al. linhas de torres, 2 1750-146 lisboa doroteiasportugal ... · quer aos momentos de oração, bem...
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Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected]
Figueira da Foz - Mês de Maio
Lisboa – Colégio de Santa Doroteia
Celebração da Última Ceia
Com. Alto do Lumiar:
Visita Pascal
Colégio de Viseu
Feira Medieval
Comunidades com novo rosto:
Recardães - Noviciado
Covilhã
A Irmã Adelaide Silva
na festa dos 100 anos
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O ESPÍRITO DE FAMÍLIA uma marca Doroteia
... e nesse caminho, começamos por lembrar aquela que, com toda a dedicação e sabedoria, marca o
„ritmo‟ e contagia entusiasmo...
ANIVERSÁRIO DA IRMÃ LÚCIA SOARES
A Irmã Lúcia apresentou-nos o seu desejo: ...no dia 31 de Março, dia dos meus anos, eu desejava estar
“invisível”, em descanso e oração. É um modo de estar com todas, neste ano tão movimentado, a
agradecer o dom da vida e da amizade. Conto com a oração de todas e a todas terei no coração, nesse
dia. Sei que compreendem o meu desejo.
... E nós compreendemos. Mas quem, por missão, vive lado a lado, interpretou o sentir da Província num
bonito poema:
Caminha com Deus no coração.
Deixa que o seu Coração vá sendo
A voz da tua entrega de menina grande
Dia a dia.
Acredita que Ele vai sempre contigo:
A missão é dos “Dois”, e Ele é fiel...
Confia!
Teus passos vão semeando esperança
Nas vidas que tu tocas, de mansinho.
Caminha, certa de que é Deus que te conduz!
Porque a Fé é teu bastão de peregrina,
O Amor será, por ti, bênção de paz
Para quem fores encontrando no caminho!
E o jardim que o Senhor te confiou
Cobrir-se-á de flores
E chegarão os frutos. Muitos frutos.
E a Vida vencerá!
Hora de Primavera,
Promessa a cumprir-se anunciando a Páscoa,
Por ti, para nós, o Senhor vem. Está!
Contigo, agradecemos a Vida a renovar-se.
Unidas a ti, confiamos no Futuro.
Juntas, como Mulheres de Fé,
Disponíveis ao que Deus nos for pedindo,
Queremos fazer o que Jesus nos disser:
Doroteias, Dons de Deus,
Para a vida do Mundo!
Fátima, 31 Março 2011
M.A.M.G.
Encontro de formação de Lideranças das Instituições Educativas
Realizou-se no Linhó, de 28 a 30 de Abril, tendo como objectivo «viver uma
experiência de relação em inter-acção à luz da Fonte da Vida – a Trindade e da
vida/praxis de Paula (“espírito de família”) de modo a aprofundarmos potencialidades
e exigências, e a oferecermo-nos mutuamente estratégias e novas modalidades de
ser/estar no nosso modo de proceder na missão que nos está confiada».
Aprofundou-se o tema do próximo ano – “Ser relação – Espírito de Família”,
com o apoio qualificado de quatro pessoas da área da gestão e relações
humanas, além do Padre Gonçalo Castro Fonseca, sócio do Mestre de Noviços,
que, depois de nos ter falado da espiritualidade das relações, celebrou a
Eucaristia que foi muito vivida.
Participaram 46 pessoas: elementos das Equipas Directivas das nossas Instituições e algumas Irmãs
convidadas pelo Governo Provincial.
O nível de satisfação manifestado na avaliação foi muito elevado, quer no que respeita aos conteúdos
quer aos momentos de oração, bem como o clima vivido no convívio informal, o que é causa de
muita alegria e de acção de graças.
Equipa Reflexão/Animação Inst. e Proj. de Solidariedade Social
Tânia Oliveira
Casa Nossa Senhora do Rosário - Figueira da Foz
No dia 30 de Março realizou-se, em Fátima, o Encontro da Equipa de Reflexão/Animação das Instituições
e Projectos de Solidariedade Social.
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Animadas pelo Espírito de Santa Paula e pelos seus ensinamentos, as pessoas presentes, que constituíam
um grupo bastante heterogéneo, partilharam as suas experiências de uma forma participativa, genuína e
enriquecedora. Desta reflexão surgiram novas ideias e sugestões quanto ao modo de trabalhar, tendo em
conta as linhas orientadoras da abertura, da simplicidade e da proximidade/espírito de família; destas,
sublinhamos a educação (de voluntários, de colaboradores, de jovens) para o Dom, para o compromisso,
para a continuidade e para a persistência.
Comprometamo-nos, então, a exercitar no nosso dia-a-dia a solidariedade, em todos os contextos
(particularmente os mais desfavorecidos), de modo a ajudar a dar voz aos que se encontram excluídos e a
incentivar ao exercício de uma cidadania activa. Façamo-lo com gratidão, conscientes das bênçãos que
temos nas nossas vidas, com alegria, optimismo e capacidade de crescer e de nos reinventarmos com as
adversidades.
Sejamos, como Paula, capazes de fazer tudo o que está ao nosso alcance para melhorar a vida de todos,
intervindo como comunidade, cooperando e mantendo uma atenção contínua a tudo o que nos rodeia.
Sejamos, como Paula, capazes de mostrar que o pequeno gesto pode tornar possível uma grande e
inspiradora transformação.
RETIRO PARA A FAMÍLIA DOROTEIA
Irmãs Maria Antónia Marques Guerreiro e Paula Agostinho
Da tarde do dia 15 ao dia 17 de Abril de 2011, teve lugar no Linhó um tempo de Encontro com
o Senhor, com a participação de 4 Antigas Alunas, 5 Mães de Paula e uma Amiga
que aceitou responder ao desafio lançado no desdobrável-convite:
...Pai, faz ressoar em mim, em nós, a voz do teu Filho: queremos escutá-l‟O e
aprender d‟Ele quanto nos amas! Converte tudo o que na minha vida não se
aproxima da Sua Vida... da imagem de Jesus que Tu queres ver em cada um de nós!
Que encontro poderia ser mais decisivo do que um encontro pessoal com Jesus de
Nazaré?
O Evangelho apresenta-nos diversas pessoas que, ao encontrarem-se com Ele, mudaram radicalmente as
suas vidas. Vamos também nós deixar-nos encontrar por Jesus… Vamos reviver encontros significativos do
seu itinerário, desde o Rio Jordão, no início do seu ministério, até às margens do Lago de Tiberíades,
depois da sua Ressurreição. Em todos estes encontros, Jesus revela-Se e esconde-Se; interpela-nos e fica à
espera da nossa resposta. Cada um destes momentos oferece-nos um mistério de amor e de misericórdia…
um “conhecimento interno” da sua Pessoa.
Podemos identificar-nos com as várias personagens com quem vamos conviver, encarnar as suas
experiências e acolher a graça plurifacetada de um encontro mais ou menos profundo com Aquele que é
o Deus connosco: o Jesus que o Pai nos enviou para nos indicar o Caminho, para nos revelar a Verdade e
nos fazer participar da sua Vida.
Uma primeira dinâmica de apresentação recíproca, tomando consciência do que trouxe cada uma até ao
Linhó, seguida da apresentação da experiência espiritual a viver com o Senhor. Não sendo propriamente
Exercícios Inacianos, o filão foi o mesmo, partindo do apelo de Jesus a segui-l‟O – “Mestre, onde
habitas?” - até à „4ª semana‟ – “É o Senhor!”.
Uma proposta ao terminar o 1º e o 2º dia: uma recolha do vivido, num encontro das Amigas-do-Senhor,
na “Casa de Betânia” – um espaço de partilha espiritual, num convívio em clima de oração e com
pequeninas surpresas “de Jesus”…
Foi uma experiência forte de Graça, de Presença do nosso Senhor Jesus, que, na partilha muito rica que se
proporcionou, cimentou Amizade. E deu a todas vontade de mais „Encontros com Jesus‟, nos „dias
depois‟, e de voltarem a viver experiências de oração semelhantes.
O Sacerdote Salesiano, que habitualmente celebra na Capela do Linhó, disponibilizou-se para atender
todas as que quisessem… que acabaram por ser todas, o que revelou uma notável capacidade de entrega,
ajudando cada uma a fazer uma experiência marcante do Amor misericordioso do Pai.
Também a Comunidade acolheu com carinho a presença das exercitantes, que se sentiram tocadas pelo
nosso “espírito de família”.
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Algumas participantes dizem:
Estando num momento difícil da vida, este foi sem dúvida o "Melhor Bálsamo" para o meu equilíbrio
emocional [faleceu-lhe a Mãe, uns dias depois]. Foi com muita alegria que regressei à Casa de Santa
Paula, a Grande Mestra e Mãe, que me tem ajudado ao longo da vida e de uma forma particular
agora, através das orações de todas as amigas. O momento da Via-Sacra foi muito especial. Senti todo
o Amor que Maria teve no Calvário. Maria Eduarda Sanches
Foram bons estes dias que passámos juntas em comunhão, partilha, oração… encontro com o Pai e com
Jesus Cristo! Senti-me tocada por Ele! Sei que está presente em todos os momentos da minha vida. O
momento da Via-Sacra foi muito especial, senti uma grande união e força! A fé e oração dão-me força
para aceitar e ultrapassar os momentos mais difíceis da minha vida. Carolina Cavaleiro Sanches
O retiro foi, de facto, uma experiência que se revelou única na minha vida. Foi um momento rico de
partilha da nossa caminhada de fé e de relação com Deus no nosso dia-a-dia. Pude repensar a melhor
forma de servir os outros, como educadora e como pessoa. Permitiu-me valorizar a simplicidade, o
amor e perceber como pequenos gestos podem fazer a diferença. Graciliana Martins
Nos dias de hoje, dominados por tanto ruído, a possibilidade de vivermos uns dias em silêncio, para
nos encontrarmos com Jesus, constituiu um verdadeiro desafio! Chegámos a esta Casa 10 mulheres,
cada uma com as suas dúvidas e anseios, mas com a secreta vontade de fortalecer a nossa fé em Jesus.
Revivemos encontros significativos de Jesus que nos levaram a consciencializar que a fé é uma
confiança pessoal em Deus, e que ultrapassa tudo. Deixemo-nos, pois, tocar pelo Senhor porque Ele
revela-Se a quem O procura! Ana Maria Rolo Alves
No próximo «Doroteias» - último deste ano pastoral – daremos notícias de Acções de Província já
realizadas: «Grande Encontro da Família Doroteia» (Fátima, 19 de Março de 2011) e passeio a Évora
(iniciativa da Equipa das Irmãs de Idade).
Recardães
As Noviças em formação com a Irmã Diana Barbosa
No dia 11 de Maio, tivemos a alegria de receber a irmã Diana Barbosa em nossa casa, para nos ajudar a
entrar no estudo das cartas da Madre Fundadora.
Iniciámos o nosso encontro com o relembrar do que nos tinha ficado de mais importante sobre o livro
das Memórias, e ambas concluímos que o que mais nos tinha tocado foi essencialmente a personalidade
de Santa Paula, a sua coragem e a sua determinação.
Foi apresentada a personalidade de Santa Paula como mulher livre:
livre perante si própria, porque estava completamente disponível para fazer tudo o que fosse a
Vontade de Deus;
livre perante os “poderosos”, porque não se deixava vergar e não aceitava qualquer condição
que tocasse na essência do Instituto;
livre perante os bens materiais, porque confiava na Divina Providência.
Descobrimos, assim, que ser livre é um exercício contínuo que se prolonga pela vida e exige de nós a
capacidade de irmos vencendo os nossos limites, reconhecendo os dons que o Senhor nos concede.
Aprendemos ainda, que a vivência do “novo” tem que ter a sua raiz na realização da vontade de Deus.
A apresentação que a Irmã Diana Barbosa nos fez das Cartas, introduziu-nos num relato vivo e
transparente da Madre Fundadora.
Desta partilha, ressaltamos alguns aspectos que consideramos importantes: o facto de as cartas terem sido
uma forma de governar o Instituto; de Paula Frassinetti ter sido uma das primeiras mulheres a fazer
apostolado directo na Igreja; e de, no meio de tantos afazeres, Paula ainda ter encontrado tempo para
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escrever tantas cartas personalizadas.
Este contacto com as cartas entusiasmou-nos a lê-las para melhor conhecer a personalidade de Santa
Paula, aprendendo dela o modo como ela se identificou com Jesus Cristo, no quotidiano.
Foi muito bom este tempo, por termos tido a possibilidade de contactar com uma das pessoas que tornou
possível termos hoje as cartas traduzidas em português. O nosso muito obrigada à Irmã Diana Barbosa.
Melhor que Jesus não há
A nossa paróquia esteve em festa no dia 15 de Maio, o grupo do 3º ano, do
qual a Ida é uma das catequistas, fez a 1ª comunhão.
A comunidade paroquial esteve envolvida e a nossa Comunidade também;
a Irmã Guida e a Paula deram apoio no grupo coral juvenil que animou a
Eucaristia. A união e o empenho de todos geraram muitos frutos de alegria
e entusiasmo permitindo que a Eucaristia fosse vivida com muita intensidade
por todos.
O „tempo de graça‟ prolongou-se com a procissão do Santíssimo pelas
nossas ruas, culminando com a consagração dos meninos a Nossa Senhora.
Foi um dia muito bonito, e no final ficou o eco das crianças a cantar: “Melhor que Jesus não há”.
Rostos “novos” nas comunidades inseridas
“Entrevista” à Irmã Marta Cerqueira e à Irmã Margarida Santos – testemunhos de mulheres e Fé… na vida
missão que o Senhor lhes entregou…
Irmã Marta Cerqueira: Após 30 anos na Comunidade da Paz como viu a
mudança para a comunidade de Recardães/Noviciado?
Encarei esta mudança na linha do que nos propõe a nossa Fundadora: ir
onde há maior necessidade; se naquela altura a obediência me enviou
para este lugar, é porque era necessário vir. Tenho-me sentido sempre
bem na comunidade de inserção, procurando fazer o melhor que sei e
posso.
Que tipo de missão desenvolve nesta comunidade? - A missão que tenho
aqui é como que uma continuação da actividade que já tinha no Porto porque já lá ia visitar os doentes e
levar-lhes a comunhão. Aqui, também acompanho os utentes do Centro de dia, rezo com eles, ouço-os,
faço parte do mesmo grupo de ginástica... vou aos passeios... e estou com eles o tempo que é preciso.
Quando algum faz anos convidam-me para ir à festa.
Esta mudança, em que é que a enriqueceu? - A mim ajudou-me a colocar certas coisas de lado, a relativizar
outras, a desapegar-me daquilo a que estava apegada. Enriqueceu-me em tudo… Tudo me faz feliz.
Irmã Margarida Santos: Após 20 anos em Angola, 6 anos em Roma e mais
recentemente em Coimbra, como viu/encarou a mudança para a Comunidade de
Recardães/noviciado?
Encarei bem porque achava que era uma continuação da vida missionária de
Angola, pois ia trabalhar com crianças do Centro de Acolhimento Temporário
(CAT), e também com pessoas simples e abertas, o que me apareceu como um
grande campo de evangelização que correspondia ao meu ideal de continuar a ser missionária em
Portugal, e concretamente aqui.
Que tipo de missão desenvolve nesta comunidade? - O que me tem preenchido mais são as visitas aos
doentes e aos idosos da comunidade paroquial, estar com eles, conversar. Um tempo de partilha de vida
em que experimento a graça, para mim e para eles, da presença de Deus, onde há um conhecimento
mútuo que nos aproxima cada vez mais das pessoas e por sua vez estas aproximam-se cada vez mais de
Deus e da Igreja. Por exemplo, ao ir rezar o terço com um grupo de senhoras, ajudamo-las a assumir o
seu papel de leigas na Igreja e ao mesmo tempo a despertar nelas o desejo de mais. Também gosto muito
de trabalhar com os mais pequeninos do CAT, rezo com as crianças de manhã e, à tarde, acompanho-as
no estudo. Para mim, vejo em todos o rosto de Cristo; enriquecem-me muito porque me ajudam a avivar
a fé e a valorizar os dons que Deus me deu, a mim, e quer continuar a dar-me, também através deles.
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Esta mudança, em que é que a enriqueceu? - Enriqueceu-me a Comunidade; é uma Comunidade pequena e de
formação, que tem meios que às vezes as outras não têm. O trabalho no centro e o contacto com as
funcionárias também me ajudou muito. Quando comecei a conhecer a população, através de visitas, fui
criando laços de conhecimento e de amizade muito fortes; nessas visitas, sinto que Deus está muito presente e
se comunica a cada um, dando-lhe uma felicidade maior e demonstrando o seu amor gratuito para com eles.
Colégio de Viseu – Feira Medieval
Margarida Ferreira dos Santos
Coordenadora 3º Ciclo
No dia 3 de Março deu-se início à I Feira Medieval do Colégio da Imaculada Conceição. Pela manhã um
grupo de alunos, trajados a rigor e representando as várias ordens que compunham o tecido social da
época, desfilou pela cidade em direcção ao Rossio. A liderar este desfile um belíssimo cavalo que,
imponentemente, trazia um cavaleiro que se erguia sobre as ruas da cidade.
Chegados aos Paços do Concelho, foi este grupo, representativo do Colégio, recebido pelo Sr. Presidente da
Câmara, Dr. Fernando Ruas, e pelo Sr. Vice-Presidente, Dr. Américo Nunes. Após este momento emblemático,
o Sr. Presidente teve a amabilidade de destacar a importância da realização desta Feira Medieval, lançando o
repto de que esta deverá assumir um carácter anual. Como não podia deixar de ser, frisou ainda a importância
do Colégio da Imaculada Conceição enquanto Casa de Aprender no distrito de Viseu.
Durante a tarde, e já em pleno recinto da feira medieval, foi a vez dos mais pequeninos pertencentes aos
Infantários mais próximos embarcarem nesta viagem. Visitaram o mercado e o curral onde puderam
observar cavalos, galinhas, coelhos, a vaca, o burro, o pónei, cabras e ovelhas. Assistiram ainda a um
espectáculo de fantoches.
Finalmente, e depois das 19h, a Feira Medieval começou a atrair ainda mais membros da Comunidade
Educativa do Colégio que vieram à feira não só para, por momentos, pertencerem a outra época mas,
essencialmente, para assistirem aos espectáculos dos seus filhos que, a par das prestações dos Tribal,
Quinteto t1, Som do Bordão e Pauliteiritos, acrescentaram cor, luz e fantasia a esta festa. O espectáculo de
palco iniciou-se após nova prestação do Sr. Dr. Fernando Ruas e bênção episcopal proferida pelo Senhor
Dom Ilídio Leandro.
Na manhã seguinte - enquanto o primeiro ciclo desfilava pela cidade integrado no Cortejo de Carnaval
das escolas do 1º Ciclo organizado pela Câmara -, decorria na Capela do Colégio uma Eucaristia de cariz
medievo, à qual os alunos assistiram devidamente trajados, e ao som de Cânticos Gregorianos.
Lisboa, Casa Paula – 100 anos da Irmã Adelaide Silva!
No dia 16 de Abril, com uma Eucaristia e almoço/convívio, a Irmã Adelaide viu-se
rodeada do carinho de várias gerações de pessoas de família e de muitas Irmãs, de
longe e de perto. O trabalho da Irmã Adelaide, ao longo destes quase 80 anos de
vida religiosa, foi passado entre Colégios e Lares, onde a simplicidade e o
acolhimento deixaram marcas em muitas alunas.
No início da Eucaristia leu-se um extracto de «Que diz de si?» («Doroteias» -
Novembro de 1999), onde diz:
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Lembro-me de estar em casa dos meus pais, em Vila de Rei, onde era feliz. Era Filha de Maria, e ia à
Igreja. Lá perto dos meus pais, a caminho da Vila, havia uma encruzilhada que teve grande significado
para mim: foi nessa encruzilhada que eu tive a impressão de que Nosso Senhor abriu o céu e olhou para
mim. Tinha 16 anos. Depois, o meu Pároco confirmou-me a vocação, e tirou-me o medo de vir e ter de ir
embora, porque me lembrava daquela frase do Evangelho: «Quem põe a mão ao arado e volta para trás,
não é apto para o Reino dos Céus».
Entrei em Sintra, em 1931, trazida pelos meus padrinhos. Depois de Sintra fui para Tuy...
Em Sintra tive muitas saudades, e estive mesmo para me ir embora. O que me segurou foi a tal frase do
Evangelho...
Voltei para Sintra, para o Colégio da Gandarinha, e fui sempre refeitoreira das meninas.
Viemos todas para a fundação das Calvanas, mas à frente vim eu, a Irmã Barata, a Madre Mendes, a
Madre Mertz e uma Irmã espanhola, para arranjar e limpar tudo. Continuei, depois, encarregada do
refeitório das meninas. Passámos aqui muita fome, porque de Sintra pensavam que nos mandavam da Av.
Fontes, e da Av. Fontes pensavam que nos mandavam de Sintra.
As meninas comiam e dormiam onde é hoje a Casa Provincial, e tinham aulas no edifício novo (metade do
que é hoje o Colégio de Santa Doroteia). Quantas vezes, quando fazia muito frio, eu tinha que ir levar a
merenda lá a cima!
Estive aqui 8 anos. Depois passei pela Av. Fontes e voltei para o Colégio das Calvanas mais 6 anos. Fui
para o refeitório novo. Tive depois de estar à beira-mar, e fui para a Póvoa.
O meu pai fazia novenas ao Padre Cruz para eu vir para Lisboa. Quando contei isto à Madre Provincial,
ela, que sabia que o meu pai tinha ficado viúvo muito cedo, mandou-me para Lisboa. E aqui estou, há 30
anos, primeiro no Lar Universitário e agora na Casa Provincial. Tenho a rouparia e o refeitório, e sou
sacristã. Não tenho privilégios nenhuns de estar na Casa Provincial. Calhou... Se calhar foi por causa do
meu pai...».
E quem viveu com ela, acrescenta: A Irmã Adelaide «assistiu» a várias cenas do Evangelho, e narra-as tal
e qual como quem viu tudo e esteve presente. A «composição de lugar», tão inaciana, é-lhe „conatural‟...
Quando lhe acontecia alguma coisa boa, costumava dizer: O máximo de conforto sem o mínimo de
incómodo...
Colégio de Santa Doroteia - Lisboa
Irmã Ana Maria Barrento
Simplifica-te! – segredou-nos Santa Paula, ao longo desta Quaresma, convidando-nos a fazer, com Jesus,
uma anatomia do coração. Todas as semanas tivemos um espaço de oração para o encontro, uma sala
acolhedora, sempre dignamente ornamentada, com uma composição de lugar de acordo com o
Evangelho proposto.
Com Jesus fomos ao Deserto onde nos disse Resiste. Resiste a tudo o que te afasta de Mim, a tudo o que
te tira a paz interior, a tudo o que te faz desprezar e dominar os outros.
Aceitámos o seu convite: Sobe à montanha. Com Pedro, Tiago e João, estivemos na presença de Jesus,
para aprender a ser um ponto de luz para os que nos rodeiam.
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Encontrámo-nos com Jesus à beira do poço. Tal como fez com a samaritana, mostrou-nos quem somos.
Por isso: Parámos!... e procurámos conhecer-nos melhor.
Abriram-se os olhos do cego e ele acreditou que Jesus era o Filho de Deus. Muitas vezes, também nós não
podemos ver porque olhamos de forma rápida e superficial para aqueles que nos rodeiam e para a nossa
relação com Deus. Com o seu testemunho Acreditámos que Jesus é o Senhor.
Nesta caminhada rumo à Páscoa, com a proximidade das férias, Santa Paula faz-nos o convite: Celebra.
Celebra a simplicidade da ÚLTIMA CEIA que Jesus viveu na Quinta-Feira antes da Páscoa dos Judeus
com os doze Apóstolos.
Com esta motivação e conduzido pelo Espírito o Colégio de Santa Doroteia pôs-se em movimento. Como a
comunidade escolar é bastante numerosa, e para que todos pudessem viver em clima de festa e com serenidade
este momento, fizemos duas Celebrações: uma com as turmas C e D e outra com as turmas A e B.
Momento tão envolvente só mesmo no Salão de Festas… fez-se a encenação da celebração no palco, com
todo o rigor, vivência e densidade. Quisemos que todos os sectores da comunidade educativa estivessem
representados. Assim, os nossos 12 apóstolos, convidados para a mesa, para além da simpática presença
do Padre Alberto Sousa, foram alunos, professores, irmãs, encarregados de educação e funcionários, que,
vestidos a preceito, assumiram com muita seriedade os seus papéis.
Na primeira parte, quisemos dar realce à Páscoa Judaica, onde além do são convívio em família, à volta
da mesa, não faltaram a Palavra, o cordeiro, as ervas amargas, o pão ázimo e o vinho. Celebrámos assim
as maravilhas que Deus realizou em favor do seu Povo eleito, o povo judeu, desde a libertação do Egipto.
Ao celebrar a Última Ceia com os Apóstolos, Jesus deu o sentido definitivo à Páscoa judaica. Cumprindo-
a, vai completá-la, dando-lhe a sua realização plena. Jesus pronuncia palavras e realiza actos que mudam
radicalmente o sentido da Ceia Pascal: Jesus é o Cordeiro de Deus que se entrega por nós e quer tornar-se
presente no Pão partido e no Vinho, que benzidos são partilhados por todos, sempre que celebramos a
Eucaristia, respondendo ao seu mandato: Fazei ISTO em memória de Mim!
Foi com este sentido cristão que vivemos a segunda parte da nossa celebração, a Liturgia Eucarística.
No momento de Acção de Graças, os nossos apóstolos distribuíram, por toda a assembleia presente, um
pequenino pão ázimo benzido, a significar o nosso compromisso para sermos mais, como e com Jesus,
pão partido e repartido por todos.
Muitos foram os que em simplicidade se ofereceram para colaborar, tornando possível que este dia fosse
de verdade vivido e celebrado em clima de família e de festa. A todos o nosso bem-hajam… todos
estamos de PARABÉNS!
Fundação Imaculada Conceição - Covilhã
Irmã Teresa Carneiro
(Este é o novo nome, já oficial, da nossa Obra na Covilhã)
Desta vez vamos dar notícias para o Doroteias, de forma sintética, para não prolongar uma leitura que se
tornaria cansativa. Esta tónica de comunicar como família alargada é muito importante, mas nós nem
sempre nos dispomos a isso...
O tema da simplicidade, trabalhado de acordo com a programação das nossas Instituições Educativas, foi
bem aceite depois de adaptado à nossa realidade.
A menina da simplicidade apareceu toda airosa no início do ano, vestida de cores bem alegres,
acompanhada do slogan “Ser Simples… Nascer, Crescer, Partilhar contigo”, tornando o placard habitual
do corredor muito cativante para as nossas crianças.
As referências à simplicidade foram muito tidas em conta ao
longo do ano nas acções de conjunto:
No Natal, festa que é sempre privilegiada nesta Instituição,
a mensagem foi muito bem acolhida pelas famílias. Houve
muita referência à palavra “nascer” para chegar à família de
Nazaré onde tudo era muito simples.
A Semana de Santa Paula, para as crianças, foi baseada
no livro “Segredos de Paula”. Foi entroncar nas folias de
Carnaval: integrámo-nos no cortejo que saiu pela cidade... a alegria e o humor em Santa
Paula é uma tónica muito característica.
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Tivemos muito em conta a programação da semana no que se refere à acção de conjunto, programada
pela equipa da Província, e rezámos a oração enviada pelo Colégio da Nossa Senhora da Paz, à hora
marcada.
A semana desenvolveu-se já no tempo de Quaresma, em que trabalhámos o tema da água como fonte de
vida, aprofundando o Baptismo, visto que Santa Paula foi baptizada no dia em que nasceu.
Construímos um grande poço baseando-nos na passagem bíblica da Samaritana, e percorremos o caminho
feito no corredor com etapas bem definidas. A celebração final foi sobre a simbologia do Baptismo.
As crianças aprenderam uma canção sobre os poços do deserto, manifestando muita alegria e interesse.
Os adultos receberam formação sobre o Baptismo com o Padre Zé Frazão, Jesuíta, que se encontrava na
Covilhã em estágio pastoral.
As crianças do ATL têm tido formação humana e cristã bastante sistematizada nesta linha da
simplicidade de Santa Paula.
No dia 6 de Maio festejámos os avós, tendo como pano de fundo “Santa Paula educou no seu tempo
com coragem, humildade e simplicidade”. Foi apresentado um interessante trabalho em powerpoint, o
qual foi muito apreciado.
Restam-nos ainda bastantes acções neste 3º período, antes de encerrar o ano lectivo, que achamos rico de
iniciativas e projectos no processo educativo das crianças.
Lisboa, Alto do Lumiar faz Visita Pascal
Sabem que as Comunidades da Zona do Lumiar (Lisboa) e Linhó tiveram Visita Pascal?
Tudo a preceito...: Cruz para beijar... água benta para benzer a casa e as pessoas... com
oração para rezar em conjunto... Cada Comunidade teve ainda direito a uma vela,
inscrição.
Pela foto da capa podem ver: Padre Epifânio, e os acólitos Alice & Alice.
Obrigada por estas inciativas que aquecem o coração...
Figueira da Foz – Maio, mês de Maria, mês de Mãe
Liliana Fonseca – colaboradora e mãe
No dia 2 de maio, foi dia de festa…na nossa Casa!
Neste dia celebrámos a Eucaristia da Páscoa em que festejámos, com Maria,
Jesus Ressuscitado. Para este dia tão especial convidámos as mães de todas as
crianças que frequentam a Instituição. O dia iniciou-se com a receção às mães e
encaminhamento para a Eucaristia, na qual se pedia que abríssemos os nossos
corações para acolher Jesus.
Durante a celebração demos Graças pelas nossas mães, e as crianças apresentaram
um poema e cantaram a Maria: Ó Maria minha Mãe / Mãe de toda a humanidade
/ Sê Farol e minha Luz / Caminho certo para Jesus.
Após a Eucaristia, onde exercitámos o espírito, foi a vez de exercitarmos o nosso corpo: as mães e seus
filhos foram convidados a participar numa atividade bem divertida… uma dança conjunta! De seguida foi
a vez de as crianças fazerem uma surpresa às suas mães: por grupos – 1º Ciclo e Jardim de Infância – ,
acompanhados pelos professores de música, cantaram uma canção e entregaram, orgulhosos, as
prendinhas do dia da mãe. Junto, podia-se ler:
Mãe
A maior riqueza / Que se tem na vida
É ter amor e carinho
De uma mãe querida.
E no dia de hoje/ Quero dizer-te
Que te vou amar/ Enquanto viver.
Queria dar-te tudo/ O que o mundo tem
Mas só tenho um beijinho
e… AMO-TE, MÃE!
No fim, felizes, os convidados para o almoço (mães e filhos) partilharam o refeitório da Instituição.
(texto redigido segundo as normas do Novo Acordo Ortográfico)
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Porto – Colégio da Paz
Margarida Rodrigues Baldaque
Lute por um sorriso: Educar para a solidariedade no Colégio da Paz
A educação para a solidariedade, um dos pilares do nosso projecto educativo, tem vindo a ser sublinhada
como área prioritária de intervenção educativa também pelos pais dos nossos alunos. Desta forma, o
Colégio tem vindo a fazer uma opção clara pela colaboração continuada em projetos sociais próximos
dos contextos de vida dos alunos, de forma a promover um envolvimento e apoio continuados e, sempre
que possível, com a acção directa dos alunos.
Assim, iniciámos há cerca de três anos a colaboração com o projecto
“Porta Solidária”, um projecto de apoio aos sem-abrigo da
responsabilidade da Paróquia Senhora da Conceição (Marquês - Porto).
No âmbito deste projecto, a Paróquia Senhora da Conceição serve
diariamente uma refeição quente (sopa e pão/bolo) a todas as pessoas que
procuram este serviço, entre as 19h00 e as 20h00. Para além da refeição é
também entregue uma pequena merenda para levar, e são procuradas
respostas para outros tipos de necessidades apresentadas pelas pessoas que procuram este serviço:
vestuário, farmácia, etc.
Desde o início deste projecto, a ajuda dos nossos alunos e famílias tem sido muito generosa e empenhada.
Para além de campanhas de recolha de bens como alimentos ou produtos de higiene, por exemplo, os
alunos mais velhos, bem como alguns pais e educadores têm colaborado no projecto “Porta Solidária”
como voluntários, apoiando directamente no serviço de distribuição das refeições.
Este ano, um grupo de alunos do 8º ano decidiu fazer deste projecto o seu trabalho da área curricular não
disciplinar de Área de Projecto. Organizaram campanhas de recolha de diversos bens, e estão actualmente
a colaborar como voluntários no serviço de refeições. A alegria, comprometimento e entusiasmo que
sentem em colaborar neste projecto fica bem patente neste excerto de uma circular redigida por estes
alunos e dirigida aos pais do colégio:
“Caros Pais, nós somos um grupo de alunos do 8º ano que este ano decidiu realizar um novo projecto,
fazer uma coisa nova, diferente, algo que não fosse dirigido para nós mas sim para os outros, e daí surgiu
a nossa ideia: Lute por um sorriso!
Esta campanha tem como função ajudar os mais necessitados (…) tendo como objectivo melhorar a vida
dos que mais precisam, de todas as maneiras possíveis que encontrarmos.”
Selo de Qualidade PROMED
No passado dia 3 de Maio, a direcção do Colégio da Paz participou na reunião de trabalho organizada
pelo GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional) no Forum da Maia. Em resposta ao convite lançado pelo
GAVE, no âmbito da candidatura do Colégio ao Selo de Qualidade PROMED, foi apresentado o Perfil de
Auto-avaliação de Escola, instrumento utilizado no Colégio da Paz para monitorizar o trabalho
desenvolvido nas diferentes áreas pedagógicas e serviços de forma a promover a melhoria da qualidade
destes serviços e das aprendizagens, formação e resultados dos alunos.
O PROMED é um projecto de incentivo à utilização dos resultados da avaliação externa dos alunos para a
melhoria das suas aprendizagens, sendo o selo de qualidade "uma distinção das unidades orgânicas de
gestão escolar através do reconhecimento das suas práticas de utilização formativa da avaliação externa,
ou seja, das suas práticas PROMED." (GAVE).
Marcas que marcam os alunos
No passado dia 29 de Abril, no âmbito do 1º Ciclo de Seminários de Aprofundamento em Administração
e Organização Escolar – Lideranças, Supervisão e avaliação, organizado pela Universidade Católica
Portuguesa - Campus Foz –, a Dra. Maria Sousa Soares (Directora Pedagógica do Colégio da Paz)
moderou um painel subordinado ao tema: “O que mais marca os alunos nas nossas escolas”. Este painel,
enquadrado no tema mais amplo do seminário – Marcas que marcam os alunos; marcas que marcam os
professores – contou com a participação de alunos de diferentes escolas e evidenciou, entre outros, a
importância atribuída por estes à relação estabelecida com os professores, sendo a qualidade desta relação
um factor determinante e marcante nos seus percursos escolares.
Audição de piano
No passado dia 6 de Maio realizou-se a audição de piano dos alunos inscritos nesta actividade
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extracurricular. Os alunos que ao longo do ano lectivo trabalharam com empenho e dedicação mediante
a orientação das suas professoras – Irmã Aguiar e Manuela Costa – compreendiam idades entre os 5 e os
14 anos.
Foram convidados os pais, familiares e toda a comunidade educativa para assistirem ao trabalho que estes
alunos realizaram ao longo da sua aprendizagem, alguns deles tendo iniciado as aulas de piano há apenas
5 meses.
Foi notável como todos os pais demonstraram que consideram importante o contacto com a música e
com um instrumento desde pequenos.
De 14 a 28 de Maio está a decorrer uma
exposição de pintura da Irmã Gabriela
Cabrita, no Auditório Municipal de Vila do
Conde. O espaço, um lindo salão de um solar do
século XVII, com uma vista magnífica sobre o rio
Ave e o Mosteiro de Santa Clara, foi cedido,
gratuitamente, pela Câmara da cidade. Na
abertura estiveram presentes as Irmãs Lúcia
Soares e Maria Antónia (em visita às
Comunidades de Vila do Conde) e duas Irmãs do
Instituto de S. José. O tema é «A Natureza» e tem
alguns quadros da Quinta do Colégio do Sardão
e do meio envolvente de Oliveira do Douro.
A Irmã Maria Emília Nabuco participou num
Congresso em Oxford, na semana de 16 a 20
Maio, apresentando os resultados positivos da
avaliação feita ao Projecto A PAR. Aproveitou
também para uma brevíssima visita às Irmãs de
Londres que tanto a ajudaram nos seus estudos.
Dia 2 Junho - As Equipas Directivas e da
Pastoral das nossas Instituições Educativas
têm reunião no dia 2 de Junho, em Fátima. No
final do dia o Governo Provincial reúne com as
Irmãs que têm funções na Associação SEIVA.
Dias 3 a 5 Junho – Bibliodrama, na CESardão,
orientado por Geneviève Muller.
Dia 4 Junho – Chegam de Moçambique as
Irmãs Mª da Conceição Moreira e Odete Almei-
da Vitória, a São para ficar na Província e a Ode-
te para tratamento e repouso.
Dia 12 Junho – Primeiros Votos das três
Noviças de Moçambique que fizeram o Novi-
ciado em Angola. Regressaram já a
Moçambique, e farão os Votos em Ulongwé.
Dias 25 e 26 Junho – Realiza-se, em Fátima, o
Conselho Provincial Ampliado.
A Irmã Ana Maria Barrento vai participar, no
mês de Julho, em Roma, no Encontro Inter-
nacional de Formação para Irmãs mais novas
e Irmãs em Terceira Provação.
A Sœur Maurice, que esteve 24 anos no
Colégio das Calvanas, veio passar uns dias de
férias em Lisboa (Casa Paula), a „matar
saudades‟. Tem tido a consolação de se
encontrar com muitas antigas alunas que a vêm
visitar.
Irmãs doentes: A Irmã Maria Emília Leitão
(Fátima) está, desde há algum tempo, internada
nos Cuidados Paliativos do IPO de Coimbra, e a
situação é muito grave. A Irmã Rita Nery (Sardão)
pôs um pacemaker, pois o coração precisava de
„ajuda‟. A Irmã Maria do Rosário Caetano (Viseu)
– está novamente hospitalizada, com o mesmo
problema que já tinha. A Irmã Rosa Silva (V.
Conde – Residência) esteve internada com uma
infecção respiratória, mas está já em casa. A Irmã
Maria da Conceição Oliveira foi operada à
coluna, e a Irmã Luísa Coelho à tiróide.
50 anos de Vida Religiosa
A Irmã Palmira Cardoso (Lisboa Calvanas – Residência de Santa Doroteia), por coincidência passou o dia das
Bodas de Ouro na sua terra Natal, onde tanto deu da sua vida durante os anos em que acompanhou primeiro o
pai e depois um irmão. Foi festejada „condignamente‟, sobretudo pelas catequistas que muito apoiou.
A Comunidade viveu com ela esse dia, à distância; e depois, a 1 de Maio, agradeceu com a Irmã Palmira a graça
da sua entrega ao Senhor. As Irmãs Lúcia e Maria Antónia deram-nos a alegria de jantar connosco.
A Irmã Palmira agradece as mensagens e presentes enviados pelas Comunidades.
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IRMÃ MARIA DA CONCEIÇÃO NEVES DOS SANTOS
A IRMÃ NEVES faleceu a 19 de Abril, no Sardão.
Partilhamos com todas as Irmãs os principais aspectos que nos ficaram na memória sobre a personalidade
tão forte mas tão delicada da Irmã Neves.
Agradecemos a sua capacidade de entrega aos ofícios que lhe eram confiados, o seu humor fino e
delicado; para tudo tinha uma palavra a calhar que ajudava a alegrar a Comunidade sem nunca ferir a
caridade. Os seus 3 últimos anos de vida foram marcados pela doença e por grande sofrimento.
Agradecemos a Deus o belo testemunho que nos deixa.
IRMÃ EMÍLIA LOPES DOS REIS
A nossa Irmã Emília Reis, com 86 anos de idade e 61 de Vida Religiosa, partiu serena ao encontro do Pai a
quem tanto amou e a quem sempre confiou toda a sua vida.
No dia 13 de Maio, em Fátima, aos 24 anos, entrou na Congregação. Fez o Noviciado e passou quase
toda a sua vida religiosa nesta casa do Linhó. Quem não conheceu a Irmã Reis, mulher decidida,
trabalhadora, disponível, que conhecia como as suas mãos, palmo a palmo, esta Casa, a Quinta e a Serra!?
Havia problemas com a água? Lá ia a Irmã Reis serra acima descobrir o que se passava e resolver, para
que não faltasse água em casa. E quem não saboreou o mel das suas abelhas?...Com que cuidado
procurava garantir todas as condições para que este fosse do melhor!
Da sua vida espiritual podemos recordar muitos aspectos, mas era evidente que estava centrada na
Eucaristia e numa grande devoção a Nossa Senhora e a S. José. Era também notória a sua fidelidade aos
encontros comunitários, enquanto a saúde lho permitiu.
Assumiu de tal maneira a missão de visitar as Irmãs doentes que, acompanhada de outras Irmãs, o fazia,
diariamente, com muito carinho, rezando com elas o terço.
Encarou a doença com uma enorme força de vontade, aliada a uma Fé viva. A perda da visão significou na
sua vida uma transformação profunda e a descoberta de uma outra perspectiva que se traduzia na
contemplação e sabedoria do mistério que a habitava. O semblante de sorriso e paz que comunicava,
cativavam quantos com ela conviviam. Nos últimos dias, no hospital, no meio de muito sofrimento e
deixando tocados os que estavam presentes, afirmou: “Eu só quero fazer o que for da Vontade de Deus
para mim.”
As preocupações familiares eram suas preocupações. Os fortes laços que a ligavam à Família faziam-na ter
um lugar especial para cada um, na sua oração e no seu coração.
Nesta hora, liberta já de sofrimento, goza da Paz de Deus e une-se ao nosso canto: Minha Paz, minha
Alegria, minha Esperança é Jesus Cristo meu Senhor.
Faleceram também:
Um irmão da Irmã Mateus (Linhó), que se encontrava hospitalizado há já algum tempo.
A irmã da Irmã Magalhães - a MARIA (Maria da Assunção Magalhães) - conhecida de quase todas as
Irmãs, no dia 7 de Maio, primeiro Sábado. Partiu serena, como serena foi a sua vida. Num terço, rezado por
Irmãs e amigos na noite do seu falecimento, dizia-se no último mistério: Agradeçamos, na Maria, a sua Fé,
energia e motor de toda a sua vida; a intensidade com que rezava, no terço, uma pequena jaculatória
que nunca deixava esquecer: “Coração de Jesus que tanto nos amais, fazei que eu Vos ame sempre e
cada vez mais”…. O funeral fez-se em Espinho, onde, numa tarde de Domingo, tiveram possibilidade
de estar presentes não só a família, como Irmãs de várias Comunidades e pessoas amigas.
Diz-nos a Irmã Magalhães:
Hoje, dia 13 de Maio, foi celebrada a Eucaristia pela minha irmã Maria, Missa do 7º dia da sua
partida para Deus. Aproveitando o “Doroteias” é, pelas mãos de Maria, que quero fazer chegar a
todos(as) o mais sentido agradecimento por todo o apoio que nos deram com as vossas orações,
mensagens, visitinhas…
Quantas manifestações de AMIZADE! Como foi bom experimentar o espírito de família que nos une.
Bem-hajam por tudo que foi expressão de comunhão com os de mais perto e com os de longe.
Sabem que estou sempre com cada um(a) e, agora especialmente, com aquela gratidão que quero que
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seja sobretudo acção de graças ao Senhor pela forma como nos acompanharam nestes quatros anos.
Peço desculpa pelo lapso que houve na comunicação da notícia a algumas Comunidades e pessoas
amigas. Na pressão do momento não me fiz entender e daí esta falha, que lamento.
Agora é a Maria que, de uma forma mais plena - porque junto de Deus – agradece todo o bem
recebido e entrega a Nossa Senhora cada uma e as grandes intenções da Hora que vivemos.
Irmã Maria de Lourdes Magalhães
Irmã Diana Barbosa
MMAADDRREE MMAARRIIAA DDAA PPEENNHHAA LLEEMMOOSS
Nasceu a 16 de Abril de 1868, na Quinta da Anta (Distrito de Coimbra), e aos 21 anos batia à porta do Quelhas...
Fazia a sua entrada oficial na Província [Profissão Temporária a 18 de Abril de 1892, tendo entrado a 13 de
Novembro de 1889,] a inesquecível Madre Mestra Lemos, um dos maiores vultos da sua história, em cujas malhas teve a
sua vida tão entrelaçada que, em grande parte, a escreveu com a sua acção e conselho; e, depois, gravou-a no espírito e
no coração, de tal modo que, até ao ano da sua morte, 1954, ela como que compendiou em si a história da Província –
assim a retrata a Irmã Maria do Céu Nogueira na História da Província Portuguesa (Vol. I, p. 170).
A Superiora Geral Giuseppina Troiani, em carta dirigida à Provincial Ana do Espírito Santo Morais, corrobora
este merecido apreço: A Irmã máxima faz um edificante elogio da Madre Maria da Penha Lemos; diz que em tudo se
assemelha à boa Madre Carlota Castelo. Que consolação para mim ouvir tão belas notícias! (25/11/1905).
E a História da Revolução e Dispersão, num passo que descreve os trabalhos e aflições por que passou a Madre
Penha Lemos, na viagem a Aerschot, em plena Grande Guerra de 1914-1918, refere que à Madre Maria Augusta Alves
mais uma vez lhe foi dado verificar, com suma gratidão, a mercê preciosíssima que o Céu lhe fizera com tão
incomparável Cireneu (p. 286).
O relato escrito dos trágicos acontecimentos, na sequência da Revolução de Outubro de 1910, deve-se à
memória e ao coração da Madre Maria da Penha Lemos, que tomou larga parte em tudo o que é narrado e que,
mais tarde, compôs vários manuscritos, servindo-se também de cartas e testemunhos de várias Irmãs. (idem, cf. pp. 3
e 5). Deve-se, pois, à Madre Maria da Penha Lemos este tesouro de família.
Quantas viagens naqueles tormentosos tempos! Quinta da Carreira... Tuy...Lumbrales... Lourdes... Ciudad
Rodrigo... Aerschot-Bélgica... Inglaterra... regresso a Aerschot para despejar e entregar a casa... Quantos trabalhos e
sofrimentos: Tudo nos faltava [em Brookland], não excluindo a água, que íamos buscar fora. A Madre Penha Lemos
não havia ofício que não fizesse, como de carpinteiro, mas o principal era o que já desempenhava em Tuy, o de
cozinheira (idem, p. 206).
Na véspera da morte da Madre Maria Augusta Alves, então Assistente Geral e Superiora do Colégio da Villa
Paola, em Roma, tendo-lhe dito a Madre Costa que estava a escrever para Portugal, e se à Madre Penha Lemos
mandava muitas saudades... respondeu: Oh, sim, sim!... a minha fiel companheira de tantas viagens!
Formada na „escola‟ da Madre Mestra Maria Carlota Castelo, sua prima direita, foi consolidando a sua
virtude e santidade. Consideravam-na qual outro S. João Berchmans, tão perfeita e notável era a sua
observância regular, tão pronta se mostrava para qualquer sacrifício e acto de abnegação que se oferecesse à
sua generosidade e à sua rápida compreensão das muitas ocorrências que surgem na vida da Comunidade.
Foi por duas vezes Mestra de Noviças, num total de 18 anos: 10.10.1903 – 07.05.1911 e 17.10.1920 –
13.11.1930. E tão bem se houve nesta missão, que se tornou „a Madre Mestra‟ por excelência na Província Portuguesa,
sem nunca ter perdido este título...
Forte, firme, incutia nas Noviças o verdadeiro espírito de uma Doroteia, que não pode vacilar perante qualquer
dificuldade que se lhe apresente. Muito compreensiva, de coração compassivo e magnânimo, revestida até ao âmago da
caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo... Apartando-se de certos „esquemas‟ e seguindo a linha da sua Madre Mestra Castelo,
não era inclinada a dar „provas‟ às Noviças: não as constrangia, secundava a graça. Dizia-lhes: As Irmãs é que dão as
provas... Referindo-se às mesmas, afirmava: Às Noviças devemos amá-las, mas dar-lhes alimento sólido.
Como Secretária e ajudante magna de três Provinciais - Maria Augusta Alves (12 anos), Eugénia Monfalim (18
anos) e Maria do Carmo Corte Real (15 anos) – a quem auxiliou e secundou com fidelidade e tacto nunca
desmentidos, com inteligência clara e previdência notável, e com prudência quase proverbial entre nós, foi em toda a
verdade a „Secretária modelo‟ da nossa Província.
Quantos sacrifícios não fez para conjugar o ofício de Mestra de Noviças com o de Secretária! Por vezes, passava
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em claro repetidas noites de exaustivo trabalho, dactilografando Catálogos e Índices da Província; e, após uma
brevíssima passagem pelo quarto, encaminhava-se para a capela a fim de fazer a meditação com a Comunidade.
À sua solicitude, ao seu imenso amor ao Instituto e ao seu sentido do valor do documento histórico,
devemos, em grande parte, a conservação do património do nosso Arquivo e de outros bens da Província,
que nos permitem, hoje, reviver o nosso passado, cheio de sobressaltos mas também cheio de heroísmos.
„Regra viva‟ foi outro título que desde cedo mereceu na Congregação, de tal modo meditou a Regra,
lhe bebeu o espírito, lhe compreendeu o sentido! Chegou a sabê-la de cor, e gravou-a na sua alma para o
resto da sua vida. Na Regra via expressa a vontade de Deus para ela. Por isso, já quase no fim da vida,
escreveu: A santidade está em fazer tudo o que Deus quer, e querer tudo o que Deus faz. Não é belo?
Na saúde, na doença e na morte foi sempre igual a si mesma. Estava já a dois passos da morte, e
ainda ensinava às Irmãs o suporte mútuo, fonte inesgotával de paciência e esteio forte da caridade: Nosso
Senhor não fez dois caracteres iguais, como não fez iguais duas folhas. Devemos adaptar-nos aos outros.
Ninguém tem culpa de ser como é... não nos podemos mudar inteiramente. Se nos mortificarmos para
dar felicidade aos outros, a vida de Comunidade será um Céu.
Com frequência repetia: A morte só tem tido para mim graças brancas.... Uma dessas graças brancas
foi a visita do Rabugentinho, enviado expressamente do Noviciado do Linhó, com mensagens que lhe
traziam a saudosa evocação do passado e a sorridente promessa de futuras alegrias celestes... Costumava
dizer: Não há no mundo Menino mais bonito do que Ele!
Dias antes da sua morte, ocorrida no Externato do Parque a 10 de Setembro de 1954, recebeu a Santa
Unção das mãos do Padre Júlio Marinho, SJ. Depois de ter agradecido ao Sacerdote: Como lhe estou
grata e reconhecida!, voltou-se para a Superiora: Nesse dia [o da sua morte] tem de dar café às Irmãs, mas
não no refeitório; tem de ser na sala de recreio... como num dia de festa!
O Padre Marinho, ao sair do quarto da enferma, visivelmente comovido e edificado, disse às Irmãs: A
sua vida foi uma linha recta, e a sua morte é uma consequência lógica da vida que levou. E, ao chegar à
Residência da Lapa, fez este belo elogio da veneranda enferma: Acabo de dar a Extrema-Unção a uma
Madre Doroteia, que podia já ser canonizada.
Ao Instituto e à Província, a Madre Mestra Lemos deixava duas palavras apenas: Perdão e Obrigada!
Mas aquela que abriu sulcos luminosos de bom exemplo e lançou sementes fecundas de virtudes escondidas,
deixava também, atrás de si, uma esteira de luz e saudade, caminho aberto nas alturas, rumo às infinitas
perfeições de Deus.
Depois do Centenário da Dispersão/Revolução, seguem-se, em 2011, vários centenários, embora algumas
dessas Casas estejam já fechadas:
Lucerne (Suíça) – 24 Janeiro; Tuy (Ordonez, 21) – 1 Março; Liverpool (Inglaterra) – 17 Março; Providence
(Estados Unidos) – 19 Março; Nova York (Estados Unidos) – 25 Março; Pouso Alegre (Brasil) – 5 Abril; Lumbrales
(Espanha) – 5 Setembro.
Não sendo fundação portuguesa, Malta ficou-nos sempre muito ligada, talvez porque estivesse no nosso horizonte
uma Fundação em Malta, também em 1911. De facto, veio a realizar-se lá uma Fundação, a partir de Itália, que
incluiu Irmãs portuguesas.
A Vice-Província de Malta celebrou o Centenário a 5 de Maio
Enviou a toda a Congregação a seguinte mensagem:
Caríssimas Irmãs
Este é o símbolo do nosso Centenário. A Barca na água simboliza o trajecto das
nossas Irmãs de Portugal para Malta. O Girassol é Paula, que as acompanha. A
Cruz… segue sempre o Instituto, mas não pára nele, porque em Paula existe
também o Sol que ilumina e aquece o nosso caminho em direcção ao infinito…
No decorrer das nossas diversas celebrações, com as alunas e as Irmãs, teremos a todas no nosso coração,
especialmente Portugal...
Um grande abraço Doreen
E Portugal respondeu:
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Caríssima Irmã Doreen e caríssimas Irmãs de Malta
Em nome de todas nós, Irmãs portuguesas, uma mensagem afectuosa no dia do vosso Centenário
de VIDA ao serviço do Senhor, na Missão de Educar, em tantas partes do mundo. Nestes dias de
celebração, Portugal está muito próximo de todas, agradecendo tudo o que foi amor, dedicação,
sacrifício! Estamos unidas no mesmo MAGNIFIT ao nosso Deus!
PARABÉNS, e que o SENHOR VOS ABENÇOE, a cada Irmã, a todos os Alunos e Antigos Alunos,
Docentes, Pais e todas as pessoas que convosco colaboram na mesma missão da Família de Paula!
É belíssimo e muito significativo o símbolo do vosso Centenário: que o Espírito conduza a “barca”,
que já sulcou tantos mares!...
Com grande afecto, Irmã Lúcia e toda a Província Portuguesa
As Irmãs de Santa Doroteia em Malta: breve história
O primeiro contacto que Paula Frassinetti teve com Malta foi através do Dr. Pasquale Mifsud e sua
mulher, Fortunata Pace, que mandaram as suas filhas para o Colégio das Doroteias, em Santo Onofre. Em
Novembro de 1877, uma das filhas adoeceu gravemente, sendo aconselhada pelo médico assistente a
regressar imediatamente à sua terra natal, única esperança de cura. O Dr. Pasquale, que tinha logo
acorrido a Roma, deu esta notícia à sua filhinha. Maria ficou amargurada, porque era profundamente
afeiçoada às Irmãs de Santa Doroteia. Condoída com a angústia do pai, Paula permitiu que duas Irmãs
acompanhassem Maria a Malta, onde permaneceram até Deus a chamar a Si ao fim de mais de um mês.
Mons. Alfredo Mifsud, um dos filhos do Dr. Pasquale, pediu insistentemente que fossem enviadas a Malta
Irmãs de Santa Doroteia.
Com a Revolução de 1910, em Portugal, as Irmãs daquela Província foram exiladas e dispersas. Malta foi
um dos países a ser beneficiado com esta perseguição anti-religiosa.
Em Maio de 1911, chegaram a Malta três Irmãs Doroteias. Mons. Alfredo Mifsud preparou-lhes o Palácio
Mangion, em Mdina, até poderem transferir-se para a Casa Mifsud, a qual Mons. Mifsud, mais tarde,
deixou em testamento às Irmãs. Também o Palácio Santa Sofia foi preparado em Mdina, para possibilitar
salas adequadas ao funcionamento da Escola, até ser restaurado um edifício maior, em Bastions Street,
contíguo à Catedral, para satisfazer ao incremento da Escola. Mais tarde, a Casa Giuritale foi também
arrendada, tendo sido devolvida aos proprietários o Palácio Santa Sofia. Para além de um Internato e de
um Externato, as Irmãs dedicaram-se a outras obras apostólicas.
(Do site da Província de Malta - http://www.stdorothysmalta.org.mt/http://www.stdorothysmalta.org.mt)
(Cfr. Memórias, cap. XXI)
A Família “Mães de Paula” continua a crescer
Por vontade de Deus (Paraíso de Santa Paula) nasceu no dia 8 de Abril no Linhó mais um grupo de
oração-vida de Santa Paula Frassinetti (“Mães de Paula”).
A Tuxa desafiou-me a acompanhá-la para este testemunho, e foi com muita alegria que verifiquei que a
nossa querida Santa Paula continua a aquecer os corações de quem, por um motivo ou outro, toma
contacto com as Irmãs Doroteias. Que bom é sentir que ainda há gente que tem tempo para parar e
acreditar que Jesus é realmente a Luz que nos ilumina em todos os momentos da nossa vida! Essa Luz é
ainda mais forte e acolhedora nos momentos de escuridão.
O novo grupo formado pela Mafalda, Anabela, Margarida, Adelaide, Cristina, Lúcia, acompanhado pela
Irmã Josefina, pareceu-me bastante entusiasmado por começar a pertencer a este grande movimento que
se apoia no carisma de Santa Paula.
Com estes grupos propõe-se uma caminhada espiritual segundo a pedagogia e espiritualidade de Santa
Paula, de modo a renovar o coração das mães que passam a sentir-se mais compreendidas, amadas e
empenhadas em seguir Jesus como modelo no seu dia-a-dia.
Agradeço, por isso, à Tuxa a possibilidade de me ter proporcionado este testemunho e desejo a todas
coragem e alegria na nova missão.
Um abraço da Ana Maria Alves
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Encontro anual de reflexão das „Mães de Paula‟
Manuela Coelho - Viseu
O clima que se viveu no encontro foi de franca amizade e de
muita alegria e simplicidade.
Porque o tempo estava frio esperavam-nos um cafezinho quente
ou um chazinho com uns bolinhos. Como sempre, o grupo que
acolhe as „Mães‟ esmera-se por fazê-lo com todo o carinho. Desta
vez aconteceu em Coimbra, no dia 19 de Fevereiro, o Encontro
anual de reflexão das „Mães de Paula‟, em que o Sr. Padre
Humberto nos abriu novos horizontes para a Missão.
O ardor da Missão é de todos, e parte para todos os lados, com a vontade firme de formar um laicado
maduro que assente em três pontos:
1. Diálogo espiritual (comigo mesmo e com um “amigo”, diálogo empático)
2. Vida comunitária (com os outros)
3. Vida quotidiana de oração (com Deus)
Não deixou de nos lembrar Santa Paula quando afirmou: “Paula Frassinetti, sabe que um caminho
formativo é integral. Por isso convida as suas condiscípulas a serem educadoras que juntam o caminho da
fé e da razão e não se deixarem levar unicamente pela sensibilidade.
Ao fazer a missão, o nosso estilo de vida vai fazer história e vai marcar quem nos acolhe, porque a
espiritualidade de comunhão é dar aos outros a nossa riqueza.
Referiu também esta passagem de uma carta da Clelia como fundamental para o êxito da missão.
Jesus escolheu as mulheres, e continua a escolher mulheres para anunciarem esta alegre notícia:
ressuscitou. “Desejamos que para cada uma de nós […] esta verdade da ressurreição de Jesus seja
cada vez mais nossa, nos nossos projectos, nos nossos horizontes. Se o for, nada do que somos, do
que fazemos, do que vivemos com amor poderá cair no vazio. E a nossa vida será cheia de
esperança, será vida nova que não morrerá (Clelia, Missão de Amor, 2011/1, p. 3).
Depois da partilha seguiu-se a Eucaristia que contou com a presença das Irmãs da Comunidade.
Na parte da tarde procurámos fazer partilha estimulando as mães a sentirem-se entusiasmadas e a
comprometerem-se com a nossa caminhada. Dessa partilha frisamos os pontos que mais nos tocaram:
* Não há dúvida de que o diálogo é o termómetro do amor, e a mãe tem, como missão, irradiar o amor
de Deus, que vive dentro dela.
* Para sermos ouvidas temos de falar baixinho, sentir Jesus e partilhá-l‟O, com muita humildade.
* Não impor nada a ninguém, mas mostrar a nossa disponibilidade para quando for preciso.
Esteve entre nós uma mãe, a Lisete, que não conhecia a nossa Obra e, ao perguntarmos-lhe qual a opinião
com que ficou, respondeu que é um grupo onde se sentirá bem, por se saber acolhida como é. Uma outra
„mãe‟ que só esteve durante a tarde, por motivos profissionais, deu-nos um belo testemunho. É
enfermeira, e procura ver em cada doente o rosto de Deus, porque torna o seu trabalho mais santificante.
E, porque a hora da partida se aproximava, partilhámos o lanche e cada grupo seguiu para o seu destino.
Foi um dia rico com apenas em senão – o tempo ter corrido muito rápido…
Outras notícias
A Manuela Coelho, Mãe de Paula do grupo de Viseu, e a Oretta, do grupo de Sutri, Itália, estão em
Missão visitando as Mães de Paula angolanas até 26 de Maio. Pedem a nossa oração.