Amados irmãos e irmãs, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Estamos no Tempo Quaresmal, momento para intensificar a vida de oração, a prática do jejum e da caridade. Período em que a Igreja nos convida à conversão: “Rasgai o coração e voltai-vos para o Senhor” (cf. Jl 2,12s).A Igreja no Brasil celebra, durante a quaresma, a Campanha da Fraternidade. Este ano, o tema escolhido foi “Fraternida-de e Vida: dom e compromisso” e o lema: “Viu, sentiu com-paixão e cuidou dele” – texto inspirado na parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10, 33-34). Podemos pensar que o tema Vida é uma repetição, pois já foi assunto de outras campa-nhas: 1974 (“Reconstruir a vida”), 1984 (“Para que todos te-nham vida”) e 2008 (Escolhe, pois, a vida). No entanto, a CF sempre teve como preocupação a valorização da vida em sua integralidade, desde a fecundação até a morte natural.Muitos questionam o porquê desse tema ser novamente des-taque. A resposta é simples: a vida se encontra cada vez mais ameaçada. No contexto mundial, percebemos o aumento da pobreza, exclusão, devastação ambiental, violência. Vivemos numa cultura profundamente marcada pela indiferença.O tema da CF vai de encontro com o que o papa Francis-co chamou de “globalização da indiferença”. A retomada do tema alerta os cristãos para os riscos da valorização de uma cultura de morte. A parábola do Bom Samaritano é de fá-cil compreensão: nos apresenta uma violência, uma vítima, dois indiferentes e um solidário. O Samaritano testemunha ser possível pensar, sentir compaixão e agir de forma dife-rente. Ele foi ponte para a vida.A arte da CF-2020 destaca a vida e a santidade de irmã Dul-ce. Nossa Santa Dulce dos Pobres, que percorreu as ruas de Salvador socorrendo os mais fracos e excluídos, compade-cendo-se e cuidando dos que sofriam. Grande testemunho deixou para os que desejam inspiração e intercessão para superar a indiferença.Peçamos ao Senhor nosso Deus que a campanha da Frater-nidade colabore para a transformação da sociedade, que as reflexões, nos encontros em comunidade e em família, sir-vam para nos orientar e ajudar a dizer não à cultura da mor-te e sim à valorização da vida. Que irmã Dulce interceda por nós e nos fortaleça na missão de sermos anunciadores e promotores do amor de Deus.

Pe. Paulo Marcony Duarte Simões - Pároco -

II 13

Março 2020

Querido(a) paroquiano(a)!Fique atento(a) às mudanças nos horários de atendi-mento/funcionamento da Secretaria Paroquial. A medi-da objetiva adequar os horários conforme as recomen-dações da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano.Outras informações: (31)3831-3142.

A partir de março, as intenções para a Santa Missa, co-mumente apresentadas na Secretaria Paroquial, deverão ser colocadas em local específico e apenas no dia e horá-rio da celebração. À entrada da porta principal da Matriz da Saúde, na par-te interna da igreja, serão disponibilizados papel e cane-ta, bem como o receptáculo para destino das intenções. As missas de sétimo dia e datas especiais (bodas etc.) continuam sendo marcadas na secretaria.Com a mudança, esperamos facilitar e agilizar o acesso de todos na apresentação das intenções que, a partir de março, também não serão mais lidas antes das missas. Ao invés disso, permanecerão durante toda a celebração no presbitério.

Página 2

Expediente - Evangelizador

Realização: Paróquia N. Sra. da SaúdeDireção: Pe. Paulo Marcony D. SimõesProdução: PascomJornalista responsável: MG5760JPImpressão: Gráfica Diocesana

Circulação/Tiragem: mensal/ 700 exemplares

Distribuição gratuitaRua Dom Prudêncio, 128 - CentroItabira/MG - Tel.: (31) 3831-3142

No dia 12 de fevereiro foi publicada a tão esperada “Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Querida Amazônia”. O documento redigido pelo próprio Papa Francisco é fruto do debate e das dis-cussões que movimentaram o Sínodo da Pan-Amazônia, realizado de 6 a 27 de outubro do ano passado, em Roma.A “imprensa”, no mundo inteiro, pare-cia aguardar com voracidade, até mes-mo mais do que os próprios cristãos católicos, a publicação do documento. Na contramão do que esperavam os es-peculadores, o Papa Francisco não mu-dou o tom de voz na exortação e, para contragosto de muitos, deixou de lado uma abordagem direta sobre as ques-tões da ordenação de homens casados e de mulheres para o diaconato na Ama-zônia. Era verdadeiramente o caos que os meios de comunicação, contrários ao discurso inclusivo e nitidamente prefe-rencial do papa pelos pobres, queriam. Não nadaram de braçada.Embora os meios de comunicação e a enxurrada de fake news tenham dado mais destaque a essa questão do que a qualquer outra coisa, os bispos partici-pantes do sínodo foram orientados por um instrumento de trabalho intitulado: “Amazônia: novos caminhos para a Igre-ja e para uma ecologia integral” – é pre-ciso ler o seu conteúdo para compreen-der que havia muito mais a ser discutido do que a questão do celibato na Igreja. No documento final do Sínodo, no pará-grafo 111, os bispos exortam Francisco para a possibilidade desse tipo de or-denação: “Considerando que a legítima diversidade não prejudica a comunhão e a unidade da Igreja, mas a manifesta e serve (LG 13; OE 6) o que atesta a plura-lidade dos ritos e disciplinas existentes, propomos estabelecer critérios e dispo-sições por parte da autoridade compe-tente, no âmbito da Lumen Gentium 26, para ordenar sacerdotes a homens

idôneos e reconhecidos pela comunida-de, que tenham um diaconato perma-nente fecundo e recebam uma formação adequada para o presbiterato, podendo ter uma família legitimamente cons-tituída e estável, para sustentar a vida da comunidade cristã mediante a pregação da Palavra e a celebração dos Sacramen-tos nas áreas mais remotas da região amazônica”.Enquanto os extremistas e adeptos de um novo cisma na Igreja se embolam para ver quem destila mais veneno, o Papa Francisco segue com suas propostas niti-damente pautadas no Evangelho.Como bem lembrou Padre Bino, em uma entrevista: “o papa é latino”. Só uma pessoa muito preconceituosa é capaz de imaginar que, por ser latino, o papa seja desprovido da intelectualidade e do conhecimento do Magistério da Igreja. Ninguém ocupa a “cátedra de Pedro” sem a devida e apropriadíssima formação. Mas o mundo que capitaliza e aqueles que radicalizam com a desculpa de ser em nome de Jesus precisam continua-mente de novas vítimas. A Amazônia é isso: um pontencial estar-recedor de enriquecimento, obviamente para os já muito ricos. Ainda que a exortação seja para toda a Amazônia, que abrange 9 países, ela che-ga ‘num’ momento apropriado para os debates no Brasil.Recentemente, o governo federal enca-minhou ao Congresso um Projeto de Lei que ‘regulamenta’ na Constituição a exploração mineral em terras indígenas: “prevê a exploração de petróleo e de gás natural, a implantação de hidrelétricas e de obras de infraestrutura que afetam o solo, os lagos e os rios existentes nessas terras, atributos destinados ao usufruto exclusivo dos índios, que só poderiam ser disciplinados por meio de lei comple-mentar. Além disso, o projeto também pretende viabilizar a garimpagem, inclu-sive por não indígenas, o que é vedado pelo texto constitucional” – Instituto So-cioambiental (ISA).A devastação na Amazônia brasileira é visível:“Os interesses colonizadores que, legal e ilegalmente, fizeram – e fazem – aumentar o corte de madeira e a indústria minerária e que foram expulsando e en-curralando os povos indígenas, ribeirinhos e afrodescendentes, provocam um clamor que brada ao céu” - Papa Francisco (Que-rida Amazônia, 9).A ExortaçãoA exortação pós-sinodal é uma poesia que explicita o amor de Francisco por

toda a criação e nos convida a “mover céus e terra” para proteger essa obra-prima de Deus.O convite é feito a partir dos “4 sonhos de Francisco”:- o Sonho Social : “Sonho com uma Amazô-nia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade pro-movida”;- o Sonho Cultural: “Sonho com uma Ama-zônia que preserve a riqueza cultural que a carateriza e na qual brilha de maneira tão variada a beleza humana”;- o Sonho Ecológico: “Sonho com uma Amazônia que guarde zelosamente a sedu-tora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas floresta”;- o Sonho Eclesial: “Sonho com comunida-des cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo na Amazônia, que deem à Igre-ja rostos novos com traços amazônicos.”Os “sonhos” parecem estar na linguagem de Francisco, que logo no início do seu pontificado confessou: “Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação” (Evangelii Gaudium, 27).“A leitura do texto pós-sinodal nos per-mite identificar com clareza a relação que o papa faz da situação atual da Amazônia com a história da Criação e da Salvação e com o fato de que nós somos chamados a ter essa dupla consciência: a de que somos sempre criaturas dependentes em tudo Daquele que nos criou e modelou (Jr 18,6: “Eis que, como argila nas mãos do oleiro, assim sereis vós nas minhas mãos”); e, por outro lado, o Senhor nos quer como partí-cipes da sua ação criadora e salvífica, en-quanto colaboradores da Missio Dei, sendo discípulos e missionários de seu Filho nos chamando desde o início à corresponsabi-lidade pela vida de nossos irmãos e demais criaturas (Gn 4, 9: “Onde está teu irmão?”) - Padre Adelson Araújo dos Santos.O texto da exortação é recheado de poesias capazes de nos enlevar. Vale a pena ler. São 41 páginas inspiradoras. O documento não tem caráter de um Motu Proprio, nem de Constituição Apostólica. É uma exortação. O que nos leva a acreditar que, no tempo propício, várias questões levantadas no do-cumento conclusivo dos bispos serão re-tomadas. Avante! Porque esta é a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Liliene Dante

“Querida Amazônia”

Página 2 Página 3

MARÇO

O mês de março é dedicado a São José, descendente da casa real de Davi, esposo da Virgem Maria e pai ado-tivo de Nosso Senhor Jesus Cristo. São José foi aquele que ensinou e educou o Menino Deus, sempre na mais completa discrição para não interferir na missão do Sal-vador. Assim como Maria foi escolhida pelo Senhor en-tre todas as mulheres, José foi o escolhido por Deus. Na Bíblia, ele é apresentado como ‘justo’. São José devotou sua vida aos cuidados de Jesus e Maria. Como carpinteiro, sustentou sua família com dignidade e exemplo. Religioso e praticante, transmitiu para Jesus as leis e ensinamentos judaicos. Consagrou o Menino no Templo e regularmente levava a Sagrada Família para as peregrinações à Jerusalém, como na Páscoa. Em uma dessas peregrinações, José e Maria “perdem” Jesus. O menino tinha, então, doze anos e permaneceu no templo. José e Maria, aflitos, voltam ao local e o en-contram debatendo com os doutores da lei. Nessa oca-sião, Jesus afirma que “Tinha que cuidar das coisas de seu Pai”. Esta é a última vez que José é mencionado nas Sagradas Escrituras. Todos os indícios levam a crer que ele faleceu antes de Jesus começar sua vida pública. A Igreja sempre venerou São José. Com muita honra e confiança, ela nos recomenda à sua intercessão. É por isso que, tradicionalmente, no dia 19 de março, a Igreja rompe com o rigor da Quaresma, o sacerdote troca os paramentos roxos pelo branco, para celebrar este gran-de santo.São José foi inserido no calendário litúrgico Romano em 1479. Em 1870, foi declarado oficialmente como o Patrono Universal da Igreja pelo Papa Pio IX. Para res-saltar a grande qualidade e poder de intercessão de São José como “trabalhador”, O Papa Pio XII instituiu uma segunda festa em homenagem a ele, a festa de “São José operário”, celebrada no dia primeiro de maio.Em uma aparição a Santa Margarida de Cortona, ela conta que Jesus lhe disse: “Filha, se desejas fazer-me algo agradável, rogo-te não deixeis passar um dia sem render algum tributo de louvor e de bênção ao meu Pai adotivo São José, porque me é caríssimo”.Numa sociedade que parece desprezar a importância do matrimônio e da paternidade, São José, o esposo da Vir-gem e o homem que teve a responsabilidade de criar Je-sus, é um incrível modelo de pai cristão, obediente e fiel.

DIA ATIVIDADE

03 - Formação Campanha da Fraternidade 2020 Local: Salão Comunitário da Matriz da Saúde Horário: 19h

08 - Rito do Pai Nosso - IVCA Local: Matriz Nossa Senhora da Saúde Horário: 19h30 14 - 3 anos do Terço dos Homens Comunidade Nossa Senhora da Conceição Santa Missa - 18h

15 - Novena Perpétua em honra a N. Sra. da Saúde Local: Matriz Nossa Senhora da Saúde Horário: 19h30

29 - Celebração dos Sacramentos da Eucaristia e Crisma Iniciação à Vida Cristã de Adultos (IVCA) Local: Matriz Nossa Senhora da Saúde Horário: 19h30

São José, rogai por nós!

Comunidade MatrizTerço das MulheresSegunda-feira: 18h

Terço da LibertaçãoTerça-feira: após a Missa das 19h

Terço dos HomensQuarta-feira: 18h15

Terço do ApostoladoSexta-feira: 18h (exceto 1ª sexta do mês)

Terço Mariano - de segunda a sábado, às 6h

Comunidade N. Sra. ConceiçãoTerço dos HomensSegunda-feira: 19h

Terço das MulheresSexta-feira: 19h

Comunidade N. Sra. FátimaTerço das MulheresQuarta-feira: 6h30Terço dos HomensQuarta-feira: 19h

Página 4

Aconteceu FIQUE POR DENTRO

“Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altís-simo”… (Lc 1,31).A solenidade da Anunciação do Senhor celebra o momen-to em que o anjo Gabriel, no pequeno vilarejo de Nazaré, anuncia a Maria sua maternidade. Esta solenidade é uma das mais belas festividades marianas. Com o anúncio da Encarnação do Filho de Deus à Virgem Maria, Deus entra no mundo, fazendo-se humano como nós. Com alegria, contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas apenas com a sua Palavra. Agora, no entanto, escolhe “depender” da palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para realizar a Obra da Salvação. O SIM daquela que gerou o Verbo En-carnado.O episódio narrado no Evangelho de Lucas (Lc 1, 26-38) tem origem nos primeiros séculos do cristianismo e se caracteriza por um elemento dogmático fundamental: a concepção virginal de Maria – já profetizada por Isaías (7,14) no Antigo Testamento: “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel”.Com o Concílio de Niceia (ano 325) e o Concílio de Cons-tantinopla foi estabelecido o Credo com o qual ainda hoje proclamamos que o Filho de Deus “por nós, homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus e se Encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem”. Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC-484), “a anunciação a Maria inaugura “o tempo previsto” (Gl 4,4), isto é, o cumprimento das promessas e das preparações. Maria é convidada a conceber aquele em quem habitará “corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2,9).O primeiro sacrário vivo da Eucaristia, Maria, é venerada pelos cristãos com o título de Nossa Senhora da Anuncia-ção.

Solenidade da Anunciação do Senhor

Formação de Música Litúrgica da Região Pastoral I da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano.

Celebração da Crisma09/02 - Treze adolescentes/jovens celebraram o Sacramento da Crisma na Comunidade Nossa Senhora de Fátima. A Santa Missa foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Marco Aurélio Gubiotti, e contou também com a participação do seminarista Márcio Rodrigo Mota – em estágio pastoral na Paróquia da Saúde.

Posse do Padre Paulo Marcony 10/02 - Foi celebrada, na Matriz Nossa Senhora da Saúde, a San-ta Missa de Posse Canônica do Ofício de Pároco do Padre Paulo Marcony Duarte Simões. A Celebração Eucarística foi presidida por Dom Marco Aurélio Gubiotti, bispo diocesano, e concelebra-da pelos padres: Luís Fernando Barbosa Soares – Diocese de Sete Lagoas; Maicon Cleberton de Paula – Arquidiocese de Belo Hori-zonte; Anderson Ferreira Teixeira, Daniel Rillela Orpilla, Francisco César Cruz Neto, Márcio Soares, Alex Banza Ilunga, Renato Mene-zes Cruz, Frei Otaviano Souza de Andrade; participação também do diácono permanente Maurílio Hamilton Serafim e seminaristas.Familiares do Padre Paulo Marcony, amigos e fiéis das paróquias nas quais o padre serviu também participaram.

15/02 - A Paróquia Nossa Senhora da Saúde acolheu a formação, ministrada pelo seminarista Márcio Rodrigo Mota. Cerca de qua-renta pessoas participaram. O encontro aconteceu no salão comu-nitário da Matriz.

Formação Diocesena de Acólitos e Coroinhas15/02 - Em João Monlevade