agrupamento de escolas de rio tinto 3 escola … · primeiro que eu e sobrava tão pouco para mim....

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE RIO TINTO 3 ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE RIO TINTO afinidades be/cre artes português

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE RIO TINTO 3

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE RIO TINTO

afinidades

be/cre artes português

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afinidades

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É da carga genética deste Agrupamento a necessidade

de, permanentemente, acrescentar algo ao muito que

já foi sendo construído por uma comunidade escolar

em que cada projeto é um estímulo a que se segue

outro e assim sucessivamente.

O permanente envolvimento de professores e alunos e

a criatividade que partilham com os pais e

encarregados de educação, que na vida e na escola os

acompanham, são o caldo de cultura em que germina

uma visão e estratégia de escola que promovem uma

abordagem de inovação e mudança.

“Afinidades” é mais um exemplo daquilo que constrói o

ethos desta Escola.

A Direção

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No princípio, foi o desafio!

“Afinidades” é um projeto de uniões e vontades:

alunos, professores, áreas do conhecimento e

linguagens diversas.

Sob o desígnio de que ‘uma biblioteca é uma casa onde

cabe toda a gente’, os alunos foram convidados a nele

participar. Para isso, representaram, através da escrita

e/ou da ilustração, a sua visão pessoal do espaço, dos

livros, dos ‘habitantes’. Enfim, do imaginário que povoa

uma biblioteca.

O desafio resultou nesta publicação composta por um

conjunto de 19 ilustrações e 10 textos. É uma leitura

feita a duas vozes distintas, contudo paralelas, de um

espaço construído por muitos, mas para todos.

Os editores

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Pedro

12F

Tu e Eu

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Eliana

12F

Pessoa e Saramago

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Catarina C.

12F

O início dos livros

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Emília

8C

O início dos livros

Era um dia normal na vida do Tó e do Zé, pelo menos era o

que eles pensavam. Eles eram grandes amigos que todos os

dias tinham uma nova aventura.

Acordavam todos os dias bem cedo para planearem uma

nova aventura. Aquele dia não era exeção, pensavam eles.

Tinham acabado de se encontrar, e algo estava diferente.

Não se lembravam de nada, nenhuma aventura! Que

estranho, nunca lhes tinha acontecido tal coisa!

Normalmente até pensavam numa nova aventura durante a

noite.

E agora? O que iriam fazer?

-Tó, o que é aquilo ali ao fundo?-perguntou Zé ao Tó.

-Não sei!- respondeu Tó.

Parecia uma espécie de meteorito, ou algo vindo do espaço.

Curiosos, tentaram ver onde o tal corpo misterioso iria parar.

-Acho que temos uma nova aventura! Vamos?-perguntou Tó.

-Sim!-respondeu Zé.

Parece que o corpo misterioso tinha finalmente aterrado e

deitava fumo, muito fumo.

Chegaram a um sítio de que nunca ouviram falar. Que sítio

seria? Estavam perdidos, não sabiam o caminho de volta.

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Ao longe começava-se a ver algo que parecia ser enorme. À

medida que se iam aproximando começavam a perceber o

que era. Era um vulcão! Ficaram tão contentes…era a

primeira vez que viam um ao vivo! Andaram mais um bocado

e encontraram algo, algo de que já tinham ouvido falar. Será

que era mesmo o que eles estavam a pensar? Seria um livro?

Sim, era mesmo. Quando eram mais novos, fartavam-se de

ouvir a história de que um dia iriam receber na Terra o

grande livro, a Bíblia.

Eles tiveram a honra de encontrar o primeiro livro da Terra!

A partir daquele momento, a Terra começaria a ter livros. Tó

e Zé estavam ansiosos por voltar a casa e mostrar a todos os

outros.

-Vamos Zé, temos de mostrar a toda a gente!-afirmou Tó.

-Vão ficar todos tão felizes…

E assim, encontraram o caminho de volta a casa. E, daquele

dia em diante, passaria a haver livros que seria o mais

importante.

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Eliana

12F

Pensar Pessoa

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Bernardo

12F

Camões

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Ana

docente

Camões

Eis-me agora aqui perante o teu retrato. Não te quero mal,

pois o teu destino era muito diferente do meu. Gostavas de

confusões, de mulheres, de festas…. Eu, reprimida pela

família, só te adorava de longe. Partiste para a Índia e tive

vontade de te acompanhar. Não me faltou coragem para

isso, mas a minha condição de mulher falou mais alto.

Esperei-te durante os anos que por lá andaste e cheguei a ter

ciúmes das damas que cruzariam o teu caminho. O tempo foi

passando, mas a saudade aumentou. Recusei outros

homens, outros destinos porque o meu pertencia-te. Depois

regressaste, mas a sorte voltou a ser madrasta para mim.

Estava velha, sozinha e de coração despedaçado. Nunca mais

me procuraste e eu também não. Agora, neste cubículo,

revejo os anos que passaram e vêm-me à memória

momentos felizes que passamos juntos. Foi em Coimbra que

nos cruzamos pela primeira vez. Foi amor o que os nossos

olhares revelaram. Só que outras mulheres chegaram

primeiro que eu e sobrava tão pouco para mim. Fui-me

contentando com a tua presença fugidia, quando a boémia

te fazia muito mais feliz. Acabei o curso e segui o meu

destino. Tu trilhaste outro caminho. A capital chamava-te e

tu, ávido de poder e deslumbrado pela corte, não hesitaste

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em partir. Tinhas a capital a teus pés e os amigos fiéis para te

acompanhar. A minha vida continuou e, em silêncio,

desejava-te. Tinha os teus versos para me fazerem

companhia, embora insuficientes para me fazerem mais feliz.

Cada verso, cada estrofe eram por mim interiorizados e a

felicidade parecia real. Não era. Engano meu. É por isso que

hoje volto a rever o teu retrato e nele procuro a tua voz, o

teu olhar, a felicidade plena que persigo há anos a fio. É o

meu consolo, a minha companhia na velhice. Sei que não

durarei muito tempo, mas quero que saibas, pois ainda vives,

que tiveste alguém que te amou em silêncio e que ainda

ama, mas com um coração fragilizado e que já mal se ouve

bater.

Vou mudando a moldura. Faço-o uma vez por ano quando

me canso da anterior. Agora tenho uma dourada, mais

valiosa para mostrar aos familiares quanto era imenso o meu

amor. Para passar o pouco tempo que me resta, vou lendo

passagens da tua vasta obra para ver para além dela e de ti.

O que me faria ainda feliz? Talvez a tua presença, pois partir

sem te olhar pela derradeira vez, será muito maior a minha

infelicidade. E eu mereço partir em paz!!!

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Diana

12F

Caminhos

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Afonso

12F

Monstros, fadas e arco-íris!

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Gonçalo D.

8A

Monstros, fadas e arco-íris! Ler nem sempre é uma tarefa apreciada pelos jovens. A

maioria prefere jogos de computador e consolas. Os

telemóveis também são uma grande fonte de distração, que

lhes ocupa uma boa parte do tempo… e da mente!

Na Escola Secundária de Rio Tinto, mais concretamente

numa turma de 8º ano, este facto não é exceção. Os alunos

passam todos os intervalos agarradinhos ao seu bem mais

precioso: o telemóvel! Só falam de jogos, não correm, não

saltam, não aproveitam o sol… enfim, para ser sincero, eu

sou um desses casos! Mas, no sossego de minha casa,

aprecio um bom livro! Acredito que alguns dos meus amigos,

também o façam!

Em minha casa existem livros para todos os gostos! Confesso

que a minha mãe é uma espécie de papa-livros e só não

compra mais porque o espaço começa a ser limitado. Fui

habituado, desde muito pequeno, a ouvir histórias e, mais

tarde, a lê-las. Desde o “Winnie the Pooh” até histórias

verídicas como “O Meu amigo Billy”, o meu imaginário foi

sendo povoado de situações mágicas: ursos que falam,

esquilos que cantam e dançam, monstros universitários,

potes de ouro atrás do arco-íris…

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Sim, é de magia que falamos! Falamos de um turbilhão de

cores, sensações, emoções e ideias! Falamos de mundos

completamente diferentes, para os quais somos

transportados, mais ou menos conhecidos, mais ou menos

reais, mais ou menos magníficos! Simplesmente mágicos…

Quantas vezes já dei por mim a fechar os olhos e a imaginar-

me no cenário da história, no papel da personagem

principal! Ainda criança, senti-me muitas vezes o “Peter

Pan”, na Terra do Nunca, com a fada Sininho, na luta contra

o Capitão Gancho! Também já fui um “Principezinho”, em

que me deixei cativar por uma “rosa”… Já fui polícia, ladrão,

cavaleiro, mosqueteiro e tantas outras personagens saídas

de histórias!

Ler é isto mesmo… Ler é sentir prazer! Ler é envolver! Ler é

imaginar cenários fantásticos! Ler é conhecer! Ler é ouvir!

Ler é cheirar!

Ler é crescer num mundo mais rico, mais saudável e mais

feliz!

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Inês

12F

The end of books

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Cláudio

12F

A nossa mente é como um livro

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Matilde

8A

A nossa mente é como um livro

É criativa e não há limites para a imaginação.

É lá onde ocorrem as nossas maiores aventuras.

É lá onde vivemos as nossas melhores emoções.

Podemos ser o herói ou a princesa

O vilão ou o sábio

Podemos ter personalidades múltiplas

Somos quem quisermos ser.

Podemos ter tudo o que desejamos

É na nossa mente onde amamos, rimos e choramos

A mente é o nosso livro

E nós somos o protagonista.

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Pedro

12F

Uma questão de opinião

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Daniela

8C

Uma questão de opinião

Para ser sincera, não sei o que escrever. Poderia dar milhões

de razões sobre os benefícios da leitura, pois esses existem.

Porém, decidi dar apenas a minha opinião.

Existem milhares e milhões de livros, para todos os gostos,

diferentes histórias e temas. Desde histórias infantis de

culturas de outros países, desde mundos irreais aos reais.

Não importa o que lemos, pois no fim ficamos sempre a

ganhar. Seja na riqueza vocabular, nos pensamentos novos

ou até no conhecimento. E, hoje em dia, temos liberdade

para dar a nossa opinião, mesmo que essa contrarie a de

outras pessoas. Temos liberdade para adquirir conhecimento

através dos livros. Temos uma liberdade enorme que, às

vezes, é usada de forma errada. Porém, temos de ser cultos

para o conhecimento ser aproveitado corretamente.

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Leonor

12F

Mas que aventura!

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Lara

8A

Mas que aventura!

Estava eu na Biblioteca num dia de chuva, quando, quase à

hora de fechar, ouço um barulho. Parecia vir da última

prateleira do corredor C. Devagar e pé ante pé, pois já não

estava lá ninguém, tentei aproximar-me para ouvir melhor.

De repente, pumba! Caiu um livro. Era um livro dourado que

parecia brilhar. Curiosa, abri-o. A luz era tão forte que fiquei

sem a noção de onde me encontrava. Parecia que via umas

figuras a sobrevoar por cima da minha cabeça. Sentei-me de

boca e olhos bem abertos. Achava que via o Capuchinho

Vermelho, a Pequena Sereia, a Alice do País das Maravilhas,

a Rapunzel e uma personagem que não era nem um cão nem

um lobo. Era uma personagem esquisita. Parecia perdida à

procura de alguma coisa, e as outras estavam a tentar ajudá-

la a encontrar a sua história. Sem darem pela minha

presença, continuaram a rodopiar, sobrevoando às voltas na

biblioteca. Era o que, pelos vistos, faziam sempre após o seu

encerramento. De repente, vejo-os a ler, de uma forma

vertiginosa, os livros para neles introduzirem as estranhas

personagens. Mas só depois de algumas leituras, a estranha

criatura emitiu um ruído que mais parecia o som de um

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violino desafinado. Todos pararam e, de repente,

apareceram mais personagens iguais. Estas pertenciam a

livros de mítica enigmática. De um momento para o outro, a

luz deixou de brilhar e, de longe, ouço o meu nome. Ops!

Adormeci em cima do livro. O bibliotecário queria ir para

casa e eu também.

Mas que aventura!

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Sérgio

12F

Os três gigantes

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Leonor

12F

Livros…

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Miguel

8C

Livros…

Para alguns, livro significa coisa antiquada, fora de moda ou

até aberração. Para outros, uma história de amor, um conto

com príncipes encantados no seu cavalo branco ou uma tese

de doutoramento.

A semântica da palavra livro leva-nos para o termo liber.

Estará então relacionado com a cortiça das árvores e será um

objeto transportável. Pode carregar consigo um elevado

valor sentimental.

Ao longo da história, os livros passaram de mão em mão,

foram acariciados pelas penas dos monges copistas ou

prensados na tipografia de Gutenberg. Saltaram de geração

em geração e foram traduzidos num sem número de línguas.

Mas, para mim, livro significa liberdade, ser quem eu quiser.

Um dia, astronauta na missão Apollo11; outro dia estar em

África na pele de um missionário, ajudando os refugiados.

O livro permite-me ser dono do meu destino, escolher a pele

que quero vestir, os montes e vales por onde cavalgar, os

mares para navegar ou tomar de assalto o castelo de

Guimarães, ao lado de D. Afonso Henriques, conquistando a

independência de Portugal aos espanhóis.

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Um dia, posso escolher ler O Nome da Rosa de Umberto Eco;

noutro Uma Família Inglesa de Júlio Dinis. Posso até

percorrer o humanismo através de Rei Lear escrito por

Shakespeare. Com um livro, posso estar em muitos sítios e

em épocas distintas. Posso conviver com pessoas ilustres,

com renascentistas ou personagens sem teto.

Um livro pode ser mais que um pedaço de papel roubado a

um tronco de uma árvore. Um livro pode ser parte de nós,

marcar-nos para sempre, ser visitado as vezes que

quisermos.

Podemos levar um livro connosco. Um livro pode levar-nos

com ele…

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André

12F

Silence

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Diana

12F

Ler

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Lara

8A

Ler

Ler, sonhar mais alto

Ser maior, ser criativo

Ser sonhador.

Ter a capacidade de pensar.

Ter cultura,

Aprender, ter jeito

De ver tudo de outra forma

Ser positivo!

Pensar no Bem, sorrir.

Estar sempre pronto a servir.

Ajudar de várias formas.

Ver o sorriso inexistente.

Ler é sentir a aventura.

Encontrar um tesouro.

Um diamante precioso

Uma grande fortuna!

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Catarina S.

12F

Sou um livro

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Matilde

8A

Sou um livro

Para já, digo-vos que não sou normal, mas não se vão

embora porque esta história é interessante. É sobre uma

bela rapariga chamada Catarina. Ela não era como as outras

meninas da sua idade. Enquanto elas saltavam à corda e

jogavam à macaca, aquela jovem preferia ler. Não tinha

muitos amigos, mas eu nunca a abandonei. Quando ela

ficava triste, eu fazia- a sorrir. Sempre fui um amigo

verdadeiro, mas um dia ela não foi. Lembro-me do dia em

que ela me abandonou. Ela trocou-me porque uma rapariga

que a fez mudar. Fê-la importar-se mais com a aparência. Fê-

la passar mais tempo a arranjar-se do que comigo. Ela

mudou. E um dia concreto deixou-me sozinha na rua a

apanhar chuva. Fiquei destroçado, mas nunca desisti dela.

Sempre tive esperança de que ela voltasse.

Passaram-se anos, mas eu nunca saí dali. Fiquei sempre

naquela rua, onde estava sempre a chover, sempre a ver o

que a Catarina fazia, incluindo quando foi abandonada pelos

amigos. Foi aí que se apercebeu de que nunca me deveria ter

abandonado porque, ao contrário das outras raparigas, eu

sempre fui um amigo verdadeiro.

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Ela levou-me para a sua beira e fi-la sorrir novamente, e

disso eu senti tanta falta. Sentia saudades do seu belo

sorriso. E é assim que esta história acaba, mas antes de irem

embora preciso de vos contar um fator importante. Eu sou

um livro. Eu disse-vos que não era normal, mas é como o

ditado diz «tudo o que perdemos arranja maneira de voltar

para nós, mas nem sempre da maneira que esperamos».

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António

12F

Memorial

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Inês

12F

No vale de Numbana

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Gonçalo M.

8A

No vale de Numbana

Num vale situado em Numbana, existe uma grande floresta

chamada Eichenvale. Também lhe chamam floresta das

histórias. E porquê? Em Eichenvale, existem imensos totens.

Aí, ao olhar por um orifício lá existente, podemos ver uma

história. Qualquer uma! E em cada totem existe uma história

diferente. Muitos dizem que viram fadas, príncipes e

princesas. Como nos contos de fadas. Outros viram magos e

estrelas em cima das pessoas como em histórias de ficção

científica. Já outros…não sabemos. Outros entraram na zona

vermelha. Ninguém podia entrar nessa zona. É uma zona

proibida. Não sabemos porquê. Sabemos apenas que lá

existem quinze totens e todos eles com histórias horríveis e

assustadoras.

Eu disse que ninguém sabia o que estava ali dentro. Mas

acabei por descobrir o que era.

Certo dia, decidi ir à floresta Eichenvale. Logo na entrada,

havia imensos totens no chão. Decidi pegar em alguns e ver.

Tinham histórias bastante bonitas. Até que olhei para a

frente e vi que havia um enorme portão aberto e um fumo

vermelho a sair de lá. Apenas optei por ir para lá. Entrei e vi

logo um totem no chão que deitava um fumo também

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vermelho. Continuei a andar, até chegar a um sítio onde ouvi

um suspiro. Desatei a correr cá para fora e voltei ao local das

histórias de contos de fadas. Então, para me acalmar, decidi

ver um totem «dos bons». Olhei lá para dentro e, naquele

momento, não estava a conseguir vislumbrar nada. Teria

sido por entrar dentro do portão?

Não resisti. Tinha de entrar outra vez. Aproximei-me do

portão bem devagar. Sim, estava assustado. Mas ainda fiquei

mais quando avistei ao longe uma sombra. Parecia ser de um

homem baixo, magro e com um boné. Podia ser fruto da

minha imaginação? Mas não era. O homem começou a

correr na minha direção e eu na contrária. Estava cheio de

medo. Subitamente, ele agarrou-me e disse:

- Tem calma! Não te vou fazer mal!

A partir daí, fiquei mais calmo. Mas…o que estava ele ali a

fazer?

Ele continuou, dizendo:

- Deves estar a perguntar-te porque estou aqui, certo?

- Sim…sim…- respondi eu, gaguejando.

- Eu sou o vigilante dos dois lados. Do lado «bom» e do lado

das «ilusões» Agora vais ter de sair porque vai haver chuva

de renovações.

- Eu já saio. Mas…Lado das ilusões?!!! Chuva de

renovações?!!! O que isso é mesmo? - questionei-o.

- Chuva de renovações é quando os totens são modificados.

As histórias que eles contêm são alteradas. E todos os dias

isso acontece. Mas do lado das ilusões, o que queres saber? -

perguntou ele.

- Que lado é esse? Não estou a entender!

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- Aquele lado ali! - respondia ele, apontando para o lado

interior do portão. Tu deves estar a ver algo mau ali, certo?

- Sim…

- Pronto, aquele lado não tem nada, supostamente. Tudo o

que tu vês é fruto da tua imaginação.

- Tudo?!!! - perguntou intrigado.

- Sim! Eu não vejo nada. É só branco, branco e branco. Dizem

que apenas futuras, ou seja, escritores veem. É estranho,

mas é o que dizem. Sai já daqui, vai haver a renovação!

E desatei a correr para fora. Ia a pensar como aquilo era

possível. Quando saí, nem parei. Só corria e corria em frente.

Assim foi a minha aventura lá. Agora já sabem…Só as que

têm a mente cheia de imaginações podem ver certas

«coisas.»

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Ricardo

12F

Memórias

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Ficha técnica

Textos: Ana Santos; Daniela Afonso; Emília Gonçalves;

Gonçalo Diniz; Gonçalo Moreira; Lara Castro; Matilde Silva;

Miguel Carvalho

Ilustrações: Afonso Freitas; André Fernandes; António Dias;

Bernardo Alves; Cláudio Nunes; Diana Nascimento; Eliana

Rodrigues; Catarina Cancela; Catarina Santos; Inês Jorge;

Leonor Guimarães; Pedro Ribeiro; Ricardo Gonçalves; Sérgio

Carvalhosa

Docentes: Ana Santos (300); Manuela Durão (BE/CRE); Pedro

Casal (600)

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