a África no imaginário brasileiro

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BOA NOITEBOA NOITEGRUPO:

Denyze Elzilene

Francivânia

A África no imaginário A África no imaginário brasileirobrasileiro

Texto Base: O Espelho Africano em Pedaços(Anderson Ribeiro Oliva)

ObjetivosObjetivos

Geral:

• Problematizar a representação estereotipada construída historicamente sobre a África, analisando a visão europeia construída sobre a África e suas sociedades no imaginário coletivo brasileiro.

ObjetivosObjetivos

Específicos:

• Discutir a imagem negativa que está permeada em nosso imaginário referente á África;

• Refletir sobre a contribuição dos africanos na formação da sociedade brasileira e história do Brasil;

• Discutir a prática e o ato de racismo em nossa sociedade;

• Discutir a visão da sociedade brasileira em relação á África Continente;

• Analisar a África com um olhar histórico, sem criticas e preconceitos.

Escolham 05 imagens, que segundo suas crenças ou visões estão associados ao continente africano:

1. Populações Negras;2.Fome e Miséria;3.Candomblé, Capoeira e Samba;4.AIDS e Tragédias;5.Escravos e Tráfico de Escravos;6.Guerras, Conflitos e Massacres;7.Grandes Reinos, Impérios e Civilizações;8.Grandes Centros Urbanos;9.Egito, Meroé e Kush;10.Populações Brancas.

“Vamos ser francos: basta pensar na África, e as primeiras imagens que vêm à mente são de guerra, pobreza, fome e as tragédias.

Quantos de nós realmente sabe alguma coisa sobre as verdadeiramente grandes e antigas civilizações do Continente Africano, que em seus dias, eram tão esplêndidas e gloriosas como quaisquer outras sobre a face da terra?”

Henry Louis Gates, Jr.,  Professor de Harvard.Educador, pesquisador, escritor, editor e intelectual. Em seu livro: Wonders of the African World 

“A falta de outras referencias imagéticas- seja na formação escolar, no convívio familiar ou nas relações sociais cotidianas- fez com que as imagens do continente, circulantes nos veículos da comunicação social e nos meios de entretenimento, ocupassem os espaços da memória reservados ás representações sobre os africanos e a África.” (p.03)

“Na balança que permite a visualização dos componentes que participaram da formação do imaginário coletivo brasileiro, a imprensa- escrita e televisiva, contribuiu de forma decisiva para a veiculação e vinculação da África ás imagens das tragédias e conflitos. Já no outro peso dessa balança, a escola, pouco tem sido feito para se desarticular ou desconstruir esse imaginário.” (p.07)

Apesar das Leis 10.639/03 e 11.645/08 terem contribuído para que essa realidade seja rediscutida, podemos ainda perceber que muito precisamos fazer para desconstruir do imaginário social brasileiro a representação da África unicamente enquanto fonte de mãos de obras escravas, sobre a qual prevalecem os estereótipos de que se trata de um lugar devastado pela pobreza, fome e miséria.

Segundo Alberto da Costa e Silva: “O Brasil é um país extraordinariamente

africanizado. E só a quem não conhece a África pode escapar quanto há de a africano nos gestos, nas maneiras de ser e de viver e no sentimento estético do brasileiro. Por sua vez em toda a outra costa atlântica podem-se facilmente reconhecer os brasileirismos. Há comidas brasileiras na África como há comidas africanas no Brasil. Danças, tradições, técnicas de trabalho, instrumentos de músicas, palavras e comportamentos sociais brasileiros insinuaram-se no dia a dia africano.”

Trecho do documentário: Atlântico Trecho do documentário: Atlântico Negro: na rota dos orixás. (Renato Negro: na rota dos orixás. (Renato Barbiere) Barbiere)

É necessário e possível ver o continente africano com outros olhos. A África vista como berço da humanidade também é berço da diversidade. É necessária a desconstrução dos estereótipos que rodeiam a mesma, pois todos os brasileiros, independentemente da sua cor, raça e religião tem um pé na senzala.

Musica: RACISMO É BURRICE – Musica: RACISMO É BURRICE – GABRIEL, o PENSADOR.GABRIEL, o PENSADOR.

Sabemos que a história da África ficou muito tempo no quase anonimato, por isso precisamos desconstruir a imagem negativa que está permeada em nosso imaginário referente á África, a qual vem sendo representada com preconceito e estereótipos, como um País onde existe pobreza, miséria, e guerras. Essas ideias estereotipadas são propagadas e contribuem para a desvalorização da cultura negra no Brasil, aumentando assim o preconceito e o racismo no país.

ÁFRICA, MUITO PRAZER.ÁFRICA, MUITO PRAZER.

A África mantém-se como um continente desconhecido para a maioria da população brasileira, inclusive nossos docentes.

Antes de tudo, é preciso entender que a África não é uma unidade, poderíamos até dizer que há várias Áfricas dentro desse imenso continente. É o terceiro continente mais extenso (depois da Ásia e das Américas) com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta.

Possui 53 países independentes, sendo dois arquipélagos (Cabo Verde e São Tomé e Príncipe) e a ilha de Madagascar.

ÁFRICA, MUITO PRAZER.ÁFRICA, MUITO PRAZER.

É também o segundo continente mais populoso da Terra (depois da Ásia) com cerca de 900 milhões de indivíduos de diferentes origens étnicas, com diferentes culturas e línguas próprias.

Calcula-se que são faladas aproximadamente 2.000 línguas no continente africano.

Logo, a África é um continente pluriétnico, multicultural e multilingue.

ConclusãoConclusão

Hoje, a África possui sim seus problemas, mas não tem só essa cara triste e faminta que muitas vezes lhe é pintada. É possível ter uma noção de suas múltiplas faces, suas cores e suas tintas, suas diversidades, apenas é necessário o interesse em desconstruir essa única face, dado espaço para as faces ocultas. E, também, se não mudarmos os textos explicativos a cerca da história da África, tal quadro dificilmente poderá ser redesenhado, e, nosso espelho africano, continuará em pedaços.

Referências:Referências:

www.slideshare.comhttp://diversos26.blogspot.com.br/p/africa-e-s

uas-multiplas-faces.htmlOliva, Anderson Ribeiro. “ O Espelho Africano

em Pedaços”. Revista do Centro de Artes, Humanidades e Letras Vol. 1 (1),2007.

SILVA, Alberto da Costa. “A África no Brasil e Brasil na África. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ/Nova Fronteira,2003.

O Atlântico Negro: na Rota dos Orixás.Racismo é Burrice. (Gabriel, o Pensador)

O(a) professor(a) O(a) professor(a) ao trabalhar com ao trabalhar com a temática a temática cultura afro-cultura afro-brasileira, deve brasileira, deve atentar para não atentar para não reproduzir a idéia reproduzir a idéia de inferioridade de inferioridade da África, dos da África, dos africanos e dos africanos e dos negros brasileiros negros brasileiros

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