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AJUSTAMENTO Profª Jane Eire

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AJUSTAMENTO

AJUSTAMENTOProf Jane EireCONFLITO, FRUSTRAO E AJUSTAMENTOA personalidade, medida que se desenvolve, enfrenta uma srie de problemas e situaes novas s quais se deve adaptar ou com as quais deve conviver.Estes problemas geram estados psicolgicos conhecidos com o nome de conflitos, frustraes e ansiedades.AJUSTAMENTOOs conflitos, as frustraes e as ansiedades esto presentes na vida de todo e qualquer ser humano. At determinado grau, esses problemas so inerentes vida e indicam at normalidade. ajustamentoIndependentemente de quem somos e da quantidade e qualidade de nossas energias psquicas, haver sempre motivos no satisfeitos, barreiras a superar, escolhas a fazer, adiamentos a tolerar e objetos e situaes a temer.ajustamentoAjustamento designa precisamente a tarefa realizada pela personalidade para superar esses problemas e/ou conviver com os mesmos.

ajustamentoCONFLITO existe quando h dois motivos incompatveis querendo assumir a direo de nosso comportamento.Conceito: o estado psicolgico decorrente da situao em que a pessoa motivada, ao mesmo tempo, para dois comportamentos incompatveis. O conflito nasce da necessidade de se fazer uma escolha, uma opo.

ajustamentoCLASSIFICAO DOS MOTIVOS

aproximao aproximao quando o indivduo se sente motivado ao mesmo tempo para duas metas positivas que se excluem mutuamente.Ex.: optar por um emprego quando so oferecidos dois com excelente salrio.ajustamento afastamento afastamento resulta da ocorrncia de duas alternativas indesejveis.

Ex.: o adolescente deseja sair da casa dos pais porque o ambiente repressivo demais, mas no tem condies de enfrentar as exigncias financeiras da deciso, porm as circunstncias obrigam o indivduo a uma deciso, uma escolha, nascendo ento a tenso, a ansiedade e a frustrao.

ajustamentoaproximao afastamento envolve um mesmo objeto para qual o indivduo sente-se atrado e repelido ao mesmo tempo. O objeto desejado e indesejado. A situao contm elementos positivos e negativos. Nasce a ambivalncia.

Ex.: o jovem quer declarar seu amor, mas tem medo da rejeio e do ridculo. Ele planeja o encontro com a pessoa amada, prepara palavra por palavra e tudo o que vai dizer. Mas medida que se aproxima o momento decisivo, cresce a ansiedade, ele transpira, treme, as palavras parecem lhe fugir...ajustamentoFRUSTRAO

Conceito o estado emocional que acompanha a interrupo de um comportamento motivado. Para outros a pura e simples interrupo no curso de um comportamento.ajustamentoTodos ns sofremos frustraes e, neste sentido, somos todos frustrados. Ningum pode evitar por completo as frustraes, uma vez que nem todas as nossas necessidades e desejos so satisfeitos.A sade mental no depende de enfrentarmos ou no enfrentarmos frustraes. Depende sim, da forma como as enfrentamos.ajustamentoDonde provem as frustraes?- Dos obstculos internos e externos Os meios de comunicao, em especial a propaganda ajudam a criar frustraes na medida em que apresentam modelos fisicamente muito superiores mdia geral, difceis de serem imitados quer no aspecto fsico, quer no status econmico.ajustamento- Das limitaes provenientes de situaes ambientais a chuva que pode frustrar um passeio; a morte de um ente querido etc.Das limitaes pessoais reprovao num vestibular, a perda de um emprego por desempenho inadequado, o fracasso amoroso. Essas situaes acabam atingindo o auto-conceito provocando sentimentos de inadequao e inferioridade.ajustamentoTelford e Sawrey admitem trs situaes bsicas que desencadeiam as frustraes:1. Por demora ocorre quando o objetivo ou meta (reforo) s poder ser atingido, decorrido determinado tempo. O indivduo tem que esperar, adiar o esperado reforo por tempo determinado ou indeterminado.ajustamento2. Por entrave a frustrao existe quando se impede ou interrompe o curso do comportamento. O entrave pode decorrer de caractersticas pessoais de ordem fsica, intelectual ou psquica. Podem ser de situaes sociais (leis, regulamentos, normas sociais, etiquetas, rituais) ou do comportamento dos outros que nem sempre colaboram para atingirmos nossos objetivos e nos realizarmos.

3. Por conflitos necessidade de se fazer uma escolha.

ajustamentoQuais as respostas s frustraes?- inquietao, agresso, apatia, fantasia, estereotipia, regresso etc.ajustamentoANSIEDADEConceito um estado psquico muito semelhante ao medo. um medo vago, sem fundamento lgico, irracional ou desproporcional ao objeto causador. um estado afetivo caracterizado por sentimento de apreenso, inquietude e mal estar difusos.

ajustamentoAs pessoas tomadas pela ansiedade, com frequncia sentem medo de um perigo vago e desconhecido, mas para elas inevitvel.

A ansiedade um sinal de alarme dirigido ao EU. Serve para advertir a presena de um perigo, de um impulso ou ideia inadmissveis, para que o EU possa responder com medidas adequadas ou mobilizar suas defesas.ajustamentoA ansiedade no propriamente um fenmeno patolgico, mas algo inerente condio humana. At um determinado ponto, a ansiedade um sinal de vitalidade e serve para despertar e motivar o organismo. Sua funo til para a sobrevivncia, j que pe o organismo de sobreaviso quando aparece algo ameaador para a estabilidade e integridade emocional do sujeito.

ajustamentoOrigem da ansiedade:

- circunstncias externas como a enfermidade, a dor pela morte de algum.- estados emocionais como o medo, vergonha e ridculo, derivados da experincia cotidiana.- conflitos e frustraes.

ajustamentOMECANISMOS DE DEFESAMECANISMOS DE DEFESAO indivduo frustrado pode reagir com inquietao, agresso, apatia, fantasia, estereotipia e regresso. Mas h outras formas de se tentar resolver os problemas ligados aos conflitos, frustraes e ansiedades. So os mecanismos de defesa.MECANISMOS DE DEFESAConceito: so recursos ardilosos pelos quais o EU se defende dos perigos instintivos e das emoes violentas (impulsos inconscientes) que ameaam o seu equilbrio (Freud).Graas aos mecanismos de defesa, conseguimos manter o equilbrio entre os conflitos internos e o ego.MECANISMOS DE DEFESAA funo dos mecanismos de defesa ajudar-nos a manter a ansiedade e a tenso em nveis que no sejam to dolorosos para ns. Eles no resolvem os problemas criados pela ansiedade, mas nos do a possibilidade de nos sentir melhor, mesmo que seja apenas momentaneamente. Evitam o desgaste advindo pelo grande aumento de tenso intrapsquica causado pela situao de frustrao e conflito. Portanto eles so benficos, porque favorecem o autorespeito e evitam o stress psquico.MECANISMOS DE DEFESAA utilizao muito intensa, prolongada e inconsciente dos mecanismos de defesa podem ser funesta ao ajustamento pessoal, afastando o indivduo da realidade objetiva e impedindo-o de enfrentar produtivamente o problema, apresentando-se como cego diante de outros recursos do mundo objetivo e subjetivo de que poderia lanar mo. MECANISMOS DE DEFESAPrincipais mecanismos de defesa:

1. Racionalizao consiste em justificar de forma mais ou menos lgica, e se possvel tica, a prpria conduta. uma autojustificao de aparncia lgica, mas na realidade inverdica. Ex.: foi melhor assim, porque vou poder dedicar-me mais minha famlia.MECANISMOS DE DEFESA2. Projeo um mecanismo que consiste em atribuir a outros as ideias e tendncias que o sujeito no pode admitir como suas. Ex.: ver defeitos nos outros que nos so prprios.MECANISMOS DE DEFESA3. Formao de reao os impulsos e as emoes censuradas como imprprias assumem uma forma de expresso contrria, aceitvel para o ego ou consciente. Ex.: me que inconscientemente no desejou o filho, considerando-o um estorvo, agora se desdobra em cuidados de toda ordem para representar a seus prprios olhos o papel de me perfeita.MECANISMOS DE DEFESA4. Represso representa um esforo para retirar do consciente os pensamentos, sentimentos, memrias e fantasias que foram dolorosos ou ameaadores. Ex.: esquecer o que desagradvel.MECANISMOS DE DEFESA5. Substituio apresenta-se de duas formas: a sublimao e a compensao.Sublimao o processo atravs do qual motivos inaceitveis se expressam de forma socialmente aceitvel. Ex.: impulsos hostis podem ser expressos atravs da prtica de esportes violentos como o boxe.Compensao consiste num esforo extraordinrio realizado pelo indivduo para ser bem sucedido numa determinada rea. Ex.: a pessoa sentindo-se inadequado para a prtica de esportes pode realizar um esforo muito grande para ser reconhecido e admirado pelo seu sucesso nos estudos.MECANISMOS DE DEFESA6. Identificao o indivduo busca segurana e o fortalecimento do eu associando-se psicologicamente com outra pessoa que goza de prestgio e autoridade. Ex.: Os adolescentes se apegam a modelos apresentados pela televiso. Os adultos fazem questo de mencionar seu parentesco ou relao de amizade com pessoas ilustres.MECANISMOS E AJUSTAMENTOO ajustamento depende basicamente da correta utilizao dos vrios mecanismos que nos auxiliam na soluo de problemas prticos. O homem tem que usar todas as suas faculdades para enfrentar, superar ou conviver com os problemas.MECANISMOS E AJUSTAMNTOOs mecanismos de defesa podem ajudar no ajustamento porque:1. Atravs de seu uso diminui a tenso e assim se evita que os problemas nos faam soobrar.2. Os mecanismos de defesa nos possibilitam novas experincias que podero nos ensinar novas formas de ajustamento.3. Os mecanismos podem nos ajudar a descobrir as verdadeiras causas de nosso comportamento.4. Muitas das atividades em que nos engajamos atravs dos mecanismos de defesa, so atividades construtivas e teis (compensao).MECANISMOS E AJUSTAMENTOQuando algum pode ser considerado ajustado?

1. O indivduo ajustado aquele que se adapta com facilidade aos padres da sociedade.2. A pessoa bem ajustada enfrenta conflitos, mas no demasiadamente perturbada pelos mesmos. 3. Enfrenta seus problemas de forma realista; aceita o inevitvel; compreende e aceita suas limitaes e as limitaes daquelas com quem tem de conviver. 4. Ela produtiva e capaz de desenvolver relaes com outras pessoas.MECANISMOS DE DEFESAA pessoa normal manifesta comportamentos que se caracterizam por:1. manuteno de boa sade fsica;2. conhecimento o mais amplo possvel e aceitao de si mesmo;3. conhecimento e aceitao dos outros;4. relacionamento de confiana com outras pessoas;5. participao social efetiva;6. ocupao profissional realizadora e criativa.