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Divisão de Valorização Ambiental e Biodiversidade.
Ficha de Registo de Fertilização digital. Ajuda no preenchimento. Setembro de 2010
ÍNDICE
1. NOTA PRÉVIA ............................................................................................................. 2
2. ABERTURA DA “FICHA DE REGISTO” PELA PRIMEIRA VEZ ................................. 2
2.1. No Excel 2003 .............................................................................................................. 3
2.2. No Excel 2007 .............................................................................................................. 4
3. ESTRUTURA GERAL .................................................................................................. 4
4. FOLHAS CULTURA ..................................................................................................... 5
4.1. Identificação (produtor e local das parcelas) ............................................................... 5
4.2. Cultura.......................................................................................................................... 6
4.3. Textura ......................................................................................................................... 6
4.4. Fertilidade do solo ........................................................................................................ 6
4.5. Valores de referência e avaliação média ..................................................................... 7
4.6. Observações ................................................................................................................ 9
4.7. Introdução de fertilizantes ............................................................................................ 9
4.8. Introdução de informação de fertilização (parcelas, localização em ZV, datas e
quantidades de adubo/ fertilizante ...................................................................................... 10
4.9. Azoto incorporado com a água de rega ..................................................................... 12
4.10.Avaliação da fertilização aplicada por parcela ........................................................... 13
5. ANIMAIS E EFLUENTES ........................................................................................... 14
6. RESUMO ................................................................................................................... 15
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Ficha de Registo de Fertilização digital. Ajuda no preenchimento. Setembro de 2010
AJUDA – PREENCHIMENTO DA FICHA DE REGISTO DE FERTILIZAÇÃO
1. NOTA PRÉVIA
Tendo em vista apoiar os produtores agrícolas no cumprimento das disposições legais
relativas à manutenção de registos da fertilização aplicada às culturas (Zona
Vulnerável Esposende – Vila do Conde, n.º 8 do artigo 7, da Portaria n.º 83/2010, de
10 de Fevereiro e Portaria n.º 631/2009, de 9 de Junho, reguladora do regime do
exercício da actividade pecuária (REAP), n.º 11 do artigo 9º e Anexo V), a Direcção
Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAP-Norte) elaborou um modelo de
“Ficha de Registo de Fertilização” em formato digital.
Para além da ajuda no cumprimento dos preceitos legais mencionados, considera-se
que esta ferramenta poderá constituir uma auxiliar de planeamento das explorações
agrícolas, para todos os que a venham a utilizar com o intuito da utilização racional
dos fertilizantes, quer na perspectiva da redução dos custos de produção da
exploração, quer da protecção ambiental onde esta se insere.
O modelo digital da Ficha de Registo de Fertilização foi baseado nas tabelas
constantes do "Assistente de Boas Práticas de Fertilização", disponível na página Web
da DRAP-Norte, excepto no que respeita às necessidades de fertilização das culturas
protegidas. O cálculo das necessidades das culturas em nutrientes, de acordo com a
produtividade esperada, apoia-se no "Manual de Fertilização das Culturas" do LQARS;
2006. A composição dos efluentes é baseada na tabela do Anexo II do Código de
Boas Práticas Agrícolas, utilizada para efeito do REAP, sempre que a referida tabela
apresenta valores para a categoria de efluente mencionada, com excepção do
chorume de bovino que, por aquela tabela não conter a composição para as suas
fracções líquida e sólida, se optou por considerar outra fonte baseada nos dados
experimentais recolhidos na região pelo Prof. Henrique Trindade e outros;
2. ABERTURA DA “FICHA DE REGISTO” PELA PRIMEIRA VEZ
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A Ficha de Registo de Fertilização digital foi construída em formato Excel e possui
“macros” de automatização de alguns procedimentos. Por esta razão deverão ser tidas
em atenção as considerações seguintes.
2.1. No Excel 2003
Quando se abre pela primeira vez no Excel 2003 é mostrada uma janela de aviso,
solicitando a alteração do nível de segurança da abertura deste ficheiro.
Deverá ser efectuado o seguinte procedimento:
1 - Seleccionar “Ferramentas”/ “Macro”
e em seguida “Segurança”.
2 – Escolher o nível “Média” na janela
que se abre e aceitar com OK.
3 – Sempre que o ficheiro for aberto no futuro será accionada a mensagem de aviso
de segurança indicada em baixo, devendo ser
escolhida a opção “Activar macros”.
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2.2. No Excel 2007
Depois de abrir o ficheiro, no Excel 2007, deverá ser seleccionada a caixa “opções”
em Aviso de segurança e, de seguida, escolhida a opção “Activar este conteúdo”.
3. ESTRUTURA GERAL
O ficheiro “Ficha de fertilização” é constituído por oito folhas separadoras.
- Cultura 1, Cultura 2…Cultura 6 – Cada uma destas folhas constitui uma ficha de
registo que pode ser impressa, sendo, portanto, possível inserir até seis culturas
diferentes.
- Animais e Efluentes – Nesta folha podem ser calculados o n.º de cabeças normais
(CN), a produção de efluentes por espécie animal e tipo de efluente, sendo
apresentados os respectivos valores fertilizantes em azoto (total e disponível), em
fósforo e em potássio.
- RESUMO – Neste separador é produzido o total de áreas e de fertilizantes utilizados
por cultura e, se forem conseguidos os respectivos preços unitários, calculado o seu
custo aproximado.
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4. FOLHAS CULTURA
Cada folha comporta a seguinte informação:
Uma cultura;
Até 35 parcelas;
Até 4 fertilizantes;
O azoto disponível na água de rega disponibilizada parcela a parcela.
A folha relativa à Cultura 1 apresenta, ainda três botões,
destinados a permitir a limpeza automática total ou parcial de
todas as folhas (pode ser mantida a informação relativa às
parcelas para evitar a repetição da sua digitação em
simulações sucessivas) e ao acesso a este ficheiro de ajuda.
4.1. Identificação (produtor e local das parcelas)
O nome do produtor e o ano apenas deverão ser
inseridos na folha da Cultura 1.
O Concelho e Freguesia são escolhidos na caixa de
selecção a que se acede posicionando o cursor nas
células respectivas.
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4.2. Cultura
A cultura a inserir é escolhida na caixa própria apresentada na célula.
As culturas estão ordenadas por
ordem alfabética.
Para além do nome, para cada
cultura é indicada a produção
esperada e a forma de
exploração (ar livre ou em estufa).
São referenciadas com um asterisco os valores considerados normais de produção.
4.3. Textura
Estão disponíveis quatro tipos de textura – Areia – Ligeira – Média e Pesada.
Apesar de esta informação só
interferir com as validações
das culturas em estufa deverá
ser sempre preenchido este
campo, por selecção na caixa
respectiva.
4.4. Fertilidade do solo
Este indicador é fornecido nos boletins de análise de terra e caracteriza os níveis em
azoto, em fósforo e em potássio do solo.
Para as culturas ao ar livre o valor de azoto não é normalmente determinado, pelo
que, nesse campo, apenas é possível seleccionar a opção “Sem valor”.
Para o Fósforo e para o Potássio é possível escolher valores dos escalões constantes
da tabela seguinte.
Para as culturas em estufa deverá primeiramente ser seleccionada a textura do
solo e, só depois, os valores de fertilidade.
Escalões de Fósforo (P2O5 e potássio K2O - Culturas ao ar
livre
1 (≤ 25 ppm)
2 (25 - 50 ppm)
3 (51 - 80 ppm)
4 (81 - 120 ppm)
5 (121 - 150 ppm)
6 (151 - 200 ppm)
6a (151 - 200 ppm) Areia/ arenitos
7 (> 200 ppm)
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Os escalões em Azoto, Fósforo e Potássio, a utilizar são os seguintes.
Azoto mineral Culturas protegidas Muito baixa (≤ 5 ppm)
Baixa (6 - 29 ppm)
Média (30 - 50 ppm)
Alta (51 - 75 ppm)
Muito Alta (> 75 ppm)
Fósforo Culturas protegidas Muito baixa (≤ 10 ppm)
Baixa (11 - 20 ppm)
Média (21 - 30 ppm)
Alta (31 - 60 ppm)
Muito Alta (> 60 ppm)
Potássio Culturas protegidas Muito baixa (≤ 20 ppm)
Baixa (21 - 59 ppm)
Média (60 - 120 ppm)
Alta (121 - 150 ppm)
Muito Alta (> 150 ppm)
A inserção de valores é feita, para cada nutriente como se mostra na imagem
seguinte.
A escolha do nível de fertilidade do solo faz variar os valores de referência dos
nutrientes a aplicar à cultura e condiciona a avaliação das quantidades de nutrientes
aplicados.
4.5. Valores de referência e avaliação média
Depois de seleccionada a cultura, a textura e o nível de fertilidade do solo, são
mostrados nas duas primeiras linhas deste quadro, os valores máximos de azoto a
aplicar em Zona Vulnerável (Portaria n.º 83/2010, de 10 de Fevereiro) e de
recomendação de fertilização ( Manual de Fertilização das Culturas).
Na terceira linha podem ser introduzidos os valores de recomendação de análise (caso
existam).
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À medida que vão sendo inseridas as quantidades de adubos/ fertilizantes vai sendo
disponibilizada, na quarta e quinta linhas, a informação média de avaliação, por
comparação com os valores de referência.
A comparação é feita do seguinte modo:
Em Zona Vulnerável: São comparados os valores médios aplicados (kg/ha) com o
menor dos valores de máximo legal, recomendação técnica ou recomendação por
análise do solo;
Fora de Zona Vulnerável: São comparados os valores médios aplicados (kg/ha) com
o menor dos valores de recomendação técnica ou recomendação por análise do solo.
Para o azoto orgânico é comparado o valor médio aplicado por hectare com o máximo
de 170 kg/ha.
Quando as quantidades de referência são ultrapassadas, os valores são apresentados
a negrito e em tom rosa para azoto e para o fósforo e em fundo amarelo para potássio.
Nas últimas três linhas do quadro de avaliação é apresentado um detalhe da
fertilização recomendada em “fundo” e em “cobertura” (só disponível para culturas
protegidas).
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4.6. Observações
Neste espaço é possível inserir observações consideradas importantes ou legalmente
previstas.
4.7. Introdução de fertilizantes
Podem ser
inseridos até
quatro
fertilizantes por
cultura, por selecção da lista
disponibilizada na primeira linha, sendo
os valores de equilibrio em azoto, fósforo
e potássio apresentados
automáticamente.
Caso o adubo/
fertilizante não
exista na tabela ou
o equilibrio em NPK
não seja o
pretendido (caso de chorume ou estrume da exploração com a análise do
produtor), poderá ser inserido o seu nome e o valor em azoto, fóforo e potássio,
expressos em percentagem.
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Quando é seleccionado um fertilizante é inserida automáticamente uma trama
sombreando a
segunda alterantiva.
Caso sejam
inadevertidamente
inseridos valores
duplicados para o
mesmo fertilizante é mostrada uma mensagem de erro e os caractéres são
apresentados em cor vermelha, como se indica na imagem seguinte.
NOTA – Na eventualidade de o produtor possuir uma análise dos efluentes
produzidos na
exploração e pretender
utilizar esses valores em
vez dos existentes na
tabela disponibilizada, é
obrigatório seleccionar o
nome do efluente da
lista mostrada para
chorumes ou estrumes
e depois inserir o
equilibrio em azoto
fóforo e potássio
pretendidos, como se indica nas imagens.
4.8. Introdução de informação de fertilização (parcelas, localização em ZV,
datas e quantidades de adubo/ fertilizante
Em cada folha deverão ser relacionadas as parcelas homogéneas (n.º de
parcelário e nome da parcela) onde determinada cultura foi instalada. Para cada
uma delas deverá ser indicada:
integração em zona vulnerável;
data de sementeira;
data de colheita;
data de aplicação dos fertilizantes;
quantidades de fertilizantes aplicados.
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Os campos “Data/ N.º de aplicações”, podem assumir o valor da data em que os
adubos/ fertilizantes foram aplicados ou, no caso de ter sido efectuada mais do que
uma aplicação,
seleccionada a
opção que
contém o n.º de
aplicações
realizadas,
como é vulgar
suceder em estufa, quando existem várias datas de aplicação de um mesmo
fertilizante.
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4.9. Azoto incorporado com a água de rega
O cálculo da quantidade de azoto fornecida à cultura com a água de rega é feito por
introdução de:
um método de rega;
N.º de regas;
Tempo de duração
de cada rega ( em
horas);
N.º de bicos de rega/
aspersores/
nebulizadores/
microaspersores;
Quantidade de nitratos existentes na água (valor de análise em mg/ l de NO3))
Estão disponíveis para selecção os seguintes
métodos de rega:
São calculados automáticamente a dotação da
rega (m3/ ha) e o valor de azoto total aplicado em
kg/ ha.
Para efeitos de cálculo são utilizados os
seguintes coeficientes de eficiência de rega:
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È disponibilizado um
auxiliar de cálculo
para determinação do
n.º de gotejadores/
aspersores e de
cálculo do tempo em
horas (transforma minutos em horas),
4.10. Avaliação da fertilização aplicada por parcela
É disponibilizada parcela a parcela a avaliação
da fertilização aplicada, por nutriente (kg/ ha),
relativamente aos valores de referência para a
cultura, pela forma indicada no ponto 3.5.
Os valores são igualmente apresentados a
negrito e em fundo rosa (azoto e fósforo) ou
amarelo (potássio) sempre que sejam excedidos
os valores de referência.
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5. ANIMAIS E EFLUENTES
Seleccionar a
espécie, a categoria
e o efluente das listas
disponíveis.
Introduzir o n.º de
animais existentes por
cada uma das
categorias escolhidas.
Este quadro permite inserir percentagens de separação do chorume em fracções
(sólida e líquida), e/ ou considerar animais em pastoreio recalculando
automáticamente as quantidades de efluentes produzidas por tipo de efluente.
Só é permitido o fraccionamento de chorume de bovino.
Para além da informação relativa ao n.º total de Cn e
das quantidades de efluente produzido por tipo, este
quadro gera a informação da quantidade de nutrientes
orgânicos produzidos (azoto total, azoto dísponível,
fósforo e potássio em kg/ ano).
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6. RESUMO
Este quadro totaliza as culturas, as áreas por cultura e os
adubos/ fertilizantes aplicados de forma automática,
bastando para isso, em qualquer momento, accionar o
botão de actualização existente no canto superior direito.
Efectua, ainda, o balanço dos fertilizantes orgânicos da exploração, contabilizando o
diferencial entre a produção e a valorização própria na exploração.
Permite, finalmente, efectuar o cálculo do custo dos adubos/ fertilizantes a adquirir
bastando para isso saber o seu custo por unidade, como se pode ver na imagem
seguinte (todos os valores indicados nos exemplos, incluindo o preço unitário, são fictícios).