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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIV, Edição I, setembro / outubro 2017

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIV, Edição I, setembro / outubro 2017

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02

[email protected]

Coordenadora: Milene Martins

Equipa: Cristina Barbosa

Colaboradores nesta edição: Luís Reis, Rosa Fernan-

des, Stella Ferreira, todos os docentes e alunos do

Agrupamento que nos enviaram material para a edição

e identificados em cada artigo, bem como a enfermeira

Cristina Farrajota

Capa: Fotografia do Nascer do Sol de Milene Martins

a 07 de novembro de 2017

Milene Martins e Cristina Barbosa

Começou o novo ano letivo e, com ele, o nosso

agrupamento viveu várias mudanças. Professores

partiram e professores chegaram. Equipas se des-

fizeram e novas equipas se formaram. Neste fluxo

que é, afinal, o vaivém próprio da vida, o 100Co-

mentários mudou de mãos. A coordenadora do

Jornal é, agora, a docente Milene Martins.

A formação da nova equipa foi um desejo expres-

so pelas pessoas envolvidas, com a aprovação de

quem toma as decisões finais. Acreditamos que

confiam nas nossas competências no domínio das

novas tecnologias da informação e comunicação,

conjuntamente com o amor pelas línguas, pelos

diversos saberes e, sobretudo, pelas pessoas.

Do 100Comentários, mantêm-se a estrutura, a

dimensão e algumas rubricas. Pretendemos, com

a alteração de algumas secções, que o jornal pos-

sa ser, efetivamente, mexido, rabiscado, partilha-

do, nas diversas atividades destinadas aos leitores.

Por outras palavras, rubricas mais interativas que

despertem o desejo de fazer. Não gostávamos de

o ver largado sobre as mesas como um qualquer

jornal diário que perdeu a validade. Fizemos vá-

rias inovações. Criámos um espaço com o nome

“Escrevinhando…” que se destina a publicar tex-

tos, de qualquer tipologia, escritos pelos adultos

do nosso agrupamento. Sabemos que muita gente

tem escritos interessantes, abandonados em gave-

tas ou em produção a meio gás. Vamos dá-los à

luz. Os alunos de História podem ver os seus arti-

gos publicados nos Apontamentos de História. A

Todo o GAS irá esclarecer as dúvidas que os nos-

sos alunos coloquem ao Gabinete de Aconselha-

mento em Saúde para além de lhes serem forneci-

dos alguns conselhos bons para a sua saúde. Pe-

quenos e graúdos são convidados à diversão com

os Passatempos que o jornal passará a incluir para

libertar a mente das preocupações. Através do QR

-Code será possível levar o 100Comentários den-

tro do telemóvel e o ISSUU permite que a visuali-

zação do jornal possa ser mais interativa no site

do Agrupamento, apesar de o download do pdf

continuar disponível no mesmo local de sempre.

O terma de capa, Nascer do Sol, prende-se com o

tema desta edição: o Recomeço. Haverá recome-

ço mais belo e mais inspirador que o nascer do

sol?!

Desejamos manter a qualidade do Jornal. Gostá-

vamos de poder contar com toda a comunidade

educativa, para manter a vitalidade do 100Co-

mentários e torná-lo pertença acarinhada de to-

dos.

Lê, participa, apega-te!

Editorial

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03

A nossa

Rotary International Youth Exchange

Programmes

Lurdes Seidenstricker

No dia 18 de outubro decorreu no Auditório da

escola secundária uma palestra destinada a todos

os alunos do ensino secundário interessados em

concorrer a um Summer Camp ou saber mais in-

formações sobre intercâmbios. A palestra "Rotary

International Youth Exchange Program-

mes" (Intercâmbio para Jovens) foi da responsa-

bilidade dos Rotários do Clube de Almancil -

AIRC - Almancil International Rotary Club - e

contou com a presença da professora Lurdes Sei-

denstricker, responsável pelo projeto na escola,

pais e alunos interessados bem como alunos que

estiveram em vários Summer Camps e uma aluna

num intercâmbio de longa duração (em Itália),

partilhando as suas experiências e vivências.

Este projeto, em parceria com o AIRC, tem sido

uma mais valia para a escola e para os nossos alu-

nos. Os alunos podem concorrer até dia 31 de

outubro. Haverá uma pré-seleção, seguida de en-

trevista e só depois se iniciará o processo de atri-

buição dos Summer Camps. Os alunos que não

puderam estar presentes e têm interesse em parti-

cipar, deverão contactar a professora ou o clube

para mais informações.

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Bibliotecas

Escolares

Biblioteca EB 2,3 O professor bibliotecário: Almiro Lemos

Neste início de ano letivo, procurámos proporcionar a todos

os alunos informação sobre o melhor modo de rentabilizar a

biblioteca escolar. Neste sentido decorreram ações de for-

mação de utilizadores a todas as turmas do 5º ano, com o

objetivo de lhes mostrar os recursos disponíveis e as regras

de funcionamento da Biblioteca.

Também os docentes que, pela primeira vez, integraram a

equipa da biblioteca escolar receberam formação sobre o

modo de funcionamento das bibliotecas e particularmente o

programa de gestão de bibliotecas: o Bibliobase.

No dia 26 de setembro comemorou-se o Dia Europeu

das Línguas que tem objetivos principais alertar o pú-

blico em geral para a importância da aprendizagem das

línguas e diversificar a oferta linguística de modo a

incrementar o plurilinguismo e a compreensão inter-

cultural, promover a riqueza da diversidade linguística

e cultural da Europa, que deve ser preservada e valori-

zada e fomentar a aprendizagem de línguas ao longo

da vida, dentro e fora da Escola, seja para fins acadé-

micos ou profissionais, seja para fins de mobilidade ou

por prazer e intercâmbio. Neste sentido a Biblioteca

associou-se com o Grupo de Línguas Estrangeiras à

comemoração deste evento.

Foram projetadas apresentações eletrónicas relati-

vas ao 5 de outubro de 1910 e ao Dia Mundial da

Alimentação no dia 16 de outubro.

Tem sido feita a divulgação do Projeto Erasmus “

Minds on STEM goes on” dinamizado pelos pro-

fessores Pedro Félix, Judite Rebelo e Teresa Car-

valho com as turmas do 7º A e E. Este projeto visa

tornar o ensino das Ciências e da Matemática

mais relevante e significativo para os alunos tendo

em conta o respeito, crenças e diversidade cultu-

ral.

Foi elaborado um Infográfico com algumas esta-

tísticas da Biblioteca referentes ao ano letivo ante-

rior e que se encontra exposto na mesma.

O mês de Outubro é internacionalmente dedicado às Biblio-

tecas Escolares. Este ano, o mote foi “ Ligar Comunidades

e Culturas”, tema muito ligado à realidade do nosso Agru-

pamento onde existem alunos de imensas nacionalidades.

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No dia 26 de setembro, comemorou-se na escola o

Dia Europeu das Línguas. No âmbito destas comemo-

rações, realizou-se um jornal de parede nas bibliotecas

das escolas EB 2, 3 e Secundária, com a colaboração

dos alunos. Os alunos do 9ºA de Francês e do secun-

dário de Alemão criaram um pequeno vídeo com a

canção tradicional Frei João, que é comum a diversas

culturas, cantadas em três línguas para o mesmo ser

visionado pelos alunos do 1ºciclo. Foi produzido um

pequeno vídeo falado nas diferentes línguas estudadas

na escola (Alemão, Espanhol, Francês, Grego, Inglês,

Latim e Mandarim). Os alunos de Inglês do ensino

secundário participaram num Kahoot que testaram os

conhecimentos dos mesmos acerca de factos relaciona-

dos com as diferentes línguas europeias. Após o

Kahoot, os alunos puderam visualizar uma apresenta-

ção eletrónica sobre os diversos países e respetivas

línguas.

A nossa

Escola

Dia Europeu das Línguas Cristina Barbosa; Milene Martins

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A nossa

Escola

Erasmus+ Minds on Hands on STEM Goes on Hugo Mártires

O Eras-

mus+ é um

programa

da União

Europeia

para a Educação, Formação, Juventude e Despor-

to que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2014,

tendo sido criado com base no tão famoso Eras-

mus.

O Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres inte-

gra um projeto de pareceria internacional com

várias escolas da Europa, no âmbito da iniciativa

Europeia Erasmus+, sob a coordenação do pro-

fessor Hugo Mártires.

O projeto tem a duração de dois anos e o título é

"Minds on Hands on STEM Goes on", tendo co-

mo objetivo principal tornar o ensino das ciências

e da matemática mais relevante e significativo

para os nossos alunos tendo em atenção o respei-

to, crenças e a diversidade cultural.

A contribuição mais relevante deste projeto será a

integração das STEM no currículo escolar de uma

forma holística. Serão desenvolvidas e implemen-

tadas atividades relacionadas com as áreas STEM

para os 7º anos nos programas escolares.

Para além do nosso agrupamento, integram ainda

o projeto as seguintes escolas: Yeniköy Ortaokulu

em Döşemealtı/Antalya, na Turquia; Osnovnou-

chiliste "Yordan Yovkov” em Varna, na Bulgária;

Juhanliivinim em Alatskivikeskkool, na Estónia e

Osnovna Sola Frana Metelka em Skocjan, na Es-

lovénia.

O primeiro encontro decorreu na cidade de Antla-

lya, no sul da Turquia, durante os dias 23 a 27 de

outubro, onde participaram os professores do

agrupamento.

As atividades do projeto poderão ser acompanha-

das no cantinho Erasmus na biblioteca da Escola

EB2,3 ou através do site da escola, na área de

projetos.

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A nossa

Escola

O Concurso dos Logótipos

Os alunos das escolas participantes foram desafia-

dos a criar um logótipo para o projeto. Os vários

alunos das turmas que integram o projeto apre-

sentaram as suas propostas criativas. Em cada

escola escolheu-se o logótipo que iria representar

o país.

O logótipo vencedor foi votado por todos os parti-

cipantes, sendo que não poderiam votar no do seu

país.

Depois da primeira ronda, o logótipo da nossa

escola era um dos potenciais vencedores, ex

aequo com a Bulgária. Após o desempate, o logó-

tipo do nosso Agrupamento foi o vencedor.

Erasmus+ Minds on Hands on STEM Goes on

Carolina Silva , 7ºA—Portugal

Eslovénia

Estónia

Bulgária

Turquia

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A nossa

Escola

Parlamento dos Jovens Inês Aguiar, Gabriel Almeida

Os professores Inês Aguiar e Gabriel Almeida

vêm convidar todos os alunos do Ensino Secun-

dário a participar no Programa “Parlamento dos

Jovens”, com o seguinte tema em debate:

“IGUALDADE DE GÉNERO”.

Vai haver na tua Escola um Professor coordena-

dor (professora Inês Aguiar), em colaboração

com o professor Gabriel Almeida, que te vão aju-

dar a estudar o tema, organizando debates, por

exemplo, e que vão estar atentos às regras do pro-

grama e supervisionar o processo eleitoral. É

aquela professora que vai constituir uma Comis-

são Eleitoral Escolar para gerir essa fase na Es-

cola e que vai orientar o grupo dos participantes

até à Sessão Distrital, ou à Nacional se a tua Es-

cola for eleita.

Para seres deputado à Sessão Escolar tens de te

organizar com outros colegas numa lista de 10 e

esta pode ser integrada por alunos de várias

turmas, contendo o nome, ano e turmas. Em

conjunto, têm de propor 3 medidas sobre o

tema e cada medida deve ser apresentada de

um argumento que a fundamente. Isto é: o que

acham que a Assembleia da República, o Gover-

no, os órgãos locais (ou outras entidades) ou até o

que os próprios jovens devem fazer para resolver

uma questão, relacionada com o tema, que vocês

considerem importante (será o vosso “programa

eleitoral”). O ideal é que outros colegas façam

outras listas para o debate eleitoral ser animado.

Depois da fase da campanha eleitoral, haverá a

eleição em Janeiro e poderás vir a ser um dos

eleitos à Sessão Escolar!

Para mais informações, contacta os professores

responsáveis e/ ou dirige-te à biblioteca escolar

da ESLA. Contamos com a tua participação ativa,

uma vez que o objetivo é promover a educação

para a cidadania, incentivando o teu interesse pela

participação cívica e política e respetiva capacida-

de de argumentação na defesa de ideias.

Calendarização Prevista das Atividades:

Novembro/dezembro: Realização de 1 debate,

com a participação de um deputado da Assem-

bleia da República

Finais de novembro: Realização de uma pales-

tra com um representante de uma organização

defensora da Igualdade de Género

De 11 a 15 de dezembro: Apresentação das listas

à Comissão Eleitoral e respetivos projetos de re-

comendação.

De 15 a 20 de janeiro: Campanha Eleitoral

22 de janeiro: Eleição das listas

24 de janeiro: Sessão Escolar

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A nossa

Escola

PARA QUÊ ESTUDAR LATIM? Luís Reis

Dizia um velho professor de Latim: «Deus nos

livre da mula que faz him e da mulher que sabe

Latim». Nunca percebi muito bem o quis ele dizer

com isso. Teimosia?! Sabedoria?! Deixo ao vosso

critério a descodificação da mensagem desta fra-

se, na certeza de ser preferível a imagem duma

mulher que sabe Latim.

O Latim é conotado como uma língua que cheira

a mofo, a colégios, a seminários e a padres. No

entanto, utilizamos a nossa língua mãe mais vezes

do que julgamos: concorremos a uma emprego e

enviamos o Curriculum Vitae; mudamos de apar-

tamento para comprarmos um duplex; compramos

roupa na Vivere e na Decenio; saboreamos um

gelado magnum; lemos E pluribus unum no em-

blema do Benfica; comemos chocolates Mars e

queijos TerraNostra; bebemos águas Luso, Vitalis

e leite Agros; folheamos as revistas Quo e Lux;

adquirimos um Clio, ou um Fiat Uno, ou um Fo-

cus, com ou sem Turbo; lemos Primus inter Pa-

res nos maços de tabaco SG Ventil e Veni, Vidi,

Vici no Marlboro; lavamo-nos com Sanex; hidra-

tamo-nos com Nivea; jogamos Lego; compramos

na Vobis, na Natura e na Imaginarium; metemos

gasolina Super; temos um telemóvel da Optimus

ou um telefone com ligação à Novis; contribuí-

mos para a Caritas; queixamo-nos à Quercus;

relaxamos no SPA (Salus per aquam) de um Ho-

tel; o nosso esquentador é Vulcano; usamos lentes

Varilux; temos um primo que trabalha na Securi-

tas; realizamos um exame Ad Hoc; possuímos um

estilo muito sui generis; desejamos Carpe diem

(aproveita o dia) ou fac ut vivas (goza a vida) aos

nossos amigos; arranjamos um alibi (outro aí)

quando vamos responder a tribunal (Domus Iusti-

tiae); repetimos ipsis verbis um conselho que nos

deram; passeamos no Forum; analisamos a narra-

ção in medias res; estudamos o Homo Sapiens e o

seu Habitat; passamos à tangente; calculamos o

rendimento per capita; a tabela periódica da Quí-

mica está cheia de abreviaturas latinas; termina-

mos uma carta com um P.S. (Post Scriptum); etc

(et cetera).

Será que já nos ocorreu que até o

Inglês usa palavras latinas? Ve-

jamos: exit significa “sair” em

Latim e delete significa

“destruir”. E os dias da semana?

Nisto, os ingleses foram mais

fiéis ao Latim que nós Portugue-

ses: para os romanos o Domingo

era o dia do Sol (Solis dies) – os

ingleses chamam ao Domingo

“Sunday”, ou seja, o dia do Sol; a

Segunda-feira era o dia da Lua

(Luna dies) – em inglês diz-se

“Monday”, isto é, o dia da Lua;...

Podíamos aprender também com

a Alemanha: o alemão é uma lín-

gua não românica, pertencente às

línguas germânicas. No entanto, é o país da Euro-

pa onde o Latim mais se aprofunda. Em Portugal,

há muito que se fala de insucesso à disciplina de

Português; o nosso Ministro da Educação sabe

que uma forma de atenuar esse insucesso seria

estabelecer, pelo menos, um ano de Latim obriga-

tório, no ensino secundário. Evitar-se-ia que,

qualquer dia, seja regra escrever sem regras. Se

tal acontecer, a culpa não será nossa, pois errare

humanum est.

Luís Reis - http://latinofilia.blogspot.pt

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10

Artes

“A arvore”

Pintura a acrílico

sobre tela à ma-

neira de várias

correntes artísticas

do Séc. XX.

1- Ines Afonso 7– Daniela Cagau

2- Yasmin Americo 8– Marcelo

3- Alexandra Alves 9– Phool

4– Lucas 10– Mariya

5– Virgínia Bousquet 11– Francisco

6– Denisa Rusnac

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Artes

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1- Ines Afonso 7– Daniela Cagau

2- Yasmin Americo 8– Marcelo

3- Alexandra Alves 9– Phool

4– Lucas 10– Mariya

5– Virgínia Bousquet 11– Francisco

6– Denisa Rusnac

Rhuan Santos

Maria Andreeva

Sarah Nonato

Alycia Carvalho

Carolina Inácio

Lia Gherbovetchi

Sara Botelho

O FUNDO DO MAR

Trabalhos realizados

pelo 10º F, pastel a

óleo sobre papel.

Visite a exposição “ O Fundo Do Mar “

OS 12 APÓSTOLOS

Os alunos do 11º ano de Artes Visuais, reali-

zaram um trabalho feito a pastel de óleo, de

forma abstrata, com 12 figuras humanas cria-

das através do desenho cego.

Os alunos do 12º ano de Artes Visuais realizaram um trabalho feito a pastel de óleo

com o tema “Turismo”, em composição abstracta Nº1-Alexandra Andrade; Nº2-Daniela

Alexandra; Nº8-Mariya Vatova; Nº10-Phool Prado

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A nossa

Escola

A Semana do Polvo 2017 Fátima Joaquim, Milene Martins

Dia 29 de setembro foi inaugurada a

exposição das fotografias premiadas do

Concurso de Fotografia da Semana do

Polvo. Este evento foi promovido pela

AEQV – Associação de Empresários de

Quarteira e Vilamoura em parceria com

a Câmara Municipal de Loulé, Junta de

Freguesia de Quarteira, Região de Tu-

rismo do Algarve, Inframoura e Vila-

moura World.

A exposição teve lugar na Rua Vasco da

Gama tendo estado patente entre os dias

29 de setembro e dia 8 de outubro.

O presidente da AEQV, João Guerreiro,

presidiu à inauguração da exposição,

tendo entregue os prémios às alunas do

12ºano do Curso Profissional de Foto-

grafia do Agrupamento de Escolas Dra.

Laura Ayres, cujos trabalhos foram pre-

miados.

1º lugar: Kiah Llewellyn

2º lugar: Bruna Veiga

3º Lugar: Catarina Brito

Kiah Llewellyn

Bruna Veiga

Catarina Brito

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A nossa

Escola

A Semana do Polvo 2017

Sónia Silva Sónia Silva

Rafaela Leal

Lara Araújo Jéssica Almeida

Bruna Veiga

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Apontamentos

de História

Nascer no século XVIII Ana Carolina Guerreiro, 11ºF

No século XVIII a gravidez era vista como um peri-

go que podia levar à morte e por isso havia um pro-

vérbio que dizia que “a mulher grávida tem sempre

um pé na cova” pois muitas delas e os seus bebés

morriam por não haver condições de higiene e cui-

dados médicos. Contudo, ao longo do século, verifi-

ca-se uma melhoria nos cuidados materno-infantis o

que se concretizou na diminuição da mortalidade

materno infantil.

Neste período os partos eram muito complicados,

principalmente nos campos, devido a falta de conhe-

cimentos e também às más condições higiénicas. A

verdade é que ficava a faltar ajuda nos campos, on-

de essa carência era mais sentida como mostra a

frase de uma carta-circular do intendente de Tours,

enviada para recrutar mulheres para fazerem

os cursos: «(…) o conhecimento dessa arte

aproveita apenas a quem vive nas cidades,

enquanto os campos, expostos à prática de

mulheres ignorantes, choram a perda de vi-

das e, muitas vezes, também os ferimentos

que geram a infertilidade das mães». Para

preencher essa falta, Luís XV nomeou Ma-

dame du Coudray, uma parteira muito famo-

sa, «para ensinar a arte dos partos em toda a exten-

são do reino». Esta parteira verificando que havia

grande dificuldade por parte das mulheres em com-

preender os ensinamentos teóricos, inventou uma

espécie de “máquina”, que era um manequim que

esta usava para fazer as suas explicações, e assim

conseguia demonstrar de uma forma mais real as

várias situações que ocorrem num parto. Esta partei-

ra também foi autora de um compêndio de arte dos

partos com ilustrações muito pormenorizadas.

Ainda no princípio do século XVIII o peso da religi-

ão era grande. Quando os médicos pedem conselho

aos doutores em teologia sobre quem é que se deve-

ria salvar, em caso de complicações, a mãe ou o

bebé, os teólogos respondem como mostra um ex-

certo de um compêndio de Embriologia Sagrada

«(…) mas a caridade (…) exige que se prefira a vida

espiritual da criança que se supõe num perigo evi-

dente de não receber o batismo, à vida temporal da

mãe, que é um bem inferior à salvação eterna do

filho, como diz S. Tomás».

Havia também o hábito antigo de enfaixar as crian-

ças, ou seja enrolá-las em panos, com a justificação

de que era preciso dar-lhes uma postura ereta, evi-

tando que mais tarde andasse como os animais.

Quanto a este hábito, surgem também opiniões con-

trárias como a do médico William Cadogan que

condenava o enfaixamento dizendo que levava a

que as crianças ficassem muito apertadas, e os seus

membros sem possibilidade de se mexerem à vonta-

de, como ilustra a sua frase: “E isto é muito prejudi-

cial, porque os membros que não se usam nunca se

tornarão fortes e corpos tão frágeis não aguentam

tanta pressão (…) e também levava a muitas defor-

midades».

Quanto à amamentação, era trabalho das amas, pois

a mulher de estatuto social elevado não devia ama-

mentar o seu filho sendo os bebés entregues a amas-

de-leite e criados longe dos pais, nos primeiros anos

de vida. Denunciando este hábito, um médico de

Lyon, concluiu que “Morre um quarto das crianças

criadas por amas cuidadosas ou pelas mães e

dois terços em más amas”. Com isto preten-

dia dizer que para diminuir a mortalidade os

bebés deviam ser criados e amamentados

pelas suas mães ou por boas amas. Também

Rousseau, em Emílio, de 1762, escreve elo-

giando quem decidisse amamentar os seus

filhos «Encontram-se, no entanto, algumas

jovens que, cheias de uma bondade natural,

ousam desafiar os costumes e os clamores do seu

sexo, cumprindo, com virtude e coragem, este dever

tão doce que a Natureza lhes impõe.»

Embora se tenha verificado uma melhoria nos cui-

dados infantis, era muito frequente as mulheres

abandonarem os filhos devido à extrema pobreza e

preconceito em que se vivia. Para evitar o abandono

das crianças na rua levando-os à morte, as autorida-

des dos vários países europeus criaram algumas ins-

tituições oficiais. Em Portugal, o intendente Pina

Manique criou, em 1783, a “roda dos expostos” com

o objetivo de recolher os bebés. Era uma espécie de

cilindro que havia, nos mosteiros ou hospitais, onde

se punha os bebés e depois a pessoa que o ia deixar

tocava uma sineta e o cilindro rodava para dentro e

a criança era recolhida. Com as crianças geralmente

vinham pedaços de tecido, fitas, medalhas ou outros

objetos para que se pudesse identifica-las.

Concluindo, a partir de meados do século XVIII, na

Europa ocidental, registaram-se alguns progressos

nos cuidados materno-infantis, nomeadamente nas

técnicas de parto, nas mentalidades e atitudes para

com as crianças, que continuaram até aos dias de

hoje. Bibliografia: Manual de História A

Gravura do Compêndio Arte dos partos, de Madame du Coudray, 1759

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Escrevinhando

Ano novo. Muitas caras novas e outras não. Sorrisos

que afagam. Alguns abraços especiais. Rostos fe-

chados. Olhares de soslaio, curiosos, a disfarçar.

Vozes cantantes. Sobrolhos carrancudos. Vozes al-

tas, muito altas, os professores falam muito alto.

Temos pressa de contar. E os teus filhos? Já no 10º?

Meu Deus, estou a ficar velha! E as férias? Ótimas!

Assim, assim. São sempre boas sem relógio. Estás

magra! Fica-te bem esse bronzeado… vê-se que

estiveste no Algarve…. Eh!Eh!! Não é para todos!

Somos um exército…da paz, embora nos esperem

algumas batalhas. A nossa matéria-prima é especial:

trabalhá-la exige preparação, perícia, sensibilidade e

muita paciência. Viajamos todos na mesma monta-

nha russa, professores, na sua maioria, em hormonas

descendentes e alunos em hormonas ascendentes.

Hormonas turbulentas e imprevisíveis.

Esperam de nós o melhor. Às vezes, o melhor não

chega. Há dias em que o timbre da nossa voz vai

soar bem e as nossas palavras vão transportar melo-

dias de empatia. Há dias em que nos basta um rosto

surpreendido, um par de olhos interrogativos, um

brilhozinho a iluminar o rosto para sentirmos que ali

semeámos algo. Há dias em que encontramos des-

confiança e frio e não nos deixam passar. Não com-

preendemos. Nasce um desânimo! Ainda assim,

vamos andando, andando… pode ser que se abra ali

uma pequena brecha de luz e, então, entramos. E

quando entramos e ficamos? Tocam sinos no cora-

ção. Olhamos e está ali um pedaço dos nossos fi-

lhos. Há dias em que parece que nada acontece…

nem bom, nem mau. Saímos desalentados, vamos

para casa cabisbaixos a questionar a vida. E suspira-

mos pelo euro milhões. Adormecemos exaustos.

Temos sonhos agitados em turbilhões de absurdo.

Nasce o dia. Voltamos com pouco ânimo. Ao trans-

por a porta da sala de aula, um sorriso põe-nos a

funcionar, de novo, em pleno, em plenitude.

Bom ano! Bom ano!

“Rentrée” e outras coisas Cristina Barbosa

Aterragem mais ou menos tranquila na minha in-

fância

Cristina Barbosa

A máquina funcionou! Não doeu nada. Olha, sou eu ou-

tra vez, a menina franzina, de sete-oito-nove anos, com

pouca vontade de comer as refeições, que corre para a

escola, para não chegar atrasada.

Hoje está muito frio, é porque é inverno e, aqui, na mi-

nha aldeia, quando está frio é de rachar. Vou um bocadi-

nho carregada para a Escola, porque levo tudo o que faz

falta: os livros, os cadernos, os lápis de cor, o de carvão,

a pena de aparo para molhar no tinteiro da carteira da

sala de aula, a lousa para fazer as contas e voltar a fazer e

voltar a apagar. Gosto da lousa, não quero parti-la. Ufa!

O que mais pesa é a escalfeta que a minha mãe me pre-

parou, cheiinha de brasas vermelhinhas, quentinhas que é

um regalo. Tenho de as manter vivinhas toda a manhã.

Isso é no recreio, quando paramos para comer o pão-não-

sei-com-quê, pomo-nos todos de cócoras a soprar para

reacender o nosso braseiro. É quase como um concurso a

ver quem é o melhor a soprar. Não vale a pena ir lá para

fora, porque até se escorrega no chão gelado e depois não

sentimos os dedos. Quem consegue aprender de pés gela-

dos e barriga vazia? Eu cá não… Lá voltamos para os

nossos lugares, pés em cima das escalfetas, com as brasi-

nhas agora mais tímidas a prometer ainda um calorzinho.

9x9? 9x6? 9x4? Tabuada de cor e salteada, ai, ai… «Sete

erros no ditado?» São sete reguadas. Ainda bem que não

escrevo com erros, quase nunca. Coitadita da Rosalina,

não fez as cópias em casa, pudera! Teve de ir buscar as

cabras que andavam a pastar longe que eu sei lá… De-

vem-lhe doer tanto as mãos frias com aquele calor súbito

da palmatória e também lhe dói lá dentro, que eu bem

vejo a força que ela faz para não lhe saltarem as lágri-

mas. Tem as mãos negras do cieiro e do trabalho. Rosali-

na, voa Rosalina! Quando voltares, já passou tudo...

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A todo

o GAS

O GAS está em colaboração com o Jornal da escola. On-

de iremos dar informações sobre:

Esclarecimento acerca do funcionamento, acessibilidade e

valências disponíveis no sistema nacional de saúde

Aconselhar, esclarecer e educar para a saúde de cada alu-

no, atendendo à sua circunstância

Identificar situações de risco para a saúde, com posterior

encaminhamento para as entidades de saúde competentes,

quando tal se justificar

Rastrear problemas de saúde importantes, tais como a

obesidade e a hipertensão arterial

Os alunos (anonimamente) poderão aceder ao GAS atra-

vés do jornal onde colocaram questões e nos iremos res-

ponde-las através do jornal.

Ana Garcia

Consideram-se dentro da competência deste gabi-

nete as seguintes:

- Sexualidade / contraceção

- Alimentação

- Alterações do comportamento alimentar

- Comportamentos de risco, sexuais ou outros

- Ansiedade / Depressão

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A nossa

Escola

Sensibilização para o uso racional de antibióticos Cristina Farrajota

As bactérias resistentes a antibióticos são um

problema de saúde cada vez mais grave (1)

Durante muitas décadas os antibióticos curaram infeções

potencialmente fatais. Porém, nos últimos anos, a utiliza-

ção incorreta de antibióticos levou ao desenvolvimento e

à propagação de bactérias resistentes a antibióticos.

Quando as pessoas têm infeções causadas por bactérias

resistentes, os antibióticos já não são eficazes no trata-

mento da infeção e a doença pode manter-se por mais

tempo ou mesmo agravar-se.

Permitir o desenvolvimento de resistência aos antibióticos

é uma grave ameaça para a saúde pública, porque as bac-

térias resistentes podem propagar-se pela comunidade.

Manter a eficácia dos antibióticos

é uma responsabilidade de todos

Quando lhe prescreverem antibióticos, siga as instruções

do médico de modo a minimizar o risco do desenvolvi-

mento de bactérias resistentes.

Se não seguir corretamente as instruções (por exemplo, se

encurtar o tempo de tratamento, se tomar uma dose inferi-

or ou se não tomar os antibióticos nos devidos intervalos

de tempo prescritos pelo seu médico), as bactérias podem

tornar-se resistentes aos antibióticos.

Se esta ameaça continuar

poderemos ter que viver

num mundo em que infe-

ções simples não podem

mais ser tratadas(2)

As bactérias resistentes podem permanecer no seu

organismo e podem também ser transmitidas a

terceiros. Isto pode colocá-lo a si e aos outros em

risco de os antibióticos não fazerem efeito quando

voltar a precisar deles. A utilização respon-sável de antibióticos pode ajudar a combater o desenvolvimento de bactérias re-

sistentes

O combate ao desenvolvimento de bactérias

resistentes manterá a eficácia dos antibióti-

cos para utilização pelas gerações futuras.

(1) Adatptado de European Centre for Disease Prevention and Control

(2) Tradução livre de AMR: a major European and Global challenge

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Passatempos

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Passatempos

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