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INIAV_”Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas” – 22 de setembro de 2015 DGADR- Divisão de Gestão e Recursos Naturais

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Page 1: INIAV ”Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas” · fertilidade - enquadrada num plano de fertilização da exploração agrícola ... Transporte de EP e de fertilizantes

INIAV_”Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas” – 22 de setembro de 2015

DGADR- Divisão de Gestão e Recursos Naturais

Page 2: INIAV ”Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas” · fertilidade - enquadrada num plano de fertilização da exploração agrícola ... Transporte de EP e de fertilizantes

1. Definição de VAEP

2 . Benefícios VAEP

3. VAEP: procura de equilíbrio entre atividades pecuária e agrícola

4 .Enquadramento legal

5. Gestão de EP (GEP)

6. Valorização agrícola no quadro legislativo

6.1 Interdições

6.2 Zonas de Proteção

6.3 Restrições

6.4 Obrigações

6.5 Licenciamento – NREAP

7. Estimativa da valorização económica do EP

8. A DGADR e a GEP

ÍNDICE

Page 3: INIAV ”Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas” · fertilidade - enquadrada num plano de fertilização da exploração agrícola ... Transporte de EP e de fertilizantes

- aplicação ao solo agrícola de EP

- com o objetivo de manter ou melhorar a sua fertilidade

- enquadrada num plano de fertilização da exploração agrícola

- de forma a promover a nutrição adequada das culturas

- adotando práticas que minimizem riscos para o homem, animais e ambiente

1 - CONCEITO

VALORIZAÇÃO AGRÍCOLA DE EP (VAEP):

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2 – BENEFÍCIOS DA VAEP

VALORIZAÇÃO

AGRÍCOLA

DE EP

Fertilizante

Chorume (ex:rega)

Adubo Orgânico

Estrume

Corretivo Orgânico

RECICLAGEM DE NUTRIENTES

E MATÉRIA ORGÂNICA

NO SISTEMA ANIMAL – SOLO - PLANTA

REDUZ EXCESSO DE EP REDUZ NECESSIDADE DE

CONSUMO

DE FERTILIZANTES MINERAIS

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2 – BENEFÍCIOS DA VAEP: RECICLAGEM

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QUANTIDADE NUTRIENTES VEICULADOS PELOS

FERTILIZANTES NO SISTEMA ANIMAL-SOLO-PLANTA

QUANTIDADE

NECESSÁRIA

ÀS CULTURAS

Manual de

fertilização

das culturas

QUANTIDADE

VEICULADA

PELOS EP

CBPA Análises

de EP

±30%

QUANTIDADE

VEICULADA

PELO SOLO

Análises

de solo,

foliares

2 – BENEFÍCIOS DA VAEP:

equilíbrio entre a atividade pecuária e agrícola

BALANÇO DE FERTILIZAÇÃO: equilíbrio entre os consumos

das culturas e o disponibilizado pelo solo e EP

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2 – BENEFÍCIOS DA VAEP: REDUZ EXCESSO DE EP

REDUZ EXCESSO DE EP

REDUZ IMPACTE NEGATIVO

ÁGUA AQUÍFEROS E

ÁGUAS SUPERFICIAIS SOLO

AR

AMBIENTE SAÚDE

HUMANA ANIMAL

reduz

emissões

evita

descargas no

meio hídrico

minimiza

erosão e

lixiviação

Lei quadro da água Diretiva Nitratos Legislação Emissões Atmosféricas

Incorpora

C no

solo

Protocolo Quioto

Page 8: INIAV ”Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas” · fertilidade - enquadrada num plano de fertilização da exploração agrícola ... Transporte de EP e de fertilizantes

. Se a atividade vegetal não consome os EP produzidos

Excesso de EP

Encaminhamento para

outro destino final

Valorização

agrícola Desequilíbrio do

ciclo de nutrientes

riscos para

saúde

humana

saúde

animal

Ambiente:

solo, água, ar

3. VAEP: procura do equilíbrio entre a

atividade pecuária (produção) e agrícola (consumo)

de forma equilibrada

Particular incidência

nas regiões onde não

há área agrícola

suficiente para a

valorização agrícola

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.

ELEMENTOS EM DESEQUILÍBRIO RISCO

Nitratos (NO3-) Saúde

Amoníaco (NH3) Emissões atmosféricas

Metano (CH4 produto digestão) Aquecimento global, camada de ozono

Oxido Nitroso (N2O) Emissões atmosféricas

Fósforo Eutrofização das águas

Agentes patogénicos Saúde

Matéria orgânica Reduz oxigénio do meio

2. VAEP: procura do equilíbrio entre a

atividade pecuária e agrícola

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VALORIZAÇÃO AGRÍCOLA DE EP

uma prática sustentável

BOA PRÁTICA DE GESTÃO DE EFLUENTES PECUÁRIOS

O EP CONSTITUI UM RECURSO A VALORIZAR

ASSEGURANDO

DESENVOLVIMENTO SUTENTÁVEL

3. VAEP: procura do equilíbrio entre a

atividade pecuária e agrícola

RECICLAR REUTILIZAR REDUZIR

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.

.

QUADRO DE

LICENCIAMENTO

PARA O

ENCAMINHAMENTO

DOS EP(valorização,transformação)

DÁ PRIORIDADE

À VALORIZAÇÃO

AGRÍCOLA

REGIME DE GEP PORTARIA 631/2009

CLARIFICA

CONCEITOS DE

ESTRUME E

CHORUME

ARTICULA

E

COMPATIBILIZA

NORMAS GEP

LEGISLAÇÃO

COMUNITÁRIA:

questões sanitárias no

uso chorumes e outros

SPA na sua

valorização/transform.

LEGISLAÇÃO

NACIONAL:

- lei da água

- regime geral gestão

resíduos

NORMAS

REGULAMENTARES

PARA A GEP

NORMAS REGULAM.

PARA ARMAZENAMENTO,

TRANSPORTE E

VALORIZAÇÃO DE

OUTROS FERTILIZANTES

ORGANICOS

(SPA,PD,FOCUSSPA,PD)

4. ENQUADRAMENTO LEGAL

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.

.

4. ENQUADRAMENTO LEGAL

FASES DA ATIVIDADE PECUÁRIA PROCEDIMENTOS

1 - INÍCIO DA ATIVIDADE

PECUÁRIA

Licenciamento da atividade pecuária

(NREAP)

2 - GESTÃO DOS EFLUENTES PECUÁRIOS

PRODUÇÃO EP

RECOLHA

ARMAZENAMENTO

TRANSPORTE GTEP - Guias de Transporte de Efluentes Pecuários

TRATAMENTO

DESTINO FINAL PGEP - Planos de Gestão de Efluentes pecuários

Licenciamento das atividades de encaminhamento de EP: - Valorização Agrícola - Licenciamento da atividade de valorização agrícola

Caderno de Campo - Transformação

- Licenciamento das unidades de eliminação - Eliminação

- Licenciamento das unidades de transformação

BASES NORMATIVAS

Port. n.º

631/2009

GEP

DL 81/2013

NREAP

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Título 4. Enquadramento legal:

prioridade à valorização agrícola

A PORTARIA DÁ PRIORIDADE

À VALORIZAÇÃO AGRÍCOLA

RESTITUI AO SOLO

NUTRIENTES E

MATÉRIA ORGANICA

MINIMIZA O

IMPACTE AMBIENTAL

NEGATIVO GERADO

PELOS EP

REDUZ OS CUSTOS

C/ A AQUISIÇÃO DE

ADUBOS QUÍMICOS DE

SÍNTESE

INCORPORAÇÃO DE EP

NO SOLO COM O

OBJETIVO DE MANTER

OU AUMENTAR A SUA

FERTILIDADE

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.

4. ENQUADRAMENTO LEGAL:

promoção do equilíbrio entre as atividades

pecuária e agrícola

BOA PRÁTICA DE GESTÃO DE EFLUENTES PECUÁRIOS

REDUZIR

DESPERDÍCIOS

ÁGUA NOS

COMEDOUROS

E BEBEDOUROS

REDUZIR

QUANTIDADE EP

PRODUZIDOS

BAIXO CONSUMO

DE ÁGUAS

DE LAVAGEM

USO EFICIENTE DA ÁGUA

SEPARAÇÃO

ENTRE

ÁGUAS PLUVIAIS

E EP

Reduzir consumo água Promover reutilização

REGA

(CHORUMES)

INVESTIMENTO NA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA BOM MANEIO BOM MANEIO

respeito por

critérios de

qualidade

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5.GEP

EP: o que são?

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.

.

Título

PRODUÇÃO EP na exploração pecuária

FASES DO

PROCESSAMENTO RECOLHA

DE EP ENCAMINHAMENTO ARMAZENAMENTO

PARA O DESTINO FINAL TRANSPORTE

TRATAMENTO

DESTINO FINAL

transporte armazenamento

recolha

produção

5.GEP

Etapas da GEP

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.

.

Título 5. GEP: Quem utiliza EP ?

Compostagem

Produção de Biogás

Produção de fertilizantes orgânicos

Valorização agrícola

Incineração

DESTINO

FINAL DOS

EP

Eliminação linha água

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USO DESTINO

V

A

L

O

R

I

Z

A

Ç

Ã

O

DIRECTA VALORIZAÇÃO AGRÍCOLA > SOLO

INDIRECTA

VALORIZAÇÃO

ORGÂNICA

UNIDADES DE

COMPOSTAGEM /

DIGESTÃO ANAERÓBIA EP

Unidades que processam

apenas efluentes

pecuários (associados ou

não a material

estruturante)

Unidades Anexas a

Explorações Pecuárias

Unidades Autónomas a

Explorações Pecuárias

Unidades que processam

resíduos urbanos ou

industriais conjuntamente

com efluentes pecuários

VALORIZAÇÃO

ENERGÉTICA

TRATAMENTO

TÉRMICO:

INSTALAÇÕES DE

COMBUSTÃO

E INCINERAÇÃO

COMBUSTÃO DE CAMAS DE AVES NA EXPLORAÇÃO PECUÁRIA ONDE SÃO

PRODUZIDAS - em instalações com potência térmica nominal total, inferior a 5 MW

(enquadramento legal específico)

INCINERAÇÃO DE CAMAS DE AVES :

- EM QUALQUER LOCAL: em instalações com potência térmica nominal total, igual ou

superior a 5 MW;

- FORA DO LOCAL DE PRODUÇÃO: em instalações com potência térmica nominal total,

igual ou inferior a 5 MW

ELIMINAÇÃO/REJEIÇÃO ATERRO

MASSAS DE ÁGUA

5. GEP - Usos e destino

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Título 5. GEP - Quem é gestor de EP ?

QUEM UTILIZA EP?

QUEM É GESTOR DE EP?

Explorações agrícolas - que valorizam menos de 200 t ou m3 /ano

- que valorizam mais de 200 t ou m3 /ano

- que valorizam FOCUS spa, pd

Explorações pecuárias - classe 1 ou - que produzem menos de 200 t ou m3 /ano

com atividade agrícola classe 2 intensiva - que produzem mais de 200 t ou m3 /ano

- Classe 2 extensiva e classe 3

Unidades de eliminação Unidades térmicas/de combustão

Unidades técnicas

Unidades de produção de biogás

Unidades de transformação Unidades de compostagem

Unidades de tratamento térmico

Unidades de produção de fertilizantes orgânicos

ENTIDADES

GESTORAS

DE EP

Explorações

onde se pratica

valorização

agrícola

Atividades

complementares

de

Gestão de EP

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Objetivos:

• Recuperação energética dos compostos orgânicos presentes – Biogás e Combustão;

• Gestão dos nutrientes e da microbiologia para valorização ou rejeição nos meios recetores naturais – Solo Agrícola e Água, respetivamente;

• Redução das emissões de odores desagradáveis;

• Permitir o Transporte adequado.

5.GEP

Tratamento de EP

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5.GEP - Tratamento de EP

Técnicas ou processos de tratamento físico, químico e biológico Permitidos

• Separação mecânica de fases;

• Tratamento biológico aeróbio (compostagem) ou

anaeróbio (biogás);

• Lagunagem;

• Evaporação e secagem,

• Tratamento térmico;

• Aplicação de aditivos p/ redução de odores;

• Outros, desde que reconhecidos como adequados

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22

TAMISADOR

96-98%

14%

SEPARAÇÃO MECÂNICA DE FASES

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23

COMPOSTAGEM

E

VERMICOMPOSTAGEM

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24

BIODIGESTOR

2-4 %

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6. VALORIZAÇÃO AGRÍCOLA: interdições

FATOR CONDICIONANTE INTERDIÇÃO EXCEÇÃO

.- qdo a aplicação preceda a instalação imediata de uma cultura

Época do ano Nov, Dez, Jan .- qdo a aplicação é efetuada sobre uma cultura já instalada e

seja agronomicamente justificável

Água no solo Excesso -

.- sem cultura instalada

.- sem previsão de cultura a instalar -

.- parcelas em socalcos

Inclinação do terreno IQFP > 4 .- parcelas em terraços

.- zona de várzea

.- qdo DRAP considere territorialmente adequado

dias ventosos

Condições climáticas adversas dias em que ocorra precipitação

dias em que seja iminente precipitação

dias com elevada temperatura média diária - aplicação por injeção direta

Nas seguintes faixas de segurança:

- zona terrestre de proteção das lagoas ou

Proximidade de massas de água lagos de águas públicas: faixa de 100m a partir do NPA - situação em que o PEOT previr uma faixa com dim diferente

- zona terrestre de proteção das albufeiras

de águas públicas de serviço público: faixa de 100m - situação em que o POA previr uma faixa com dim diferente

Ocupação do solo

INTERDITA

A

VALORIZAÇÃO

PERMITIDA

A

VALORIZAÇÃO

Evitar

arrastamentos

para massas de

água e

volatilização

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6. Valorização agrícola: zonas de proteção de

massas de água -> faixas de segurança

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VALORIZAÇÃO AGRÍCOLA 6. Valorização agrícola: restrições

FATOR CONDICIONANTE RESTRIÇÃO EXCEÇÃO

Restrições sanitárias ou conta-

minações ambientais devidas a EP Prévia autorização da DGAV

Zonas Vulneráveis a nitratos de origem agrícola Sujeito ao Programa de Ação

PGEP Sujeito às suas normas

CBPA Sujeito às suas normas

Tipo de equipamento para aplicação de chorumes equipamentos de injeção direta ou de baixa pressão

.- Na adubação em cobertura

Período de tempo para incorporação de chorume no solo até um limite de 4 horas .- Na sementeira direta, seguida de rega em tempo seco, se não

existir incorporação por injeção

Período de tempo para incorporação de estrume no solo até um limite de 24 horas

se declive parcela >10% - faixa mínima de 5 m

Distâncias mínimas de segurança se declive parcela <10% - faixa mínima de 2,5 m

captações de água subterrânea para rega - faixa mínima de 5 m

captações de água subterrânea outros usos - faixa mínima de 20 m

Intervalo de segurança para: intervalo mínimo de 3 semanas entre última aplicação e colheita

.-culturas diretamente utilizadas na alimentação animal e humana

.- solos de pastagem onde foram aplicados EP

Fertirrega atender às necessidades de água da cultura

captação de água equipada com válvula anti-refluxo

- em medas ou pilhas

Deposição temporária de estrume - distância mínima de segirança:

a) leito de curso de água: faixa de 15 metros

b) captações de água subterrânea - 25 metros

- Período máximo para incorporação: 30 dias

- Se ocorrer precipitação: proteger massas de água de escorrências

PERMITIDA A

VALORIZAÇÃO

CONDICIONADA

PERMITIDA

A

VALORIZAÇÃO

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6.4 Valorização agrícola:

obrigações para gestores de EP

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6.4 Guia de Transferência de Efluentes

Pecuários (GTEP)

Excepções: (art.º 5.º 2,3,4 )

Transporte de EP e de

fertilizantes orgânicos

que contenham SPA/PD

(n.º 1)

Gestores de EP nas

transferências ou

encaminhamentos de EP,

de SPA/PD ou de

fertilizantes que

contenham estes

produtos

(n.º 4)

Entre dois pontos de

uma mesma exploração

agrícola.

Para outras explorações

agrícolas constantes do

PGEP da exploração

pecuária

Para expl. agrícolas

situadas no mesmo

concelho ou em

concelhos contíguos,

excepto quando existam

condicionantes

sanitárias

Aplica-se: (art.º 5.º)

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• Data em que os EP

ou os fertilizantes

orgânicos foram

retirados;

• Descrição do

produto e

identificação de

espécies animais

• Quantidade

• Tratamentos

utilizados na

produção do EP, do

fertilizante orgânico

ou do SPOAT

Aquando do transporte, a GTEP deve

ser completada

a seguinte informação: (ANEXO III)

Na GTEP

são identificados:

(art.º 5º)

Origem

Transporte

Produto

Destino

6.4 Guia de Transferência de Efluentes

Pecuários (GTEP)

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• QUEM TEM DE APRESENTAR? GESTOR DE EP

• PRAZO DE VALIDADE? 7 anos

• QUEM APROVA? DRAP (c/ parecer vinc. da APA, nas AP)

• COMO? ANEXO IV e NI n.º1/2014, da DGADR

Gestor de EP:

•Explorações Pecuárias, em regime intensivo, das classes 1 e

• 2, que produzam +200 ton ou m3/ano

•Expl. Agrícola que valoriza:

•a) +200 ton ou m3/ano

•b) PD e/ou SPA (cat 2 e 3)

•c) outros fertilizantes que contenham PD de SPA (cat 2 e 3)

•Unidade técnica de EP

•Unidade de compostagem de EP

•Unidade de Biogás de EP

•Unidade de tratamento térmico de EP

6.4 Plano de Gestão de Efluentes

Pecuários (GTEP)

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Unidades de produção e parcelas destinadas à valorização agrícola do EP ou dos fertilizantes

orgânicos que contenham SPA

PGEP

(ANEXO IV)

Registos das operações de

manutenção e de monitorização

Estimativa do encaminhamento ou

destino dos EP.

Descrição de processos e das estruturas de recolha, redução, armazenamento, transporte, tratamento e

transformação ou eliminação dos EP;

A estimativa da quantidade de EP a serem valorizados na exploração agrícola.

Estimativa das quantidades de EP

produzidos

6. Plano de Gestão de Efluentes

Pecuários (GTEP)

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Inventário: produção e estruturas

Estratégias

Plano Anual

Documentação e registos

Modificação do plano

Revisão anual

Revisão se

necessário

6. Plano de Gestão de Efluentes

Pecuários (PGEP) – O que é?

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O que considerar no PGEP?

Desperdícios da Alimentação / Camas

Escorrências Nitreiras/ Silos

Chuva / Águas Lavagem

Produção

Valorização

Transf.

Eliminação

A gestão do equilíbrio

Fezes + Urina

Retenção/Tratamento

Utilização

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• QUEM FAZ? O Gestor de Efluentes Pecuários que valoriza

• PARA QUÊ?

•Expl. Agrícola gestoras de EP (valorizam +200 ton ou m3/ano)

•Expl. Agrícola que valorizam SPA, PD (cat 2 e 3), FOCOS que os contenham

•Expl. Pecuária que produzam +200 ton ou m3/ano, que

sejam da classe 1 ou 2 intensiva e que valorizem EP,

SPA, PD ou outros fertilizantes que os contenham

Assegurar registos da valorização / aplicação

6.4 Caderno de Campo (CC)

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• O QUE DEVE REGISTAR?

• QUANDO REGISTA?

a) data da aplicação;

b) origem e características do EP;

c) identificação da(s) parcela(s), a

respectiva área e as culturas

beneficiadas;

d) quantidade aplicada do EP e

método de aplicação;

e) registos das aplicações de outras

fontes de nutrientes;

f) condições atmosféricas verificadas

antes e depois da aplicação.

(art.º 9)

(ANEXO V) a) Necessidades das culturas em nutrientes

b) Composição mineral dos EP;

c) Quantidades totais de NPK aplicados pelas

diferentes fontes de nutrientes;

d) Calibração dos equipamentos de aplicação

dos EP;

e) Análises de terra colhidas nas parcelas e, se

for esse o caso, análise foliar, e de EP.

Depois da aplicação

6.4 Caderno de Campo (CC)

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6.5 Licenciamento - NREAP

DRAP

territorialmente

competente

ENTIDADES QUE TÊM DE SE LICENCIAR LICENCIAMENTO

1 - ATIVIDADES COMPLEMENTARES DE EFLUENTES PECUÁRIOS

1.1 - UNIDADES AUTÓNOMAS DE EP

1.1.1 - UNIDADES TÉCNICAS (*) Licenciamento REAP + Apresentação de PGEP

1.1.2 - UNIDADES DE COMPOSTAGEM e de BIOGÁS

1.1.2.1 - se o material estruturante é "não resíduo" Licenciamento REAP + Apresentação de PGEP + NCVeterinário DGAV

1.1.2.2 - se o material estruturante é "resíduo" aplicado em local próprio ou análogo isento de licenciamento ao abrigo do RJGR; NCVeterinário DGAV

1.1.2.3 - se o material estruturante é "resíduo" aplicado noutro tipo de local Licenciamento CCDR + NCVeterinário DGAV

1.1.3 - UNIDADES DE INCINERAÇÃO (potência > 5 MW) Licenciamento APA + NCVeterinário DGAV

(*) Nota: Se as UNIDADES TÉCNICAS valorizarem FOCUS SPA,PD

1.2 - UNIDADES ANEXAS DE EP

1.2.1 - UNIDADES DE COMPOSTAGEM e de BIOGÁS (igual a 1.1.2)

1.2.3 - UNIDADES DE INCINERAÇÃO (potência < 5 MW) DGAV - NCVeterinário

2 - EXPLORAÇÕES PECUÁRIAS VALORIZADORAS DE EP

.- da classe 1 ou 2 intensiva, c/ >200 t ou m3 EP/ano

3 - EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS VALORIZADORAS DE EP Licenciamento REAP + Apresentação de PGEP+ parecer vinculativo

.- que valorizam >200 t ou m3 EP/ano APA, se localizada em zona sensível no âmbito da Lei da Água

4 - EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS VALORIZADORAS DE FOCUS SPA,PD

Classe 2: regime

de declaração

prévia

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Quantidade Média de Nutrientes Principais Excretados Anualmente por Unidade Animal pelos Suínos

N

(Kg)

P2O5

(Kg)

K2O (Kg)

Lugar porco de Engorda (25-100Kg)

1

15

7

6

Lugar Porca Reprodutora, incluindo leitões até 25Kg

2

35

20

18

Lugar Varrasco

17,5

10

9

1 Lugar para engorda de suíno desde os 25 até aos 100Kg, com 2,8-3 rotações por ano. Se a engorda não é permanente durante o ano, calcula-se 5 Kg de N, 2,5 p2o5 e 2 Kg K2O por porco; 2 Porca reprodutora incluindo leitões até um peso de 25 Kg. Considera-se uma média de 18-22 leitões desmamados por porca anualmente.

7. Estimativa da valorização económica do EP

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Ndisp

(kg)

P2O5

(kg)

K2O

(kg)

4.000 Galinhas Poedeiras -

Estrume52 62,4 811 1.820 1.196 3.298 € 52,86 €

10.000 Frangos de engorda -

Estrume60 78,0 1.401 1.620 2.220 4.018 € 51,51 €

100 Vacas Aleitantes - Estrume 100 1.400,0 2.660 3.100 15.100 11.738 € 8,38 €

100 Vacas Leite - Chorume 120 2.304,0 5.982 4.200 18.360 17.389 € 7,55 €

100 Porcas em Prod Leitões -

Chorume52 868,4 2.480 2.808 2.808 6.624 € 7,63 €

100 Porcas em ciclo fechado -

Chorume152 1.945,6 7.015 7.448 8.512 18.386 € 9,45 €

1000 Porcos

Recria/acabamento - Chorume150 1.605,0 5.760 6.150 7.050 15.159 € 9,44 €

(*) - O valor económico integra apenas os macronutrientes principais

Valor

Económico

(*)

(€/m3 ou €/t)

Nutrientes do estrume e chorume

CN

ton de estrume

ou

m3

chorume/ano

Tipo exploração

ESTIMATIVA DO CALOR ECONÓMICO DOS EP POR ESPÉCIE PECUÁRIA E TIPO DE ANIMAL

Valor

Total (€)

7. Estimativa da valorização económica do EP

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Título Documentação base

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A DGADR enquanto entidade responsável pelo NREAP a nível

nacional:

a) está a coordenar, com o apoio do GTNREAP e de outras entidades ligadas

ao setor agropecuário, a revisão da Portaria n.º 631/2009, de 9 de junho;

b) promove a divulgação do CBPA elaborado pelo INIAV, junto do setor

agropecuário e no Comité Nitratos;

c) realça o conceito da valorização agrícola de EP, tal como definido na

Portaria n.º 631/2009, enquanto boa prática agrícola que assegura o

desenvolvimento sustentável;

d) tem programado um ciclo de sessões de esclarecimento sobre a GEP, em

conformidade com o expresso na legislação em vigor.

8. A DGADR e a GEP

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Para mais informação - Site da DGADR

http://www.dgadr.pt/ambord/reap

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Obrigada pela atenção.