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Revista Educação: Teoria e Prática. Rio Claro: UNESP – Instituto de Biociências, Volume 9, número 16, 2001. (CD-Rom arquivo: tr46.pdf)
AMBIENTALIZAÇÃO CURRICULAR NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: ANÁLISE COMPARATIVA DE ESTRATÉGIAS DE ENSINO-
APRENDIZAGEM. Nivaldo Nale UFSCar
Haydée Torres de Oliveira UFSCar Denise de Freitas* UFSCar
*com auxílio parcial do CNPq palavras-chave: Formação inicial de professores; Estratégias didáticas; Projetos
interdisciplinares Resumo: Foram analisadas as principais estratégias de ensino-aprendizagem, das quais
lançamos mão no desenvolvimento da disciplina "Ensino e Pesquisa em Educação Ambiental", oferecida em caráter optativo aos oito cursos de licenciatura de uma universidade pública, no segundo semestre de 2000. A partir de uma fonte diversificada de dados foram priorizados elementos do processo ensino-aprendizagem relacionados aos aspectos mais subjetivos da aprendizagem, buscando o envolvimento dos alunos com a proposta e, ao mesmo tempo, com os problemas ambientais concretos da comunidade acadêmica. O uso de diferentes estratégias para a aquisição de conteúdos conceituais, aliado à estratégia de desenvolvimento de projetos interdisciplinares para a formação ambiental universitária, tem sido válido e representa uma oportunidade de formação para a pesquisa na formação inicial de professores.
INCLUDING THE ENVIRONMENT THEME IN THE SYLLABUS OF
UNDERGRADUATE EDUCATIONAL TRAINING: A COMPARATIVE ANALYSIS OF TEACHING AND LEARNING STRATEGIES.
keywords: undergraduate educational training; teaching strategies; interdisciplinary
projects Abstract: In this article the authors analyse teaching strategies used in the development of an environmental education class entitled "Teaching and Research in Environmental Education", offered to undergraduate Education students from eight different courses in a state university. Using a variety of data sources, the authors focused on a subjective analysis of the relationship between teaching and learning, while attempting to involve students with the proposal and with the concrete environmental problems of the academic community. The use of different strategies for the acquisition of conceptual environmental content, in combination with the development of interdisciplinary projects for environmental training in higher education, produced positive results and also represents an opportunity to practice research in undergraduate educational training. “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-
fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para
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conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.” (Freire, 1998 – p.3 2).
A experiência didática representada pela disciplina “Ensino e Pesquisa em Educação
Ambiental”, oferecida em caráter optativo a alunos dos oito cursos de licenciatura1 da
Universidade Federal de São Carlos foi iniciada em 1999. No presente artigo procuramos
analisar e estabelecer comparações entre algumas estratégias usadas e entre aspectos de
uma mesma estratégia utilizadas em uma segunda oferta da disciplina, no segundo semestre
de 2000. Nessa versão foram mantidos os princípios, objetivos, metas, concepções e
parcerias que já norteavam as ações docentes na oferta anterior, embora os procedimentos e
materiais utilizados tenham sido reformulados em função dos resultados daquela primeira
experiência (Oliveira & col., 2000).
No planejamento e oferta da disciplina consideramos como princípios formativos
básicos em Educação Ambiental (EA) que “a questão ambiental na formação do
universitário deve ser interdisciplinar, holística, crítica, interativa e voltada à solução de
problemas da comunidade e à construção do conhecimento individual e coletivo”,
princípios apontados por Sorrentino (1995, 2000), bem como por Tilbury (1992), Mayer
(1998), Sato (2000), dentre outros.
Nesse semestre, durante o processo foram priorizados outros elementos do processo
ensino-aprendizagem relacionados aos aspectos mais subjetivos da aprendizagem,
buscando o envolvimento dos alunos com a proposta e, ao mesmo tempo, aos problemas
ambientais concretos da comunidade acadêmica, visando seu comprometimento com a
própria aprendizagem, bem como a de todo o coletivo envolvido, e com a busca de
soluções para os problemas identificados. Segundo Sorrentino (1995), citado em Penteado
(1997),
“informação e vivência participativa são dois recursos importantes na formação de uma ‘consciência ambiental’ e na preparação para o pleno exercício da cidadania e, nesse sentido, experiências de participação social que propiciem a vivência de comportamentos individuais e coletivos organizados para conhecer
1 Cursos de Licenciaturas existentes na UFSCar: Ciências Biológicas, Matemática, Química, Física, Educação Física e Motricidade Humana, Letras, Pedagogia, e Enfermagem e Obstetrícia.
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direitos, deveres, interesses, necessidades, ações desenvolvidas e conseqüências desencadeadas são componentes necessários deste processo educativo”.
A equipe responsável pelo curso e pelo desenvolvimento da pesquisa a ele vinculada era
composta de três profissionais, todos com formação em Biologia, um deles também
psicólogo), bem como especializações em áreas distintas (Ecologia, Ciências Ambientais,
Educação). A disciplina, de caráter optativo e com um carga de quatro horas semanais, teve
a participação de 26 alunos.
Os conjuntos de dados a seguir arrolados foram colhidos para permitir a análise que se
pretendia desenvolver: 1) dados obtidos no início do ano letivo por meio da aplicação de
um questionário cujo objetivo era identificar as idéias dos alunos sobre meio ambiente e
EA, bem como suas expectativas com relação à disciplina e interesses por temáticas
ambientais específicas; 2) anotações pessoais dos docentes relativas sobretudo a interações
entre o que era proposto pelos professores e o que era executado pelos alunos; 3) registro
reflexivo da vivência das atividades desenvolvidas na disciplina, que os alunos eram
convidados a fazer em um caderno individual de anotações e entregar periodicamente aos
docentes durante o curso; 4) anotações específicas dos professores sobre seminários
conduzidos por grupos de alunos de áreas idênticas ou afins; 5) projetos de pesquisa e/ou de
intervenção, suas implantações e respectivos relatórios, elaborados e implementados por
grupos multidisciplinares; 6) um instrumento de auto-avaliação e avaliação dos grupos e
dos professores, aplicado no último encontro do curso.
Nessa comunicação, procuramos analisar as estratégias utilizadas na abordagem de
alguns aspectos considerados prioritários para a formação pretendida.
Análise de algumas estratégias
As estratégias descritas e analisadas a seguir relacionam-se a quatro aspectos:
constituição de gr upos multidisciplinares; análise e discussão de conteúdos conceituais de
EA; elaboração e implementação, pelos alunos, de projetos simples voltados para a
temática ambiental e, finalmente, avaliação, pelos alunos, do próprio desempenho, bem
como do curso e do trabalho desenvolvido pela equipe de professores.
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Estratégias utilizadas para constituição de grupos multidisciplinares
O primeiro aspecto considerado foi o da formação dos grupos multidisciplinares, que
visava pôr em evidência diferentes visões de sociedade e natureza, bem como as
especificidades do pensamento em cada área do conhecimento, para que pudéssemos
trabalhar respeitando e negociando as diferenças. Ao fazer isso estávamos consciente e
deliberadamente trabalhando na contramão do pensamento hegemônico nos nossos
sistemas de ensino, que mecanicamente nos conduzem à procura da homogeneização e à
padronização e, conseqüentemente, levam à eliminação do diálogo efetivo entre os
diferentes, conforme apontam Gaudiano (1997) e Mayer (1998). Essencialmente, nossa
meta era a abordagem de conflitos e a revisão de práticas já consolidadas, tal como a de
sempre trabalhar com aqueles que fazem parte da convivência diária, por serem do mesmo
curso.
Em experiência conduzida no ano anterior (Oliveira & col., 2000) constatamos que os
alunos, via de regra, escolheram cursar essa disciplina apenas pela necessidade de cumprir
créditos optativos e/ou em resposta a um modismo que envolve a EA. Como buscássemos
construir uma experiência em que ficasse evidente a necessidade de compromisso com a
própria aprendizagem e a colaboração com a aprendizagem coletiva, no primeiro contato
com os alunos procuramos envolvê-los em uma dinâmica de grupo visando sensibilizar e
identificar o nível de engajamento de cada um com a disciplina e com sua aprendizagem
profissional. Conduzida essa dinâmica e já próximos ao final da primeira aula, solicitamos
que tentassem se compor em grupos com base nos seguintes critérios: o número de
elementos (que deveria estar entre 4 e 5), uma representação multidisciplinar em cada
grupo, e, até onde fosse possível, que a reunião dos alunos se desse a partir de temas de
interesse comum para seus componentes. Alguns grupos começaram a se formar segundo
esses critérios, mas a tendência a que nos referimos anteriormente, de procurar os pares do
mesmo curso, estava latente, e grande parte dos alunos não conseguiu se desvencilhar desse
impulso, natural e previsível, resistindo à proposta, pelo menos inicialmente. É preciso
levar em conta que isto era esperado não apenas pela tendência referida mas também pelo
fato dos alunos de cursos diferentes (e, muitas vezes, do mesmo curso) estarem se
conhecendo naquela oportunidade.
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O critério da multidisciplinaridade na formação dos grupos foi colocado como algo de
que os docentes não estavam dispostos a abrir mão. Primeiramente porque se tratava de
condição para atingirmos uma de nossas metas – estabelecer diálogo entre diferentes
profissionais. Em segundo lugar, porque permitiria que os alunos vivenciassem as
dificuldades inerentes a situações que ocorrerão com freqüência no seu futuro ambiente de
trabalho, as escolas. Em função desse critério, estabeleceu-se um certo impasse que levou
alguns alunos a sugerir que interviéssemos e impuséssemos o agrupamento e os temas de
trabalho. Contornamos a situação, num momento seguinte, propondo e, a partir da
concordância de todos, realizando uma dinâmica de grupo que envolvia situações de
escolha (uns indivíduos escolhendo outros) e não-escolha (indivíduos que eram
escolhidos), procurando atender aos critérios pré-estabelecidos. A dinâmica não impediu
que parte dos alunos ficasse insatisfeita com o resultado, e o sentimento de rejeição por ela
gerado provocou um desconforto naquele momento, que foi visivelmente marcante para
esses alunos. No entanto, face ao tempo que já vínhamos dedicando à essa tarefa, eles
rapidamente fizeram os acertos necessários e deram por superada essa etapa. Faltou-nos
aproveitar um pouco mais a oportunidade para auxiliá-los na tarefa de trazer para o nível
racional o significado dos sentimentos que experimentaram.
As dificuldades identificadas posteriormente no funcionamento dos grupos,
analogamente ao que já tínhamos constatado no ano anterior, foram de outra natureza: pelo
fato de serem de cursos diferentes, os horários de aulas e as demandas específicas a cada
um eram diferentes, tornando o encontro fora de sala de aula muito difícil. Identificamos
também a ausência de um comportamento mais solidário no sentido de incluir ou, em
alguns casos, de seduzir aqueles alunos menos comprometidos com o trabalho em equipe,
garantindo a construção coletiva do saber. Novamente aqui surge uma oportunidade de
trabalhar novas posturas, de abertura para lidar com as diferenças.
Um resultado indesejável constatado no trabalho dos grupos e que provavelmente está
relacionado a essa forma de estruturação dos mesmos foi que, quase sem exceção, no
desenvolvimento e apresentação oral dos projetos desenvolvidos ficou claro que o
envolvimento dos alunos tinha sido muito desigual. Freqüentemente o trabalho coletivo
resumiu-se na divisão do trabalho em partes, de forma que cada aluno realizasse uma delas,
que é o que comumente se observa em trabalhos em grupos.
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Estratégias utilizadas para análise e discussão de conceitos de EA
Um outro aspecto da experiência selecionado para análise foram as atividades para
permitir o acesso aos conteúdos conceituais básicos para a atuação em EA. Iniciamos com a
proposta de leitura de um livro2 contendo conceitos ambientais básicos e cuja leitura
tínhamos avaliado como bastante acessível. No entanto, como pudemos perceber logo no
início do semestre letivo, a avaliação dos alunos foi diferente – consideraram o livro difícil
e de leitura pouco interessante., de modo que o retorno para o debate em classe foi
gradativamente sendo empobrecido pela freqüente não leitura do trecho solicitado. Como
nos recusávamos a estabelecer provas ou outras formas de controle artificial para impor a
leitura, resolvemos buscar outro modo de conseguir o estudo dos conteúdos. A opção foi
pelo desenvolvimento de seminários, conduzidos por grupos formados por alunos de áreas
coincidentes ou afins, a partir de uma lista de temas escolhidos por nós e que cobriam
diversos conceitos considerados essenciais para uma adequada compreensão de EA,
enfatizando as áreas de ecologia, pedagogia e economia, áreas em que estava se formando
boa parte dos alunos. No caso dos grupos formados por alunos de Educação Física, a
proposta foi no sentido de pensarem em atividades por meio das quais considerassem
possível estabelecer relação entre a citada área de formação e EA.
O uso dessa estratégia tinha também outro objetivo formativo. A partir de experiências
anteriores com o ensino de EA envolvendo grupos multidisciplinares, constatamos que há
uma tendência à valorização excessiva das pessoas que dominam conteúdos da área
biológica, em detrimento de outras formações, provocando sentimentos de mais ou menos
competência, na dependência do tipo de tarefa e do conhecimento em jogo. Com a
atribuição para grupos de alunos de um mesmo curso do compromisso de realizar
seminários, procurávamos mostrar que a multidisciplinaridade não pressupõe a perda de
especificidade de cada área do conhecimento; pelo contrário, deveria valorizá-las. Em
suma, ao permitir que a competência de cada grupo pudesse ser devidamente apreciada e
percebida como subsídio para as demais áreas, pretendíamos melhorar a auto-estima dos
alunos.
2 Conceitos para se fazer educação ambiental. Secretaria Estadual do Meio Ambiente. São Paulo,1997.
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Dos quatro grupos em que o tema dado já direcionava a conceitos, três desenvolveram
seminários em que os conceitos foram expostos de forma adequada, acessível, algumas
vezes por meio de dinâmicas interessantes e criativas. Apenas um dos grupos não
conseguiu se articular, cada um apresentando uma rápida e relativamente pobre exposição
oral sobre os conceitos.
No caso dos quatro grupos de Educação Física, apenas um conseguiu articular
razoavelmente princípios de Educação Física com a proposta de uma atividade de
percepção ambiental desenvolvida em um bosque com o objetivo de ampliar a sensibilidade
a estímulos provenientes dos vários órgãos sensoriais. Os outros três grupos limitaram-se a
propor atividades relacionadas ao tema mas sem mostrar a relação entre as mesmas e
educação ambiental, o que foi feito na discussão que se seguiu, através da interferência dos
professores. Em suma, os fundamentos teóricos da área não foram trazidos de forma
explícita e clara pelos alunos, em parte, talvez, por não terem suficientemente claros os
estatutos epistemológicos da área. Tal fato provavelmente poderia ter sido evitado por meio
de contato com um dos professores na fase de planejamento do seminário. Na verdade,
colocávamo-nos à disposição para tal ajuda, mas a efetivação da mesma dependia de
iniciativa dos alunos – eles tinham que nos procurar e agendar um horário – e a grande
maioria não nos procurou, o que, se por um lado revela um certo grau de autonomia,
representou, por outro lado, uma menor possibilidade de orientação nossa antes de sua
apresentação para todo o grupo. A verdade é que, em relação a essa atividade e a outras,
superestimamos a capacidade de tomar iniciativas e desenvolver trabalho autônomo por
parte dos alunos.
Ainda como forma de apreensão de princípios, práticas e conceitos em EA, e atendendo
a sugestão feita no final do semestre pela turma que cursou a disciplina no ano anterior, que
reivindicou a apreciação de outras experiências em EA, oferecemos a oportunidade de
algumas visitas a setores que desenvolvem atividades de educação ambiental e a
possibilidade de participação em um evento de educação ambiental. Foram realizadas três
visitas a locais que participam da gestão de recursos naturais e desenvolvem trabalhos
educativos na área ambiental: à Central de Resíduos da UFSCar, em que se desenvolve um
trabalho de separação dos resíduos trazidos pela comunidade; a um núcleo da mesma
universidade direcionado a pesquisas sobre reciclagem de plásticos (incluindo a produção
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de papel feito de plástico reciclado e a reciclagem química por hidrólise de embalagens
PET) e à Estação de Tratamento de Água de São Carlos, em que se desenvolve um
programa de educação ambiental para escolares da cidade. Outra oportunidade oferecida
aos alunos, na mesma perspectiva de contato com trabalhos práticos de educação ambiental,
foi a participação em um programa de revegetação de uma área verde da universidade
muito usada para caminhadas e prática de exercícios físicos e que se daria através de um
evento aberto à comunidade, principalmente aquela que freqüenta o referido local. Essa
participação permitiria que tivessem uma formação teórico-prática sobre recuperação de
ambientes degradados .
A receptividade para essas atividades foi variada, por diferentes motivos. Os alunos
responderam muito positivamente, com alto nível de engajamento, às duas primeiras
visitas. Provavelmente isso se deveu ao fato de envolverem o tema “lixo”, que, além de
bastante veiculado pela mídia, foi recorrente na manifestação de interesse pelos alunos ao
responder ao questionário aplicado no primeiro dia de aula e constituiu objeto de
investigação/intervenção de três dos seis projetos realizados. Dois problemas contribuíram
para o insucesso da terceira visita planejada. O primeiro é que dois terços dos alunos
optaram por participar de um evento na sua área específica, que se desenvolvia no mesmo
horário planejado para a visita. O segundo é que os responsáveis pelo setor imprimiram um
cunho muito técnico à visita, ficando em segundo plano o trabalho de educação ambiental
desenvolvido.
O plantio coletivo de mudas nativas envolveu na verdade dois tipos de participação dos
alunos. A primeira era uma atividade de realizada ao ar livre, no local em que se realizaria
o plantio, para capacitar os alunos a atuarem como monitores durante o evento, orientando
as pessoas da comunidade que comparecessem. Pelas suas características, essa atividade
se desenvolvia fora do horário regular das aulas da disciplina e talvez por isso, a despeito
de serem oferecidas três oportunidades, em diferentes horários, aproximadamente 30 por
cento dos alunos não compareceu a nenhuma delas. A segunda atividade envolvia a
atuação durante o evento propriamente dito. Além de ocorrer fora do horário de aulas, em
uma manhã de domingo, choveu torrencialmente na noite que antecedeu ao plantio coletivo
e nas primeiras horas da manhã do dia aprazado, o que deve ter levado muitos alunos a
concluírem que o evento não se realizaria. No entanto, todos os que participaram das duas
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etapas envolveram-se bastante e avaliaram muito positivamente a experiência. (Os
participantes do evento também avaliaram muito favoravelmente a atuação dos monitores,
conforme foi constatado através de questionário avaliativo).
A estratégia de desenvolvimento de projetos
O terceiro aspecto que trazemos para reflexão e análise foi a elaboração e
implementação, pelos alunos, de projetos voltados para a temática ambiental, que deveriam
preferencialmente partir de situações-problema no campus da UFSCar (critério obedecido,
com uma única exceção).
Em diferentes momentos do curso foram criadas oportunidades em sala de aula para
ajudar os alunos a definirem os objetivos e elaborarem seus projetos – sempre bastante
simples. Cada grupo recebeu pelo menos um “feed-back” individual sobre o projeto
elaborado, com sugestões de forma e conteúdo visando à melhoria do trabalho. Colocamo-
nos, também, à disposição para ajudá-los na organização e análise do dados obtidos,
apresentação dos resultados à classe e elaboração do relatório final, mas poucos grupos nos
procuraram, talvez pela sobrecarga em que se encontravam quando da realização dessas
atividades, que coincidiu com o final de um semestre letivo muito atribulado na
Universidade.
Foram desenvolvidos seis projetos bastante simples, três dos quais envolvendo
diagnóstico e intervenção e outros três envolvendo diagnóstico ou avaliação de algum
aspecto da realidade. Os três primeiros abordaram as seguintes temáticas: caracterização do
nível de informação dos universitários sobre capivaras - um animal nativo que há algum
tempo vive em liberdade no campus - e divulgação à comunidade de informações sobre
esses animais; possibilidades de redução de resíduos sólidos em algumas lanchonetes do
campus; influência de mensagem educativa na separação de resíduos sólidos em edifício de
sala de aulas. Os projetos que não envolveram intervenção tiveram como objetivos:
avaliação da percepção ambiental de professores de três áreas, representativas dos cursos
aos quais pertenciam os integrantes do grupo; avaliação do grau de comprometimento com
a questão ambiental entre alunos da universidade e diagnóstico da situação de catadores de
lixo na cidade de São Carlos.
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O processo de formação dos grupos e as demais atividades comentadas anteriormente
foram entendidas sempre como subsídios para a ação/participação na identificação de
problemas e na proposição de soluções ou mitigação dos problemas levantados. Em alguns
casos, pôde-se perceber uma tendência ainda tênue no sentido de integração pelos membros
do grupo de conhecimentos relevantes característicos das áreas de conhecimento
representadas nos grupos, tendência esta ainda muito incipiente, do nosso ponto de vista.
Observamos que sobressai no comportamento de alguns alunos um grau mais elevado de
comprometimento com problemas ambientais em nível pessoal, enquanto cidadão, mas a
correlação com sua futura atuação profissional ainda não se estabelece claramente. Houve,
sem sombra de dúvida, ganhos significativos na aquisição da habilidade de conceber um
projeto e elaborar o relatório de sua implementação, já que para a maioria dos alunos esta
foi a primeira experiência com esses objetivos e para outros, a possibilidade de refinar os
procedimentos de como se constrói um projeto de pesquisa ou de como se pode analisar
dados obtidos.
Em suma, a vivência desse processo de iniciação à elaboração e à condução de projetos
e à pesquisa que a disciplina tem propiciado certamente tem sido uma marca para a
formação de cada um dos alunos, pois tem permitido lidar com instrumentos e
procedimentos importantes para a formação em suas respectivas áreas. Representa ainda a
construção de uma visão ou postura que não dissocia o ensinar/aprender do pesquisar sobre
a realidade próxima/vivida, tão relevante em uma área como a ambiental, em que muitos
dos conhecimentos estão em constante e rápida evolução (Leff, 1997; Silva, 2000), além de
serem passíveis de diferentes interpretações, requerendo uma tomada de posição do
profissional/pesquisador/professor. Este ponto de vista foi expresso com muita clareza por
Mayer (1998 – p. 226):
“Uno de los ‘retos’ más importantes de la educación ambiental es, en mi opinión, justamente el de educar en la confrontación de valores, analizados desde diversos puntos de vista, y en relación a un problema concreto. Si los estudiantes saben valorar la complejidade de los temas ambientales, si han adquirido un método de análisis de las ‘posiciones en el campo’, podrán realmente ser libres y capaces de elegir una posición propia, comprender y ‘desvelar las razones no formuladas’ (de orden político, económico, etc.) que están detrás de la toma de postura por parte de los diferentes sujetos que se confrontan en un problema.
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Infelizmente, apesar da importância do aprendizado resultante dessa estratégia, após
essa segunda oferta da disciplina ficou–nos muito claro que o tempo disponível de quatro
horas aulas em um semestre letivo é absolutamente insuficiente para que o aluno elabore
um projeto – ainda que simples – implemente-o, colete dados e elabore um breve relatório.
É preciso ter em conta que não se trata de compreender e reter informações mas de
dominar habilidades complexas inexistentes ou existentes em nível muito incipiente no
repertório do aluno e cujo aprendizado não se faz de uma hora para outra: envolve um ritmo
de assimilação por parte de cada um. Tendemos a considerar que seriam necessários pelo
menos dois semestres consecutivos para tal: no primeiro os alunos elaborariam o projeto e
eventualmente iniciariam seu desenvolvimento; no segundo, concluiriam a implantação e
elaborariam o relatório.
O recurso usado para auto-avaliação pelos alunos e avaliação final do curso
Como último aspecto a ser analisado temos o instrumento utilizado para o aluno se
auto-avaliar, bem como avaliar o curso e o trabalho desenvolvido pela equipe de
professores. Esse instrumento foi elaborado visando constituir-se em um novo momento de
aprendizagem, permitindo que o aluno refletisse sobre todo o processo e convidando-o a
um comprometimento com sua própria avaliação e a avaliação dos colegas e do próprio
curso, aspecto cuja importância é apontada, entre diversos outros autores, por Barcelos
(1997) e Mayer (1998).
O instrumento foi pensado de forma a conduzir os alunos a revisitarem todos os
momentos vivenciados na disciplina, tanto no nível individual como coletivo, convidando-
os para refletirem de maneira descontraída, porém compromissada sobre seu processo de
aprendizagem e de toda a classe.
Esses objetivos com que o instrumento em questão foi construído foram em grande
parte alcançados. Por meio dele, pudemos reconhecer, por um lado, o crescimento dos
alunos com suas produções individualizadas e, por outro, um conhecimento incorporado
ainda de forma acrítica, fruto do processo de alienação nos discursos socializados em sala
de aula.
Por outro lado, permitiu-nos reconhecer a limitação do processo de avaliação por parte
dos alunos tanto no que se refere a dificuldade em perceber a relevância de objetivos -
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como era o caso de pelo menos algumas das metas estabelecidas para o curso - como em
identificar situações de ensino consideradas favoráveis ou não para a ocorrência de uma
aprendizagem significativa. Verificamos com freqüência que os alunos tendem a valorizar
mais as ausências de determinadas atividades no lugar de apreciar criteriosamente o
processo como um todo e de se envolver com o futuro da disciplina e a continuidade de sua
própria aprendizagem.
Considerações Finais
Para a discussão das estratégias descritas nesse artigo é imprescindível refletirmos sobre
a questão mais ampla da estrutura curricular em que se insere a disciplina em que foram
utilizadas, conforme apontado por Silva (2000) ao analisar diferentes cursos de licenciatura
no Estado de São Paulo.
Defendemos em oportunidades anteriores a manutenção desse espaço curricular
específico para a inserção da temática ambiental e mais do que nunca essa defesa se
justifica no atual momento, já que a inserção de uma disciplina como esta na estrutura
curricular vigente nos cursos de licenciatura da instituição está em consonância com as
diretrizes recentemente elaboradas para definição do perfil do aluno a se formado por ela
(UFSCar, 2000), nas quais a formação ética, a formação interdisciplinar e a formação
ambiental estão claramente identificadas. A experiência formativa objeto dessa
comunicação reveste-se de importância ao apontar necessidades e caminhos para a
definição de estratégias para a concretização do perfil desejado, que certamente implicará
uma nova estrutura curricular e uma nova abordagem do ensinar/aprender/pesquisar. Como
se pergunta Demo (1997): que professor estaremos formando se a ele não permitirmos o
desenvolvimento da sua habilidade de investigar a(s) realidade(s)?
Na mesma perspectiva formativa, Gaudiano (1997) destaca a necessidade de uma
intervenção vigorosa das universidades e especialmente dos cursos de licenciatura para a
formação de um pensamento teórico-crítico capaz de incorporar os princípios básicos que
destacamos, ou seja, que
“desplace el enciclopedismo alienante y estéril que distorsiona la
conciencia de estudiante, toda vez que aplaza indefinidamente la necesidad del cambio. Una formación que dote de herramientas
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intelectuales para interpretar de mejor manera la realidad, que rechace todo tipo de dogmatismos. Una formación que aborde el conflicto. Ello exigirá para los países del Tercer Mundo el establecimiento de estrategias propias. No copiadas, no reactivas ni contestarias, sino estrategias produndamente arraigadas con nuestra manera de ver nuestros problemas y necesidades. Una estrategia que nos permita hacer teoría, porque hasta eso pareciera que nos ha sido vedado; una estrategia tal, en la que el maestro y alumno deban dar su máximo esfuerzo. Solo asi podremos salirnos del pernicioso círculo de la injustificada autocomplacencia o de la derrota anticipada.
Porém, como já enfatizamos anteriormente, o espaço de uma disciplina de quatro
créditos é absolutamente insuficiente para construir posturas, habilidades, atitudes e valores
necessários à prática de uma docência comprometida, pertinente e transformadora da
realidade (Tilbury, 1992; Tristão, 1997; Freire, 1998). Segundo Leff (1997), o desenho
curricular não poderá elaborar seus conteúdos sem considerar o processo social de geração
do saber e a formação ambiental, considerando que
“...la formación ambiental cuestiona los métodos tradicionales de enseñanza,
planteando nuevos retos pedagógicos para la transmisión del saber ambiental, de un saber no solo libresco sino vinculado a la práctica, a la estrecha relación entre investigación, difusión y extensión del saber. Dentro del aula, y por articular nuevos valores y orientaciones hacia la formación profesional, la formación ambiental demanda nuevos papeles para enseñantes y alumnos, nuevas relaciones sociales para la producción y transformación del saber ambiental, nuevas formas de identificación y de inscripción de las subjetividades en las prácticas pedagógicas” (Leff, 1997 – p. 211).
Consideramos que a promoção de situações de ensino como as que provocam nos
alunos, de maneira mais radical, uma revisão tanto cognitiva como afetiva dos seus
paradigmas epistemológicos, de seus valores culturais, e da sua maneira de ser e estar no
mundo físico e social é vital para que os princípios norteadores da formação de professores
para a EA sejam alcançados e, portanto, deverá ser mantida nas futuras ofertas da
disciplina. Obviamente que esse processo não se dá sem dificuldades. Conforme já
apontado, o tempo foi insuficiente para a realização de tantas metas, visando grupos que
muitas vezes não trazem em sua bagagem habilidades como a postura dialógica e a postura
investigativa, reflexiva e crítica.
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É preciso levar em conta também outro tipo de dificuldade, apontada por todos quanto
trabalham com inovações educacionais, relacionada ao modus vivendi que o universitário
desenvolve para lidar com as disciplinas de seus cursos. São táticas que provavelmente
funcionam no caso em que um conteúdo é transmitido pelo professor, devendo ser retido e
“devolvido” nas provas (a “concepção bancária de ensino”, expressão tornada famosa por
Paulo Freire e que, infelizmente, parece ser a que ainda prevalece em boa parte das
disciplinas universitárias). Acostumam-se, por exemplo, a chegar atrasado às aulas ou
faltar e conseguir a matéria com colegas; a estudar em ritmo intensivo apenas quando se
aproximam as provas (“rachar”, como dizem) entre outras formas que aprendem de lidar
com aquele tipo de curso. É difícil, então, adaptarem-se às exigências de cursos em que a
atividade em sala de aula é fundamental, em que a pontualidade é importante, em que as
cobranças são de outra natureza, entre tantas outra diferenças, por mais que compreendam
que essas cobranças têm um sentido formativo mais importante, que seu trabalho poderá ter
algum impacto na comunidade ou que, através delas, estão se iniciando em atividades
formativas relevantes. Informados de que não terão provas e que serão avaliados pela
participação e pela qualidade dos produtos que apresentarem durante e ao final do curso,
aparentemente ficam um pouco desnorteados, sem saber muito bem como proceder,
inquietos por não disporem de notas intermediárias que permitam avaliar como estão se
saindo. O fato de terem espaço para decidir o tipo de trabalho que desenvolverão também
parece ser fonte de ansiedade (seria preferível o professor estabelecer as tarefas...) Enfim,
há dezenas de hábitos aprendidos desde o ensino fundamental e que a Universidade reforça
que precisam ser modificados quando se decide trabalhar de forma diferente - e isto,
naturalmente, leva mais tempo do que um semestre...
Outro ponto para desenvolvimento futuro nessa linha de abordagem é o efeito que a
reunião de professores de diferentes áreas de conhecimento e com posturas não tão
uniformes na condução da disciplina provoca nos alunos. Conforme evidenciado nas
respostas ao instrumento final e em debate ocorrido na última aula do curso, a evidência de
que em muitos momentos divergíamos sobre aspectos conceituais ou mesmo de
procedimentos foi interpretada por alguns alunos como falta de entrosamento entre os
professores e de planejamento do curso, ou seja, como um aspecto negativo da disciplina.
Novamente a tendência à rejeição ao enfrentamento/aceitação de situações complexas em
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Revista Educação: Teoria e Prática. Rio Claro: UNESP – Instituto de Biociências, Volume 9, número 16, 2001. (CD-Rom arquivo: tr46.pdf)
que a polarização entre organização/desorganização, certezas/incertezas e
flexibilidade/rigidez de posições, em vez de serem entendidas como complementares,
tendem a ser suprimidas, por serem supostamente antagônicas (Sorrentino, 1995; Freire,
1998; Mayer, 1998). Diferentemente, uma situação semelhante vivida por um de nós, em
um curso de pós-graduação, foi entendida como fonte potencial de riqueza e de
demonstração não só da possibilidade, mas da pertinência de uma tal postura - ou seja, do
quão positivo e saudável é o desenvolvimento da competência de conviver com a diferença
de opiniões, fruto das nossas diferentes trajetórias, ora convergentes e complementares, ora
divergentes.
Nossa aposta na estratégia de constituição de grupos multidisciplinares para a formação
ambiental universitária está mantida – ainda que reconheçamos a necessidade de revê-la
permanentemente - e mais do que isso, representa a incorporação na formação inicial de
professores (licenciaturas) da oportunidade de uma formação para a pesquisa, ainda um
privilégio dos bacharelandos.
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