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Algumas dicas de apoio ao estudo dos alunos Professora: Teresa Olaio 2010/2011

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Algumas dicas de apoio ao

estudo dos alunos

Professora: Teresa Olaio

2010/2011

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Resumo: O que é? Para que serve? Como fazer?

Fazer um resumo de um texto consiste em extrair de um texto mais extenso todas as ideias fundamentais, eliminando os aspectos secundários.

Por vezes, parece-te que um texto é demasiado grande e que tem informação "a mais". Fazer bons resumos simplifica a tarefa de estudar, pois aquele texto enorme que te parecia ter demasiada informação fica bem mais fácil de aprender. Ajuda também a transmitir as nossas ideias de forma breve, clara, rigorosa e original Para fazeres um bom resumo, deverás:

Ler o texto e tentar compreendê-lo, identificando as ideias principais parágrafo a parágrafo; para isso, recorre aos sublinhados e aos esquemas, que ajudarão a organizar o texto e os parágrafos. Escrever o teu resumo respeitando o conteúdo do texto e o pensamento do autor excluindo pormenores desnecessários e substituindo ideias repetidas ou semelhantes por uma única ideia-chave. Não copies frases do texto, tenta utilizar a tua própria linguagem.

No final, deverás ler o teu resumo e avaliá-lo, corrigindo os aspectos que achares necessário. Verifica se tem as ideias principais, se a ideia do autor está respeitada e se o texto se percebe bem. Por fim, aperfeiçoa a linguagem do texto: ortografia, construção de frases, etc.

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Como fazer um sublinhado?

Sublinhar é colocar um risco debaixo das ideias, detalhes e notas mais importantes do texto que se está a ler ou a estudar.

Sublinhar um texto é uma forma de estar mais atento e de captar melhor o que se lê.

Com o sublinhado pretende destacar-se aquilo que de mais importante surge no texto.

Permite ainda facilitar a memorização dos conhecimentos e fazer revisões mais facilmente e é meio caminho andado se precisares de fazer um resumo. Como fazer?

Podes utilizar um lápis ou caneta bicolor, com o vermelho (ou outra cor) sublinham-se os títulos e as ideias mais importantes; o azul (ou outra cor) ficará para as classificações e para as notas explicativas. Deves também sublinhar as palavras e frases que venham a itálico ou em letra mais carregada (negrito) e tudo o que se encontre de especial interesse. Podes utilizar diferentes tipos de sublinhados, para distinguires diferentes tipos de ideias.

Regras para sublinhar bem:

Depois de leres o texto, na segunda leitura, tenta distinguir o que é essencial. Selecciona então os elementos de informação mais importantes para sublinhares. Sublinha as frases que contêm esses elementos, de forma que, ao lê-las, de imediato te forneçam a ideia fundamental. Dá mais importância às definições e ideias-chave. Não abuses dos traços e das cores. Em geral, basta destacar uma frase ou duas por parágrafo. Lembra-te que sublinhar tudo é o mesmo que não sublinhar nada. Sublinha de forma a que, ao leres só os sublinhados, te lembres de todo o texto e percebas o seu sentido. Assim, quando fores fazer revisões da matéria, terás o trabalho muito facilitado.

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Sublinha apenas livros pessoais. Não deves sublinhar os livros que te emprestam, seja um amigo ou a biblioteca. Além de uma falta de respeito, o sublinhado só funciona bem para quem o fez, pois cada pessoa tem o seu método próprio.

Notas à margem do texto

Além dos sublinhados, podes também utilizar um código e fazer notas à margem do texto chamando assim a atenção para diversos pontos. Por exemplo:

Código

Significado

! importante; ideias a realçar.

V Concordo

X não concordo

def. definição ou conceito

_____ aviso

? dúvidas

Esquemas

Os esquemas mais não são do que enunciados de palavras-chave, em torno das quais é possível arrumar grandes quantidades de conhecimentos. Representam uma enorme economia de palavras e oferecem a vantagem de destacar e visualizar o essencial do assunto em análise, podendo ainda ser facilmente reformulados.

A sua utilização ajuda-nos a compreender e a recordar os acontecimentos, a estabelecer relações entre eles ou entre diversos factores e a compreender a influência que esses acontecimentos ou factores exercem uns sobre os outros.

Há vários tipos de esquemas: lineares, quando organizam a informação na horizontal e na vertical; circulares, se organizam a informação em círculo; piramidais, se a informação se dispõe em forma de pirâmide; e sistemáticos, quando a informação se organiza em forma de quadro, representando as relações de interdependência de um fenómeno.

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Para fazeres um esquema, deves começar por apreender as ideias-

chave do texto e ordená-las, escolhendo para isso o tipo de esquema mais adequado.

Usa setas para estabelecer relações entre os conceitos, (considerando que a seta ------> significa causa/efeito e a seta <-------> quer dizer inter-relação).

TRABALHO DE GRUPO: PORQUÊ?

Muitas vezes os professores pedem aos alunos que trabalhem em grupo.

Mas, quais as vantagens de trabalhar em grupo? Hoje em dia, são cada vez mais as profissões onde trabalhar em grupo é

uma metodologia normal de trabalho. Assim, será de todo conveniente que aprendas a trabalhar em grupo.

O trabalho cooperativo, dentro ou fora da aula, e as relações de ajuda são muito importantes porque vão permitir que o aluno trabalhe melhor e desenvolva a sua personalidade. Permite ainda o desenvolvimento da cooperação e do respeito pelos outros, atitudes básicas de quem vive em sociedade.

Como vês, o trabalho de grupo é importante para o teu desenvolvimento pessoal e social.

A aprendizagem exige um esforço pessoal e solitário, mas há momentos em que se ganha mais se cooperarmos com os colegas.

Vejamos então as vantagens de trabalhar em grupo:

VANTAGENS DE TRABALHAR EM GRUPO:

Permite trocar e enriquecer ideias; Aumenta os conhecimentos que cada um tem; Desenvolve o diálogo, a cooperação e o respeito pelos outros; Desenvolve a responsabilização, quer individual, quer em grupo.

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Para que o trabalho de grupo seja rentável existem regras que se devem respeitar. Vejamos quais são: REGRAS DO TRABALHAR EM GRUPO:

Estabelecer, com os companheiros do grupo, as regras de funcionamento, nomeadamente as datas de trabalho e a escolha de um líder ou porta-voz; Planificar o trabalho: definir os objectivos do trabalho e distribuir tarefas, tendo em conta o tempo e a informação disponíveis; Participar no trabalho, cumprindo as tarefas destinadas; Respeitar a opinião dos outros, não rindo nem troçando se for diferente da nossa; Evitar as discussões e cultivar o diálogo para a resolução de conflitos ou divergências Não deixar o trabalho todo para os outros elementos do grupo; Não falar de assuntos que não estejam relacionados com o trabalho a desenvolver.

Testes/Provas e Fichas

Os testes, fichas de avaliação ou exames são dos momentos mais importantes da tua vida escolar. Deves preparar-te bem e com antecedência para conseguires bons resultados.

O medo ou alguma ansiedade são normais e, até certo ponto preparam-te para a acção, na medida em que é necessária alguma adrenalina para enfrentares o desafio que é uma avaliação. Tudo o que te exija velocidade de raciocínio, esforço, concentração, resistência, destreza implica que estejas alerta, activo, atento. Antes do teste:

Estuda com tempo. Estudar apenas na véspera normalmente dá maus resultados e não te deixa tempo para tirares todas as dúvidas. A véspera deve ser reservada para uma revisão final da matéria.

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Treina-te a dar as respostas possíveis, por exemplo resolvendo testes antigos ou os testes formativos do manual. Um jogo de perguntas e respostas, que podes fazer com os teus colegas, costuma dar bons resultados.

Procura dormir bem: a frescura física é uma condição essencial para ter sucesso numa prova de avaliação.

Encara as provas com autoconfiança: o medo excessivo é um obstáculo ao êxito escolar.

Traça previamente um plano de estudo dos conteúdos e reserva, para a véspera da prova, a revisão final.

Volta a ler os sublinhados do texto do manual, as anotações e os apontamentos para consolidares os teus conhecimentos.

Durante a realização da prova:

Não te esqueças de levar todo o material necessário à realização da prova Lê todo o enunciado da ficha antes de responderes, pois poderás tomar as atitudes mais correctas quanto à distribuição do tempo e à forma de organização das respostas.

Distribui o tempo pelas várias perguntas, tendo o cuidado de deixar os últimos 5 ou 10 minutos para uma leitura/revisão das respostas.

Procura captar sempre o sentido exacto das questões, conhecendo previamente o significado de termos como Define, Interpreta, Explica, Analisa, Comenta, Relaciona. Lembra-te de que perguntas mal compreendidas serão mal respondidas.

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Faz uma lista de tópicos antes de começares a responder. Em seguida, ordena-os de forma lógica e coerente e, só depois, elabora a resposta.

Começa a responder às perguntas mais simples e fáceis. Em caso de dificuldade, não te deixes bloquear e passa imediatamente a outra questão.

Responde de forma clara e segura. Evita falar daquilo que não dominas bem.

Cuida a caligrafia pois a legibilidade de um texto facilita a sua avaliação. Se o professor não conseguir ler a tua resposta não poderá considerá-la certa.

Após a entrega/correcção da prova:

Quaisquer que sejam os resultados, solicita ao professor um comentário à tua ficha.

Em casa, consulta o manual e responde às questões em que tiveste mais dificuldades. Recorre de novo ao professor se ainda tiveres alguma dúvida.

Se tiveres uma nota baixa, não encares o resultado com derrotismo. Assume a responsabilidade e, sobretudo, lembra-te de que é apenas um aviso de que deves estudar mais ou melhorar os teus métodos de estudo. Confia em ti e não desanimes.

Se obtiveste uma boa classificação, orgulha-te do resultado mas não o encares com triunfalismo. Continua a trabalhar, pois essa é a chave para o êxito.

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Trabalhos escritos: Regras

Realizar um trabalho escrito é pegar num tema, clarificá-lo e tomar uma posição sobre o mesmo. Para isso, deve-se utilizar bibliografia adequada. Quando é pedido a um aluno que realize um trabalho, supõe-se que demonstre competências nos domínios de:

recolha de informação (capacidade de pesquisa, de leitura e de síntese); tratamento rigoroso da informação (saber citar um texto de outrem, etc); organização da informação; apresentação do trabalho de acordo com as regras estabelecidas.

Seguem-se as etapas que qualquer aluno terá que atravessar para realizar um bom trabalho escrito de pesquisa.

Quando o trabalho é proposto pelo professor, o aluno tem de

compreender muito bem o tema que se pretende: o tema tem que ser bem definido. Quando o trabalho é da livre iniciativa do aluno, este deve escolher o tema tendo em conta três critérios fundamentais:

a capacidade individual - não deve escolher tarefas superiores às suas capacidades; as fontes de consulta - é necessária a existência de documentação para consulta e se está ou não acessível; o tempo que dispõe - se o tempo for curto, há necessidade de limitar a investigação. Se o aluno souber com rigor o que se pretende com o trabalho, evitará

atrapalhações e dificuldades na sua elaboração. Deverá escolher um tema que vá de encontro aos seus interesses.

Uma vez escolhido o tema que o aluno vai abordar, este deve começar

por saber que obras tratam desse tema e se estão à sua disposição (bibliotecas, livrarias, etc...).

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As fontes de informação mais acessíveis são as obras escritas que o aluno tem ao seu dispor na biblioteca da escola. Para recolha dessa informação existem três fontes essenciais:

dicionários: definem o sentido das palavras; enciclopédias: oferecem uma visão geral do assunto; livros especializados: desenvolvem os temas.

No entanto, existem outras fontes que podem ser consultadas:

meios de comunicação: jornais, revistas, internet; entrevistas directas: a pessoas competentes na matéria; visitas de estudo. Quando existem muitas fontes que o aluno pode consultar põe-se a

pergunta: Por onde começar?

Deve-se sempre começar pela consulta de uma obra de informação geral sobre o tema, por exemplo uma enciclopédia ou um manual.

A recolha de informação poderá ser feita através de: tomada de notas pequenos resumos palavras-chave esquemas/mapas Poderá ser também utilizada uma ficha bibliográfica que serve para registar

informação, de modo a que se possa constantemente aumentá-la e consultá-la. Eis um exemplo: 1. Biblioteca e localização respectiva do livro (cota). 2. Referência bibliográfica das obras consultadas.

Depois de reunida toda a informação, é conveniente elaborar um plano do trabalho para evitar que este seja vago e confuso porque não existiu uma ordenação das ideias.

Deste plano resultará: a divisão do trabalho em capítulos e/ou subcapítulos; os aspectos ou ideias que se vão apresentar.

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A informação deve ser seleccionada conforme o tema em estudo. Deverá

ser eliminada toda a informação supérflua e confusa e a isto chama-se filtragem da informação.

Após a filtragem, é necessário ordenar as ideias. Ordenar é "arrumar" as informações numa sequência lógica. Para tal, pode -se fazer um índice esquemático ou uma lista de palavras ou ideias-chave.

Este plano do trabalho poderá ser alterado durante a elaboração do trabalho De acordo com o plano, procuram-se as informações nas fontes já citadas.

Feito este plano, poder-se-á estabelecer uma calendarização provisória. Para isso consulta o final desta ficha. ETAPA: REDACÇÃO DO TRABALHO

Se foi feito um bom plano a redacção do trabalho será muito mais fácil. Eis algumas sugestões que deves ter em conta quando redigires o trabalho:

nunca utilizes termos ou conceitos sem os definires; procura utilizar frases afirmativas em vez de frases negativas; constrói frase curtas; procura que cada parágrafo corresponda a apenas uma ideia; procurar espaçar as linhas, sem exagerar, a fim de facilitar a leitura. Deverás utilizar o itálico ou o sublinhado nos seguintes casos: títulos de livros, poesias, filmes, canções, peças de teatro e obras de arte; palavras estrangeiras; frases ou palavras que queiras evidenciar. De um modo geral, um trabalho escrito deverá conter por esta ordem: capa,

índice, introdução, desenvolvimento, conclusão, bibliografia e anexo (facultativo). CAPA

A capa é a montra do teu trabalho. É a primeira imagem que surge associada ao teu trabalho e não te esqueças: a primeira impressão conta muito. A capa pode ser simples (só com os elementos essenciais - nome da escola, título do trabalho, nome da disciplina, identificação do aluno - nome, ano, turma, número - e data) ou pode conter desenhos, gravuras e fotografias alusivas ao seu conteúdo.

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FOLHA DE ROSTO

É a folha que vem logo depois da Capa e apresenta uma identificação mais detalhada sobre o Trabalho, nomeadamente: * O nome da Escola; * A disciplina a que se destina o trabalho e o nome do professor;

.

* O título do trabalho; * O nome dos autores, ano, turma e número; * Data e ano lectivo. ÍNDICE

Aqui são listados com numeração todos os títulos e subtítulos que utilizaste ao longo do trabalho. Deves indicar a página correspondente a cada um de acordo com a paginação geral do trabalho, que é iniciada na página de rosto e que corresponde à página 1. Usando o Word para criar índices: Índice automático Quantas vezes ficaste furioso com os pontinhos ou tracinhos do índice? O índice automático poupa essa trabalheira toda e deixa tudo certinho. Só tens de catalogar todos os títulos do trabalho e inserir o índice.· Como catalogar os títulos?

Clica em "Formatar" > "Estilos e Formatação". Selecciona o título (ou subtítulo) e clica em Título 1 (ou título 2). Atenção: todos os títulos e subtítulos têm de ser catalogados, por forma a aparecerem no Índice. Podes fazer o mesmo com imagens, tabelas ou quadros se quiseres fazer um índice diferente para estes. Como inserir o índice automático? Clica em "Inserir" > "Referência" > "Índices" no local onde queres que o índice apareça.

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INTRODUÇÃO

Na introdução, informa-se o leitor sobre o tema que se vai tratar e como se vai tratá-lo. Pode-se também referir os motivos da escolha do tema, as dificuldades encontradas para o estudar e as vantagens de estudar o assunto, bem como outras informações que se considerem importantes.

DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento ou corpo do trabalho é a sua parte central. Deve ser redigido em texto e não por tópicos e pode ser ilustrado. Pode dividir-se em várias partes (capítulos ou subcapítulos). Este texto é escrito tendo por base as informações recolhidas. Podem ser feitas citações dos autores consultados. As citações devem ser curtas e devem estar bem destacadas entre aspas. Exemplo: "As armas e os barões assinalados/ Que da ocidental praia Lusitana...". Se retirarmos uma parte do texto, devemos assinalá-lo com parêntesis curvos ou rectos, ou seja, assim (...ou assim [...]. Teremos depois de referir o autor e a obra de onde se retirou a citação.

Muitos alunos limitam-se a copiar textos inteiros sem fazer qualquer referência às fontes de onde tiraram a informação. Isto é completamente errado! Deve-se, sempre que copiamos o que os outros disseram, fazer-se citações. CONCLUSÃO

A conclusão é obviamente o final do trabalho. Deve ser breve e nela se faz uma síntese do assunto que se desenvolveu anteriormente. BIBLIOGRAFIA

Para indicação da bibliografia deve indicar-se por esta ordem os seguintes aspectos, separados por vírgulas:

último nome do autor, isto é o apelido, em maiúsculas, seguido de vírgula e do nome próprio (CAMÕES, Luís de); título da obra em itálico ou sublinhado; número do volume; nome da editora; local da edição;

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data da edição (se não tiver data de edição escreve-se s/d, que significa sem data).

Exemplo: CAMÕES, Luís de, Os Lusíadas, Figueirinhas, Porto, 1978. Na lista bibliográfica, os autores devem ficar por ordem alfabética de apelidos. Se a publicação não tiver autor definido, o título deve ser escrito em maiúsculas. Exemplo: NOVA ENCICLOPÉDIA VERBO JUVENIL, volume V, Editorial Verbo, Lisboa 1977. Para saberes mais sobre como fazer citações bibliográficas ou elaborar bibliografias, consulta a secção Referências bibliográficas e citações: Como fazer? ANEXOS

Os anexos podem ser mapas, gravuras, fichas inquéritos, gráficos, e outros documentos. Servem para completar e fundamentar as afirmações feitas ao longo do trabalho. ªE ILUSTRAÇÃO DO TRABALHO

APRESENTAÇÃO

Uma boa apresentação, agrada à vista e influencia positivamente quem lê. Para que uma trabalho tenha um aspecto agradável dever-se-á:

usar folhas lisas, brancas, de formato A4; escrever apenas de um dos lados da folha; a primeira página deverá ser a capa; na segunda página, apresentar o índice; na terceira página, apresentar a introdução e nas seguintes o desenvolvimento do trabalho; na última folha, dever-se-á inserir a bibliografia e de seguida os anexos, caso existam; pôr títulos e subtítulos de forma bem saliente e numerados;

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deixar margens do lado da página que permitam anotações por parte do professor e a encadernação do trabalho; fazer uma caligrafia legível quando não for possível utilizar computador ou máquina de escrever; não entregar folhas riscadas ou cheias de emendas; numerar as páginas, excepto a capa; numerar e legendar todas as figuras; pôr capas protectoras no trabalho - folha de acetato, cartolinas, etc.

Se usares um processador de texto para fazeres o trabalho, por exemplo o Microsoft Word, podes recorrer a algumas das suas funcionalidades para melhorar a apresentação do trabalho:

A. CABEÇALHO E RODAPÉ

Estes elementos são utilizados para identificar as páginas do teu trabalho. Geralmente, no cabeçalho coloca-se o nome da escola e o nome do trabalho e no rodapé coloca-se o nome dos autores do trabalho, a data e o nº da página. Como inserir cabeçalho e rodapé? Clica em "Ver" > "Cabeçalho e Rodapé"

B. PAGINAÇÃO

A paginação começa na folha de rosto, sendo que só aparece a partir da Introdução. Por exemplo, numa sequência que tem Folha de Rosto - Sumário - Introdução, a Introdução é portanto a página de número 3. O número da página pode ser inserido em qualquer dos cantos da folha, mas o mais utilizado é no canto inferior direito. Como inserir o número de página? Clica em "Inserir" > "Número de Página"

C. NOTAS DE RODAPÉ (topo)

São muito úteis quando queres chamar a atenção do leitor para determinado facto. Geralmente utiliza-se para associar Anexos ao texto ou para fazer uma referência bibliográfica a uma citação utilizada no texto.

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Como fazer notas de rodapé? Clica em "Inserir" > "Referência" > "Notas de rodapé"

D. LETTERING

Deves utilizar tipos de letra simples, como o Arial, e corpo de texto 12 (nos títulos podes utilizar 14). O espaçamento entre linhas deve ser de 1,5.

E. ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS

Deixa o texto respirar. Se as linhas estiverem muito juntas, os teus textos irão parecer uma enorme mancha, retirando-lhes visibilidade. O ideal é deixar 1.5 entre linhas para se ler melhor. Como formatar o espaçamento entre linhas (parágrafo)? Clica em "Formatar"> "Parágrafo"

F. MARGENS

É preciso ter muita atenção com as margens. O lado esquerdo da folha deve ter sempre espaço suficiente para a encadernação. As restantes margens têm de ter dimensão suficiente para o texto "respirar". Medidas: Margem superior: 3 cm Margem inferior: 2,5 cm Margem da direita: 2,5 cm Margem da esquerda: 2,5 cm

G. FORMATO

O melhor formato é o A4 vertical ou horizontal. Para além de facilitar a impressão e a encadernação, facilita a leitura e a arrumação. ILUSTRAÇÃO

Qualquer tema pode ser ilustrado recorrendo a gravuras, fotografias, mapas, gráficos, etc. Todas as imagens devem estar sempre relacionadas com o texto e deverão ser colocadas próximo do assunto que ilustram. Deverão ter sempre uma legenda explicativa. PA: IMPRESSÃO

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Se fizeste o teu trabalho num processador de texto, a etapa que se

segue é a da impressão. Regra número um: assegura-te que tens sempre um tinteiro a mais em casa. A qualquer momento pode faltar a tinta na impressora.

Se o trabalho tiver mais que vinte páginas, vai imprimindo aos poucos. Por vezes falta a tinta ou as folhas encravam na impressora e são desperdiçadas várias folhas.

Nunca deixes a impressora sozinha. Pode ser uma seca estar ali a olhar para as folhas a sair da impressora, mas mais vale prevenir que remediar. Muitas vezes a impressora "engole" mais que uma folha ou as folhas encravam. Por isso é melhor ficar de olho nela. : ENCADERNAÇÃO

A última tarefa é a encadernação. As duas formas mais utilizadas são as argolas ou as baguetes. As argolas são mais práticas, mas exigem uma máquina própria. Com as baguetes, tu próprio podes fazer a encadernação, acrescentando uma folha de cartolina para a contracapa e uma folha de acetato para a capa. RESUMINDO:

Para levar a bom termo a realização de um trabalho escrito deve-se: Escolher os temas de acordo com a capacidade individual, as fontes de consulta e o tempo disponível; Definir com clareza os objectivos do trabalho; Procurar informações nas bibliotecas, mas não desprezar outras fontes; Arrumar as ideias em esquema, antes de começar a redigir, Não copiar sem citar; Transcrever com fidelidade as ideias dos outros; Identificar as fontes de informação;

Cuidar da apresentação do trabalho; Pedir a orientação do professor nas várias etapas do trabalho.

Bibliografia consultada: GOMES, Isabel e outros, Eu vou fazer um trabalho, Porto Editora, Porto,1995.

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Bibliografia

Existem Normas Portuguesas para a elaboração de referências bibliográficas, embora se possam seguir diferentes estilos na forma como os diferentes elementos são apresentados. Cumprir estas normas significa uniformidade e uma maior facilidade de compreensão do que é referenciado. Os elementos a considerar numa referência bibliográfica são normalmente os mesmos para todos os tipos de documentação e para todos os estilos de citação , embora a ordem pela qual são apresentados possa variar conforme o estilo adoptado. Estes elementos incluem: nome do autor, título, , nº da edição local da publicação, editora, data da publicação volume, ISBN páginas da obra ou páginas relativas à publicação referenciada. Vamos ver agora alguns exemplos:

Livros de um só autor Autor (Apelido, Nome) – Título do livro. N.º da edição (excepto se for a 1.ª, que não se menciona). Local de edição: Editor, ano de edição. ISBN.

Exemplo: CAMÕES, Luís de – Os Lusíadas. 1.ª ed. Lisboa: Rei dos Livros, 2002. ISBN 972-51-0186-3.

Livro de vários autores: Quando existir mais do que um autor, devem ser colocados os nomes de todos os autores na lista de referências bibliográficas. No texto, quando existirem dois autores, colocar o último nome de ambos separados por e mas, se existirem mais do que dois autores, colocar apenas o nome do primeiro autor, seguido de et al. (que significa "e colaboradores") Exemplo: CUNHA, C. e CINTRA, L. - Breve gramática do Português contemporâneo. 9ª edição, Lisboa: Edições João Sá da Costa, 1996

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MARQUES, Adhemar et al - História Contemporânea através de textos. 10ª edição, São Paulo: Contexto, 2004.

Autor Colectividade Quando o autor duma obra é uma colectividade (instituição) o seu nome escreve-se como aparece na fonte. Quando o autor duma obra é uma instituição subordinada ( Ministério, Direcção Geral) sem autonomia administrativa, o seu nome, inscreve-se depois da circunscrição territorial Exemplos: INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTIVA – Censos 2001. Lisboa: INE, 2003. ISBN 972-673-602-1 PORTUGAL. Ministério da Saúde: Direcção - Geral da Saúde - ………….

Volumes ou partes de livros Autor (Apelido, Nome) – Título do volume ou parte. In Apelido (do autor da monografia), primeiros nomes (do autor da monografia) – Título da monografia. Local de publicação: Editor, ano de publicação. ISBN. Localização da monografia. Exemplo: TOLKIEN, J. R. R. - A irmandade do anel. In "O senhor dos anéis". 13.ª ed. Mem Martins : Europa-América, 2002. ISBN 972-1-04102-5. vol. 1.

Contribuições em livros (capítulo com autoria própria)

AUTOR (APELIDO, Nome) – Título do livro. Nº da edição (excepto se for a 1º, que não se menciona). Local de edição: Editor, ano de edição. Págs. em que se encontra o capítulo. ISBN. ou AUTOR do capítulo (APELIDO, Nome) – Título do capítulo. AUTOR da obra (APELIDO, Nome) – Título do livro. Nº da edição (excepto se for a 1º, que não se menciona). Local de edição: Editor, ano de edição. Pags. Em que se encontra o capítulo. ISBN.

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Exemplos: SILVA, Augusto Santos; PINTO, José Madureira – Metodologia das ciências sociais. Porto: Ed. Afrontamento, 1986. p. 216- 249. ou JESUÍNO, Jorge Correia – O método experimental nas ciências sociais. In: SILVA, Augusto Santos; PINTO, José Madureira – Metodologia das ciências sociais. Porto: Ed. Afrontamento, 1986. p. 216- 249.

Artigos de revistas, jornais, etc.

Autor (Apelido, Nome) – Titulo do artigo. Nome da revista (sublinhado). Local de edição. ISSN. Vol., n.º (data de publicação) Páginas em que se encontra o artigo. Exemplo: FIGUEIREDO, M. O. – Factores de estabilidade estrutural associados ao arranjo dos catiões nas estruturas dos compostos iónicos. Revista Portuguesa de Química. Lisboa. ISSN 0035-0419. Vol. 23, n.º 4 (1981), p. 250-256. Documentos electrónicos Autor (Apelido, Nome) – Título. Tipo de suporte (entre parêntesis rectos). Edição. Local de publicação: Editor, Ano de publicação: Data de acesso. ISBN Exemplo: HARNACK, Andrew, KLEPPINGER, Eugene, – Online! A Reference Guide to Using and Citing Internet Sources. [Em linha]. 2003. [Consult. 11 de Março de 2005 ]. Disponível em: http://www.bedfordstmartins.com/online/index.html ESPECIFICAÇÕES DOS ELEMENTOS DAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (ELEMENTOS E CASOS MAIS COMUNS) AUTORES · Autor desconhecido: o título figura como primeiro elemento da referência e é escrito todo em letras maiúsculas. · Autor colectividade instituição ou colectividade eventual( congressos, grupos, simpósios, jornadas, etc.): a colectividade figura como autor

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EDITOR · Desconhecido: utiliza-se a expressão latina «sine nomine» abreviada e entre parêntesis recto [s. n] LOCAL DE EDIÇÃO · Desconhecido: utiliza-se a expressão latina «sine loco» abreviada e entre parêntesis rectos [s.l] DATA DE EDIÇÃO · Desconhecida: utiliza-se a expressão abreviada [s.d] Quando numa mesma obra forem omissos vários dos elementos anteriormente referidos faz-se a sua referência dentro dum único parêntesis [ ]. Bibliografia FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE BIBLIOTECÁRIOS - ISBD (M) : descrição bibliográfica internacional normalizada das publicações monográficas. Coimbra: F.I.A.B., 1997. NP 405 - 1. 1994, Informação e Documentação - Referências bibliográficas : Documentos impressos. IPQ. NP 405 - 2. 1998, Informação e Documentação - Referências Bibliográficas. Parte 2: Materiais não livro. IPQ. NP 405 - 4. 2003, Informação e Documentação - Referências Bibliográficas. Parte 4: Documentos electrónicos. IPQ.