akademicos 55 (final)

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págs. 4 e 5 Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1438, de 02 de fevereiro de 2012 e não pode ser vendido separadamente. Gonçalo Waddington O dinheiro que é investido na cultura tem retorno págs. 6 e 7 55 Prontos para estágio ? págs. 4 e 5

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Edição 55 do Jornal Akadémicos

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Page 1: Akademicos 55 (Final)

págs. 4 e 5

Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1438, de 02 de fevereiro de 2012 e não pode ser vendido separadamente.

Gonçalo WaddingtonO dinheiro que é investido na cultura tem retorno

págs. 6 e 7

55

Prontosparaestágio ?

págs. 4 e 5

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MÚSICA3 fevereiro 21h30 Teatro José Lúcio da Silva

CAMANÉCamané está de volta! Para suce-der ao anterior platinado Sempre em Mim, Do Amor e Dos Dias

é o título do seu novo álbum lançado no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém e editado em Setembro de 2011. Pode assistir à interpreta-ção dos seus novos temas no próximo dia 3, pelas 21h30 no Teatro José Lúcio da Silva. Bilhetes: plateia/1ºbalcão 15€ - 2º balcão 12,5€.

14 Fevereiro, 22h · Teatro José Lúcio da Silva

LÚCIA MoNIz - FIo de Luz concerto esPecial de são Valentim

Fio de Luz é o título do novo álbum de originais de Lúcia Moniz. Esta artista, naturalmente ligada ao palco, traz-nos um espectáculo intimista com músi-cas e letras que marcam uma nova fase da sua vida artística. Não deixe passar esta oportunidade. Apa-reça no próximo dia 14 de Fevereiro pelas 22h00 no Teatro José Lúcio da Silva e arremate agradavel-mente a sua noite de S. Valentim. Bilhetes: 12,5€.

dANçA23 Fevereiro, 21h30 · Teatro José Lúcio da Silva

The GIFT

Na sua nova digressão intitulada Primavera/Explode – Mil Cores Possíveis, os Gift levam até si um espectáculo bipartido. Inicialmente num tom mais calmo e intimista e fazendo-se seguir de uma explosão de cores, dança, festa e intensidade, apresentam um conjunto de canções inspiradas na primavera, escritas no verão, gravadas no outono para serem ouvidas em pleno inverno. Atuam em Leiria, no próximo dia 23 de Fevereiro no Teatro José Lúcio da Silva. Bilhetes a partir de 15 €.

TeATRo01 Março, 21h30 · Teatro José Lúcio da Silva.

o CeRCo de LeNINGRAdoO Cerco de Leningrado, retrata um tempo

antigo, alertando-nos simultaneamente para os perigos encerrados na sociedade atual. É a história de duas mulheres que vivem fechadas num teatro há mais de vinte anos, lutando contra a sua demolição. Uma comédia política de Sanchis Sinisterra, conceituado dramaturgo espanhol, que homenageia os profissionais dedicados ao teatro. A peça é interpretada por Eunice Muñoz e Maria José Paschoal. A não perder, no Teatro José Lúcio da Silva, com bilhetes a partir de 12,5€.

expoSIçõeSAté 31 de Março · Edifício Paços do Concelho

AS INvASõeS FRANCeSAS

Este ano evocam-se os 200 anos do incêndio de Leiria, que deflagrou no seguimento da 3ª Invasão Francesa. O Município de Leiria assina-la o acontecimento com uma exposição onde é possível contemplar um conjunto de painéis que reproduzem e dão a conhecer a cidade antes e de-pois deste trágico evento. O público pode ainda revisitar Leiria em de Março de 1811 através de um surpreendente vídeo 3D. A exposição encontra--se no edifício dos Paços do Concelho de Leiria até 31 de Março. Visite-a de segunda a sexta das 09h00 às 17h00. A entrada é livre.

Aproxima-se mais um final de semestre. Para muitos alunos este período é marcado, para além dos habituais mo-mentos de avaliação, pela procura de um local que lhes abra as portas e lhes faculte o acom-panhamento profissional indispensável para que possam realizar perío-dos de formação em contexto de trabalho. Estamos a referir-nos

aos alunos finalistas que no próximo semestre farão os seus estágios cur-riculares. Este momento representa, para a grande maioria, o primeiro contato com o mercado de trabalho. Todos os alunos são acompanhados por supervisores nas entidades/insti-tuições que os receberem, profission-ais da área que os orientam nas suas atividades diárias. Além destes orien-tadores das entidades de acolhimen-to, os alunos dispõem do apoio dos supervisores da escola, docentes da

área de formação, que acompanharão os alunos e que serão o elo primordial de ligação entre a escola e a entidade de estágio.

É uma altura marcada por in-certezas e indefinições. Os es-tudantes, não sendo ainda profission-ais, também já não são propriamente alunos. São pré-profissionais que se situam entre a formação e o desem-penho de uma profissão que, natural-mente, acabará por ser o destino no final dos estágios.

As dificuldades de acesso ao mer-cado de trabalho são, atualmente, uma realidade incontornável. As taxas de desemprego, em Portugal, vão batendo recordes com bastante frequência. Em Novembro de 2011 o desemprego atingiu os 13,2%. Se há relativamente pouco tempo os alunos se interrogavam sobre a pos-sibilidade de assegurar um emprego “naquela área” que mais deseja-vam, atualmente a interrogação é bem mais dramática: “Será que vou conseguir um emprego?”. Não ob-stante, os 4 mil novos alunos do IPL

são uma prova que a procura de (re)qualificação profissional continua a ser uma realidade e que são muitos os que apostam na formação como forma de ultrapassarem a dificuldade, quase generalizada, de acesso ao mercado de trabalho. É neste sentido que, seguindo as recomendações da European University Association, e o investimento do Instituto na em-pregabilidade, um dos projetos de dinamização do ano letivo da ESECS, passa pelo conhecimento da situação de empregabilidade dos diploma-dos nesta unidade orgânica do IPL. Através do conhecimento da natureza dos empregos obtidos pelos diploma-dos, é possível continuar a estruturar propostas que, de alguma forma, faci-litem a transição para a vida ativa.

Cristóvão MargaridoJosé Trindadedocentes da esecs–iPl

AABRIR

NãopeRkAsAndreia Narciso

diretor InterinoJoão Nazá[email protected]

Coordenadores pedagógicosCatarina [email protected]

Paulo [email protected]

Apoio à ediçãoAlexandre [email protected]

departamento GráficoJorlis - Edições e Publicações, LdaIsilda [email protected]

Maquetização e projeto GráficoLeonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–[email protected]

Secretariado de RedaçãoAna Neves

Redação e colaboradoresAna Camponês, Ana Filipa Ribeiro, Ana Neves, Ana Vieira, Andreia Narciso, Bárbara Jorge, Daniel Neves, David Agostinho, Filipa Moderno, Joana Nunes, João Peixoto, Patrícia Calado, Ricardo Rampazzo.

presidente do Instituto politécnico de LeiriaNuno [email protected]

diretor da eSeCSLuís Filipe [email protected]

diretora do Curso de Comunicação Social e educação MultimédiaAlda Mourã[email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

[email protected]

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02 fevereiro 20123

Reduzir, reutilizar e reciclar. Os “3 r” já não se aplicam só o lixo. Hoje em dia, também pode-mos reciclar roupa.

Em Leiria há três anos, a Paradoxo é uma loja de venda de roupa e acessórios em segunda mão. A ideia surgiu por parte de Joana Sérvulo que decidiu criar a loja devido à situação profissional em que se encontrava. Como nos conta: “esta-va desocupada, também estava numa idade em que não era fácil criar uma ocupação porque já tinha 50 anos”. Joana é Lisboa e, depois de al-guns anos a viver em Leiria, reparou que havia uma lacuna na região: “adoro estas coisas usadas e lembrei-me que aqui não havia nada e tive a ideia de criar a loja”, afirma.

Ideia idêntica teve Helena Cabral que, tam-bém por motivos profissionais, criou a Kid to Kid (de criança para criança) uma loja de rou-pa, brinquedos e acessórios usados de crianças e bebés. “Entrei numa loja destas em Coimbra e achei uma ideia fantástica. Depois houve uma si-tuação de despedimento da minha parte e achei que faria sentido abrir uma”, explica Helena. A Kid to Kid existe desde 1993 nos Estados Uni-dos e já conta com 12 lojas em Portugal. Hele-na teve a ideia de trazer o franchising para Leiria pois julga que este é “um ato inteligente para as pessoas que estão a comprar e para as pessoas que estão a vender”.

Ambas julgam que este é um fenómeno em expansão e apontam como causas para tal as “peças mais baratas” e um “consumo susten-tável. Helena indica também que o que distin-gue estas lojas das restantes é o “atendimento mais personalizado” e também a “relação que se cria, porque se compram as coisas que eram dos filhos das pessoas e isso traz recordações”. Joana acrescenta que os clientes também procu-ram estas lojas porque cada peça é única e não há produção em massa como nas superfícies co-merciais: “não querem andar vestidas de igual aos outros”, sublinha.

Ana Lopes tem 29 anos e é uma cliente habi-tual da Kid to Kid. Explica porque procura peças

usadas: “fui mãe muito cedo e aproveito as coi-sas mais baratas para conseguir vestir a minha filha”. Para Ana este é um conceito importante na medida em que “uma criança veste a roupa poucas vezes porque cresce muito rápido e não vale a pena estar a comprar muito mais caro”. Ana afirma que tanto ela como a filha não têm preconceito de utilizar roupa em segunda mão.

Mas a verdade é que apesar da uma mudança de mentalidades, os portugueses continuam pre-conceituosos. Joana Sérvulo diz que já lidou com este facto na Paradoxo. Como relata: “já houve pessoas que fugiram quando eu lhes disse que era em segunda mão”. Para Helena a situação não é tão linear quanto isso pois a “aceitação deste tipo de lojas é diferente nas regiões do país”. Mesmo assim, sublinha que “as pessoas têm de vir, e têm de ver primeiro” porque “quando se fala em roupa em segunda mão, pensa-se sempre que a peça está suja e gasta” e essa não é a realidade.

Ambas as lojas aceitam roupa e acessórios, para depois venderem ao público mas têm sis-temas diferentes. Na Paradoxo adota-se a “con-signação”. Assim sendo, “faz-se uma seleção, as peças ficam e depois vai-se pagando à medida que se vai vendendo”, refere Joana. Na Kid to Kid, Helena conta que o “sistema informático já está preparado comprar tudo e a única coisa que nós fazemos é dar as diretrizes”. Os requisitos de triagem de ambas passam pelo bom estado estado das peças e pela atualidade das mesmas. Porém, na Paradoxo também são aceites peças que se enquadrem no conceito vintage, desde que estejam bem conservadas.

Paralelamente a este fenómeno surge outro: a venda de roupa própria através de blogues e de páginas nas redes sociais. Daniela Pedroso é ex--aluna do curso de Comunicação Social e Edu-cação Multimédia e resolveu vender a sua própria roupa devido à “falta de dinheiro mas também do excesso de roupa que tinha em bom estado”. Para além de vendedora, Daniela é também comprado-ra, e afirma que esta é “uma forma de renovar o “armário” sem gastar muito dinheiro”. k

No dia 17 de Janeiro, decorreu no Teatro Mi-guel Franco a primeira edição de Conversas Im-prováveis. A iniciativa, organizada pela revista Invest, em parceria com a Câmara Municipal de Leiria, juntou Ricardo Araújo Pereira e Marcelo Rebelo de Sousa, num debate moderado por An-selmo Crespo e Bernardo Ferrão. Para além do apoio as vítimas de paralisia cerebral, o objetivo foi dinamizar o típico debate político. Como explica Anselmo Crespo, a ideia foi “fazer algo totalmente diferente; pondo os dois convidados mais à von-tade, de modo a que ambos desfrutem e tenham prazer na conversa, e não só a plateia em assistir.”

O evento caprichou pela organização e o fac-to dos bilhetes terem esgotado quase subitamente, não impediu os interessados de assistir à vídeo--conferência, que decorreu, em direto, no Mercado de Santana. Os lugares sentados disponibilizados pela organização no largo do mercado, encheram--se com quem quis assistir ao debate mas não foi suficientemente rápido para conseguir um bilhete. E ainda houve quem tivesse ficado em pé. Apesar do frio que se fez sentir, a vontade de ver o dire-to e estar um pouco mais próximo dos convidados falou mais alto e foi com atenção e algumas garga-lhadas que o público exterior seguiu a conversa que percorreu temas e figuras da atualidade política e fez esquecer as adversidades climáticas.

Quanto à “improbabilidade” da iniciativa, os convidados partilham o seu balanço do evento. “É uma espécie de choque de mundos” refere Ricardo Araújo Pereira que, distinguindo as duas vertentes deste debate humorístico-político, acrescenta: “as pessoas que me querem ouvir, só estão interessadas no que eu digo se o que eu digo as fizer rir, o meu contrato com as pessoas é esse.” Já Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a ligação entre humor e política, refere que “num momento em que as pessoas estão muito deprimidas numa situação de crise que, não é só financeira e económica, é também psicológi-ca, o humor permite tratar assuntos sérios, ultra-passando a ideia de impotência, a ideia de braços caídos, ideia de depressão, a ideia de pessimismo, a ideia de que não há saída – é uma forma de energia vital, e quem a manifesta está a reagir vitalmente perante a adversidade.”

Para Anselmo Crespo, o fato do Teatro Miguel Franco não ser muito grande e transmitir uma sen-sação de proximidade entre o público e os inter-venientes torna-o o local ideal para esta inovadora abordagem de debate que visa, não um confronto, mas uma conversa, aproximando duas pessoas que normalmente não vemos juntas. Local que, segun-do informação disponibilizada pela Câmara Muni-cipal, será mantido nas próximas edições.

Quanto a futuros improváveis, foi-nos apenas divulgado que já existem nomes na mesa, no en-tanto, Anselmo Crespo explica: “Se eu revelar, dei-xará de ser improvável.” k

Comércio em segunda mão

Reciclar roupa é tendência Texto Ana Neves | Fotografia Ana Camponês

Texto Daniel Neves e João Peixoto

está – a –

DAR humor aquece Mercado Sant’Ana

DR

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O segundo semestre escolar é um período de nervos para muitos estudantes. Depois de pelo menos dois anos e meio de aulas, é chegado o momento de colocar a teoria em prática, através dos estágios.

O tempo é curto e um mau primeiro dia pode condicionar, desde logo, grande parte do trabalho futuro. “O estágio é o primeiro e ver-dadeiro teste aos nossos conhecimentos, e é aí que temos de demonstrar as nossas qualidades” diz Pedro Batalha, antigo aluno de Comunica-ção Social e Educação Multimédia (CSEM). “Se deixares boa impressão no centro de está-gio, mesmo que não fiques, é difícil que não te apareçam outras oportunidades de trabalho”, explica.

Ana da Costa, gestora de eventos numa em-presa que costuma acompanhar estagiários do IPL, admite que nem sempre as experiências foram as melhores. E as razões de certos insu-cessos são resumidas pela gestora: “falta de co-nhecimentos e de capacidade para pôr em prá-tica o que adquiriram” no curso.

Mais do que apenas um passo para concluir a licenciatura, o estágio é para grande parte dos estudantes, o primeiro contato com a re-alidade do mercado de trabalho. Para Bruno Rego, docente na ESECS e elemento da equi-pa que coordena os estágios de Comunicação,

o objetivo da escola é ajudar os alunos a per-ceberem a realidade profissional que vão inte-grar, procurando também encaminhar os fi-nalistas para as áreas que são a sua vocação. A participação ativa, tanto do orientador de está-gio, como por parte do supervisor designado pela direção da licenciatura, ajudam a prevenir situ-ações menos felizes. No entanto, os alunos têm também um papel determinante em todo o pro-cesso, explica Bruno Rego, não só no desenvolvi-mento do seu estágio, mas na criação de oportu-nidades para os colegas dos anos seguintes.

Nesta aproximação ao mercado, o nervosis-mo é um sentimento comum a muitos estudan-tes até porque, em algumas ocasiões, o processo de escolha e definição do local de estágio acaba por demorar, obrigando os estudantes a resolve-rem rapidamente outras questões laterais, como é o caso do alojamento.

E há mesmo quem tenha de passar por isto vá-rias vezes. No curso de Fisioterapia da Escola Su-perior de Saúde (ESSLei) os alunos contam com cinco estágios durante toda a licenciatura. Cláu-dia Veríssimo, aluna do terceiro ano, considera que esta prática profissional representa uma parte muito importante para o seu curso. “Todos eles são importantes para melhorar como profissional e como pessoa. Além disso, encontrei coisas e téc-nicas que nem sabia que existiam”, explica.

Cursos sem estágioNo entanto, nem todos os cursos podem con-

tar com um estágio integrado na licenciatura.André Teixeira, aluno de Marketing, lamenta aquilo que considera ser uma grande desvanta-gem. “É um período que faz com que acabemos o nosso curso já com alguma experiência, e que nos pode abrir portas para o nosso primeiro em-prego. Não tendo estágio vou perder essa expe-riência primária”.

Sem estágio curricular, a opção é explorar alternativas que aproximem o estudante do mundo do emprego, seja em estágios extracur-riculares ou, posteriormente, profissionais. Foi esse o caso de Hugo Carreira, aluno de Anima-ção Turística que, por sua iniciativa, conseguiu entrar em estágio antes mesmo de terminar a licenciatura. “Encontrei uma vaga na Internet e falei com o centro de estágios da minha es-cola”, Escola Superior de Tecnologia do Mar. Conseguiu um estágio de dois meses, durante os quais teve direito a alojamento, alimentação e remuneração. Hugo Carreira não ficou, até porque havia um curso para terminar, mas em aberto ficou a possibilidade de um dia poder voltar. Experiências no universo profissional que podem desenvolver-se a par da obtenção de formação adicional, seja com uma pós-gra-duação ou com um mestrado.

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AESTAGIAR

Centenas de alunos começam primeira experiência no mundo

de trabalho

Texto: david agostinho, Filipa moderno e ricardo rampazzo

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02 fevereiro 20125Triunfar no mundo laboral

Os que estão a começar o seu estágio sentem que esta é uma prova que pode definir o resto das suas vidas. Para quem está do outro lado, habituado a receber estágios do IPL, como é o caso de Ana da Costa, o que interessa é a humildade com que se en-tra no respetivo centro de estágio: o estagiário deve “assumir as suas limitações e pedir sempre ajuda. E não pensar que se o fizer vai dar parte de fraco, por-que é precisamente o contrário”, sublinha.

Além disso, é recomendável que os alunos adaptem a sua postura ao local onde vão traba-lhar. Conhecer e estudar antecipadamente a em-presa em que se ingressa é, também, algo a ter em conta, até para dar uma melhor imagem. Isso indica a quem recebe o estagiário que o aluno tem vontade e interesse em ocupar o lugar. No final da entrevista de estágio, o aluno deverá lembrar--se sempre de manter o otimismo, agradecendo a oportunidade.

Durante o estágio, limitar-se a fazer apenas o trabalho que lhe é entregue, é algo que também

acaba por prejudicar. Um estágio é uma oportu-nidade para obter o máximo de formação perso-nalizada pelo que o aluno deve procurar, dentro do possível, ser proativo, propor ações e ter total disponibilidade, até para áreas que não estão dire-tamente ligadas ao seu estágio. “Por pertencerem à empresa, ainda que como estagiários, o seu traba-lho é tão importante como o de qualquer outro ele-mento da empresa, portanto deverá ser feito com responsabilidade”, considera a gestora de eventos.

Nestes dias, o mais provável é ser abordado por várias pessoas e é necessário manter uma pos-tura segura, olhando o interlocutor nos olhos mas mantendo cortesia e gentileza. Evitar expressões monossilábicas, como um sim ou um não por sis-tema na resposta, poderá ajudar. Durante o perí-odo de estágio, é importante não esquecer que a prioridade é o desempenho no local de trabalho. O uso do telemóvel, sms ou o facebook pode ser útil ao contexto de trabalho, mas a sua utilização a título pessoal deve ser feita de um modo a não prejudicar as tarefas. k

Numa rua não muito longe do centro da cidade encontra-se o restaurante Luna. Já com algum reconhecimento e mérito atribuído pela população local, este restaurante destaca-se como um dos destinos mais confortáveis de Leiria. Aberto faz já onze anos, pelo Chefe, e gerente, Sérgio Almeida, Luna, apresenta-se como um óptimo local de lazer gastronómico.

A decoração exibe um requinte pouco co-mum. As cores quentes e a luz ambiente tornam o espaço aconchegante e ideal para comemo-rar o dia de S. Valentim em boa companhia. O ambiente é apimentado por uma cozinha, onde, como refere Sérgio Almeida, “o toque de origem francesa é evidente”.

Com a oferta de pratos bastante diversifica-da, o cliente terá à sua disposição uma refeição repleta de qualidade, que inclui o referido “tem-pero” francês - uma delicadeza garantida pelo Chef Sérgio Almeida. Não sendo uma escolha, de maneira alguma, inacessível, Luna é um res-taurante com um espírito muito íntimo e a sua atenção ao pormenor é notável. A qualidade do atendimento reflete o objetivo traçado pelo es-tabelecimento — proporcionar uma experiência simples mas agradável, salteada com acolhi-mento e hospitalidade.

Na esperança de manter o que se pode con-siderar tradição e com o objetivo de “criar um prato diferente, para ter como referência para os clientes”, irá ser criado um menu especial do Chef para a comemoração do Dia dos Namora-dos. A sugestão ainda está no segredo dos De-uses, por isso, cabe aos curiosos descobrirem as suas possíveis maravilhas e adoçarem, com uma visita ao Luna, o que é já um dia repleto de ternura. k

Lunauma escolha acolhedora

Quem não tem estágios integrados no curso, pode sempre recorrer a estruturas de apoio como os Gabinetes de Estágio e Acompanhamento Pro-fissional, disponíveis em várias escolas, ou com a própria Bolsa de Emprego do Instituto, onde são divulgadas ofertas de trabalho. O primeiro passo para se poder encontrar um estágio é elaborar um currículo. Este é um documento importante, não só para o estágio, como para a vida profis-sional futura. O currículo deve ser sucinto e des-tacar os aspetos mais importantes para o cargo que se procura. Apesar de ser curto deve conter toda a informação sobre a experiência profissio-nal e aptidões do aluno. O principal objetivo do documento é marcar a diferença relativamente a outros candidatos. Para além disso, quem queira juntar-se a uma determinada empresa pode sem-pre apresentar-se junto de algum responsável e propor trabalho de campo. Depois disto, é impor-tante estar atento, acompanhando as oportunida-des que vão surgindo, mantendo sempre viva a esperança de as agarrar.

Na fase de procura de estágio, a pesquisa do Cen-tro é importante e os contatos devem ser iniciados o mais cedo possível em relação ao período em que se irá estagiar. Esse foi o caso de Dora Matos, que conseguiu uma oportunidade para ficar em Madrid, mais propriamente na agência de notícias espanho-la EFE e na Philips, aqui enquanto Relações Públicas e responsável social corporativa. Sem nunca se ter sentido explorada, Dora continua o seu estágio de um ano na Philips, no entanto sem qualquer tipo de certezas. O futuro, esse, o tempo o dirá.

É em busca desse futuro que partem agora inúme-ros alunos, como é o caso de José Olival, aluno do curso de Desporto e Bem-Estar. José já sabe que irá estagiar com os Juvenis da União de Leiria, e espera encontrar uma oportunidade para aplicar os conheci-mentos adquiridos ao longo dos últimos três anos. Tal como a grande maioria, José Olival acalenta o dese-jo e a esperança de poder ficar no centro que agora o recebe. Para isso, espera que o gosto pelo que vai fazer, conjugado com a vontade de ocupar o lugar na instituição, o ajudem.

Dicas para encOntrar O que se prOcura

2012

kokoNsumooBRIgAtóRIo

João peixoto

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Gonçalo WaddinGton

Teve formação na área do teatro. Como surgiu o interesse por esta área?

O desejo de ir estudar teatro despontou num episódio caricato. Eu tinha acabado de desistir do liceu de Carcavelos. Estava a estudar Humanísti-cas no 11º ano e era preguiçoso. Não gostava muito daquilo, nem da área. Os meus pais também não me chateavam muito, desde que eu chegasse ao fim do ano e passasse. Eu tinha desistido, e ia mudar de área. Mas lembro-me de ter visto um amigo meu a entrar num café, que costumávamos frequentar, e tinha uma t-shirt que dizia “Escola Profissional de Teatro de Cascais”. De repente fez-se luz, numa espécie de Madalena de Proust. Aquilo deve ter reavivado memórias de infância, porque fiz muito teatro. Na Primária não tanto, mas lembro-me de ter feito algumas peças de teatro no infantário onde andei. Fez todo o sentido.

Como chegou à televisão e ao cinema?Fiz um casting para uma novela mas não cor-

reu bem. Fiz também algumas audições e enviei o meu currículo. Depois fui escolhido para a novela “Filhos do Vento”, do Francisco Moita Flores. Aliás, foi ele que fez o casting e me escolheu. E aí comecei a fazer televisão. Paralelamente a isso tinha

uma atividade em teatro, que é onde trabalho sempre. O cinema veio por acréscimo. Fiz alguns filmes. At-ualmente tenho estado a trabalhar em cinema, e tam-bém estou a começar como realizador.

O que o levou a querer estar atrás das câ-maras?

A primeira razão é porque há muito pouco cine-ma para fazer em Portugal. Somos um país pequeno, e obviamente a produção de cinema é uma produção pequena. Há poucos papéis. Gosto de cinema, sempre gostei de cinema e sempre vi muito cinema. Quero re-alizar, quero escrever, contar histórias e depois filmá- -las. E escrever papéis bons para os fazer. Não fiz o papel da primeira curta-metragem que filmei, mas na segunda curta-metragem vou fazer um papel. Gosto muito de cinema e quero fazer mais cinema. Há pouco para fazer. E agora então, com a crise que estamos a viver, e com estas políticas todas… du-rante uns anos, de certeza que não vai haver nada para ninguém.

Quais os temas que prefere abordar?Não tenho temas preferidos. Uma ideia surge

naturalmente. A partir de uma ideia podem surgir histórias que mudam completamente a ideia ini-

cial. Não tenho nenhuma preferência. Gosto de ser surpreendido também na própria fase de escrita.

Já está a preparar a sua segunda curta-me-tragem. O que pode revelar sobre ela?

Ainda não posso falar, porque quero estreá-la com alguma surpresa, mas posso dizer que vai ser uma produção bastante económica, com poucas pessoas, e bastante calma. Sem dinheiro mas com pessoas com vontade de trabalhar.

Das três áreas, teatro, cinema e televisão, qual é a que mais o fascina?

Eu gosto das três áreas. Mesmo assim, acho que é na televisão onde se arrisca menos. Temos a RTP que de vez em quando faz umas coisas mais ousadas. Nos canais privados, estamos entregues a novelas que nunca mais acabam, no sentido de produção. Às vezes, os canais privados fazem sé-ries, mas nós nem conseguimos ver a diferença porque a maneira de as produzirem é igual ao modo como produzem novelas, com os mesmos timings, os mesmos atores. De repente não se percebe bem a diferença. E depois temos a “Casa dos Segredos”, uma daquelas coisas que estão a arruinar completa-mente esse tipo de programas. A televisão podia ter

Ator

Ator, autor e recentemente realizador, Gonçalo Waddington é, aos 34 anos, uma das caras mais conhecidas da ficção portuguesa. Em entrevista ao Akadémicos, fala do seu percurso profissional e mostra-se cético face ao futuro da cultura no nosso país.

“Estão a mandar embora capital humano”

seNtADo NomoCHo

kuRtAsum AtoRJoão Pedro Vaz

umA AtRIzCarla Maciel

um ReAlIzADoRPedro Costa

um FIlmeBody Rice, de Hugo Vieira da Silva

umA expeRIêNCIANoma (fica em Copenhaga, na Dinamarca, e é o melhor restau-rante do mundo de 2011, cujo chef é Rene Redzepi).

Texto: ana neves

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02 fevereiro 20127

Em 2007, Sean Penn consegue o seu melhor re-gisto, enquanto realizador, ao lançar esta narrativa biográfica, que é sustentada em fatos verídicos. Into the Wild é baseado no livro de Jon Krakauer (Into the Wild), que, por sua vez, se baseou na vida e ideais de Christopher McCandless (Emile Hirsch), que, desde pequeno, desenvolve uma idealização contra o sistema social. Um filme que se destaca pelo grande argumento, acompanhado por uma técnica cinematográfica de valor considerável no que toca à fotografia, banda sonora e edição.

Chris, para além de uma mente brilhante e apaixonada pelo culto, nomeadamente a literatu-ra, é um rapaz de desafios, que questiona, procura, descobre e se torna dono da sua aventura. O seu carácter rebelde e ousado vai contra a postura de uns pais conservadores, extremistas no que toca a questões de índole social que implicam princípios de rigor e contenção.

Num ato de fuga a uma sociedade materializa-da e controlada por um disfarce geral, baseado na mentira, Christopher, ao acabar a sua graduação na Universidade de Emory, doa as suas poupanças, de 24.000 dólares, a uma instituição de caridade, corta os seus cartões de crédito, e parte rumo ao Alasca, onde pretende passar um tempo a viver em confor-midade com a natureza.

É curiosa a maneira como o realizador trans-mite, figurativamente, a presença de Christopher, associando-o, muito indirectamente e de forma subentendida, a Deus. Acompanhado apenas pelas palavras dos seus escritores de eleição, Chris acaba sempre por marcar a diferença na perspectiva das pessoas com que se envolve durante a sua jornada.

Um dos pontos fortes do filme, para além do argumento é a fotografia. São captados momentos de beleza rara num meio natural, muito em função de sustento da idealização defendida por Christo-pher que afirma: “a alegria de se viver encontra-se não só nas relações interpessoais, mas também em toda e qualquer coisa que possamos experimen-tar”. Inicialmente, esta premissa surge praticamente como uma teórica ‘conclusão’ para o filme, no en-tanto, acaba por representar uma reflexão precoce não só para a narrativa, mas também para a própria personagem.

Christopher McCandless morre em 1992 enve-nenado, perto do Lago Wentitika, no Alasca. Nos seus últimos registos afirma que ficou preso – o rio ganhou grandes proporções durante o Verão, e atravessá-lo para tentar regressar, torna-se impos-sível. Acaba por se aperceber de um progressivo ceder da sua ‘alegria’: Felicidade, só real quando partilhada ( Christopher McCandless, 1992).

A classificação no IMDB (Internet Movie Data Base) é de 8.2. k

Into the WildIncrível Liberdade

mais meios. Devia ter uma responsabilidade maior na qualidade, na difusão da língua e dos nossos produtos nacionais.

Recentemente participou na telenovela Laços de Sangue. O que sentiu ao ver o tra-balho da equipa distinguido pelo Emmy?

Fiquei contente, obviamente. É uma distin-ção mais do que merecida, especialmente pelo es-forço de toda a gente. Eu não tenho quase nada a ver com aquilo, porque trabalhei muito pouco. Quem está de parabéns é a equipa técnica, a equipa de produção e os atores, que estiveram ali desde o início a trabalhar arduamente. Para eles é que aquele prémio é dirigido. Aquela casa está a gan-har um novo fôlego, uma nova força. Eu trabalhei muito pouco e tenho direito a 0,0000001% daquele prémio. Mas já é um bocadinho.

O que representou para si a experiência no programa O Último a Sair?

A experiência d’O Último a Sair é uma dessas coisas que são raras na televisão. Foi uma ideia ou-sada, arriscada e correu muito bem. Isso é que vale a pena fazer em televisão. Ter as pessoas ainda hoje a perguntar se aquilo era verdade ou não, ter pes-soas supostamente informadas, como comentadores de televisão a achar que aquilo era verdade e dizer que é uma vergonha a RTP andar gastar dinheiros públicos com reality shows, foi muito interessante. Dá uma radiografia daquilo que se está a passar no país dos Big Brothers e das Casas dos Segredos.

Dentro da equipa, qual o concorrente que mais o surpreendeu? E aquele com que teve menos afinidade?

Ninguém se distinguiu nem pela positiva nem pela negativa. As pessoas sejam elas atrizes ou não, fizeram um trabalho de ator, porque aquilo é uma brincadeira com as personagens. É muito colado às pessoas, porque tem o seu nome, mas as biografias eram falsas. Toda a gente me surpreendeu pela posi-tiva porque o grupo era muito simpático. Era um trabalho difícil de fazer, mas híper divertido.

Qual a sua posição face aos reality shows?Não critico os reality shows, mas sim a quanti-

dade de reality shows que se fazem. Eu percebo que as pessoas gostem de ver e que as televisões tenham de produzir. Acho é que há uma quantidade exorbi-tante dessas coisas, a horas em que podiam estar a passar outro tipo de programas. Se estivesse escrito por lei que nos cinemas têm de passar o mínimo de 30 ou 40% de filmes portugueses, a produção teria forçosamente de aumentar. Muito do dinheiro que é gasto em distribuição e compra de filmes que vêm de fora, teria de ser gasto em produção. O mesmo se passa com televisão. Devia existir uma lei que estabelecesse uma regra para que não produzissem sempre o mesmo tipo de programas. Quando ven-dem os sinais a empresas privadas, que vão fazer canais de televisão privados, deviam impor essas re-gras para diversificar mais os conteúdos.

Como se sente a fazer humor?A ideia de que um ator que só faz humor para

mim não existe. Há um estilo, uma carga energé-tica que as pessoas têm. Tal como o Tom Hanks, que parece sempre um palhaço triste. É a mes-ma energia, faça ele comédia ou drama. Eu, com certeza, terei as minhas características, mas tanto faço humor como faço outras coisas. Simplesmente o que o grande público conhece foi agora o Último a Sair. Acho que tem que haver humor em tudo o que se faz. Mesmo numa peça melodramática tam-bém há humor.

Nas redes sociais, tem sido crítico no que toca à diminuição de verbas para a cultura. O que pensa desta situação?

A minha opinião é que tem de haver verbas para a cultura. E acho estranho que a cultura esteja tão separada da educação. Cada vez que se tem que cor-tar alguma coisa, as pessoas aproveitam para man-dar umas larachas a dizer que há malta que vive de

subsídios. Já trabalhei com algumas companhias que têm subsídios, mas nunca fui subsidiado. Tra-balhei em teatros municipais, teatros nacionais e isso faz tudo parte de um bolo que é o dinheiro da cultura. De repente, querem cortar com tudo isto. O dinheiro que é investido na cultura tem retorno e cria postos de trabalho.

Qual será o futuro da cultura em Portugal?Não faço ideia. O que eu sei é que agora os que

vão trabalhar para o futuro são pessoas que têm que ter muita tenacidade, coragem e bastante persever-ança para dar a volta. Com este governo, a forma de nos liderarem passa pelo facto de a cultura não poder ser subsidiada. Acho que um dos grandes problemas que Portugal tem se deve à existência destes partidos políticos, e deste bloco central. Es-ses sim, são os grandes consumidores de recursos em Portugal. Mas o futuro da cultura passa por continuar a trabalhar, e continuar a tentar arranjar soluções. Falando de livros, de pintura, de teatro… as pessoas têm de continuar para mostrar que a in-dústria está viva.

Como é ser ator, hoje em dia, no nosso país?É igual a qualquer outro país, simplesmente há

poucos recursos para se fazer aquilo que se gosta. Fazer cinema em Portugal, como ator, é compli-cado porque há poucos filmes. Acho que para fazer televisão, principalmente novelas, estamos numa boa fase.

O que pensa da crescente emigração de jo-vens portugueses?

Desejo-lhes a melhor sorte do mundo. Penso que temos a infelicidade de ter estas pessoas que nos gov-ernam. Pessoas que mal chegaram ao governo, a primei-ra coisa que têm a dizer é “emigrem porque isto não vai ficar melhor”. Tudo o que fizemos nestes últimos 30 anos, todo o dinheiro que gastámos em educação para licenciar pessoas, é treta. E apesar de se dizer que não pode haver tantos licenciados, nunca tivemos tão bem nas áreas da ciência, cultura, gestão. Temos ótimas uni-versidades. Estão a mandar embora todo esse capital humano e a dizer para dar esse conhecimento a outros países, porque aqui não vale a pena.

E quais os sonhos que ainda quer concre-tizar?

Existem bastantes. Mas guardo-os para mim. Se não deixam de ser sonhos e passam a ser sonhos coletivos.

kultosdaniel Neves

DR

a televisão podia ter mais meios. devia ter uma responsabilidade maior na qualidade, na difusão da língua e dos nossos produtos nacionais.

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Page 8: Akademicos 55 (Final)

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As equipas femininas de futsal e de andebol começaram 2012 da melhor maneira, obtendo bons resultados nas provas de apuramento para os campe-onatos nacionais das respetivas mo-dalidades. As campeãs nacionais de andebol arrancaram o primeiro lugar no torneio de apuramento da Covilhã enquanto que as jogadoras de futsal ficaram com a medalha de bronze na sua competição.

Segundo Marco Oliveira, respon-sável pelo setor do Desporto do IPL, “foi um bom resultado, que dá boas perspetivas de apuramento para a Fase Final”. Noutras modalidades, como futebol de onze, o IPL também venceu o primeiro torneio de apura-mento, que teve lugar em Faro. Já em andebol masculino, o IPL contou com novos atletas, praticantes da modali-dade com provas dadas. E, com esses reforços, obteve o segundo lugar no torneio de apuramento, um resultado que não acontecia há cinco anos.

Mas nem tudo foram boas notí-cias. Ainda neste semestre, os atletas

da equipa de futsal masculino não saíram satisfeitos de Vila Real, onde decorreu o primeiro torneio de apu-ramento da modalidade. “Os resulta-dos ficaram um pouco aquém do que se esperava. Venceram uma partida, empataram outra e perderam, surpre-endentemente, com a Universidade de Aveiro”, afirmou Marco Oliveira.

Noutras modalidades, o IPL obte-ve também bons resultados. Em ténis de mesa, a equipa obteve o quinto lu-gar nos nacionais, uma prova em que o IPL nunca tinha participado. Em ténis, outra modalidade em que o IPL tem história, a equipa feminina aca-bou em quarto lugar. “Tendo em con-ta a qualidade das adversárias foi um ótimo resultado”, afirmou.

O calendário das competições universitárias do segundo semestre começa já em fevereiro, com as pro-vas de Surf e Bodyboard, em Faro. As restantes fases finais das provas coletivas decorrem nas últimas duas semanas de abril, na Universidade do Minho.

Tendo por objetivo apoiar os alunos com maiores necessidades e reduzir o abandono escolar, o IPL criou o Fundo de Apoio So-cial aos Estudantes. Perante a necessidade de antecipar a situação socioeconómica que se agrava, o presidente do Instituto, Nuno Man-gas, explica que foi decidido “canalizar 1% da receita das propinas para este fundo para poder dar cobertura a um maior número de situações de Bolsas de Colaboração”, onde será empregue o dinheiro deste fundo gerido

pelos Serviços de Ação Social. As Bolsas de Colaboração já existem no Instituto e consis-tem na cooperação numa das áreas dos servi-ços, nomeadamente cantinas, residências, de um aluno que tenha carências económicas, o que o ajudará nas despesas mantendo-o a estudar. Com o fundo poderão ser alargadas as modalidades de colaboração. Miguel Jeró-nimo diretor dos SAS, refere que o IPL é das “poucas instituições que tem este modelo de ajuda aos estudantes”. k

ÚltImAsBárbara Jorge

IpL cria Fundo de Apoio Social

equipas do IpL a caminho dos Nacionais

Futsal e andebol feminino começaram o ano da melhor maneira

9º poliempreendeO Poliempreende, Projetos de

Vocação Empresarial, é um desa-fio nacional de 15 instituições de ensino superior politécnico, do qual o IPL faz parte, que pretende transformar ideias em iniciativas empresariais.

A iniciativa inclui dois ciclos formativos: Oficina E e a Oficina E2. Estes dois ciclos preparam os estudantes e docentes do IPL para concorrer ao concurso de Ideias e ao concurso de Planos de Negócio. A frequência nas oficinas não é obrigatória para a participação nos concursos.

As inscrições para o Concurso de Ideias encontram-se abertas até ao dia 27 de abril. Já para a oficina E, primeira fase da iniciativa, as ins-crições terminam a 14 de fevereiro. Mais informações em http://www.poliempreende.pt/.

Conversas sobre sexualidade

No dia 14 de fevereiro, terça-feira, às 14h, realiza-se mais um seminário promovido pelo programa IPL 60+. A sessão terá como tema Conversas sobre Sexualidade na Adultez Tardia. O evento tem lugar no Auditório 1 da Escola Superior de Educação e Ciên-cias Sociais e a entrada é livre.

erasmus Film Fest

O Instituto Politécnico de Leiria vai organizar a primeira edição do Erasmus Film Fest. Trata-se de um concurso de cinema, no qual todos os estudantes de todas as institui-ções de ensino superior da Europa (com programa Erasmus) poderão participar. A inscrição com apresen-tação dos filmes deve ser feita até ao dia 31 de março.

A iniciativa tem uma componen-te de formação académica, parti-lha de experiências, promoção do turismo cultural e dos valores dos países envolvidos. Pretende também promover novos talentos nas artes audiovisuais.

O evento decorrerá no dia 9 de maio, dia da Europa, na Escola Su-perior de Arte e Design, nas Caldas da Rainha. A seleção e avaliação dos filmes é da responsabilidade de um júri internacional. Mais informações em www.erasmusfilmfest.pt.vu.

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http:// 9gag.com

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Texto Ana Vieira e Patrícia Calado

Texto Ana Filipa Ribeiro

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