alegações finais_lorrayne (modificado para enviar ao scribs)
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EXCENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL DA COMARCA DE LINHARES DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.
PROCESSO nº.:
L.M.S., já qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem,
por intermédio de sua advogada (dativa/nomeada por este douto
juízo fls. 43) que esta suscreve, com escrit!rio na "ua
#astorina $arcia %ur&o, n'. 3, *r+s arras, -inares/0, #1
2.25, onde recee todas as intima67es, a presen6a de 8ossa9cel+ncia apresentar ALEGAÇÕES FINAIS, pelos motivos de fato e
de direito a seguir e9postos:
I – DOS FATOS
L.M.S. foi denunciada nestes autos por suposta prática do delito
previsto no artigo ; da -ei 55.343/<.
=arra > den?ncia que:
@A...B, que no dia < de julo de 5, por voltadas 5;5min, policiais militares realizavampatrulamento tático motorizado na Cvenida#acoeiro de Dtapemirim, airro Cviso, nesta ure,com intuito de apurar @den?nciasE de tráfico dedrogas contra o nacional de nome Cntonio Farcos da
0ilva. Cordado em frente > sua casa, constataramser, de fato, o indivíduo apontado pelosdenunciantes.
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Cto contínuo, os policiais perceeram que adenunciada estava morando com CntonioG ao seraordada, foi encontrada dentro de sua roupa, umapedra de @cracHE, com apro9imadamente 3g (tr+sgramas), para uso.
Cutoria e materialidade restaram consustanciadasno Cuto de Cpreens&o de fl.2 e no Cuto de#onstata6&o 1rovis!ria de =atureza de 0ustInciantorpecente de fl. , em consonIncia com asdemais provas dos autos.
Jinalizouse a Dnstru6&o #riminal com a oitiva de 5 (uma)
testemuna arrolada pela acusa6&o e posteriormente com o
interragat!rio da "é fls. 44/4K.
Joram apresentadas as Clega67es Jinais pelo Finistério 1?lico,
em </2/53, pugnando pela condena6&o da acusada na pena
descrita no artigo ; da -ei 55.343/<, (fls. 4</4<verso).
II - DO MÉRITO
ncerrada a fase instru6&o, a a6&o deve ser julgada
improcedente. LM0*DJD#N.
Cnalisando detidamente o conjunto proat!rio que instruem a
presente a6&o, é for6a convir, que n&o pode susistir a
imputa6&o feita a acusada, apesar da mesma ter assumido a
propriedade da droga para consumo pr!prio.
0en&o, vejamos:
#onforme se verifica no auto de apreens&o n'. 2</5 de fls.
5, a quantidade de droga apreendida enquadrase dentre o
denominado princípio da insignificIncia penal, de modo que, a
posse de sustIncia entorpecente ínfima, para uso pr!prio,
caracterizase pela sua atipicidade, tendo em vista que em tal
situa6&o n&o se caracteriza o perigo > sa?de p?lica, em a que
a legisla6&o antit!9ico visa resguardar.
N grégio 0uperior *riunal de Lusti6a, já se manifestou no
sentido de que sendo ínfima a quantidade de droga apreendida com
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o réu, o fato n&o tem repercuss&o na seara penal, por n&o
ocorrer efetiva les&o > em jurídico tutelado, enquadrandose no
princípio da insignificIncia.
=esse sentido:
C pequena quantidade de sustIncia entorpecente,por ser característica pr!pria do tipo de posse dedrogas para uso pr!prio (art. ; da -ei 55.343/<),n&o afasta a tipicidade da conduta. 1recedentes.(O#5K;.2KK/"0, "el. Fin. =apole&o =unes Faia Jilo, KP*urma, julgado em 5/K/55)
0endo ínfima a pequena quantidade de droga encontrada em poder
do réu, o fato n&o tem repercuss&o na seara penal, > míngua de
efetiva les&o do em jurídico tutelado, enquadrandose a
ip!tese no princípio da insignificIncia.
"az&o pela qual deve ser LM-$C%C DF1"N#%=* a presente a6&o e
consequente asolvi6&o da ora "é.
=&o ostante, n&o pode a acusada ser tratada como uma criminosa
em potencial, mas uma pessoa que carecia de cuidados médicos
para poder superar o vício da droga, mas que em virtude de sua
for6a de vontade conseguiu superar o vício e oje se dedica
e9clusivamente ao cuidado de sua fila menor.
II - ATENUANTES DA PENA
A ARTIGO !"# I DO C$DIGO PENAL.
1or ser a acusada menor de 5 anos, inegável pela aplica6&o do
enefício determinado no art. <K, inciso D do #!digo 1enal, a
fim de se aplicar as penas mais randas na medida do possível.
% ARTIGO !"# III# &D' DO C$DIGO PENAL
C ré em seu depoimento confessou espontaneamente o delito que
le é imputado, em raz&o disso inegável ser ela eneficiada da
alínea @dE, do inciso DDD, do artigo <K do #1, a fim de atenuar
a pena do crime cometido, diminuindoa ou asolvendoa.
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A JURISPRUD(NCIA CONSIDERA A CONFISS)O ATENUANTE DE PRIMEIRA
GRANDEZA# SEN)O *EJAMOS:
Q atenuante de primeira grandeza, pois confere ao julgador a
certeza moral de que a condena6&o é justa (*C#r01, Lulgados
;</332).
1or ter a acusada confessado espontaneamente o delito, goza ela
do prestígio moral, cujo caráter deve ser ressaltado no ato do
julgamento.
C ART. !! DO C$DIGO PENAL
Clém das atenuantes acima invocadas, é necessário destacar
quanto a sua primariedade, uma vez que nunca praticou qualquer
tipo de crime anteriormente a este, assim sendo, goza ela de
idoneidade moral perante a sociedade e este juízo, pois ouve
confiss&o espontInea do crime quanto ao consumo de drogas e a
acusada, por ser na época uma viciada, é uma vítima e n&o uma
criminosa.
1resentes as atenuantes, a pena a ser cominada a acusada deve
ser a mínima legal.
I* - DOS PEDIDOS
1ortanto, 9cel+ncia, na espécie, n&o ouve crime praticadocontra terceirosG com rela6&o > tipifica6&o do uso de drogas,
n&o pode ser considerada um crime, pois a acusada ao ser viciada
é uma presa fácil dos traficantes, motivo pela qual requer sua
asolvi6&o.
=&o sendo esse vosso entendimento, seja oservada a devida
aplica6&o de atenuantes e causas de diminui6&o quando da
apura6&o da 1=C, justa que deve ser cominada ao caso, devendoser aplicadas as enesses da redu6&o da pena.
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=estes termos,
1ede e espera deferimento.
-inares, < de =ovemro de 53.