talassemia alfa

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Universidade Federal do Maranhão Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Biologia Liga Acadêmica de Genética Médica Ciclo de Seminários - LAGeM Talassemia Alfa Augusto Júnior Ciências Biológicas

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Page 1: Talassemia Alfa

Universidade Federal do Maranhão

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Departamento de Biologia

Liga Acadêmica de Genética Médica

Ciclo de Seminários - LAGeM Talassemia Alfa

Augusto Júnior

Ciências Biológicas

Page 2: Talassemia Alfa

1. INTRODUÇÃO

Talassemia Alfa é uma hemoglobinopatia

hereditária ou adquirida, caracterizada por síntese

diminuída das cadeias de alfa-globina que levam a um

quadro clinico variável, dependendo do número de

alelos mutados.

(Sonati MF, 1991).

Page 3: Talassemia Alfa

HEMOGLOBINA

A hemoglobina (fre

quentemente abreviada

como Hb) é uma

metaloproteína que

contém ferro presente

nos glóbulos vermelhos

(eritrócitos) e que permite

o transporte

de oxigénio pelo sistema

circulatório.

Page 4: Talassemia Alfa

GLOBINAS

Page 5: Talassemia Alfa

SÍNTESE DE GLOBINAS

Cerca de 97% das hemoglobinas são formadas

por cadeias de globinas Alfa e Beta, cada uma contendo

em sua estrutura 141 e 146 aminoácidos,

respectivamente (Antonarakis ES, 2011).

Page 6: Talassemia Alfa

Qualquer alteração quantitativa na síntese de

cadeia alfa ou beta acarretaria uma baixa formação de

hemoglobinas (Weatherall DJ, 2004).

Page 7: Talassemia Alfa

TALASSEMIA ALFA

Não produção Produção reduzida

Page 8: Talassemia Alfa

BASE GENÉTICA

• Hereditária ou adquirida;

• Autossômica recessiva

• Existem 4 talassemias alfa diferentes e

distintas;

• 4 genes responsáveis pela síntese;

• Mutações: principalmente deleções;

Page 9: Talassemia Alfa

BASE GENÉTICA

“As formas hereditárias são as mais comuns e

atingem, pelo menos, 20% da população brasileira, dos

quais 17% são assintomáticos (Weatherall DJ, 1997).”

Page 10: Talassemia Alfa

BASE GENÉTICA

Existem 4 subtipos da doença, os quais são

determinados pelo tipo de alterações genéticas

presentes nos pacientes

1. Portador

assintomático: quando

ocorre a perda de

apenas um gene alfa

por deleção, não

havendo

manifestação clínica

da doença;

2. Traço alfa

talassêmico: ocorre

quando há deleção de

dois genes alfas, os

pacientes também são

assintomáticos na

perspectiva clínica,

porém um

hemograma

provavelmente

revelará anemia

microcítica;

3. Doença de

Hemoglobina H:

ocorre quando há

perda de três genes

alfas por deleção.

4. Hidropsia Fetal: é a

forma mais agressiva

da doença, onde

ocorre deleção dos

quatro genes alfa. É

um

tipo incompatível com

a vida, levando a

hepatomegalia severa

e morte fetal.

Page 11: Talassemia Alfa

T-ALFA ADQUIRIDA

O desenvolvimento das talassemias adquiridas

ocorre muito raramente, sendo sua ocorrência, na

maioria dos casos já descritos, por associação com

doenças hematológicas, entre as quais se destacam a

eritroleucemia, doenças linfo e mieloproliferativas

crônicas e agudas, e anemia sideroblástica.

Page 12: Talassemia Alfa

ASPECTOS CLÍNICOS

1. Portador do Tipo Assintomático

Não ocorrem manifestações hematológicas, as

hemácias desse tipo de portador não são microcíticas. Há

uma pequena queda na taxa de produção de cadeias

alfas que apenas é observado no período neonatal

(Cançado RD, 2006).

Hemácias

microcíticas: são as

hemácias que

possuem um

tamanho menor do q

o normal

Page 13: Talassemia Alfa

ASPECTOS CLÍNICOS

2. Portador do Tipo Traço Alfa Talassêmico

O paciente é caracterizado por possuir anemia

hipocrômica microcítica leve, ocasionada por mutação ou

deleção em dois genes alfa. Os níveis de HbA estão baixos ou

na faixa inferior da normalidade. Principalmente no período

neonata ocorre microcitose nos eritrócitos do sangue do

cordão. Em alguns casos há uma discreta hipocromia e

microcitose na vida adulta (Naoum PC, 1997).

Microcitose é a

diminuição do

tamanho dos

eritrócitos

As anemias microcíticas e

hipocrômicas são as mais

prevalentes no mundo e sua

causa é o descompasso entre a

síntese de hemoglobina e a

proliferação eritróide, tornando as

hemácias menores pela falta de

conteúdo em seu estroma

elástico (OLIVEIRA; POLI NETO,

2004; GUALANDRO, 2000).

Page 14: Talassemia Alfa

ASPECTOS CLÍNICOS

3. Portador do Tipo Doença de Hemoglobina H

O quadro clínico varia de acordo com a quantidade de

Hb produzida. Essa variação está relacionada aos diversos

determinantes da doença. Ocorre a alteração da morfologia

eritrocitária, anemia hemolítica crônica e esplenomegalia.

Ainda pode ocorrer outras complicações como infecções,

cálculos biliares e deficiência de ácido

fólico (Borges E, 2001).

Esplenomegalia:

aumento no volume

do baço

Page 15: Talassemia Alfa

ASPECTOS CLÍNICOS

4, Portador do Tipo Hidropsia Fetal

Nesses casos ocorre a hidropisia fetal por

hemoglobinas Bart's, o que acarreta constantemente

em abortos ou morte logo após o nascimento. É

observado também o aumento do baço e do fígado

nos recém-nascidos (Naoum PC, 1997).

Hidropsia fetal é uma

complicação que

gera edema em um

feto em

desenvolvimento ,

no útero, que aparece

em pelo menos dois

locais diferentes.

Page 16: Talassemia Alfa

TRATAMENTO

Page 17: Talassemia Alfa

TRATAMENTO

1. Portador do tipo silencioso

Em alguns casos, pode se fazer necessária a

suplementação com ferro, porém, com apenas uma

mutação, o paciente em sua grande maioria é

assintomático.

Page 18: Talassemia Alfa

TRATAMENTO

2. Portador do traço talassêmico

Segundo a Associação Brasileira de Brasileira de

Talassemias (ABRASTA), somente se faz necessário

tratamento caso seja recomendado pelo médico, sendo

necessárias possivelmente apenas algumas transfusões

para suplementação de ferro.

Page 19: Talassemia Alfa

3. Doença da hemoglobina H

Se faz necessário o início de tratamento com

suplementação de ferro e ácido fólico, sendo necessária

transfusão de sangue periódica durante a vida. Tal medida

se torna essencial, pois podem evitar possíveis

complicações que podem afetar o bem-estar e expectativa

de vida do paciente.

TRATAMENTO

Page 20: Talassemia Alfa

4. Hidropisia Fetal

• O feto costuma sobreviver no útero até o terceiro

trimestre da gestação;

• Sofrendo de anemia grave;

• Hipóxia (baixo teor de oxigênio no sangue);

• Falha cardíaca;

TRATAMENTO

Page 21: Talassemia Alfa

TRATAMENTO

A mãe deve imprescindivelmente estar sob

cuidados médicos devido as possíveis complicações,

sendo frequente a hipertensão e desenvolvimento de

pré-eclâmpsia. (LIANG et al, 1985). De acordo com

ABRASTA, esse quadro clínico leva a morte do bebê

ainda no útero materno, ou logo após o nascimento.

A pré-eclâmpsia

ocorre quando uma

mulher grávida tem

pressão arterial

elevada, além de

outras complicações

Page 22: Talassemia Alfa

DIAGNÓSTICO

1. Hemograma

Deve ser feito imediatamente nas crianças como

uma primeira análise, visto que o hemograma não é um

exame específico para o diagnóstico de talassêmias,

porém, o mesmo poderá revelar de imediato se o paciente

possui algum tipo de anemia ou alteração sanguínea.

Page 23: Talassemia Alfa

DIAGNÓSTICO

2. Eletroforese de Hemoglobina

A eletroforese de hemoglobinas é de essencial

importância no diagnóstico de talassemias. Seus resultados

permitem o estabelecimento ou a exclusão de

hemoglobinopatias e talassemias, constituindo importante e

amplo procedimento diagnóstico. A presença de variantes

de hemoglobina e alterações nas quantidades de

hemoglobinas normais pode ser facilmente detectada por

este método.

Page 24: Talassemia Alfa

• PCR

Gap-PCR Multiplex, desenvolvida por CHONG et al (2000), que possui sete

pares de iniciadores que flanqueiam as regiões correspondentes às

deleções mais comuns já derscritras:

• -α 3.7

• -α 4.2

• SEA

• MED

• -α 20.5

• -- FIL

• -- THAI).

DIAGNÓSTICO

3. Biologia Molecular

Page 25: Talassemia Alfa

A talassmeia alfa é uma das hemoglobinopatias de

diagnóstico mais difícil, por falhas na interpretação dos

resultados. Por isso, é importante a utilização de técnicas

seletivas e de confirmação, aplicadas juntamente com a

análise clínica e de dados hematológicos (Belisário AR,

2010).

DIAGNÓSTICO

Page 26: Talassemia Alfa

MAIS INFORMAÇÕES

WWW.ABRASTA.ORG.BR

Page 27: Talassemia Alfa

OBRIGADO !

Page 28: Talassemia Alfa

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