algumas questões

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PROCESSO SELETIVO – QUADRO TECNICO DO CORPO AUXILIAR/2006 QUESTÃO 1 - HIPERTEXTO Pierre Lévy, parte da ideia de que o hipertexto é uma definição anterior às novas mídias, pois faz parte da própria lógica humana do pensamento. Pierre Lévy organizou seis critérios para a caracterização dos hipertextos. 1º Princípio da metamorfose: é o processo de constante construção e renegociação de sentidos que se dá nos hipertextos. 2º Princípio da heterogeneidade: tanto as informações organizadas em uma determinada seção de um hipertexto (imagens, sons, textos) como as conexões que se estabelecem entre as diversas partes dele(critérios lógicos, afetivos, ocasionais, etc.), têm um caráter extremamente heterogêneo. 3º Princípio da multiplicidade e de encaixe das escalas: o hipertexto se organiza de forma 'fractal', ou seja, cada nó ou conexão pode revelar uma rede de novos nós ou conexões e cada novo nó pode apresentar outro universo de conexões e assim por diante. 4º Princípio de exterioridade: a construção, definição e manutenção da internet dependem de múltiplas interações, conexões entre pessoas e equipamentos. 5º Princípio da topologia: nos hipertextos tudo funciona 1

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PROCESSO SELETIVO – QUADRO TECNICO DO CORPO

AUXILIAR/2006

QUESTÃO 1 - HIPERTEXTO

Pierre Lévy, parte da ideia de que o hipertexto é uma definição

anterior às novas mídias, pois faz parte da própria lógica humana do

pensamento. Pierre Lévy organizou seis critérios para a

caracterização dos hipertextos.

1º Princípio da metamorfose: é o processo de constante construção e

renegociação de sentidos que se dá nos hipertextos.

2º Princípio da heterogeneidade: tanto as informações organizadas

em uma determinada seção de um hipertexto (imagens, sons, textos)

como as conexões que se estabelecem entre as diversas partes

dele(critérios lógicos, afetivos, ocasionais, etc.), têm um caráter

extremamente heterogêneo.

3º Princípio da multiplicidade e de encaixe das escalas: o hipertexto

se organiza de forma 'fractal', ou seja, cada nó ou conexão pode

revelar uma rede de novos nós ou conexões e cada novo nó pode

apresentar outro universo de conexões e assim por diante.

4º Princípio de exterioridade: a construção, definição e manutenção

da internet dependem de múltiplas interações, conexões entre

pessoas e equipamentos.

5º Princípio da topologia: nos hipertextos tudo funciona por

proximidade o curso dos acontecimentos é uma questão topológica,

relacionada à construção de caminhos.

6º Princípio da mobilidade dos centros: a rede tem uma estrutura com

múltiplos e móveis centros, que se organizam de acordo com o fluxo

da narrativa e da leitura.

1

QUESTÃO 2 – Pesquisa/ENTREVISTA

A grande vantagem das entrevistas é o fato de trabalhar

questões de valores e não se limitar às variáveis predefinidas. Nas

entrevistas feitas face a face, o pesquisador busca bem interpretar o

pensamento de cada participante, entender o contexto ou o fato

segundo a observação do participante para produzir conhecimento

em profundidade e esclarecer aspectos novos de toda uma situação.

O que importa é entender a “verdade” do entrevistado.

Vantagens:

Permite a recolha de informação rica;

Bom grau de profundidade;

Permite recolher os testemunhos, interpretações dos

entrevistados, espeitando os seus quadros de referência, a

linguagem e as categorias mentais (forma de classificação);

Permite ao investigador conhecer os conceitos e a linguagem

do entrevistado;

Permite definir dimensões relevantes de atitude e avalia-las

melhor;

Permite ter em conta as motivações que determinam diversos

comportamentos;

Permite explorar muita informação;

Permite interpretar as expressões emitidas;

Dá uma boa amostragem de aspectos que se pretendem

investigar;

São flexíveis, pois permitem verificar se ambos os

intervenientes compreendem o significado das palavras e

explicar.

QUESTÃO 3 - PROCESSOS EDUCATIVOS

PERÍODO PRIMITIVO: • Não existia educação na forma de escolas;

2

• Objetivo era ajustar a criança ao seu ambiente físico e social,

através da aquisição das experiências;

• Chefes de família eram os primeiros professores e em seguida os

sacerdotes.

QUESTÃO 4 – DIDÁTICA/ORGANIZAÇÃO SEQUENCIAL DE

CONTEÚDO

Para organização sequencial dos conteúdos, recomenda-se a

observância de critérios, quais sejam: sequencia lógica e coerente

com a estrutura e o objeto da disciplina; gradualidade na distribuição

adequada em pequenas etapas, considerando a experiência anterior

do aluno; continuidade que proporcione a articulação entre os

conteúdos. Integração entre as diversas disciplinas do currículo.

( Segundo Turra).

QUESTÃO 5 – CURRICULO E PROGRAMAS/ MARY RANGEL

Alguns princípios de elaboração de currículo e programas na ação

supervisora:

Acompanhar a atualização pedagógica e normativa, com

especial atenção, em ambos os casos, aos fundamentos;

Propiciar oportunidades de estudo e interlocução dos

professores, em atividades coletivas, que reúnam professores

que desenvolvem um mesmo conteúdo nas diversas séries e

níveis escolares;

Propiciar oportunidades periódicas de reavaliação de currículo e

programas;

Propiciar oportunidades de estudo e decisões coletivas sobre

material didático.

           A supervisão do conteúdo implica na supervisão de currículo e

programas, contando com a participação e com oportunidades de

3

estudo e integração dos professores promovidos pelo supervisor,

observando a atualização do conhecimento, dos referentes do

contexto, das normas e da didática nas escolhas de livros e material

didático, que deve ser feita em uma escolha coletiva, fundamentada,

estudada, sobre um recurso (mas não um limite) á aprendizagem do

conhecimento do aluno.

A supervisão da avaliação pode, mas uma vez estimulando o estudo,

trazer princípios e conceitos para a discussão coletiva. Entre os

princípios, conceitos da avaliação podem constituir objeto de estudo

dos professores:

A avaliação centrada na aprendizagem, mais que no ensino, ou

seja, a avaliação como meio de aprender;

A avaliação como entendimento mais amplo que o de

“verificação” de “quantidades” ou mensurações de resultados;

A avaliação como meio auxiliar do conhecimento sobre o aluno,

sua forma de compreensão, sua lógica de raciocínio;

A avaliação como meio de correções necessárias, de

professores e alunos, no curso do alcance dos objetivos.

O educador que exerce a prática supervisora tem no âmbito de sua

competência, uma das funções essenciais á formulação e á

implementação do projeto pedagógico da escola.

QUESTÃO 6 – FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO

De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do

processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de funções:

a) A avaliação diagnóstica (analítica) é adequada para o inicio

do o período letivo, pois permite conhecer a realidade na qual o

processo de ensino-aprendizagem vai acontecer. O professor tem

como principal objetivo verificar o conhecimento prévio de cada

aluno, tendo como finalidade de constata os pré-requisitos

4

necessários de conhecimento ou habilidades imprescindíveis de que

os estudantes possuem para o preparo de uma nova etapa de

aprendizagem. "Para que a avaliação diagnóstica seja

possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com

uma concepção pedagógica. No caso, considerarmos que ela deva

estar comprometida com uma proposta pedagógica histórico-crítica,

uma vez que esta concepção está preocupada com a perspectiva de

que o educando deverá apropriar-se criticamente de conhecimentos e

habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico dentro

desta sociedade que se caracteriza pelo modo capitalista de

produção. A avaliação diagnostica não se propõe e nem existe uma

forma solta isolada. É condição de sua existência e articulação com

uma concepção pedagógica progressista". (LUCKESI 2003, p.82).

 Esta forma de avaliação é utilizada objetivando pré-determinar

a maneira pela qual o educador deverá encaminhar, através do

planejamento, a sua ação educativa. Terá como função estabelecer

os limites para tornar o processo de aprendizagem mais eficiente e

eficaz. Esta didática pode ser considerada como o ponto de partida

para todo trabalho a ser desenvolvido durante o ano pelo educador.

Esta forma de avaliação pode ser utilizada antes e

durante o processo ensino-aprendizagem, tendo diferentes

finalidades. Sendo realizada antes do processo, tem como foco sondar

se o aluno apresenta os conhecimentos necessários para que a

aprendizagem possa ser iniciada. Se ocorrer durante o processo, será

utilizada para identificar as causas das falhas de aprendizagem e

possibilitar a implementação de recursos para corrigi-las.

É possível observar que a avaliação diagnóstica possui

três objetivos. O primeiro é identificar a realidade de cada aluno que

irá participar do processo. O segundo é verificar se o aluno apresenta

ou não habilidades e pré-requisitos para o processo. O terceiro

objetivo está relacionado com a identificação das causas, de

5

dificuldades recorrentes na aprendizagem. Assim é possível rever a

ação educativa para sanar os problemas.

b) A avaliação formativa(controladora) é aquela que tem como

função controlar, devendo ser realizada durante todo o período letivo,

com o intuito de verificar se os estudantes estão alcançando os

objetivos propostos anteriormente.Esta função da avaliação visa,

basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e

hierarquicamente cada etapa da aprendizagem, antes de avançar

para outra etapa subsequente de ensino-aprendizagem.

É com a avaliação formativa que o aluno toma conhecimento

dos seus erros e acertos e encontra estimulo para continuar os

estudos de forma sistemática. Para que esta forma de avaliação

ocorra é necessário que seja controlada, porque orienta o estudo do

aluno ao trabalho do professor, também podemos dizer que é

motivadora porque evita as tensões causadas pela as avaliações

tradicionais. A avaliação formativa permite ao

professor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar,

auxiliando na reformulação do seu trabalho didático, visando

aperfeiçoá-lo. Para que seja realizada com eficiência, ela deve ser

planejada em função de todos os objetivos, deste modo o instrutor

continuará seu trabalho ou irá direcionar de modo que a maioria dos

alunos alcance plenamente todos os objetivos propostos.

Por depender mais da

sensibilidade e do olhar técnico do educador, esse formato de

avaliação fornece mais informações que permitem a customização do

trabalho do professor com base nas necessidades de cada aluno.

Nesse sentido a avaliação é um instrumento de controle da qualidade,

tendo como maior objetivo um ensino de excelência em todos os

níveis.

c) A avaliação somativa (classificatória), tem como função

básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um

6

curso ou unidade de ensino. Classificando os estudantes de acordo

com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos.

Atualmente a classificação dos estudantes se processa segundo

o rendimento alcançado, tendo por base os objetivos previstos. Para

Bloom (1983), a avaliação somativa "objetiva avaliar de maneira geral

o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao

longo e final de um curso".

É através deste tipo de avaliação que são fornecidos aos

estudantes os chamados feedback que informa o nível de

aprendizagem alcançado, se este for o objetivo central da avaliação

formativa; e presta-se à comparação de resultados obtidos, visando

também a atribuição de notas.

Essas três funções da avaliação devem ser vinculadas ou

conjugadas para se garantir a eficiência e eficácia do sistema de

avaliação e assim tendo como resultado final a excelência do

processo ensino-aprendizagem. Por outro lado, é importante lembrar,

que é necessário em todos os casos levar em conta a realidade

administrativa da instituição como, por exemplo, o número de alunos,

objetivos, conhecimento técnico do professor, materiais, etc.

Qualquer decisão nas formas de como avaliar é preciso

envolver direção, professor, alunos e responsáveis (quando é o caso).

Se entendermos que a forma atual de avaliação está ruim, todos

precisam se comprometer com o novo processo de melhorá-la, e isso

envolve muitas mudança, sendo o processo longo, assim como todo

processo de ensino-aprendizagem.

QUESTÃO 7 - COMPUTADOR

Taylor (1980) classifica os softwares educativos em tutor (o

software que instrui o aluno), tutorado (software que permite o aluno

instruir o computador) e ferramenta (software com o qual o aluno

manipula a informação). Assim, o tutor equivale aos programas do

polo onde o computador ensina o aluno. Os softwares do tipo tutorado

7

e ferramenta equivalem aos programas do polo onde o aluno "ensina"

o computador.

QUESTÕES 8 – HIPERTEXTO (ANDREA RAMAL)

Um hipertexto é subversivo com relação à forma. Ele amplia os

recursos expressivos do texto escrito na possibilidade de articular

imagens, palavras e sons. E, se não podemos dizer que amplie os

recursos da oralidade, pelo menos verificamos que modifica as suas

condições, na medida em que acrescenta à fala e à narração a

possibilidade de vínculo com a palavra escrita e as ilustrações. Ocorre

ainda a subversão na hierarquia interna do texto: imagens falam,

muitas vezes, mais do que palavras. A ilustração conquista o espaço

da mensagem. Imagem e som ganham o status de "linguagem" e,

portanto, invade o espaço do significante escrito para tornar-se,

também elas, novos textos, concebidos com diferentes modelos e

igualmente relevantes para a comunicação social. A imagem

disponibilizada na Internet e acessada pelo aluno passa a ser também

mediadora para o conhecimento do mundo.

O hipertexto é subversivo até com relação à postura física do

leitor. Do livro de rolo, que não permitia ler, comparar e fazer

anotações ao mesmo tempo, já que o leitor devia segurá-lo com

ambas as mãos para poder correr o texto, ao livro encadernado, que

permite virar as páginas, mas sempre em sequencia, uma após outra

(e nunca uma e outra), passamos a um texto totalmente maleável.

Poderá não ter, e isso é certo, os encantos do papel ou do

pergaminho; mas nos permite a visibilidade das janelas, a abertura

das múltiplas caixas de texto, os recursos de cortar e colar

fragmentos, a infinidade de dobras caleidoscópicas.

QUESTÕES 9 – CURRICULO/HIPERTEXTO (ANDREA RAMAL)

A estruturação de um currículo em rede é uma das

possibilidades de inovação na realidade dos atuais cursos de

8

formação docente. Nesse modelo, deve ser aproveitado o potencial

subversivo e provocador de mudanças próprio de determinado uso

das novas tecnologias, sintetizado aqui no conceito de

hipertextualidade.

QUESTÃO 10 - ADMINISTRAR A PROGRESSÃO DAS

APRENDIZAGENS

A escola é inteiramente organizada para favorecer a progressão

das aprendizagens dos alunos e não se pode programar as

aprendizagens humanas como a produção industrial de objetos, ou

seja, é preciso, às vezes, tomar decisões estratégicas.

        Existe um movimento rumo à individualização dos recursos de

formação e à pedagogia diferenciada, tendo em vista a progressão de

cada aluno. Os ciclos de aprendizagens plurianuais estão inseridos

neste contexto, com o objetivo de proporcionarem uma melhor

progressão de aprendizagem.

        Existem vários tópicos a serem observados nas decisões de

progressão, dentre eles estão:

Conceber e administrar situações-problema ajustadas ao nível

e às possibilidades dos alunos;

Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino;

Estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de

aprendizagem;

Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem,

de acordo com uma abordagem formativa;

Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões

de progressão.

QUESTÃO 12 – ESCOLA NOVA/DISCIPLINA

9

Relação aluno/professor – o aluno é o centro do processo

(pedocentrismo). Como a escolha dos conteúdos gira em torno dos

interesses infantis, o professor se esforça por despertar a atenção e a

curiosidade da criança, tornando-se apenas um facilitador da

aprendizagem.

Conteúdo – o processo do conhecimento é mais importante do que o

produto, o conteúdo que é objeto de aprendizagem precisa ser

compreendido, não decorado.

Metodologia – A Escola não está voltada apenas para o intelecto. O

corpo também é valorizado, por meio das atividades de educação

física e do desenvolvimento da motricidade; Programas e horários

tornam-se maleáveis, a fim de atender os ritmos individuais;

privilegiar a pedagogia da ação significa equipar a Escola com

laboratórios, oficinas, hortas, etc.

Avaliação – é compreendida como um processo válido para o próprio

aluno, não para o professor, por isso, não visa apenas os aspectos

intelectuais, mas também as atitudes e aquisição de habilidades.

Disciplina – é necessário preparar para a autonomia, ou seja,

estimular a responsabilidade e a capacidade de crítica e estabelecer a

disciplina voluntária. (discussão e consenso).

QUESTÃO 15 – OBSERVAÇÃO

Marconi e Lakatos (2003, p. 190) definem observação como

“uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza

os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não

consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou

fenômenos que se desejam estudar”.

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Gil (1999) destaca que na observação os fatos são percebidos

de forma direta, sem que haja qualquer tipo de intermediação, sendo

considerada uma vantagem, em comparação aos demais

instrumentos.

Segundo Gil (1999, p. 111) e Marconi e Lakatos (2003, p. 191-

192) a observação apresenta as seguintes vantagens e limitações:

a. Vantagens – possibilita meios diretos e satisfatórios para estudar

uma ampla variedade de fenômenos; propicia a coleta de dados

sobre um conjunto de atitudes comportamentais; permite obter

dados não contemplados em questionários e entrevistas.

b. Limitações – a presença do pesquisador pode provocar alterações

no comportamento dos observados; os acontecimentos podem

ocorrer simultaneamente, dificultando a coleta dos dados; fatores

imprevistos podem interferir na tarefa do pesquisador; algumas

informações podem não ser acessíveis ao pesquisador.

c. Estratégias e instrumentos: escolhidos para cada situação, em

particular, de acordo com os objetivos propostos.

QUESTÇÃO 16 – SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

A educação é uma das atividades básicas de todas as

sociedades humanas, pois a sobrevivência de qualquer sociedade

depende da transmissão de sua herança cultural aos jovens. Toda

sociedade, portanto, utiliza os meios necessários para perpetuar sua

herança cultural e ensinar aos mais jovens os costumes do grupo.

Assim, a educação é o processo pelo qual a sociedade procura

transmitir suas tradições, costumes e habilidades, isto é, sua cultura

aos mais jovens. A criança se torna socializada porque aprende as

regras de comportamento do grupo em que nasceu. A educação é

uma socialização. Do ponto de vista sociológico, portanto, a educação

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é a ação pela qual as gerações adultas transmitem sua cultura às

gerações mais Jovens. A educação visa a transmitir ao indivíduo o

patrimônio cultural para integrá-lo à sociedade e aos grupos que a

constituem; visa, por conseguinte, a socializar, a ajustar os indivíduos

à sociedade e, ao mesmo tempo, a desenvolver suas potencialidades

e as da própria sociedade. (Extraído de “Introdução à Sociologia da

Educação”, de Pérsio Santos de Oliveira).

QUESTÃO 19 – AVALIAÇÃO E MEDIDA

QUESTÃO 20 – LEI 9.394/96

Dos Princípios e Fins da Educação Nacional

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos

princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por

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finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes

princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na

escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura,

o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII - valorização do profissional da educação escolar;

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e

da legislação dos sistemas de ensino;

IX - garantia de padrão de qualidade;

X - valorização da experiência extraescolar;

XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas

sociais.

XII - consideração com a diversidade étnico-racial.

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QUESTÃO 21 – TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS/TENDÊNCIA

LIBERAL TECNICISTA / A DIDÁTICA TECNICISTA

São informações, princípios científicos, leis, etc., estabelecidos e

ordenados numa sequencia lógica e psicológica por especialistas. É

matéria de ensino apenas o que é redutível ao conhecimento

observável e mensurável. Os conteúdos decorrem, assim, da ciência

objetiva, eliminando-se qualquer sinal de subjetividade. O material

instrucional encontra-se sistematizado nos manuais, nos livros

didáticos, nos módulos de ensino, nos dispositivos audiovisuais, etc. O

conteúdo se torna insignificante, abstrato e instrumental, sendo

centralizado na organização racional do processo de ensino. O mais

importante são os objetivos a serem alcançados e é a partir desses

objetivos que todos os conteúdos são estruturados.

QUESTÃO 22 – Consultoria

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QUESTÃO 24 – Supervisor

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Um fator importante com relação ao papel do supervisor está

ligado à análise do planejamento do currículo escolar, sendo que este

deve ser acompanhado desde a sua execução dando ênfase na

avaliação contínua, isso reforça a necessidade, segundo Lück (2008,

p. 20) na "somatória de esforços e ações desencadeadas com o

sentido de promover a melhoria da qualidade do processo ensino-

aprendizagem".

Neste processo de promoção o supervisor deve conhecer o

funcionamento da educação escolar, suas relações com o contexto

histórico-social e o desenvolvimento humano, seus níveis e

modalidades de ensino. Além disso, precisa conhecer também:

Os fundamentos teóricos que dão sustentabilidade no ensino e

na aprendizagem;

Os princípios e valores norteadores da prática pedagógica;

As normas e diretrizes que orientam todos os níveis e

modalidades de ensino;

Socializar e conduzir as práticas pedagógicas e as possíveis

interferências no cotidiano escolar;

Promover a autonomia da instituição escolar envolvendo a

comunidade; priorizar pela formação continuada dos educadores

valorizando-os através de um trabalho coletivo respeitando as

especificidades pessoais de todos os participantes.

QUESTÃO 26 – CONSTITUIÇÃO DE 1891

A Constituição de 1891 foi a primeira da História do Brasil após

a Proclamação da República. Sua elaboração começou em novembro

de 1890, com a instalação da Constituinte na cidade do Rio de

Janeiro. Ela foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891.

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A primeira constituição republicana teve como

função principal estabelecer no país os princípios do regime

republicano, seguindo o sistema de governo presidencialista. Com

algumas características liberais, apresentou grandes avanços se

comparada com a Constituição do Brasil Império de 1824. 

Principais características da Constituição de 1891

- Implantação da república federativa, com governo central de vinte

estados membros.

- Estabelecimento de uma relativa e limitada autonomia para os

estados.

- Grande parte do poder concentrado no governo federal (poder

executivo).

- Divisão dos poderes em três: executivo (presidente da república,

governadores, prefeitos), legislativo (deputados federais e estaduais,

senadores e vereadores) e judiciário (juízes, promotores, etc).

- Estabelecimento do voto universal masculino. Ou seja, somente os

homens poderiam votar. Além das mulheres, não podiam votar:

menores de 21 anos, mendigos, padres, soldados e analfabetos.

Direitos dos cidadãos e educação

No tocante aos direitos dos cidadãos, a Constituição determinava

que:

- Todos eram iguais perante a lei.

- Ninguém poderia ser obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão

em virtude da lei.

- Liberdade de culto religioso.

- Estabelecimento do ensino leigo em estabelecimentos públicos. 

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- Extinção de privilégios relacionados ao nascimento ou títulos de

nobreza adquiridos na época da monarquia.

 - Liberdade de reunião e associação, porém sem uso de armas.

 - Garantia de liberdade de imprensa e expressão de opiniões. Não

estabelece censura, porém cada pessoa fica responsável por abusos

cometidos.

- Liberdade de exercício de qualquer profissão industrial, moral e

intelectual.

- Liberdade para entrar e sair do país com seus bens, exceto em

tempos de guerras.

QUESTÃO 27 - Lei 9.394/96

Do Direito à Educação e do Dever de Educar

Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será

efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17

(dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação

dada pela Lei nº 12.796, de 2013).

a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).

b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).

c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).

II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de

idade;  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013).

III - atendimento educacional especializado gratuito aos

educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis,

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etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de

ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013).

IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio

para todos os que não os concluíram na idade própria;  (Redação

dada pela Lei nº 12.796, de 2013).

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da

criação artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do

educando;

VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos,

com características e modalidades adequadas às suas necessidades e

disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as

condições de acesso e permanência na escola;

QUESTÂO 28 – PROGRAMAS DE SIMULAÇÃO

Simulação: apresentam na tela, a modelagem de um sistema ou

situação real, utilizando gráficos e imagens animadas. São programas

bastante úteis quando não é possível se ter experiência real.

Oferecem um ambiente exploratório, onde o usuário/aluno pode

tomar decisões e comprovar, em seguida, as consequências. Com a

ajuda destes programas, torna-se mais simples ensinar temas

complexos ou impossíveis de observar. [...] Este programa permite o

aprimoramento das habilidades de lógica matemática e de resolução

de problemas.

QUESTÃO 29 – MEMÓRIA

Em geral, ao falar em memória, nos referimos à capacidade de

lembrar o que foi de algum modo vivido. Tentando abranger os

diversos aspectos do funcionamento da memória, diríamos que ela

19

corresponde à aquisição, fixação, evocação e reconhecimento de

informações resultantes de percepção e aprendizagem.

Aquisição consiste no contato com a informação. É importante

destacar que nem tudo o que ocorre à nossa volta é realmente

adquirido. A aquisição não se refere apenas a impressões sensoriais

(o que se vê, escuta etc.); ela inclui tudo o que seja de alguma forma,

vivido pelo sujeito. O segundo atributo da memória é a fixação. 

Adquirido e fixado o material, espera-se que se torne acessível a uma

evocação (que possa ser lembrado). Ao tentarmos recuperar uma

informação armazenada, costumamos evocar informações erradas

junto à informação correta. É como se a memória fosse um fichário, e

ao recolhermos uma ficha, recolhêssemos também as que lhe

estivessem próximas. Nesse momento cumpre um trabalho de

reconhecimento, pelo qual o dado correto é identificado e utilizado, e

os que lhe vieram unidos são rejeitados.

QUESTÃO 30 – ETAPAS DA AVALIANÇÃO (TURRA)

A avaliação deverá acompanhar cada etapa da aprendizagem e,

portanto, deverá ser contínua, gradual, constante, cumulativa,

coerente e cooperativa.

Os princípios da avaliação da avaliação: determinar e tornar

claro o que vai ser avaliado; selecionar técnicas de avaliação

adequadas; utilizar técnicas variadas para uma avaliação mais

fidedigna; ter consciência dos limites e possibilidades dessas

técnicas; considerar que a avaliação não é fim em si mesma, mas um

meio para lançar determinados fins.

QUESTÃO 31 – Abordagem da supervisão pedagógica

Alarcão (in Rangel, 2001), por sua vez, faz referências a 6

abordagens: (1) artesanal - numa perspectiva mestre aprendiz, (2)

comportamentalista - de natureza mecanicista e racional, (3) clínica -

a sala de aulas é vista a principal ferramenta de observação, ou seja,

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visto como um laboratório, portanto muito redutora, (4) reflexiva com

intenções formativa e dinâmica, (5) ecológica - que considera “as

dinâmicas sociais e, sobretudo a dinâmica do processo sinergético da

interação entre o sujeito e o meio que o envolve” (idem, p.19) e a (6)

dialógica – valorizando-se o “papel da linguagem no diálogo

comunicativo, na construção da cultura profissional e no respeito pela

alteralidade assumida na atenção a conceder à voz do outro e na

consideração de supervisores e professores como parceiros na

comunidade profissional”

QUESTÃO 35 – INTELIGÊNCIAS MULTIPLAS

A Teoria das Múltiplas Inteligências (M.I.) de Howard Gardner

revolucionou o campo da psicologia cognitiva ao ultrapassar a noção

comum de inteligência como "capacidade ou potencial geral que cada

ser humano possui em maior ou menor extensão" e ao questionar a

suposição de que a inteligência "possa ser medida por instrumentos

verbais padronizados como testes de respostas curtas realizados com

papel e lápis." Para abarcar adequadamente o campo da cognição

humana, Gardner considera que é necessário " (. . .) incluir um

conjunto muito mais amplo e mais universal de competências do que

comumente se considerou". Nesta direção, o autor define inteligência

como "a capacidade de resolver problemas ou de criar produtos que

sejam valorizados dentro de um ou mais cenários culturais.".

QUESTÃO 37 – AVALIAÇÃO

Segundo LIBÂNEO (1994), podemos definir avaliação escolar

como um componente do processo de ensino, definir, a avaliação

escolar como um componente do processo de ensino que visa,

através de verificação e qualificação dos resultados obtidos,

determinar a correspondência destes com os objetivos propósitos, e,

daí orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas

21

seguintes. Nos momentos do processo de ensino, são tarefas de

avaliação a verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa.

a) Verificação: coletas de dados sobre o aproveitamento dos

alunos, através de provas, exercícios e tarefas ou de meios auxiliares,

como observação de desempenho, entrevistas etc.

b) Qualificação: comprovação dos resultados alcançados em

relação aos objetivos e, conforme o caso, atribuição de notas ou

conceitos.

c) Apreciação qualitativa: avaliação propriamente dita dos

resultados, referindo-os a padrões de desempenho esperados.

QUESTÃO 38 - Lei 9.394/96

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Art. 43. A educação superior tem por finalidade:

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito

científico e do pensamento reflexivo;

II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento,

aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação

no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua

formação contínua;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica,

visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e

difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do

homem e do meio em que vive;

IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais,

científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e

22

comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras

formas de comunicação;

V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e

profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando

os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura

intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;

VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo

presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços

especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de

reciprocidade;

VII - promover a extensão, aberta à participação da população,

visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação

cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

QUESTÃO 39 - O PLANEJAMENTO ESCOLAR - JOSÉ CARLOS

LIBÂNEO.

O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a

previsão das atividades em termos de organização e coordenação em

face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no

decorrer do processo de ensino. O planejamento é um meio para

programar as ações docentes, mas é também um momento de

pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação. Há três

modalidades de planejamento, articulados entre si o plano da escola,

o plano de ensino e o plano de aulas.

A INSDISCIPLINA NA CLASSE

Uma das dificuldades mais comuns enfrentadas pelo professor é

o que se costuma chamar de “controle da disciplina”. Dizendo assim,

dá a impressão de que existe uma chave milagrosa que o professor

manipula para manter a disciplina. Não é assim. A disciplina da classe

23

está diretamente ligada ao estilo da prática docente, ou seja, à

autoridade profissional, moral e técnica do professor. Quanto maior a

autoridade do professor (no sentido que mencionamos), mais os

alunos darão valor às suas exigências.

A autoridade profissional se manifesta no domínio da

matéria que ensina e dos métodos e procedimentos de ensino, no

tato em lidar com a classe e com as diferenças individuais, na

capacidade de controlar e avaliar o trabalho dos alunos e o trabalho

docente. A autoridade moral é o conjunto das

qualidades de personalidade do professor: sua dedicação profissional,

sensibilidade, senso de justiça, traços de caráter.

A autoridade técnica constitui o conjunto de

capacidades, habilidades e hábitos pedagógico-didáticos necessários

para dirigir com eficácia a transmissão e assimilação de

conhecimentos aos alunos. A autoridade técnica se manifesta na

capacidade de empregar com segurança os princípios didáticos e o

método didático da matéria, de modo que os alunos compreendam e

assimilem os conteúdos das matérias e sua relação com a atividade

humana e social, apliquem os conhecimentos na prática e

desenvolvam capacidades e habilidades de pensarem por si próprios.

A disciplina da classe

depende do conjunto de características do professor, que lhe

permitem organizar o processo de ensino. Entre os requisitos para

uma boa organização do ensino destaca-se:

1. Um bom plano de aula, onde estão determinados os objetivos, os

conteúdos, os métodos e procedimentos de condução da aula;

2. A estimulação para aprendizagem que suscite a motivação dos

alunos;

3. O controle da aprendizagem, incluindo a avaliação do rendimento

escolar,

4. O conjunto de normas e exigências que vão assegurar o ambiente

de trabalho escolar favorável ao ensino e controlar as ações e o

24

comportamento dos alunos.

Além de determinar o que farão o professor e os alunos no

período escolar, o plano de aula regula a distribuição do tempo, a

passagem planejada de uma atividade para outra. Dessa forma, o

professor e os alunos como que antecipem o andamento sistêmico da

aula, reduzindo as interferências, as conversas inadequadas e as

desobediências.

A motivação dos alunos para a aprendizagem, através de

conteúdos significativos e compreensíveis para eles, assim como de

métodos adequados, é fator preponderante na atitude de

concentração e atenção dos alunos. Se estes estiverem envolvidos

nas tarefas, diminuirão as oportunidades de distração e de

indisciplina. A aprendizagem não é uma atividade que nasce

espontaneamente dos alunos; o estudo muitas vezes não é uma

tarefa que eles cumprem com prazer. Por mais que o professor

consiga a motivação e o empenho dos alunos e os estimule com

elogios e incentivos, deverá obrigá-los a fazer o que eles não querem.

Nesse caso, os alunos devem estar cientes de que o não

cumprimento das exigências terá consequências desagradáveis.

Além desses requisitos, que, bem

encaminhamos, contribuem para a manutenção do necessário clima

de trabalho, há necessidade de normas EXPLÍCITAS de funcionamento

da classe. Tais normas não devem ser tomadas como único meio de

controle da classe.

QUESTÃO 40 – PLANEJAMENTO ESCOLAR

Um bom plano de aula deve ter as seguintes características:

clareza, objetividade, coerência, exequibilidade e flexibilidade.

É preciso o plano ser claro e objetivo para não ficar nem muito

longo, nem confuso. Com outras palavras, é deixar de rodeios e dizer

com poucas palavras e com as palavras certas o que se pretende

25

alcançar. Quando o plano 58 é claro e vai diretamente aos pontos

importantes, as pessoas entendem o que se quer e podem se

empenhar na sua realização. A coerência é indispensável em um

plano de aula, pois, tudo funciona como uma engrenagem onde uma

peça depende da outra para o bom funcionamento da mesma. Isso

mostra que as atividades devem ser selecionadas em função dos

objetivos propostos; os recursos devem ser adequados às atividades

e aos objetivos; o tempo deve ser suficiente para que as atividades

possam ser desenvolvidas e os recursos possam ser utilizados; a

avaliação deve ser proposta de modo que possa oferecer informações

contínuas e precisas sobre o que está sendo desenvolvido e

alcançado. Outra boa característica de um plano de aula é a

exeqüibilidade que nada mais é que a possibilidade de realização e

esta possibilidade aumenta quando ele está adequado à realidade da

escola, dos professores, dos alunos, etc.. Portanto, a exeqüibilidade é

a característica que torna possível a realização de um plano. Por isso,

é importante que se faça primeiro aquele diagnóstico das condições

(ao qual já fizemos referência), para que possamos planejar para a

realidade. Já a flexibilidade é um fator crucial do plano de aula que

depende muito do professor que o aplica. Um plano deve ser um

auxiliar do professor, e não uma camisa-de-força que amarra

professores, alunos, ou quem quer que esteja envolvido no

planejamento

QUESTÃO 41 – CURRÍCULO

As tecnologias alteraram para sempre a forma de

produzir/interagir com o conhecimento. Assim, Ramal (2002, p. 185-

186), apoiada em Lévy (1993, 1999) e em Bakhtin (1988), aponta

para a construção do currículo em rede, com as seguintes

características:

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a) Metamorfose. Esse currículo se transforma conforme as

necessidades, o momento, o contexto e os interesses dos alunos e

os objetivos dos educadores. Nesse sentido, “aprender se aproxima

do reconstruir com feições novas”.

b) Mobilidade dos centros. Nesse currículo há pontos e conteúdos

de uma imensa malha heterogênea que podem ser ativados ou

não, conforme a pertinência e o percurso da pesquisa, de modo

interdisciplinar, e com várias formas de conexão, às quais se pode

ter acesso de forma imediata. Nesse currículo não há, portanto, um

único centro, nem conteúdos mais importantes, mas nós da rede

curricular igualmente funcionais e multiconectados, que sempre

dão lugar a novas paisagens. Nesse caso, “aprender se aproxima

de pesquisar”.

c) Interconexão. A organização desse currículo é fractal, ou seja,

qualquer parte da rede, mesmo separada, contém uma nova rede e

se integra a um todo complexo. Nesse sentido, “aprender se parece

com navegar”.

d) Exterioridade. Esse currículo funciona através de um diálogo

permanente com o exterior. Nesse caso, “aprender é deslocar-se

na rede e para além da rede”.

e) Hipertextualidade. Esse currículo é constituído por grande

variedade de textos – verbais e não-verbais. Há a integração das

diversas mídias, articuladas com os conteúdos na produção, na

negociação e na interpretação dos sentidos. Nesse sentido,

“aprender é construir hiperlinks”.

f) Polifonia. Nesse currículo há lugar para o interculturalismo, para

o diálogo interdisciplinar, das diversas vozes, vindas dos diferentes

lugares sociais. Nesse sentido, “aprender é dialogar”.

27

QUESTÃO 42 – Escola Tradicional

A escola se institucionaliza de maneira mais complexa a partir

do Renascimento e da Idade Moderna, quando se exige o

confinamento dos alunos em internatos, a separação por idade, a

graduação em séries, a organização de currículos e o recurso dos

manuais didáticos. A visão da criança como frágil, sujeita à corrupção,

leva à exigência de uma disciplina severa, cujo melhor exemplo está

na escola jesuítica. Outra forte tendência se configura na rejeição da

escola medieval, de inspiração religiosa e excessivamente

contemplativa, e na reivindicação de uma escola realista, adaptada

ao mundo moderno, que se encontra em transformação.

Quanto aos níveis superiores de escolarização,

surge a necessidade de transmissão dos conhecimentos advindos das

novas ciências, bem como o estimulo para novas descobertas, a fim

de que a tecnologia se desenvolva ainda mais.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

•  A educação tradicional é magistrocêntrica (centrada no professor e

na transmissão dos conhecimentos).

•   O conteúdo visa a aquisição de noções, dando-se ênfase ao

esforço intelectual de assimilação dos conhecimentos. "  Valorização

do passado com destaque ao estudo das "obras-primas".

"   Metodologia: aula expositiva, exercícios de fixação, submissão a

horários e currículos rígidos, leituras e cópias repetitivas,

despreocupação com as diferenças individuais.

•  Avaliação valorizando os aspectos cognitivos.

•  Todas essas características evidenciam a posição empirista.

•  O processo de verificação da aprendizagem se torna artificial.

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A institucionalização da escola surgiu sob o signo da hierarquia e da

vigilância.

 QUESTÃO 48 – CURRÍCULO

Os Projetos de trabalho são uma resposta - nem perfeita, nem

definitiva, nem única - para a evolução que o professorado do centro

acompanhou e que lhe permite refletir sobre sua própria prática e

melhorá-la. Definitivamente, a organização dos Projetos de trabalho

se baseia fundamentalmente numa concepção da globalização

entendida como um processo muito mais interno do que externo, no

qual as relações entre conteúdos e áreas de conhecimento têm lugar

em função das necessidades que traz consigo o fato de resolver uma

série de problemas que subjazem na aprendizagem.

QUESTÃO 49 – ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

As dimensões de organização dizem respeito a todas aquelas que

tenham por objetivo a preparação, a ordenação, a provisão de

recursos, a sistematização e a retroalimentação do trabalho a ser

realizado. Elas objetivam garantir uma estrutura básica necessária

para a implementação dos objetivos educacionais e da gestão

escolar. Elas diretamente não promovem os resultados desejados,

mas são imprescindíveis para que as dimensões capazes de fazê-lo

sejam realizadas de maneira mais efetiva (Lück, 2008). Essas

dimensões envolvem a fundamentação conceitual e legal da

educação e da gestão educacional, o planejamento, o monitoramento

e avaliação das ações promovidas na escola, e a gestão de seus

resultados de modo que todas as demais dimensões e ações

educacionais sejam realizadas com foco na promoção da

aprendizagem e formação dos alunos, com qualidade social.

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As dimensões de implementação

são aquelas desempenhadas com a finalidade de promover,

diretamente, mudanças e transformações no contexto escolar. Elas se

propõem a promover transformações das práticas educacionais, de

modo a ampliar e melhorar o seu alcance educacional (Lück, 2008).

As competências de implementação envolvem a gestão democrática

e participativa, gestão de pessoas, gestão pedagógica, gestão

administrativa, gestão da cultura escolar e gestão do cotidiano

escolar, com foco direto na promoção da aprendizagem e formação

dos alunos, com qualidade social.

QUESTÃO 50 – CURSO ONLINE

Nos cursos online colaborativos a informação já não é mais

trabalhada de forma unidirecional – o professor falando aos alunos.

Neles prioriza-se a possibilidade da participação e emissão de

informações de todos (alunos e professor), quase que ao mesmo

tempo. Segundo Pallof e Pratt, fundamentais aos processos de

aprendizagem são as interações entre os próprios estudantes, as

interações entre os professores e os estudantes e a colaboração na

aprendizagem que resulta de tais interações. Em outras palavras, a

formação de uma comunidade de alunos, por meio da qual o

conhecimento seja transmitido e os significados sejam criados

conjuntamente, prepara o terreno para bons resultados na

aprendizagem.

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