algumas questões
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Assunto na area de pedagogiaTRANSCRIPT
PROCESSO SELETIVO – QUADRO TECNICO DO CORPO
AUXILIAR/2006
QUESTÃO 1 - HIPERTEXTO
Pierre Lévy, parte da ideia de que o hipertexto é uma definição
anterior às novas mídias, pois faz parte da própria lógica humana do
pensamento. Pierre Lévy organizou seis critérios para a
caracterização dos hipertextos.
1º Princípio da metamorfose: é o processo de constante construção e
renegociação de sentidos que se dá nos hipertextos.
2º Princípio da heterogeneidade: tanto as informações organizadas
em uma determinada seção de um hipertexto (imagens, sons, textos)
como as conexões que se estabelecem entre as diversas partes
dele(critérios lógicos, afetivos, ocasionais, etc.), têm um caráter
extremamente heterogêneo.
3º Princípio da multiplicidade e de encaixe das escalas: o hipertexto
se organiza de forma 'fractal', ou seja, cada nó ou conexão pode
revelar uma rede de novos nós ou conexões e cada novo nó pode
apresentar outro universo de conexões e assim por diante.
4º Princípio de exterioridade: a construção, definição e manutenção
da internet dependem de múltiplas interações, conexões entre
pessoas e equipamentos.
5º Princípio da topologia: nos hipertextos tudo funciona por
proximidade o curso dos acontecimentos é uma questão topológica,
relacionada à construção de caminhos.
6º Princípio da mobilidade dos centros: a rede tem uma estrutura com
múltiplos e móveis centros, que se organizam de acordo com o fluxo
da narrativa e da leitura.
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QUESTÃO 2 – Pesquisa/ENTREVISTA
A grande vantagem das entrevistas é o fato de trabalhar
questões de valores e não se limitar às variáveis predefinidas. Nas
entrevistas feitas face a face, o pesquisador busca bem interpretar o
pensamento de cada participante, entender o contexto ou o fato
segundo a observação do participante para produzir conhecimento
em profundidade e esclarecer aspectos novos de toda uma situação.
O que importa é entender a “verdade” do entrevistado.
Vantagens:
Permite a recolha de informação rica;
Bom grau de profundidade;
Permite recolher os testemunhos, interpretações dos
entrevistados, espeitando os seus quadros de referência, a
linguagem e as categorias mentais (forma de classificação);
Permite ao investigador conhecer os conceitos e a linguagem
do entrevistado;
Permite definir dimensões relevantes de atitude e avalia-las
melhor;
Permite ter em conta as motivações que determinam diversos
comportamentos;
Permite explorar muita informação;
Permite interpretar as expressões emitidas;
Dá uma boa amostragem de aspectos que se pretendem
investigar;
São flexíveis, pois permitem verificar se ambos os
intervenientes compreendem o significado das palavras e
explicar.
QUESTÃO 3 - PROCESSOS EDUCATIVOS
PERÍODO PRIMITIVO: • Não existia educação na forma de escolas;
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• Objetivo era ajustar a criança ao seu ambiente físico e social,
através da aquisição das experiências;
• Chefes de família eram os primeiros professores e em seguida os
sacerdotes.
QUESTÃO 4 – DIDÁTICA/ORGANIZAÇÃO SEQUENCIAL DE
CONTEÚDO
Para organização sequencial dos conteúdos, recomenda-se a
observância de critérios, quais sejam: sequencia lógica e coerente
com a estrutura e o objeto da disciplina; gradualidade na distribuição
adequada em pequenas etapas, considerando a experiência anterior
do aluno; continuidade que proporcione a articulação entre os
conteúdos. Integração entre as diversas disciplinas do currículo.
( Segundo Turra).
QUESTÃO 5 – CURRICULO E PROGRAMAS/ MARY RANGEL
Alguns princípios de elaboração de currículo e programas na ação
supervisora:
Acompanhar a atualização pedagógica e normativa, com
especial atenção, em ambos os casos, aos fundamentos;
Propiciar oportunidades de estudo e interlocução dos
professores, em atividades coletivas, que reúnam professores
que desenvolvem um mesmo conteúdo nas diversas séries e
níveis escolares;
Propiciar oportunidades periódicas de reavaliação de currículo e
programas;
Propiciar oportunidades de estudo e decisões coletivas sobre
material didático.
A supervisão do conteúdo implica na supervisão de currículo e
programas, contando com a participação e com oportunidades de
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estudo e integração dos professores promovidos pelo supervisor,
observando a atualização do conhecimento, dos referentes do
contexto, das normas e da didática nas escolhas de livros e material
didático, que deve ser feita em uma escolha coletiva, fundamentada,
estudada, sobre um recurso (mas não um limite) á aprendizagem do
conhecimento do aluno.
A supervisão da avaliação pode, mas uma vez estimulando o estudo,
trazer princípios e conceitos para a discussão coletiva. Entre os
princípios, conceitos da avaliação podem constituir objeto de estudo
dos professores:
A avaliação centrada na aprendizagem, mais que no ensino, ou
seja, a avaliação como meio de aprender;
A avaliação como entendimento mais amplo que o de
“verificação” de “quantidades” ou mensurações de resultados;
A avaliação como meio auxiliar do conhecimento sobre o aluno,
sua forma de compreensão, sua lógica de raciocínio;
A avaliação como meio de correções necessárias, de
professores e alunos, no curso do alcance dos objetivos.
O educador que exerce a prática supervisora tem no âmbito de sua
competência, uma das funções essenciais á formulação e á
implementação do projeto pedagógico da escola.
QUESTÃO 6 – FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO
De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do
processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de funções:
a) A avaliação diagnóstica (analítica) é adequada para o inicio
do o período letivo, pois permite conhecer a realidade na qual o
processo de ensino-aprendizagem vai acontecer. O professor tem
como principal objetivo verificar o conhecimento prévio de cada
aluno, tendo como finalidade de constata os pré-requisitos
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necessários de conhecimento ou habilidades imprescindíveis de que
os estudantes possuem para o preparo de uma nova etapa de
aprendizagem. "Para que a avaliação diagnóstica seja
possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com
uma concepção pedagógica. No caso, considerarmos que ela deva
estar comprometida com uma proposta pedagógica histórico-crítica,
uma vez que esta concepção está preocupada com a perspectiva de
que o educando deverá apropriar-se criticamente de conhecimentos e
habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico dentro
desta sociedade que se caracteriza pelo modo capitalista de
produção. A avaliação diagnostica não se propõe e nem existe uma
forma solta isolada. É condição de sua existência e articulação com
uma concepção pedagógica progressista". (LUCKESI 2003, p.82).
Esta forma de avaliação é utilizada objetivando pré-determinar
a maneira pela qual o educador deverá encaminhar, através do
planejamento, a sua ação educativa. Terá como função estabelecer
os limites para tornar o processo de aprendizagem mais eficiente e
eficaz. Esta didática pode ser considerada como o ponto de partida
para todo trabalho a ser desenvolvido durante o ano pelo educador.
Esta forma de avaliação pode ser utilizada antes e
durante o processo ensino-aprendizagem, tendo diferentes
finalidades. Sendo realizada antes do processo, tem como foco sondar
se o aluno apresenta os conhecimentos necessários para que a
aprendizagem possa ser iniciada. Se ocorrer durante o processo, será
utilizada para identificar as causas das falhas de aprendizagem e
possibilitar a implementação de recursos para corrigi-las.
É possível observar que a avaliação diagnóstica possui
três objetivos. O primeiro é identificar a realidade de cada aluno que
irá participar do processo. O segundo é verificar se o aluno apresenta
ou não habilidades e pré-requisitos para o processo. O terceiro
objetivo está relacionado com a identificação das causas, de
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dificuldades recorrentes na aprendizagem. Assim é possível rever a
ação educativa para sanar os problemas.
b) A avaliação formativa(controladora) é aquela que tem como
função controlar, devendo ser realizada durante todo o período letivo,
com o intuito de verificar se os estudantes estão alcançando os
objetivos propostos anteriormente.Esta função da avaliação visa,
basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e
hierarquicamente cada etapa da aprendizagem, antes de avançar
para outra etapa subsequente de ensino-aprendizagem.
É com a avaliação formativa que o aluno toma conhecimento
dos seus erros e acertos e encontra estimulo para continuar os
estudos de forma sistemática. Para que esta forma de avaliação
ocorra é necessário que seja controlada, porque orienta o estudo do
aluno ao trabalho do professor, também podemos dizer que é
motivadora porque evita as tensões causadas pela as avaliações
tradicionais. A avaliação formativa permite ao
professor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar,
auxiliando na reformulação do seu trabalho didático, visando
aperfeiçoá-lo. Para que seja realizada com eficiência, ela deve ser
planejada em função de todos os objetivos, deste modo o instrutor
continuará seu trabalho ou irá direcionar de modo que a maioria dos
alunos alcance plenamente todos os objetivos propostos.
Por depender mais da
sensibilidade e do olhar técnico do educador, esse formato de
avaliação fornece mais informações que permitem a customização do
trabalho do professor com base nas necessidades de cada aluno.
Nesse sentido a avaliação é um instrumento de controle da qualidade,
tendo como maior objetivo um ensino de excelência em todos os
níveis.
c) A avaliação somativa (classificatória), tem como função
básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um
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curso ou unidade de ensino. Classificando os estudantes de acordo
com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos.
Atualmente a classificação dos estudantes se processa segundo
o rendimento alcançado, tendo por base os objetivos previstos. Para
Bloom (1983), a avaliação somativa "objetiva avaliar de maneira geral
o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao
longo e final de um curso".
É através deste tipo de avaliação que são fornecidos aos
estudantes os chamados feedback que informa o nível de
aprendizagem alcançado, se este for o objetivo central da avaliação
formativa; e presta-se à comparação de resultados obtidos, visando
também a atribuição de notas.
Essas três funções da avaliação devem ser vinculadas ou
conjugadas para se garantir a eficiência e eficácia do sistema de
avaliação e assim tendo como resultado final a excelência do
processo ensino-aprendizagem. Por outro lado, é importante lembrar,
que é necessário em todos os casos levar em conta a realidade
administrativa da instituição como, por exemplo, o número de alunos,
objetivos, conhecimento técnico do professor, materiais, etc.
Qualquer decisão nas formas de como avaliar é preciso
envolver direção, professor, alunos e responsáveis (quando é o caso).
Se entendermos que a forma atual de avaliação está ruim, todos
precisam se comprometer com o novo processo de melhorá-la, e isso
envolve muitas mudança, sendo o processo longo, assim como todo
processo de ensino-aprendizagem.
QUESTÃO 7 - COMPUTADOR
Taylor (1980) classifica os softwares educativos em tutor (o
software que instrui o aluno), tutorado (software que permite o aluno
instruir o computador) e ferramenta (software com o qual o aluno
manipula a informação). Assim, o tutor equivale aos programas do
polo onde o computador ensina o aluno. Os softwares do tipo tutorado
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e ferramenta equivalem aos programas do polo onde o aluno "ensina"
o computador.
QUESTÕES 8 – HIPERTEXTO (ANDREA RAMAL)
Um hipertexto é subversivo com relação à forma. Ele amplia os
recursos expressivos do texto escrito na possibilidade de articular
imagens, palavras e sons. E, se não podemos dizer que amplie os
recursos da oralidade, pelo menos verificamos que modifica as suas
condições, na medida em que acrescenta à fala e à narração a
possibilidade de vínculo com a palavra escrita e as ilustrações. Ocorre
ainda a subversão na hierarquia interna do texto: imagens falam,
muitas vezes, mais do que palavras. A ilustração conquista o espaço
da mensagem. Imagem e som ganham o status de "linguagem" e,
portanto, invade o espaço do significante escrito para tornar-se,
também elas, novos textos, concebidos com diferentes modelos e
igualmente relevantes para a comunicação social. A imagem
disponibilizada na Internet e acessada pelo aluno passa a ser também
mediadora para o conhecimento do mundo.
O hipertexto é subversivo até com relação à postura física do
leitor. Do livro de rolo, que não permitia ler, comparar e fazer
anotações ao mesmo tempo, já que o leitor devia segurá-lo com
ambas as mãos para poder correr o texto, ao livro encadernado, que
permite virar as páginas, mas sempre em sequencia, uma após outra
(e nunca uma e outra), passamos a um texto totalmente maleável.
Poderá não ter, e isso é certo, os encantos do papel ou do
pergaminho; mas nos permite a visibilidade das janelas, a abertura
das múltiplas caixas de texto, os recursos de cortar e colar
fragmentos, a infinidade de dobras caleidoscópicas.
QUESTÕES 9 – CURRICULO/HIPERTEXTO (ANDREA RAMAL)
A estruturação de um currículo em rede é uma das
possibilidades de inovação na realidade dos atuais cursos de
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formação docente. Nesse modelo, deve ser aproveitado o potencial
subversivo e provocador de mudanças próprio de determinado uso
das novas tecnologias, sintetizado aqui no conceito de
hipertextualidade.
QUESTÃO 10 - ADMINISTRAR A PROGRESSÃO DAS
APRENDIZAGENS
A escola é inteiramente organizada para favorecer a progressão
das aprendizagens dos alunos e não se pode programar as
aprendizagens humanas como a produção industrial de objetos, ou
seja, é preciso, às vezes, tomar decisões estratégicas.
Existe um movimento rumo à individualização dos recursos de
formação e à pedagogia diferenciada, tendo em vista a progressão de
cada aluno. Os ciclos de aprendizagens plurianuais estão inseridos
neste contexto, com o objetivo de proporcionarem uma melhor
progressão de aprendizagem.
Existem vários tópicos a serem observados nas decisões de
progressão, dentre eles estão:
Conceber e administrar situações-problema ajustadas ao nível
e às possibilidades dos alunos;
Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino;
Estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de
aprendizagem;
Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem,
de acordo com uma abordagem formativa;
Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões
de progressão.
QUESTÃO 12 – ESCOLA NOVA/DISCIPLINA
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Relação aluno/professor – o aluno é o centro do processo
(pedocentrismo). Como a escolha dos conteúdos gira em torno dos
interesses infantis, o professor se esforça por despertar a atenção e a
curiosidade da criança, tornando-se apenas um facilitador da
aprendizagem.
Conteúdo – o processo do conhecimento é mais importante do que o
produto, o conteúdo que é objeto de aprendizagem precisa ser
compreendido, não decorado.
Metodologia – A Escola não está voltada apenas para o intelecto. O
corpo também é valorizado, por meio das atividades de educação
física e do desenvolvimento da motricidade; Programas e horários
tornam-se maleáveis, a fim de atender os ritmos individuais;
privilegiar a pedagogia da ação significa equipar a Escola com
laboratórios, oficinas, hortas, etc.
Avaliação – é compreendida como um processo válido para o próprio
aluno, não para o professor, por isso, não visa apenas os aspectos
intelectuais, mas também as atitudes e aquisição de habilidades.
Disciplina – é necessário preparar para a autonomia, ou seja,
estimular a responsabilidade e a capacidade de crítica e estabelecer a
disciplina voluntária. (discussão e consenso).
QUESTÃO 15 – OBSERVAÇÃO
Marconi e Lakatos (2003, p. 190) definem observação como
“uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza
os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não
consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou
fenômenos que se desejam estudar”.
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Gil (1999) destaca que na observação os fatos são percebidos
de forma direta, sem que haja qualquer tipo de intermediação, sendo
considerada uma vantagem, em comparação aos demais
instrumentos.
Segundo Gil (1999, p. 111) e Marconi e Lakatos (2003, p. 191-
192) a observação apresenta as seguintes vantagens e limitações:
a. Vantagens – possibilita meios diretos e satisfatórios para estudar
uma ampla variedade de fenômenos; propicia a coleta de dados
sobre um conjunto de atitudes comportamentais; permite obter
dados não contemplados em questionários e entrevistas.
b. Limitações – a presença do pesquisador pode provocar alterações
no comportamento dos observados; os acontecimentos podem
ocorrer simultaneamente, dificultando a coleta dos dados; fatores
imprevistos podem interferir na tarefa do pesquisador; algumas
informações podem não ser acessíveis ao pesquisador.
c. Estratégias e instrumentos: escolhidos para cada situação, em
particular, de acordo com os objetivos propostos.
QUESTÇÃO 16 – SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
A educação é uma das atividades básicas de todas as
sociedades humanas, pois a sobrevivência de qualquer sociedade
depende da transmissão de sua herança cultural aos jovens. Toda
sociedade, portanto, utiliza os meios necessários para perpetuar sua
herança cultural e ensinar aos mais jovens os costumes do grupo.
Assim, a educação é o processo pelo qual a sociedade procura
transmitir suas tradições, costumes e habilidades, isto é, sua cultura
aos mais jovens. A criança se torna socializada porque aprende as
regras de comportamento do grupo em que nasceu. A educação é
uma socialização. Do ponto de vista sociológico, portanto, a educação
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é a ação pela qual as gerações adultas transmitem sua cultura às
gerações mais Jovens. A educação visa a transmitir ao indivíduo o
patrimônio cultural para integrá-lo à sociedade e aos grupos que a
constituem; visa, por conseguinte, a socializar, a ajustar os indivíduos
à sociedade e, ao mesmo tempo, a desenvolver suas potencialidades
e as da própria sociedade. (Extraído de “Introdução à Sociologia da
Educação”, de Pérsio Santos de Oliveira).
QUESTÃO 19 – AVALIAÇÃO E MEDIDA
QUESTÃO 20 – LEI 9.394/96
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
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finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura,
o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e
da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial.
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QUESTÃO 21 – TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS/TENDÊNCIA
LIBERAL TECNICISTA / A DIDÁTICA TECNICISTA
São informações, princípios científicos, leis, etc., estabelecidos e
ordenados numa sequencia lógica e psicológica por especialistas. É
matéria de ensino apenas o que é redutível ao conhecimento
observável e mensurável. Os conteúdos decorrem, assim, da ciência
objetiva, eliminando-se qualquer sinal de subjetividade. O material
instrucional encontra-se sistematizado nos manuais, nos livros
didáticos, nos módulos de ensino, nos dispositivos audiovisuais, etc. O
conteúdo se torna insignificante, abstrato e instrumental, sendo
centralizado na organização racional do processo de ensino. O mais
importante são os objetivos a serem alcançados e é a partir desses
objetivos que todos os conteúdos são estruturados.
QUESTÃO 22 – Consultoria
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Um fator importante com relação ao papel do supervisor está
ligado à análise do planejamento do currículo escolar, sendo que este
deve ser acompanhado desde a sua execução dando ênfase na
avaliação contínua, isso reforça a necessidade, segundo Lück (2008,
p. 20) na "somatória de esforços e ações desencadeadas com o
sentido de promover a melhoria da qualidade do processo ensino-
aprendizagem".
Neste processo de promoção o supervisor deve conhecer o
funcionamento da educação escolar, suas relações com o contexto
histórico-social e o desenvolvimento humano, seus níveis e
modalidades de ensino. Além disso, precisa conhecer também:
Os fundamentos teóricos que dão sustentabilidade no ensino e
na aprendizagem;
Os princípios e valores norteadores da prática pedagógica;
As normas e diretrizes que orientam todos os níveis e
modalidades de ensino;
Socializar e conduzir as práticas pedagógicas e as possíveis
interferências no cotidiano escolar;
Promover a autonomia da instituição escolar envolvendo a
comunidade; priorizar pela formação continuada dos educadores
valorizando-os através de um trabalho coletivo respeitando as
especificidades pessoais de todos os participantes.
QUESTÃO 26 – CONSTITUIÇÃO DE 1891
A Constituição de 1891 foi a primeira da História do Brasil após
a Proclamação da República. Sua elaboração começou em novembro
de 1890, com a instalação da Constituinte na cidade do Rio de
Janeiro. Ela foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891.
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A primeira constituição republicana teve como
função principal estabelecer no país os princípios do regime
republicano, seguindo o sistema de governo presidencialista. Com
algumas características liberais, apresentou grandes avanços se
comparada com a Constituição do Brasil Império de 1824.
Principais características da Constituição de 1891
- Implantação da república federativa, com governo central de vinte
estados membros.
- Estabelecimento de uma relativa e limitada autonomia para os
estados.
- Grande parte do poder concentrado no governo federal (poder
executivo).
- Divisão dos poderes em três: executivo (presidente da república,
governadores, prefeitos), legislativo (deputados federais e estaduais,
senadores e vereadores) e judiciário (juízes, promotores, etc).
- Estabelecimento do voto universal masculino. Ou seja, somente os
homens poderiam votar. Além das mulheres, não podiam votar:
menores de 21 anos, mendigos, padres, soldados e analfabetos.
Direitos dos cidadãos e educação
No tocante aos direitos dos cidadãos, a Constituição determinava
que:
- Todos eram iguais perante a lei.
- Ninguém poderia ser obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão
em virtude da lei.
- Liberdade de culto religioso.
- Estabelecimento do ensino leigo em estabelecimentos públicos.
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- Extinção de privilégios relacionados ao nascimento ou títulos de
nobreza adquiridos na época da monarquia.
- Liberdade de reunião e associação, porém sem uso de armas.
- Garantia de liberdade de imprensa e expressão de opiniões. Não
estabelece censura, porém cada pessoa fica responsável por abusos
cometidos.
- Liberdade de exercício de qualquer profissão industrial, moral e
intelectual.
- Liberdade para entrar e sair do país com seus bens, exceto em
tempos de guerras.
QUESTÃO 27 - Lei 9.394/96
Do Direito à Educação e do Dever de Educar
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será
efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17
(dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação
dada pela Lei nº 12.796, de 2013).
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de
idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013).
III - atendimento educacional especializado gratuito aos
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis,
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etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de
ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013).
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio
para todos os que não os concluíram na idade própria; (Redação
dada pela Lei nº 12.796, de 2013).
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos,
com características e modalidades adequadas às suas necessidades e
disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as
condições de acesso e permanência na escola;
QUESTÂO 28 – PROGRAMAS DE SIMULAÇÃO
Simulação: apresentam na tela, a modelagem de um sistema ou
situação real, utilizando gráficos e imagens animadas. São programas
bastante úteis quando não é possível se ter experiência real.
Oferecem um ambiente exploratório, onde o usuário/aluno pode
tomar decisões e comprovar, em seguida, as consequências. Com a
ajuda destes programas, torna-se mais simples ensinar temas
complexos ou impossíveis de observar. [...] Este programa permite o
aprimoramento das habilidades de lógica matemática e de resolução
de problemas.
QUESTÃO 29 – MEMÓRIA
Em geral, ao falar em memória, nos referimos à capacidade de
lembrar o que foi de algum modo vivido. Tentando abranger os
diversos aspectos do funcionamento da memória, diríamos que ela
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corresponde à aquisição, fixação, evocação e reconhecimento de
informações resultantes de percepção e aprendizagem.
Aquisição consiste no contato com a informação. É importante
destacar que nem tudo o que ocorre à nossa volta é realmente
adquirido. A aquisição não se refere apenas a impressões sensoriais
(o que se vê, escuta etc.); ela inclui tudo o que seja de alguma forma,
vivido pelo sujeito. O segundo atributo da memória é a fixação.
Adquirido e fixado o material, espera-se que se torne acessível a uma
evocação (que possa ser lembrado). Ao tentarmos recuperar uma
informação armazenada, costumamos evocar informações erradas
junto à informação correta. É como se a memória fosse um fichário, e
ao recolhermos uma ficha, recolhêssemos também as que lhe
estivessem próximas. Nesse momento cumpre um trabalho de
reconhecimento, pelo qual o dado correto é identificado e utilizado, e
os que lhe vieram unidos são rejeitados.
QUESTÃO 30 – ETAPAS DA AVALIANÇÃO (TURRA)
A avaliação deverá acompanhar cada etapa da aprendizagem e,
portanto, deverá ser contínua, gradual, constante, cumulativa,
coerente e cooperativa.
Os princípios da avaliação da avaliação: determinar e tornar
claro o que vai ser avaliado; selecionar técnicas de avaliação
adequadas; utilizar técnicas variadas para uma avaliação mais
fidedigna; ter consciência dos limites e possibilidades dessas
técnicas; considerar que a avaliação não é fim em si mesma, mas um
meio para lançar determinados fins.
QUESTÃO 31 – Abordagem da supervisão pedagógica
Alarcão (in Rangel, 2001), por sua vez, faz referências a 6
abordagens: (1) artesanal - numa perspectiva mestre aprendiz, (2)
comportamentalista - de natureza mecanicista e racional, (3) clínica -
a sala de aulas é vista a principal ferramenta de observação, ou seja,
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visto como um laboratório, portanto muito redutora, (4) reflexiva com
intenções formativa e dinâmica, (5) ecológica - que considera “as
dinâmicas sociais e, sobretudo a dinâmica do processo sinergético da
interação entre o sujeito e o meio que o envolve” (idem, p.19) e a (6)
dialógica – valorizando-se o “papel da linguagem no diálogo
comunicativo, na construção da cultura profissional e no respeito pela
alteralidade assumida na atenção a conceder à voz do outro e na
consideração de supervisores e professores como parceiros na
comunidade profissional”
QUESTÃO 35 – INTELIGÊNCIAS MULTIPLAS
A Teoria das Múltiplas Inteligências (M.I.) de Howard Gardner
revolucionou o campo da psicologia cognitiva ao ultrapassar a noção
comum de inteligência como "capacidade ou potencial geral que cada
ser humano possui em maior ou menor extensão" e ao questionar a
suposição de que a inteligência "possa ser medida por instrumentos
verbais padronizados como testes de respostas curtas realizados com
papel e lápis." Para abarcar adequadamente o campo da cognição
humana, Gardner considera que é necessário " (. . .) incluir um
conjunto muito mais amplo e mais universal de competências do que
comumente se considerou". Nesta direção, o autor define inteligência
como "a capacidade de resolver problemas ou de criar produtos que
sejam valorizados dentro de um ou mais cenários culturais.".
QUESTÃO 37 – AVALIAÇÃO
Segundo LIBÂNEO (1994), podemos definir avaliação escolar
como um componente do processo de ensino, definir, a avaliação
escolar como um componente do processo de ensino que visa,
através de verificação e qualificação dos resultados obtidos,
determinar a correspondência destes com os objetivos propósitos, e,
daí orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas
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seguintes. Nos momentos do processo de ensino, são tarefas de
avaliação a verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa.
a) Verificação: coletas de dados sobre o aproveitamento dos
alunos, através de provas, exercícios e tarefas ou de meios auxiliares,
como observação de desempenho, entrevistas etc.
b) Qualificação: comprovação dos resultados alcançados em
relação aos objetivos e, conforme o caso, atribuição de notas ou
conceitos.
c) Apreciação qualitativa: avaliação propriamente dita dos
resultados, referindo-os a padrões de desempenho esperados.
QUESTÃO 38 - Lei 9.394/96
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Art. 43. A educação superior tem por finalidade:
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito
científico e do pensamento reflexivo;
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento,
aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua;
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica,
visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e
difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do
homem e do meio em que vive;
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e
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comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras
formas de comunicação;
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e
profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando
os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura
intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo
presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços
especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de
reciprocidade;
VII - promover a extensão, aberta à participação da população,
visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação
cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.
QUESTÃO 39 - O PLANEJAMENTO ESCOLAR - JOSÉ CARLOS
LIBÂNEO.
O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a
previsão das atividades em termos de organização e coordenação em
face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no
decorrer do processo de ensino. O planejamento é um meio para
programar as ações docentes, mas é também um momento de
pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação. Há três
modalidades de planejamento, articulados entre si o plano da escola,
o plano de ensino e o plano de aulas.
A INSDISCIPLINA NA CLASSE
Uma das dificuldades mais comuns enfrentadas pelo professor é
o que se costuma chamar de “controle da disciplina”. Dizendo assim,
dá a impressão de que existe uma chave milagrosa que o professor
manipula para manter a disciplina. Não é assim. A disciplina da classe
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está diretamente ligada ao estilo da prática docente, ou seja, à
autoridade profissional, moral e técnica do professor. Quanto maior a
autoridade do professor (no sentido que mencionamos), mais os
alunos darão valor às suas exigências.
A autoridade profissional se manifesta no domínio da
matéria que ensina e dos métodos e procedimentos de ensino, no
tato em lidar com a classe e com as diferenças individuais, na
capacidade de controlar e avaliar o trabalho dos alunos e o trabalho
docente. A autoridade moral é o conjunto das
qualidades de personalidade do professor: sua dedicação profissional,
sensibilidade, senso de justiça, traços de caráter.
A autoridade técnica constitui o conjunto de
capacidades, habilidades e hábitos pedagógico-didáticos necessários
para dirigir com eficácia a transmissão e assimilação de
conhecimentos aos alunos. A autoridade técnica se manifesta na
capacidade de empregar com segurança os princípios didáticos e o
método didático da matéria, de modo que os alunos compreendam e
assimilem os conteúdos das matérias e sua relação com a atividade
humana e social, apliquem os conhecimentos na prática e
desenvolvam capacidades e habilidades de pensarem por si próprios.
A disciplina da classe
depende do conjunto de características do professor, que lhe
permitem organizar o processo de ensino. Entre os requisitos para
uma boa organização do ensino destaca-se:
1. Um bom plano de aula, onde estão determinados os objetivos, os
conteúdos, os métodos e procedimentos de condução da aula;
2. A estimulação para aprendizagem que suscite a motivação dos
alunos;
3. O controle da aprendizagem, incluindo a avaliação do rendimento
escolar,
4. O conjunto de normas e exigências que vão assegurar o ambiente
de trabalho escolar favorável ao ensino e controlar as ações e o
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comportamento dos alunos.
Além de determinar o que farão o professor e os alunos no
período escolar, o plano de aula regula a distribuição do tempo, a
passagem planejada de uma atividade para outra. Dessa forma, o
professor e os alunos como que antecipem o andamento sistêmico da
aula, reduzindo as interferências, as conversas inadequadas e as
desobediências.
A motivação dos alunos para a aprendizagem, através de
conteúdos significativos e compreensíveis para eles, assim como de
métodos adequados, é fator preponderante na atitude de
concentração e atenção dos alunos. Se estes estiverem envolvidos
nas tarefas, diminuirão as oportunidades de distração e de
indisciplina. A aprendizagem não é uma atividade que nasce
espontaneamente dos alunos; o estudo muitas vezes não é uma
tarefa que eles cumprem com prazer. Por mais que o professor
consiga a motivação e o empenho dos alunos e os estimule com
elogios e incentivos, deverá obrigá-los a fazer o que eles não querem.
Nesse caso, os alunos devem estar cientes de que o não
cumprimento das exigências terá consequências desagradáveis.
Além desses requisitos, que, bem
encaminhamos, contribuem para a manutenção do necessário clima
de trabalho, há necessidade de normas EXPLÍCITAS de funcionamento
da classe. Tais normas não devem ser tomadas como único meio de
controle da classe.
QUESTÃO 40 – PLANEJAMENTO ESCOLAR
Um bom plano de aula deve ter as seguintes características:
clareza, objetividade, coerência, exequibilidade e flexibilidade.
É preciso o plano ser claro e objetivo para não ficar nem muito
longo, nem confuso. Com outras palavras, é deixar de rodeios e dizer
com poucas palavras e com as palavras certas o que se pretende
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alcançar. Quando o plano 58 é claro e vai diretamente aos pontos
importantes, as pessoas entendem o que se quer e podem se
empenhar na sua realização. A coerência é indispensável em um
plano de aula, pois, tudo funciona como uma engrenagem onde uma
peça depende da outra para o bom funcionamento da mesma. Isso
mostra que as atividades devem ser selecionadas em função dos
objetivos propostos; os recursos devem ser adequados às atividades
e aos objetivos; o tempo deve ser suficiente para que as atividades
possam ser desenvolvidas e os recursos possam ser utilizados; a
avaliação deve ser proposta de modo que possa oferecer informações
contínuas e precisas sobre o que está sendo desenvolvido e
alcançado. Outra boa característica de um plano de aula é a
exeqüibilidade que nada mais é que a possibilidade de realização e
esta possibilidade aumenta quando ele está adequado à realidade da
escola, dos professores, dos alunos, etc.. Portanto, a exeqüibilidade é
a característica que torna possível a realização de um plano. Por isso,
é importante que se faça primeiro aquele diagnóstico das condições
(ao qual já fizemos referência), para que possamos planejar para a
realidade. Já a flexibilidade é um fator crucial do plano de aula que
depende muito do professor que o aplica. Um plano deve ser um
auxiliar do professor, e não uma camisa-de-força que amarra
professores, alunos, ou quem quer que esteja envolvido no
planejamento
QUESTÃO 41 – CURRÍCULO
As tecnologias alteraram para sempre a forma de
produzir/interagir com o conhecimento. Assim, Ramal (2002, p. 185-
186), apoiada em Lévy (1993, 1999) e em Bakhtin (1988), aponta
para a construção do currículo em rede, com as seguintes
características:
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a) Metamorfose. Esse currículo se transforma conforme as
necessidades, o momento, o contexto e os interesses dos alunos e
os objetivos dos educadores. Nesse sentido, “aprender se aproxima
do reconstruir com feições novas”.
b) Mobilidade dos centros. Nesse currículo há pontos e conteúdos
de uma imensa malha heterogênea que podem ser ativados ou
não, conforme a pertinência e o percurso da pesquisa, de modo
interdisciplinar, e com várias formas de conexão, às quais se pode
ter acesso de forma imediata. Nesse currículo não há, portanto, um
único centro, nem conteúdos mais importantes, mas nós da rede
curricular igualmente funcionais e multiconectados, que sempre
dão lugar a novas paisagens. Nesse caso, “aprender se aproxima
de pesquisar”.
c) Interconexão. A organização desse currículo é fractal, ou seja,
qualquer parte da rede, mesmo separada, contém uma nova rede e
se integra a um todo complexo. Nesse sentido, “aprender se parece
com navegar”.
d) Exterioridade. Esse currículo funciona através de um diálogo
permanente com o exterior. Nesse caso, “aprender é deslocar-se
na rede e para além da rede”.
e) Hipertextualidade. Esse currículo é constituído por grande
variedade de textos – verbais e não-verbais. Há a integração das
diversas mídias, articuladas com os conteúdos na produção, na
negociação e na interpretação dos sentidos. Nesse sentido,
“aprender é construir hiperlinks”.
f) Polifonia. Nesse currículo há lugar para o interculturalismo, para
o diálogo interdisciplinar, das diversas vozes, vindas dos diferentes
lugares sociais. Nesse sentido, “aprender é dialogar”.
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QUESTÃO 42 – Escola Tradicional
A escola se institucionaliza de maneira mais complexa a partir
do Renascimento e da Idade Moderna, quando se exige o
confinamento dos alunos em internatos, a separação por idade, a
graduação em séries, a organização de currículos e o recurso dos
manuais didáticos. A visão da criança como frágil, sujeita à corrupção,
leva à exigência de uma disciplina severa, cujo melhor exemplo está
na escola jesuítica. Outra forte tendência se configura na rejeição da
escola medieval, de inspiração religiosa e excessivamente
contemplativa, e na reivindicação de uma escola realista, adaptada
ao mundo moderno, que se encontra em transformação.
Quanto aos níveis superiores de escolarização,
surge a necessidade de transmissão dos conhecimentos advindos das
novas ciências, bem como o estimulo para novas descobertas, a fim
de que a tecnologia se desenvolva ainda mais.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
• A educação tradicional é magistrocêntrica (centrada no professor e
na transmissão dos conhecimentos).
• O conteúdo visa a aquisição de noções, dando-se ênfase ao
esforço intelectual de assimilação dos conhecimentos. " Valorização
do passado com destaque ao estudo das "obras-primas".
" Metodologia: aula expositiva, exercícios de fixação, submissão a
horários e currículos rígidos, leituras e cópias repetitivas,
despreocupação com as diferenças individuais.
• Avaliação valorizando os aspectos cognitivos.
• Todas essas características evidenciam a posição empirista.
• O processo de verificação da aprendizagem se torna artificial.
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A institucionalização da escola surgiu sob o signo da hierarquia e da
vigilância.
QUESTÃO 48 – CURRÍCULO
Os Projetos de trabalho são uma resposta - nem perfeita, nem
definitiva, nem única - para a evolução que o professorado do centro
acompanhou e que lhe permite refletir sobre sua própria prática e
melhorá-la. Definitivamente, a organização dos Projetos de trabalho
se baseia fundamentalmente numa concepção da globalização
entendida como um processo muito mais interno do que externo, no
qual as relações entre conteúdos e áreas de conhecimento têm lugar
em função das necessidades que traz consigo o fato de resolver uma
série de problemas que subjazem na aprendizagem.
QUESTÃO 49 – ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
As dimensões de organização dizem respeito a todas aquelas que
tenham por objetivo a preparação, a ordenação, a provisão de
recursos, a sistematização e a retroalimentação do trabalho a ser
realizado. Elas objetivam garantir uma estrutura básica necessária
para a implementação dos objetivos educacionais e da gestão
escolar. Elas diretamente não promovem os resultados desejados,
mas são imprescindíveis para que as dimensões capazes de fazê-lo
sejam realizadas de maneira mais efetiva (Lück, 2008). Essas
dimensões envolvem a fundamentação conceitual e legal da
educação e da gestão educacional, o planejamento, o monitoramento
e avaliação das ações promovidas na escola, e a gestão de seus
resultados de modo que todas as demais dimensões e ações
educacionais sejam realizadas com foco na promoção da
aprendizagem e formação dos alunos, com qualidade social.
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As dimensões de implementação
são aquelas desempenhadas com a finalidade de promover,
diretamente, mudanças e transformações no contexto escolar. Elas se
propõem a promover transformações das práticas educacionais, de
modo a ampliar e melhorar o seu alcance educacional (Lück, 2008).
As competências de implementação envolvem a gestão democrática
e participativa, gestão de pessoas, gestão pedagógica, gestão
administrativa, gestão da cultura escolar e gestão do cotidiano
escolar, com foco direto na promoção da aprendizagem e formação
dos alunos, com qualidade social.
QUESTÃO 50 – CURSO ONLINE
Nos cursos online colaborativos a informação já não é mais
trabalhada de forma unidirecional – o professor falando aos alunos.
Neles prioriza-se a possibilidade da participação e emissão de
informações de todos (alunos e professor), quase que ao mesmo
tempo. Segundo Pallof e Pratt, fundamentais aos processos de
aprendizagem são as interações entre os próprios estudantes, as
interações entre os professores e os estudantes e a colaboração na
aprendizagem que resulta de tais interações. Em outras palavras, a
formação de uma comunidade de alunos, por meio da qual o
conhecimento seja transmitido e os significados sejam criados
conjuntamente, prepara o terreno para bons resultados na
aprendizagem.
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