelo Centro de Formação da GCM/SP e a Matriz

Curricular Nacional elaborada pela Secretaria Nacional de

Segurança Pública (Senasp). As pesquisas, de natureza

bibl iográf ica e documental, beneficiadas pela ampla experiência

do autor que já atuou inclusive na região central da capital,

abordam ainda aspectos da competência legal da GCM/SP e seu

lugar no Sistema de Garantia de Direitos. O presente estudo traz

um levantamento de natureza exploratória que expõe registros de

ocorrências da GCM/SP envolvendo crianças e adolescentes.

Foram analisadas, a part ir dessas ocorrências, as situações que

envolvem o adolescente em conflito com a lei capazes de impor

dif iculdades para a atuação dos guardas, segundo as diretr izes

normativas e os padrões de direitos humanos. Como resultado

principal são apresentadas algumas propostas de capacitação e

aperfeiçoamento dos servidores da GCM, pontualmente em

relação a situações que envolvem o adolescente em conflito com

a lei.

Palavras-chave:

Guarda civi l metropolitana – segurança pública – adolescente em

conflito com a lei – aperfeiçoamento prof issional .

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ABSTRACT

The dissertation aims to present a proposal for a change in

course offered by the Center for Urban Security Training (CFSU)

to Metropolitan Civil Guard of São Paulo (GCM/SP), able to

remedy the shortcomings and tensions that sometimes manifest

themselves in daily intervention of professionals who work with

adolescents in conflict with the law, always conside ring the human

rights standards. The dissertation indicates the processes of

formation and improvement of the guards, especial ly in relation to

the young offenders. I discuss also the curricula employed by the

Training Centre GCM/SP and the National Curriculum Matrix

prepared by the National Department of Public Security. The

research, bibliographic and documentary nature, benefited from

the extensive experience of the author who has worked in the

central region including the capital of São Paulo, even on aspects

of the legal competence of the GCM/SP and its place in the

Guarantee System of Rights. This study presents a survey of

exploratory nature that exposes records of occurrences of

GCM/SP involving children and adolescents. From these

occurrences were analysed situations involving young offenders

capable of causing hardship to the performance of the guards,

according to regulatory guidelines and standards of human rights.

The main result of some proposed training and development of the

GCM servers, punctually regarding situations involving

adolescents in conf lict with the law are presented.

Keywords :

Metropolitan Civil Guard - Public Security – young offenders

- professional development .

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LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS

Tabela 1 - Planilha de atos infracionais - Fevereiro/2012 . ... ... .43

Tabela 2 - Planilha de atos infracionais - Abri l/2012 ..... ... .... .. .44

Tabela 3 - Planilha de atos infracionais - Dezembro/2012 ...... .46

Gráfico 1 - Ocorrências: distr ibuição por unidade .... ....... ..... .. .48

Gráfico 2 - Idades dos infratores X quantidade de autuações .. .50

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AMA Assistência Médica Ambulatorial

CAPS Centro de Atenção Psicossocial

CET Companhia de Engenharia de Tráfego

Cetel Central de Telecomunicações e Vídeo-Monitoramento

CF Constituição Federal

CFSU Centro de Formação em Segurança Urbana

CMDA Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

Conanda Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

Conseg Conferência Nacional de Segurança Pública

Contru Departamento de Controle do Uso de Imóveis

CPP Código de Processo Penal

CRAS Centro de Referência de Assistência Social

CREAS Centro de Referência Especial izado de Assistência Social

CRECA Centro de Referência da Criança e do Adolescente

ECA Estatuto da Criança e do Adolescente

GM Guarda Municipal

GCM Guarda Civil Metropolitano

GCM/SP Guarda Civil Metropolitana de São Paulo

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Limpurb Departamento de Limpeza Urbana

MCN/GM Matriz Curricular Nacional para Guardas Municipais

MP Ministério Público

PM Polícia Mil itar

POP Procedimento Operacional Padrão

PUC Pontif ícia Universidade Catól ica

Senasp Secretaria Nacional de Segurança Pública

SIOPM Sistema de Informações Operacionais da Polícia Mil itar

SGD Sistema de Garantia de Direitos

SMADS Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social

SMSU Secretaria Municipal de Segurança Urbana

SNJ Secretaria de Negócios Jurídicos

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SPTrans São Paulo Transporte

STJ Superior Tribunal de Justiça

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SUMÁRIO

RESUMO.... ........ .. ............ ........ ........ ........ .... ... ..... ........ ...... .04

ABSTRACT...... ... .. ..... ....... ........ ........ ......... ... ........ ........ ..... .05

1. INTRODUÇÃO............... ........ ........ ......... ... ........ ........ ...... .10

2. SEGURANÇA PÚBLICA...... ........ .. ........... . ........ ........ ....... .14

3. SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS...... ......... ..... ........ .19

4. GUARDA CIVIL METROPOLITANA............. ... ..... ........ ...... .23

4.1 Formação / Matriz Curricular ......... .......... .. ........ ..... .25

4.2 Competências: Breves Considerações .......... . ....... .. . .29

4.3 Observações Quanto à Atuação da GCM ........ ......... .34

5. O ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI E A GCM..... .37

5.1 Relatórios da GCM/SP de Ocorrências Cometidas por

Crianças e Adolescentes ......... .... ..... .. ............ ...... .. ..... .42

5.2.1 Resultados ... .... ........ ........ ........ ............ ...... .48

6. PROPOSTA DE ALTERAÇÕES NA FORMAÇÃO DO GCM.. .52

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.... ........ ....... ..... ........ ........ ....... .54

ANEXOS......... ...... ............ ........ ........ ..... ....... ........ ........ ..... .56

ANEXO 1 – GCM: Grade de Treinamento ............ ...... .. ... ....... .57

ANEXO 2 – Curso de Formação GCM 3ª Classe ... ... ..... .. . ...... .70

ANEXO 3 – Curso de Formação GCM 3ª Classe Proposto ...... .76

ANEXO 4 – Portaria 441/09 - Procedimento Operacional

Padrão/001 Proposto ........... . ........ ..... ............ ... . .81

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.... ....... ..... ........ ........ ....... .88

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo principal apresentar

uma proposta de formação específ ica orientada a capacitar o Guarda

Civi l Metropolitano (GCM) do município de São Paulo, a atender

ocorrências envolvendo crianças e adolescentes. Para tanto, mostra-

se essencial indicar as competências atribuídas pela legislação para

tais integrantes da segurança pública.

Paralelamente, é observada a part icipação esperada da GCM

no Sistema de Garantia de Direitos da criança e do adolescente

(SGD), criado a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA), possibil itado pela Constituição de 1988 (art. 227) .

Fato é que, cot idianamente, são inúmeras as ocorrências que

exigem a intervenção do GCM junto à criança e ao adolescente, cuja

atuação por vezes pode se mostrar insatisfatória do ponto de vista do

respeito aos direitos dos mesmos. Ademais, revela-se no

desenvolvimento do trabalho que o GCM tem sido envolvido em

polêmicas relat ivas à competência ju rídica, ou mesmo falta de

habil idade em algumas de suas atuações.

Dessa forma, após breve descrição da evolução histórica da

GCM/SP, serão considerados alguns aspectos de sua competência

legal a part ir da Constituição de 1988, indicando o previsto em leis,

decretos e portarias estaduais e municipais , como a lei nº 13.396, de

26 de julho de 2002, que cria a Secretaria de Segurança Urbana,

entre outras.

Considera-se também relevante analisar a matriz curricular

para a formação e aperfeiçoamento dos servidores da GCM de São

Paulo, estabelecida pelo Centro de Formação em Segurança Urbana

(CFSU), assim como a Matriz Curricular Nacional para Guardas

Municipais (MCN/GM), publicada pela Secretaria Nacional de

Segurança Pública (Senasp) .

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Para melhor i lustrar a atuação presente da GCM/SP sobre a

problemática do adolescente infrator, após pesquisa bibl iográf ica

relacionada à temática sugerida, são apresentados e analisados

dados relativos a ocorrências realizadas em SP em três meses do

ano de 2012 (fevereiro/abril /novembro). Tais registros indicam, a

título de exemplo, a demanda operacional exigida dos servidores da

GCM/SP, expondo-se algumas dif iculdades enfrentadas em termos

de encaminhamento inst itucional.

A f inalidade é ter acesso a um maior embasamento a ser

empregado na formulação das referidas propostas de capacitação

por meio de pontuais inserções na matriz da CFSU, além de cursos e

outras atividades capazes de aperfeiçoar o desempenho dos GCMs

em suas ações cotidianas junto às crianças e adolescentes, mais

especif icamente em relação aos adolescentes em conflito com a lei.

Com isso, objet iva-se ainda contribuir com o preconizado no

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu Título I (das

Disposições Preliminares), art igo 4°:

“Ar t . 4º . É dever da famíl ia, da comunidade, da sociedade em geral e do poder públ ico assegurar , com absoluta pr ior idade, a efet ivação dos d ire itos referentes à v ida, à saúde, à a l imentação, à educação, ao espor te, ao lazer , à prof iss ional ização, à cultura, à d ignidade, ao respei to, à l iberdade e à convivênc ia famil iar e comunitár ia” (gr ifo nosso )

O estudo procura ser capaz de analisar o tema para a

apreciação da academia estabelecendo não só um debate sobre ele e

seus diversos aspectos mas procura também propor a introdução de

matéria específ ica já no curso de formação do guarda civi l

metropolitano.

Por f im, considera-se fundamental explicitar que o autor desta

pesquisa de fato vivencia os problemas apontados aqui, o que

favorece a apresentação de uma proposta de intervenção, ou

atualização na matriz curricular. Para melhor esclarecer tal af irmação

faz-se necessário introduzir uma breve biograf ia do referido autor,

que busca através desta instituição realizar um mestrado com base

acadêmica, e oferecer uma pesquisa com resultados de caráter

prof issional.

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Atuou na área de segurança patrimonial desde 1988, até ser

efetivado por mérito de concurso (nível superior) como 2º Inspetor da

Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, em maio de 2003.

Este integrante da Segurança Pública sempre demonstrou

extremo interesse no aperfeiçoamento contínuo dentro de sua

prof issão. Desde que assumiu o cargo na GCM, realizou cerca de 34

cursos de aperfeiçoamento e participou de 19 palestras, congressos

e seminários; inclusive já foi palestrante desenvolvendo os temas

“Desarmamento”, em 2005, e “O papel do município na segurança

publica”, em 2013 . Também atuou como professor convidado da

Pontif ícia Universidade Católica (PUC), nas of icinas de “métodos,

resoluções pacif icas de conflitos ”.

O aprendizado, assim como a dedicação proporcionaram, ao

longo dos anos, o exercício de diferentes cargos oferecidos pela

corporação: iniciou em maio de 2003 com a colocação de Assistente

Técnico Operacional, e então assumiu a função de Inspetor Chefe

Regional em agosto do mesmo ano.

Após cumprir tal posto, intercalando com o de Inspetor Chefe

de Grupamento em diferentes unidades, como na região da Luz,

Praça da Sé, Republica, e Avenida Nove de Julho, conhecidos locais

onde se encontram crianças e adolescentes em situação de risco

(assim como infratores), atualmente é Diretor da Central de

Telecomunicações e Vídeo-Monitoramento (CETEL).

Ao longo do tempo, além de contribuir com o estabelecime nto

de condutas a serem seguidas pela corporação, como os

procedimentos operacionais na sentinela, armaria, e administrativos

da unidade de M. Boi Mirim, ou a atuação da GCM na Zeladoria

Urbana na unidade da Sé, entre outros, também foi responsável pela

criação de cursos, dentre os quais cabe aqui destacar o

Procedimento Operacional Padrão 001 (POP 001) - Criança e

Adolescente, explicitado no desenvolvimento deste estudo .

Ainda participou diretamente na elaboração de algumas ações

na área da Nova Luz, conhecida popularmente como cracolând ia, e

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na elaboração do manual do conselheiro tutelar da cidade de são

Paulo, publicado pela Secretaria de Negócios Jurídicos (SNJ), 2012.

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2. SEGURANÇA PÚBLICA

A Constituição Federal (CF) de 1988, Título V, logo no início da

redação do Capítulo III (da Segurança Pública), ressalta que:

“Ar t . 144 - A segurança pública, dever do Estado, d irei to e responsabi l idade de todos, é exerc ida para a preservação da ordem públ ica e da incolumidade das pessoas e do patr imônio, ( . . . ) ”

Certamente, a guarda municipal (GM) pode ser descrita como

um dos agentes ativos que compõem o quadro da Segurança Pública

no país. E conforme a Constituição Federal (CF) determina, é

impossível negar a obrigação de qualquer um de seus agentes em

preservar a ordem pública e o patrimônio, assim como a

incolumidade das pessoas.

Na CF de 1988, mais precisamente no art. 144, §8º, encontra -

se a garantia da possibi l idade de se constituir a GM em cada

município do território nacional:

“Parágrafo 8º - Os Municíp ios poderão const i tu ir guardas munic ipais dest inadas à proteção de seus bens, serviços e insta lações, conforme dispuser a le i” .

Vê-se que o parágrafo 8º introduz como competência direta da

GM tão somente a proteção dos bens, serviço s e instalações

munícipes.

A Constituição Federal de 1988 dedica apenas um parágrafo à

GCM, incluindo-a ao escopo da Segurança Pública, onde deixa claro

que deve ela ser regida “conforme dispuser a lei”. Porém, tal lei

federal específ ica ainda aguarda ter sua redação redigida e

promulgada.

Mesmo sem regulamentação específ ica , a partir do §8 do art.

144, que encarrega a GCM da proteção de bens, serviços e

instalações, autores como Ramos (2010), entendem que dentre todos

os bens corpóreos e incorpóreos existentes no município, o mais

importante certamente é a vida de seus cidadãos.

A Lei também deixa claro que o município possui grande

responsabil idade em garantir a segurança pública, não somente

devido à proximidade com a população, vivenciando seus maiore s

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problemas de segurança no espaço urbano, mas também, conforme

Mariano (2004), porque as soluções art iculadas dependem

basicamente da estrutura municipal. Af inal, as ações preventivas dos

GMs precisam ser combinadas com ações sociais urbanas.

“Desenha -se, no âmbito do poder públ ico munic ipal, uma nova perspect iva no enfrentamento da v io lênc ia. Trata -se de atuar sobre as c ircunstânc ias a e la assoc iadas, de enfrentar suas causas objet ivas e subjet ivas e de reduzir os fatores de r isco, prevenindo a ocorrênc ia.” (Mar iano, 2004, p.82)

Kruchin (2013) acrescenta que os estudiosos consideram

fundamental a participação dos municípios na segurança pública,

porém existem inúmeras teorias sobre o assunto. Conforme a autora,

para alguns o município é essencial na gestão de polít icas de

prevenção à violência, outros acreditam que deve o município

assumir tão somente o papel de integrador, ou então precisa agir em

conjunto com as polícias e art icu ladamente com o governo federal,

ou ainda se defende que a lém de prevenir, tem por obrigação atuar

nas polít icas repressivas em conjunto com as polícias estaduais.

Também são diversos os fatores que impulsionam o processo

de participação dos municípios na segurança pública. Kruchin (2013)

indica alguns:

Altas taxas de criminalidade e a consequente preocupação da

população;

A força policial passou a perceber que o problema não é só o

crime cometido, envolvendo também as especif icidades do local

em que ele ocorre;

O tamanho do país e a quantidade de tarefas do Estado

propiciam a abertura de um espaço de atuação preventiva por

parte dos municípios.

Apesar da possibil idade de todos os municípios de criar sua

guarda municipal, Lima (2009) exibe números publicados pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE), indicando que

até 2006, apenas 28,7% dos municípios de São Paulo possuíam

guardas municipais, contra uma média nacional ainda menor, de

14,1%.

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Oliveira (2013) ressalta que diversos autores entendem que os

municípios devem exercer um papel cada vez mais bem deline ado e

incentivado na segurança pública de prevenção da violência, pois a

execução de estruturas que atendam às atuais polít icas

cooperativistas é de competência deste ente federativo.

Para se promover a segurança das comunidades , Lima (2009)

acredita que cabe ao governo municipal acionar medidas como

iluminar espaços públicos, l impar terrenos abandonados ou baldios,

implementar projetos sociais, oferecer espaços de convivência e,

investir na criação e aperfeiçoamento de guardas municipais.

Dentre as principais polít icas adotadas pelos municípios nesse

sentido, Lima (2009) destaca de modo simplif i cado a criação das

guardas municipais, a institucionalização de conselhos, secretarias,

e planos municipais de segurança.

A CF de 1988, no art. 144, estabelece que seja o governo do

Estado o ente federativo responsável único pelas Polícias Civil e

Militar eximindo, em sua redação, os governos municipais e o federal

de atuarem na manutenção da segurança pública. Exceções são o

controle da Polícia Federal , pelo governo federal, e a criação de

guardas municipais pelas administrações municipais.

Kruchin (2013) lembra que acadêmicos e administradores

públicos defendem mudanças nessa estrutura de responsabil idade

única dos Estados pela segurança pública, pois as novas polít icas e

estudos exigem o tratamento multidiscipl inar do crime e da

criminalidade.

“A ideia de paradigma diz respeito a um novo entendimento sobre o contro le do cr ime e da v io lênc ia e remete à responsabi l ização de toda estrutura federat iva no t ratamento dessas questões, a lém de cons iderar um enfoque no papel dos municíp ios como instânc ia de implementação de polí t icas públicas de segurança. Ou seja, pressupõe-se o rompimento com o modelo vigente.” (Kruchin, 2013, p.48)

Lima (2009) esclarece que, de acordo com a CF, a segurança

pública em sentido estrito (atuação policial), é realmente de

competência de governos estaduais, f icando a cargo dos municípios

proteger seus patrimônios. O autor acredita que o aumento da

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criminalidade desde a década de 1980 e 1990 está mudando a lógica

relacionada à prevenção contra o crime e a violência:

“ Isso, aparentemente, provocou uma mudança de o lhar, do repress ivo para o prevent ivo, e des locou a visão do cr ime para a da v iolênc ia, em que medidas e intervenções no cenár io urb ano ser iam a senha para al terar o quadro de insegurança.” (Lima, 2009, p.14)

Mariano (2004) ressalta que, na prática, a maioria dos guardas

municipais atua fundamentalmente no policiamento preventivo em

escolas, no trânsito, e em parques públicos. Porém, p or vezes algum

servidor extrapola sua função exercendo um indesejável policiamento

ostensivo-repressivo.

Kruchin (2013) sal ienta outra questão importante, trazida à tona

por algumas resoluções da Conferência Nacional de Segurança

Pública (Conseg), de 2009, e abordada em capítulos posteriores

deste estudo: a necessidade de regulamentação legal para uma

definição do papel dos municípios no âmbito da segurança pública.

Conforme Kruchin (2013, p.11) “É ponto de comum acordo a

necessidade de regulação das at ividades das guardas municipais,

que realizam tarefas totalmente diversas e muitas vezes conflitantes

com as atividades policiais”.

Fato é que, assim como estabelece a CF de 1988, os guardas

municipais são uma realidade vinculada à Segurança Pública e,

portanto, se torna imperativo estabelecer uma regulamentação de

seu perf i l e atr ibuições.

“Não se trata apenas de inclu ir as guardas c iv is munic ipais no s is tema de segurança públ ica. Trata -se de estabelecer o perf i l de uma nova pol íc ia com novo formato, pautad a na legal idade democrát ica, na mediação de conf l i tos , na interação com a soc iedade, na interd iscipl inar idade, na valor ização prof iss ional e na convicção de que pol ic iamento preventivo é essenc ial para qualquer s is tema de segurança públ ica democrát ico.” (M ar iano, 2004, p.121)

O autor ainda explica que a atuação integrada da GM com

órgãos federais, estaduais e municipais precisa ter caráter

permanente, pois sua importância é inquestionável.

Mariano (2004) esclarece que a GCM de SP, assim como todas

as outras do país, apresenta carências fundamentais, como leis

ainda não criadas, comandos comissionados e uma estrutura

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regulamentada por decretos. Tais fatos mantêm a instituição sem

identidade e, em alguns casos, sem orientação. Tal tema será mais

bem exposto em capítulo adiante desenvolvido.

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3. SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS

Como recorda Nascimento (2013), a promulgação da

Constituição de 1988, mais especif icamente em seu art. 227, abriu

caminho para a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA), estabelecido pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. O

referido estatuto nasceu de movimentos populares e de juristas,

contemplando as necessidades adequadas a seu presente, buscando

primordialmente retirar as crianças e adolescentes das mais

diferentes formas de violação a que eram submetidas.

Breier (2012) comenta que o ECA trouxe grandes mudanças

para as crianças e adolescentes em relação à legislação de 1979,

então chamada de “Código de Menores”, comumente considerada

extremamente discriminatória. Diferentemente, o ECA fez crianças e

adolescentes passarem a ser considerados cidadãos, com direitos

garantidos, permit indo e incentivando as esferas federal, distr ital,

estadual e municipal a implementar polít icas públicas para este s

segmentos da sociedade. O até então pejorat ivo termo “menor” foi

banido, e substituído por “criança e adolescente”.

É interessante citar, como percebeu Sposati (1998) , a

dif iculdade que muitos apresentaram (alguns ainda apresentam) em

abandonar a denominação “menor” em troca de “criança e

adolescente ”. Para a autora, tal fato revela o quanto a cultura de

culpabilidade das crianças foi (e ainda é) inf luente neste país.

O ECA signif icou uma real mudança nos preceitos sustentados

pelo Direito por longa data, agora não mais regidos pela noção de

situação irregular, mas sim pela doutrina de proteção integral,

contemplando a sociedade com o conceito de responsabil idade

comparti lhada.

Conforme Salla et al (2006):

“O Estatuto da Cr iança e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990, fo i o resultado de um amplo processo de cr í t ica aos modelos punit ivos que ex ist iram no Brasi l desde o f inal do século XIX.” (Sal la et a l , 2006, p.4)

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Frasseto (2006) adiciona que o ECA também inovou ao conferir

cidadania às crianças e adolescentes, con ferindo às crianças e

adolescentes acusados de prát ica infracional um processo na justiça

com direito de defesa.

Araújo (2010) lembra que a intenção da legislação de 1990 é

assegurar a proteção integral à criança e ao adolescente de tal forma

que, se a privação de l iberdade se faz absolutamente necessária o

agente da lei, como é o caso do GCM, deve observar r igorosamente

os direitos e garantias previstos no Estatuto da Criança e do

Adolescente.

O art. 230 do ECA instrui:

"Art . 230. Pr ivar a cr iança ou o adolescente de sua l iberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em f lagrante de ato inf rac ional ou inex is t indo ordem escr i ta da autor idade judic iár ia competente:

Pena - detenção de seis meses a dois anos. Parágrafo único. Inc ide na mesma pena aquele q ue procede à

apreensão sem observânc ia das formal idades legais . "

Portanto, o adolescente em questão somente pode ser

apreendido pelo GCM se estiver em f lagrante ato infracional ou por

ordem escrita e fundamentada expedida por autoridade judiciária

competente. Não podem ser apreendidas crianças com até 12 anos

de idade incompletos, mas sim apenas os adolescentes.

Nesse sentido, nota-se que o ECA, além de garantir os direitos

dos adolescentes, lhes imputou pela primeira vez a responsabil idade

pelos atos inf racionais que cometem, a serem observados pelos

agentes da lei .

Porém, para que medidas socioeducativas sejam efetivadas, é

imprescindível a operacionalização do Sistema de Garantia de

Direitos da Criança e do Adolescente (SGD), que, como bem indicam

Graciani e Graciani (2013), corresponde a um conjunto de princípios,

pressupostos e diretrizes cuja f inalidade é propor prát icas e ações

que devem se organizar como um sistema.

A definição original para SGD está impressa na resolução 113

do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

(Conanda), de 19 de abri l de 2009, cujo art. 1º descreve:

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“ ( . . . ) const i tu i -se na art icu lação e integração das ins tânc ias públ icas governamentais e da soc iedade civ i l , na apl icação de instrumentos normativos e no funcionamento dos mecanismos de promoção, defesa e controle para a efet ivação dos d ire itos humanos da cr iança e do adolescente, nos níveis Federal, Estadual, Dis tr i ta l e Munic ipal .”

Teixeira (2013) explica que o Sistema de Garantia de Direitos

está distribuído em três eixos estratégicos. De maneira resumida,

consistem em:

Eixo de Promoção de Direitos - Seus principais atores são as

instâncias governamentais e a sociedade civi l, como ministérios

do governo federal, secretarias estaduais ou municipais,

fundações, ONGs, etc.

Eixo de Defesa - Atuam conselhos tutelares, Ministério Público

Estadual e Federal, Judiciário, Defensoria Pública do Estado e

da União, e órgãos da Segurança Pública, como a GM, polícia

civil, mil itar, federa l, ouvidorias, corregedorias e centros de

defesa de direitos, etc.

Eixo de Controle Social - Deve ser realizado principalmente

pela sociedade civi l e por meio de instâncias públicas

colegiadas, como os conselhos.

Na promoção de direitos, a GCM atua na proteção e

encaminhamento, participando da rede de proteção do município

para criança e adolescente, ou para v ítimas de violência doméstica.

Na defesa, age na repressão qualif icada, coibindo o trabalho

infantil em ações integradas nos faróis e logradouros públicos, bem

como autuando atos infracionais. No controle social, trabalha junto

ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

(CMDA), participa ativamente em programas de prevenção ao uso de

álcool e drogas, e também como mediador de conflitos, em especial

nas esferas familiares.

Porém, é fundamental que suas ações sejam integradas com

outras esferas para que o SGD funcione como o esperado para todos

os adolescentes que dela necessitem.

Souza (2012) acredita que dentre as dif iculdades encontradas

para a efetivação de uma polít ica de proteção social para a

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população em situação de rua, por exemplo, estão os diferentes

governos, alguns tratando o assunto como tema estritamente social,

policial, ou com ações isoladas. Souza (2012) entende que censos

confiáveis, ou mesmo informações que sejam capazes de ajudar a

definir polít icas públicas, não existem.

E cabe ao Poder Público, através de seus agentes, a obrigação

de priorizar a efetivação de direitos básicos como vida, saúde,

educação, al imentação, dignidade, cultura, laze r, convivência

familiar, entre outros.

Para Muniz (2008), certamente para esse poder/dever de

resguardar a incolumidade das crianças e adolescentes o Estado

precisa estender sua ação a diversos de seus agentes como, por

exemplo, aos integrantes da GCM. O guarda civi l metropolitano, em

constante contato com a população, precisa atuar continuamente não

na repressão aos adolescentes, mas sim na prevenção de atos

infracionais.

Pode-se entender que, apesar da característica dif iculdade

imposta por entraves pol ít icos no país, é preciso reconhecer que o

ECA oferece a possibi l idade de o agente aplicador da lei, no caso o

GCM, exercer um trabalho ef icaz junto aos adolescentes em situação

de risco ou infratores.

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4. GUARDA CIVIL METROPOLITANA

Ramos (2010) indica que já em 1842, pelo Regulamento Geral

nº191, padronizou-se a atuação, patentes e uniformes das guardas

municipais permanentes no Brasil.

Conforme a Prefeitura de São Paulo (2013), a história d e sua

Guarda Civi l Metropolitana (GCM) começou em 22 de outubro de

1926, sob a força da Lei n° 2.141. Denominada “Auxil iar da Força

Públ ica, mas sem caráter mil itar”, tal precursora da GCM foi criada

pelo governo do Estado em razão da preocupação com a segurança

pública, à época constantemente envolvida em movimentos

revolucionários.

“O perf i l desta guarda tentava seguir o modelo da pol íc ia londr ina por meio do pol ic iamento prevent ivo da capi ta l , f iscal ização no trâns i to, serviço de radiopatru lha para o contro le da cr iminal idade, proteção de escolas, repart ições p úbl icas em geral e pol ic iamento fazendár io nas c idades de Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba, Bauru, Marí l ia, Pres idente Prudente, Jundiaí, Mogi das Cruzes, Piracicaba e São Car los.” (Prefei tura de São Paulo, 2013)

Em 1970, após quase 40 anos de existência, com o Decreto-Lei

nº 217 a GCM, já removida da Constituição do Estado de São Paulo,

foi of icialmente anexada à Força Pública, tornando-se integrante da

recém criada Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Até que, em 1988, uma nova Constituição Federal trouxe de

volta a possibi l idade de cada município do país reimplantar a Guarda

Municipal.

Porém, pouco antes da promulgação da CF, em 1986, a GCM

havia sido novamente of icial izada, nos moldes em que hoje atua, na

gestão do então prefeito Jânio da Silva Quadros, apoiado na lei

municipal nº 10.115, de 15 de setembro do mesmo ano.

“A pr imeira turma, composta por 150 guardas, se reunia no prédio onde func iona hoje o Setor de RH da Secretár ia de Ass istência e Desenvolvimento Soc ial na Rua Pedro de Toledo, já que o Comando não t inha sede própr ia. Lá, e les recebiam as ordens do d ia e seguiam para seus postos de trabalho a pé ou de ônibus.” (Prefei tura de São Paulo, 2013)

Conforme ensina Ramos (2010), desde 1988 a Constituição

Federal faculta e encoraja os munic ípios, através de seu Art. 144,

§8º, a criar suas próprias guardas municipais. Afinal, parte-se do

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pressuposto de que o gestor municipal está mais próximo de sua

comunidade, que por sua vez sofre os mais diversos problemas de

segurança dentro do município em que reside.

A Lei nº 13.396/2002, responsável pela criação da Secretaria

Municipal de Segurança Urbana (SMSU), em seu art. 4º transfere

para a SMSU a Guarda Civi l Metropolitana. O parágrafo único do art.

4º institui que a GCM é o principal órgão de execução da polít ica

municipal de segurança urbana. O art. 15º acrescenta “(. ..) como

princípio que a função da Guarda Civi l Metropolitana é preventiva,

comunitária e de promoção dos direitos humanos fundamentais”.

Ramos (2010) atenta que, com vistas à regulamentação do art.

144 §8º da CF, e mesmo pela ampliada interpretação que vem sendo

seguida, e também devido ao anseio natural dos servidores, o

Governo Federal e os municípios investiram somas consideráveis no

aumento de seus efetivos e reestruturação de insti tuições,

procurando implantar modelos de gestão administrativa com

responsabil idade social.

Como o número de delitos nos municípios cresce e a ação dos

guardas municipais se faz cada vez mais necessária, por vezes

legisladores tomam medidas para que a GCM/SP possa também

auxil iar em atribuições da polícia mili tar , como a atuação em escolas

municipais e no trânsito em seu entorno . Dessa forma, a PM poderia

direcionar sua atenção ao combate aos crimes.

Ramos (2010) relaciona algumas diretr izes que seriam

necessárias à corporação, aprovadas na 1ª Conferência Nacional de

Segurança, que resumidamente se refere a :

Regulamentar as Guardas Municipais como Polícias Municipais;

Definir suas atribuições constitucionais;

Regulamentar a categoria;

Garantir direitos estatutários: Jornada de trabalho; Plano de

carreira; Aposentadoria; Assistência f ísica e mental;

Mariano (2004) cita também a importante proposta da GCM/SP

em criar superintendências de áreas específ icas que ref litam as

prioridades preventivas e comunitárias da corporação. A primeira

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superintendência é a de trânsito, dedicada a amparar a Companhia

de Engenharia de Tráfego (CET) e a Polícia Mil itar (PM) . Outra

superintendência se refere à guarda de parques públicos e áreas de

proteção ambiental. A cidade de São Paulo possui 32 parques e duas

áreas de proteção. A terceira superintendência se dedicaria à

f iscalização de posturas municipais, mediação de conflitos e

gerenciamento de crises, atuando tanto em programas como o Psiu

(silêncio urbano), como na f iscalização de ambulantes, entre outros.

“Desde as novas or ientações das d isc ip l inas operac ionais – que cuidam das abordagens e do compor tamento, na rua e em uma viatura – até as novas d isc ip l inas teór icas ( . . . ) , todas têm como perspect iva a necess idade de os guardas c iv is metropol i tanos (de todos os níveis hierárquicos) pensarem prevent iva e comunitar iamente, para que suas ações prát icas reproduzam a nova f i losof ia que se pretende inser ir no s istema de segurança públ ica munic ipal. ” (Mar iano, 2004, p. 98)

Mariano (2004) acrescenta que a criação da Secretaria

Municipal de Segurança Urbana de São Paulo exigiu ainda a

implantação de uma base de dados e informações; além de

padronizados, os registros de ocorrências da GM de 39 municípios

da região metropolitana de SP são totalmente informatizados. O

sistema é capaz de oferecer respostas precisas e imediatas.

4.1 Formação / Matriz Curricular

O primeiro curso de formação para a GCM, segundo dados da

Prefeitura de São Paulo (2013), t inha duração de 30 dias, co m

explicações técnicas e práticas dos objetos do dia a dia. Atualmente,

a duração do curso estabelecida pelo Centro de Formação em

Segurança Urbana (CFSU) é de 600 h/aula.

O CFSU hoje oferece o suporte técnico especializado para o

curso de GCM. Sua real função é a formação, qualif icação e

aperfeiçoamento dos integrantes da Secretaria Municipal de

Segurança Urbana (SMSU). Por sua vez, o CFSU está subordinado à

SMSU, responsável por estabelecer as polít icas, diretrizes e

programas de segurança no município de São Paulo.

O CFSU, criado em 26 de julho de 2002 por meio da lei nº

13.396:

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“Tem como missão pr imordia l formar, capac i tar e promover o apr imoramento dos integrantes do Quadro da Guarda Civ i l Metropol i tana, bem como dos servidores munic ipais que atuam em inst i tu ições e programas relac ionados à Segurança Urbana.” (Prefe i tura de São Paulo, 2013).

Por sua vez, a Secretaria Nacional de Segurança Pública

estabeleceu a Matriz Curricular Nacional para Guardas Municipais

(MCN/GM), como um instrumento que serve de base para os cursos

de formação dos agentes da GM nos diversos municípios do país.

Empregando como base a Matriz Curricular Nacional, o CFSU

elaborou o Curso de Formação Específ ico de Capacitação para

Guarda Civi l Metropolitano. Em 2010, as alterações levaram à

inclusão das disciplinas “Mobil ização Comunitária” e “Prevenção,

Mediação e Resolução de Conflitos”.

Pereira (2010) adiciona que também foram estabelecidas para a

GCM de São Paulo aulas voltadas para os cinco programas

prioritários da SMSU: proteção escolar; proteção ambiental; controle

do espaço público e f iscalização do comércio ambulante; proteção a

agentes públicos e ao patrimônio público, e; proteção a pessoas em

situação de risco.

O portal da Prefeitura de São Paulo (2013) confirma que a

GCM/SP, aplicando seu perf i l de segurança preventivo e comunitário

- com efetivo a pé e motorizado - se faz presente em todas as

regiões da cidade, e tem como principais at ividades: Proteção

Escolar, Proteção Ambiental, Proteção de Pessoas em Situação de

Risco, Proteção ao Agente Público e Patrimônio Público, proteção ao

Espaço Público e Fiscalização ao Comércio Ambulante.

A atuação da GCM na proteção das pessoas em situação de

risco está autorizada, mas precisa estar al inhada à busca por um

novo modelo social almejado pela Prefeitura de SP, repelindo todas

as formas de violência: f ísica, psicológica, econômica e social. Aqui,

a solução certamente passa por cursos de capacitação e

aperfeiçoamento que devem ser rotineiramente oferecidos aos

integrantes da GCM.

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A proteção de pessoas em situação de risco consta no

Programa de Pessoa Cidadã, sendo matéria estruturada na matriz

curricular apresentada pela CFSU.

O conteúdo da Matriz Curricular Nacional para a formação de

Guardas Municipais (MCN/GM) referente a gestão de conflitos,

situação delicada quando crianças e adolescentes surgem

envolvidas, abrange (VI.6):

“Concei tuação de espaço públ ico e legis lação relat iva à sua ut i l ização;

Conf l i tos no espaço públ ico munic ipal : tarefas da Guarda Munic ipal, tarefas da Pol íc ia;

Mediação de conf l i tos: pr incíp ios , técnicas e procedimentos; Preparação ps icológica e emocional do “gerenc iador” de

conf l i tos; Tomada de dec isão em situações de conf l i to; Uso legal e progress ivo da força, da arma de fogo e defesa

pessoal – leg i t im idade e l im ites : formas, responsabi l idade e ét ica; Responsabi l idade do(a)s apl icadores da le i; Art icu lação/ integração com a comunidade na gestão de conf l i tos.”

Importante matéria indicada na MCN/GM se refere à ética,

direitos humanos e cidadania, onde o servidor da GCM aprende

sobre a garantia de direitos, com noções legais voltadas para a

criança e o adolescente, entre outros grupos.

Já em “Cultura e Conhecimentos Jurídicos” , o aluno ganha

noções sobre legislações especiais aplicáveis no âmbito da

Segurança Pública, onde se vê incluso o Estatuto da Criança e do

Adolescente.

Importante relatar que a MCN/GM, entre as ações preventivas,

propõe que os servidores da GM compreendam como ensinar

crianças e adolescentes a atuarem como multipl icadores da paz .

Entre as “Técnicas e Procedimentos Operacionais” descritos na

MCN/GM, estão incluídas as crianças e adolescentes em situação de

risco, e adolescentes em conflito com a lei.

Na matéria “Violência e Segurança Pública ” (MCN/GM), além de

propostas de intervenção a partir de ações preventivas, seria salutar

incluir ações orientadas a casos de f lagrante delito perpetrado por

adolescente.

O Curso de Formação Específ ico elaborado pelo CFSU insere

aulas que trazem noções sobre: postura frente a criança ou

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adolescente em situação de abandono; o ECA, e; crianças e

adolescentes em situação de risco .

Ressalta-se que a MCN/GM aprovada pela Senasp deixa

espaço para o prof issional da GM desenvolver suas habil idades, ou

seja, realizar contínuos aperfeiçoamentos em sua capacit ação, como

descrito no Capítulo VII do referido instrumento: “ Desenvolver e

transformar progressivamente suas capacidades intelectuais e

afetivas para o domínio de conhecimentos, habil idades, hábitos e

atitudes pertinentes para o desempenho prof issional.”

É sempre bom lembrar que a educação continuada é

fundamental para a formação e atuação do GCM. Nas palavras de

Souza (2012), após a GCM/SP ganhar certo conforto jurídico para

suas ações, deve-se então selecionar equipes com perf i l adequado e

capacitação continuada, preparadas para a aproximação, abordagem

e encaminhamento da criança e adolescente em situação de risco e

vulnerabil idade, como descrito no art. 98 do ECA.

É preciso reconhecer também que a GCM/SP passa por

avanços notórios, porém trata-se de um processo que precisa ser

ininterrupto, pois ainda existem certas desigualdades entre a teoria e

a prática. Por tal motivo, a capacitação in icial e continuada deve ser

insistentemente incentivada pelos gestores e promotores de direitos

ligados à corporação.

4.2 Competências - Breves Considerações

Citam-se a seguir alguns dispositivos legais capazes de

embasar juridicamente a atuação da GCM no município de São

Paulo. Dessa forma são expostas leis, decretos, entre outros , com a

f inalidade de identif icar as ações esperadas do GCM, principalmente

quando em casos de f lagrante delito envolvendo qualquer cidadão,

seja adolescente ou adulto.

De imediato, cita-se que o art. 88 do Estatuto da Criança e do

Adolescente (ECA) apresenta como diretr iz básica a municipal ização

do atendimento ao adolescente.

O art.86 do ECA conceitua:

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“A pol í t ica de atendimento dos d ire itos da cr iança e do adolescente far -se-á através de um conjunto ar t icu lado de ações governamentais e não-governamentais , da União, dos Estados, do Dis tr i to Federal e dos Municíp ios.”

Conforme Costa (2008) a municipalização do atendimento à

criança e ao adolescente em confli to com a lei se al inha ao princípio

da descentral ização e da integração operacional, introduzidos pela

polít ica de atendimento do ECA. Na realidade, as redes locais de

atendimento, seja para medidas protetivas ou sócio educativas,

podem ser entendidas como a linha de frente estabelecida pelos

municípios para a atuação da Justiça da Infância e da Juventude.

Com base na CF, a Prefeitura de São Paulo, através da SMSU,

assume como principais at ividades dos integrantes da GCM, como já

se apontou acima, os seguintes programas: Proteção Escolar;

Recuperação e Controle de Espaços de uso Público; Proteção

Ambiental; Proteção aos Agentes Públicos e Patrimônio Público;

Proteção às Pessoas em Situação de Risco; operações e programas

ligados à gestão integrada da segurança pública.

Para estar apto a realizar suas mais básicas obrigações como,

por exemplo, abordar pessoas em f lagrante delito, faz -se

fundamental “Compreender a complexidade das situações de trabalho

e das práticas de Segurança Pública, identif icando rotinas e riscos

das decisões tomadas;” (MCN/GM, Cap.VII, p.22)

A Prefeitura Municipal de São Paulo, com o Decreto 50.525, de

26 de março de 2009, estabelece os deveres e direitos dos

servidores do quadro da Guarda Civil Metropolitana. Entre outros,

assim dispõe:

“Art. 3º . São atr ibuições do cargo de Guarda Civi l Metropol i tano - 3ª Classe: I - executar a proteção c idadã, de modo prevent ivo e ostensivo, inib indo e repr imindo atos que atentem contra os bens, serviços e insta lações munic ipais , promovendo, em espec ia l : a) a proteção escolar; b) o contro le do espaço de uso públ ico, notadamente quanto: 1. à f iscal ização do comércio ambulante nas v ia s e logradouros públ icos; 2. à proteção e encaminhamento de pessoas em si tuação de r isco;”

A proteção e encaminhamento de pessoas em situação de risco

– e naturalmente o adolescente, infrator ou não, é um indivíduo – faz

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parte da proteção cidadã, preventiva e ostensiva, que o município

assume para sua GCM.

O mesmo disposit ivo, no art. 8º, §III , estipula que o agente da

GCM deve manter-se dil igente em relação a grupos vulneráveis,

incluindo pessoas em situação de risco (como crianças e

adolescentes, idosos, entre outros), protegendo-os contra ato de

violência.

Já a Portaria 404/2009 da SMSU estabelece no Capítulo II, §2º,

que a abrangência da atuação do GCM engloba o atendimento à

criança e o adolescente em situação de violência, drogadição, abuso

e exploração sexual ou econômica nas ruas, que atentem contra sua

saúde física e emocional, o adolescente em prática infracional, e o

adolescente em conflito com a lei.

Além da obrigação do GCM em salvaguardar a criança e o

adolescente de qualquer r isco, deve também coibir os atos que eles

praticam de vandalismo ou depredação contra o patrimônio público.

“Sobre as pr isões em f lagrante del i to , o Código de Processo Penal, em seu Art . 301, d iz que qualquer do povo poderá e as autor idades pol ic ia is e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em f lagrante del i to. Ou seja, qualquer pessoa pode prender no caso de f lagrante, e o GM, ins t i tuído de uniforme, v iatura, armamento e tre inamento tem o dever de prender em f lagrante, conduzindo o preso à presença da a utor idade pol ic ial , is to é, o delegado de pol íc ia, inc lus ive com o uso da força moderada para vencer a resis tência do preso caso haja necess idade.” (Frei tas, 2011)

À luz do Art. 301 do Código de Processo Penal (CPP), qualquer

do povo pode, e as autoridades policiais e seus agentes têm o dever

de prender aquele cidadão que seja encontrado em f lagrante delito.

A redação do referido artigo não deixa margem para dúvidas.

No caso de um adolescente surpreendido em f lagrante delito na

prática de algum ato infracional, é incisiva a redação da portaria

441/2009 (POP 001/2009), conforme disposto no item 5, dedicado

aos Procedimentos:

“5.9 No caso de adolescente surpreendido na prát ica de ato inf rac ional , deverá ser o mesmo encaminhado para o Dist r i to Pol ic ia l cuja autor idade or ientará os demais encaminhamentos, observadas as or ientações anter iores nos casos da Ass istênc ia Soc ia l ou Saúde;”

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Ou seja, na verdade o agente da GCM tem o dever de

encaminhar o adulto que prat ica ato il ícito, ou o adolescente que

esteja cometendo um ato infracional a um distr ito policial, onde a

autoridade competente determinará o correto atendimento.

A atuação dos integrantes da GCM na proteção de pessoas em

situação de risco se encontra estabelecida no art. 23 da Lei

14.879/2009, que estabelece ao GM ações de segurança urbana. O

Decreto 50.448/2009 define técnicas e atribuições.

E no mesmo sentido está a decisão do Superior Tribunal de

Justiça (STJ):

“A Guarda Munic ipal uma pol íc ia adminis trat iva, com funções previs tas no ar t .144, § 8º da Cons t i tu ição da República, sendo o del i to de natureza permanente, pode e la efetuar a pr isão em f lagrantes e a apreensão de objetos do cr ime que se encontrem na posse do agente inf rator, nos termos do ar t . 301 do CPP.” (HC109592/SP).

Além da legislação pertinente, autores e juristas apresentam

argumentos pretendendo esclarecer a questão da competência das

guardas municipais e do poder de polícia dos seus servidores.

Cretella Jr. (1989) indica que as atividades da Guarda

Municipal e da Polícia Mil itar na verdade são paralelas, e não

conflitantes. Ambas as organizações têm como dever fundamental

combater o crime. Telles (1996) compreende que a polícia municipal

é a legítima polícia comunitária. Ainda para a autora, a GM deve ser

transparente, inclusive colaborando com a f iscalização a ser exercida

pela sociedade.

Moraes (1995) comenta que se os problemas se manifestam no

município, deve uma moderna polícia municipal prestar um bom

serviço, identif icando-se com a população, expondo sua legalidade e

just if icando-se econômica, polít ica e socialmente.

Soares (2013) conclui que:

“Se a segurança públ ica é interesse local, não é, evidentemente, in teresse exc lus ivo do Municíp io, nem é interesse pr ivat ivo da local idade, mas se manifes ta d ireta e imediatamente na v ida munic ipal, logo os Municíp ios tem uma responsabi l idade com o serviço de segurança públ ica como qualquer outro serviço públ ico. ”

Apesar de tais interpretações, relativas ao disposto no Art.144

da CF/88, e mesmo com a adição de inúmeros disposit ivos

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pertinentes ao assunto, é certo que a base dos conflitos envolvendo

a atuação da GM esteja realmente na falta de uma lei federal

definit iva que imprima uma clara identidade à corporação.

Ainda quanto às competências da GCM/SP estabelecidas com o

intuito de padronizar sua atuação junto à população, dentre os 31

parágrafos do art. 1º do Decreto 50.525/2009 promulgado pelo então

prefeito Gilberto Kassab, é possível destacar:

I - respeitar a dignidade humana, a c idadania, a just iça, a legal idade democrát ica e a coisa públ ica ;

[ . . . ] V - por tar armamento, munição ou equipamentos autor izados e

não d isparar arma de fogo ou fazer uso de qualquer outro t ipo de armamento desnecessar iamente;

[ . . . ] VI I I - ac ionar a centra l de rádio e seus super iores caso

necess ite de apoio decorrente de f lagrantes ou demandas que entenda re levantes;

[ . . . ] XVI II - comportar -se de forma a não maltratar pessoa det ida

ou sob sua guarda ou responsabi l idade, bem como não permit ir que os det idos conservem em seu poder objetos não permit idos;

XIX - l iberar pessoa det ida ou d ispensar parte da ocorrênc ia somente com atr ibuição legal;

[ . . . ] XXIV - ze lar pela economia do mater ia l do Munic ípio e pela

conservação do que for conf iado à sua guarda ou ut i l ização; ”

Nas citações acima se observa que o município espera que o

GCM realize detenções em casos de f lagrante delito, sem maltratar a

pessoa detida, e respeitando a dignidade humana, a cidadania, e a

just iça.

Já o conteúdo do art. 3º do referido diploma se destina às

atribuições do cargo de GCM 3ª Classe, servidor que efetua

constante patrulhamento junto à população. Dos 13 parágrafos, o

presente estudo ressalta o §1º, o qual esclarece que cabe ao guarda,

em primeiro lugar, a proteção cidadã, de forma preventiva e

ostensiva.

Uma leitura rápida pelo diploma já perm ite entender que deve o

GCM se preocupar com praticamente todos os espaços do município,

ressalta-se, protegendo tanto o patrimônio, assim como o agente

público e as pessoas em situação de risco.

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33

O art. 3º do Decreto 50.525/2009 também ordena a prevenção e

repressão a ações predatórias e procedimentos irregulares, assim

como a dil igência em relação a grupos vulneráveis ( idosos, crianças

e adolescentes, entre outros), protegendo-os contra atos de violência

e afastando-os de locais impróprios e/ou de risco.

A Portaria 105/2010 da SMSU, responsável por regulamentar o

programa de proteção às pessoas em situação de risco, acrescenta

que deve o GCM diminuir e evitar a permanência de pessoas em

situação de risco em vias e áreas públicas da cidade e em locais

impróprios, abordando-as e encaminhando-as.

Já a Portaria 441/09 aprova o Procedimento Operacional

Padrão (POP) 001/2009 (Anexo 4), cujo conteúdo estabelece

condutas e medidas de proteção à criança e ao adolescente. A

abrangência da aplicação da Portaria 441 inclui não somente as

crianças e adolescentes em situação de rua, drogadição exploração

sexual e trabalho escravo, assim como as que estão em conflito com

a lei ou em prática de ato infracional.

A Portaria 441 inclui diretr izes objet ivas:

4.4 A adminis tração públ ica e part icularmente a GCM tem também o dever de proteger e zelar pelo bom uso do espaço público, do patr imônio públ ico, coib indo atos de vandal ismo, depredações e outros que caracter izam a desordem urbana e que favoreçam a v iolênc ia e a cr iminal idade.

Vê-se acima que a Lei espera do GCM ações capazes de

prevenir e impedir atos que levem à violência ou criminalidade.

O POP 001/2009 instrui os procedimentos básicos em caso de

resistência do adolescente infrator, onde desautoriza qualquer t ipo

de agressão, apenas o uso progressivo da força física conforme a

necessidade.

Além de exigir prof issionalismo e respeito do servidor da GCM,

a Portaria 441 também ressalta detalhes no atendimento às crianças

e adolescentes, como o procedimento para a identif icação do detido,

o que fazer com seus objetos pessoais, a quem informar as

ocorrências, entre outros. No capítulo a seguir, observa -se o

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procedimento frente a crianças e adolescentes e situação de risco

e/ou vulnerabilidade, e aqueles em conflito com a Lei.

É certo, conforme Mariano (2004), que a f i losofia de

policiamento preventivo e comunitário apregoada por novas regras,

estrutura, códigos, e até pelo conceito de gestão part icipativa

integrada, precisam ser assimilados por todos os integrantes da

inst ituição, desde a base até os setores superiores de comando.

4.3 Observações Quanto à Atuação da GCM

Certamente, o vácuo deixado pela falta de arcabouço jurídico

em esfera federal enseja contradições relat ivas a algumas ações da

GCM, mesmo que legit imadas por leis, decretos ou portarias

estaduais e municipais.

Um exemplo de tais objeções legais se extrai da ação civi l

pública (processo 3VFP-0029468-30.2012.8.26.0053) promovida pelo

Ministério Público (MP) contra a Prefeitura Municipal de São Paulo ,

contestando a ação da GCM no Largo São Francisco, conhecida

como “Operação Espantalho”.

A referida operação ocorreu em 09 de setembro de 2012,

iniciada em atendimento a denúncia de pichação do prédio da

Faculdade de Direito do Largo São Francisco, patrimônio histórico

tombado. Na ação, ocorreu a ret irada de moradores de rua que

permaneciam no Largo São Francisco, oferecendo condições para

imediatos serviços de manutenção do espaço públ ico.

Alderon Costa (2012) comenta que na referida operação os

guardas civis metropolitanos expulsaram moradores de rua da frente

da Faculdade São Francisco, no Largo São Francisco.

Por sua vez, a publicação do Instituto Terra, Trabalho e

Cidadania Pastoral (2012), comenta:

“Chama a atenção não apenas o fato de um órgão a que se outorga a proteção do patr imônio do Estado (art igo 144, par . 8o da Const i tu ição Federal de 1988) proceder à real ização de pr isões, a espec ialmente de homens do centro da capi ta l , mas sobretudo o caráter v io lento de sua ação. ( ITCC, p.39, 2012)

No processo o MP alega que a GCM empregou incorreta

abordagem junto aos moradores de rua uti l izando -se de meios

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violentos, chegando mesmo a ferir o princípio constitucional d a

dignidade humana. O processo ainda está em andamento.

A capacidade para a GCM abordar a população em si tuação de

rua foi, como já se observou acima, pela primeira vez estabelecida

pela Lei Municipal nº 14.879/2009, a qual, por meio de seu art. 23,

incluiu o inciso XI ao artigo 1º da Lei nº 13.866/2004, f ixando a

atribuição de: “atuar na proteção de pessoas em situação de risco,

encaminhando e apoiando as ações sociais, em conformidade com os

programas e ações integradas”.

O ocorrido no Largo São Francisco encontra respaldo na

recente Portaria 105/2010 da SMSU, que impõe ao GCM a

responsabil idade em diminuir e evitar a permanência de pessoas em

situação de risco em vias e áreas públicas da cidade e em locais

impróprios.

O processo aponta a existência de ordens superiores

orientando os GCMs a impedir a presença de cidadãos em situação

de rua em determinados per ímetros da cidade.

O promotor entende que a GCM exerceu atividade de caráter

social, no caso, abordagem e encaminhamento da população de rua,

ato que não se coaduna com as atribuições constitucionais criadas

para a entidade.

Ao longo do processo do MP, cita-se que o disposit ivo

constitucional (art. 144, §8, CF/88) l imita os guardas municipais à

proteção de bens, serviços e instalações municipais .

Em relação ao art. 144, § 8º da CF/88, o Portal da Guarda Civi l

(2009) atesta que, mesmo sendo realizada uma interpretação l iteral,

gramatical, da referida Lei, o GCM pode exercer proteção à pessoa

se a incolumidade pública est iver sendo vulnerada, e acrescenta que

o município tem responsabilidade em atuar contra algo que perturba

os munícipes.

Em defesa dessa atuação encontra-se na Matriz Curricular para

Guardas Civis Metropolitanos, publicada pelo SMSU: “É pelo t ipo de

tratamento dado a estas situações (conflitos), a mediação, que a

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Guarda Municipal vai se diferenciar das missões próprias da Polícia

Militar e af irmar a sua identidade” (Portal da Guarda Civil , 2009).

Ou seja, a GCM e a Polícia Mil itar se dist inguem pela

responsabil idade da primeira em resolver situações de conflito

empregando a mediação, sempre que possível.

Para Soares (2013), os problemas começam realmente com o

Art. 144 da CF/88, cujos supostos equívocos e falhas são apontados

por diversos estudiosos do tema. Cita o autor que as instituições

policiais não foram reformadas após o f im da Ditadura , e que a

polícia ferroviária federal não tem atualmente importância real que

just if ique ser ela legalizada no texto da Constituição Federal,

podendo ter sido regulada por lei federal.

Ademais, continua Soares, o Senado Federal, Câmara dos

Deputados e casas legislat ivas constituem suas próprias polícias

internas, mesmo não sendo contempladas no Art. 144 da CF/88.

Coube também às constituições estaduais preencher lacunas

deixadas pela CF/88 criando, por exemplo, polícia penitenciária,

metroviária, técnica, entre outras. E tudo indica que:

“ ( . . . ) submet ido aos lobbies corporat ivos dos pol ic ia is e à pressão das Forças Armadas, o governo federal ins is te em manter o s istema de duas políc ias estaduais.( . . . ) ins t i tucional izar essa integração num único corpo pol ic ia l é a solução para uma pol íc ia sem adjet ivos, nem mil i tar nem judic iár ia ( . . . ) ” (Soares, 2013, p.45)

Enquanto os GMs de todo o país esperam por uma

regulamentação federal, cidades como São Paulo uti l izam a Câmara

Municipal para sancionar inúmeras leis e decretos, suplementando a

legislação, disciplinando a matéria de baixo para cima.

Tramita Proposta de Emenda Constitucional n° 534,

apresentada no ano de 2002 pelo senador Romeu Tuma que

acrescenta para as guardas municipais a competência de cuidar de

suas populações, além dos espaços públicos.

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5. O ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI E A GCM

Cientes que a GCM é acionada pelo cidadão , comumente pelo

número telefônico 153 (Central de Telecomunicações), para atender

ocorrências que também envolvem crianças e adolescentes, a seguir

descreve-se o procedimento do sistema, aproveitando a experiência

deste servidor à frente do citado departamento.

A CETEL – Central de telecomunicação e vídeo monitoramento

da GCM/SP, tem como objetivo atuar de forma integrada com imputs

ativos e passivos, permit indo tomadas de decisões e intervenções

rápidas, ana l isando as “não conformidades”, encaminhando/

despachando o pedido da ação necessária através do sistema

operacional ou da telefonia para as unidades operacionais, agentes,

viaturas, ou outros órgãos e instituições a quem comp ete o

saneamento do feito.

A Central possui três setores:

I – Central de vídeo monitoramento ou vídeo proteção: desde

2006 em operação, a central de vídeo monitoramento da GCM inic iou

com 35 câmeras, e hoje se visualizam 1.400 pontos, abrangendo o

centro expandido da cidade e locais estratégicos e de interesse

público, protegendo parques, praças, cemitérios, e scolas, ruas e

locais de grande movimentação de veículos e pessoas O objetivo é

atuar dentro dos programas determinados e colaborar com os demais

órgãos de segurança da cidade, assim contribuindo com a segurança

pública.

A Central de vídeo proteção está integrada com a central de

vídeo monitoramento da Policia Mil itar, compartilhando ou

visualizando, alem das câmeras da PM, as de outros órgãos, como

SPTrans, CET, Defesa Civil, e ainda com termo de cooperação com a

iniciat iva privada.

A central ut i l iza câmeras Dome com resolução de 4 CIF’s , a 30

quadros por segundo, Agent VI (Vídeo Inteligente), e software

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programado para detectar “não confo rmidades” (ações e atos

infracionais), capaz de disparar sinais de alerta para o operador.

II – Central de atendimento – Call Center 153: A Guarda Civi l

Metropolitana passou a contar em 2008 com uma central de

atendimento pelo numero 153, integrada ao sistema da Policia Militar

(190), e Prefeitura da cidade de São Paulo (156), com vistas a se

unir progressivamente aos demais órgãos públicos. A central é

equipada com 22 cabines de atendimento com capacidade de

120.000 chamado/mês, onde se efetua encerramento de ocorrência,

elaboração de relatórios e execução da proteção telefônica em

postos municipais.

O Call Center prioriza o atendimento das demandas

relacionadas aos seis programas da GCM: 1 – Proteção Escolar, que

atua na segurança e proteção aos docentes e discentes da s

unidades, e na segurança do perímetro escolar no município; 2 –

Proteção Ambiental, atua na segurança e proteção dos parques,

áreas de interesse ambiental da cidade; 3 – Proteção ao Patrimônio

Público, atua na segurança e proteção de bens, instalações, e

equipamentos públicos, priorizando os municipais, como centros

esport ivos, culturais, de saúde, pontes, cemitérios, e monumentos; 4

– Proteção de Agentes Públicos, atua na proteção integrando-se com

os agentes públicos em suas atividades ou ações de f isca lização,

CONTRU, PSIU, SMADS, SPTrans, f iscais da prefeitura , Limpurb,

entre outros; 5 – Proteção do Espaço Público e Combate ao

Comércio Irregular, atua inibindo o comércio desregulamentado e o

uso e ocupação irregulares dos espaços públicos, orientando quanto

às posturas municipais adequadas; 6 – Proteção a pessoas em

situação de rua e risco, atuando como agente promotor de direitos,

orientando e encaminhando pessoas para os serviços da rede de

proteção da municipalidade e serviços especial izados, sobretudo

crianças e adolescentes. As demandas que chegam através da

central de atendimento 153 são resolvidas pela atuação direta dos

agentes da GCM, ou encaminhas para os órgãos parceiros.

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O Call Center possui tecnologia digital com monitoramento das

ocorrências e backup dos atendimentos efetuados. Os prof issionais

empregam procedimentos operacionais padrão, com agentes

(bi l íngües) devidamente treinados em mediação de conflito.

III – Central de Radiocomunicação e Despacho: A central de

radiocomunicação possui sistema de radio transmissão, cobrindo

100% da área da cidade de São Paulo, com equipamentos de

transmissão digital e criptografada, servidores e repetidoras

redundantes, com plataforma expansível e modular. As viaturas são

equipadas com GPS (sistema de rádio navegação via satélite), e o

efetivo a pé leva consigo rádios Ht’s de comunicação digital e

criptografada.

A Central de rádio/despacho possui sete (07) cabines

operacionais e duas (02) de supervisão, cuja tecnologia proporciona

rapidez e confiabil idade para o atendimento da demanda,

aperfeiçoando o tempo de pronta resposta. Os prof issionais são

capacitados e treinados após uma seleção do perf i l adequado.

As demandas são oriundas da: Central de vídeo monitoramento,

Call Center 153, SIOPM, Policia Mil itar ou das próprias viaturas e

agentes da GCM em suas atividades na rua.

Independente da origem da demanda, se o agente da GCM

chegar ao local e se deparar com uma situação de possível infração,

deve ele fazer a aproximação, abordagem e revista pessoal

minuciosa, se for o caso. Posteriormente, o agente precisa efetuar os

encaminhamentos necessários seja para o Centro de Referência da

Criança e do Adolescente (CRECA), o Centro de Referência

Especializado de Assistência Social (CREAS), o Centro de

Referência de Assistência Social (CRAS), a Assistência Médica

Ambulatorial (AMA), o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), o

Distr ito Policial ou para o Conselho Tutelar.

Por padrão, a equipe de patrulhamento da GCM/SP é composta

por 02 prof issionais, que por vezes precisa atender uma ocorrência

em que está presente número superior de possíveis contraventores,

diminuindo sua capacidade, de efetuar uma abordagem qualif icada.

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Desse modo, por vezes o GCM acaba se vendo obrigado a agir

fora do padrão que a sociedade deseja . A energia aplicada pelo

agente ao se envolver em determinadas ocorrências pode ultrapassar

o limite razoável, conforme a situação exigir .

A freqüência em que o agente enfrenta tal situação pode ser

constatada pelo número de casos definidos como desacato , abuso de

autoridade, ou lesão corporal cont ra o GCM, relacionados no cap.

5.1.

Para melhor descrever o procedimento empregado por agentes

da GCM em situações diversas, são resumidos a seguir três registros

de ocorrência cedidos pela corporação, sem a indicação de detalhes

com o intuito de preservar as partes envolvidas:

1 – Unidade Casa Verde – 22/08/2012 – Policiamento à pé;

guarnição do programa de Proteção Escolar - Duração da ocorrência:

06h. Bairro: Vi la Nova Cachoeirinha. Localizados em posto de

policiamento f ixo defronte à escola municipal Professor Gilberto

Dupas, os servidores foram avisados pela diretora da mesma sobre

possibil idade de agressão entre alunas. Os GCMs foram ao local

(uma agente feminina e um agente masculino) . A mãe da aluna

surgiu e, descontrolada, ameaçou a diretora da escola. A citada

aluna causou danos a patrimônios da escola (bebedouro e

computador), além de desferir golpes contra outra aluna . Também

agrediu a inspetora e um professor, que não quiseram registrar

ocorrência. A atuação dos GCM’s no tipo de policiamento f ixo ,

(preventivo) evitou um mal maior, sendo necessária a contenção e

encaminhamentos das partes ao distrito policial, bem como para o

exame de corpo de deli to. Os outros part icipantes foram

encaminhados à delegacia a f im de registrar a ocorrência, na 4ª sec.,

onde a infratora f icou privada de liberdade . Esta unidade escolar não

sofreu interrupção de suas aulas, e por um período a GCM

permaneceu com policiamento f ixo a f im de atender o anseio dos

pais, alunos, e servidores do estabelecimento.

2 – Unidade Casa Verde – 30/08/2012 - Policiamento em

viatura; guarnição designada à proteção de patrimônio - Duração da

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ocorrência: 06h28. Bairro: Cachoeirinha. Solicitada via Cetel a

comparecer a escola municipal Zilka Salaberry de Carvalho, onde

ocorria uma briga de alunos na saída do período matutino. A vít ima,

visivelmente agredida com um soco no nariz, foi conduzida ao pronto

socorro Vila Nova Cachoeirinha, onde se constatou lesão corporal. A

mesma foi conduzida ao 38º DP, onde foi elaborado boletim de

ocorrência. O agressor evadiu do local e não foi localizado pela

guarnição. Nesta situação, podemos registrar que o pronto

atendimento através da chamada 153 - central de telecomunicações -

colaborou na proteção da vítima e na coleta de testemunhas, assim

efetuar uma proteção continuada nesta unidade escolar.

3 – Unidade Casa Verde – 31/08/2012 – Policiamento em

viatura; guarnição do programa de Proteção Escolar - Duração da

ocorrência: 05h38. Bairro: Vila Santa Maria. Servidores foram

acionados via rádio pela base Casa Verde a comparecer em escola

municipal 07 de Setembro, pois populares desejavam invadir o local

a f im de localizar dois pintores que realizavam reforma na mesma,

acusados de aliciar uma estudante. Ambos, maiores de idade, foram

localizados no interior da escola . Uma testemunha confirma os fatos

narrados pela menina: ambos a importunaram, chegando a abraçá -la

pela cintura, mas sem passar as mãos pelo seu corpo. Os dois

suspeitos foram conduzidos à Central de Flagrantes 4ª Sec. Neste

caso as art iculações comunitárias, juntamente com a pronta resposta

das equipes da GCM, colaboraram para o resultado, onde a vit ima foi

prontamente assist ida, e os infrato res detidos e encaminhados para a

delegacia de polícia.

O ECA precisa ser um orientador para diversas atuações do

GCM. Como exemplo, Araújo (2010) indica que a detenção em

f lagrante do adolescente é regulada pelo ECA, no Título VI, Capítulo

III, seção V.

Segundo o art. 172 do ECA, o adolescente apreendido em

f lagrante ato infracional deverá ser encaminhado, adequada e

condignamente, à autoridade policial competente. Inexistindo órgão

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especializado, no caso na área de patrulhamento dos integrantes da

GCM, deverá o adolescente ser apresentado ao delegado comum.

Porém:

“A pr imeira medida de praxe é levar o adolescente inf rator ao Ins t i tuto Médico Legal . Is to garante os d ire i tos do adolescente, mas também ao pol ic ia l que o apreendeu.” (Conselho Nac ional dos Dire itos da Cr iança e do Adolescente, 2013)

Um detalhe inst ituído pelo ECA no Título III, Capítulo II, art .

106, § único, deve ser observado pelos agentes da GCM no

cumprimento de seu dever: “O adolescente tem direito à identif icação

dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca

de seus direitos.”

Defende-se aqui que a GCM sempre exerça ações ef icazes,

capazes de garantir a segurança pública, sem deixar de respeitar os

direitos expressos pela CF e ECA em relação às crianças e

adolescentes, observando como referência os papéis impostos pelo

Sistema de Garant ia de Direitos.

A atuação de todos os atores do SGD se revela cada dia mais

urgente, como é o caso da GCM, que convive diariamente com

crianças e adolescentes expostos a situações de risco, e/ou em

situação de rua, muitas vezes vítima/vit imizadora, sofren do

indignidades e/ou cometendo atos infracionais.

Adiante são tabulados alguns relatórios de ocorrências

perpetradas por crianças e adolescentes, atendidas por servidores

da GCM, procurando assim i lustrar : a situação em que se encontram

inúmeros adolescentes do município de São Paulo , e; as dif iculdades

enfrentadas pelos agentes da GCM nessas intervenções.

5.1 Relatórios da GCM/SP de Ocorrências Cometidas por

Crianças e Adolescentes

A seguir, são exibidas tabelas que revelam informações sobre

ações tomadas por guardas civis metropolitanos na cidade de São

Paulo em relação a adolescentes em conflito com a lei. Os dados

foram obtidos diretamente de registros efetuados pela GCM.

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Muitas ocorrências foram atendidas por GCM’s que patrulhavam

a cidade da São Paulo e então se depararam com crianças e /ou

adolescentes prat icando atos infracionais .

O que se pode perceber de imediato é a grande quantidade de

autuações registradas em curtos períodos de tempo, fato que indica

a necessidade da participação da GCM.

Tabela 1 - Planilha de atos infracionais - Fevereiro/2012

RDO NATUREZA IDADE VITIMA UNIDADE DP RESPONSÁ

VEL OBS

74 Dirigir Sem Habilitação

16 Anos

IR-MB /

COS 47º

Mãe

75 Ocorrência com Entorpecente

16 Anos

IR-R25 /

COC 3º Genitora

76 Roubo 17

Anos

IR-CS / COS

101º

Fundação Casa

apreenssão de uma arma

calibre 38, marca

Taurus, oxidada de numeração

raspada

76 Ameaça 16

Anos

IR-IP / COOC

16º

Genitora

78 Localização / Apreensão de Objeto

15 Anos

IR-CS / COS

101º

Pai

16 ependorfs

de cocaína, 16 pedras de crack e

14 trouxinhas

de maconha

84 Lesão Corporal 16 e 17 Anos

J.CM. S IR-CL / COS

89º

Educador do Abrigo

88 Roubo Ambos

17 Anos

IR-R25 /

COC 8º

Fundação Casa

88 Desobediência / Desacato

14, 15 e 17 Anos

IR-VP /

COL 49º

Responsáveis

89 Lesão Corporal / Furto

15 e 16 Anos

IR-FÓ / CON

20º

Responsáveis

92 Furto 15

Anos

IR-AS / COS

26º

Responsável

92 Roubo em Estabelecimento Comercial

15 e 16 Anos

IR-EM /

COL 24º

Fundação Casa

94 Porte de Entorpecente

17 e 16 Anos

IR-LA / COOC

49º

Responsável e

Fundação

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Casa

94 Receptação 16

Anos

IR-IT / COL

50º

Mãe

94 Lesão corporal / Desacato

17 Anos

C.H. R.S. (16 anos)

IR-PE / COL

10º

Vara da Infância e

da Juventude

96 Injuria / Desacato 17

Anos

IR-VM / COOC

26º

Fundação Casa

98 Roubo Ambos

15 Anos

L.. B. SS. (13 anos)

IR-R25 / COC

8º Fundação

Casa

102 Entorpecentes 17

Anos

IR-CT / COL

53º

Responsável

04 pinos de cocaína, R$ 40,00 reais em

espécie, 40 frascos de plásticos

vazios para acondicion

ar lança perfume, 30 pinos vazios

104 Roubo Tentado 16 e 14 Anos

IR-R25 /

COC 8º

Fundação Casa

106 Dano 11 e 15 Anos

IR-SM /

COL 49º

Mãe e Fundação

Casa

108 Tentativa de Roubo

IR-CL / COS

37º

Apreensão do revolver

de brinquedo

114 Arma de Fogo / Roubo Veiculo

16 Anos

IR-PJ / CON

33º

Fundação Casa

Apreenssão de uma replica de

pistola automática

115 Furto 16

Anos

IR-CA / COS

101º

Apreendido

116 Lesão Corporal Culposa / Furto

14 Anos

IR-LA / COOC

91º

Fundação Casa

117 Porte e Uso de Entorpecente

13 e 12 Anos

IR-VP /

COL 31º

Mães

Fonte: Segurança Urbana – GCM.

Tabela 2 - Planilha de atos infracionais - Abri l/2012

RDO NATUREZA IDADE VITIMA UNIDADE DP RESPONSÁVEL OBS

188 Uso de entorpecentes

15 Anos IR-EM /

COL 63º Mãe

188 Roubo 17 Anos IR-EM /

COL 26º Fundação Casa

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45

188 Dirigir sem Habilitação

16 e 14 Anos

IR-EM /

COL 24º Responsáveis

190 Injuria / Vias de fato

IR-BT / COOC

8º Mãe

192 Direção de veiculo sem habilitação

15 Anos IR-VP /

COL 31º Pai

192 Ameaça 13 Anos IR-IQ / COL

49º Fundação Casa

192 Roubo / Formação de Quadrilha

16 Anos IR-FÓ / CON

20º Hospitalizado

Troca de tiro com a GCM

196

Direção de veiculo sem habilitação / Apreensão de Veículo

17 Anos IR-PE /

COL 24º Mãe

202 Furto Qualificado 16 e 17 Anos

IR-R25 /

COC 8º Fundação Casa

203 Lesão Corporal 10 e 14 Anos

IR-IP / COOC

26º Mãe e Prima

204 Receptação 17 e 16 Anos

IR-PR / CON

91º Mães

208 Roubo / Formação de quadrilha e ou bando consumado

IR-FO / CON

20º

216

Localização e Apreensão de Veículo / Usurpação de Função Pública

16 e 14 Anos

IR-SM /

COL 49º Mães

218 Ameaça IR-VP /

COL 31º Mãe

220 Roubo 17 Anos O. K. L. D.

S. (13 anos)

IR-PJ / COOC

91º

228 Tráfico de Entorpecente

13 Anos IR-SA / COS

26º Genitora

230 Dirigir sem habilitação/Direção perigosa

15 Anos IR-PR / CON

91º Mãe

233 Roubo IR-SM /

COL 50º Fundação Casa

233 Furto 13 e 14 Anos

IR-CL / COS

89º Responsáveis

236 Furto 16 e 14 Anos

IR-VP /

COL 49º Responsável

242 Uso e tráfico de Entorpecente

16 Anos IR-CA / COS

91º Fundação Casa

Fonte: Segurança Urbana – GCM.

Tabela 3 – Planilha de atos infracionais - Novembro/2012

RDO NATUREZA IDADE VITIMA UNIDADE DP RESPONSÁVEL OBS

620 Lesão corporal 15 Anos IR-PR / CON

46º Liberado

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46

620 Roubo 15 e 17 Anos

E. O. F. (15 anos)

IR-LA / COOC

91º Responsáveis

622 Roubo 15 Anos IR-CP / COC

2º Fundação Casa

624 Furto 14 e 13 Anos

A. C. L. (15 anos)

IR-PJ / CON

87º Genitoras

624 Lesão corporal 13 Anos IR-PJ / CON

20º Responsável

625 Entorpecente Droga para Consumo Pessoal

15 Anos IR-MO /

COC 31º Responsável

625 Lesão Corporal M. A. S. IR-PJ / CON

74º Dispensados

625 Veículo Localizado

15 Anos IR-EM /

COL 63º Mãe

628 Ameaça 17 Anos IR-BR / COC

2º Responsável uma faca

de cozinha

628 Lesão corporal 13 Anos IR-VP /

COL 41º

628 Dano ao Patrimô-nio Público

13 Anos IR-CS / COS

11º Responsável

629 Furto de Celular 13 Anos L. B.de S.

S. (17 Anos)

IR-AP / COC

2º Curador

630 Entorpecentes Ambos 17 Anos

IR-CP / COC

2º Fundação Casa

631 Veiculo Localizado

15 Anos IR-MP /

COL 63º Padrasto

640 Localização e Apreensão de Objeto

15 e 17 Anos

IR-MP /

COL 63º Responsáveis

dois simulacros de arma de fogo

calibre.40

640 Dano ao Patrimô-nio Público

17 Anos IR-CP / COC

2º Responsável

640 Tentativa Furto IR-PE /

COL 10º Responsável

641 Dano ao Patrimô-nio Privado

16 e 18 Anos

IR-CP / COC

DPPC Dispensados

643 Ocorrência com Entorpecentes

17 e 16 Anos

IR-SM /

COL 49º Responsável

647 Roubo 17 Anos P.H.P. e W. P. da

C.

IR-MO / COC

31º Fundação Casa

01 simulacro de uma pistola

648 Desacato e Dano Qualificado

17 Anos IR-GN /

COL 68º

651 Ocorrência com Entorpecente

16 Anos IR-SÉ / COC

1º Curadora

651 Furto 10 anos IR-PJ / CON

3º Genitora

653 Perturbação do trabalho ou do sossego alheio

13, 14 e 15 Anos

IR-VP /

COL 49º Responsáveis

654 Direção de Veículo Sem Habilitação

16 Anos IR-SM /

COL 49º Mãe

656 Desinteligência 15 Anos IR-MO / 57º Responsável

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47

COC

656 Furto 12 e 14 Anos

IR-SA / COS

11º Genitoras

658 Lesão Corporal 15, 16 e 17 Anos

IR-BR / COC

2º Liberados

659 Dano Material 14 Anos IR-MP /

COL 63º Genitor

661 Lesão Corporal 11 e 14 Anos

IR-IQ / COL

32º Responsáveis

662 Roubo 16 Anos E. M. C.

(12 anos) IR-IPI / COOC

26º Responsável

662 Furto 15 e 13 Anos

IR-CL / COS

89º Fundação Casa

662 Roubo 16 Anos ICAM / COC

8º Fundação Casa

663 Lesão Corporal 12 Anos IR-VP /

COL 31º Genitora

664 Roubo 12 Anos IR-BR / COC

2º Apreendido uma faca

de cozinha

667 Simulacro de arma de fogo

Todos 12 Anos

IR-CS / COS

101º Responsáveis

um simulacro de arma de fogo e

04 munições de festim

668 Lesão corporal 15 e 14 Anos

IR-CL / COS

89º Responsáveis

668 Ocorrência com Entorpecente / Trafico

17 e 16 Anos

IR-CP / COC

2º Liberados

670 Apreensão de Objeto / Não Criminal

Todos 17 Anos

IR-PJ / CON

91º Responsáveis

670 Desacato 16 Anos IR-PE /

COL 63º Mãe

670 Apreensão de Adolescente

Ambos 17 Anos

IR-AP / COC

78º Fundação Casa

Fonte: Segurança Urbana – GCM.

5.2.1 Resultados

Nas páginas anteriores estão tabuladas as 86 ocorrências

envolvendo a GCM, crianças e adolescentes na cidade de São Paulo

nos meses de fevereiro, abril e novembro de 2012. A pequena

amostra revela três meses de 2012 escolhidos aleatoriamente , de

forma que não se dê preferência a períodos de maior ou menor

número de atendimentos, ou que sejam mais relevantes por sua

gravidade, entre outros, mostra os t ipos de ocorrências, envolvendo

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48

somente crianças e adolescentes em atos infracionais, motivando a

intervenção da GCM.

A maioria das autuações foi apresentada pelo Comando

Operacional Leste (30). Acompanhe no gráf ico a segui r a distr ibuição

geográfica dos registros. Acompanhe a seguir resultados mais

detalhados.

Gráfico 1 – Ocorrências: distr ibuição por unidade

30

20

15

12

9

Leste Centro Sul Norte Oeste

Dentre as ocorrências realizadas pelos integrantes da GCM

encontra-se todo o tipo de ato infracional. Desde desacato, passando

por furto, roubo, receptação, uso e tráf ico de entorpecente, lesão

corporal, formação de quadri lha, entre outros.

Quanto à natureza dos atos infracionais, registra -se:

Roubo – 18;

Lesão Corporal – 14;

Furto – 12;

Entorpecente – Porte/Tráf ico 05 – Uso 08;

Dirigir sem habilitação/Direção perigosa – 08;

Dano Material – 06;

Desobediência/Desacato/Injúria/Perturbação – 05;

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49

Ameaça – 04;

Receptação – 02;

Formação de quadrilha – 02;

Apreensão – 02;

Usurpação de função pública – 01;

Nota-se que 07 armas apreendidas eram simulacros, uma

inclusive com munições de festim/espoleta, ao passo que 01 arma

apreendida era real, um Taurus calibre 38, empregado em tentati va

de roubo. Das 07 armas falsas, 03 foram empregadas em roubos .

Duas armas brancas – facas – também foram apreendidas, uma em

ocorrência de roubo, outra em ocorrência registrada como ameaça.

A resistência, por vezes, pode se mostrar extremamente

violenta: em um dos casos de roubo com formação de quadri lha (ou

bando consumado), houve troca de tiros com os servidores da GCM.

Dentre os infratores atendidos, 09 estavam entre os 10 e 12

anos de idade, portanto considerados crianças pelo ECA, e 101 deles

tinham entre 13 e 17 anos de idade, os adolescentes. A maior

incidência de atos infracionais ocorreu com adolescentes entre 15 e

17 anos de idade: 75. Vinte das 86 ocorrências levaram o

responsável pelo infrator a Fundação Casa.

Informações mais detalhadas sobre a distr ibuição etária dos

infratores estão expostas no gráf ico a seguir.

Gráfico 2 – Idades dos infratores X quantidade de autuações

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50

0

4

8

12

16

20

24

28

10 anos11 anos

12 anos13 anos

14 anos15 anos

16 anos17 anos

Tem-se a acrescentar que, logo quando o(a) GCM chega ao

local da ocorrência, por vezes encontra dif iculdade para estabelecer

um diálogo. Ainda mais se considerarmos que alguns adolescentes

têm ciência da necessidade de uma abordagem diferenciada,

inclusive no uso de algemas.

Alguns números cedidos pela Secretaria Municipal de

Segurança Urbana, relativos às ocorrências registradas no ano de

2012, exemplif icam os problemas citados acima, enfrentados pelo

GCM no atendimento a adolescentes infratores:

Desacato/Ameaça/Resistência/Lesão: 44 ;

GCM ameaçado com arma de fogo: 06;

Atropelamento proposital do GCM: 02;

Ferimento à bala: 01;

Tentativa de subtra ir arma do GCM: 01;

Ataque à viatura: 01.

Ademais, nas delegacias, as autoridades não se sentem

confortáveis para efetuar o atendimento das ocorrências envolvendo

adolescentes, pois quando a situação não exige a privação de

liberdade, a atuação do GCM se resume em solicitar um responsável

para buscar o adolescente. Enquanto isso, o servidor da GCM

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51

permanece na delegacia preenchendo documentação referente à

ocorrência. Tal situação, por vezes é frustrante para as equipes da

GCM, e até mesmo para as autoridades envolvidas, como a polícia

civil, por exemplo.

Ainda em muitos casos, pouco tempo após os adolescentes que

cometeram algum ato infracional serem conduzidos à delegacia de

polícia, eles são encontrados nos mesmo locais. Portanto, em

diversas situações, pode o GCM encaminhar o adolescente inúmeras

vezes à autoridade policial , que o mesmo é colocado em l iberdade.

Ademais, a rede de proteção na cidade de São Paulo não

segue um padrão, pois cada região tem seu modelo. Não fora

estabelecida uma carti lha indicando possíveis procedimentos, e

endereços das entidades por região, o que também atrapalha as

atividades.

Porém, existe o Procedimento Operacional Padrão 001 (POP

GCM-001), composto por medidas de proteção à criança e ao

adolescente, cujo conteúdo fora criado pelo autor deste estudo e

homologado pela Portaria 441/09. Infelizmente, tal disposit ivo não

surge como material obrigatório a ser ministrado na formação do

GCM.

Por fatores jurídicos ou sociais, e também por falha na

formação, alguns GCM’s não reconhecem que são integrantes da

rede de proteção do município, e acabam sem saber o que fazer.

Determinados servidores chegam mesmo a "prevaricar", ou seja,

dispensam o adolescente em situação de infração . Mesmo quando a

autoridade de plantão libera o adolescente, o GCM não tem para

onde o levar.

Considerando-se os fatos aqui destacados, f ica claro que a

formação do GCM precisa ser revista, modernizada, principalmente

em relação às ocorrências que ele vivencia em atendimentos

envolvendo adolescentes infratores.

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52

6. PROPOSTA DE ALTERAÇÕES NA FORMAÇÃO DO GCM

Com base nas dif iculdades vivenciadas pelos guardas em sua

atuação cotidiana junto aos adolescentes, e também na pouca

formação específ ica proporcionada pelo CFSU em relação aos

problemas que surgem desse atendimento, apresenta-se abaixo uma

proposta simples e certamente ef icaz a ser vinculada à grade

curricular do curso de formação da GCM/SP.

A capacitação, baseada na matriz curricular do Curso de

Formação Específ ico de Capacitação para Guarda Civil (SMSU ),

precisa:

1 – Inserir na íntegra as orientações descritas no POP/GCM-

001 (Portaria 441/09-SMSU), dentre as quais se destacam os

parâmetros divulgados pelo SGD, tornando o estudo do disposi tivo

obrigatório no curso de formação do GCM. Para a alteração, propõe-

se a seguinte redação a ser introduzida no capítulo 3 do referido

documento: “Considerar-se, na ação e encaminhamento, a aplicação

dos instrumentos normativos e mecanismos dispostos pelo Sistema

de Garantia de Direitos (SGD) da Criança e do Adolescente,

observando suas orientações acerca da articulação e integração dos

organismos públicos nos níveis federal, estadual, distr ital e

municipal, assim como da sociedade civil. Devem-se compreender,

prioritariamente, os seguintes eixos: Eixo de defesa – Criado para

cessar as violações de direitos, assim como responsabil izar o autor

da violência. Entre seus principais atores, está a Guarda Municipal;

Eixo de promoção – Refere-se à polít ica de atendimento articulado

dos direitos de crianças e adolescentes, tendo como principais

responsáveis, por exemplo, conselhos de direitos; Eixo de controle -

Responsável pelo acompanhamento, avaliação e monitoramento das

ações de promoção e defesa dos direitos humanos de crianças e

adolescentes, realizados através de instâncias públicas colegiadas

próprias.”;

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53

2 – Aumentar a carga horária na discipl ina de Direi tos

Humanos;

3 – Mapear a rede de proteção à criança e ao adolescente ,

quantif icando e qualif icando os serviços por região;

4 – Introduzir cursos de aperfeiçoamento que abordem as

diversas características do tema “adolescente em conflito com a lei ”;

5 – Encaminhar o POP/GCM-001 para a Secretaria Nacional de

Segurança Pública (Senasp), indicando-o como inspiração para

alterações na Matriz Curricular Nacional para a GM.

É possível visualizar a sugestão proposta no Anexo 3, onde a

matriz curricular elaborada pelo CFSU/CP foi adequada somente nas

matérias que entende-se necessárias.

O primeiro passo seria reduzir a quantidade de horas/aula de

tópicos já existentes:

Na matéria Instrução Operacional I, modif icam-se as aulas

de: 1-Técnicas Operacionais, que passariam de 40 h/a para 36 h/a;

2-Util ização e Operação de Equipamentos de Comunicação, de 14

h/a para 12 h/a; 3-Registro de Ocorrências, de 10 h/a para 08 h/a.

Na matéria Tiro Defensivo de Prevenção, as aulas de Prática

de Tiro Defensivo de Proteção à Vida, passariam de 50 h/a para 46

h/a.

Dessa forma propõe-se que, com o saldo de horas/aula

poupado, seja inserida na matéria de Direitos Humanos, aulas de

Conduta no Atendimento a Crianças e Adolescentes Infratores,

contemplando um total de 12 h/a.

Além do que foi proposto acima o presente estudo destaca

também a necessidade do aperfeiçoamento continuado, pois para

atuar em situações naturalmente delicadas, especialmente junto a

crianças e adolescentes, precisa o GCM estar sempre apto a

compreender a extensão de sua complexidade. A formação e o

aperfeiçoamento devem capacitar o servidor a tomar decisões que

sempre promovam os direitos de todos, demonstrando uma cultura de

não violência.

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54

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base na interpretação do art. 144, § 8º da CF/88, foi

entendimento no presente estudo que o servidor da GCM não pode

fugir à responsabil idade de proteger o cidadão, assim como a

integridade da incolumidade pública quando esta estiver sendo

violada por atos de terceiros.

O ECA trouxe mudanças fundamentais à legislação dedicada às

crianças e adolescentes, que passaram a ser considerados cidadãos

com direitos garantidos, regidos pela doutrina da proteção integral, e

não mais pelo princípio da situação irregular.

A atuação da GCM/SP junto a adolescentes em conflito com a

lei tem sido orientada pela Portaria 441/09, que aprova o POP

001/2009, que por sua vez regulamenta e instrui as ações a serem

exercidas, inclusive em casos de f lagrante delito.

O SGD, aqui considerado fundamental para que o poder público

seja capaz de promover ações ef icazes junto às crianças e

adolescentes com problemas, corresponde a um conjunto de

princípios, pressupostos e diretr izes que propõem como se deve

organizar um sistema articulado de proteção integral destinado à

criança e ao adolescente. Porém, o sistema ainda não está

devidamente implantado, carecendo ainda de fortalecimento e

estruturação, não só estatal como também social .

Sendo a responsabil idade do CFSU criar uma matriz curricular

alinhada ao SGD e, de forma geral, ao tema adolescente em conflito

com a lei, incluindo tais diretr izes na formação, qualif icação e

aperfeiçoamento dos integrantes da GCM, e de todos os servidores

que participam do SGD, considera-se a proposta indicada neste

estudo como capaz de suprir tal carência encontrada na corporação.

A necessidade da atuação integrada da Guarda Civi l

Metropolitana de São Paulo como prevê o SGD, é relevante pelo fato

de ela representar o principal órgão de execução da polít ica

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municipal de segurança urbana. Quanto mais presente o SGD,

maiores as chances de as leis serem cumpridas a contento.

As tabelas e gráf icos apresentados com os atos infracionais

cometidos por crianças e adolescentes , e atendidos pela GCM do

município de São Paulo mostram a urgência da situação, uma vez

que em três meses do ano de 2012, oitenta e seis (86) atos

infracionais foram autuados pela GCM.

É fato que é poder/dever de qualquer guarda municipal agir ao

se deparar com um f lagrante delito, seja ele prat icado por adulto ou

adolescente. Afinal, sendo o GCM um servidor dotado de farda e

armamento, não se pode conceber que ele cruze os braços frente a

um crime que esteja sendo consumado.

Entretanto, acredita-se que um posicionamento mais claro

sobre a atuação da GCM na segurança pública virá quando a

Secretaria Nacional de Segurança Pública conceber a

regulamentação prevista no parágrafo 8º do art igo 144 da

Constituição Federal de 1988, publicando lei federal exclusiva que

venha a estabelecer, entre outros, as competências de atuação da

GM, desenvolvendo uma identidade específ ica para os servidores

das guardas municipais.

Revisto tal tema, será promovido o bem estar pessoal e

patrimonial de todos: dos GCM’s, por ter garantidos seus direitos e

estabelecidos seus deveres; da população, que saberá exatamente

como ajudar, e o que exigir de seus agentes municipais.

A segurança pública não é um bônus, ou um mero benefício

oferecido pelo poder público, mas sim um dever Estatal, e acima de

tudo, uma exigência social.

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56

ANEXOS

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57

ANEXO 1 - GCM: GRADE DE TREINAMENTO

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PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA CENTRO DE FORMAÇÃO EM SEGURANÇA URBANA CURRÍCULO CURSO ESPECÍFICO DE CAPACITAÇÃO PARA CLASSES DISTINTAS JUSTIFICATIVA:

Em atendimento a Lei nº 13.768, de 26 de janeiro de 2004, que dispõe sobre a

organização do Quadro da Guarda Civil Metropolitana – QGC, da Prefeitura do

Município de São Paulo e que instituiu o atual plano de carreira, o Centro de Formação

em Segurança Urbana, CFSU, órgão responsável pelo gerenciamento da política de

ensino da Coordenadoria de Segurança Urbana, apresenta o presente currículo,

destinado a capacitação de servidores titulares de cargos de Guarda Civil

Metropolitano – 1ª Classe, aprovados em concurso de acesso para os cargos de

Guarda Civil Metropolitano – Classe Distinta, observado o disposto nos artigos 14 a 16

da citada Lei.

OBJETIVO GERAL DO CURSO:

Capacitar o aluno para desempenhar, com eficiência, destreza e competência, as

atividades pertinentes à função de Classe Distinta;

Desenvolver habilidades voltadas para a área operacional;

Padronizar conduta, postura e atitude do servidor GCM - Classe Distinta na prestação

de um serviço com qualidade;

Estabelecer um perfil profissional consciente, em prol do interesse público.

OBJETIVOS PARTICULARES DAS MATÉRIAS: Matéria 1 – Administração Pública e Estrutura da SMSU OBJETIVO:

- Capacitar o Classe Distinta a:

Conhecer a estrutura e organização da SMSU e GCM, a fim de ser capaz de

posicionar-se profissionalmente, dentro dos limites de suas competências;

Aplicar as leis, normas e diretrizes administrativas no exercício de suas funções;

Auxiliar o Inspetor no gerenciamento das rotinas administrativas e disciplinares;

Auxiliar o Inspetor, dentro de suas competências, na Gestão de Serviços Públicos

na área de Segurança Urbana.

Matéria 2 – Direitos Humanos e Ações Preventivas OBJETIVO:

- Capacitar o Classe Distinta a:

Rever, aplicar e fazer aplicar os princípios fundamentais de Direitos Humanos,

objetivando a preservação dos direitos básicos e a dignidade da pessoa humana;

Refletir sobre a violação dos Direitos Humanos no âmbito interno da Corporação, a

fim de coibir ações contrárias a este.

Rever, atualizar e aplicar as legislações sociais quanto à proteção à Criança, ao

adolescente à ao idoso.

Matéria 3 – Relações Sociais OBJETIVO:

- Capacitar o Classe Distinta a:

Rever, aplicar e supervisionar para que sejam praticados os princípios

fundamentais de proteção específica quanto às relações de gênero, violência

doméstica, discriminação racial e das portadoras de deficiências;

Refletir sobre as violações que podem ocorrer no exercício profissional, a fim de

evitá-las e coibi-las;

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59

Promover a cultura da paz, objetivando a integração da Instituição com a

sociedade paulistana.

Matéria 4 – Legislação Penal OBJETIVO:

- Capacitar o Classe Distinta a:

Rever e reconhecer a posição da Instituição no Sistema Brasileiro de Segurança

Pública;

Rever, atualizar e aplicar a legislação penal, processual penal e o Estatuto do

desarmamento, dentro dos limites de sua competência funcional.

Matéria 5 – Direito Constitucional OBJETIVO:

- Capacitar o Classe Distinta a:

Rever, atualizar e aplicar e fazer com que se aplique os Princípios Constitucionais,

dentro dos limites de sua competência funcional;

Rever, reconhecer e aplicar a Constituição Estadual e a Lei Orgânica do Município,

no que tange a Guarda Civil metropolitana e atendimento do cidadão.

Matéria 6 – Instrução Operacional OBJETIVO:

- Capacitar o Classe Distinta a:

Aplicar técnicas de defesa pessoal e contenção de pessoas quando necessário o

uso da força na atividade da GCM;

Utilizar as armas letais e não letais de uso da GCM, observado o uso progressivo

da força;

Reconhecer, aplicar e fazer aplicar as leis, normas e diretrizes relacionadas ao uso

de armas letais, não letais e força física;

Conhecer, aplicar e fazer aplicar as diretrizes relacionadas ao porte de arma

funcional;

Supervisionar o efetivo sob sua responsabilidade nas questões relacionadas ao uso

de armamento letal e não letal;

Conhecer os procedimentos relacionados ao sistema de comunicação e

monitoramento da GCM;

Conhecer e aplicar as normas pertinentes ao registro de ocorrência atendida pela

GCM;

Conhecer, aplicar e orientar quanto aos princípios de Polícia Comunitária,

promovendo a integração entre a GCM e a comunidade onde atua;

Adotar como postura profissional a promoção dos princípios éticos e morais que

norteiam a Instituição.

Matéria 7 – Programas da GCM OBJETIVO:

- Capacitar o Classe distinta a:

Conhecer, orientar, aplicar e supervisionar os princípios e diretrizes estabelecidas

nos programas da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, relacionados a:

Proteção Escolar, Controle do Espaço Público e Fiscalização do Comercio

Ambulante, Proteção aos Agentes e Patrimônio Público, Proteção Ambiental e

Proteção a Pessoas em Situação de Risco;

Agir de forma conjunta a Defesa Civil, na preservação e proteção das pessoas; Matéria 8 – Postura e Atitude OBJETIVO:

- Capacitar o Classe Distinta a:

Conhecer, aplicar e fazer aplicar os valores e princípios básicos da hierarquia e

disciplina adotados pela Instituição;

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Conhecer, aplicar e fazer aplicar o Regulamento de Continência. Honra, Sinais de

Respeito e Cerimonial da GCM, valores e princípios básicos da hierarquia e

disciplina adotados pela Instituição;

Auxiliar o Inspetor nas atividades relacionadas a desfiles, formaturas e solenidades

onde haja emprego de efetivo formado;

Aplicar nas atividades diárias os princípios fundamentais de Chefia e Liderança;

Conscientizar-se e promover ações voltadas a qualidade de vida. Atividades Pedagógicas OBJETIVO:

* Aplicação de verificação de aprendizagem com o conteúdo ministrado nas matérias

que compõem o curso;

* Atividades suplementares de palestras, visitas e treinamentos, relacionadas às

funções desempenhadas pelo Inspetor, objetivando complementar as informações de

interesse do curso, não contempladas nas matérias de forma específica. METODOLOGIA:

Aulas expositivas e dialogadas.

Aulas práticas, com ou sem manuseio de equipamentos.

Palestras.

Visitas e Treinamentos.

PÚBLICO ALVO:

Servidores titulares de cargos de Guarda Civil Metropolitano – 1ª Classe, aprovados

em concurso de acesso para o cargo de Classe Distinta observado o disposto nos

artigos 14 a 16 da Lei nº 13.768/04 indicados pela Divisão Técnica de Recursos

Humanos da Coordenadoria de Administração e Finanças, da Secretaria Municipal de

Segurança Urbana.

Alunos por turma - Situação Atual: 56 alunos

Situação Ideal: Mínimo 20 alunos por Turma

Máximo 40 alunos por Turma Nº de Turmas: 01 Turma

Início do Curso: 01/02/2010.

Previsão de término do curso: 05/04/2010. RECURSOS MATERIAIS:

Retro-projetor;

Data-Show;

Vídeos-DVD’s;

Videos Institucionais;

Apostilas e Trabalhos Manuais; INSTRUTORES:

Instrutores capacitados, indicados da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, pelo

Coordenador do Centro de Formação em Segurança Urbana ou pelo Comando Geral da

Guarda Civil Metropolitana, com formação acadêmica, conhecimentos técnico ou

notório saber.

AVALIAÇÃO APRENDIZAGEM:

O corpo discente será avaliado através de verificações baseadas no rol de matérias,

expressas em notas que variarão de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), aproximadas a décimos e

conceitos, conforme a tabela abaixo:

NOTA CONCEITO

0,0 a 4,9 Insuficiente

5,0 a 6,9 Regular

7,0 a 8,4 Bom

8,5 a 9,5 Muito Bom

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9,6 a 10,0 Excepcional

CRITÉRIO DE APROVAÇÃO:

Será considerado aprovado o servidor que obtiver em cada matéria, nota igual ou

superior a 7,0 (sete), nos termos do artigo 12 da Portaria nº. 68/2008/SGM.

FREQUÊNCIA MÍNIMA:

Para aprovação no curso, será exigida a freqüência efetiva de no mínimo, 80% da

carga horária do curso (Portaria nº. 68/2008/SGM).

AVALIAÇÃO DOS INSTRUTORES:

O Instrutor será avaliado pelos alunos através de pesquisas de satisfação ao término

do curso, contendo os seguintes critérios;

Domínio dos Conteúdos;

Didática;

Técnicas de Ensino;

Planejamento de Aula;

Pontualidade e Assiduidade. UNIFORME:

De acordo com o Decreto nº 40.001 de 27/10/2000.

Carga horária: 300 horas/ aulas

Local: Centro de Formação em Segurança Urbana

CONTEÚDO:

1.1 - Organograma da SMSU e Estrutura Organizacional da GCM:

Reestruturação da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e da GCM. Apresentação e leitura da Legislação pertinente; (02 h/a)

Discussão, Reflexão e Conclusão; Avaliação. (02 h/a)

INSTRUTOR: INSPETOR --- SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA 04 h/a

1.2 – Conceitos e Princípios do Programa de Qualidade*

Visão atual sobre Gestão; (02 h/a)

Critérios de excelência. (02 h/a)

INSTRUTORA: --- /SMSP 04 h/a

1.3 - Noções de Administração Pública e Recursos Humanos (Legislação GCM, decretos e portarias*)

Concurso Público: Posse e Início de Exercício; Configuração da carreira: Formas de Acesso; Cargo em Comissão: Nomeação, Designação e substituição(04 h/a)

Gratificação de Gabinete; Licenças para tratar de Interesse Particular ( LIP ); Licenças: Nojo, Gala, Paternidade e Gestante; (02 h/a)

Reassunção de Função; Exoneração apedido. (02 h/a)

INSTRUTOR: CLASSE DISTINTA --- DIVISÃO TÉCNICA DE RECURSOS HUMANOS 08 h/a 1.3.1 - Controle de almoxarifado

Legislação; Layout; (02 h/a)

Sistema Supri; (02 h/a)

Requisição de materiais; Controle.(02 h/a)

INSTRUTORA: INSPETORA --- / DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO E LOGÍSTICA 06 h/a

1.3.2 - Administração de Verbas 08 h/a

LEI nº 13.396, de 26 de Julho de 2002 – Criação da Secretaria Municipal de

Segurança Urbana - SMSU. Ações, convênios e parcerias com entidades nacionais ou estrangeiras que exerçam atividades de interesse em segurança urbana. (02h/a)

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Convênio firmado com o Ministério da Justiça – Secretaria Nacional de Segurança

Pública. Convênio 260/2007 – Implantação do Observatório de Segurança; Convênio

352/2007 – Reestruturação e ampliação do Centro de Formação em Segurança Urbana. (02h/a)

Convênio 226/2008 – Modernização das ações de Segurança Publica na Cidade de São Paulo; Regime de adiantamento: Passos para requisição; Solicitação formal do

Chefe da Unidade para o seu Comando que encaminhará a quem de direito; As requisições formalizadas por: SUPLAN; DML; (02h/a)

Os materiais a serem adquiridos se classificam em: de consumo; Permanente;

Serviços; Especiais e emergenciais de materiais: Assinar a Nota Fiscal e encaminhar

de imediato para o DML, Arquivar uma cópia, Informar a DTAS – Divisão Técnica de Administração e Suprimentos, as ocorrências. (02h/a).

INSTRUTOR: --- / DIRETOR DA DIVISÃO TÉCNICA DE ORÇAMENTOS E FINANÇAS / ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO, ORÇAMENTO E FINANCIAS PÚBLICAS. 1.3.3 - Redação Oficial

Revisão Gramatical (Nova Ortografia); Ofício; Relatório; Correio Eletrônico (e-mail); (02h/a).

Informação; Despacho; Estrutura; (02h/a).

Modelo; Exercícios.(02h/a).

INSTRUTOR: INSPETOR CHEFE DE AGRUPAMENTO ... / COC 1.4 - Corregedoria Geral e Normas Disciplinares

Apresentação, definição do tema: Corregedorias e Normas Disciplinares; Princípios

Constitucionais da ADM Pública; Tipos de Órgãos de controle (Federal, Estadual e

Municipal).Deveres funcionais nos Estatutos dos servidores, Fundamento Legal da

Corregedoria da GCM; Corregedoria e Ouvidora – Diferença; Estrutura da SMSU e CGCM. (02 h/a)

Atribuições da Corregedoria da GCM, Atribuições: Corregedor Geral e Corregedor

Adjunto e das Divisões Técnicas da Corregedoria Geral (DTPCIFD, DTSA e DTPAD).

Suporte Legislativo; Regulamento Disciplinar da GCM (Princípios gerais e Abrangência) Hierarquia e Disciplina; (02 h/a)

Deveres Funcionais do GCM, Direito de Petição, Definição de Infração Disciplinar no

RDGCM, Classificação das Infrações Disciplinares, Sanção Disciplinar, Recursos; Tipos

de Procedimento Disciplinar, Recursos Prescrição da falta Disciplinar e bibliografia Recomendada.(02 h/a)

INSTRUTOR --- / CGGCM 2.1 - Direitos Humanos *(CFSU)

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (abordagemhistórica).(02 h/a)

Os Direitos Humanos e a GCM.(02 h/a)

INSTRUTOR --- / PARTICIPAÇÃO DA COORDENADORIA DE DIREITOS HUMANOS

INSTRUTOR --- / PARTICIPAÇÃO DA COORDENADORIA DE DIREITOS HUMANOS

2.2 – DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS DO CIDADÃO*(CFSU)

Análise do artigo 5º e incisos da Constituição Federal (06 h/a)

INSTRUTOR --- /PARTICIPAÇÃO DA COORDENADORIA DE DIREITOS HUMANOS

INSTRUTOR --- / PARTICIPAÇÃO DA COORDENADORIA DE DIREITOS HUMANOS 2.3 – ESTATUTO DO IDOSO

Defesa dos Direitos Humanos, previstos no Estatuto do Idoso; Conselho do Municipal

do Idoso abrange: Campos no Governo, Habitação, Saúde, Transporte, Assistência Social, Segurança e Cultura. (02 h/a)

Orientação à População Idosa sobre Direitos e Deveres Junto à Administração Pública.(02 h/a)

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INSTRUTOR: --- / PRESIDENTE GRANDE CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO – COORDENADORIA DO IDOSO. 2.4 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE/POLÍTICAS PÚBLICAS

Breve abordagem sobre juventude; (01 h/a)

Desafios da juventude e garantia de Direitos; (01 h/a)

Vulnerabilidade juvenil; (01 h/a)

Tribos juvenis e o papel da Coordenadoria da Juventude; (01 h/a)

INSTRUTORA: --- / COORDENADORIA DA JUVENTUDE 3.1 – Mediação da cultura da paz*

Os atores Socioambientais do Município de São Paulo; A Cultura da violência X A cultura de Paz; Comunicação não Violente / negociação, diálogo, acordos, etc. (02h/a).

Geração Espontânea de conflitos; o que é conflitos; Identificação e Gestão de Conflitos (02h/a);

Conflitos no contexto da GCM, como lidar com eles. Como proceder no sentido de gerar uma cultura de Paz. (02h/a).

INSTRUTORA: --- / SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E VERDE –UMAPAZ 3.2 – Portador de Necessidades Especiais

Paradigma da Inclusão e Acessibilidade; Pessoa com deficiência (PCD características

e qualidades); Estabelecer correlações entre temas e conceitos já abordados e a

temática da Deficiência, para desmistificar conceitos vigentes e facilitar o processo de inclusão digital; (02h/a)

Tipos de deficiência; Atendimento correto e incorreto; Legislação Referente aos Portadores de Necessidades Especiais (Direitos e Deveres);(02h/a)

INSTRUTORA: --- / ASSOCIAÇÃO PARA DEFICIENTES DA ÁUDIO-VISÃO – ADEFAV 3.3 – Gênero, Discriminação e Diversidade Sexual

Preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de

discriminação; Conceitos e Composição da Sexualidade; Transformações Sociais; As diferentes Minorias Sexuais; (02h/a)

A Evolução do Movimento LGBT; Atendimento correto à População LGBT;

Legislação. (02h/a)

INSTRUTORES: --- / --- / --- / COORDENADORIA DE ASSUNTOS DA DIVERSIDADE SEXUAL –CADS. 3.4 - Violência Doméstica

Filme “Marcas do Silêncio” – Sensibilizador; (01h/a).

Análise do filme e aula expositiva abordando: Violência – Conceito; Violência Doméstica e Familiar; Enfoque na Violência contra Crianças, Adolescentes e Mulher; (01h/a).

Lei 10.778 de 24/11/2003 e Lei 11.340/2006 (Maria da Penha); (02h/a)

INSTRUTOR: --- / IR – LA 3.5 - Ações Afirmativas De Igualdade Raciais

Responsabilidade Social e a Prática no Brasil; Promoção da verdadeira inclusão social, o amplo e universal respeito aos direitos humanos fundamentais; (02h/a).

Discriminação: papel individual de cada cidadão neste processo;

Relacionamentos (atendimento) e Respeito às regras sociais e ao meio ambiente. (02h/a).

INSTRUTORA: --- / PROFESSORA DA COORDENAÇÃO DA POPULAÇÃO NEGRA – CONAE

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4.1 - Sistema Brasileiro de Segurança Pública

O ARTº 144 da Constituição Federal; A Estrutura do Sistema Brasileiro de Segurança

Pública; O Sistema único de Segurança Pública – SUSP; (02h/a).

O Papel da GCM na Segurança Pública; Segurança Urbana; Avaliação / Feedback (02h/a).

INSTRUTORES: INSPETORA --- / IR-VM 4.2 - Noções de Direito Penal

Comentários sobre as diferenças entre Apropriação indébita e Peculato (02h/a);

Dos Crimes contra a Liberdade Sexual (04h/a);

Art. 274 – CP corrupção ou poluição de água potável / Crimes contra a Paz Pública (02h/a);

Crimes contra a fé Pública. (Principais Tipos Penais).(02h/a);

Da Falsidade de Títulos e outros papéis Públicos (Principais Tipos Penais) (02h/a);

Crimes Praticados por Funcionários Públicos (Principais Tipos Penais).(02h/a);

INSTRUTOR: INSPETOR --- / CORREGEDORIA GERAL DA GCM. 4.2.1 - Estatuto do Desarmamento

Conceito Histórico da Segurança Pública no Brasil; Criação da GCM; Constituição

Federal de 1988; Direitos Humanos e o Estatuto do Desarmamento (01h/a);

A Lei Federal 10.826/03 – Estatuto do Desarmamento; Decreto nº 5.123/04 –

Regulamentação do Estatuto do Desarmamento; Lei Federal 11.706/06 – altera e

acresce dispositivos a Lei Federal 10.826/03; Portaria nº 365/06 – Departamento Geral de Polícia Federal (1h/a)

Ordem de Serviço nº 001/ Comando/09; Portaria nº 272/SMSU/09 Capacitação Psicológica. (1h/a)

Portaria nº394/SMSU/09 – Uso de armas não Letais; Portaria nº 438/SMSU/09 –

Armas Cauteladas e Empréstimo de Bem Material Móvel – Armamento, munição, algema, colete, gás pimenta e Colete Balístico. (1h/a)

INSTRUTOR: INSPETOR --- / CFSU 4.3 - Noções de Direito Processual Penal ( CFSU)

Princípios Processuais Penais.. (02h/a);

Inquérito Policial. (02h/a)

Das Provas. (02h/a)

INSTRUTOR: --- / CORREGEDORIA 4.4 – Noções de Criminalística (CFSU)

Conceito. (1h/a)

Organização - Superintendência da policia Técnico – Cientifica (1h/a)

Analise Criminalística (1h/a)

Preservação do local do Crime (1h/a)

INSTRUTOR: DRª --- 5.1 – Princípios Constitucionais (CFSU)

Conceito. (02h/a)

Aplicação dos Princípios na atividade diária da GCM. (02h/a)

INSTRUTOR: INSPETOR --- / COC 5.2 - Constituição Estadual e Lei Orgânica do Município (CFSU)

A Constituição Estadual (artigo 1º ao 8º, 139, 144, e 147 ) (02h/a)

Lei Orgânica – Titulo I ( artigo 1º ao 4º ) Titulo 4º (02h/a)

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INSTRUTOR: INSPETOR --- / COC 6.1 - Técnicas Operacionais

Pesquisa – Tema: Poder de Polícia (01h/a); O Poder de Polícia e o domicílio á Luz da

Jurisprudência do STF (01h/a); Lei 11.343/2006 SISNAD – Art. 27, 28, 31, 32,33

(01h/a); Policiamento – Definição (01h/a);

Legislação Peculiar ao serviço do GCM (02h/a); O papel do graduado: Comandante de

Grupo (01h/a); Prática Operacional (05h/a).

INSTRUTOR: INSPETOR --- / COC / INSPETORA --- / IR – VM 6.2 – Armamento e Tiro Defensivo de Proteção a Vida

Regras Gerais e Específicas; Observação e Cuidados; Tipos de Instrução; Prática no

estande da Teoria. (02h/a); Técnicas de Utilização em veículos de 02 e 04 rodas; alça

de mira, visada, prática em estande da Teoria; Olho visor, visada, silhueta humanóide; (prática). (02h/a); Entrega e recebimento da arma, Observação;

municiando, posição do cabide em pé e agachado (prática). Ação Dupla e Simples, engatilhando e desengatilhando (prática). (02h/a);

Técnicas de saque; empunhadura simples e acompanhamento, acionamento de tecla

de gatilho (prática). (02h/a);

Posição Sul, Alerta; Posições de tiro (em pé); tiro ajoelhado alto e baixo, tiro deitado, barricado, posições isósceles e wiwer. (02h/a); Recarga emergencial;

realimentação tática; troca de munição tática para destros e canhotos; (prática);

Pistas de aplicação; ambientes desconhecidos; progressão em corredores; portas e

janelas; preparo da arma para iniciar o serviço; prática em estande do aprendido. (02h/a); Treino de tiro - adotando-se todo o conhecimento adquirido – 20 tiros; treino

de tiro II – distância de 7 metros – 30 tiros, adotando-se conhecimento adquirido; Aferição de conhecimento teórico. (02h/a) Aferição de habilidade em tiro real – 10 tiros;

Observações finais. (02h/a)

INSTRUTORES: INSPETOR CHEFE REGIONAL --- / IR-MG CANIL / INSPETOR CHEFE REGIONAL --- / IR – SIF. 6.2. 1 – Normas de Segurança para o Uso do Armamento

Apresentação do curso na preservação da vida; Método Geraldi, Definição/ Tipos /

Identificação / Informações / Técnicas de Arma e Munição, Mecanismos de Segurança;

Funcionamento da Arma de Tiro, Nomenclatura, Componentes do Cartucho; cuidados

no manuseio / transporte (de serviço e folga); utilização do armamento: Observação,

Transporte e Utilização em veículos de 04 e 02 rodas; Regras de Segurança dentro das Unidades da GCM e limpeza.(02h/a)

INSTRUTORES: INSPETOR CHEFE REGIONAL --- / IR-MG CANIL / INSPETOR CHEFE REGIONAL --- / IR – SIF. 6.3 – Uso de Armas Não Letais (CFSU)

Conceito de Armas Não Letais.(1h/a)

Uso Progressivo da Força e as Armas Não Letais.(2h/a)

Tipos de Armas Não Letais de Uso da GCM e Legislação Especifica. (3h/a)

INSTRUTOR: INSPETOR --- / IOPE 6.4 – Postura e Ética própria e dos comandados (CFSU)

A correlação entre os aspectos fundamentais da ética e a pratica profissional (2h/a)

Analise e discussão critica a cerca da vocação profissional e da responsabilidade

social do GCM enquanto servidor público(2h/a)

Ética profissional nas relações entre pares e para com os subalternos.(2h/a)

INSTRUTOR: --- / SOP

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6.5- Registro de Ocorrência

Conceito e finalidade do Registro de Ocorrência. (2 h/a)

Recomendações, histórico e terminologia do R.O. (2 h/a)

Preenchimento do Registro de Ocorrência (2 h/a)

Prática de elaboração do Registro de Ocorrência. (2 h/a)

INSTRUTOR: --- / COORDENADORIA DE PROGAMA DE PROTEÇÃO ESCOLAR. 6.6- Comunicação e Monitoramento

Apresentação da Central de Telecomunicações e Videomonitoramento; Recursos dos

equipamentos e critérios utilizados no planejamento prévio para instalação dos equipamentos (02h/a);

Serviço integrado de monitoramento nas Escolas Municipais, com a PM-SP, com a Defesa Civil e serviço desenvolvido pelo efetivo (02h/a);

Atendimento 153, suas finalidades e objetivos; sistema SIAD – GCM, serviço Integrado de Acompanhamento e Despacho (04h/a);

INSTRUTOR: INSPETOR --- / SUBCOMANDO DA GCM 6.7 -Policiamento Comunitário e Resoluções de Problemas

Conceito de Policia Comunitária; (01h/a);

Relação Comunitária; (02h/a);

Procedimentos Operacionais para policiamento comunitário; (02h/a);

Conceito de crise; (02h/a);

Objetivos fundamentais do gerenciamento de crise; (02h/a);

Elementos operacionais essências: Executivo polícia e negociador; (02h/a);

Princípios básico de negociação.(01h/a);

INSTRUTOR: INSPETORA --- / IR – VM 7.1 – Programa de Proteção Escolar

Atribuições da Coordenação do Programa de Proteção Escolar; Histórico da Proteção

escolar e Implementação do POP 1 – Policiamento Escolar através de Rondas e

Permanências, planejado com antecedência (01h/a); Legislação Geral e Específica;

Exemplificar o preenchimento e Meios de acompanhamento das execuções das

permanências planejadas, através do monitoramento via GPS.

INSTRUTOR: --- / SUPLAN 7.2– Programa de Controle de Espaço Público e Fiscalização do Comercio Ambulante (CFSU)

Planejamento de ações estratégicas de regularização do espaço público e atuação

preventiva para evitar as transgressões da lei e manter as áreas municipais regularizadas e sob domínio do poder público. (06h/a)

INSTRUTORA: INSPETORA --- 7.3– Programa de Proteção aos Agentes Públicos e Patrimônio Público

Atribuições da Coordenação do Programa de Proteção a agentes Públicos e ao

Patrimônio; Histórico da Proteção aos Agentes Públicos e ao Patrimônio Público e atribuições da GCM na Proteção aos agentes e ao Patrimônio Público. (01h/a)

Legislação Geral e Específica, Exemplificar o preenchimento das planilhas de coletas

de dados e Ilustração através de Matérias jornalísticas sobre as condutas e posturas voltada ao tema das aulas. (01h/a)

INSTRUTORES: INSPETORA CHEFE REGIONAL --- / INPETOR SUPLENTE --- / CPPAPPP

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7.4– Programa de Proteção às Áreas Ambientais

Lei Federal 9.605 – 12 de fevereiro de 1998(Lei dos Crimes Ambientais) “Dispõe sobre as

sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências”. (01h/a)

Decreto Federal 6.514 – 22 de julho de 2008 (Dispõe sobre as infrações e sanções

administrativas ao meio ambiente, estabelecem o processo administrativo federal para

apuração destas infrações). Resolução CONAMA 307 – 05 de julho de 2002 (Estabelece diretrizes, critérios e

procedimentos para a gestão da construção civil.). Resolução SMA 41 – 17 de Outubro de 2002 (Dispõe sobre procedimentos para o

licenciamento ambiental de aterros de resíduos inertes e da construção civil no Estado de São Paulo.). (01h/a)

Lei Municipal 10.315 – 30 de abril de 1987 (Disciplina as atividades destinadas ao

recolhimento e disposição dos resíduos sólidos produzidos no Município de São Paulo e

a manutenção do estado de limpeza das áreas urbanizadas.). Decreto Municipal 42.217, de 24 de julho de 2002 (Regulamenta o uso de áreas destinas

ao transbordo e triagem de resíduos de construção civil e resíduos volumosos ( 01h/a)

Lei nº. 13.478, de 30 de dezembro 2002 – artigos 160 a 162, e 164;

Decreto nº. 46.594, de 03 de Novembro de 2005 –artigos 127 e 1287; (01h/a) INSTRUTOR: INSPETORA CHEFE REGIONAL --- / SUPLAN 7.5 –Defesa Civil

Programa de Proteção a Pessoas em Situação de Risco, conceitos de riscos sociais e

prevenção, características de pessoas em situação de rua “ Adulto, Idoso, Criança e Adolescente” (02h/a)

Apresentação da rede de proteção que atuam com pessoas em situação de risco,

com destaque as Secretarias: SMADS, SMPP, SMS e outras organizações das esferas

públicas municipais, estaduais e federais, somando-se ONGS governamentais e não

governamentais que atuam direta ou indiretamente na proteção a pessoas em situação de risco (02h/a)

POP – Procedimento Operacional Padrão, Criança Sob Nossa Guarda, abordagem e encaminhamento de crianças e adolescentes em situação de risco (02h/a) INSTRUTOR: SRº --- / DEFESA CIVIL 7.6- Programa de Proteção de Pessoas em Situação de Risco

Programa de Proteção a Pessoas em Situação de Risco, conceitos de riscos sociais e

prevenção, características de pessoas em situação de rua “Adulto, Idoso, Criança e Adolescente” (02h/a)

Apresentação da rede de proteção que atuam com pessoas em situação de risco,

com destaque as Secretarias: SMADS, SMPP, SMS e outras organizações das esferas

públicas municipais, estaduais e federais, somando-se ONGS governamentais e não

governamentais que atuam direta ou indiretamente na proteção a pessoas em situação de risco (02h/a)

POP – Procedimento Operacional Padrão, Proteção a Criança e Adolescente, abordagem e encaminhamento de crianças e adolescentes em situação de risco (02h/a) INSTRUTORA: INSPETORA REGIONAL --- / SUPLAN 7.7 – Observatório de Segurança Pública e Criminalidade

Observatório da Violência e Criminalidade, com vistas à utilização das informações

dos órgãos de segurança pública e demais informações e estatísticas no planejamento

das ações de prevenção, repressão e reabilitação em favor da segurança na Cidade de São Paulo;(06h/a)

INSTRUTOR: INSPETOR --- / SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA / INSPETOR --- / SOP

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7.8- Infocrim (CFSU)

Objetivos e finalidades do INFOCRIM. (1 h/a)

Histórico da expansão do INFOCRIM no estado São Paulo. (1 h/a)

Vantagens do INFOCRIM como sistema eletrônico de informação. (1 h/a)

INFOCRIM na cidade de São Paulo(1 h/a)

Importância do INFOCRIM para a Secretaria Municipal de Segurança Urbana. (2 h/a)

INSTRUTOR: INSPETOR --- / SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA / INSPETOR --- / SOP 8.1 – Princípios de Hierarquia e Disciplina

Conceito e objetivos e nomenclatura da Ordem Unida.(02h/a)

Instrução Individual e Comandos da Ordem Unida (02h/a)

Formações e movimentos da Ordem Unida e sua aplicação em Formaturas Eventos e Solenidades (04h/a)

INSTRUTOR: INSPETOR --- / CFSU / CLASSE DISTINTA --- / CFSU 8.2 – Chefia e Liderança

Conceitos Básicos: Chefia, Liderança, Poder, Autoridade, Líderes Dissonantes, Líderes Ressonantes, Qualidade de chefia, Defeitos de Chefia (01h/a); Tipos de chefia:

Democrática, Autoritária e Liberal, Liderança e Comunicação, a Importância do Feedback, Relacionamento Interpessoal do Líder e liderados, Auto-Imagem. (01h/a);

Clareza de expressão, Ouvir, Capacidade de lidar com sentimentos de contrariedade, Transparência, Comunicação não Verbal, Comunicação em Equipe. (01h/a); Motivação,

Hierarquia das Necessidades, Motivação Intríseca, Extrínseca, Tipos de Motivação, e em equipe, Processando de Socialização (01h/a); Criação de vínculos, empatia,

Mediação de Conflitos, Situações vivenciais e as Importâncias (01h/a); Lideranças em

Atividades (02h/a); Realizar diagnóstico, atividade e liderança gradual das equipes

(01h//a); Discussões das situações vivenciadas com aplicação dos conceitos e

conhecimentos adquiridos (02h/a).

INSTRUTOR: INSPETOR CHEFE REGIONAL --- / CFSU 8.3-Regulamento de Continência, Honra, Sinais de Respeito e Cerimonial da CGM

Finalidades e objetivos do Decreto 40002/00.(02h/a)

Estudo do decreto 40002/00 face a Lei 13768/04.(04h/a)

Sistematização do estudo do decreto 40002/00.(02h/a)

INSTRUTOR: INSPETOR --- / CFSU / CLASSE DISTINTA --- / CFSU 8.4 - Qualidade de Vida

Histórico da educação Física no Brasil, o que é, quais são e como prevenir as doenças

associadas ao sedentarismo.(01h/a);

Como iniciar a atividade física; (01h/a);

Apresentação do Departamento de Esportes e Cultura; (01h/a);

O.S 054/Subcomando/2009. (01h/a);

INSTRUTOR: INSPETORA --- /DEPARTAMENTO DE ESPORTES E CULTURA [CURSO ESPECÍFICO DE CAPACITAÇÃO PARA CLASSE DISTINTA Matérias Carga/Horária Matéria 1 – Administração Pública e Estrutura da SMSU 42 horas

1.1 - Organograma da SMSU e Estrutura Organizacional da GCM 04

1.2 – Conceitos e Princípios do Programa de Qualidade* 04 1.3 - Noções de Administração Pública e Recursos Humanos 08 1.3.1 - Controle de almoxarifado 06 1.3.2 - Administração de Verbas 08

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1.3.3 - Redação Oficial 06 1.4 - Corregedoria Geral e Normas Disciplinares 06

Matéria 2 – Direitos Humanos e Ações Preventivas 18 horas

2.1 - Direitos Humanos 04 2.2 – Direitos e Garantias Individuais do cidadão 06 2.3 - Estatuto do Idoso 04 2.4 - Estatuto da Criança e do Adolescente/Políticas Públicas 04 Matéria 3 – Relações Sociais 22 horas

3.1 – Mediação e cultura da paz 06 3.2 – Portador de Necessidades Especiais 04 3.3- Gênero, Discriminação e Diversidade Sexual 04 3.4 - Violência Doméstica 04 3.5 - Ações Afirmativas De Igualdade Raciais 04 Matéria 4 – Legislação Penal 32 horas

4.1 - Sistema Brasileiro de Segurança Pública 04 4.2 - Noções de Direito Penal 14

4.2.1 - Estatuto do Desarmamento 04 4.3 - Noções de Direito Processual Penal 06 4.4 – Noções de Criminalística 04 Matéria 5 – Direito Constitucional 08 horas

5.1 – Princípios Constitucionais 04 5.2 - Constituição Estadual e Lei Orgânica do Município 04 Matéria 6 – Instrução Operacional 70 horas

6.1 - Técnicas Operacionais 12

6.2 – Armamento e Tiro Defensivo de Proteção a Vida 16 6.2. 1 – Normas de Segurança para o Uso do Armamento 02 6.3 – Uso de Armas Não Letais 06 6.4 – Postura e Ética própria e dos comandados. 06 6.5- Registro de Ocorrência 08 6.6- Comunicação e Monitoramento 08

6.7 -Policiamento Comunitário e Resoluções de Problemas 12 Matéria 7 – Programas da GCM 48 horas

7.1 - Programa de Proteção Escolar 06 7.2– Programa de Controle de Espaço Público e Fiscalização do Comercio Ambulante 06 7.3– Programa de Proteção aos Agentes Públicos e Patrimônio Público 06

7.4– Programa de Proteção as Áreas Ambientais/ Guarda Ambiental 06 7.5 –Defesa Civil 06 7.6- Programa de Proteção de Pessoas em Situação de Risco 06 7.7 – Observatório de Segurança Pública e Criminalidade 06 7.8- Infocrim 06 Matéria 8 – Postura e Atitude 30 horas

8.1 - Princípios de Hierarquia e Disciplina 08 8.2 – Chefia e Liderança 10 8.3-Regulamento de Continência, Honra, Sinais de Respeito e Cerimonial da CGM 08 8.4 - Qualidade de Vida 04 Atividades Pedagógicas 30 horas

Avaliação de Aprendizagem 15 Palestras, Visitas e Treinamentos 15

Total da Carga Horária 300 horas

ELABORAÇÃO:

CENTRO DE FORMAÇÃO EM SEGURANÇA URBANA E COMANDO DA GUARDA CIVIL

METROPOLITANA.

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70

ANEXO 2 - CURSO DE FORMAÇÃO GCM 3ª CLASSE

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71

Tipo do Documento

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

PADRÃO PARA CURSOS DO CENTRO DE FORMAÇÃO EM SEGURANÇA

URBANA

SMSU

PAP/0001/DFP

Emitente DIRETORIA DE FORMAÇÃO

PROFISSIONAL Revisão:

00 Pág.

71/94

Título do Documento:

CURRICULO DO CURSO DE FORMAÇÃO ESPECÍFICO

DE CAPACITAÇÃO PARA GUARDA CIVIL METROPOLITANO 3ª CLASSE

Registro das Revisões

Revisão nº Item Data Síntese da Revisão

A revisão deverá ser realizada anualmente, salvo necessidade extraordinária, por meio de

reunião do Comitê Central de Gestão pela Qualidade e aprovado pela Alta Direção.

Nome Data Visto

Elaboração CFSU – pelo Edital de Concurso

Coordenação

Pedagógica Núcleo Téc. Pedagógico – CFSU

Assessoria

Jurídica

Aprovação do

Secretário

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72

JUSTIFICATIVA

O Curso de Formação Específico de Capacitação para Guarda Civil

Metropolitano 3ª Classe, estribado nos Princípios de Direitos Humanos, das Garantias

Individuais e Coletivas e da Participação Social, objetiva:

Transmitir conhecimentos técnicos e científicos voltados para a preservação da

vida humana e segurança cidadã;

Capacitar física e tecnicamente o futuro Guarda Civil Metropolitano no uso e

manuseio dos equipamentos de defesa pessoal;

Estreitar os vínculos com a comunidade paulistana, propiciando uma maior

sensação de segurança.

OBJETIVO

I. Capacitar o aluno GCM para desempenhar, com eficiência, destreza e

competência, as atividades pertinentes à função;

II. Capacitar o aluno na aplicação do Direito, como parâmetro para bem

desempenhar suas missões constitucionais;

III. Desenvolver habilidades voltadas para a área operacional;

IV. Proporcionar conhecimentos que o capacite, técnica e fisicamente, no uso e

manuseio de equipamentos de defesa pessoal;

V. Padronizar conduta, postura e atitude do Guarda Civil Metropolitano na

prestação de um serviço com qualidade;

VI. Estabelecer um perfil profissional consciente, em prol do interesse público.

ESTRUTURA CURRICULAR:

Matéria 01 – Conhecimento Institucional I 36 h/a

1.1. Organograma da S.M.S.U. e Estrutura Organizacional da GCM 04 h/a

1.2 Plano de Carreira da Guarda Civil Metropolitana 04 h/a

1.3 O Papel Constitucional da GCM 04 h/a

1.4 História da GCM 04 h/a

1.5 Direitos e Deveres 08 h/a

1.6 Regulamento Disciplinar – Lei 13.530/03 08 h/a

Avaliação – (1.1, 1.2, 1.3 e 1.4) 02 h/a

Avaliação – (1.5 e 1.6) 02 h/a

Matéria 02 – Conhecimento Institucional II 46 h/a

2.1 Noções de Ética e Normas de Conduta 06 h/a

2.2 Símbolos Nacionais 06 h/a

2.3 Ordem Unida e Práticas de Hierarquia e Disciplina 28 h/a

Avaliação – (2.1, 2.2) 02 h/a

Avaliação – (2.3 – Prática) 04 h/a

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73

Matéria 03 – Noções de Direito 54 h/a

3.1 Noções de Direito Constitucional 06 h/a

3.2 Direitos e Garantias Individuais e Coletivas 08 h/a

3.3 Sistema Brasileiro de Segurança Pública 06 h/a

3.4 Noções de Direito Penal 20 h/a

3.5 Noções de Processo Penal 10 h/a

Avaliação – (3.1, 3.2 e 3.3) 02 h/a

Avaliação – (3.4 e 3.5) 02 h/a

Matéria 04 – Noções de Legislação Especial 18 h/a

4.1 Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/1990) 04 h/a

4.2 Estatuto do Idoso. (Lei 10.741/2003) 04 h/a

4.3 Violência Doméstica - Lei Maria da Penha 04 h/a

4.4 Portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida 04 h/a

Avaliação – (4.1, 4.2, 4.3 e 4.4) 02 h/a

Matéria 05 – Direitos Humanos 32 h/a

5.1 Direito da Cidadania 04 h/a

5.2 Convenções Internacionais de Direitos Humanos 06 h/a

5.3 Conduta Ética e Legal na Aplicação da Lei 06 h/a

5.4 Relação de Gênero 06 h/a

5.5 Ações afirmativas da igualdade racial 06 h/a

Avaliação – (5.1, 5.2 e 5.3) 02 h/a

Avaliação – (5.4 e 5.5) 02 h/a

Matéria 06 - Programas da GCM 26 h/a

6.1 Programa de Proteção Escolar 04 h/a

6.2 Programa de Proteção aos Agentes Públicos 04 h/a

6.3 Programa de Controle do Espaço Público e Fiscalização do Comércio

Ambulante

04 h/a

6.4 Programa de Proteção ao Patrimônio Público Municipal 04 h/a

6.5 Programa de Proteção às Áreas Ambientais 04 h/a

6.6 Programa de Proteção às Pessoas em Situação de Risco 04 h/a

Avaliação – (6.1 a 6.6) 02 h/a

Matéria 07 – Procedimento Operacional Padrão 30 h/a

7.1 POP – Proteção Escolar 04 h/a

7.2 POP – Controle de Espaço Público e Fiscalização do Comercio

Ambulante

04 h/a

7.3 POP – Proteção ao Agente Público 04 h/a

7.4 POP – Proteção do Patrimônio Público 04 h/a

7.5 POP – Proteção às Áreas Ambientais 06 h/a

7.6 POP – Proteção de Pessoas em Situação de Risco 06 h/a

Avaliação – (7.1 a 7.6) 02 h/a

Matéria 08 – Trânsito e Condução de Veículos Oficiais 30 h/a

8.1 Noções de Trânsito 10 h/a

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74

8.2 Condução de Veículos Oficiais 08 h/a

8.3 Direção Defensiva 10 h/a

Avaliação – (8.1 e 8.3 – Teórica ) 02 h/a

Matéria 09 – Instrução Operacional I 80 h/a

9.1 Técnicas Operacionais 40 h/a

9.2 Utilização e Operação de Equipamentos de Comunicação 14 h/a

9.3 Registro de Ocorrências 10 h/a

9.4 Proteção Comunitária com Resolução de Problemas 10 h/a

Avaliação – (9.1 – Prática) 04 h/a

Avaliação – (9.2, 9.3 e 9.4) 02 h/a

Matéria 10 – Instrução Operacional II 16 h/a

10.1 Uso de Equipamento de Proteção Individual 04 h/a

10.2 Mediação de Conflitos e Gerenciamento de Crise 04 h/a

10.3 Uso de Equipamentos Não Letais 04 h/a

Avaliação – (10.1 e 10.2) 02 h/a

Avaliação – (10.3 ) 02 h/a

Matéria 11 - Atendimentos Emergenciais 26 h/a

11.1 Noções Básicas de Primeiros Socorros 14 h/a

11.2 Segurança Física de Equipamentos e Edificações 04 h/a

11.3 Noções Básicas de Brigada de Incêndio 06 h/a

Avaliação – (11.1, 11.2, 11.3 Avaliação Teórica) 02 h/a

Matéria 12 – Conhecimento Específico 32 h/a

12.1 Noções de LIBRAS 10 h/a

12.2 Prevenção ao Uso de Drogas Ilícitas 06 h/a

12.3 Redação Oficial 10 h/a

Avaliação – (12.1, 12.2 e 12.3) 02 h/a

Avaliação – (12.1 – Prática) 04 h/a

Matéria 13 – Tiro Defensivo de Prevenção 70 h/a

13.1 Prática de Tiro Defensivo de Proteção à Vida 50 h/a

13.2 Normas de Segurança para Uso do Armamento 04 h/a

13.3 Armamento: Leis, Normas e Procedimentos. 06 h/a

13.4 Cautela e Empréstimo Diário de Armamento e Equipamentos

Correlatos

04 h/a

Avaliação – (13.1, 13.2, 13.3 e 13.4 Teórica) 02 h/a

Avaliação – (13.1 Prática – Manuseio de Armas de Fogo) 04 h/a

Matéria 14 – Condicionamento Físico 78 h/a

14.1 Educação Física 42 h/a

14.2 Técnicas de Defesa Pessoal 28 h/a

Avaliação – (14.1 Teste de Capacitação Física – TAF) 04 h/a

Avaliação – (14.2 - Prática) 04 h/a

Atividades complementares 26 h/a

Palestras e Visitas 26 h/a

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75

Total 600 h/a

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76

ANEXO 3 - CURSO DE FORMAÇÃO GCM 3ª CLASSE PROPOSTO

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77

Tipo do Documento

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PADRÃO PARA CURSOS DO CENTRO

DE FORMAÇÃO EM SEGURANÇA URBANA

SMSU

PAP/0001/DFP

Emitente DIRETORIA DE FORMAÇÃO

PROFISSIONAL Revisão:

00 Pág.

77/94

Título do Documento:

CURRICULO DO CURSO DE FORMAÇÃO ESPECÍFICO DE CAPACITAÇÃO PARA GUARDA CIVIL

METROPOLITANO 3ª CLASSE

Registro das Revisões

Revisão nº Item Data Síntese da Revisão

A revisão deverá ser realizada anualmente, salvo necessidade extraordinária, por meio de

reunião do Comitê Central de Gestão pela Qualidade e aprovado pela Alta Direção.

Nome Data Visto

Elaboração CFSU – pelo Edital de Concurso

Coordenação

Pedagógica Núcleo Téc. Pedagógico - CFSU

Assessoria

Jurídica

Aprovação do

Secretário

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78

JUSTIFICATIVA

O Curso de Formação Específico de Capacitação para Guarda Civil

Metropolitano 3ª Classe, estribado nos Princípios de Direitos Humanos, das Garantias

Individuais e Coletivas e da Participação Social, objetiva:

Transmitir conhecimentos técnicos e científicos voltados para a preservação da

vida humana e segurança cidadã;

Capacitar física e tecnicamente o futuro Guarda Civil Metropolitano no uso e

manuseio dos equipamentos de defesa pessoal;

Estreitar os vínculos com a comunidade paulistana, propiciando uma maior

sensação de segurança.

OBJETIVO

VII. Capacitar o aluno GCM para desempenhar, com eficiência, destreza e

competência, as atividades pertinentes à função;

VIII. Capacitar o aluno na aplicação do Direito, como parâmetro para bem

desempenhar suas missões constitucionais;

IX. Desenvolver habilidades voltadas para a área operacional;

X. Proporcionar conhecimentos que o capacite, técnica e fisicamente, no uso e

manuseio de equipamentos de defesa pessoal;

XI. Padronizar conduta, postura e atitude do Guarda Civil Metropolitano na

prestação de um serviço com qualidade;

XII. Estabelecer um perfil profissional consciente, em prol do interesse público.

ESTRUTURA CURRICULAR:

Matéria 01 – Conhecimento Institucional I 36 h/a

1.1. Organograma da S.M.S.U. e Estrutura Organizacional da GCM 04 h/a

1.2 Plano de Carreira da Guarda Civil Metropolitana 04 h/a

1.3 O Papel Constitucional da GCM 04 h/a

1.4 História da GCM 04 h/a

1.5 Direitos e Deveres 08 h/a

1.6 Regulamento Disciplinar – Lei 13.530/03 08 h/a

Avaliação – (1.1, 1.2, 1.3 e 1.4) 02 h/a

Avaliação – (1.5 e 1.6) 02 h/a

Matéria 02 – Conhecimento Institucional II 46 h/a

2.1 Noções de Ética e Normas de Conduta 06 h/a

2.2 Símbolos Nacionais 06 h/a

2.3 Ordem Unida e Práticas de Hierarquia e Disciplina 28 h/a

Avaliação – (2.1, 2.2) 02 h/a

Avaliação – (2.3 – Prática) 04 h/a

Matéria 03 – Noções de Direito 54 h/a

3.1 Noções de Direito Constitucional 06 h/a

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79

3.2 Direitos e Garantias Individuais e Coletivas 08 h/a

3.3 Sistema Brasileiro de Segurança Pública 06 h/a

3.4 Noções de Direito Penal 20 h/a

3.5 Noções de Processo Penal 10 h/a

Avaliação – (3.1, 3.2 e 3.3) 02 h/a

Avaliação – (3.4 e 3.5) 02 h/a

Matéria 04 – Noções de Legislação Especial 18 h/a

4.1 Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/1990) 04 h/a

4.2 Estatuto do Idoso. (Lei 10.741/2003) 04 h/a

4.3 Violência Doméstica - Lei Maria da Penha 04 h/a

4.4 Portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida 04 h/a

Avaliação – (4.1, 4.2, 4.3 e 4.4) 02 h/a

Matéria 05 – Direitos Humanos 32 h/a

5.1 Direito da Cidadania 04 h/a

5.2 Convenções Internacionais de Direitos Humanos 06 h/a

5.3 Conduta Ética e Legal na Aplicação da Lei 06 h/a

5.4 Relação de Gênero 06 h/a

5.5 Ações afirmativas da igualdade racial 06 h/a

5.6 Conduta no atendimento a Crianças e Adolescentes Infratores 12 h/a

Avaliação – (5.1, 5.2 e 5.3) 02 h/a

Avaliação – (5.4 e 5.5) 02 h/a

Matéria 06 - Programas da GCM 26 h/a

6.1 Programa de Proteção Escolar 04 h/a

6.2 Programa de Proteção aos Agentes Públicos 04 h/a

6.3 Programa de Controle do Espaço Público e Fiscalização do Comércio

Ambulante

04 h/a

6.4 Programa de Proteção ao Patrimônio Público Municipal 04 h/a

6.5 Programa de Proteção às Áreas Ambientais 04 h/a

6.6 Programa de Proteção às Pessoas em Situação de Risco 04 h/a

Avaliação – (6.1 a 6.6) 02 h/a

Matéria 07 – Procedimento Operacional Padrão 30 h/a

7.1 POP – Proteção Escolar 04 h/a

7.2 POP – Controle de Espaço Público e Fiscalização do Comercio

Ambulante

04 h/a

7.3 POP – Proteção ao Agente Público 04 h/a

7.4 POP – Proteção do Patrimônio Público 04 h/a

7.5 POP – Proteção às Áreas Ambientais 06 h/a

7.6 POP – Proteção de Pessoas em Situação de Risco 06 h/a

Avaliação – (7.1 a 7.6) 02 h/a

Matéria 08 – Trânsito e Condução de Veículos Oficiais 30 h/a

8.1 Noções de Trânsito 10 h/a

8.2 Condução de Veículos Oficiais 08 h/a

8.3 Direção Defensiva 10 h/a

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80

Avaliação – (8.1 e 8.3 – Teórica ) 02 h/a

Matéria 09 – Instrução Operacional I 80 h/a

9.1 Técnicas Operacionais 36 h/a

9.2 Utilização e Operação de Equipamentos de Comunicação 12 h/a

9.3 Registro de Ocorrências 08 h/a

9.4 Proteção Comunitária com Resolução de Problemas 10 h/a

Avaliação – (9.1 – Prática) 04 h/a

Avaliação – (9.2, 9.3 e 9.4) 02 h/a

Matéria 10 – Instrução Operacional II 16 h/a

10.1 Uso de Equipamento de Proteção Individual 04 h/a

10.2 Mediação de Conflitos e Gerenciamento de Crise 04 h/a

10.3 Uso de Equipamentos Não Letais 04 h/a

Avaliação – (10.1 e 10.2) 02 h/a

Avaliação – (10.3 ) 02 h/a

Matéria 11 - Atendimentos Emergenciais 26 h/a

11.1 Noções Básicas de Primeiros Socorros 14 h/a

11.2 Segurança Física de Equipamentos e Edificações 04 h/a

11.3 Noções Básicas de Brigada de Incêndio 06 h/a

Avaliação – (11.1, 11.2, 11.3 Avaliação Teórica) 02 h/a

Matéria 12 – Conhecimento Específico 32 h/a

12.1 Noções de LIBRAS 10 h/a

12.2 Prevenção ao Uso de Drogas Ilícitas 06 h/a

12.3 Redação Oficial 10 h/a

Avaliação – (12.1, 12.2 e 12.3) 02 h/a

Avaliação – (12.1 – Prática) 04 h/a

Matéria 13 – Tiro Defensivo de Prevenção 70 h/a

13.1 Prática de Tiro Defensivo de Proteção à Vida 46 h/a

13.2 Normas de Segurança para Uso do Armamento 04 h/a

13.3 Armamento: Leis, Normas e Procedimentos. 06 h/a

13.4 Cautela e Empréstimo Diário de Armamento e Equipamentos

Correlatos

04 h/a

Avaliação – (13.1, 13.2, 13.3 e 13.4 Teórica) 02 h/a

Avaliação – (13.1 Prática – Manuseio de Armas de Fogo) 04 h/a

Matéria 14 – Condicionamento Físico 78 h/a

14.1 Educação Física 42 h/a

14.2 Técnicas de Defesa Pessoal 28 h/a

Avaliação – (14.1 Teste de Capacitação Física – TAF) 04 h/a

Avaliação – (14.2 - Prática) 04 h/a

Atividades complementares 26 h/a

Palestras e Visitas 26 h/a

Total 600 h/a

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81

ANEXO 4 – PORTARIA 441/09 - PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO 001 PROPOSTO

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82

SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA, aos 03 de novembro de 2009.

EDSOM ORTEGA MARQUES, Secretário Municipal de Segurança Urbana.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - P.O.P. GCM

Proteção a Criança e ao Adolescente

1. OBJETIVO

1.1 Este Normativo tem por objetivo estabelecer os procedimentos padronizados a

serem adotados na atuação da Guarda Civil Metropolitana - GCM na abordagem e

encaminhamento de crianças e adolescentes em Situação de Risco, em

conformidade com as determinações legais vigentes sobre a matéria e diretrizes do

Gabinete de Segurança e da Secretaria Municipal de Segurança Urbana - SMSU,

observadas as políticas públicas setoriais, particularmente da Assistência e

Desenvolvimento Social, e do Sistema de Garantia de Direitos - SGD.

1.2 Visa orientar as ações integradas da GCM com outras organizações

públicas municipais, estaduais e da sociedade que atuam direta ou indiretamente

na Proteção a Pessoas em Situação de Risco, buscando alcançar uma melhoria

contínua nos resultados das ações de proteção às Crianças e Adolescentes em

situação de desamparo e o uso adequado do espaço de uso público.

2. ABRANGÊNCIA DE APLICAÇÃO

2.1 O presente P.O.P. destaca as seguintes situações de vulnerabilidade:

2.1.1 Crianças e adolescentes em situação de rua;

2.1.2 Crianças e adolescentes em situação de drogadição (uso ou tráfico de

drogas);

2.1.3 Crianças e adolescentes em situação de violência, abuso e exploração sexual

ou econômica nas ruas;

2.1.4 Crianças e Adolescentes em situação de Trabalho Infantil;

2.1.5 Adolescente em prática de ato infracional;

2.1.6 Criança em conflito com a lei;

2.2 A área prioritária de aplicação deste P.O.P. é a região do Comando Centro da

GCM, nos perímetros e circuitos prioritários conforme diretrizes da SMSU e do

Comando Geral da GCM, devendo suas diretrizes ser aplicadas em todos os demais

Comandos com as especificidades de cada região.

3. CONCEITOS

3.1 Considera-se para aplicação desde Procedimento Operacional (art. 2o. ECA):

- criança: pessoa até 12 anos de idade incompletos;

- adolescente: pessoa entre 12 e 18 anos de idade.

3.2 Consideram-se crianças e adolescentes em situação de rua e de risco aquelas

que estiverem com seus direitos ameaçados e/ou violados, encontradas de forma

injustificada no espaço público, praças, logradouros ou equipamentos públicos, em

estado de abandono e desamparo, ou com evidências de envolvimento em situação

de abuso e exploração sexual; corrupção de menores; trabalho infantil, inclusive

pela prática de mendicância; venda e consumo de drogas; atos infracionais, entre

outras, que atentem à sua integridade física e mental.

3.4 Considera-se ato infracional toda conduta descrita como crime ou contravenção

penal praticada por adolescente. (art. 103, ECA)

3.5 Considera-se criança ou adolescente ameaçada ou com direito violado, dentre

outras situações, por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável ou em razão

da sua conduta. (art. 98, II e III, ECA)

3.6 Considerar-se, na ação e encaminhamento, a aplicação dos instrumentos

normativos e mecanismos dispostos pelo Sistema de Garantia de Direitos (SGD) da

Criança e do Adolescente, observando suas orientações acerca da articulação e

integração dos organismos públicos nos níveis federal, estadual, distrital e municipal,

assim como da sociedade civil. Devem-se compreender, prioritariamente, os seguintes

eixos:

3.6.1 Eixo de defesa – Criado para cessar as violações de direitos, assim como

responsabilizar o autor da violência. Entre seus principais atores, está a Guarda

Municipal;

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83

3.6.2 Eixo de promoção – Refere-se à política de atendimento articulado dos direitos

de crianças e adolescentes, tendo como principais responsáveis, por exemplo,

conselhos de direitos;

3.6.3 Eixo de controle - Responsável pelo acompanhamento, avaliação e

monitoramento das ações de promoção e defesa dos direitos humanos de crianças e

adolescentes, realizados através de instâncias públicas colegiadas próprias.

4. DIRETRIZES

4.1 As ações dos agentes da Guarda Civil Metropolitana devem estar respaldadas

pela legalidade orientada nesta norma, devendo sempre ser avaliado o binômio

necessidade-proporcionalidade, contribuindo na promoção da segurança e o

respeito aos direitos fundamentais do cidadão.

4.2 Tendo em vista tratar-se de um poder-dever de proteção à criança e ao

adolescente, a responsabilidade do Poder Público é a de assegurar, em casos de

risco, ameaça ou violação, com absoluta prioridade, a efetivação dos seus direitos,

pondo-os a salvo de qualquer risco, promovendo o seu encaminhamento em

conformidade com o previsto na lei e neste normativo. (cf. art. 70 ECA)

4.3 Todas as ações previstas neste procedimento devem pautar-se no tratamento

com respeito e dignidade a criança e ao adolescente, sem deixar de assegurar o

encaminhamento que promova a sua efetiva proteção.

4.4 A administração pública e particularmente a GCM tem também o dever de

proteger e zelar pelo bom uso do espaço público, do patrimônio público, coibindo

atos de vandalismo, depredações e outros que caracterizam a desordem urbana e

que favoreçam a violência e a criminalidade.

4.5 A GCM deverá também promover a segurança e garantir a integridade física

dos agentes da municipalidade e dos cidadãos, durante a realização das

abordagens e encaminhamentos.

4.6 A GCM deve informar a criança e adolescente as razões da sua atuação, o

encaminhamento que lhe será dado, assim como informar as autoridades e

organismos competentes da sua atuação em favor da proteção da criança e do

adolescente, conforme o caso.

5. PROCEDIMENTOS

5.1 Ao deparar-se com as situações de Criança e Adolescente que tiver seus

direitos ameaçados e/ou violados, o Guarda Civil Metropolitano deverá agir visando

garantir a proteção às crianças e adolescentes nos termos desta Norma.

5.2 Em caso de criança ou adolescente em situação de abandono sem ameaça

aparente à integridade física ou mental:

5.2.1. Encaminhar a criança ou adolescente à rede de Centros de Referência da

Criança e do Adolescente – CRECA;

5.2.2 Não sendo possível a identificação civil, providenciar a identificação junto ao

Distrito Policial, verificando se a mesma consta no cadastro de pessoas

desaparecidas;

5.2.3. Após medidas cabíveis, os mesmos deverão ser encaminhados à rede de

proteção da Municipalidade, preferencialmente um CRECA, conforme acordado com a

Secretaria Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS (listagem em

anexo), também acessível na CETEL – Central de Telecomunicação da GCM;

5.2.4 Acionar um agente de proteção social da SMADS para acompanhar, e ou

tomar ciência do procedimento, através da CETEL.

5.2.5. Dar conhecimento ao Conselho Tutelar através da CETEL.

5.3 Em caso de criança ou adolescente em situação de abandono com visível

comprometimento à integridade física ou mental:

5.3.1 Encaminhar a criança ou adolescente a serviço de saúde adequado,

preferencialmente ao Centro de Atendimento PsicoSocial - CAPS Infantil ou Hospital

Menino Jesus, ou local orientado pela CETEL em entendimento com a Secretaria

Municipal da Saúde - SMS.

5.3.2 Havendo grave comprometimento à saúde acionar o SAMU;

5.3.3 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência

do procedimento, através da CETEL.

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5.3.4 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar através da CETEL.

5.4 Em caso de criança ou adolescente em situação de trabalho infantil:

5.4.1 Quando em trabalho relacionado ao comercio ambulante, devera ser

apreendida a mercadoria nos moldes da legislação aplicável e encaminhar a criança

ou adolescente para o Centro de Referencia da Assistência Social - CRAS/ Centro de

Referencia da Criança e do Adolescente - CRECA;

5.4.2 Tratando-se de produtos ilegais, envolvendo adolescente, deverá ser

realizado o seu encaminhamento ao Distrito Policial;

5.4.3 Caso localizado os responsáveis pela exploração do trabalho infantil, deverão

ser encaminhados para o Distrito Policial;

5.4.4 Quando em trabalho relacionado com a prestação de serviços ou de qualquer

outra natureza, devera a criança ou adolescente ser encaminhado a rede de

proteção da Municipalidade: CRAS / CRECA

5.4.5 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência

do procedimento, através da CETEL.

5.4.6 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar através da CETEL

5.5 Em caso de criança ou adolescente em situação de risco sem ameaça aparente

à integridade física ou mental, acompanhado da família:

5.5.1 Conduzir a família para o Centro de Referência da Assistência Social – CRAS,

para posterior encaminhamento aos serviços de acolhida de famílias;

5.5.2 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar por meio da CETEL.

5.6 Em caso de criança ou adolescente em situação de risco com visível

comprometimento à integridade física ou mental, acompanhado da família:

5.6.1 Encaminhar a criança ou adolescente acompanhado da família a serviço de

saúde adequado, preferencialmente ao CAPS Infantil ou Hospital Menino Jesus;

5.6.2 Havendo grave comprometimento à saúde acionar o SAMU;

5.6.3 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência

do procedimento.

5.6.4 Se houve evidencias de exploração pelo familiar ou descaso na sua proteção,

encaminhar o adulto para o Distrito Policial, acompanhada da criança ou do

adolescente em situação de risco, como vítima.

5.6.5 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência

do procedimento, por meio da CETEL.

5.6.6 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar por meio da CETEL.

5.7 Em caso de criança ou adolescente em situação de drogadição, na presença de

adultos:

5.7.1 Encaminhar os responsáveis pela corrupção de menores ao Distrito Policial;

5.7.2 Encaminhar a criança ou adolescente, na condição de vítima, para o Distrito

Policial, sempre em viatura separada dos responsáveis pela infração;

5.7.3 Com autorização da autoridade policial, encaminhar a criança ou adolescente

a serviço de saúde adequado, preferencialmente ao CAPS Infantil ou Hospital

Menino Jesus, ou outro orientado pela CETEL conforme entendimentos com SMS;

5.7.4 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência

do procedimento.

5.7.5 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar por meio da CETEL.

5.8 Em caso de criança ou adolescente em situação de drogadição:

5.8.1 Encaminhar a criança ou adolescente a serviço de saúde adequado,

preferencialmente ao CAPS Infantil ou Hospital Menino Jesus, ou outro orientado

pela CETEL conforme entendimentos com SMS;

5.8.2 Se for adolescente e estiver em situação que caracterizar ato infracional

encaminhar para o Distrito Policial, onde a autoridade avaliará o encaminhamento a

ser dado;

5.8.3 Se o encaminhamento for para serviço de saúde, proceder como item 5.7.3.

Se for para assistência social agir como previsto no item 5.5.

5.8.4 Acionar um agente de proteção social para acompanhar, e ou tomar ciência

do procedimento.

5.8.5 Dar conhecimento ao Conselho Tutelar por meio da CETEL.

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5.9 No caso de adolescente surpreendido na prática de ato infracional, devera ser o

mesmo encaminhado para o Distrito Policial cuja autoridade orientará os demais

encaminhamentos, observadas as orientações anteriores nos casos da Assistência

Social ou Saúde;

5.10 Em todos os casos no Relatório de Ocorrência deverá ser anexado a

documentação que comprove a entrega da criança ou do adolescente a serviço ou

autoridade responsável (CRECA, Serviço de Saúde, Distrito Policial, etc.).

5.10.1 Em todos os casos deverá ser consultado, via CETEL, o cadastro de pessoas

desaparecidas assim como o cadastro de evasão escolar.

5.11 O encaminhamento de criança ou adolescente ao CRECA ou CAPS, nos casos

de solicitação da autoridade policial, deverá ser feito por meio de ofício da

autoridade requisitante.

5.12 Todas as ocorrências envolvendo crianças e adolescentes deverão ser

informadas à CETEL, que deverá concentrar as informações das distintas regiões da

Cidade e repassá-las para a Coordenação do Programa de Proteção a Pessoas em

Situação de Risco da SUPLAN, que manterá cadastro atualizado visando subsidiar a

instauração de medidas judiciais apropriadas de responsabilização por abandono de

incapazes, e ou solicitação judicial de internação compulsória para tratamento

especializado, entre outras.

5.13 Atentar para que objetos pessoais tais como documentos, roupas, remédios,

atestado médico, dinheiro não se extraviem e permaneçam sob a guarda de seu

proprietário. Em caso de documentos e objetos perdidos, entregar no setor de

achados e perdidos do Metrô mais próximo, anotando o fato no Relatório de

Ocorrência.

5.14 Atuar com profissionalismo e respeito, não aceitar provocações da pessoa que

está sendo abordada ou de terceiros, dar todas as informações pertinentes aos

envolvidos, preservando a autoridade do integrante da GCM e o respeito a sua

Corporação.

5.15 Em caso de resistência, adotar os seguintes procedimentos:

5.15.1 – Utilizar se de técnicas de persuasão, esclarecendo os procedimentos legais

que estão sendo considerados, a articulação e integração com diferentes

organismos públicos municipais, estaduais e da sociedade.

5.15.2 – Se preciso acionar reforço apropriado com equipamentos adequados para

a contenção em relação a qualquer desdobramento agressivo;

5.15.3 – O uso progressivo da força, quando necessário conforme treinamentos,

não autoriza nenhuma espécie de agressão, física ou verbal.

5.15.4 – É proibido o uso de algema para contenção de criança, devendo-se utilizar

de força moderada para sua contenção, acompanhando a mesma no banco traseiro

da viatura.

5.15.5 – O uso de algemas em adolescente ou infrator maior deverá se ater ao

enunciado da súmula vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal, pela qual só é

lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de

perigo à integridade física própria ou alheia, justificada a excepcionalidade por

escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente.

5.16 No caso de atuação da GCM em operações conjuntas com outros organismos

do município ou do estado, observar a adaptação necessária considerando a

orientação do planejamento conjunto realizado, observadas as diretrizes previstas

neste normativo.

5.16.1 A GCM poderá encaminhar a criança ou o adolescente a entidade da rede de

proteção ou mesmo até sua residência, conforme o caso e orientação do órgão

especializado, como CRAS, CRECA, Distrito Policial, entre outros, com vistas a

assegurar a sua melhor proteção, contatando previamente a CETEL para confirmar

o deslocamento, inclusive fora da sua área de jurisdição, se preciso.

5.17 Participar, com a urgência necessária, ao Chefe da Unidade, as ordens

extraordinárias que receba de autoridade superior, bem como das ocorrências

verificadas durante o serviço e que exijam seu imediato conhecimento,

independente das providências tomadas a respeito;

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5.18 A Superintendência de Operações, articulado com o Centro de Formação -

CFSU deverá assegurar a orientação e o treinamento necessários aos GCMs

participantes diretamente destas operações assim como dar conhecimento aos

demais integrantes da Corporação e entidades públicas ou não que atuam com os

mesmos propósitos.

5.19 Mensalmente será encaminhado relatório dos resultados dos trabalhos

realizados ao Comando Geral da GCM, ao gabinete do SMSU, apontando eventuais

aprimoramentos necessários.

5.20 Nos casos omissos devem ser consultados o Comando da GCM e ser for o

caso, o gabinete da SMSU.

6. CONTATOS

GUARDA CIVIL METROPOLITANA – GCM - Tel: 3396-5900/ 153 (CETEL)

CONSELHO TUTELAR DA REGIÃO CENTRAL Tel: 3259-9292/ 3259-9282/ 9991-

4268/ 7283-6593/ 9617-6041

SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÉDICO DE URGÊNCIA – SAMU - Tel: 3396-7556/ 192

HOSPITAL MUNICIPAL INFANTIL MENINO JESUS – Tel. 3253-5200

Rua dos Ingleses nº 258

CAPE – CENTRAL DE ATENDIMENTO PERMANENTE – Atenção a Morador e Família

em Situação de Rua.

TEL.: 3397-8860 / 3397-8868 ou [email protected]

CRECA Centro – Tel. 3331-8159/3333-5592

Rua Fortunato nº 119 - Centro

CRECA Taiguara – Tel. 3241.3146

Rua Vicente Prado, 93 – Bela Vista

CRECA Dom Bosco – Tel. 3337-4562

Rua dos Italianos nº 1264

CAPS Infantil - Tel 3104-3210/3101-0156

Rua Frederico Alvarenga nº 259

CRAS SÉ - Tel. 3396-3500/3396-2114

Av. Tiradentes, 749

AMA SÉ – Tel: 3101-8833

Rua Frederico Alvarenga, 259 – Pq. Dom Pedro

AMA BORACÉA – Tel: 3392-1854/ 3392-1944

Rua Ribeiro de Almeida, 14 – Barra Funda

COORDENADORIA MUNICIPAL DE DEFESA CIVIL – Tel: 199

7. LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA:

* Constituição da República Federativa do Brasil;

* Constituição do Estado de São Paulo – art. 277 e 278, inciso V;

* Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90);

* Lei Municipal nº 11.123/91 e Decreto nº 31.319/92 – Dispõe sobre a política

Municipal de atendimentos aos direitos da criança e do adolescente, e dá outras

providências.

* Lei Municipal nº 12.316/1997 e Decreto nº 40.232/2001 – Dispõe sobre a

obrigatoriedade do Poder Público a prestar atendimento à população de rua;

* Lei Municipal nº 11.123/1991 e Decreto nº 31.319/1992 – Dispõe sobre a política

municipal de atendimento aos direitos da criança e adolescente.

* Decreto nº 42.119/2002 e Portaria nº 674/2009/PREF – Dispõe sobre a atenção,

em caráter emergencial e no âmbito da Defesa Civil, a população em situação de

rua, quando da ocorrência de Operação de Frentes Frias ou de Baixas Temperaturas

durante o período do inverno;

* Decreto nº 50.448/2009 – Dispõe sobre a reorganização da Guarda Civil

Metropolitana, vinculada à Secretaria Municipal de Segurança Urbana.

* Procedimentos de Abordagem à População em situação de Rua - Orientação

Técnica (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social –

outubro/2008);

* Padronização das atividades de zeladoria urbana (Nota de Instrução nº 003/IRSÉ/

2007)

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* Portaria nº 414/2009/SMSU – Pessoas desaparecidas.

* Lei Municipal nº 13.866/2004 – art. 7º e ss. – Comércio Ambulante

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