2805 viagem a tau cet

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1 Escola do 2º e 3º Ciclos de Santo António 6º Ano Turma E 2013 / 2014 2805 Uma viagem a Tau Cet

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Escola do 2º e 3º Ciclos de Santo António 6º Ano Turma E

2013 / 2014

2805 Uma viagem a

Tau Cet

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FICHA TÉCNICA

Título:

2805 – Uma viagem a Tau Cet

Autores/ Ilustração:

Alunos do 6º ano Turma E – 2013 /2014

. Ana Catarina Rodrigues

. Ana Francisca Ferraz

. Beatriz Correia

. Carlos Rosário

. Catarina Camacho

. Érica Costa

. Érica Lopes

. Jéssica Lopes

. Joana Figueira

. João Barradas

. Leandro Jesus

. Luís Carlos Sousa

. Luís Gonçalo Freitas

. Maria Felícia Castro

. Nuno Antónino Nunes

. Pedro Camacho

. Rui Gonçalo Pinto

. Vítor Rodriguez Coordenação e montagem:

Adriana Fernandes (professora de Educação Visual)

Verificação ortográgica:

Laura Reis (professora de Português)

Edição:

Escola Básica do 2º e 3º Ciclo de Santo António

Data da edição:

junho de 2014

Page 3: 2805 Viagem a Tau Cet

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INTRODUÇÃO

Ano 2805.

Fomos convidados

em representação de

Portugal, para uma

missão na NASA (sigla

em inglês de National

Aeronautics and Space

Administration –

Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço / agência do Governo

dos Estados Unidos da América responsável pela pesquisa e

desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial) para

formar uma equipa de elite para ir à estrela Tau Cet buscar um remédio que

curasse os humanos da tristeza.

A vida na Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo

porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.

A viagem tinha de ser super rápida e durar o menos tempo possível.

A previsão da chegada era o dia que, em anos longínquos, se

comemorava o Dia Mundial do Ambiente, onde alguém advertia que era

preciso cuidar do meio ambiente, mas ninguém fez caso.

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I Capítulo

Tau-Cet

Tau Cet, que faz parte

da Constelação da Baleia,

não é apenas próxima do

nosso sol (fica a 12 anos-luz),

mas também é muito

semelhante, em massa e

irradiação.

É uma estrela

semelhante ao sol que abriga

cinco planetas, incluindo um

que é habitável. Este não é

muito quente, nem muito frio, permitindo a existência de uma atmosfera, de

água em estado líquido na sua superfície, tendo tudo para os seus habitantes

viverem felizes.

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II Capítulo

A super nave e o Robonauta

Fizemos a viagem espacial num modelo super

rápido, cuja maquete foi criada no ano de 2014,

pelos

alunos

do 6º Ano Turma E, da Escola

Básica dos 2º e 3º Ciclos de S.

António da nossa Ilha, na

Região Autónoma da Madeira.

Foram criadas várias maquetas,

cujos protótipos foram

construídos e testados pela

NASA, tendo esta decido

aperfeiçoar o modelo que iríamos

utilizar na nossa viagem, assim

como um Robonauta, cujo

projeto também criado pela mesma turma.

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O tipo de energia propulsora da nave foi a energia elétrica produzida por

células fotovoltaicas de energia solar.

Durante o lançamento, libertou-se uma "fumaça" composta por vapor de

água, uma vez que sob a base da nave, na plataforma de lançamento, existia

um grande volume de jatos de água, que eram responsáveis pela absorção

do calor na plataforma. Assim, a água evaporava-se rapidamente nos

primeiros segundos do lançamento, dando a impressão de ser fumo.

Os materiais utilizados na construção da nave eram dos mais sofisticados

com um alto grau de fiabilidade, tais como por exemplo: Plástico reciclado nas

maçanetas e nas cadeiras; borracha para a vedação atmosférica; alumínio

nas partes rígidas como os suportes das cadeiras e prateleiras; alumínio e

aço em certas partes de menos atrito como as “costas” da Nave; para a

protecção térmica uma espécie de resina com aditivos especiais numa fibra

de vidro, matriz favo de mel; titânio na parte interna estrutural (as ferragens

internas, como se fossem os ossos dos seres vivos); placas cerâmicas, à

base de silício para o isolamento

térmico; platina nos discos rígidos

para as gravações de toda a

navegação e dados do voo;

baterias e painéis solares entre

outros.

O interior da nave era

confortável e espaçoso, tal se

pode ver na planta:

1 – Sala de controlo; 2 – WC (2); 3 – Cozinha; 4 – Dormitórios; 5 – Sala de estar; 6 – Saída da nave; 7 – Sala dos elementos mecânicos; 8 – Propulsores; 9 – Depósito de água; 10 – Armazém de comida; 11 – Ginásio.

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O espaço da carga de uma nave espacial é limitado, por isso os

produtos excedentes devem ser reciclados tanto quanto possível, evitando

assim grandes espaços de armazenamento e o acréscimo de peso à nave.

Ao lixo molhado é-lhe retirada a água para filtrar e ser reusada.

Outros tipos de lixo podem ser queimados, rendendo substâncias tais

como o dióxido de carbono e a água. O dióxido de carbono pode então ser

convertido à água também.

Existem 4 caixotes do lixo na nave: três são para o lixo seco e outro

para o lixo húmido. O lixo húmido é qualquer coisa que possa cheirar mal e

por isso quando está cheio é fechado e ligado a uma mangueira de extracção

que impede que o cheiro se espalhe na nave

Os sacos são armazenados na plataforma mais baixa e levados para a

Terra.

Por causa da gravidade zero, o

corpo humano não se esforça tanto,

provocando o enfraquecimento dos

ossos e músculos. Para manter o

corpo a funcionar bem, usávamos o

ginásio para praticar muito exercício

físico, correndo em passadeiras

rolantes, bicicletas fixas, máquinas

de remo e outras práticas que evitassem o atrofiamento da musculatura.

Para ocupar os tempos livres, líamos os nossos

livros favoritos, ouvíamos música, víamos filmes e

falávamos com a família e amigos em direto.

Como a vista da Estação Espacial é espectacular,

passávamos muito tempo a olhar para a Terra e a

tirar fotografias.

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III Capítulo

A viagem

Iniciámos a nossa viagem no dia 5 de abril de 2805, com um comandante,

cinco astronautas e o robô humanóide.

Com a duração prevista de 60 dias, percorremos a distância de 24 anos-luz

que corresponde à ida e volta da Terra a Tau Cet.

A Velocidade de deslocação da nave seria de

~ 157,68 x 109 km/h

Já em órbita o “Robonauta" entrou em ação. A sua visão

é superior à dos humanos. Consegue ver a luz

infravermelha. O “Robonauta" pensa com o estômago", já

que o computador estava implantado no corpo e não na

cabeça. Bastava darmos uma ordem para que pegasse

ou procurasse algo e ele, usando o seu sistema de visão

para localizar e identificar o objeto, pegava-o. Foi ele

também que, controlado do interior da nave, fez a

manutenção fora da Estação Espacial.

Portador também de uma Inteligência Artificial, programado para conversar

sobre os mais diversos assuntos, tem programas sofisticados de computador

que conseguem entender as ordens dadas e foi ele também que controlou o

piloto automático da nave, quando nós, os astronautas, estávamos a dormir.

Dormíamos presos numa espécie de saco de dormir, dentro de uma cabine

de forma a não flutuarmos livremente pela nave espacial e chocarmos sem

querer com alguma coisa. Não precisávamos ficar deitados, porque como a

gravidade é quase nula, o sangue não fica acumulado nos pés e podemos

dormir de pé. A Estação Espacial tem um ambiente muito ruidoso e sempre

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muito iluminado, por isso usámos máscaras para taparmos os olhos e

tampões nos ouvidos para podermos dormir melhor.

Relativamente à higiene pessoal e como a água é racionada e ainda por cima

não escorre num ambiente de gravidade zero, não podíamos usar uma

torneira como na Terra. Para nos lavarmos usávamos álcool ou toalhetes

húmidos. Para lavar a cabeça e o corpo utilizávamos um shampoo especial

sem água que podia ser limpo com um pano absorvente. Para nos

barbearmos, a opção era um creme que fazia espuma sem água.

Para cortarmos o cabelo, usávamos também um aspirador para não deixar os

cabelos soltos no ar, onde podíamos ser ingeridos e respirados.

No wc existe uma sanita especial, onde tínhamos de nos amarrar para não

flutuarmos. Utilizámos uma espécie de aspirador com um sistema de sucção

para aspirar os detritos e assim impedi-los de flutuar. Os detritos sólidos eram

depois expostos ao frio espacial ( cerca de -270ºC ! ), secos e armazenados

para posterior regresso à Terra. A urina ou era ejectada para o espaço, onde

congelava imediatamente e se desintegrava ou era reciclada para voltar a ser

usada.

A alimentação era também bem diferente da Terra. Os nutricionistas

prepararam dietas equilibradas com vitaminas e minerais de acordo com as

necessidades de cada um de nós.

As refeições eram armazenadas em armários dotados de bandejas, pela

ordem em que foram consumidas. A comida no espaço precisa ser projetada

e embalada para evitar deterioração. Como a nave espacial não dispunha de

um frigorífico, nem congelador, os alimentos precisavam manter-se frescos

em temperatura ambiente.

Algumas coisas podem ser comidas na sua forma natural, como por ex: as

bolachas, a fruta e alguns legumes. Outros alimentos precisavam que se lhes

juntasse água. Para não pesarem tanto e se conservarem bem, são levadas

para o espaço sem água (diz-se que estão liofilizadas).

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Nas naves existe um forno ou um micro-

ondas para aquecer a comida.

O sal e a pimenta foram usados em forma

líquida, por que é impossível espalhar os

sólidos em pó na comida. Como não caem

ficariam espalhados em toda a nave,

causando graves problemas de saúde

(espirros, atacar os olhos, a contaminação

dos equipamentos e no entupimento das condutas de ar).

A água também é muito importante aquando de uma viagem espacial.

Os ocupantes precisam racionar comida e reaproveitar tudo o que for

possível, principalmente água.

A água purificada no espaço está muito mais limpa do que a maioria da água

potável na Terra. Por meio de coletores espalhados pela estação espacial,

toda a água utilizada na nave é recolhida, seja da higiene, de experiências

científicas, do funcionamento de equipamentos, da urina e da humidade da

condensação do ar e até o vapor do suor dos astronautas. Em seguida, todo

esse líquido passa por um processo de purificação e filtragem, podendo servir

para o consumo humano.

A água potável é usada para a limpeza, para a alimentação e para a geração

do oxigénio. A água restante produzida, como a água do sabão, é mandada

de volta para o processo de reciclagem.

Mesmo com esforços intensos da conservação e reciclagem, a nave espacial

perde gradualmente a água devido as ineficiências em sistemas da filtragem.

Por isso, no espaço, a regra de ouro é evitar o desperdício.

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IV Capítulo

Chegada a Tau Cet

Chegámos a Tau Cet no dia 5 de junho de 2805.

A viagem correu sem grandes incidentes. À

chegada, não vimos ninguém e sem sabermos

que estávamos a ser observados, colocámos a

nossa bandeira em sinal de paz.

Aproximaram-se de nós uns alienígenas a quem

apelidámos de

“Angels-Tau”.

Vestiam túnicas

brancas e

amavelmente

perguntaram o

porquê da nossa presença.

Eu apressei-me a responder, dizendo que a

maioria de nós

éramos

portugueses e

precisávamos

urgentemente

de um remédio

que proporcionasse alegria aos humanos e de

umas dicas para salvar a Terra.

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O chefe dos Angels-Tau disse que nos

ajudaria, depois de perceber porque

estavam tão tristes os humanos e

explicarmos como é que o nosso

planeta tinha atingido o estado de

calamidade em que se encontrava.

Fizemos uma descrição detalhada

da situação, realçando as nossas

regalias por sermos cientistas ao

serviço do governo, tentando remediar

o que as gerações anteriores fizeram

ao meio ambiente, sem prestar atenção

a tantos avisos.

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V Capítulo

Porquê a tristeza dos humanos?

A Terra deixou de ser o planeta

azul e adquiriu uma cor castanha com

tonalidades vermelhas - aumentou a

luminosidade do sol e da temperatura

na atmosfera.

Muitos oceanos já desapareceram e

os seus fundos ficaram cobertos por

espessas camadas de sal e gesso.

Imensos desertos constituem a

paisagem que nos rodeia por todos os

lados.

Já não há árvores nos parques nem flores nos jardins, porque quase

nunca chove. E quando chega a ocorrer uma precipitação, é de chuva ácida.

Não podemos pescar nem tomar banho de

chuveiro e nem

mesmo beber a

água que se quer

ou é necessário.

Antes, a quantidade

de água indicada

como ideal para se

beber, eram oito

copos por dia, por

pessoa adulta. Hoje, o povo só pode beber meio

copo.

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Agora usamos toalhas em azeite mineral para

limpar a pele. As mulheres já não usam cabelos

compridos, temos de rapá-los para manter a

cabeça limpa sem água.

A nível da saúde é dramático: as infeções

gastrointestinais, problemas da pele e das vias urinárias

são as principais causas de morte. A idade média de

vida é de 35 anos.

A indústria está paralisada e o desemprego é enorme.

As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam

os empregados com água

potável em vez de salário.

Os assaltos por um litro de água são comuns nas ruas desertas.

A comida é 80% sintética.

A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade

de lixo. Tivemos que voltar a usar as fossas séticas como nos séculos

passados, porque a rede de esgoto não funciona pela falta de água.

A aparência da população é horrorosa: corpos desfalecidos, enrugados

pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já

não têm a camada de ozono que os filtrava na atmosfera.

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Não se pode fabricar água, o oxigénio também está degradado por falta

de árvores, o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações. Há

crianças com insuficiências e deformações.

O governo cobra pelo ar que as pessoas respiram. Quem não pode

pagar é retirado das "zonas ventiladas", que estão dotadas de

gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. Não são

de boa qualidade, mas pode-se respirar.

A água tornou-se um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os

diamantes.

Em alguns países

restam manchas de

vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército.

Muitas ilhas desapareceram, ou tornaram-se impróprias para viver, inclusive a

Ilha da Madeira. Era um paraíso no meio do Oceano Atlântico. As pessoas

que conseguiram sobreviver tiveram de emigrar tal como aconteceu com os

nossos antepassados.

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VI Capítulo

Floresta da Laurissilva

Tínhamos guardado religiosamente os

livros que contavam a história da Madeira

e sabíamos de cor, todas as riquezas naturais que dela faziam parte, inclusive

a qualidade do património natural classificado como Mundial da UNESCO – a

Floresta da Laurissilva.

Esta floresta resistiu a cinco séculos de humanização. A ilha quando foi

descoberta, estava coberta de extenso e denso arvoredo, razão pela qual foi-

lhe atribuído o nome de "Madeira".

A floresta natural da Madeira (a Laurissilva) ocupava mais de 20% da

superfície da ilha, situando-se entre os 300 e os 1300 metros. Era a maior

concentração de Laurissilva do mundo, sendo conhecida como uma das

melhores preservadas.

A palavra Laurissilva vem do latim 'silva', que significa floresta, e de

'Laurus' (lauraceae), família das espécies arbóreas que habitam a floresta.

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Apresentava um aspecto uniforme,

sempre verde, ao longo de todo o

ano, dado que a quase totalidade das

árvores e dos

arbustos que a

compunham,

nunca perdiam

a folha. Entre as

árvores

mereciam

especial

destaque o Til, o Vinhático, o Loureiro

e o Barbusano, todas da família das

Lauráceas, além de arbustos e plantas. É também de realçar a grande

diversidade e desenvolvimento que as comunidades de líquenes e de

briófitos, principalmente as epífitas, apresentavam tal como as que aqui

existem em Tau Cet.

As humidades trazidas pelos ventos dominantes de Nordeste, eram

retidas e condensadas pela Laurissilva que proporcionava, assim, abundantes

caudais de que

dependiam a

irrigação dos

campos

agrícolas e o

abastecimento

de água aos

centros urbanos.

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O Bisbis e o Tentilhão da

Madeira faziam parte da

avifauna da Laurissilva, além de

moluscos e insectos endémicos.

Desde os primórdios da colonização da ilha

da Madeira, os caudais que a "floresta

produtora de água" proporcionava, foram

vitais para a economia da ilha. A partir da

segunda metade do século XX, as águas, transportadas por extensas

"levadas", passaram a produzir energia nas centrais hidroeléctricas.

Durante anos e anos foi-se notando a extinção dos seres vivos como

um fenómeno natural, mas também provocada pela ação humana. Descorou-

se a recuperação das espécies em perigo de extinção tomando as medidas

necessárias tais como a gestão de habitat pela irradiação e controle de

predadores, competidores e parasitas, pela proibição da caça ou pesca, e

sensibilização das pessoas para o problema.

Ao longo do tempo foi diminuindo a média anual de precipitação, até a

ilha ficar capaz de sustentar

muita vida, tal como nos

desertos. O solo rochoso

reflete o reduzido

desenvolvimento e a

escassez de vegetação. As

fajãs ficaram cobertas com

sal.

Os processos de erosão eólica eram evidentes.

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A fauna predominante

passou a ser composta

por animais roedores, por

répteis (serpentes e

lagartos) e por insetos.

Os animais e plantas tinham marcantes adaptações

à falta de água. Muitos animais saíam das tocas somente à noite e outros

passavam a vida inteira sem beber água, extraindo-a do alimento que

ingeriam.

E assim, um local que no dizer dos historiadores era simplesmente

impressionante a força da natureza, torna-se impossível para viver.

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VII Capítulo

Finalmente o remédio…

Tivemos direito a uma visita guiada por Tau Cet.

Todos tinham um ar de felicidade estampado no rosto.

Ao perguntar o que causava tal sensação, informaram-nos que era o

efeito das plantas

que nos rodeavam:

Eram várias

espécies de plantas

de ar que não

necessitam de solo

para crescer,

usando as suas

raízes somente para fixação ou para capturar a

humidade e os nutrientes do ar. Lembrámo-nos

das plantas endémicas descritas na história da

Madeira: quão deveriam ter sido felizes os nossos

antepassados madeirenses…

Os rostos dos alienígenas andavam todos

sorridentes, porque além das plantas tinham

também um lago com água “milagrosa” que

continha todos

os ingredientes

necessários

para a vida dos

seus habitantes.

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Deram-nos a provar estes dois ingredientes e passado muito pouco tempo

sentíamos super felizes: sorríamos, a nossa atenção ficou reforçada, víamos

tudo com maior nitidez, o apetite reduziu, sentíamo-nos saciados, sem fome e

ficámos a saber que o efeito seria duradouro e não causava dependência,

porque era tudo natural.

Estávamos radiantes e desejosos de levar a felicidade à terra!

Assim que nos deram parte do

seu “tesouro”, acondicionámos

algumas plantas e o precioso líquido

dentro de uma embalagem especial

parecida com um diamante.

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VII Capítulo

A solução para o futuro?

Um dos chefes dos alienígenas pediu que

nos sentássemos pois tinha uma solução para o

futuro da terra, pois já havia consultado os seus

conselheiros:

- O futuro da Terra terá de ser através do

transhumanismo e o Homo Sapiens é substituído

pela Máquina sapiens. Nós vamos ajudá-los, uma

vez que conhecemos os mecanismos de

funcionamento e as estruturas organizativas do

cérebro humano; este pode ser reconstruído com

as componentes orgânicas substituídas por

nanoestruturas moleculares.

Este cérebro não biológico de dimensões

muito reduzidas, que seria associado a um

robot, podia ter autonomia e formas de

consciência

semelhantes às do

Homem dos dias de

hoje.

A Máquina sapiens

teria de ser programada para voltar a reequilibrar

a água. Seria aconselhável criar uma espécie de

estufas gigantes em diferentes pontos, de modo a

captar todo o vapor de água possível, o qual se

infiltraria no interior da camada terrestre e

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formaria uma atmosfera ao redor da Terra. Quando a temperatura ficasse

mais baixa, os vapores que se tinham transformado em líquido, cairiam na

crosta terrestre sob a forma de chuva, alimentando aos poucos os lagos, os

mares e oceanos, além de se irem acumulando no solo e criando os lençóis

freáticos, que surgiriam na superfície através de fontes de água.

Sabemos que a água é uma das substâncias mais simples do planeta,

produto de dois átomos de hidrogénio (H) ligados a um de oxigénio (O),

formando H2O, que é a base principal de sobrevivência e é a substância mais

indispensável à vida na Terra.

Tomámos apontamento de todas as sugestões

que os nossos amigos nos deram, conscientes de que

tinham razão, pois conservar a água é conservar a

própria vida!

Como gostaríamos que tudo isto resultasse!

Estávamos desejosos de trazer a alegria a toda a

humanidade e contribuir para tentar salvar o nosso

planeta Terra!

Agradecemos aos nossos novos amigos,

despedimo-nos e fizemos a viagem de regresso…

FIM