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ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DE CULTIVARES DE SORGO FORRAGEIRO SEMEADOS EM DIFERENTES ÉPOCAS DO ANO 1 ALESSANDRO GUERRA DA SILVA 2 , VALTERLEY SOARES ROCHA 3 , COSME DAMIÃO CRUZ 4 , TOCIO SEDIYAMA 5 , GERALDO HENRIQUE FREITAS PINTO 6 1 Extraído da Tese de Doutorado em Fitotecnia, do primeiro autor, realizada na Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, MG. 2 Professor da Faculdade de Agronomia, Universidade de Rio Verde. Caixa postal 104. CEP. 75901-970 Rio Verde, GO. E-mail: [email protected] (autor para correspondência). 3 Professor do Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Viçosa. CEP. 36571-000 Viçosa, MG. E-mail: [email protected]. 4 Professor do Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. CEP. 36571-000 Viçosa, MG. E-mail: [email protected]. 5 Professor do Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Viçosa. CEP 36571-000 Viçosa, MG. E-mail: [email protected] 6 Engenheiro Agrônomo. CEP 35790-000. Curvelo, MG. E-mail: [email protected]. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v.4, n.1, p.112-125, 2005 RESUMO – Para obter informações sobre o rendimento de forragem de diferentes cul- tivares de sorgo forrageiro cultivados em diferentes épocas do ano efetuou-se um expe- rimento no campo experimental do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, durante o ano agrícola 1999/2000. No estudo foi utilizado um conjunto de oito ensaios, iniciando na primeira quinzena dos meses de outubro a maio, a partir de outubro de 1999. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições. Utilizou-se os cultivares de sorgo AG 2002, BR 501, BR 506, BR 601, BR 602 e BR 700 (forrageiros), AG 2005E e Massa 03 (duplo propósito) e AG 2501C e BRS 800 (corte e pastejo). Avaliou-se a adaptabilidade e a estabilidade do rendimento de forragem dos cultivares, utilizando o método dos trapézios quadráticos ponderados pelo coeficiente de variação. Os resultados obtidos permitiram verificar que os cultivares BR 506 e AG 2002 destacaram-se no rendimento de matéria verde, na previsibilidade de comportamento e na adaptação aos ambientes favoráveis e desfavorá- veis. Para a matéria seca, o AG 2002 e o AG 2501C apresentaram maior previsibilidade de comportamento e maior adaptação aos ambientes desfavoráveis, sendo que o BR 506 e o AG 2002 foram os mais adaptados aos ambientes favoráveis. Para a proteína bruta, o AG 2501C e o Massa 03 destacaram-se no rendimento, na previsibilidade de comporta- mento e na adaptação aos ambientes desfavoráveis, sendo que o AG 2501C foi o mais adaptado aos ambientes favoráveis. Palavras-chave: sorgo, época de semeadura, adaptação, estabilidade. ADAPTABILITY AND STABILITY OF FORAGE SORGHUM CULTIVARS SOWED IN DIFFERENT TIMES OF THE YEAR 1 ABSTRACT - To obtain information about the forage yield of sorghum cultivars a trial was set up in the Experimental Field of the Department of Plant Science at the Universi- dade Federal de Viçosa, during the agricultural year of 1999/2000 to verify the yield

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ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DE CULTIVARES DE SORGOFORRAGEIRO SEMEADOS EM DIFERENTES ÉPOCAS DO ANO1

ALESSANDRO GUERRA DA SILVA2, VALTERLEY SOARES ROCHA3, COSME DAMIÃO CRUZ4,TOCIO SEDIYAMA5, GERALDO HENRIQUE FREITAS PINTO6

1Extraído da Tese de Doutorado em Fitotecnia, do primeiro autor, realizada na Universidade Federal de Viçosa. Viçosa,MG.2Professor da Faculdade de Agronomia, Universidade de Rio Verde. Caixa postal 104. CEP. 75901-970 Rio Verde, GO.E-mail: [email protected] (autor para correspondência).3Professor do Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Viçosa. CEP. 36571-000 Viçosa, MG. E-mail:[email protected] do Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. CEP. 36571-000 Viçosa, MG. E-mail:[email protected] do Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Viçosa. CEP 36571-000 Viçosa, MG. E-mail:[email protected] Agrônomo. CEP 35790-000. Curvelo, MG. E-mail: [email protected].

Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v.4, n.1, p.112-125, 2005

RESUMO – Para obter informações sobre o rendimento de forragem de diferentes cul-tivares de sorgo forrageiro cultivados em diferentes épocas do ano efetuou-se um expe-rimento no campo experimental do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federalde Viçosa, durante o ano agrícola 1999/2000. No estudo foi utilizado um conjunto deoito ensaios, iniciando na primeira quinzena dos meses de outubro a maio, a partir deoutubro de 1999. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizadoscom quatro repetições. Utilizou-se os cultivares de sorgo AG 2002, BR 501, BR 506, BR601, BR 602 e BR 700 (forrageiros), AG 2005E e Massa 03 (duplo propósito) e AG2501C e BRS 800 (corte e pastejo). Avaliou-se a adaptabilidade e a estabilidade dorendimento de forragem dos cultivares, utilizando o método dos trapézios quadráticosponderados pelo coeficiente de variação. Os resultados obtidos permitiram verificar queos cultivares BR 506 e AG 2002 destacaram-se no rendimento de matéria verde, naprevisibilidade de comportamento e na adaptação aos ambientes favoráveis e desfavorá-veis. Para a matéria seca, o AG 2002 e o AG 2501C apresentaram maior previsibilidadede comportamento e maior adaptação aos ambientes desfavoráveis, sendo que o BR 506e o AG 2002 foram os mais adaptados aos ambientes favoráveis. Para a proteína bruta, oAG 2501C e o Massa 03 destacaram-se no rendimento, na previsibilidade de comporta-mento e na adaptação aos ambientes desfavoráveis, sendo que o AG 2501C foi o maisadaptado aos ambientes favoráveis.

Palavras-chave: sorgo, época de semeadura, adaptação, estabilidade.

ADAPTABILITY AND STABILITY OF FORAGE SORGHUMCULTIVARS SOWED IN DIFFERENT TIMES OF THE YEAR 1

ABSTRACT - To obtain information about the forage yield of sorghum cultivars a trialwas set up in the Experimental Field of the Department of Plant Science at the Universi-dade Federal de Viçosa, during the agricultural year of 1999/2000 to verify the yield

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adaptability and stability of different forage sorghum cultivars. A group of eightexperiments was used, starting in the first fortnight of October 1999 through May 2000.Each experiment was arranged in randomized blocks with four replications. The sorghumcultivars used were the AG 2002, BR 501, BR 506, BR 601, BR 602 and BR 700 (forage),AG 2005E and Massa 03 (dual purpose) and AG 2501C and BR 800 (cutting and grazing).The forage yield adaptability and stability of the cultivars were evaluated using the methodof the quadratic trapezes weighted by the variation coefficient. The cultivars BR 506 andAG 2002 had a higher green matter yield, behavior predictability and adaptation tofavorable and unfavorable environments. For dry matter, AG 2002 and AG 2501Cpresented a higher behavior predictability and adaptation to unfavorable environments,with BR 506 and AG 2002 being the most adapted to favorable environments. For crudeprotein, AG 2501C and Massa 03 presented a higher yield, behavior predictability andadaptation to unfavorable environments, with AG 2501C being the most adapted tofavorable environments.

Key words: sorghum, sowing time, adaptation, stability.

Dentre os diversos sorgos cultivados noBrasil, existe grande variação no rendimento deforragem em resposta às diferentes épocas desemeadura. A performance diferenciada dos cul-tivares é atribuída às variações da temperatura edo fotoperíodo no local de cultivo. Ressalta-seainda que, nas regiões tropicais, a baixa disponi-bilidade de água, associada à ocorrência de bai-xas temperaturas e, ou, fotoperíodos curtos sãoconsiderados limitantes ao desenvolvimento des-sa gramínea durante o período de outono e inver-no.

Um dos grandes problemas que se temenfrentado na recomendação de cultivares é que,quando estes são postos a competir em váriasépocas distintas, a classificação relativa entre elespode não ser a mesma, dificultando a identifica-ção de cultivares superiores (Ribeiro et al., 2000).Segundo Ramalho et al. (1993) para minimizaros efeitos da interação cultivares x ambientes, énecessário identificar cultivares mais estáveis eadaptados às condições específicas de ambiente.O cultivar que se sobressair dos demais deve apre-sentar, em diferentes condições ambientais, altaprodutividade e sua superioridade deve ser está-vel. Isto auxilia, muitas das vezes, à tomada de

decisão dos agricultores quanto às épocas de se-meadura do sorgo, nos quais podem antecipar ouatrasar a época recomendada pelo zoneamentoagroecológico da cultura.

Utilizando a metodologia de Cruz et al.(1989) e o conceito de ambientes favoráveis edesfavoráveis, alguns trabalhos têm identificadocultivares de milho (Ribeiro et al., 2000; Carva-lho et al., 2001) adaptados a esses ambientes, ali-ado à alta previsibilidade.

As vantagens da antecipação da semea-dura do sorgo têm sido demonstradas em algunstrabalhos (Avelar & Morais, 1986; Machado etal., 1987). Porém, no Brasil, o número de infor-mações sobre a adaptabilidade e estabilidade dosorgo é escasso. As análises de comportamentode cultivares são de extrema importância para severificar a sua performance ao longo dos mesesde cultivo.

Sendo assim, propõe-se avaliar neste tra-balho a adaptabilidade e estabilidade do rendi-mento de forragem de cultivares de sorgoforrageiro a fim de selecionar os de melhor de-sempenho forrageiro para o cultivo em diferen-tes épocas do ano. Para isto, conduziu-se um en-saio no Campo Experimental do Departamento

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de Fitotecnia da Universidade Federal de Viço-sa, em Coimbra (MG) (20º51’S, 42º46’W, a 720m de altitude). Para auxílio na interpretação dosresultados, registrou-se os valores médios dofotoperíodo, da temperatura média e da precipi-tação durante o período de avaliação (Figura 1).Os fotoperíodos diários foram calculados combase na latitude e nos dias do ano (Ometto, 1981).

Na avaliação da adaptabilidade e estabi-lidade, foram utilizados os seguintes cultivaresde sorgo: AG 2002, BR 501, BR 506, BR 601,BR 602 e BR 700 (forrageiros); AG 2005E eMassa 03 (duplo propósito); e AG 2501C e BRS800 (corte e pastejo). Um conjunto de oito ensai-os foi montado, sendo iniciado na primeira quin-zena dos meses de outubro a maio, a partir deoutubro de 1999, adotando o delineamento ex-perimental de blocos casualizados com quatrorepetições. As parcelas foram constituídas porquatro linhas, espaçadas de 0,7 m entre si e com5,0 m de comprimento. Considerou-se como áreaútil as duas fileiras centrais, eliminado 0,5 m decada extremidade, deixando-se 20 dias após a

emergência, 11 plantas por metro linear para todosos cultivares (equivalente a 157.143 plantas/ha).

As adubações seguiram as recomenda-ções feitas pela Comissão de Fertilidade do Solodo Estado de Minas Gerais (1999), sendo neces-sária a aplicação equivalente de 1,93 t ha-1 decalcário dolomítico (PRNT de 76%) três mesesantes da primeira semeadura. Foi utilizado o equi-valente a 500 kg ha-1 da formulação 04-14-08 nasemeadura e aos 30 e 45 dias após a emergênciadas plântulas, foi realizada a aplicação de 60 kgha-1 de nitrogênio na forma de sulfato de amônio.

O corte das plantas foi realizado, renteao solo, quando os grãos atingiram o estádio degrãos farináceos, avaliando os rendimentos dematéria verde (pesagem das plantas na área útil),matéria seca (determinação em estufa de circula-ção forçada de ar à 65oC até atingir peso cons-tante) e proteína bruta (utilização do método deKjeldahl para determinação do nitrogênio total).Foi realizada a irrigação de todo o ensaio, quandonecessário, para que os tratamentos não fossemafetados por déficits hídricos.

FIGURA 1. Variação do fotoperíodo, da temperatura média do ar e da precipitação pluvial, por decêndio, deoutubro de 1999 a dezembro de 2000, Coimbra (MG).

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Inicialmente, efetuou-se a análise devariância para cada época de semeadura. Poste-riormente realizou-se a análise conjunta para asoito épocas de semeadura, observando ahomogeneidade dos quadrados médios residuais,proposto por Gomes (1990). Todas as fontes devariação, exceto o erro, foram consideradas deefeito fixo.

O método de análise de estabilidade eadaptabilidade de Lin & Binns (1988) foi adota-do, utilizando-se a estatística P

i, denominada de

MAEC (Medida de Adaptabilidade e Estabilida-de de Comportamento). Para que a recomenda-ção de cultivares de sorgo atenda ao conceito degrupos de ambientes favoráveis e desfavoráveis,que refletem ambientes onde há condições ade-quadas e inadequadas ao desenvolvimento dasplantas de sorgo, respectivamente, faz-se neces-sária a decomposição do estimador (P

i) nas par-

tes devido a ambientes favoráveis e desfavorá-veis. Neste estudo, foi empregada a metodologiados trapézios quadráticos ponderados pelo coe-ficiente de variação, proposta por Carneiro(1998), sendo que os meses com maior precisãoexperimental tiveram maior peso na estimativada estatística MAEC. Assim, a classificação doscultivares de sorgo foi feita com base nas esti-mativas dos valores de P

i’s. As análises estatísti-

cas foram realizadas empregando-se os recursoscomputacionais do Programa Genes (Cruz, 2001).

Quando se observa o rendimento de ma-téria verde dos cultivares de sorgo nas oito épo-cas de semeadura, verifica-se comportamentodiferenciado dos materiais testados em função daresposta ao fotoperíodo e à temperatura, propor-cionando variação no rendimento de forragem.Sendo o sorgo uma cultura que apresenta sensi-bilidade ao fotoperíodo (Karande et al., 1996;Alagarswamy et al., 1998; Craufurd & Qi,2001), fotoperíodos indutivos ao florescimento

proporcionaram a antecipação da diferenciaçãofloral das plantas, determinando o número de fo-lhas produzidas que, por sua vez, proporcionoumenor altura de plantas. Conseqüentemente, ob-teve-se menor rendimento de forragem. Associ-ado a esses efeitos, a diminuição da temperaturaa partir de abril (Figura 1) proporcionou a redu-ção do desenvolvimento das plantas, ocasionan-do menor rendimento de matéria verde. Assim,os valores médios obtidos a partir da semeadurade janeiro foram inferiores em relação à médiageral (32.804 kg ha-1, Tabela 3).

O sorgo forrageiro BR 506 foi o de me-lhor performance para os ambientes favoráveis edesfavoráveis (menores valores de P

i’s), além de

apresentar o maior rendimento médio de matériaverde (49.333 kg ha-1, Tabela 1). Resultados se-melhantes foram obtidos com o AG 2002 e o BR602, sendo classificados como o segundo e oquarto entre os cultivares avaliados (Tabela 2).O cultivar de duplo propósito AG 2005E apre-sentou o menor rendimento médio (24.062 kg ha-1,Tabela 1), sendo classificado como o de piorperformance em todos os ambientes (Tabela 2).Observou-se também a relação entre a classifi-cação dos cultivares de sorgo com base na médiado rendimento de matéria verde e os valores deP

i geral. Os sorgos forrageiros BR 506, AG 2002,

BR 602 e BR 501, acrescidos dos cultivares decorte e pastejo (AG 2501C e BRS 800) e o deduplo propósito AG 2005E apresentaram a mes-ma classificação dessas duas características (Ta-bela 2). Neste caso, a escolha com base no P

i ge-

ral é suficiente para a recomendação destes cul-tivares para o rendimento de matéria verde.

No entanto, constatou-se que oposicionamento relativo, levando em considera-ção a média do rendimento de matéria verde, nãoé eficiente para a escolha dos sorgos que apre-sentam adaptações específicas a determinados

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TABELA 1 . Estimativas das médias de rendimento de matéria verde (kg ha-1), Pi geral, P

i favorável e P

idesfavorável, pelo método do trapézio quadrático ponderado pelo coeficiente de variação, para os cultivaresde sorgo forrageiro.

TABELA 2 . Posição relativa dos cultivares de sorgo forrageiro quanto ao rendimento de matéria verde (RMV)avaliados pelo método do trapézio quadrático ponderado pelo coeficiente de variação.

ambientes. Isto pode ser comprovado com o cul-tivar BR 601. Este ocupou a oitava posição norendimento médio, a sétima em termos gerais, a

sexta para ambientes favoráveis e a nona para osdesfavoráveis (Tabela 2). Neste caso, a escolhado cultivar é realizada com base em sua

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TABELA 3 . Valores médios do rendimento de matéria verde, em kg ha-1, obtidos nos ensaios de avaliação de cultivares de sorgo forrageiro.

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performance no ambiente de interesse do produ-tor e não simplesmente na média do rendimentode todos os ambientes.

A decomposição da estatística Pi geral em

Pi’s para ambientes favoráveis e desfavoráveis

mostrou-se eficiente na discriminação dos culti-vares com adaptações específicas a esses ambi-entes. Verificou-se para o BR 700 e o Massa 03 aelevação de duas posições para os ambientes des-favoráveis quando comparada com a recomen-dação geral e com a dos ambientes favoráveis(Tabela 2), conferindo maior adaptação a essascondições. Elevação de posição semelhante foiobservada para o BR 501 em ambientes favorá-veis em relação aos desfavoráveis e à recomen-dação geral, indicando maior adaptação às con-dições favoráveis. Por outro lado, a menor adap-tação em ambientes favoráveis pode ser verificadapelos decréscimos de duas posições com o AG2501C em relação à recomendação geral e aosambientes desfavoráveis. Para o BRS 800, de-créscimos também foram verificados para osambientes favoráveis (uma posição) e desfavo-ráveis (duas posições) em relação à recomenda-ção geral.

As posições relativas obtidas com o cul-tivar Massa 03 demonstram que este foi favore-cido na classificação com base na média de ren-dimento de matéria verde em relação às estima-tivas de P

i geral (Tabela 2). Semelhante ao ob-

servado na classificação de rendimento, esse cul-tivar apresentou-se melhor posicionado nos am-bientes desfavoráveis quando comparado aos fa-voráveis e à recomendação geral. Como destaca-do por Ramalho et al. (1993), os cultivares po-dem ser adaptados a ambientes específicos e nãonecessariamente apresentarem altos rendimentos.

Na escolha do melhor sorgo para produ-ção de matéria seca, o destaque é dado para ocultivar forrageiro AG 2002, que apresentou o

terceiro maior rendimento médio e a maiorprevisibilidade de comportamento (Tabela 5),confirmado pelo menor valor de P

i geral (Tabela

4). Esse cultivar apresentou-se como o segundomais bem adaptado aos ambientes favoráveis edesfavoráveis (Tabela 5). O sorgo de corte epastejo AG 2501C apresentou rendimento mé-dio de 14.417 kg ha-1 (Tabela 4) possuindo a se-gunda classificação para essa característica e paraa recomendação geral (Tabela 5).

O sorgo AG 2501C foi o de melhor adap-tação às condições desfavoráveis, sendo que nes-tes ambientes foi verificado maior rendimento emfevereiro e maio (Tabela 6). Nos ambientes fa-voráveis, devido ao menor valor de P

i obtido com

o BR 506 (Tabela 4), este se apresentou como omais adaptado a estas condições.

Para o sorgo de duplo propósito AG2005E, constatou-se a mesma posição relativa nosdois tipos de ambientes, o mesmo sendo verifi-cado para a recomendação geral (Tabela 5). Amesma classificação obtida na recomendaçãogeral e nos ambientes desfavoráveis foi tambémconstatada para o BR 506, Massa 03, BR 700,BR 602 e BR 601, sendo mais adaptados nestamesma ordem de classificação. Posições seme-lhantes em ambientes favoráveis e desfavoráveistambém foram obtidas com o AG 2002.

Foi constatada também a relação entre aclassificação do rendimento médio e o valor doP

i geral para os cultivares AG 2501C, Massa 03

e BR 602, ocupando a segunda, a quarta e a séti-ma posição, respectivamente (Tabela 5). Nosambientes favoráveis, nota-se o posicionamentodiferenciado desses cultivares em relação ao ren-dimento médio e ao P

i geral, tornando-se neces-

sária a identificação dos cultivares de melhoradaptação a tais condições.

Além disto, observou-se também que oposicionamento relativo, levando em consideração

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TABELA 4 . Estimativas das médias de rendimento de matéria seca (kg ha-1), Pi geral, P

i favorável e P

idesfavorável, pelo método do trapézio quadrático ponderado pelo coeficiente de variação, para os cultivaresde sorgo forrageiro.

TABELA 5 . Posição relativa dos cultivares de sorgo forrageiro quanto ao rendimento de matéria seca (RMS)avaliados pelo método do trapézio quadrático ponderado pelo coeficiente de variação.

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TABELA 6 . Valores médios do rendimento de matéria seca, em kg ha-1, obtidos nos ensaios de avaliação de cultivares de sorgo forrageiro.

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a média do rendimento de matéria seca, não éeficiente para a classificação dos sorgos que apre-sentam adaptações específicas aos ambientes.Posicionamentos diferenciados de rendimento, deP

i geral e dos P

i’s favorável e desfavorável foram

observados para os cultivares AG 2002, BR 700,BR 601 e BRS 800 (Tabela 5). Neste caso, a es-colha do cultivar é mais adequada se realizadacom base na performance nos ambientes de inte-resse e não simplesmente na média de rendimen-to em todas as épocas de semeadura.

Na decomposição do estimador do Pi ge-

ral para a variável matéria seca, verificou-se paraos ambientes favoráveis a elevação doposicionamento dos cultivares BR 506, BR 602,BR 501 e BR 601 em relação à recomendaçãogeral e aos ambientes desfavoráveis (Tabela 5).Nota-se que o BR 506 foi o mais adaptado aosambientes favoráveis. No entanto, decréscimosem ambientes favoráveis, em relação à recomen-dação geral e aos ambientes desfavoráveis, fo-ram observados para os cultivares AG 2501C, BR700 e Massa 03 (Tabela 5). Para os ambientesdesfavoráveis, a elevação de posição foiverificada para o BRS 800. Verificou-se tambémque este cultivar foi favorecido na classificaçãode rendimento em relação às estimativas de P

i

geral, sendo o pior classificado nesta estatística(Tabela 5). O BRS 800 apresentou-se tambémmelhor posicionado em ambientes desfavoráveis(nona classificação) quando comparado aos fa-voráveis e à recomendação geral, sendo o mes-mo verificado para o AG 2501C. Portanto, com-prova-se mais uma vez que a escolha feita combase na média de rendimento favorece os culti-vares mais produtivos em condições desfavorá-veis.

Na avaliação da proteína bruta, a classi-ficação dos índices ambientais elegeu as se-meaduras de outubro a janeiro como ambientes

favoráveis e as de fevereiro a maio, como desfa-voráveis por apresentarem valores acima e abai-xo da média, respectivamente (Tabela 9). Nestesentido, percebe-se que o AG 2501C destaca-sedos demais, apresentando o maior rendimentomédio (1.476 kg ha-1) e a maior previsibilidadede comportamento (Tabela 7), sendo o cultivarque melhor se adaptou aos ambientes favoráveise o segundo, nos desfavoráveis (Tabela 8). Osorgo Massa 03 apresentou o segundo maior ren-dimento médio, apresentando também a mesmaclassificação para a recomendação geral. Estecultivar foi o de melhor adaptação às condiçõesdesfavoráveis, sendo que nestes ambientes, foiverificado maior rendimento nas semeaduras defevereiro, março e abril (Tabela 9).

Para os sorgos forrageiros BR 501 e BR601, constataram-se a mesma posição relativapara o rendimento de proteína bruta, recomenda-ção geral e para os ambientes favoráveis e desfa-voráveis (Tabela 8). No entanto, esses cultivaresse posicionaram como o décimo e o nono colo-cados na classificação geral, respectivamente,sendo eleitos os de pior performance.

Novamente verificou-se a elevada con-cordância entre a classificação dos cultivares combase na média de rendimento e na recomendaçãoa partir da estimativa do P

i geral. Além do BR

501 e BR 601, destacam-se os sorgos AG 2501C,Massa 03, BR 700, AG 2002, AG 2005E e BR506 (Tabela 8). Nos ambientes favoráveis, a maioradaptação para a produção de proteína bruta foiconstatada com a elevação de posição do AG2002, BR 506 e BR 602 quando comparado coma recomendação geral e aos ambientes desfavo-ráveis (Tabela 8). Por outro lado, decréscimosforam verificados com os cultivares Massa 03,AG 2005E e BRS 800, confirmando a menoradaptação a esses ambientes. Em condições desfa-voráveis, decréscimos em relação à recomendação

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TABELA 7 . Estimativas das médias de rendimento de proteína bruta (kg ha-1), Pi geral, P

i favorável e P

idesfavorável, pelo método do trapézio quadrático ponderado pelo coeficiente de variação, para os cultivaresde sorgo forrageiro.

TABELA 8 . Posição relativa dos cultivares de sorgo forrageiro quanto ao rendimento de proteína bruta(RPB) avaliados pelo método do trapézio quadrático ponderado pelo coeficiente de variação.

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TABELA 9 . Valores médios do rendimento de proteína bruta, em kg ha-1, obtidos nos ensaios de avaliação de cultivares de sorgo forrageiro.

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Silva et al.

geral e aos ambientes favoráveis foram observa-dos com os cultivares AG 2501C, BR 700, AG2002 e BR 506, apresentando menor adaptaçãoàs condições desfavoráveis.

Os resultados de proteína bruta confir-mam mais uma vez que a escolha feita com basena média de rendimento favorece os cultivaresmais produtivos em condições desfavoráveis. Istopode ser comprovado com os sorgos Massa 03,AG 2005E e BRS 800 ocupando posição superi-or nos ambientes desfavoráveis em relação àsestimativas de rendimento médio, do P

i geral e

do Pi para ambientes favoráveis (Tabela 8).

O uso de sorgos de maior rendimento deproteína bruta na alimentação animal proporcio-na maior desempenho dos animais. Neste con-texto, verificou-se que os cultivares AG 2501C,Massa 03, BR 700, AG 2005E e BRS 800 apre-sentaram acréscimos na classificação do P

i geral

quando comparado aos valores de Pi geral da va-

riável matéria seca (Tabelas 8 e 5, respectivamen-te). Os três primeiros cultivares apresentaramtambém acréscimos na classificação do rendi-mento de proteína bruta. Estes acréscimos sãoatribuídos ao fato de que esses cultivares apre-sentam maior percentagem de proteína bruta naforragem, proporcionando maior rendimento. Emcontrapartida, devido ao menor teor de proteínabruta na forragem dos sorgos BR 506 e AG 2002,foi verificado maiores decréscimos na classifi-cação do rendimento e do P

i geral.

Do exposto, conclui-se que para o rendi-mento de matéria verde, os sorgos BR 506 e AG2002 foram os que se destacaram na classifica-ção do rendimento médio, na previsibilidade decomportamento e na adaptação aos ambientesfavoráveis e desfavoráveis. O AG 2002 e o AG2501C apresentaram maior previsibilidade decomportamento para o rendimento de matériaseca e maior adaptação às condições desfavoráveis

e o BR 506 e o AG 2002 foram os mais adapta-dos aos ambientes favoráveis. Quanto à proteínabruta, o AG 2501C e o Massa 03 se destacaramno rendimento médio, na previsibilidade de com-portamento e na adaptação aos ambientesdesfavoráveis e o AG 2501C foi eleito ainda comoo mais adaptado às condições favoráveis.

Agradecimentos

Aos professores da Universidade Fede-ral de Viçosa, pelas orientações e sugestões narealização deste trabalho, aos técnicos de apoioà pesquisa da referida Universidade pelo auxíliona execução das atividades e ao Conselho Naci-onal de Desenvolvimento Científico eTecnológico (CNPq), pela concessão da bolsa deestudo.

Literatura Citada

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