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Page 1: alfa   Web viewO imaginário e a internet como instrumentos de alfabetização. Bruno Miguel da Silva . CARDOSO. Humberto Oliveira Santana . MARINHO. Vicente de . ALMEIDA

O imaginário e a internet como instrumentos de alfabetização

Bruno Miguel da Silva CARDOSO

Humberto Oliveira Santana MARINHO

Vicente de ALMEIDA

Vitor Modesto ROSA

Universidade de São Paulo

Faculdade de Educação

Curso: Pedagogia / Noturno

Endereço eletrônico: [email protected]

RESUMO

Sabemos que também a criança é capaz de construir conceitos a partir de uma

realidade, não sendo mera receptora de informações e mecanismos. Há características

próprias no pensamento infantil. Nesse sentido, o professor deveria estar atento à lógica

da criança durante todas as atividades propostas, estabelecendo desafios,

problematizando, exercendo um papel de mediador diretivo entre o conhecimento do

aluno e o conhecimento universal. Assim, objetivamos desenvolver e aplicar atividade

lúdica de alfabetização. A atividade foi aplicada na turma “primeiro ano A” no período

da tarde do ensino fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor

Airton Arantes Ribeiro localizada no Jardim São Luis no município de Santo Amaro,

durante a aula de informática. A atividade, no geral, foi prazerosa porque através da

observação conseguimos perceber o olhar curioso e interessado dos alunos em utilizar a

ferramenta da internet como fonte de pesquisa e não somente como entretenimento ou

diversão.

Palavras chaves: alfabetização, desenvolvimento de plano de aula, internet.

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DEPOIMENTO

Partindo do pressuposto de que o conhecimento está permanentemente em

construção e que esta se faz em função das necessidades do real, sabemos que também a

criança é capaz de construir conceitos a partir de uma realidade, não sendo mera

receptora de informações e mecanismos1-3.

Há características próprias no pensamento infantil; assim, a diferença entre o

pensamento da criança e o pensamento do adulto é mais qualitativa do que quantitativa,

ou seja, a criança não é um adulto em miniatura e seu nível de compreensão do real

obedece a uma lógica própria a cada etapa de seu desenvolvimento5-6.

Nesse sentido, o professor deveria estar atento à lógica da criança durante todas

as atividades propostas, estabelecendo desafios, problematizando, exercendo um papel

de mediador diretivo entre o conhecimento do aluno e o conhecimento universal4. Ora, o

conhecimento universal, o histórico deste conhecimento na área da linguagem deve ser

do domínio do professor para que este possa exercer o seu papel de mediador4.

Do ponto de vista pedagógico, acredita-se ser importante que o professor leve a

criança a construir todas as relações possíveis entre os objetos, nas construções do seu

próprio brincar. Assim, proporcionando a ela, um aprendizado prazeroso e eficiente1-6.

Assim, foi proposto a nós o desenvolvimento e aplicação de atividade lúdica de

alfabetização. A qual foi realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental

Professor Airton Arantes Ribeiro Professor Airton Arantes Ribeiro é localizada no

Jardim São Luis no município de Santo Amaro, um bairro pobre da periferia da capital

de São Paulo. A escola conta com 14 salas frequentadas no período da tarde pelos

seguintes alunos: 3 salas de 4° série, 3 salas de 3° série, 3 salas de 2° série, 3 salas de 1°

série, 1 sala de leitura e 1 sala de informática, sendo que esta última é provida de 30

computadores de frente para a televisão digital de 50 polegadas fixada na parede. Esta

sala de aula é frequentada por todos os alunos da escola, as séries iniciais do ensino

Fundamental I e as outras séries do ensino Fundamental II.

O plano de aula (anexo 1) foi elaborado durante a disciplina metodologia do

Ensino de Português: a Alfabetização e aplicado na turma “primeiro ano A”, período da

tarde, do ensino fundamental da EMEF Professor Airton Arantes Ribeiro durante a aula

de informática. Com acompanhamento da professora Vilma Cebolli de Santana.

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O primeiro contato das crianças conosco, foi de pequena timidez, pois para a

maioria do grupo era o primeiro contato com elas, mas devido ao tipo da atividade

proposta e sua forte relação com o cotidiano essa barreira foi vencida facilmente, pois o

tema super-heróis permitiu grande envolvimento.

No começo da atividade cada aluno pesquisou na internet sobre seu super-herói

favorito e após algum tempo, foi realizada votação para escolher qual super-herói teria

sua história descrita. O que gerou euforia, mas que aos poucos foi sendo contida e foi

possível a construção do texto coletivo.

A elaboração coletiva do texto com os alunos aconteceu de forma gradativa e

orientada, onde cada aluno opinava a respeito do super-herói escolhido e todas as falas

foram registradas no programa Word.

Alguns alunos que ainda estão no nível pré-silábico tiveram dificuldades em

escrever o texto, neste sentido houve a necessidade de uma atenção maior de nossa parte

em ajudá-los a digitar as palavras, no entanto isto não prejudicou o trabalho, a presença

da professora de informática na sala também ajudou bastante, uma vez que os alunos

estão aprendendo a linguagem do Windows para conhecer o teclado e utilizar os

recursos do computador.

A atividade de um modo geral foi prazerosa porque, através da observação,

conseguimos perceber o olhar curioso e interessado dos alunos em utilizar a ferramenta

da internet como fonte de pesquisa e não somente como entretenimento ou diversão,

mas isso somente aconteceu devido à contextualização da atividade com seus

cotidianos, onde fantasiam seus super-heróis e assim se inseriram com mais prazer e

vontade para a realização da tarefa proposta de redigir texto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. FERREIRO, Emília. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 2001.

2. FREINET, Celestin. O texto livre. Lisboa: Dinal livros, 1976.

3. FREIRE, Madalena. Apaixão de conhecer o mundo. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

1985.

4. GERALDI, João Wanderley. (Org.) O texto na sala de aula. Leitura e produção.

Campinas: UNICAMP, 1984.

5. PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

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6. VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. 2. ed., São Paulo: Martins

Fontes, 1988.

ANEXO

Anexo 1 – Plano de Aula

Professores Estagiários: Bruno Miguel da Silva Cardoso, Humberto Oliveira Santana

Marinho, Vicente de Almeida e Vitor Modesto Rosa.

Tema: Super-heróis

Conteúdo: Escrever pequenos textos.

Objetivo geral: Leitura, escrita e interpretação de textos.

Objetivos específicos: Incentivar a busca de informações, não apenas no sentido de

copiar e colar imagens e textos, mas investigar e refletir sobre aquilo que é pesquisado.

Utilizar o computador com os alunos para listar nomes de personagens, identificar

parágrafos, vírgulas, ponto final e outros símbolos gramaticais. Fazer a reescrita de

pequenos textos das histórias dos super - heróis.

Aula: Cada aluno acompanhará a pesquisa realizada no GOOGLE sobre vários super

heróis desde Batman, Homem Aranha, Mulher Gato, Homem de Ferro entre outros.

Logo em seguida os alunos selecionam os personagens e fazem a identificação visual

das imagens, destacam trechos de suas histórias e depois fazem uma eleição no final da

aula para escolher quais destes personagens terão um texto coletivo digitado no WORD

pelos próprios alunos.

Recursos didáticos: Computador, papel e impressora.

Avaliação: Desenvolvimento de pequenos textos acompanhados pelo professor com as

ideias e opiniões dos alunos sobre a reflexão das histórias dos super-heróis.

Referências: Geraldi (1984), Freinet (1976), Ferreiro (2001) e Smolka (2001)